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A pílula mágica e o (pré)conceito: a realidade e o impacto da leucemia mielóide crônica na vida do pacienteLombardo, Mariela Santos [UNESP] 14 August 2014 (has links) (PDF)
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000795273.pdf: 1866751 bytes, checksum: 503cd02335f6ff5b16d8c9589145ea34 (MD5) / O advento das drogas alvo específicas para o tratamento da Leucemia Mielóide Crônica (LMC) em 2001, talvez venham marcar mais alguns “dias de glória” na história do “combate” ao câncer. Esses são medicamentos fruto de alta tecnologia médica e prometem um melhor controle da LMC com reduzidos efeitos colaterais, por referência àqueles da quimioterapia convencional. O câncer é uma doença crônica temida e estigmatizada em nossa sociedade que, geralmente, produz um impacto no corpo físico e psíquico de seu portador. Todavia, cada vez mais o câncer vem sendo reconhecido como uma doença controlável e que pode dar uma longa sobrevida a seu portador, permitindo lhes manterem seus projetos de vida e suas atividades rotineiras em diferentes dimensões da vida cotidiana. Os mitos e crenças em torno do câncer assumem um caráter singular por referência às outras doenças crônico-degenerativas, com uma percepção de imprevisibilidade no portador e em sua familiar. Esse estudo buscou compreender a experiência de adoecimento e o impacto da LMC na vida diária, bem como a percepção do portador sobre o processo de adoecimento, seu tratamento e a repercussão da doença em sua vida de relação. Foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas com duas mulheres e cinco homens portadores de LMC. A análise temática de conteúdo dos dados produzidos foi orientada por uma adaptação da proposta de Bardin. Verificamos que as experiências de adoecimento são inicialmente percebidas por meio de manifestações corporais variadas e, no geral, pouco intensas, mas suficientes para que alguns dos sujeitos buscassem esclarecê-las. O diagnóstico da LMC provocou um impacto na vida dos sujeitos, marcando um antes e um depois, provocado por diferentes mudanças no cotidiano: o tratamento de longa duração (embora mais leve que uma quimioterapia), a rotina de visitas ao hospital para consultas e exames, perturbações e transformações ... / The advent of specific drug target for the treatment of Chronic Myeloid Leukemia (CML) in 2001, maybe will score a few more glory days in the history of fighting cancer. These drugs are the result of high medical technology and promise a better control of the CML with reduced side effects, by reference to those of conventional chemotherapy. Cancer is a chronic disease feared and stigmatized in our society that generally impacts the physical and mental body of its bearer. However, cancer has been recognized even more as a manageable disease and that it can take a long survival to its carrier, allowing them to maintain their life goals and their routine activities in different dimensions of everyday life. The myths and beliefs around cancer take on a singular character by reference to other chronic diseases, with a perception of unpredictability in the carrier and his family. This study investigated the experience of illness and the impact of CML in daily life as well as the perception of the carrier on the disease process, treatment and the impact of the disease in its life relationship. Seven semi-structured interviews with two women and five men with CML were performed. A thematic content analysis of the data produced was guided by an adaptation of the proposed Bardin. We found that experiences of illness are initially perceived by various physical manifestations and, in general, rather weak, but sufficient for some subjects seek to clarify them. The diagnosis of CML caused an impact on the lives of the subjects, marking a before and an after, caused by different changes in everyday life: the long-term treatment (although lighter than chemotherapy), routine visits to the hospital for appointments and tests, disturbances and changes in work relationships, personal and family. Subjects found different explanations for such misfortune, some of them linked to previously work and products used ...
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Potenciais microRNAs circulantes como biomarcadores de Leucemia Mieloide Crônica - Fase Crônica recém diagnosticada e tratada com mesilato de imatinibe /Ferreira, Letícia Antunes Muniz. January 2016 (has links)
Orientador: Célia Regina Nogueira / Resumo: A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa, resultado da expansão clonal de células tronco progenitoras hematopoiéticas, caracterizada pelo gene de fusão BCR-ABL1, resultado da translocação recíproca t (9;22) (q34; q11) que dá origem ao cromossomo Philadelphia (Ph). Com todo o conhecimento acumulado sobre os mecanismos de ação do BCR-ABL1 foi possível o desenvolvimento de uma droga alvo-específica muito eficiente. Porém, alguns pacientes não respondem ou desenvolvem mutações que levam a resistência ao tratamento e as células tronco leucêmicas da LMC também são resistentes ao tratamento. Tais fatores renovaram o interesse na fisiopatologia da LMC, incluindo o papel dos microRNAs (miRNAs).miRNAs são pequenos RNAs não codificantes (ncRNAs) que controlam a expressão gênica e desempenham um importante papel no desenvolvimento e progressão do câncer. Assim, os objetivos deste estudo foram identificar um perfil global de expressão de miRNAs circulantes em pacientes com LMC-FC (Leucemia Mieloide Crônica – Fase Crônica) recém diagnosticada e LMC-FC tratados com imatinibe, correlacionar o perfil de expressão de miRNAs entre os dois grupos de pacientes e, por fim, detectar redes de interação entre miRNAs e BCR-ABL1.RT-qPCR array foi utilizado para a análise de 768 miRNAs. Os resultados indicam que dos 768 miRNAs analisados, 43 miRNAs caracterizam a LMC-FC recém diagnosticada versus LMC-FC tratada com imatinibe. Destes, 39 miRNAs apresentam níveis de expressão ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Chronic Myeloid Leukemia (CML) is a myeloproliferative disorder, result of clonal expansion of hematopoietic stem cells progenitor, characterized by BCR-ABL1 fusion gene as a result of reciprocal translocation t (9;22) (q34;q11) called chromosome Philadelphia (Ph). With the acquired knowledge about the BCR-ABL1 action mechanisms has been possible to develop a target specific drug very efficient. However, some patients have refractoriness to treatement or develop mutations which induce drug resitence and also CML leukemia stem cells can be resistant to treatment. Such factors renewed interest in the pathophysiology of CML, including the role of microRNAs (miRNAs).miRNAs are small non-coding RNAs (ncRNAs) that control the gene expression, and play an important role in cancer development and progression. The aims of this study were to identify a global expression profile of circulating miRNAs in patients CML-CP (Chronic Myeloid Leukemia – chronic phase) newly diagnosed and CML-CP treated with imatinib, correlating the profile of miRNA expression between the two groups of patients, and finally, detect networks of interactions between miRNAs and BCR-ABL1.RT-qPCR array was used for analysis of 768 miRNAs. The results indicated that the 768 miRNAs analyzed, 43 miRNAs characterize CML-CP newly diagnosed versus CML-CP treated with imatinib. Of these, 39 miRNAs are downregulated – miR-16-5p, miR-1-3p, miR-291a-3p and miR-27a-3p – and 4 miRNAs are upregulated – miR-150-5p and miR-45... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Expressão dos genes ABCG2 e SCLO1A2 e sua relação com a resposta ao mesilato de imatinibe em pacientes com leucemia mieloide crônica / Gene Expression of ABCG2 and SCLO1A2 and its relationship with response to imatinib mesylate in patients with chronic myeloid leukemiaLuciene Terezina de Lima 24 February 2012 (has links)
A introdução do Mesilato de Imatinibe (MI) como primeiro inibidor específico de BCR-ABL1 na prática clínica revolucionou o tratamento da Leucemia Mieloide Crônica (LMC), tornando-se a terapia padrão para o tratamento desta doença. Porém, cerca de 30% dos pacientes com LMC não respondem à terapia com MI e um número substancial destes casos de resistência não tem causa conhecida. O MI interage com transportadores de membrana ABCG2 e SLCO1A2. Este estudo teve como objetivo investigar a relação da expressão gênica de ABCG2 e de SLCO1A2 com marcadores de resposta ao tratamento com MI, em indivíduos com LMC e avaliar a influência dos polimorfismos ABCG2 c.421C>A e ABCG2 c.-19-99G>A na resposta ao MI. Foram incluídos 118 pacientes com LMC os quais foram classificados em dois grupos: Grupo Respondedor, constituído por 70 pacientes com resposta citogenética completa com a dose padrão de MI (400 mg/dia) por até 18 meses e, Grupo não Respondedor constituído por 48 pacientes sem resposta citogenética completa à dose inicial de 400 mg/dia de MI ou que perderam esta resposta ao longo do tratamento e foram reescalonados para doses de 600 ou 800 mg/dia. A resposta ao tratamento foi avaliada segundo os critérios da European LeukemiaNet. Foram excluídos pacientes com alterações citogenéticas diferentes do cromossomo Ph e mutações no gene BCR-ABL1. Amostras de sangue periférico foram utilizadas para: extração do RNA total para quantificação dos transcritos BCR-ABL1 e expressão gênica de ABCG2 e SLCO1A2; extração de DNA e análise citogenética de banda G. A expressão do gene ABCG2 e SLCO1A2 e as análises dos polimorfismos foram feitas por PCR em tempo real. A expressão de ABCG2 foi maior no grupo de não respondedores ao MI (P=0,028). Este resultado foi influenciado pelos pacientes com resistência primária (N= 34 P=0,029), mas não pelos que apresentaram resistência secundária (N=14 P=0,249) quando comparado com respondedores (N=70). A elevada expressão do gene ABCG2 foi também associada àqueles pacientes que não tiveram resposta molecular maior (número de transcritos BCR-ABL1 ≤ 0,1%) (P=0,027) quando todos os pacientes foram analisados. O gene estudado não foi associado com a resposta molecular completa (número de transcritos BCR-ABL1 ≤ 0,032%). Com relação ao gene SLCO1A2 não foi possível determinar sua expressão devido à baixa concentração do RNA obtido. Os polimorfismos c.421C>A e c.-19-99G>A não foram associados com a expressão do gene ABCG2 e a resposta ao MI. A RMC (no grupo de respondedores) foi associada com o genótipo 421CC e houve tendência a maior frequencia de portadores do genótipo -19-99GG neste mesmo grupo. Portadores do genótipo -19-99AA apresentaram tendência ao risco de ter LMC. Os resultados deste estudo nos permitem concluir que a maior expressão de ABCG2 está associada com a resistência primária ao MI podendo então ser um mediador da resistência ao MI. Os polimorfismos do gene ABCG2 não influenciaram na expressão gênica de ABCG2, mas impactaram na RMC no grupo respondedor ao MI. / The introduction of imatinib mesylate (IM) as the first specific inhibitor of BCR-ABL1 in clinical practice has revolutionized the treatment of chronic myeloid leukemia (CML), becoming the standard therapy for this disease. However, about 20% of CML patients do not respond to therapy with IM and a substantial number of these cases of resistance have no known cause. The MI interacts with membrane transporters ABCG2 and SLCO1A2. The aim of this study was to investigate the relationship of ABCG2 and SLCO1A2 gene expression with markers of response to MI in individuals with CML and evaluate the influence of polymorphisms ABCG2 c.421C> A and c. ABCG2-19-99G> A in response to the MI. One hundred and eighteen patients in chronic phase of CML were studied and classified in two groups: Responder Group comprised 70 patients who had a complete cytogenetic response within 18 months of treatment. The non-responder group comprised 48 patients who did not have a complete cytogenetic response with the initial dose (400 mg/day) of IM or who relapsed during treatment and were submitted to higher doses of 600 or 800 mg/day. Criteria of failed response to treatment were established by European LeukemiaNet. Patients with cytogenetic patterns other than the Philadelphia chromosome and patients with mutations in the BCR-ABL1 gene were excluded from this study. Blood samples were obtained for: total RNA extraction for quantification of BCR-ABL1 and gene expression of ABCG2 and SLCO1A2; genomic DNA extraction and band G cytogenetic analysis. The gene expression and the analysis of the polymorphisms were performed by real time PCR. Expression of ABCG2 in non-responder group was higher than in responder group (P=0.028). This result was influenced by patients with primary resistance (n= 34 P=0.029) but not secondary resistance (n=14 P=0.249) when compared with responders (n=70). The higher expression of ABCG2 gene was also associated with those patients who had major molecular response (number of BCR-ABL1 . 0.1%) (P=0.027) when all patients were analyzed. The studied gene was not associated with the complete molecular response (number of BCR-ABL1 .0.0032). Regarding to the gene SLCO1A2 was not possible to determine its expression due to low concentration of RNA obtained. The c.421C>A e c.-19-99G>A were not associated neither with the ABCG2 gene expression and MI response. CMR in responders group was associated with the 421CC genotype ant there was a trend for higher frequency of carriers of genotype -19-99GG in the same group. Carriers of 19-99AA genotype tended to the risk of having CML. The results of this study allow us to conclude that the higher expression of ABCG2 is associated with primary resistance to IM and may be a mediator of resistance to IM. The ABCG2 polymorphisms did not influence the gene expression of ABCG2 but impacted in CMR of the responders to IM.
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Estudo de células mesenquimais da medula óssea de pacientes com leucemia mielóide aguda e de indivíduos saudáveis em um ensaio de cocultivo com blastos leucêmicos / Comparison of the effects of mesenchymal stem cells from patients with acute myeloid leukemia and from healthy donnors on a coculture assay with leukemic blastsNascimento, Mariane Cristina do 12 December 2018 (has links)
As células-tronco mesenquimais (MSCs) da medula óssea compreendem uma população de células multipotentes com propriedades imunorreguladoras e capacidade de secreção de fatores de crescimento, desempenhando um papel fundamental na regulação da hematopoiese. À luz dessas propriedades, alguns estudos fornecem uma análise das relações estabelecidas entre células-tronco hematopoiéticas normais (HSCs) e MSCs quando expostas à cocultura. Jing et al. (Haematologica, 2010) demonstram neste tipo de arranjos de cocultura a geração de três populações distintas de células: células não aderentes (Fração A), células aderidas à superfície de MSCs (Fração B) e células abaixo das MSCs (Fração C). Além disso, dados recentes apontam para a associação da progressão da doença com a evidência de transferência de mitocôndrias funcionais (mt) e espécies reativas de oxigênio (ROS) das MSCs para as células leucêmicas. É teorizado como um mecanismo de MSCs, a fim de reduzir as espécies reativas de oxigênio (ROS). No entanto, os desempenhos diferenciais nesses processos de transferência entre MSCs normais e leucêmicas em sistemas de cocultura em cada uma dessas populações de células distintas não foram estabelecidos. As células leucêmicas (CD45+) têm um aumento de quase três vezes na proliferação em todas as três populações após a cocultura com MSCs leucêmicas, mas não após a cocultura com MSCs saudáveis. As células CD45+ da fração A têm uma baixa taxa de proliferação em cocultura com MSCs normais comparadas com as células leucêmicas. Em 5d, as MSCs leucêmicas (CD73+) aumentam 20 vezes a coloração de mitotracker em comparação com 3d, implicando que os blastos AML estimulam MSCs a produzir mais mt, embora os MSCs normais apresentem os mesmos níveis de mitotracker em 3 / 5d. Além disso, os níveis de mtROS diminuem em 10 vezes em 5d em comparação com 3d em leucemia, mas não em MSCs normais, sugerindo uma recuperação mediada por mt em MSCs leucêmicas após a cocultura. Finalmente, o ROS total diminui 2 vezes nas células CD45+ após cocultura com MSCs leucêmicas por 5d, mas não em contrapartida normal. Em essência, esses achados sugerem diferentes mecanismos de doação mitocondrial de MSCs para blastos LMA. Além disso, o estudo fornece um passo importante nacompreensão da natureza complexa do metabolismo do tumor, não apenas na célula maligna, mas também dentro do microambiente que a suporta. / Bone marrow mesenchymal stromal cells (MSCs) comprise a population of multipotent cells with immunoregulatory properties and the capability of secreting growth factors, playing a key role in the regulation of hematopoiesis. In light of these properties, some studies provide analysis of the relations established between normal hematopoietic stem-cells (HSCs) and MSCs when exposed to coculture. Jing et al. (Haematologica, 2010) demonstrate in these kind of coculture arrangements the generation of three distinct cells populations: non-adherent cells (supernatant), phasebright cells (adhered to the surface of MSCs) and phase-dim cells (beneath the MSCs). Furthermore, recent data pointed to the association of disease progression in AML with the evidence of functional mitochondria (mt), and reactive oxygen species (ROS) transference from MSCs to the blasts cells. It is theorized as a mechanism of MSCs in order to reduce the reactive oxygen species (ROS). Nevertheless, the differential performances in these transference process among normal and leukemic-MSCs in coculture systems in each of those distinct cells populations were not established. AML cells (CD45+) have an increase of almost 2.5-fold in proliferation in all of 03 populations after coculture with leukemic-MSCs but not after coculture with a normalMSCs. The CD45+ cells in phase-bright/dim have a low proliferation rate in coculture with normal-MSCs compared with the leukemic cells. In 5d, the leukemic-MSCs (CD73+) increase 20-fold the mitotracker staining compared with 3d, implying that AML blasts stimulate MSCs to produce more mt, albeit the normal-MSCs present the same mitotracker levels in 3/5d. Additionally, the mtROS levels decrease by 10-fold in 5d compared with 3d in leukemic, but not in normal-MSCs, suggesting mt mediated recover in leukemic-MSCs after coculture. Finally, total ROS decrease 2-fold in CD45+ cells after coculture with leukemic-MSCs for 5d, but not in normal counterpart. In essence, these findings suggest different mechanisms of mitochondrial donation from MSCs to AML blats. Moreover, the study provides an important step in the understanding of the complex nature of tumor metabolism, not only in the malignant cell, but also within the microenvironment which supports it.
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Avaliação da associação dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A no gene ABCB1 a marcadores de resposta ao mesilato de imatinibe em pacientes com leucemia mieloide crônica / Evaluation of the association of C1236T, C3435T and G2677T/A polymorphisms on ABCB1 gene to response markers to imatinib mesylate in patients with chronic myeloid leukemiaVivona, Douglas 01 February 2011 (has links)
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma expansão clonal da célula progenitora hematopoiética, traduzindo-se por hiperplasia mielóide, leucocitose, neutrofilia, basofilia e esplenomegalia. O cromossomo Filadélfia é característico da doença, sendo produto da translocação t(9;22) (q34;q11), resultando na fusão dos genes ABL e BCR. Esta fusão gera um gene híbrido que produz uma proteína com elevada atividade tirosinoquinase que tem um papel central da patogenia da LMC. O mesilato de imatinibe (MI) é um derivado da fenilaminopirimidina que inibe a proteína-tirosina quinase ABL in vitro e in vivo. O MI interage com transportadores de membrana de efluxo, como o ATP binding cassette B1 (ABCB1). Polimorfismos no gene ABCB1 têm sido associados com alteração na sua funcionalidade e podem estar envolvidos na resposta ao tratamento farmacológico. Este estudo tem por objetivo investigar a relação dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A no gene ABCB1 com marcadores de resposta ao tratamento com MI, em indivíduos com LMC, e determinar os fatores de predisposição de resposta ao MI. Foram incluídos 118 pacientes portadores de LMC. Foram constituídos dois grupos: Grupo 1 com 70 pacientes com resposta citogenética completa com a dose padrão de MI (400 mg/dia de MI) por até 18 meses e, Grupo 2 com 48 pacientes sem resposta citogenética completa com a dose inicial de 400 mg/dia de MI ou que perderam esta resposta ao longo do tratamento . Amostras de sangue foram obtidas para: quantificação de BCR-ABL1, extração de DNA genômico e análise citogenética de banda G. As análises dos polimorfismos foram realizadas por PCR-RFLP. A resposta ao tratamento foi avaliada segundo os critérios da European LeukemiaNet. A distribuição da frequência dos genótipos dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A foi similar nos dois gêneros e entre brancos e não brancos. Não houve influência dos polimorfismos estudados no risco de desenvolvimento da LMC e na resposta ao MI. O haplótipo ABCB1 1236CT/2677GT/3435CT (para os polimorfismos C1236T/G2677T/C3435T no gene ABCB1) foi encontrado em 51,7% dos pacientes com resposta molecular maior (P=0,010). Houve tendência a maior frequência de pacientes portadores de genótipos 1236 CT e TT no grupo de respondedores (86,7%) quando foi analisada a resposta molecular completa (p=0,069). O mesmo aconteceu no grupo de não respondedores quando foi considerado o polimorfismo C1236T. Houve tendência a maior frequência de resposta molecular completa em portadores de genótipo 2677 GT+TT+TA nos dois grupos (respondedores P=0,074 e não respondedores P=0,076). Em conclusão, os genótipos e haplótipos para os polimorfismos ABCB1 C1236T, C3435T e G2677T/A estão associados com a resposta molecular em portadores de LMC respondedores ao tratamento com MI. / The chronic myeloid leukemia (CML) is a clonal expansion of the hematopoietic progenitor cell, representing myeloid hyperplasia, leukocytosis, neutrophilia, basophilia and splenomegaly. The Philadelphia chromosome is peculiar on the disease, being the result of the translocation t(9; 22) (q34; q11), leading on the fusion of the ABL and BCR genes. This merger creates a hybrid gene that produces a protein with high activity of tyrosine kinase that is the main pathogenesis of CML. The Imatinib mesylate (IM) is a fenilaminopirimidine derivative which inhibits the ABL protein-tyrosine kinase in vitro and in vivo. The MI interacts with membrane efflux transporters, such as ATP binding cassette B1 (ABCB1). Polymorphisms in the ABCB1 gene have been associated with changes in its functionality and may be involved on the response to drug treatment. This study aims to investigate the relationship of C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms in ABCB1 gene with response markers for MI treatment in individuals with CML, and to determine the predisposing factors of response to MI. 118 patients with CML were included and divided in two groups. Group 1: 70 patients with complete cytogenetic response and a standard dose of IM (400 mg / day IM) for up to 18 months. Group 2: 48 patients without a complete cytogenetic response and initial dose of 400 mg / day IM or whith response lost throughout the treatment. Blood samples were obtained for: quantification of BCR-ABL1, genomic DNA extraction and band G cytogenetic analysis. The analysis of the polymorphisms were performed by PCR-RFLP. The treatment response was evaluated according to European LeukemiaNet criteria. The frequency distribution of genotypes of C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms were similar in both sexes and between whites and nonwhites. The polymorphisms studied had no influence on the CML development or MI response. The haplotype ABCB1 1236CT/2677GT/3435CT (for C1236T/G2677T/C3435T polymorphisms in the ABCB1) was found in 51.7% patients with major molecular response (P = 0.010). There was a tendency for higher frequency of patients with 1236 CT and TT genotypes in the responders group (86.7%) when the molecular response was analyzed (p = 0.069). The same happened in the nonresponders group when the C1236T polymorphism was considered. There was a tendency for a higher frequency of complete molecular response in patients with 2677 GT + TT + TA genotype in both groups (responders P = 0.074 and nonresponders P = 0.076). In conclusion, genotypes and haplotypes for ABCB1 C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms are associated with molecular response in patients with CML that respond to MI treatment.
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Avaliação da associação dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A no gene ABCB1 a marcadores de resposta ao mesilato de imatinibe em pacientes com leucemia mieloide crônica / Evaluation of the association of C1236T, C3435T and G2677T/A polymorphisms on ABCB1 gene to response markers to imatinib mesylate in patients with chronic myeloid leukemiaDouglas Vivona 01 February 2011 (has links)
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma expansão clonal da célula progenitora hematopoiética, traduzindo-se por hiperplasia mielóide, leucocitose, neutrofilia, basofilia e esplenomegalia. O cromossomo Filadélfia é característico da doença, sendo produto da translocação t(9;22) (q34;q11), resultando na fusão dos genes ABL e BCR. Esta fusão gera um gene híbrido que produz uma proteína com elevada atividade tirosinoquinase que tem um papel central da patogenia da LMC. O mesilato de imatinibe (MI) é um derivado da fenilaminopirimidina que inibe a proteína-tirosina quinase ABL in vitro e in vivo. O MI interage com transportadores de membrana de efluxo, como o ATP binding cassette B1 (ABCB1). Polimorfismos no gene ABCB1 têm sido associados com alteração na sua funcionalidade e podem estar envolvidos na resposta ao tratamento farmacológico. Este estudo tem por objetivo investigar a relação dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A no gene ABCB1 com marcadores de resposta ao tratamento com MI, em indivíduos com LMC, e determinar os fatores de predisposição de resposta ao MI. Foram incluídos 118 pacientes portadores de LMC. Foram constituídos dois grupos: Grupo 1 com 70 pacientes com resposta citogenética completa com a dose padrão de MI (400 mg/dia de MI) por até 18 meses e, Grupo 2 com 48 pacientes sem resposta citogenética completa com a dose inicial de 400 mg/dia de MI ou que perderam esta resposta ao longo do tratamento . Amostras de sangue foram obtidas para: quantificação de BCR-ABL1, extração de DNA genômico e análise citogenética de banda G. As análises dos polimorfismos foram realizadas por PCR-RFLP. A resposta ao tratamento foi avaliada segundo os critérios da European LeukemiaNet. A distribuição da frequência dos genótipos dos polimorfismos C1236T, C3435T e G2677T/A foi similar nos dois gêneros e entre brancos e não brancos. Não houve influência dos polimorfismos estudados no risco de desenvolvimento da LMC e na resposta ao MI. O haplótipo ABCB1 1236CT/2677GT/3435CT (para os polimorfismos C1236T/G2677T/C3435T no gene ABCB1) foi encontrado em 51,7% dos pacientes com resposta molecular maior (P=0,010). Houve tendência a maior frequência de pacientes portadores de genótipos 1236 CT e TT no grupo de respondedores (86,7%) quando foi analisada a resposta molecular completa (p=0,069). O mesmo aconteceu no grupo de não respondedores quando foi considerado o polimorfismo C1236T. Houve tendência a maior frequência de resposta molecular completa em portadores de genótipo 2677 GT+TT+TA nos dois grupos (respondedores P=0,074 e não respondedores P=0,076). Em conclusão, os genótipos e haplótipos para os polimorfismos ABCB1 C1236T, C3435T e G2677T/A estão associados com a resposta molecular em portadores de LMC respondedores ao tratamento com MI. / The chronic myeloid leukemia (CML) is a clonal expansion of the hematopoietic progenitor cell, representing myeloid hyperplasia, leukocytosis, neutrophilia, basophilia and splenomegaly. The Philadelphia chromosome is peculiar on the disease, being the result of the translocation t(9; 22) (q34; q11), leading on the fusion of the ABL and BCR genes. This merger creates a hybrid gene that produces a protein with high activity of tyrosine kinase that is the main pathogenesis of CML. The Imatinib mesylate (IM) is a fenilaminopirimidine derivative which inhibits the ABL protein-tyrosine kinase in vitro and in vivo. The MI interacts with membrane efflux transporters, such as ATP binding cassette B1 (ABCB1). Polymorphisms in the ABCB1 gene have been associated with changes in its functionality and may be involved on the response to drug treatment. This study aims to investigate the relationship of C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms in ABCB1 gene with response markers for MI treatment in individuals with CML, and to determine the predisposing factors of response to MI. 118 patients with CML were included and divided in two groups. Group 1: 70 patients with complete cytogenetic response and a standard dose of IM (400 mg / day IM) for up to 18 months. Group 2: 48 patients without a complete cytogenetic response and initial dose of 400 mg / day IM or whith response lost throughout the treatment. Blood samples were obtained for: quantification of BCR-ABL1, genomic DNA extraction and band G cytogenetic analysis. The analysis of the polymorphisms were performed by PCR-RFLP. The treatment response was evaluated according to European LeukemiaNet criteria. The frequency distribution of genotypes of C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms were similar in both sexes and between whites and nonwhites. The polymorphisms studied had no influence on the CML development or MI response. The haplotype ABCB1 1236CT/2677GT/3435CT (for C1236T/G2677T/C3435T polymorphisms in the ABCB1) was found in 51.7% patients with major molecular response (P = 0.010). There was a tendency for higher frequency of patients with 1236 CT and TT genotypes in the responders group (86.7%) when the molecular response was analyzed (p = 0.069). The same happened in the nonresponders group when the C1236T polymorphism was considered. There was a tendency for a higher frequency of complete molecular response in patients with 2677 GT + TT + TA genotype in both groups (responders P = 0.074 and nonresponders P = 0.076). In conclusion, genotypes and haplotypes for ABCB1 C1236T, C3435T and G2677T / A polymorphisms are associated with molecular response in patients with CML that respond to MI treatment.
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Investigação do efeito da inibição farmacológico de IGF1R-IRS1/2 no fenótipo de células leucêmicas BCR-ABL1+ / Investigation of the effects of IGF1R-IRS1/2 pharmacological inhibition on the phenotype of BCR-ABL1+ leukemic cellsRibeiro, Renata Scopim 19 September 2017 (has links)
Leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica maligna associada à atividade tirosinoquinase da oncoproteína BCR-ABL1. A maioria dos casos de LMC é tratada com sucesso com inibidores tirosinoquinase de BCR-ABL1, mas uma porcentagem significativa de pacientes desenvolve resistência ao fármaco. Estudos recentes indicam que a célula-tronco leucêmica é resistente ao tratamento com imatinibe. A identificação de outras proteínas que cooperam com as vias de sinalização BCR-ABL1 podem indicar novos alvos terapêuticos. Os substratos do receptor de insulina (IRS) têm emergido como proteínas importantes na fisiopatologia de neoplasias sólidas e hematológicas. Um inibidor farmacológico de IGF1R-IRS1/2, NT157, foi desenvolvido e mostrou resultados promissores em estudos pré-clínicos com tumores sólidos. A associação constitutiva de IRS1 com BCRABL1 e o efeito antineoplásico resultante do silenciamento espefício de IRS1 em células K562 BCR-ABL1+ suportam a hipótese deste trabalho. O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da inibição farmacológica de IGF1R-IRS1/2 no fenótipo de células hematopoéticas leucêmicas BCR-ABL1+ utilizando células primárias, células K562 e modelos murinos. IRS1, mas não IRS2, apresentou-se menos expresso em amostras de medula óssea de pacientes com diagnóstico de LMC quando comparadas às amostras de células hematopoéticas normais (p<0,0001). NT157 reduziu a formação de colônias de células primárias de pacientes com LMC, mas não de células hematopoéticas de indivíduos saudáveis. Em células K562, o tratamento com o inibidor farmacológico de IGF1R-IRS1/2, NT157, reduziu a viabilidade e proliferação celular e induziu apoptose (p<0,05), inibiu a fosforilação de IGF1R, STAT3, STAT5, 4EBP1, P70S6K e ERK1/2, aumentou a expressão dos genes supressores de tumor CDKN1A, FOS e JUN e reduziu a expressão dos oncogenes MYC e BCL2 (p<0,05); a inibição específica de IRS1 através de lentivírus, mas não de IRS2, reduziu a viabilidade celular (p<0,05). Em células murinas Ba/F3 BCR-ABL1 e BCRABL1T315I, o inibidor farmacológico de IGF1R-IRS1/2, NT157, induziu apoptose e reduziu ativação de ERK1/2 in vitro. Na dose de 50mg/kg/dia, NT157 intraperitoneal e/ou imatinibe por gavagem falharam em reduzir o crescimento tumoral in vivo em modelo de tumor alográfico induzido por células Ba/F3 BCR-ABL1 e BCR-ABL1T315I. Em modelo animal de leucemia induzido por transplante de células hematopoéticas transduzidas com BCR-ABL1: (i) o tratamento com NT157 100mg/kg intraperitoneal, 3 vezes por semana, combinado com imatinibe 100mg/kg/dia por gavagem, reduziu significativamente o peso do baço, e preveniu a perda de peso comparado com veículo (p<0,05); apenas a monoterapia com imatinibe prolongou a sobrevida dos animais, (ii) o tratamento com NT157 70mg/kg intraperitoneal, 3 vezes por semana, e/ou imatinibe 70mg/kg/dia por gavagem não teve impacto no peso do baço e na variação do peso corporal; o tratamento com imatinibe em monoterapia ou combinado com NT157 prolongou a sobrevida dos animais (p<0,05). Em conclusão, o inibidor farmacológico de IGF1R-IRS1/2 representa uma droga potencialmente eficaz no tratamento da LMC, especialmente em casos de resistência com mutação BCR-ABL1 T315I. A avaliação da eficácia do inibidor farmacológico NT157 em modelos animais de LMC exige ajustes nos modelos murinos utilizados no presente estudo, melhor entendimento da farmacodinâmica e farmacocinética do composto e ajustes no esquema terapêutico utilizado. / Chronic myeloid leukemia (CML) is a hematological malignancy associated with the tyrosine kinase activity of the BCR-ABL1 oncoprotein. Most cases of CML are successfully treated with BCR-ABL1 tyrosine kinase inhibitors, but a significant percentage of patients develop resistance. Recent studies indicate that leukemic stem cell is resistant to imatinib treatment. The identification of other proteins that cooperate with the BCR-ABL1 signaling pathway may indicate novel therapeutic targets. Insulin receptor substrates (IRS) have emerged as important proteins in the pathophysiology of solid and hematological neoplasms. A pharmacological inhibitor of IGF1R-IRS1/2, NT157, has been developed and shown promising results in preclinical studies with solid tumors. The constitutive association of IRS1 with BCR-ABL1, and the antineoplastic effects resulting from IRS1-specific silencing in K562 BCR-ABL1+ cells, support the hypothesis of this work. The aim of the present study was to investigate the effect of pharmacological inhibition of IGF1R-IRS1/2 on the phenotype of BCR-ABL1+ leukemia cells, using primary cells, K562 cell line and murine models. IRS1, but not IRS2, was downregulated in bone marrow samples from CML patients compared to bone marrow cells from healthy donors (p<0.0001). NT157 reduced colony formation of primary cells from CML patients but not from healthy donors. In K562 cells, treatment with the pharmacological inhibitor IGF1R-IRS1/2, NT157, reduced cell viability and proliferation, induced apoptosis (p<0.05), inhibited the phosphorylation of IGF1R, STAT3, STAT5, 4EBP1, P70S6K and ERK1/2, increased expression of tumor suppressor genes CDKN1A, FOS and JUN, and reduced expression of oncogenes MYC and BCL2 (p<0.05); IRS1 silencing mediated by lentivirus, but not IRS2, reduced cell viability (p<0.05). In murine Ba/F3 BCRABL1 and Ba/F3 BCR-ABL1T315I cells, the pharmacological inhibitor of IGF1R-IRS1/2, NT157, induced apoptosis and reduced ERK1/2 activation in vitro. At 50mg/kg/day, NT157 intraperitoneally and/or imatinib orally, failed to reduce tumor burden in vivo in an allographic tumor model induced by Ba/F3 BCR-ABL1 and Ba/F3 BCR-ABL1T315I cells . In an animal leukemia model induced by transplantation of BCR-ABL1-transduced hematopoietic cells : (i) treatment with NT157 100mg/kg intraperitoneally, 3 times per week, combined with imatinib 100mg/kg/day per gavage, significantly reduced spleen weight, and prevented weight loss compared to vehicle (p<0.05); only imatinib monotherapy prolonged survival (p<0.05), (ii) treatment with NT157 70 mg/kg intraperitoneally, 3 times per week, and/or imatinib 70 mg/kg/day per gavage had no impact on spleen weight and body weight; treatment with imatinib alone or combined with NT157 prolonged survival (p<0.05). In conclusion, the pharmacological inhibitor of IGF1R-IRS1/2 represents a potential effective drug in CML therapy, especially in cases of resistant BCR-ABL1 T315I mutation. The evaluation of the NT157 pharmacological efficacy in CML animal models requires adjustments in the murine models used in the present study, better understanding of the pharmacodynamics and pharmacokinetics of the compound and adjustments in the therapeutic scheme used.
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Papel do gene da síndrome de Wiskott Aldrich (WASP) na leucemia mielóide crônica. / The role of Wiskott Aldrich syndrome protein (WASP) in the chronic myeloid leukemia.Pereira, Welbert de Oliveira 04 November 2011 (has links)
Bcr-Abl é a tirosina quinase (TK) responsável por causar a Leucemia Mielóide Crônica (LMC). Os últimos estudos de follow-up mostram que apenas 50% dos pacientes tratados com a segunda geração de inibidores de TK atinge a remissão completa, o que significa que metade desses pacientes necessita de um algo melhor do que está disponível. Wiskott Aldrich Syndrome Protein (WASP) é um gene essencial para o bom desenvolvimento e função das células hematopoiéticas. Ante esse contexto, decidimos investigar se WASP poderia ter algum papel ou relevância na LMC. Em conclusão, Bcr-Abl suprime a expressão WASP por um mecanismo epigenético. A re-expressão de WASP torna as células mais suscetíveis à apoptose em resposta ao Imatinib. Sugerimos que a recuperação da expressão WASP deve ser discutida como estratégia para a terapia da LMC. / Bcr-Abl is the tyrosine kinase (TK) responsible for causing Chronic Myeloid Leukemia (CML). This fusion protein up- and down-regulates several genes and pathways, producing a strong resistance to apoptosis and a blockage of cell maturation in the hematopoietic compartment. The last follow-up studies provided that only 50% of the patients treated with second generation achieve complete remission, what means that one-half of these patients needs something better. Wiskott Aldrich Syndrome Protein (WASP) is an essential gene for the proper development and function of the hematopoietic cells. In the light of this background, we decided to investigate if WASP could have some role or relevance in the CML context. In conclusion, Bcr-Abl suppresses WASP expression by an epigenetic mechanism. The re-expression of WASP makes the CML cells more susceptible to apoptosis and contribute to respond to Imatinib. We suggest that recovery of WASP expression should be discussed as a new and additional strategy for CML therapy.
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Investigação do efeito da inibição farmacológico de IGF1R-IRS1/2 no fenótipo de células leucêmicas BCR-ABL1+ / Investigation of the effects of IGF1R-IRS1/2 pharmacological inhibition on the phenotype of BCR-ABL1+ leukemic cellsRenata Scopim Ribeiro 19 September 2017 (has links)
Leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica maligna associada à atividade tirosinoquinase da oncoproteína BCR-ABL1. A maioria dos casos de LMC é tratada com sucesso com inibidores tirosinoquinase de BCR-ABL1, mas uma porcentagem significativa de pacientes desenvolve resistência ao fármaco. Estudos recentes indicam que a célula-tronco leucêmica é resistente ao tratamento com imatinibe. A identificação de outras proteínas que cooperam com as vias de sinalização BCR-ABL1 podem indicar novos alvos terapêuticos. Os substratos do receptor de insulina (IRS) têm emergido como proteínas importantes na fisiopatologia de neoplasias sólidas e hematológicas. Um inibidor farmacológico de IGF1R-IRS1/2, NT157, foi desenvolvido e mostrou resultados promissores em estudos pré-clínicos com tumores sólidos. A associação constitutiva de IRS1 com BCRABL1 e o efeito antineoplásico resultante do silenciamento espefício de IRS1 em células K562 BCR-ABL1+ suportam a hipótese deste trabalho. O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da inibição farmacológica de IGF1R-IRS1/2 no fenótipo de células hematopoéticas leucêmicas BCR-ABL1+ utilizando células primárias, células K562 e modelos murinos. IRS1, mas não IRS2, apresentou-se menos expresso em amostras de medula óssea de pacientes com diagnóstico de LMC quando comparadas às amostras de células hematopoéticas normais (p<0,0001). NT157 reduziu a formação de colônias de células primárias de pacientes com LMC, mas não de células hematopoéticas de indivíduos saudáveis. Em células K562, o tratamento com o inibidor farmacológico de IGF1R-IRS1/2, NT157, reduziu a viabilidade e proliferação celular e induziu apoptose (p<0,05), inibiu a fosforilação de IGF1R, STAT3, STAT5, 4EBP1, P70S6K e ERK1/2, aumentou a expressão dos genes supressores de tumor CDKN1A, FOS e JUN e reduziu a expressão dos oncogenes MYC e BCL2 (p<0,05); a inibição específica de IRS1 através de lentivírus, mas não de IRS2, reduziu a viabilidade celular (p<0,05). Em células murinas Ba/F3 BCR-ABL1 e BCRABL1T315I, o inibidor farmacológico de IGF1R-IRS1/2, NT157, induziu apoptose e reduziu ativação de ERK1/2 in vitro. Na dose de 50mg/kg/dia, NT157 intraperitoneal e/ou imatinibe por gavagem falharam em reduzir o crescimento tumoral in vivo em modelo de tumor alográfico induzido por células Ba/F3 BCR-ABL1 e BCR-ABL1T315I. Em modelo animal de leucemia induzido por transplante de células hematopoéticas transduzidas com BCR-ABL1: (i) o tratamento com NT157 100mg/kg intraperitoneal, 3 vezes por semana, combinado com imatinibe 100mg/kg/dia por gavagem, reduziu significativamente o peso do baço, e preveniu a perda de peso comparado com veículo (p<0,05); apenas a monoterapia com imatinibe prolongou a sobrevida dos animais, (ii) o tratamento com NT157 70mg/kg intraperitoneal, 3 vezes por semana, e/ou imatinibe 70mg/kg/dia por gavagem não teve impacto no peso do baço e na variação do peso corporal; o tratamento com imatinibe em monoterapia ou combinado com NT157 prolongou a sobrevida dos animais (p<0,05). Em conclusão, o inibidor farmacológico de IGF1R-IRS1/2 representa uma droga potencialmente eficaz no tratamento da LMC, especialmente em casos de resistência com mutação BCR-ABL1 T315I. A avaliação da eficácia do inibidor farmacológico NT157 em modelos animais de LMC exige ajustes nos modelos murinos utilizados no presente estudo, melhor entendimento da farmacodinâmica e farmacocinética do composto e ajustes no esquema terapêutico utilizado. / Chronic myeloid leukemia (CML) is a hematological malignancy associated with the tyrosine kinase activity of the BCR-ABL1 oncoprotein. Most cases of CML are successfully treated with BCR-ABL1 tyrosine kinase inhibitors, but a significant percentage of patients develop resistance. Recent studies indicate that leukemic stem cell is resistant to imatinib treatment. The identification of other proteins that cooperate with the BCR-ABL1 signaling pathway may indicate novel therapeutic targets. Insulin receptor substrates (IRS) have emerged as important proteins in the pathophysiology of solid and hematological neoplasms. A pharmacological inhibitor of IGF1R-IRS1/2, NT157, has been developed and shown promising results in preclinical studies with solid tumors. The constitutive association of IRS1 with BCR-ABL1, and the antineoplastic effects resulting from IRS1-specific silencing in K562 BCR-ABL1+ cells, support the hypothesis of this work. The aim of the present study was to investigate the effect of pharmacological inhibition of IGF1R-IRS1/2 on the phenotype of BCR-ABL1+ leukemia cells, using primary cells, K562 cell line and murine models. IRS1, but not IRS2, was downregulated in bone marrow samples from CML patients compared to bone marrow cells from healthy donors (p<0.0001). NT157 reduced colony formation of primary cells from CML patients but not from healthy donors. In K562 cells, treatment with the pharmacological inhibitor IGF1R-IRS1/2, NT157, reduced cell viability and proliferation, induced apoptosis (p<0.05), inhibited the phosphorylation of IGF1R, STAT3, STAT5, 4EBP1, P70S6K and ERK1/2, increased expression of tumor suppressor genes CDKN1A, FOS and JUN, and reduced expression of oncogenes MYC and BCL2 (p<0.05); IRS1 silencing mediated by lentivirus, but not IRS2, reduced cell viability (p<0.05). In murine Ba/F3 BCRABL1 and Ba/F3 BCR-ABL1T315I cells, the pharmacological inhibitor of IGF1R-IRS1/2, NT157, induced apoptosis and reduced ERK1/2 activation in vitro. At 50mg/kg/day, NT157 intraperitoneally and/or imatinib orally, failed to reduce tumor burden in vivo in an allographic tumor model induced by Ba/F3 BCR-ABL1 and Ba/F3 BCR-ABL1T315I cells . In an animal leukemia model induced by transplantation of BCR-ABL1-transduced hematopoietic cells : (i) treatment with NT157 100mg/kg intraperitoneally, 3 times per week, combined with imatinib 100mg/kg/day per gavage, significantly reduced spleen weight, and prevented weight loss compared to vehicle (p<0.05); only imatinib monotherapy prolonged survival (p<0.05), (ii) treatment with NT157 70 mg/kg intraperitoneally, 3 times per week, and/or imatinib 70 mg/kg/day per gavage had no impact on spleen weight and body weight; treatment with imatinib alone or combined with NT157 prolonged survival (p<0.05). In conclusion, the pharmacological inhibitor of IGF1R-IRS1/2 represents a potential effective drug in CML therapy, especially in cases of resistant BCR-ABL1 T315I mutation. The evaluation of the NT157 pharmacological efficacy in CML animal models requires adjustments in the murine models used in the present study, better understanding of the pharmacodynamics and pharmacokinetics of the compound and adjustments in the therapeutic scheme used.
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Experiências de enfermidade e itinerários terapêuticos de portadores de Leucemia Mieloide Crônica nas cidade de Medellín, Colômbia e Salvador-BA, BrasilAlzate López, Yeimi Alexandra 28 April 2014 (has links)
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TESE YEIMI ALZATE LOPEZ. 2014.pdf: 1273705 bytes, checksum: ff739cf53b4a176758fd9e9cf081c526 (MD5) / Estudos sócio-antropológicos que abordam experiências e repercussões das doenças crônicas têm apontado o caráter heterogêneo das contingências da vida cotidiana no enfrentamento da doença por parte dos sujeitos e os complexos processos de busca de cuidado para resolver seus problemas. No caso do câncer, a sua construção sociocultural envolve o status de doença maligna, assim como uma doença que ameaça a vida, o que se coloca nas experiências dos pacientes como fonte de incerteza, medo e estigmas. No caso específico da Leucemia Mieloide Crônica (LMC), o conhecimento da sua patogênese (mas não da sua etiologia) e os desenvolvimentos tecnológicos recentes em tratamentos têm levado a uma reconstrução do discurso científico biomédico, mudando a forma de conotá-la, denotá-la, explicá-la e tratá-la como uma forma diferenciada de outros tipos de leucemia e de câncer.
A fase crônica da LMC, há pouco mais de uma década, tinha uma duração estimada de três a seis anos, seguida pela transformação para as fases acelerada e blástica de curta duração, estimadas entre 3 a 6 meses (Kantarjian, et.al. 1993, 2002), colocando um panorama de mortalidade alcançada em pouco tempo. Devido ao desenvolvimento de medicamentos conhecidos como Inibidores de Tirosino Quinase (ITK), substância importante na progressão da célula leucêmica, a LMC é reconhecida na atualidade como uma “mudança de paradigma” no tratamento da Leucemia e do câncer (Goldman & Melo, 2003; Stephen et.al., 2003, Souza e Pagnano, 2004, Rüdiger, et.al, 2007). Estes medicamentos têm alcançado o controle e remissões duradouras da doença na fase crônica, que só tinham sido alcançados através do Transplante de Medula Óssea (TMO) (Schiffer et.al. 2007, Jabbour, et.al. 2007, Lopes et.al. 2009). Este panorama tem redefinido os protocolos de tratamento, colocando o TMO (e observando suas taxas de mortalidade) como tratamento de segunda ou terceira linha em caso de resistência aos ITK, mas continua sendo considerada a única terapia de cura da LMC (Rüdiger, et.al, 2007, Aranha, 2008). Alguns estudos recentes apontam para a possibilidade de “cura” a partir do tratamento continuado com os ITK, porém a suspensão do tratamento só é recomendado sob certa condições e com um monitoramento e controle citogenético e molecular constante (Branford, 2012; Jabbour, et.al, 2013). Esse contexto permite evidenciar uma reconstrução constante do discurso (e práticas) biomédico da doença, a partir de novas descobertas científicas e tecnológicas, gerando velhas e novas incertezas, ambiguidades e significados da “cronicidade da LMC”, assim como coloca as diferentes práticas de cuidado, nas quais se ressaltam, especialmente, as “trilhas” e barreiras de acesso dos pacientes a atenção e medicamentos. O objetivo geral dessa pesquisa foi o de analisar e interpretar as experiências de enfermidade e os itinerários terapêuticos de dez (10) portadores de Leucemia Mieloide Crônica (LMC), nas cidades de Medellín, Colômbia e Salvador – BA, Brasil. Para compreender o fenômeno estudado, foi realizado um metaestudo da literatura qualitativa nacional e internacional sobre a categoria Itinerários Terapêuticos (IT) e sua articulação com a categoria experiência de enfermidade (Artigo 1). Ao realizar essa meta-análise e síntese das teorias, métodos e dados produzidos pelas pesquisas, foi possível discutir sobre as correntes teórico-metodológicas, limites, alcances e dimensões que esta categoria permite para a abordagem e compreensão dos diferentes e complexos processos de escolha, avaliação e aderência a certos tipos de cuidados e tratamentos por parte dos sujeitos. Na sequência, foi realizada a interpretação das experiências de enfermidade de sujeitos da Colômbia e do Brasil (Artigo 2) assim como a análise da construção dos itinerários terapêuticos dos sujeitos na busca de cuidados (Artigo 3). Em ambos os artigos empíricos utilizou-se a estratégia metodológica do estudo de casos coletivos. O interesse num grupo (limitado) de casos, mais do que um caso individual, coloca a ênfase menos em “generalizações” a partir dos casos (Stake 2007) e mais na compreensão da unicidade de cada caso, sem perder a riqueza das suas particularidades e diferenças, mas também das semelhanças que com certeza aparecem para os leitores durante a análise. No total, foram incluídos dez (10) casos (5 de Medellín e 5 de Salvador), seguindo os seguintes critérios: mulheres e homens de idades entre 30 e 80 anos, com um tempo de diagnóstico da doença de no mínimo um ano, em fase crônica; ser usuários dos sistemas de saúde público ou privado e receber atendimento em diferentes instituições. Os critérios escolhidos não pretendiam incluir casos típicos ou atípicos (Yin, 2013), mas sim, casos “representativos” que, de alguma forma, informavam dimensões trazidas por outros pacientes. Como resultados, no artigo 2 se apresentam as diferentes dimensões das experiências de enfermidade dos casos analisados, apresentando fenômenos como a ruptura biográfica causada pela doença, os complexos processos de “incorporação” do social nas suas experiências. A análise de cada caso permitiu evidenciar um processo no qual as mudanças nas experiências podem avançar de uma fase, na qual prevalece os sentidos de morte, sofrimento, desconstrução e rupturas (das relações sociais, do cotidiano etc.), para outra, quando vai se apresentando um processo de normalização (Bury, 1982), onde se coloca, em alguns casos, sentidos positivos, ambiguidades e incertezas sobre as mudanças e o aprendizado que a LMC traz para suas vidas. As narrativas apontaram para um desconhecimento geral” sobre a LMC e a leucemia como tal, colocando a questão levantada por Comaroff e Maguire (1981) sobre as implicações sociais dos avanços tecnológicos para o tratamento da leucemia que ficam no terreno do conhecimento científico e médico. Isto leva os pacientes e seus familiares a se confrontarem com as ambiguidades e incertezas apontados nos sentidos do “controle” e de “risco”. Ao seguir a construção do IT dos sujeitos, no artigo 3, se apresenta a análise dos casos em cada contexto evidenciando sua influência no percurso que se inicia desde a “descoberta” de uma alteração até depois de conseguir o “controle” da doença. Assim, o processo de diagnóstico permite discutir como uma condição “grave” às vezes não é percebida pelos pacientes, mas sim pela sua rede social, que é quem os leva à procura da consulta especializada. O acesso à atenção no nível terciário (alta complexidade) permite, em ambos os contextos, discutir os modelos de atenção, as falhas nos serviços de saúde, as diversas fragmentações dos sistemas que levam os pacientes e suas famílias por diversas peregrinações, barreiras, burocracias, colocando processos que foram concebidos como “causas estruturais do sofrimento”. / Socio-anthropological studies that discuss experiences and the impact of chronic diseases have shown the heterogeneous character of the everyday life’s contingencies in the coping with the illness by the subjects and the complex processes of searching for care to solve their problems. In the case of cancer, its sociocultural construction involves the status of malignant disease, as well as a life-threatening disease, which is placed on the experiences of patients as a source of uncertainty, fear and stigma. In the specific case of Chronic Myeloid Leukemia (CML), the knowledge of its pathogenesis (but not its etiology) and recent technological developments in treatment have led to a reconstruction of the biomedical scientific discourse, changing the way it connotes, denote it, explain it and treat it as a different way from other types of leukemia and cancer. The chronic phase of CML, a little over a decade, had an estimated duration of three to six years, followed by transformation to the phases accelerated and blastic of short duration, estimated between 3 to 6 months (Kantarjian, et.al. 1993 , 2002), placing a panorama of mortality achieved in a short time. Due to the drugs’ development known as Tyrosine Kinase Inhibitors (ITK), an important substance in the progression of leukemic cells, CML is recognized today as a “paradigm shift” in the treatment of leukemia and cancer (Goldman & Melo, 2003; Stephen et.al., 2003 and Souza Pagnano, 2004 Rüdiger, et.al, 2007). These medications have gained control and durable remissions in the chronic phase of the disease, which had only been achieved through Bone Marrow Transplantation (BMT) (Schiffer et.al. 2007 Jabbour, et.al., 2007, Lopes et.al. 2009). This overview has redefined the treatment protocols, putting BMT (and watching their mortality rates) as treatment for second or third line in case of resistance to ITK, but still considered the only healing therapy of CML (Rüdiger et. Al, 2007 Spider, 2008). Some recent studies point to the possibility of “cure” from continuing with ITK treatment, but treatment discontinuation is recommended only under certain conditions and with a monitoring and constant control cytogenetic and molecular (Branford, 2012; Jabbour, et. Al, 2013). This context will show a constant discourse’s reconstruction (and practice) of biomedical disease, from new scientific and technological findings, generating old and new uncertainties, ambiguities and meanings of “chronic CML”, and puts the different care practices, in which they point out, especially the “trails” and barriers to patient access to care and medications. The overall objective of this research was to analyze and interpret the experiences of illness and therapeutic itineraries of ten (10) patients with Chronic Myeloid Leukemia (CML) in the cities of Medellín, Colombia, and Salvador – BA, Brazil. To understand the phenomenon studied, a national and international qualitative literature’s meta-analisys on Therapeutic Itineraries (IT) category and its articulation with the experience of illness category (Article 1) was performed. In performing this meta-analysis and synthesis of theories, methods and data produced by researches, it was possible to discuss the theoretical and methodological perspectives, limits, scope and dimensions that this category allows for this approach and understanding of different and complex processes of choice, evaluation and adherence to certain types of care and treatment by subjects. Following on, the interpretation of the subjects’s illness experiences from Colombia and Brazil (Article 2) as well as the analysis of the construction of subjects’s therapeutic itineraries in seeking care (Article 3) was performed. In both empirical articles, it was used the methodological approach of the collective cases’s study. The interest in a group (limited) cases, more than one individual case, the emphasis is less on “generalizations” from the cases (Stake 2007) and more on understanding the uniqueness of each case, without losing the richness of its particularities and differences, but also the similarities that certainly appear to readers during analysis. Were included in the total ten (10) cases (5 of 5 Medellin and Salvador), using the following criteria: women and men aged 30 to 80, with disease time of diagnosis, at least, one year in chronic phase; be users of public or private health systems and receive care in different institutions. The criteria chosen did not intend to include typical or atypical cases (Yin, 2013), but “representative” cases that, somehow, informed dimensions brought by other patients. As a result, Article 2 present the different dimensions of the illness experience of the cases analyzed, presenting the phenomena such as biographical disruption caused by the disease, the complex processes of “incorporation” of the social in their experiences. The analysis of each case has highlighted a process where changes in the experiences can move from one phase, in which prevails senses of death, suffering, and deconstruction and ruptures (social relations, everyday etc..), to another, when it is being presented a standardization process (Bury, 1982), which arises, in some cases, positive way, ambiguities and uncertainties about changes and learning that the LMC brings to their lives. The narratives indicated a “general unknown” of CML leukemia, putting the issue raised by Comaroff and Maguire (1981) on the social implications of technological advances for the treatment of leukemia that are in the field of scientific and medical knowledge. This faces to patients and their families to the ambiguities and uncertainties indicated in the directions of the “control” and “risk”. By following the construction of IT’s subjects, in Article 3, presents the analysis of cases in each context highlighting its influence on the path that begins from the “discovery” of a change until after getting the “control” of the disease. Thus, the diagnosis’s process allows discuss how a “serious” condition is sometimes not perceived by patients, but by their social network, which is who leads them to search for specialized consultation. The access to care at the tertiary level (high complexity) enables, in both contexts, discuss the models of care, the failures in the health services, the various systems’s fragmentations that lead patients and their families for several pilgrimages, barriers, bureaucracies, putting processes that were designed as “structural causes of suffering”.
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