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Cultura e política cultural: concepção de cultura nas políticas culturais do governo Lula (2003-20l0)Santana, Marcela Silva de 31 January 2013 (has links)
Submitted by Paula Quirino (paula.quirino@ufpe.br) on 2015-03-10T18:26:47Z
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Previous issue date: 2013 / CNPq / O presente trabalho pretende analisar a adoção de um conceito ampliado de cultura no
discurso do Ministério da Cultura (MinC) no Governo Lula (2003-2010), compreendendo-o
não como evento retórico, mas enquanto discurso, e assim prática social e política. Dito isto,
procura-se situar este discurso dentro no contexto do governo Lula e de uma história recente
das políticas culturais no Brasil, tendo em vista a constante relação da atual política cultural
com discursos e diretrizes de outras gestões, bem como dos organismos internacionais. Desta
forma, localiza-se este discurso enquanto inserido em uma cadeia interdiscursiva, onde o
discurso se refere a atores posicionados no interior da sociedade, inseridos nas disputas
hegemônicas. Para a consecução desta pesquisa, através da orientação teórico-metodológica
da Análise do Discurso, foram analisados os discursos oficiais dos ministros e gestores do
MinC que se tornaram públicos através do site da instituição, bem como artigos publicados no
mesmo local.
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“A laboratory of a new Brazil to come”: Cultural policy and political imagination in the urban peripheries of Rio de Janeiro state between 2003 and 2019Blank, Katharina January 2024 (has links)
Between 2016 and 2023 the Brazilian Ministry of Culture (MinC) was abolished and reinstated twice. This dissertation explores how disputes about the nature of democracy in Brazil have coalesced around ‘culture’ over recent years by examining a set of progressive cultural policies that have been implemented since 2004 in the context of the first Workers’ Party administration under Gilberto Gil as the Minister of Culture. Amongst these policies is the program Pontos de Cultura which marked the first time the Brazilian state took measures to actively secure the cultural rights of historically marginalized sectors of the population.
The focus on securing and actualizing rights explicitly locates the program within the horizon of the Brazilian Constitution of 1988, also referred to as the Citizen Constitution, which extended a set of socioeconomic rights to actors who had not have these guaranteed previously. Aimed at grassroots institutions engaging in some form of cultural activity (ranging from community memory projects to theatre troupes and blocos de carnaval), Pontos de Cultura offered financial support to selected initiatives and designated them as pontos de cultura (‘cultural points’). By 2012, several thousands of such pontos existed all over Brazil.
Based on 22 months of ethnographic fieldwork and archival research between 2015 and 2019 at pontos de cultura in the metropolitan region of Rio de Janeiro (including the municipalities of the Baixada Fluminense, the neighboring city of Niterói and the countryside of the state) as well as amongst policy makers and administrators, this dissertation analyzes the singular dynamic which the program developed in the urban peripheries in the state of Rio de Janeiro and the forms of political imagination it has given rise to. The policies under study explicitly proposed a critical engagement with existing concepts of ‘culture’ in Brazil.
By tracing the different connotations that ‘culture’ has acquired over time and in relation to different political moments, the dissertation demonstrates how the conceptual associations between culture and the nation, culture and the state as well as culture and democracy in Brazil have made cultural policy a potent catalyst for novel ways in which actors from the urban peripheries articulate claims to the state, as well as a central site of dispute about the moral future of the country.
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De 'cultura e universidade' para 'mais cultura nas universidades': o estudo de uma trajetória de articulação entre MINC e MEC, no período de 2003 a 2013 / De cultura e universidade para mais cultura nas universidades: o estudo de uma trajetória de articulação entre MINC e MEC, no período de 2003 a 2013Souza, Marize Figueira de 31 March 2017 (has links)
Submitted by Marize Figueira de Souza (marizefigueira@gmail.com) on 2017-05-18T17:59:43Z
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Previous issue date: 2017-03-31 / O presente trabalho visa compreender a trajetória da relação do Ministério da Cultura com o Ministério da Educação, quanto ao processo de construção de ações, programas e política cultural propriamente para as instituições de ensino superior brasileiras, durante o período de 2003 a 2013. Para um maior aprofundamento da análise dessa articulação, busca-se adotar como estudo de caso o processo de criação de dois programas específicos: Cultura e Universidade, criado em 2010 por meio de portaria assinada apenas pelo MinC, e o Programa Mais Cultura nas Universidades, por sua vez criado em 2013, a partir de portaria interministerial envolvendo os dois Ministérios, MinC e MEC. Durante o período de 2003 a 2013, nota-se que os termos universidades ou instituições de ensino superior estão presentes em instrumentos legais, programas e ações estratégicas do Ministério da Cultura e, mais pontualmente, com a participação do Ministério da Educação. Propõe-se assim, identificar uma trajetória cronológica a partir do mapeamento dessas iniciativas do MinC voltadas para o campo cultural das universidades, visando facilitar a reflexão sobre possíveis transformações, no âmbito das políticas públicas culturais voltadas para as instituições de ensino superior. Além da investigação de instrumentos normativos, documentos oficiais e recursos orçamentários alocados, a pesquisa buscará contextualizar como a criação dos Programas Cultura e Universidade e Mais Cultura nas Universidades parecem apontar para diferentes formas de articulação entre o MinC e o MEC, na formulação de políticas culturais para as universidades.
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A cultura digital como acontecimento : movimentos na rede dos sentidosPavan, Paula Daniele January 2017 (has links)
Appuyée sur les présupposés théoriques de l’Analyse du Discours (AD), basée sur Michel Pêcheux, cette thèse analyse les mouvements de sens opérés par l’événement énonciatif de la culture numérique dans le domaine du Ministère de la Culture (MinC) à partir de la gestion de Gilberto Gil. Les matérialités signifiantes mobilisées permettent de travailler avec la culture numérique sous deux perspectives : celle du discours institutionnel et celle du discours des groupes sociaux. Ainsi, au cours de l’écriture, je fais un battement entre la théorie et l’analyse, ainsi qu’entre ces perspectives à propos du croisement entre la culture et l’internet. Le regard que je lance sur la culture la considère comme un processus de production de sens et comme un champ de disputes traversé par des contradictions. En suivant cette approche, je pénètre dans les méandres de la culture numérique, je présente son contexte socio-historique-idéologique, je dessine ses contours et j’observe les effets de sens produits à partir de la délimitation d’une formation discursive (FD) et son complexe interdiscoursif. Il s’agit de la FD-Gouvernementale dans ses relations d’alliance et de force avec d’autres FDs : FD-Mouvements Sociaux, FD-Culture Libre, FD-Informatisation et FD-Nationaliste. À partir de l’organisation de la scène discursive dans laquelle la culture numérique est énoncée, j’examine les querelles matérialisées au sein de cette FD quand y est produite une fissure par le déclenchement d’une nouvelle position-sujet, la position-sujet progressiste, qui commence à établir des relations internes de divergence avec une autre déjà enracinée, la position-sujet conservatrice, et des relations externes, surtout d’alliance, avec les FDs voisines. Lorsqu’elle est signifiée à partir de cette nouvelle position-sujet, la culture numérique cause, par l’intervention de sens pré-construits, des mouvements de répétition et de transformation. Ces mouvements produisent un effet de discours fondateur pour la culture numérique dans le domaine gouvernemental, ainsi qu’ils instaurent un processus d’actualisation de la mémoire sociale, discursive, d’archive, métallique, discursive numérique et culturelle, dans un jeu entre mémoire et actualité, tradition et invention. Cette agitation motive aussi l’examen des effets de sens que la culture numérique produit dans sa relation avec l’appropriation technologique et avec la création, ce qui permet de discuter sur comment il peut y avoir autant d’espace pour la création comme un simulacre que pour la création comme mécanisme de transformation sociale, culturelle et historique. Les mouvements de sens analysés se présentent également dans l’hétérogénéité de points de vue accueillis par la nouvelle position-sujet, lesquels sont matérialisés par la prise de position des groupes sociaux par rapport à la culture numérique. C’est par l’instauration de points de reproduction, faille et lutte que des sujets de groupes sociaux divers signifient la culture numérique et s’y signifient – processus qui implique dès l’adhésion aux savoirs déjà produits institutionnellement jusqu’à la transformation de ces sens. C’est, par conséquent, à ces différents mouvements que je m’intéresse pendant les quatre chapitres de la thèse, en cherchant à parcourir l’ordre de la culture numérique dans ses «clivages souterraines» lorsque je travaille avec des opacités, des contradictions, des jeux de force et des relations de pouvoir comportés par elle. / Amparada nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso (AD) fundamentada em Michel Pêcheux, esta tese analisa os movimentos de sentidos operados pelo acontecimento enunciativo da cultura digital no âmbito do Ministério da Cultura (MinC) a partir da gestão de Gilberto Gil. As materialidades significantes mobilizadas permitem trabalhar com a cultura digital sob duas óticas: a do discurso institucional e a do discurso dos grupos sociais. Sendo assim, no decorrer da escrita, realizo um batimento tanto entre teoria e análise, quanto entre essas perspectivas acerca do cruzamento entre cultura e internet. O olhar que lanço sobre a cultura a considera como um processo de produção de sentidos e como um campo de disputas permeado por contradições. É seguindo esse enfoque que adentro nos meandros da cultura digital, apresento seu contexto sócio-histórico-ideológico, delineio seus contornos e observo os efeitos de sentido que produz a partir da delimitação de uma formação discursiva (FD) e seu complexo interdiscursivo. Trata-se da FD-Governamental em suas relações de aliança e de força com outras FDs: FD-Movimentos Sociais, FD-Cultura Livre, FD-Informatização e FD-Nacionalista. A partir da organização da cena discursiva em que a cultura digital é enunciada, perscruto as contendas materializadas no seio dessa FD quando nela se produz uma rachadura pela eclosão de uma nova posição-sujeito, a posição-sujeito progressista, que passa a estabelecer relações internas de divergência com outra já alicerçada, a posição-sujeito conservadora, e relações externas, sobretudo de aliança com as FDs do entorno. Ao ser significada desde essa nova posição-sujeito, a cultura digital provoca, através da intervenção de sentidos pré-construídos, movimentos de repetição e de transformação. Esses movimentos produzem um efeito de discurso fundador para a cultura digital no âmbito governamental, bem como instauram um processo de atualização da memória social, discursiva, de arquivo, metálica, discursiva digital e cultural, num jogo entre memória e atualidade, e entre tradição e invenção. Essa agitação motiva ainda o exame dos efeitos de sentido que a cultura digital produz em sua relação com a apropriação tecnológica e com a autoria, o que possibilita discutir sobre o modo como nela pode haver espaço tanto para a autoria como simulacro, quanto para a autoria como mecanismo de transformação social, cultural e histórica. Os movimentos de sentidos de que trato se mostram igualmente na heterogeneidade de pontos de vista que a nova posição-sujeito acolhe, os quais são materializados pela tomada de posição dos grupos sociais com relação à cultura digital. É através da instauração de pontos de reprodução, falha e luta que sujeitos de grupos sociais diversos significam a cultura digital e se significam nela – processo que envolve desde a adesão aos saberes já produzidos institucionalmente até a transformação desses sentidos. É, portanto, sobre esses diferentes movimentos que me detenho nos quatro capítulos da tese, buscando percorrer a ordem da cultura digital em suas “clivagens subterrâneas” ao trabalhar com opacidades, contradições, jogos de força e relações de poder por ela comportados.
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A cultura digital como acontecimento : movimentos na rede dos sentidosPavan, Paula Daniele January 2017 (has links)
Appuyée sur les présupposés théoriques de l’Analyse du Discours (AD), basée sur Michel Pêcheux, cette thèse analyse les mouvements de sens opérés par l’événement énonciatif de la culture numérique dans le domaine du Ministère de la Culture (MinC) à partir de la gestion de Gilberto Gil. Les matérialités signifiantes mobilisées permettent de travailler avec la culture numérique sous deux perspectives : celle du discours institutionnel et celle du discours des groupes sociaux. Ainsi, au cours de l’écriture, je fais un battement entre la théorie et l’analyse, ainsi qu’entre ces perspectives à propos du croisement entre la culture et l’internet. Le regard que je lance sur la culture la considère comme un processus de production de sens et comme un champ de disputes traversé par des contradictions. En suivant cette approche, je pénètre dans les méandres de la culture numérique, je présente son contexte socio-historique-idéologique, je dessine ses contours et j’observe les effets de sens produits à partir de la délimitation d’une formation discursive (FD) et son complexe interdiscoursif. Il s’agit de la FD-Gouvernementale dans ses relations d’alliance et de force avec d’autres FDs : FD-Mouvements Sociaux, FD-Culture Libre, FD-Informatisation et FD-Nationaliste. À partir de l’organisation de la scène discursive dans laquelle la culture numérique est énoncée, j’examine les querelles matérialisées au sein de cette FD quand y est produite une fissure par le déclenchement d’une nouvelle position-sujet, la position-sujet progressiste, qui commence à établir des relations internes de divergence avec une autre déjà enracinée, la position-sujet conservatrice, et des relations externes, surtout d’alliance, avec les FDs voisines. Lorsqu’elle est signifiée à partir de cette nouvelle position-sujet, la culture numérique cause, par l’intervention de sens pré-construits, des mouvements de répétition et de transformation. Ces mouvements produisent un effet de discours fondateur pour la culture numérique dans le domaine gouvernemental, ainsi qu’ils instaurent un processus d’actualisation de la mémoire sociale, discursive, d’archive, métallique, discursive numérique et culturelle, dans un jeu entre mémoire et actualité, tradition et invention. Cette agitation motive aussi l’examen des effets de sens que la culture numérique produit dans sa relation avec l’appropriation technologique et avec la création, ce qui permet de discuter sur comment il peut y avoir autant d’espace pour la création comme un simulacre que pour la création comme mécanisme de transformation sociale, culturelle et historique. Les mouvements de sens analysés se présentent également dans l’hétérogénéité de points de vue accueillis par la nouvelle position-sujet, lesquels sont matérialisés par la prise de position des groupes sociaux par rapport à la culture numérique. C’est par l’instauration de points de reproduction, faille et lutte que des sujets de groupes sociaux divers signifient la culture numérique et s’y signifient – processus qui implique dès l’adhésion aux savoirs déjà produits institutionnellement jusqu’à la transformation de ces sens. C’est, par conséquent, à ces différents mouvements que je m’intéresse pendant les quatre chapitres de la thèse, en cherchant à parcourir l’ordre de la culture numérique dans ses «clivages souterraines» lorsque je travaille avec des opacités, des contradictions, des jeux de force et des relations de pouvoir comportés par elle. / Amparada nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso (AD) fundamentada em Michel Pêcheux, esta tese analisa os movimentos de sentidos operados pelo acontecimento enunciativo da cultura digital no âmbito do Ministério da Cultura (MinC) a partir da gestão de Gilberto Gil. As materialidades significantes mobilizadas permitem trabalhar com a cultura digital sob duas óticas: a do discurso institucional e a do discurso dos grupos sociais. Sendo assim, no decorrer da escrita, realizo um batimento tanto entre teoria e análise, quanto entre essas perspectivas acerca do cruzamento entre cultura e internet. O olhar que lanço sobre a cultura a considera como um processo de produção de sentidos e como um campo de disputas permeado por contradições. É seguindo esse enfoque que adentro nos meandros da cultura digital, apresento seu contexto sócio-histórico-ideológico, delineio seus contornos e observo os efeitos de sentido que produz a partir da delimitação de uma formação discursiva (FD) e seu complexo interdiscursivo. Trata-se da FD-Governamental em suas relações de aliança e de força com outras FDs: FD-Movimentos Sociais, FD-Cultura Livre, FD-Informatização e FD-Nacionalista. A partir da organização da cena discursiva em que a cultura digital é enunciada, perscruto as contendas materializadas no seio dessa FD quando nela se produz uma rachadura pela eclosão de uma nova posição-sujeito, a posição-sujeito progressista, que passa a estabelecer relações internas de divergência com outra já alicerçada, a posição-sujeito conservadora, e relações externas, sobretudo de aliança com as FDs do entorno. Ao ser significada desde essa nova posição-sujeito, a cultura digital provoca, através da intervenção de sentidos pré-construídos, movimentos de repetição e de transformação. Esses movimentos produzem um efeito de discurso fundador para a cultura digital no âmbito governamental, bem como instauram um processo de atualização da memória social, discursiva, de arquivo, metálica, discursiva digital e cultural, num jogo entre memória e atualidade, e entre tradição e invenção. Essa agitação motiva ainda o exame dos efeitos de sentido que a cultura digital produz em sua relação com a apropriação tecnológica e com a autoria, o que possibilita discutir sobre o modo como nela pode haver espaço tanto para a autoria como simulacro, quanto para a autoria como mecanismo de transformação social, cultural e histórica. Os movimentos de sentidos de que trato se mostram igualmente na heterogeneidade de pontos de vista que a nova posição-sujeito acolhe, os quais são materializados pela tomada de posição dos grupos sociais com relação à cultura digital. É através da instauração de pontos de reprodução, falha e luta que sujeitos de grupos sociais diversos significam a cultura digital e se significam nela – processo que envolve desde a adesão aos saberes já produzidos institucionalmente até a transformação desses sentidos. É, portanto, sobre esses diferentes movimentos que me detenho nos quatro capítulos da tese, buscando percorrer a ordem da cultura digital em suas “clivagens subterrâneas” ao trabalhar com opacidades, contradições, jogos de força e relações de poder por ela comportados.
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A cultura digital como acontecimento : movimentos na rede dos sentidosPavan, Paula Daniele January 2017 (has links)
Appuyée sur les présupposés théoriques de l’Analyse du Discours (AD), basée sur Michel Pêcheux, cette thèse analyse les mouvements de sens opérés par l’événement énonciatif de la culture numérique dans le domaine du Ministère de la Culture (MinC) à partir de la gestion de Gilberto Gil. Les matérialités signifiantes mobilisées permettent de travailler avec la culture numérique sous deux perspectives : celle du discours institutionnel et celle du discours des groupes sociaux. Ainsi, au cours de l’écriture, je fais un battement entre la théorie et l’analyse, ainsi qu’entre ces perspectives à propos du croisement entre la culture et l’internet. Le regard que je lance sur la culture la considère comme un processus de production de sens et comme un champ de disputes traversé par des contradictions. En suivant cette approche, je pénètre dans les méandres de la culture numérique, je présente son contexte socio-historique-idéologique, je dessine ses contours et j’observe les effets de sens produits à partir de la délimitation d’une formation discursive (FD) et son complexe interdiscoursif. Il s’agit de la FD-Gouvernementale dans ses relations d’alliance et de force avec d’autres FDs : FD-Mouvements Sociaux, FD-Culture Libre, FD-Informatisation et FD-Nationaliste. À partir de l’organisation de la scène discursive dans laquelle la culture numérique est énoncée, j’examine les querelles matérialisées au sein de cette FD quand y est produite une fissure par le déclenchement d’une nouvelle position-sujet, la position-sujet progressiste, qui commence à établir des relations internes de divergence avec une autre déjà enracinée, la position-sujet conservatrice, et des relations externes, surtout d’alliance, avec les FDs voisines. Lorsqu’elle est signifiée à partir de cette nouvelle position-sujet, la culture numérique cause, par l’intervention de sens pré-construits, des mouvements de répétition et de transformation. Ces mouvements produisent un effet de discours fondateur pour la culture numérique dans le domaine gouvernemental, ainsi qu’ils instaurent un processus d’actualisation de la mémoire sociale, discursive, d’archive, métallique, discursive numérique et culturelle, dans un jeu entre mémoire et actualité, tradition et invention. Cette agitation motive aussi l’examen des effets de sens que la culture numérique produit dans sa relation avec l’appropriation technologique et avec la création, ce qui permet de discuter sur comment il peut y avoir autant d’espace pour la création comme un simulacre que pour la création comme mécanisme de transformation sociale, culturelle et historique. Les mouvements de sens analysés se présentent également dans l’hétérogénéité de points de vue accueillis par la nouvelle position-sujet, lesquels sont matérialisés par la prise de position des groupes sociaux par rapport à la culture numérique. C’est par l’instauration de points de reproduction, faille et lutte que des sujets de groupes sociaux divers signifient la culture numérique et s’y signifient – processus qui implique dès l’adhésion aux savoirs déjà produits institutionnellement jusqu’à la transformation de ces sens. C’est, par conséquent, à ces différents mouvements que je m’intéresse pendant les quatre chapitres de la thèse, en cherchant à parcourir l’ordre de la culture numérique dans ses «clivages souterraines» lorsque je travaille avec des opacités, des contradictions, des jeux de force et des relations de pouvoir comportés par elle. / Amparada nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso (AD) fundamentada em Michel Pêcheux, esta tese analisa os movimentos de sentidos operados pelo acontecimento enunciativo da cultura digital no âmbito do Ministério da Cultura (MinC) a partir da gestão de Gilberto Gil. As materialidades significantes mobilizadas permitem trabalhar com a cultura digital sob duas óticas: a do discurso institucional e a do discurso dos grupos sociais. Sendo assim, no decorrer da escrita, realizo um batimento tanto entre teoria e análise, quanto entre essas perspectivas acerca do cruzamento entre cultura e internet. O olhar que lanço sobre a cultura a considera como um processo de produção de sentidos e como um campo de disputas permeado por contradições. É seguindo esse enfoque que adentro nos meandros da cultura digital, apresento seu contexto sócio-histórico-ideológico, delineio seus contornos e observo os efeitos de sentido que produz a partir da delimitação de uma formação discursiva (FD) e seu complexo interdiscursivo. Trata-se da FD-Governamental em suas relações de aliança e de força com outras FDs: FD-Movimentos Sociais, FD-Cultura Livre, FD-Informatização e FD-Nacionalista. A partir da organização da cena discursiva em que a cultura digital é enunciada, perscruto as contendas materializadas no seio dessa FD quando nela se produz uma rachadura pela eclosão de uma nova posição-sujeito, a posição-sujeito progressista, que passa a estabelecer relações internas de divergência com outra já alicerçada, a posição-sujeito conservadora, e relações externas, sobretudo de aliança com as FDs do entorno. Ao ser significada desde essa nova posição-sujeito, a cultura digital provoca, através da intervenção de sentidos pré-construídos, movimentos de repetição e de transformação. Esses movimentos produzem um efeito de discurso fundador para a cultura digital no âmbito governamental, bem como instauram um processo de atualização da memória social, discursiva, de arquivo, metálica, discursiva digital e cultural, num jogo entre memória e atualidade, e entre tradição e invenção. Essa agitação motiva ainda o exame dos efeitos de sentido que a cultura digital produz em sua relação com a apropriação tecnológica e com a autoria, o que possibilita discutir sobre o modo como nela pode haver espaço tanto para a autoria como simulacro, quanto para a autoria como mecanismo de transformação social, cultural e histórica. Os movimentos de sentidos de que trato se mostram igualmente na heterogeneidade de pontos de vista que a nova posição-sujeito acolhe, os quais são materializados pela tomada de posição dos grupos sociais com relação à cultura digital. É através da instauração de pontos de reprodução, falha e luta que sujeitos de grupos sociais diversos significam a cultura digital e se significam nela – processo que envolve desde a adesão aos saberes já produzidos institucionalmente até a transformação desses sentidos. É, portanto, sobre esses diferentes movimentos que me detenho nos quatro capítulos da tese, buscando percorrer a ordem da cultura digital em suas “clivagens subterrâneas” ao trabalhar com opacidades, contradições, jogos de força e relações de poder por ela comportados.
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O primeiro fim do MinCFerron, Fabio Maleronka 20 October 2017 (has links)
Submitted by Luziana Lessa (luziana@rb.gov.br) on 2018-05-21T14:10:18Z
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Previous issue date: 2017 / Esta dissertação propõe uma reflexão sobre as razões que levaram o presidente Fernando Collor a impor, de forma abrupta e imediata, mudanças profundas no setor cultural. Ao tomar posse, em 15 de março de 1990, Collor, por meio de Medidas Provisórias, extinguiu o MinC, dissolveu inúmeras fundações e determinou o fim da Lei Sarney. A pesquisa parte da discussão sobre o processo de construção do MinC em 1985, as polêmicas em torno da pertinência ou não de sua criação, e a campanha presidencial de 1989, focalizando fundamentalmente o ano de 1990, quando o presidente eleito impôs uma verdadeira mudança na cultura. A extensão e o significado do impacto causado pelas medidas baixadas naquele ano por Collor que levaram à extinção do MinC e da Lei Sarney e à dissolução de inúmeras fundações, bem como as repercussões que essas mudanças causaram na vida de artistas, intelectuais e gestores culturais que vivenciaram esse desmonte, são objetos de análise na presente investigação. No estudo, além de pesquisa documental, foram utilizados como fonte de análise empírica quatro periódicos de circulação nacional: os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S.Paulo, Jornal do Brasil e O Globo. A investigação envolveu também a análise de entrevistas, algumas delas realizadas pelo pesquisador em 2010 para a série Produção Cultural no Brasil. Além disso, entrevistas de tipo semiestruturado foram realizadas pelo pesquisador com gestores culturais e lideranças políticas que, durante o período analisado, atuaram na coordenação de órgãos federais e estadual específicos. Essas entrevistas semiestruturadas tiveram o propósito de atender ao objetivo da pesquisa e aos seus pressupostos metodológicos
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As políticas da cultura: uma etnografia de trânsitos, encontros e militância na construção de uma política nacional de cultura / The politics of culture: an ethnography of displacements, meetings and activism and the building of a national cultural policyMuniagurria, Lorena Avellar de 25 November 2016 (has links)
O principal objetivo desta tese é discutir os modos de fazer cultura e política no contexto da construção de uma política nacional de cultura, promovida ao longo dos governos Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016). Com foco na atuação da chamada sociedade civil, e tendo por base uma etnografia que partiu de instâncias de participação vinculadas ao Ministério da Cultura (quais sejam: o Conselho Nacional de Políticas Culturais, seus colegiados setoriais e as conferências de cultura), a pesquisa mostra como a construção dessa política apenas foi possível graças à atuação dos representantes da sociedade civil, que constituíram um dos principais agentes a demandar e, assim, a disseminar a proposta inicialmente elaborada pelo MinC. Os fóruns participativos não foram tomados como totalidades a serem esquadrinhadas, mas como centros de gravitação a partir dos quais acompanhar os trânsitos de alguns representantes. Sendo nacionais, esses espaços congregavam sujeitos de diferentes estados, das cinco regiões brasileiras. O trabalho de campo correspondeu, então, a uma etnografia multi-situada, que seguiu o deslocamento de pessoas que viajavam para atender reuniões que ocorriam em cidades diversas, cruzando fronteiras entre as esferas da federação, e entre espaços associados ora ao Estado, ora à cultura. Tendo por inspiração trabalhos atentos às pragmáticas sociais, e associando referências de dois campos distintos da antropologia (de um lado, reflexões sobre política, Estado e políticas públicas, provenientes da antropologia da política; de outro, sobre a eficácia de aspectos formais ou estéticos, contribuição de uma antropologia da arte e de uma recente antropologia da burocracia), a presente tese analisa um conjunto extenso e variado de materiais. Foram considerados: o trânsito de pessoas; a circulação de ideias e modelos relativos à cultura e à política, corporificados em atas, relatórios, leis, organogramas e outros documentos; as metodologias e os procedimentos organizacionais utilizados para estruturar uma conferência ou para realizar uma votação; um conjunto de práticas e elementos oriundos dos universos culturais representados, que se fizeram presentes nos espaços participativos institucionalizados e que eram percebidos como uma maneira própria da cultura fazer política. Este trabalho revela, assim, a diversidade de práticas que constituem as experiências de democracia participativa na cultura, e mostra como a proliferação de espaços participativos resultou na criação de instâncias e agentes de difusão de entendimentos e modelos particulares de política cultural e de gestão pública. A tese permitiu ainda elaborar analiticamente o aparente paradoxo colocado pela existência concomitante de intensos fluxos (que cruzam, a todo momento, fronteiras) e de imagens totalizantes do que seja o Estado, a sociedade civil e a cultura brasileira, mostrando como é justamente através dos trânsitos que sujeitos, coletivos e categorias das políticas culturais se constituem relacional e simultaneamente. / The main objective of this dissertation is to discuss the ways of doing \"culture\" and \"politic\" related to the creation of a national cultural policy, that has had place during Lula (2003-2010) and Dilma (2011-2016) governments. Focusing on the so-called civil society, and based on an ethnography of participatory spaces related to the Ministry of Culture (namely: the National Council of Cultural Policies, its sectoral collegiates and the National Culture\'s Conferences), this research intends to show how the construction of this policy was possible thanks to the work of the civil society representatives, who became one of the main agents to demand and, thus, to spread the policy drawn up, at first, by the Ministry of Culture. The participatory forums were taken not as totalities to be scrutinized, but as gravitation centers from which follow the displacements of some representatives. As national institutions, these participatory spaces congregated people from different states, from all five Brazilian regions. The fieldwork corresponded thus to a multi-situated ethnography, which followed the movement of people who travelled to attend meetings that took place in several cities, crossing boundaries among the spheres of the Brazilian federation, and among spaces associated now to State, now to culture. The theoretical inspiration comes from works dedicated to analyze social practices, and associates contributions from two distinct anthropological field references: on one side, reflections on politics, State and public policy, from the Anthropology of Politics; on the other, reflections on the effectiveness of formal and aesthetic aspects, contribution of the Anthropology of Art and a recent Anthropology of Bureaucracy. This dissertation analyzes an extensive and varied set of materials. Are considered: the displacements of persons; the circulation of ideas and of models of culture and politics, embodied in minutes, reports, laws, organizational charts and other documents; methodologies and organizational procedures used to organize a conference or an election; a set of practices and elements derived of cultural universes, that were present in the institutionalized participatory spaces and that were perceived as culture\'s way of making politics. This work thus reveals the diversity of practices that constitute experiences of participatory democracy in the cultural field, and shows how the proliferation of participatory spaces resulted in the creation of instances and agents that worked out the dissemination of particular understandings and models of cultural policy and public management. The dissertation also examines the apparent paradox posed by the concurrent existence of intense flows (which cross many borders) and totalizing images of what would be a State, the civil society and the Brazilian culture, showing how it is precisely through the displacements that subjects, collectives and categories of cultural policies constitute themselves, in a relational way.
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As políticas da cultura: uma etnografia de trânsitos, encontros e militância na construção de uma política nacional de cultura / The politics of culture: an ethnography of displacements, meetings and activism and the building of a national cultural policyLorena Avellar de Muniagurria 25 November 2016 (has links)
O principal objetivo desta tese é discutir os modos de fazer cultura e política no contexto da construção de uma política nacional de cultura, promovida ao longo dos governos Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016). Com foco na atuação da chamada sociedade civil, e tendo por base uma etnografia que partiu de instâncias de participação vinculadas ao Ministério da Cultura (quais sejam: o Conselho Nacional de Políticas Culturais, seus colegiados setoriais e as conferências de cultura), a pesquisa mostra como a construção dessa política apenas foi possível graças à atuação dos representantes da sociedade civil, que constituíram um dos principais agentes a demandar e, assim, a disseminar a proposta inicialmente elaborada pelo MinC. Os fóruns participativos não foram tomados como totalidades a serem esquadrinhadas, mas como centros de gravitação a partir dos quais acompanhar os trânsitos de alguns representantes. Sendo nacionais, esses espaços congregavam sujeitos de diferentes estados, das cinco regiões brasileiras. O trabalho de campo correspondeu, então, a uma etnografia multi-situada, que seguiu o deslocamento de pessoas que viajavam para atender reuniões que ocorriam em cidades diversas, cruzando fronteiras entre as esferas da federação, e entre espaços associados ora ao Estado, ora à cultura. Tendo por inspiração trabalhos atentos às pragmáticas sociais, e associando referências de dois campos distintos da antropologia (de um lado, reflexões sobre política, Estado e políticas públicas, provenientes da antropologia da política; de outro, sobre a eficácia de aspectos formais ou estéticos, contribuição de uma antropologia da arte e de uma recente antropologia da burocracia), a presente tese analisa um conjunto extenso e variado de materiais. Foram considerados: o trânsito de pessoas; a circulação de ideias e modelos relativos à cultura e à política, corporificados em atas, relatórios, leis, organogramas e outros documentos; as metodologias e os procedimentos organizacionais utilizados para estruturar uma conferência ou para realizar uma votação; um conjunto de práticas e elementos oriundos dos universos culturais representados, que se fizeram presentes nos espaços participativos institucionalizados e que eram percebidos como uma maneira própria da cultura fazer política. Este trabalho revela, assim, a diversidade de práticas que constituem as experiências de democracia participativa na cultura, e mostra como a proliferação de espaços participativos resultou na criação de instâncias e agentes de difusão de entendimentos e modelos particulares de política cultural e de gestão pública. A tese permitiu ainda elaborar analiticamente o aparente paradoxo colocado pela existência concomitante de intensos fluxos (que cruzam, a todo momento, fronteiras) e de imagens totalizantes do que seja o Estado, a sociedade civil e a cultura brasileira, mostrando como é justamente através dos trânsitos que sujeitos, coletivos e categorias das políticas culturais se constituem relacional e simultaneamente. / The main objective of this dissertation is to discuss the ways of doing \"culture\" and \"politic\" related to the creation of a national cultural policy, that has had place during Lula (2003-2010) and Dilma (2011-2016) governments. Focusing on the so-called civil society, and based on an ethnography of participatory spaces related to the Ministry of Culture (namely: the National Council of Cultural Policies, its sectoral collegiates and the National Culture\'s Conferences), this research intends to show how the construction of this policy was possible thanks to the work of the civil society representatives, who became one of the main agents to demand and, thus, to spread the policy drawn up, at first, by the Ministry of Culture. The participatory forums were taken not as totalities to be scrutinized, but as gravitation centers from which follow the displacements of some representatives. As national institutions, these participatory spaces congregated people from different states, from all five Brazilian regions. The fieldwork corresponded thus to a multi-situated ethnography, which followed the movement of people who travelled to attend meetings that took place in several cities, crossing boundaries among the spheres of the Brazilian federation, and among spaces associated now to State, now to culture. The theoretical inspiration comes from works dedicated to analyze social practices, and associates contributions from two distinct anthropological field references: on one side, reflections on politics, State and public policy, from the Anthropology of Politics; on the other, reflections on the effectiveness of formal and aesthetic aspects, contribution of the Anthropology of Art and a recent Anthropology of Bureaucracy. This dissertation analyzes an extensive and varied set of materials. Are considered: the displacements of persons; the circulation of ideas and of models of culture and politics, embodied in minutes, reports, laws, organizational charts and other documents; methodologies and organizational procedures used to organize a conference or an election; a set of practices and elements derived of cultural universes, that were present in the institutionalized participatory spaces and that were perceived as culture\'s way of making politics. This work thus reveals the diversity of practices that constitute experiences of participatory democracy in the cultural field, and shows how the proliferation of participatory spaces resulted in the creation of instances and agents that worked out the dissemination of particular understandings and models of cultural policy and public management. The dissertation also examines the apparent paradox posed by the concurrent existence of intense flows (which cross many borders) and totalizing images of what would be a State, the civil society and the Brazilian culture, showing how it is precisely through the displacements that subjects, collectives and categories of cultural policies constitute themselves, in a relational way.
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O primeiro fim do MinC / The First End of the MinCFabio Maleronka Ferron 20 October 2017 (has links)
Esta dissertação propõe uma reflexão sobre as razões que levaram o presidente Fernando Collor a impor, de forma abrupta e imediata, mudanças profundas no setor cultural. Ao tomar posse, em 15 de março de 1990, Collor, por meio de Medidas Provisórias, extinguiu o MinC, dissolveu inúmeras fundações e determinou o fim da Lei Sarney. A pesquisa parte da discussão sobre o processo de construção do MinC em 1985, as polêmicas em torno da pertinência ou não de sua criação, e a campanha presidencial de 1989, focalizando fundamentalmente o ano de 1990, quando o presidente eleito impôs uma verdadeira mudança na cultura. A extensão e o significado do impacto causado pelas medidas baixadas naquele ano por Collor que levaram à extinção do MinC e da Lei Sarney e à dissolução de inúmeras fundações, bem como as repercussões que essas mudanças causaram na vida de artistas, intelectuais e gestores culturais que vivenciaram esse desmonte, são objetos de análise na presente investigação. No estudo, além de pesquisa documental, foram utilizados como fonte de análise empírica quatro periódicos de circulação nacional: os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S.Paulo, Jornal do Brasil e O Globo. A investigação envolveu também a análise de entrevistas, algumas delas realizadas pelo pesquisador em 2010 para a série Produção Cultural no Brasil. Além disso, entrevistas de tipo semiestruturado foram realizadas pelo pesquisador com gestores culturais e lideranças políticas que, durante o período analisado, atuaram na coordenação de órgãos federais e estadual específicos. Essas entrevistas semiestruturadas tiveram o propósito de atender ao objetivo da pesquisa e aos seus pressupostos metodológicos / This dissertation proposes a reflection on the reasons that led President Fernando Collor to impose, abruptly and immediately, profound changes in the cultural sector. Upon taking office on March 15, 1990, Collor, through provisional measures, extinguished the MinC, dissolved numerous foundations and determined the end of the Sarney Law. The research is based on the discussion around the construction process of the MinC in 1985, the controversies surrounding the pertinence or not of its creation, and the presidential campaign of 1989, focusing fundamentally on the year 1990, when the president-elect imposed a real change in the culture. The extent and significance of the impact of the measures taken that year by Collor, and which led to the abolition of the MinC and the Sarney Act and the dissolution of countless foundations, as well as the repercussions that these changes have had on the lives of artists, intellectuals and cultural managers who experienced this dismantling, are objects of analysis in the present investigation. In addition to documentary research, four national newspapers were used as sources of an empirical analysis: Folha de S. Paulo, O Estado de S.Paulo, Jornal do Brasil and O Globo. The research also involved the analysis of interviews, some of them carried out by the researcher in 2010 for the series Cultural Production in Brazil. In addition, semi-structured interviews were conducted by the researcher with cultural managers and political leaders who, during the period analyzed, acted in the coordination of specific federal and state bodies. These semi-structured interviews had the purpose of meeting the research objective and its methodological assumptions
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