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O comportamento exploratório de bebês e o comportamento de mães com indicadores de depressão durante uma psicoterapia breve mãe-bebê

Alfaya, Cristiane January 2006 (has links)
O presente estudo buscou examinar o comportamento exploratório dos bebês, e o comportamento das mães com indicadores de depressão, frente ao comportamento exploratório dos bebês, durante o processo de psicoterapia breve mãe-bebê, no primeiro ano de vida dos bebês. Foram considerados os aspectos objetivos e subjetivos da interação mãe-bebê envolvidos no comportamento exploratório do bebê. Para tanto, foram realizados três estudos de casos atendidos em sessões de psicoterapia mãe-bebê com duração variável (8 a 12 sessões). Cada sessão de psicoterapia foi analisada do ponto de vista do comportamento exploratório dos bebês e do comportamento materno. O comportamento exploratório dos bebês foi descrito e, posteriormente analisado de acordo com as categorias de manipulação exploratória fina e ampla, e de locomoção exploratória em direção ao ambiente e ao brinquedo. O comportamento das mães frente ao comportamento exploratório dos bebês foi também descrito e posteriormente analisado de acordo com as categorias de comportamento direto e indireto, construídas a partir da leitura do material de descrição da observação, e do referencial teórico do desenvolvimento emocional de Winnicott. O significado do comportamento das mães na sua história de vida foi também considerado a partir do conceito de identificação projetiva. Apoiando-se na teoria de separação–individuação, os resultados mostraram que os bebês de mães com depressão apresentaram comportamentos de exploração, como manipulação exploratória fina, ampla, locomoção exploratória em direção ao ambiente, e aos brinquedos, o que indica desenvolvimento da autonomia na perspectiva do desenvolvimento emocional. Do ponto de vista das mães, os resultados apóiam as evidências de que a mãe, ao interagir com o bebê, relaciona-se não apenas com o comportamento observado de maneira objetiva, mas também com imagens (modelos), os quais pertencem à mãe e aparecem na interação com o bebê (Bowlby, 1989; Hinde, 1992; Brazelton & Cramer, 1992) por meio da identificação projetiva (Brazelton & Cramer, 1992). Foram observadas mudanças nos comportamentos das mães e dos bebês ao longo das sessões, possivelmente, a partir do acesso às imagens (modelos) das mães das figuras de apego, e das intervenções da terapeuta.
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Racismo e sexismo em instituições de saúde do DF : pré-natal, parto e pós-parto de mulheres negras

Ferreira, Kauara Rodrigues Dias 05 October 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-08-11T11:12:26Z No. of bitstreams: 1 2015_KauaraRodriguesDiasFerreira.pdf: 1041869 bytes, checksum: 8028f138f4432e822d56afdb96fdf9b7 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-08-12T22:08:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_KauaraRodriguesDiasFerreira.pdf: 1041869 bytes, checksum: 8028f138f4432e822d56afdb96fdf9b7 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-12T22:08:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_KauaraRodriguesDiasFerreira.pdf: 1041869 bytes, checksum: 8028f138f4432e822d56afdb96fdf9b7 (MD5) / A presente dissertação traz como tema as experiências de mulheres negras durante o pré-natal, parto e pós-parto/puerpério na relação com serviços e profissionais de saúde do Distrito Federal/DF. O objetivo central foi investigar e analisar como a cor/raça, em sua articulação com o gênero, participa das interações das mulheres negras com instituições e profissionais de saúde durante o pré-natal, parto e pós-parto/puerpério, gerando discriminações e violências sobre elas. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com quinze mulheres, que fizeram pré-natal e pariram no DF. A partir, então, da articulação e diálogo entre diferentes pesquisas teóricas e empíricas, dados oficiais do governo brasileiro e os relatos das entrevistadas, foi possível ampliar o entendimento sobre como as mulheres negras vivenciam e elaboram suas experiências acerca desses três importantes momentos relacionados à saúde reprodutiva, bem como obter elementos sobre o racismo e o sexismo institucional. Constatou-se que os tratamentos recebidos, somados aos entraves à garantia de seus direitos, se manifestam em uma dinâmica relacional que envolve discriminação racial interconectada com a reprodução das desigualdades de gênero, associadas a diferentes marcadores sociais, que reforçam ou amenizam os efeitos do racismo e do sexismo. Foram também encontradas aproximações com representações sociais racistas e sexistas acerca dos corpos e papéis sociais das mulheres negras por meio de sua interação com serviços e profissionais de saúde. / This dissertation addresses the topic of black women’s experiences of dealing with health services of Distrito Federal/DF during prenatal, delivery and postpartum/puerperium. The main purpose was to investigate and analyse how race, in articulation with gender, interferes in the interactions between black women and health institutions and professionals during prenatal, delivery and postpartum/puerperium. The research was conducted through semi-structured interviews with fifteen women who received prenatal care and gave birth in DF. The reports of the interviewees - articulated with findings of theoretical and empirical researches and official data from the Brazilian government - provided important elements to increase understanding on how black women experience and formulate their experiences about these three important moments of their reproductive lives. It was possible to verify that the treatments received, as well as obstacles to ensuring black women’s rights are showed in relational dynamics involving racial discrimination interconnected with the reproduction of gender inequalities associated with different social markers that reinforce or alleviate the effects of racism and sexism. In addition, the research found approximations with racist and sexist social representations about the bodies and social roles of black women in their interaction with health services and professionals.
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Presença de stress e ansiedade em primígestas no terceiro trimestre de gestação e no pós-parto

Schiavo, Rafaela de Almeida [UNESP] 30 March 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:00Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-03-30Bitstream added on 2014-06-13T18:58:19Z : No. of bitstreams: 1 schiavo_ra_me_bauru.pdf: 678543 bytes, checksum: 3d0257b7fbad7c2fdf12837b076da463 (MD5) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / O ciclo gravídico puerperal é marcado por alterações emocionais, características deste período, com possibilidade de desencadear transtornos psíquicos significativos, comprometendom a saúde materno-infantil. Entre os fatores psicológicos que, geralmente, implicam em complicação durante gestação, parto e puerpério estão o stress e a ansiedade vivenciados na gravidez e a depressão, no puerpério. Objetivo: Avaliar a ansiedade-estado e o stress de primagestas no terceiro trimestre de gestação e no pós-parto e averiguar ocorrência de depressão pós-parto associando-os com aspectos de gestação e cuidados com o bebê. Método: A pesquisa foi constituída de duas etapas. Na etapa 1 ocorreu a coleta de dados no terceiro trimestre de gestação e a etapa 2, ocorreu após 45 de nascimento do bebê. Na etapa 1 entrevistou-se 98 primagestas e aplicou-se os instrumentos IDATE (Inventário de Ansiedade Taco/Estaco), ISSL (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp) e Entrevista Inicial. Destas, 64 também participaram da etapa 2, onde aplicou-se os instrumentos IDATE, ISSL, EPDS (Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo) e Questionário a respeito do parto, nascimento e rotina de cuidados com o bebê. Os dados foram analisados usando o programa SPSS for Windows, versão 17.0. Resultados: Os resultados da etapa 1 indicaram que 63% da primagestas apresentam ansiedade-estado controlada e 37% alta ansiedade-estado no terceiro trimestre. Quanto ao stress, 22% não o manifestaram e 78% manifestaram. Das participantes, 56% estavam na Fase de Resistência, 20% na Quase Exaustão e 2% na Exaustão. Delas, 11% manifestaram sintomas físicos, 86% psicológicos e 3% e psicológicos. Os resultados da etapa 2 indicam que 73% das puérperas manifestaram ansiedade-estado controlada e 27% alta ansiedade-estado. Observou-se diferença significativa entre a ansiedade-estado manifestada no terceiro... / The puerperal period is marked by emotional changes, typical of this period, with the possibility of triggering significant mental disorders, affecting the maternal and child health. Psychological factors that usually imply a complication during pregnancy, childbirth and are experienced stress and anxiety and depresssion in pregnancy, postpartum. Objective: To evaluate the state-ansiety and stress of primipara in the third trimester of pregnancy and postpartum and to investigate the occurence of postpartum depression by associating them with aspects of pregnancy and baby care. Method: The study considered of two steps. In step data collection occurred in the third trimester of pregnancy and step 2,45 occured after the baby's birth. In step 1 was interviewed 98 primiparous and applied the tools STAI Anxiety Inventory (Taco/State), Inventory (SSI Lipp Stress Symptoms) and the Initial Interview. Of these, 64 also participated in the second stage, where we applied the tools IDATE, SSI, EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) and the Questionnaire about labor, birth and care routine with the baby. Data were analyzed using SPSS for Windows, version 17.0. Results: The results of phase 1 indicated that 63% od primiparum have anxiety state-controlled and 37% high state anxiety in the third quarter. As for stress, not the 22% and 78% had expressed. Of participants, 56% were in Stage of Resistance, 20% in almost 2% at axhaustion. Of these, 11% had physical symptoms, 86% 3% psychological and physical and physichological. The results of step 2 indicate that 73% of the women expressed anxiety state-controlled and 27% high-anxiety state. There was a significant difference between state anxiety manifested in the third trimester of pregnancy and puerperium (t 2:36, p<0.05). Regarding the stress 37.5% had no symptoms of stress and 62.5% manifested. Of which indicated 80% were in Phase Resistance... (Complete abstract click electronic access below)
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Associação da sincronização do estro e da interrupção temporária do aleitamento em vacas primíparas da raça nelore (Bos taurus indicus, Linnaeus, 1758)

Moraes, Tércio Telles de [UNESP] 18 March 2002 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:39Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2002-03-18Bitstream added on 2014-06-13T19:38:55Z : No. of bitstreams: 1 moraes_tt_me_ilha.pdf: 118193 bytes, checksum: 381cadf1263c24dace3cfe7601d90d6d (MD5) / A sincronização do estro e a interrupção temporária do aleitamento visam antecipar o restabelecimento da atividade ovariana pós-parto. Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito de um protocolo da sincronização do estro associado à interrupção temporária do aleitamento durante o período pós-parto em fêmeas primíparas da Raça Nelore (Bos taurus indicus). O lote (80 animais) recebeu os seguintes tratamentos: T1 - Testemunha / Controle (20 animais), T2 - Interrupção temporária do aleitamento (20 animais), T3 - Protocolo de sincronização de estro - Crestar (20 animais), T4 – Associação dos tratamentos T2 e T3 (20 animais). Os dados coletados foram: data do parto, sexo do bezerro, data do estro, avaliação reprodutiva (corpos lúteos, folículos, condição corporal, involução uterina, animais em anestro), pesos, escores, dosagem de progesterona, data de inseminação, data do implante, data da retirada do implante, resultado do diagnóstico de gestação. O peso médio, o escore corporal médio e o ganho de peso médio em T3 e T4 foram respectivamente 332,85 Kg, 340,83 Kg, , 4,5 e 4,0 e 0,10 Kg/cab/dia. A manifestação do estro em T3 e T4 foi respectivamente 21,05% e 55,55%. O Intervalo Parto - 1º Estro em T3, diferiu significativamente (Duncan p<0,05) em relação aos outros tratamentos. A taxa de gestação em T3 e T4 foi de 15,78 %. A taxa de gestação das vacas primíparas foi baixa. / The syncronization of estrous and temporary interruption of suckling aim restablishment of the post-partum ovarian activity. The objective of this study was to evaluate the effect of the syncronization protocol associated with the temporary interruption of suckling during post-calving period in Nelore Breed primiparous females (Bos taurus indicus). The lot (80 animals) received the following treatments: Treatment 1 - Control (20 animals), Treatment 2 – Temporary Interruption of Suckling (20 animals), Treatment 3 – Syncronization Protocols - Crestar (20 animals), Treatment 4 - Association of treatment T3 and T4 (20 animals). The collected data were: calving date, calf sex, estrous date, reproductive evaluation (corpus luteum, follicles, body score condition, uterine involution, anestrous animals), progesterone dose, insemination date, implant date, implant removing date, pregnancy rate. The mean body weigth, the mean body condition score and mean weigth gain in T3 and T4 respectively were 332,85 Kg and 340,83 Kg, 4,5 and 4,0 e 0,10 Kg/cab/day. The estrous rate in T3 and T4 respectively were 21,05% and 55,55%. The calving - first estrous period in T4 was significanthy different (Duncan p<0,05) in relation to the other treatments. The pregnancy rate in T3 and T4 were 15,78%. The pregnancy rate of primiparous cows were lower.
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As vivências de mulheres no cuidado materno / How women experience maternal care

Diva Thereza dos Santos Pilotto 12 March 2009 (has links)
Estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa que teve como objeto as vivências de mulheres acerca do cuidado materno no espaço do Alojamento Conjunto. Teve como objetivos: descrever as vivências da mulher em relação ao cuidado materno no espaço do Alojamento Conjunto, e analisar o Alojamento Conjunto como espaço de cuidado. O estudo baseou-se nos conceitos winnicottianos de holding handling e object-presenting que implicam ser a mulher mãe suficientemente boa para cuidar de seu filho mesmo que no cenário hospitalar. A pesquisa foi realizada em três maternidades públicas, situadas no município de Niterói no Estado do Rio de Janeiro. O grupo de informantes constituiu-se de 18 mulheres-mães, maiores de 18 anos, que estiveram internadas nos setores de Alojamento Conjunto das referidas maternidades no primeiro semestre de 2008. Os dados foram obtidos através de entrevistas semi-estruturadas, segundo roteiro pré-estabelecido, realizadas nos domicílios e em datas determinadas, por escolha das mulheres. Para tratamento dos dados foi utilizada a análise de conteúdo proposta por Bardin (2004). A análise dos depoimentos propiciou a identificação de três categorias: descobrindo o holding (sustentação) materno; identificando o handling (manejo) materno na vivência das mulheres e conhecendo o object- presenting. Evidenciou-se que, embora as mulheres se mostrassem disponíveis para o cuidado materno como mães suficientemente boas, o ambiente do Alojamento Conjunto não se mostrou favorável para propiciar este cuidado. As mulheres sentiam-se abandonadas neste espaço de cuidados, não obtendo ajuda efetiva (apoio e cuidados) por parte dos profissionais que lá atuavam condição fundamental para o cuidado materno. Além disso, a ausência do acompanhante em algumas destas maternidades, deixava as mulheres ainda mais sozinhas no cuidar de seus filhos. / This exploratory, descriptive and qualitative study aimed (1) to assess how mothers considered providing their maternal care in a rooming-in environment and (2) to explore the rooming-in itself as a place of care. This study was based on the winnicottian concepts of holding, handling, and object-presenting that imply that a mother is a good-enough mother even in the hospital scenery. The study group was composed of 18 mothers above 18 years-old, admitted in rooming-in sectors in three public maternity hospitals in the Niterói and Rio de Janeiro municipalities in the first semester of 2008. Data were gathered through domiciliary semi-structured interviews, pre-scheduled on days chosen by the mothers themselves. The raw data were treated according to the content analysis proposed by Bardin (2004). Analysis of the mothers accounts allowed us to identify three categories of perceptions: finding the maternal holding; identifying the maternal handling in the women whole experience; and knowing the object-presenting. It was shown that, although the mothers committed themselves to the maternal care as good-enough mothers, the rooming-in environment did not encourage this kind of care. Women felt deserted in that place of care, and were unable to get effective help (support, care, key factors for maternal care) from professionals working there. In addition, the interdiction of escorts from family in some hospitals left the women even more solitary in the caring for their babies.
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Validação da impedância bioelétrica para determinação da composição corporal em mulheres no período pós parto / Validation of bioelectrical impedance for assessing body composition in postpartum women

Carla Valença Barros 05 July 2011 (has links)
O período pós-parto pode ser considerado a fase em que a mulher está exposta a retenção de massa corporal (MC) e desenvolvimento da obesidade. Na maioria das situações valorizam-se mais a perda de MC e pouco se conhece a respeito dos componentes que estão sendo mobilizados. Desta forma, há interesse de se validar técnicas acessíveis, como a impedância bioelétrica (BIA), que possam ser aplicadas no acompanhamento nutricional destas mulheres. O presente estudo teve como objetivo validar diferentes modelos de impedância bioelétrica (BIA) para a determinação da composição corporal em mulheres pós-parto tendo como ?padrão ouro? a técnica de absorciometria de dupla energia de raio X(DXA). A amostra foi composta por 46 mulheres no período pós-parto com idade acima de 18anos, inicialmente recrutadas e convidadas a participar da pesquisa, logo após o parto, para posteriormente serem avaliadas. A composição corporal (CC) foi mensurada através de três aparelhos distintos de BIA: RJL , BIO e Tanita e pela DXA. Os componentes101450BC 533corporais medidos foram: massa livre de gordura (MLG), massa gorda (MG) e percentual degordura corporal (%GC). Na análise estatística foram calculadas as médias e desvio-padrãodas variáveis contínuas. A concordância entre os componentes corporais determinados pelaDXA e cada BIA foi avaliada pelo método de Bland & Altman e pelo coeficiente decorrelação de concordância (CCC). Para comparação de médias das variáveis obtidas por BIAe DXA para cada faixa de índice de massa corporal (IMC), foi aplicada a ANOVA e oadotado o teste post-hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de 95% (p=0,05). Amédia ( desvio padrão) de idade foi de 25,5 4,6 anos, a MC de 73,6 12,2kg, o IMC de28,7 4,3kg/m, a MG de 29,87,4kg, a MLG de 43,25,7kg e o %GC de 41,84,3%,obtidos pelo DXA. Ao comparar-se os resultados dos diferentes equipamentos com o método padrão-ouro, verificou-se que houve diferença significativa entre a DXA e as BIA para todos componentes corporais, com exceção da MG fornecida pelo RJL (27,1Kg) e TAN (27,1Kg)em relação à DXA (29,8Kg). Os resultados mostraram haver uma boa reprodutibilidade emrelação aos aparelhos de BIA TAN (r=0,74; r=0,90) e RJL (r=0,78; r=0,89) para MLG e MG.Verificou-se que os equipamentos de BIA TAN e RJL forneceram estimativas semelhantes em relação à MLG, MG e %GC. Em relação aos valores da DXA o equipamento que mais se aproximou foi a TAN e o RJL quando avaliada a MG considerando todas as mulheres, mas quando estratificadas segundo o IMC, a análise foi mais acurada em mulheres obesas.Entretanto, a concordância não foi satisfatória entre os componentes corporais fornecidos pelas BIA em relação à DXA. As BIAs avaliadas no presente estudo subestimaram o %GC e superestimaram a MLG para esse grupo de mulheres no período pós-parto. Conclui-se que as BIA avaliadas não são recomendadas para avaliação da CC neste grupo de mulheres no período pós-parto. / Postpartum women are at risk of body weight retention and consequently becoming obese. Usually, during postpartum period there is a greater concern in weight loss instead of measuring which body compartment is being mobilized. Thus, there is a growing interesting to validate field and affordable techniques, such as the bioelectrical impedance (BIA) to determine body composition in this segment of the population. The purpose of this study was to validate different BIA devices using dual-energy x-ray absorptiomety (DXA) as a goldstandard in postpartum women. Forty-six postpartum women aged 18 years and over were enrolled in the study. They were recruited soon after delivery from two health units (Hospital São José of Mesquita District and Policlínica Piquet Carneiro, located in Rio de Janeiro city).All measurements were performed at the Laboratório Interdisciplinar de Avaliação Nutricional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Participants were instructed to follow a standardized protocol for body composition measurements. Anthropometric variables(body mass - BM, stature, waist and hip circumferences) were collected. Body composition was determined by DXA and also obtained using the following BIA devices :model RJL 101(RJL Systems, Inc. Clinton, USA), model BIOD 450 (Biodynamics Corporation, USA)and I model BC 533 (Tanita, USA). Descriptive statistical analysis was done for continuous variables. ANOVA was used to verify differences between mean values of fat free mass(FFM), fat mass (FM) and percentage body fat (%BF) within BIA devices and DXA. Concordance analysis between each body component obtained by DXA and all BIA devices were performed using Bland & Altman plots and the Concordance Correlation Coefficient(CCC). ANOVA was used to compare mean values within BIA and DXA, and Tukey post-hoc was adopted. SPSS and MedCalc software were used in the analysis. Mean values (standard deviation) of age, BM, body mass index, FM by DXA, FFM by DXA, %BF by DXA were 25.5 4.6 years, 73.6 12.2kg, 28.7 4.3kg/m, 29.87.4kg, 43.2 5.7kg, 41.8 4.3%,respectively. When comparing the results within different equipments (DXA, RJL, BIOD and TAN), it was verified that there was significant difference between DXA and BIA equipments for all body components, except for MG from RJL (27.1Kg) and TAN (27.1Kg) in relation toD XA (29.8Kg). The results showed good reproducibility in relation to BIA TAN (FFM, r=0.74; FM, r=0.90) and RJL (FFM, r=0.78; FM, r=0.89). It was verified that BIA TAN and RJL yielded similar estimates for FFM, FM and % BF. When all women were considered together no significant difference was observed for FM obtained by TAN, RJL and DXA. When considering BMI categories the estimates were better for obese women. However, the agreement was not satisfactory for body components supplied by BIA in relation to DXA. All BIA devices tended to underestimated % BF and overestimated FFM for this sample.
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Impacto do estilo de vida no controle do peso durante a gestação e pós-parto / Impact of lifestyle in weight control during pregnancy and postpartum

Amanda Rodrigues Amorim 22 May 2007 (has links)
O objetivo desta tese é avaliar o impacto do estilo de vida materno no ganho de peso durante a gestação e na sua evolução durante o pós-parto. Inicialmente, foi realizada uma revisão da literatura sobre os indicadores utilizados para computar as mudanças de peso ocorridas durante a gestação e o pós-parto (artigo I). Posteriormente, utilizou-se o modelo de regressão logística para avaliar a associação entre a abstinência ao fumo durante o pré-natal e o ganho de peso gestacional (GPG) excessivo, segundo as recomendações do Institute of Medicine (IOM), em 1.249 mulheres que deram à luz a recém-nascidos vivos a termo em 1984/85 em Estocolmo, Suécia (artigo II). Em seguida, foi utilizado o modelo de regressão linear múltipla para avaliar o efeito do GPG excessivo no índice de massa corporal (IMC) materno 15 anos após o parto. A população elegível para análise foi constituída de 483 mulheres suecas, que foram acompanhadas desde o nascimento da criança índice em 1984/85 até 1999/2000 (artigo III). Por último, uma revisão sistemática com a utilização de metanálise foi realizada para apreciar o efeito da dieta, exercício ou ambos na perda de peso no pós-parto (artigo IV). A diversidade de indicadores utilizada para computar o GPG e a retenção de peso no pós-parto dificulta a interpretação e comparação dos resultados de pesquisas sobre o tema. A baixa qualidade dos registros obstétricos e a escolha inadequada do indicador são consideradas as possíveis causas da não associação entre o ganho de peso materno e os desfechos gestacionais encontrada em alguns estudos (artigo I). Ex-fumantes apresentam 1,8 vezes mais chance de GPG excessivo em relação às mulheres não fumantes, mesmo após o ajuste pelas variáveis de confusão, como o consumo de álcool, atividade física, entre outras (artigo II). Mulheres que tiveram GPG excessivo apresentaram maior retenção de peso 15 anos após parto (10,0 kg) do que as mulheres que ganharam peso conforme os limites recomendados pelo IOM (6,7 kg). Mesmo após o controle pelas variáveis de confusão, o GPG excessivo provocou um aumento significativo de 0,72 kg/m2 no IMC materno (artigo III). Mulheres aconselhadas a praticarem exercícios aeróbicos durante o pós-parto não perderam, significativamente, mais peso que as mulheres alocadas no grupo controle (diferença de média ponderada (DMP): 0,00; IC 95%: -8,63/ 8,63). Mulheres alocadas no grupo dieta (DMP: -1,70; IC 95%: -2,08/ -1,32) ou dieta e exercício (DMP: -2,89; IC 95%: -4,83/ -0,95) perderam, significativamente, mais peso que as mulheres alocadas no grupo controle. Nenhuma das estratégias de intervenção para perda de peso no pós-parto (exercício; dieta; dieta e exercício) provocou efeitos adversos à saúde materno-infantil (artigo IV). Os achados apontam para a importância da identificação precoce de mulheres sob-risco GPG excessivo. Os profissionais de saúde devem fornecer aconselhamento adequado durante o pré-natal para o controle do GPG e motivar as mulheres a perderem o peso retido durante o pós-parto. Assinala-se também que os profissionais de saúde devem recomendar programas de modificação do estilo de vida relacionados à dieta combinada ao exercício físico para perda de peso durante o pós-parto e, consequentemente, para a prevenção da obesidade associada ao ciclo reprodutivo. / The aim of this thesis is to evaluate the impact of maternal life style on gestational weight gain (GWG) and maternal weight development during postpartum. Firstly, an overview of the literature on indicators used to measure weight changes during and after pregnancy was carried out (article I). Secondly, a multivariate logistic regression model was used to assess the association between prenatal smoking cessation and excessive GWG, according to the Institute of Medicine (IOM) recommendations, in 1.249 women who delivered a term infant in 1984/85 in Stockholm, Sweden (article II). Thirdly, a multivariate linear regression model was used to assess the effect of excessive GWG on maternal body mass index (BMI) at 15 years postpartum. The study population was composed of 483 Swedish women who were followed from delivery date of the index child in 1984/85 to 1999/2000 (article III). Finally, a systematic review with meta-analysis was conducted to appraise the effect of diet, exercise or both on postpartum weight loss (article IV). Comparisons among studies and the interpretation of research findings are complicated due to the variety of indicators used to calculate the GWG and postpartum weight retention. The reasons for non-significant associations between GWG and gestational outcomes were probably owing to poor quality of obstetrics records and selection of wrong indicators to compute GWG (article I). Former smokers were 1,8 times more likely to gain excessive weight during pregnancy than nonsmokers, even after accounting for confounding factors, including alcohol consumption, physical activity to mention a few (article II). Postpartum weight retention at 15 years follow-up was higher among women who gained excessive weight during pregnancy (10,0 kg) than who gained weight according to IOM recommendations (6,7 kg). After accounting for confounding factors, women who gained excessive weight during pregnancy had a significant increase of 0.72 kg/m2 in BMI at 15 years follow-up compared to women who gained within recommendations (article III). Women who exercised did not significantly lose more weight than women in the control group (weighted mean difference (WMD) 0,00; 95% CI 8,63 to 8,63). Women who took part in a diet (WMD 1,70; 95% CI 2,08 to 1,32) or diet plus exercise (WMD 2,89; 95% CI 4,83 to 0,95) program lost significantly more weight than women in the control group. The interventions (diet; exercise; diet and exercise) did not adversely affect the maternal and child health (article IV). The findings indicate the relevance of early identification of women at risk of excessive GWG. Health care providers should give women appropriate advice for controlling GWG and motivate them to lose pregnancy-related weight during postpartum. Additionally, health care providers should recommend women to engage in diet combined with physical activity programs in order to lose postpartum weight and consequently prevent obesity associated with childbearing.
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Relação entre a probabilidade de depressão pós-parto com o tempo de aleitamento materno em diferentes ambientes intrauterinos

Copês, Fabiana Silveira January 2016 (has links)
Objetivou-se nesse estudo relacionar a probabilidade de desenvolvimento de depressão pós-parto e o tempo de aleitamento materno em diferentes ambientes intrauterinos. Trata-se de um estudo observacional longitudinal composto por 229 pares mães-bebês selecionadas em dois hospitais públicos em Porto Alegre/RS, do nascimento até os 6 meses de vida da criança. As mães foram recrutadas e entrevistadas pessoalmente nos hospitais até 48h após o parto. As entrevistas com 7, 15, 90 dias foram realizadas no domicílio e as entrevistas com 30 e 180 dias no hospital. Para testar as associações entre o desfecho e as variáveis, teste qui-quadrado, correlação de Pearson e análise de Variância ou Kruskal-Wallis foram realizados. Para as análises multivariadas, modelos de regressões e matrizes de covariâncias foram feitas. No presente estudo, observou-se que a idade da mãe >20 anos é um fator importante para o desmame precoce e mostrou-se associado de forma significativa, com o desfecho, aos 4 meses de vida da criança: risco relativo =0,680; intervalo de confiança de 95%=[0,457-1,010] e p=0,05. Ao longo do seguimento, nos 6 meses da criança, esta variável não se manteve significativa: risco relativo=0,73; intervalo de confiança de 95%=[0,516-1,048] e p=0,08. O tempo médio de aleitamento materno foi de 158 dias. Observou-se que a probabilidade de depressão foi de 18,3%, 16,3% e 9,1% no 1º, 3º e 6º mês respectivamente. Observou-se que a situação conjugal (p=0,024), gestação planejada (p=0,002), gravidez anterior (p=0,02) e escolaridade da mãe e do pai (p=0,009 e 0,04) tem relação com a probabilidade de depressão pós-parto. Analisando os achados deste estudo verificou-se que não existe associação entre depressão pós-parto e o tempo de aleitamento materno em diferentes ambientes intrauterinos. A probabilidade de depressão não está relacionada com o tempo de aleitamento materno. A depressão pode ser associada com fatores sociais, independentes do aleitamento materno. Idade das mães maior que 20 anos está relacionada com a não manutenção da amamentação nos primeiros meses de vida da criança. / This study aimed to correlate the probability of postpartum depression development and maternal breastfeeding duration intrauterine in different environments. It is an observational and longitudinal study, consisting of 229 mother-child pairs selected in two public hospital in Porto Alegre/RS, from birth to 6 months of child’s life. Mothers were recruited and interviewed personally within 48 hours in hospitals after delivery. Interviews with 7, 15, 90 days were carried out at home and interviews with 30 and 180 days at the hospital. For assessing associations between the outcome and the explanatory variables, Chi-square and variance or Kruskal-Wallis analyzes were performed. For multivariate analysis, regression models and covariance matrices were made. It was observed that the mother’s age above 20 years is an important factor for early weaning, being it significantly associated with maternal breastfeeding duration, at 4 months: relative risk =0.680; confidence interval of 95%=[0.457-1.010] and p=0.05. At 6 months follow-up, this variable did not remain significant: relative risk =0.73; confidence interval of 95%=[0.516-1.048] and p=0.08. The mean duration of breastfeeding practice was 158 days. It was observed that maternal postpartum depression probability was 18.3%, 16.3% and 9.1% in the 1st, 3rd and 6th months, respectively. It was observed that the marital status (p=0.024), planned pregnancy (p=0.002), previous pregnancy (p=0.02) and educational level of the mother and father (p=0.009 and 0.04, respectively) are related to the probability of postpartum depression development. No associations were found between postpartum depression probability and maternal breastfeeding duration in different intrauterine environments. Taken together, maternal postpartum depression probability could be associated with other social factors, independent of breastfeeding, and maternal age above 20 years is associated with no longer breastfeeding duration in the first month after birth.
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Fatores relacionados à retenção de peso no pós-parto

Zanotti, Joana January 2012 (has links)
Introdução: Estudos evidenciam que a gestação e o período pós-parto são dois momentos críticos que aumentam a exposição a fatores que podem levar ao acúmulo de peso e obesidade futura. Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar os fatores associados com a retenção de peso no período pós-parto. Metodologia: Coorte com 145 mulheres, pacientes da maternidade de um Hospital privado do interior do Rio Grande do Sul. Foram incluídas no estudo pacientes com idade entre 19 e 45 anos, com idade gestacional de 38 a 42 semanas de gestação. A análise estatística envolveu o cálculo de média e desvio padrão para as variáveis quantitativas e as variáveis categóricas foram descritas através de freqüências absolutas e relativas. O nível de significância estatística considerado foi de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Identificou-se associação com a retenção de peso no pós-parto, o maior ganho ponderal total e a menor atividade física durante a gestação. Para os demais parâmetros estudados no seguimento dos seis meses, houve associação significativa: a paridade, o intervalo inter-gestacional, o consumo de calorias, o Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional, o ganho ponderal relacionado ao IMC pré-gestacional, o grau de depressão, o aleitamento materno, o nível de escolaridade e a situação marital. Conclusões: O presente estudo mostrou menor retenção de peso no período pós-parto associado à maior escolaridade das mulheres e às mulheres casadas. Também foram fatores determinantes para menor retenção de peso: IMC pré-gestacional normal ou abaixo do normal, pratica de atividade física e ganho de peso adequado durante a gestação, menor paridade, amamentação exclusiva por um período maior, consumo de calorias adequado ou abaixo do adequado e ausência de depressão. / Introduction: Studies show that the pregnancy and postpartum period are two critical moments which increase the exposure to factors which may lead to weight retention and future obesity. Objective: This work aims at identifying the associated factors with the weight retention after pregnancy. Methods: Cohort of 145 women, patients at a private maternity hospital in a town of the state of Rio Grande do Sul (Brazil). This study included patients aged between 19 and 45 years, gestational age from 38 to 42 weeks. Statistical analysis involved calculation of average and standard deviation for quantitative variables and the categorical variables were described through absolute and relative frequencies. The level of significant statistic considered was 5% (p ≤ 0.05). Results: There was a positive and significant association between the total weight gain and a negative association with physical exercise during pregnancy, with total weight loss. For other associated parameters, the ratio was reversed. The higher the parity, the inter-pregnancy interval, the calorie intake, the pre-pregnancy BMI, the weight gain related to pre-pregnancy BMI, the depression level and the lack of exclusive breastfeeding, the lower the weight loss. Concerning nominal variables, the total weight loss was significantly associated with level of education and marital status. Conclusion: The present study showed lower weight retention in the postpartum period associated with higher level of education and with married women. These were also determining factors to reduced weight retention: normal or below normal pre-pregnancy BMI, physical activity and adequate weight gain during pregnancy, lower parity, exclusive breastfeeding for a longer period, appropriate consumption of calories – or below –, and lack of depression.
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Violência institucional na atenção obstétrica : proposta de modelo preditivo para depressão pós-parto

Souza, Karina Junqueira de 27 August 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-12-04T10:40:07Z No. of bitstreams: 1 2014_KarinaJunqueiradeSouza.pdf: 1527393 bytes, checksum: 8332b6febf0003b1cb6302e79509a045 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-12-04T13:42:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_KarinaJunqueiradeSouza.pdf: 1527393 bytes, checksum: 8332b6febf0003b1cb6302e79509a045 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-04T13:42:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_KarinaJunqueiradeSouza.pdf: 1527393 bytes, checksum: 8332b6febf0003b1cb6302e79509a045 (MD5) / Introdução: A depressão tem etiologia multifatorial, atingindo um significativo número de mulheres no pós-parto com estimativas de prevalência entre 7,2% à 39,4%. Especialistas em saúde materna têm encontrado associação positiva dos distúrbios psiquiátricos do período puerperal, inclusive depressão, com experiências negativas associadas à atenção obstétrica. Várias categorias de violência na atenção obstétrica têm sido utilizadas para análise dessa condição, como aquelas da Organização Mundial da Saúde ou aquelas, recentemente, propostas pela Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos. No entanto, nenhuma dessas categorias contempla dimensões mais amplas da atenção obstétrica como às relacionadas ao Sistema de Saúde e aos Serviços de saúde. O presente estudo propõe uma nova categorização da violência institucional na atenção obstétrica e busca sua associação com depressão pós-parto. Métodos: Revisão da literatura científica a partir de uma pesquisa nos bancos de dados Scopus, análise de artigos que se encontravam nas referências bibliográficas das fontes indexadas e livros e teses sobre violência institucional na atenção obstétrica. Organizou-se os artigos em categorias, tendo como base um modelo conceitual de qualidade de cuidado a partos e nascimentos. Criou-se indicadores de violência institucional na atenção obstétrica e construiu-se um modelo de regressão logística, a fim de buscar a associação entre violência com depressão pós-parto. Resultados: Identificou-se uma alta prevalência de depressão pós-parto, sendo maior em mulheres adolescentes e de raça não branca, e uma forte associação positiva entre os diversos indicadores de violência na atenção obstétrica com depressão pós-parto. Observou-se, também, interação positiva em escala multiplicativa da violência profissional por negligência com raça e com idade, da violência profissional física com idade e da violência profissional verbal com raça. Conclusão: A partir dos resultados dessa investigação, conclui-se que os indicadores utilizados para refletir a violência institucional na atenção obstétrica mostraram-se positivamente associados à depressão pós-parto o que nos leva a refletir sobre a necessidade de mudanças de atitude destes profissionais e que estas atendam aos preceitos da política de humanização. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: Depression has a multifactorial etiology, affecting a significant number of women postpartum. Estimates of prevalence of postpartum depression are under7.2% to 39.4%. Maternal health experts have found a positive association between psychiatric disorders postpartum period, including depression, and negative experiences associated with obstetric care. Several categories of violence in obstetric care have been used for analysis, such as those of the World Health Organization and those, recently, proposed by the USAID-Traction Project, Harvard School of Public Health, in the United States. However, none of them have includedbroader dimensions of obstetric care as those related to the Health System and to the Health Services. This study proposes a new categorization of institutional violence in obstetrics and seeks its association with postpartum depression. Methods: Review of the scientific literature from a survey of banks in Scopus data, and analysis of articles that were indexed in the bibliography of sources, besides books and thesis on institutional violence in obstetric care, were used. The articles were organized into three categories, based on a conceptual model of quality of care in labor and delivery, where the interactions between them, users, professionals, institutions and society influence care. Indicators of institutional violence in obstetrics were created and a logistic regression model was built, in order to seek an association between violence and postpartum depression. Results: The model identified a higher prevalence of postpartum depression among adolescent women and non-white race, and a strong positive association between several indicators of violence in obstetric care with postpartum depression. It was, also, observed apositive interaction on a multiplicative scale, between violence by professional negligence with race and age, professional physical violence with age and verbal violence with professional race. Conclusion: The indicators used to reflect the institutional violence in obstetrics proved to be positively associated with postpartum depression, which leads to a reflection on the needs for adequacy of obstetric care to the precepts of humanization policies.

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