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Neuroticismo em pacientes com transtorno da personalidade borderline hospitalizados / Neuroticism in hospitalized patients with borderline personality disorder

Gasparetto, Letícia Garibaldi January 2015 (has links)
O Transtorno da Personalidade Borderline é o mais prevalente dentre os transtornos da personalidade na população geral e na população clínica. Ele atinge cerca de 6% dos pacientes em cuidados primários, 10% dos pacientes em ambulatórios psiquiátricos e 20% entre os que se hospitalizaram (APA,2013). A partir da perspectiva do atual modelo de personalidade, o Big-Five, muitos estudos observaram que pacientes com Transtorno Borderline pontuam mais alto na faceta Neuroticismo do que nas outras facetas deste modelo e do que pessoas sem o transtorno. O objetivo deste trabalho, portanto, foi investigar a intensidade dos sintomas borderline e as diferenças entre os sexos na Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN) e em suas facetas em 40 pacientes com Transtorno da Personalidade Borderline internados em uma clínica psiquiátrica. Também foi aplicada a Borderline Symptons List (BSL-23) para avaliar a sintomatologia do transtorno borderline. As facetas da EFN são: Vulnerabilidade, Desajustamento Psicossocial, Ansiedade e Depressão. De acordo com a EFN, a faceta de Desajustamento Psicossocial envolveria características dos traços da personalidade borderline e poderia identificar o transtorno. Os resultados mostraram uma pontuação elevada desta amostra na EFN com relação ao escore padronizado da escala (122,39 ±12,00). Não houve diferenças significativas entre os sexos, embora homens tenham tido médias superiores nas facetas de Vulnerabilidade (82±72) e Desajustamento Psicossocial (77,27± 25,99) e mulheres nas facetas de Ansiedade (82,58±22,34), excluindo-se em ambos a faceta Depressão. Esses achados corroboram com estudos anteriores. A maioria dos pacientes apresentou como comorbidade o Transtorno Depressivo (40%) e tanto homens quanto mulheres apresentaram as pontuações mais elevadas na faceta Depressão (95% da amostra acima do percentil 70) sendo que esta faceta mostrou-se efetiva em identificar os transtornos depressivos a que se propõe, enquanto a faceta de Desajustamento Psicossocial não foi capaz de apreender o transtorno borderline satisfatoriamente. Também foram diagnosticados entre os pacientes da pesquisa aqueles que sofreram algum tipo de abuso (sexual, físico ou emocional) e dentre estes aqueles que apresentavam Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Os resultados foram significativos (X2=9,57,df=1,p=0,002) e corroboram com estudos anteriores que apontam a relação entre abuso, TEPT e personalidade borderline. O presente estudo mostrou-se inovador e relevante já que não se tem dados de estudos anteriores sobre população borderline e as facetas do fator Neuroticismo. As correlações observadas são plausíveis e teoricamente consistentes, o que é uma evidência de validade convergente dos instrumentos utilizados e que encoraja a realização de novas investigações. / The Borderline Personality Disorder is more prevalent among personality disorders in the general population and clinical population. It affects about 6% of patients in primary care, 10% of patients in psychiatric clinics and 20% among those who were hospitalized (APA, 2013). From the current model of personality perspective, the Big Five, many studies have found that patients with borderline disorder score higher on Neuroticism facet than in the other facets of this model and that people without the disorder. This study therefore was to investigate the intensity of borderline symptoms and differences between the sexes in Neuroticism Factorial Scale (EFN) and its facets in 40 patients with Borderline Personality Disorder admitted to a psychiatric clinic. It was also applied to borderline Symptons List (BSL-23) to evaluate the borderline disorder symptoms. Facets of EFN are: Vulnerability, Psychosocial Maladjustment, Anxiety and Depression. According to the EFN, the facet of Psychosocial Maladjustment involve characteristics of borderline personality traits and could identify the disorder. The results showed a high score in this sample relative to the standard EFN score scale (122.39 ± 12.00).There were no significant differences among the genders, although men have superior averages in the sub-scales of vulnerability (82±72), psychosocial maladjustment(77,27± 25,99) and women in the other hand in the anxiety scale(82,58±22,34), excluding in both the Depression facet. The majority of patients presented comorbidity as the depressive disorder and both men and women presentedthe most high punctuations in the sub-scale of depression (90% of the sample above the 70 percentile) so this sub-scale shown itself effective on identifying the depressive disorders as its was meant to do, while the facet of Psychosocial Maladjustment was not able to grasp the borderline disorder satisfactorily. Also they were diagnosed among the research subjects who suffered some kind of abuse (sexual, physical or emotional) and among these those with Post traumatic stress disorder (PTSD). The results were significant (X2 =9.57, df = 1, p = 0.002) and corroborate previous studies that show the relationship between abuse, PTSD and borderline personality. This study proved to be innovative and relevant as it does not have data from previous studies on the borderline population and facets of Neuroticism factor. The observed correlations are theoretically plausible and consistent, which is evidence of convergent validity of instruments and encourages the implementation of new investigations.
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Neuroticismo em pacientes com transtorno da personalidade borderline hospitalizados / Neuroticism in hospitalized patients with borderline personality disorder

Gasparetto, Letícia Garibaldi January 2015 (has links)
O Transtorno da Personalidade Borderline é o mais prevalente dentre os transtornos da personalidade na população geral e na população clínica. Ele atinge cerca de 6% dos pacientes em cuidados primários, 10% dos pacientes em ambulatórios psiquiátricos e 20% entre os que se hospitalizaram (APA,2013). A partir da perspectiva do atual modelo de personalidade, o Big-Five, muitos estudos observaram que pacientes com Transtorno Borderline pontuam mais alto na faceta Neuroticismo do que nas outras facetas deste modelo e do que pessoas sem o transtorno. O objetivo deste trabalho, portanto, foi investigar a intensidade dos sintomas borderline e as diferenças entre os sexos na Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN) e em suas facetas em 40 pacientes com Transtorno da Personalidade Borderline internados em uma clínica psiquiátrica. Também foi aplicada a Borderline Symptons List (BSL-23) para avaliar a sintomatologia do transtorno borderline. As facetas da EFN são: Vulnerabilidade, Desajustamento Psicossocial, Ansiedade e Depressão. De acordo com a EFN, a faceta de Desajustamento Psicossocial envolveria características dos traços da personalidade borderline e poderia identificar o transtorno. Os resultados mostraram uma pontuação elevada desta amostra na EFN com relação ao escore padronizado da escala (122,39 ±12,00). Não houve diferenças significativas entre os sexos, embora homens tenham tido médias superiores nas facetas de Vulnerabilidade (82±72) e Desajustamento Psicossocial (77,27± 25,99) e mulheres nas facetas de Ansiedade (82,58±22,34), excluindo-se em ambos a faceta Depressão. Esses achados corroboram com estudos anteriores. A maioria dos pacientes apresentou como comorbidade o Transtorno Depressivo (40%) e tanto homens quanto mulheres apresentaram as pontuações mais elevadas na faceta Depressão (95% da amostra acima do percentil 70) sendo que esta faceta mostrou-se efetiva em identificar os transtornos depressivos a que se propõe, enquanto a faceta de Desajustamento Psicossocial não foi capaz de apreender o transtorno borderline satisfatoriamente. Também foram diagnosticados entre os pacientes da pesquisa aqueles que sofreram algum tipo de abuso (sexual, físico ou emocional) e dentre estes aqueles que apresentavam Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Os resultados foram significativos (X2=9,57,df=1,p=0,002) e corroboram com estudos anteriores que apontam a relação entre abuso, TEPT e personalidade borderline. O presente estudo mostrou-se inovador e relevante já que não se tem dados de estudos anteriores sobre população borderline e as facetas do fator Neuroticismo. As correlações observadas são plausíveis e teoricamente consistentes, o que é uma evidência de validade convergente dos instrumentos utilizados e que encoraja a realização de novas investigações. / The Borderline Personality Disorder is more prevalent among personality disorders in the general population and clinical population. It affects about 6% of patients in primary care, 10% of patients in psychiatric clinics and 20% among those who were hospitalized (APA, 2013). From the current model of personality perspective, the Big Five, many studies have found that patients with borderline disorder score higher on Neuroticism facet than in the other facets of this model and that people without the disorder. This study therefore was to investigate the intensity of borderline symptoms and differences between the sexes in Neuroticism Factorial Scale (EFN) and its facets in 40 patients with Borderline Personality Disorder admitted to a psychiatric clinic. It was also applied to borderline Symptons List (BSL-23) to evaluate the borderline disorder symptoms. Facets of EFN are: Vulnerability, Psychosocial Maladjustment, Anxiety and Depression. According to the EFN, the facet of Psychosocial Maladjustment involve characteristics of borderline personality traits and could identify the disorder. The results showed a high score in this sample relative to the standard EFN score scale (122.39 ± 12.00).There were no significant differences among the genders, although men have superior averages in the sub-scales of vulnerability (82±72), psychosocial maladjustment(77,27± 25,99) and women in the other hand in the anxiety scale(82,58±22,34), excluding in both the Depression facet. The majority of patients presented comorbidity as the depressive disorder and both men and women presentedthe most high punctuations in the sub-scale of depression (90% of the sample above the 70 percentile) so this sub-scale shown itself effective on identifying the depressive disorders as its was meant to do, while the facet of Psychosocial Maladjustment was not able to grasp the borderline disorder satisfactorily. Also they were diagnosed among the research subjects who suffered some kind of abuse (sexual, physical or emotional) and among these those with Post traumatic stress disorder (PTSD). The results were significant (X2 =9.57, df = 1, p = 0.002) and corroborate previous studies that show the relationship between abuse, PTSD and borderline personality. This study proved to be innovative and relevant as it does not have data from previous studies on the borderline population and facets of Neuroticism factor. The observed correlations are theoretically plausible and consistent, which is evidence of convergent validity of instruments and encourages the implementation of new investigations.
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Fatores ambientais e vulnerabilidade ao transtorno de personalidade borderline : um estudo caso-controle de traumas psicológicos precoces e vínculos parentais percebidos em uma amostra brasileira de pacientes mulheres

Schestatsky, Sidnei Samuel January 2005 (has links)
Introdução: O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um transtorno mental grave e complexo, caracterizado por um padrão difuso de instabilidade na regulação das emoções, auto-imagem, controle dos impulsos e dos relacionamentos interpessoais. Estima-se que ocorra entre 1% a 2% da população geral, sendo o mais comum dos transtornos de personalidade em contextos clínicos, afetando cerca de 10% de todos os pacientes psiquiátricos ambulatoriais e 15% a 20% dos internados. Caracteriza-se por grave incapacitação profissional, substancial utilização dos sistemas de saúde mental e uma taxa de mortalidade por suicídio de 10%, cinqüenta vezes maior do que a da população geral. A co-ocorrência do TPB com patologias do Eixo I é comum, como os Transtornos do Humor, Transtornos Ansiosos, Transtornos Alimentares e Abuso de Álcool/Drogas, tornando piores o tratamento, a evolução e o prognóstico destes quadros. No entanto, não há nenhum estudo com estes pacientes – que tenham sido criteriosamente diagnosticados e usados instrumentos padronizados – em populações clínicas ou não-clínicas de língua portuguesa no Brasil ou na América do Sul. Objetivos: 1) descrever, do ponto de vista clínico e demográfico, a presença desta patologia no nosso meio, e 2) avaliar a existência ou não de fatores de risco ambientais, na infância e adolescência (situações traumáticas e disfunção parental percebida), que se associem com o diagnóstico de TPB na idade adulta, em pacientes internados e de ambulatório, de três centros de referência nas cidades de Porto Alegre e Novo Hamburgo (RS/Brasil). Material e Métodos: Desenvolveu-se, primeiro, um estudo transversal (N=26), para caracterizar descritivamente a população clínica em estudo. Depois, um estudo caso-controle pareado (N=23), tendo como desfecho o diagnóstico de TPB e como fatores de exposição a ocorrência de eventos traumáticos precoces (abusos emocional, físico, sexual e negligências física e emocional) e a percepção dos vínculos familiares na infância (afeto e controle). Constituíu-se uma amostra de conveniência de 26 casos para o estudo transversal e de 23 pares de casos (pacientes com TPB) e controles (pessoas normais), para o estudo caso-controle. Todos os casos foram, por acaso, do sexo feminino, e idade entre 18 e 60 anos (média 33.6 ± 10.6 anos). Foram diagnosticados tendo pelo menos cinco dos critérios para TPB (DSM-IV) e escore ³ 8 na Entrevista Diagnóstica para Borderline - Revisada (DIB-R). Sujeitos com inteligência clinicamente abaixo da média, diagnósticos de quadros orgânicocerebrais agudos ou crônicos e Esquizofrenia ou Transtorno Bipolar I presentes, foram excluídos. Os controles, para serem incluídos, tiveram escores iguais ou abaixo de sete no DIB-R, escores abaixo de sete no Self-Report Questionnaire e nenhum diagnóstico presente na versão brasileira do Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI). A amostra (N=23) foi pareada por sexo, idade (± 1 ano), escolaridade e classe sócio-econômica. Coletaram-se informações clínicas e demográficas com Protocolo padronizado e desenvolvido para o estudo. Dados sobre comorbidade foram colhidos pelo MINI. Evidências sobre abusos (emocionais, físicos e sexuais) e negligências (emocional e física) foram obtidas através da Entrevista sobre Experiências Familiares (FEI) e pelo Questionário de Traumas na Infância (CTQ). As percepções que casos e controles tinham dos seus vínculos maternos e paternos na infância foram obtidas pelo “Parental Bonding Instrument”. Resultados: O grupo de casos constituíu-se de pacientes gravemente doentes, com início precoce dos sintomas (16 ± 8.9 anos de idade) e uma média de 4.3 ± 3.4 internações psiquiátricas ao longo da vida. Sintomas mais freqüentes foram instabilidade afetiva (96.1%), sentimentos crônicos de vazio (92.3%), crises de raiva intensas e injustificadas (84.6%), reações desesperadas frente a abandonos (84.6%) e automutilações (84.6%). Apresentaram importante risco de suicídio (84.6%), 76.9% com tentativas prévias e 3.8% (N=1), mesmo em tratamento, cometeu suicídio durante o estudo. Os casos tiveram taxas altas de comorbidade com Transtornos do Humor (76.9%) e Ansiosos (69.2%) e menores com Transtornos Alimentares (30.7%) e Abuso de Álcool/Drogas (23.1%). A média de comorbidades foi de 2.1 ± 0.9 diagnósticos do Eixo I por caso de TPB. Os casos estavam bastante incapacitados funcionalmente: 69.3% desempregados, afastados há 19 ± 20.7 meses do trabalho e 11.3% precocemente aposentados por doença. A incapacitação global dos casos foi significativamente maior que dos controles, quando medida pelo GAF (Global Assessment Function), e similar aos índices mencionados na literatura. Cerca de 80% dos casos estava ou esteve em psicoterapia individual, com freqüência de uma vez por semana (85.7%), durante mais de dois anos (26.3 ± 31.8 meses de duração). Vinte e quatro (92.3%) vinha também em tratamento psicofarmacológico de longa duração. Quanto às situações traumáticas precoces, os casos estiveram significativamente mais expostos a abusos emocionais, abusos físicos, abusos sexuais e negligência emocional, antes dos 16 anos de idade. Em relação a eventos traumáticos em geral, os pacientes com TPB estiveram mais expostos em todas as faixas etárias: antes dos 12 anos, dos 13 aos 16 anos e após os 17 anos. Nenhum dos casos, nem dos controles, deixou de estar exposto a pelo menos um evento traumático ao longo da vida. Quanto aos vínculos familiares percebidos, observaram-se, nos casos, diferenças significativas tanto na presença de escores inferiores de afeto materno e superiores de controle paterno, como na predominância de pais e mães do “tipo Três” (restrição de liberdade + controle sem afeto) (Parker, 1979). Houve também associação entre a ocorrência de abusos e negligência na infância com a percepção de pais menos afetivos e mais controladores. Conclusões: 1) a amostra sul-brasileira de pacientes com TPB foi basicamente semelhante às apresentações clínico-demográficas tradicionalmente descritas para o TPB em outras populações clínicas, o que é mais uma contribuição para a validação transcultural desta categoria nosográfica; 2) as evidências de maior exposição, por parte dos pacientes com TPB, a eventos traumáticos na infância e adolescência, especialmente abusos emocionais, físicos e sexuais, confirmam a hipótese, para esta amostra, da associação destas variáveis ambientais como fatores de risco para o aumento de sua vulnerabilidade à psicopatologia borderline na idade adulta; e 3) esta maior exposição a eventos traumáticos ocorreu dentro de uma matriz familiar percebida como disfuncional., o que poderia apontar para duas hipóteses: (a) um efeito aditivo da ocorrência de traumas precoces com a disfunção nos vínculos parentais no desenvolvimento da futura psicopatologia, ou (b) a possibilidade de que o impacto das situações traumáticas possa ser mediado pela qualidade e intensidade da disfunção familiar, seja aumentando os fatores de vulnerabilidade ou, ao contrário, fortalecendo os fatores de resiliência da criança nas famílias percebidas como menos disfuncionais. Estes achados foram redigidos sob a forma de dois artigos, onde se salientaram as principais contribuições do estudo: 1) a primeira descrição clínica detalhada de uma amostra de língua portuguesa de pacientes com TPB criteriosamente diagnosticados; 2) a primeira observação da associação de situações traumáticas na infância e adolescência com psicopatologia borderline na idade adulta em uma população de pacientes de língua portuguesa; e 3) a primeira constatação, em pacientes com TPB de língua portuguesa, da associação entre situações adversas precoces e a percepção de vínculos parentais disfuncionais.
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Análise dos comportamentos de terapeuta e cliente em um caso de transtorno de personalidade borderline / Analysis of therapists and patients behavior in a case of Borderline Personality Disorder

Herika de Mesquita Sadi 15 August 2011 (has links)
Clientes com Transtorno de Personalidade Borderline apresentam um alto índice de abandono de terapia. Entender o que ocorre durante as sessões entre terapeuta e cliente com este tipo de transtorno de personalidade pode contribuir para evitar futuros equívocos ou falhas na relação terapêutica, aumentando as chances de continuidade do processo terapêutico e diminuindo a probabilidade de abandono da terapia. O presente estudo teve como objetivo identificar as variáveis que estão relacionadas ao abandono de um caso de Transtorno de Personalidade Borderline. Participou do estudo uma terapeuta de orientação analítico-comportamental, com 12 anos de experiência clínica e uma cliente com 30 anos de idade, casada, sem filhos e com escolaridade superior completo. Um total de 13 sessões foi gravado em áudio, transcrito e categorizado segundo o Sistema Multidimensional para Categorização de Comportamentos da Interação Terapêutica. Foi feita análise sequencial de atraso (Lag sequential analysis). As sessões que compuseram os dados deste estudo foram entre a 9ª e a 22ª sessões, embora a 14ª sessão tenha sido excluída da análise de dados por ter sido uma sessão de casal. Os resultados mostraram que as categorias da terapeuta de maior porcentagem de ocorrência foram Facilitação, Solicitação de Relato e Empatia e as menos frequentes foram, Solicitação de Reflexão\", Aprovação e Recomendação. Reprovação foi a categoria que teve a menor frequência entre as demais categorias da terapeuta. Embora a categoria Interpretação tenha ocorrido em baixa frequência, sua duração foi grande. As categorias de maior porcentagem da cliente foram Relato e Estabelecimento de Relações entre Eventos. E as de menor porcentagem de ocorrência foram: Solicitação, Concordância, Oposição e Melhora. A categoria Metas não ocorreu nenhuma vez. Ao longo das sessões, foi observado um declínio na porcentagem de Estabelecimento de Relações entre Eventos e um aumento em Relato, no que se refere às categorias da cliente. Ao mesmo tempo, foi observada uma diminuição das categorias Empatia, Solicitação de Reflexão e Interpretação da terapeuta. As sequências que mais ocorreram foram Relato\" seguido por Facilitação\" e Facilitação\" seguida por Relato\". O abandono da terapia pareceu estar relacionado a diversos fatores: a) perda de oportunidades de aprovar e solicitar reflexão e interpretar, b) não dar atenção a relatos sobre queixas de doenças, exercendo função de invalidação, c) férias prolongadas da terapeuta e d) não flexibilidade da terapeuta em fazer mais uma sessão domiciliar em um momento de crise, repetindo assim, um comportamento de invalidação / Clients suffering from Borderline Personality Disorder show a high dropout rate in psychotherapy. The understanding of what occurs during the sessions between therapist and client suffering from this type of personality disorder may contribute to prevent future errors and failures, increasing chances of completing the therapeutic process and reducing drop-out probability. The current study had the objective of identifying the variables related to the drop-out in a case of Borderline Personality Disorder. Participated a female behavior-analytic therapist, with 12 years of clinical experience and a female client, 30 years old, married, no children, with a college degree. 13 complete sessions were recorded in video, transcribed and categorized according to the Multidimensional System for Categorization of Behaviors in Therapeutic Interaction. A lag sequential analysis was carried out. Data of this study refer to the 9th through the 22nd sessions, although the 14th session was excluded, since it was a couple session. Outcomes showed that the therapists categories in higher percentages were `Facilitation`, `Request of Report` and `Empathy` and the less frequent percentages were `Request of Reflection`, `Approval` and `Recommendation`. `Disapproval` was the therapists category appearing with lower frequency. Although `Interpretation` occurred in low frequency, it had a long duration. The clients categories with higher percentages were `Report` and `Establishment of Relationship between Events`. The lower percentages of occurrences were: `Request`, `Agreement`, `Opposition` and `Improvement`. The category `Aims` did not occur at any time. Throughout the sessions a decrease in percentage of the client\'s categories `Establishment of Relationship between Events` and an increase in \'Report\' were observed. At the same time a decrease in the therapists categories `Empathy`, `Request for Reflection` and `Interpretation` was noted. Sequences which occurred more frequently were `Report` followed by `Facilitation` and `Facilitation` followed by `Report`. The therapy drop-out seemed to be related to several factors: a) loss of opportunities by the therapist to approve, to request reflection and to interpret; b) lack of attention to reports on complaints of diseases, having an invalidation effect; c) therapists extended vacation and d) therapists refusal to attend an additional home session, in a critical moment, thus repeating the invalidation
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Reflexões sobre a relação entre a personalidade bordeline e as adicções / Thoughts on the relation between borderline personality and addictions

Cruz, Marcelo Soares da 30 March 2012 (has links)
Na clínica contemporânea, percebe-se que as compulsões, as patologias do agir e a experiência de vazio estão cada vez mais presentes, contaminadas pela pressão de ideais de consumo ou constituídas sob a égide desses ideais, na promessa de completude presente nos valores atuais da cultura. Tais manifestações tornam-se ainda mais evidentes com a erupção de formas de sofrimento marcadas pela repetição de experiências dolorosas que limitam e empobrecem a vida dessas pessoas. Nesse contexto, quadros clínicos como a personalidade borderline e as adicções ganham relevância e exigem dos profissionais do campo da saúde mental produções acadêmicas para maior compreensão e cuidado desses fenômenos psicopatológicos. Frente a isto, o objetivo desta pesquisa consistiu em refletir sobre a relação entre as denominadas personalidades borderline e as adicções, a partir de uma investigação fundamentada em uma leitura psicanalítica. Pretende-se ainda enriquecer os instrumentos teórico-clínicos de que se dispõe, de forma a favorecer uma maior compreensão diagnóstica, imprescindível no manejo desses casos. Para tanto, esses conceitos foram estudados a partir da leitura hermenêutica entendida como construção dialética de conhecimento numa relação de intersubjetividade com as condições de sofrimento que podem ser agrupadas sob as nomeações aqui referidas e ilustradas através da utilização de material clínico. A noção de relação adictiva foi utilizada como conceito articulador, pois comporta elementos centrais da dinâmica psíquica própria das adicções e da personalidade borderline. A partir desse estudo, formulou-se a proposta de compreensão da organização borderline de personalidade como uma modalidade de adicção, cujo objeto é uma pessoa, mesmo que coisificada / Compulsive behavior, acting out pathologies and feelings of emptiness are increasingly frequent in contemporary psychoanalytical practice. Such symptoms are contaminated or even brought forth by the pressure of strongly rooted ideals of current culture regarding consumerism and its void promises of providing inner fulfillment. The result becomes even more evident in the outbursts of modern-day ways of suffering characterized by the repetition of painful experiences that limit and deplete the lives of these patients. Hence the understanding of clinical diagnosis and treatment of disorders such as addictions and borderline personality syndrome becomes an important academic requirement for mental health professionals. The goal of this research is therefore to reflect on the relation between borderline personality and addictions from a psychoanalytical perspective and thus, through the development of both theoretical and clinical knowledge, contribute to improve diagnosis, which is essential for the handling of such cases. In order to achieve such goals, these concepts have been studied from a hermeneutic approach understood as a dialectic construction of knowledge , with great attention to relations of intersubjectivity between them and conditions of suffering that may be brought together under the classification referred here. Additionally, those ideas have also been illustrated by clinical observations. The notion of addictive relations has proved to be a valuable starting point in the articulation of these studies, since it contains essential elements of the mental dynamics of patients suffering both from addictions and borderline personality syndrome. This study gave rise to the understanding of borderline personality as a modality of addiction in which the object is a person, although most probably objectified
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Reflexões sobre a relação entre a personalidade bordeline e as adicções / Thoughts on the relation between borderline personality and addictions

Marcelo Soares da Cruz 30 March 2012 (has links)
Na clínica contemporânea, percebe-se que as compulsões, as patologias do agir e a experiência de vazio estão cada vez mais presentes, contaminadas pela pressão de ideais de consumo ou constituídas sob a égide desses ideais, na promessa de completude presente nos valores atuais da cultura. Tais manifestações tornam-se ainda mais evidentes com a erupção de formas de sofrimento marcadas pela repetição de experiências dolorosas que limitam e empobrecem a vida dessas pessoas. Nesse contexto, quadros clínicos como a personalidade borderline e as adicções ganham relevância e exigem dos profissionais do campo da saúde mental produções acadêmicas para maior compreensão e cuidado desses fenômenos psicopatológicos. Frente a isto, o objetivo desta pesquisa consistiu em refletir sobre a relação entre as denominadas personalidades borderline e as adicções, a partir de uma investigação fundamentada em uma leitura psicanalítica. Pretende-se ainda enriquecer os instrumentos teórico-clínicos de que se dispõe, de forma a favorecer uma maior compreensão diagnóstica, imprescindível no manejo desses casos. Para tanto, esses conceitos foram estudados a partir da leitura hermenêutica entendida como construção dialética de conhecimento numa relação de intersubjetividade com as condições de sofrimento que podem ser agrupadas sob as nomeações aqui referidas e ilustradas através da utilização de material clínico. A noção de relação adictiva foi utilizada como conceito articulador, pois comporta elementos centrais da dinâmica psíquica própria das adicções e da personalidade borderline. A partir desse estudo, formulou-se a proposta de compreensão da organização borderline de personalidade como uma modalidade de adicção, cujo objeto é uma pessoa, mesmo que coisificada / Compulsive behavior, acting out pathologies and feelings of emptiness are increasingly frequent in contemporary psychoanalytical practice. Such symptoms are contaminated or even brought forth by the pressure of strongly rooted ideals of current culture regarding consumerism and its void promises of providing inner fulfillment. The result becomes even more evident in the outbursts of modern-day ways of suffering characterized by the repetition of painful experiences that limit and deplete the lives of these patients. Hence the understanding of clinical diagnosis and treatment of disorders such as addictions and borderline personality syndrome becomes an important academic requirement for mental health professionals. The goal of this research is therefore to reflect on the relation between borderline personality and addictions from a psychoanalytical perspective and thus, through the development of both theoretical and clinical knowledge, contribute to improve diagnosis, which is essential for the handling of such cases. In order to achieve such goals, these concepts have been studied from a hermeneutic approach understood as a dialectic construction of knowledge , with great attention to relations of intersubjectivity between them and conditions of suffering that may be brought together under the classification referred here. Additionally, those ideas have also been illustrated by clinical observations. The notion of addictive relations has proved to be a valuable starting point in the articulation of these studies, since it contains essential elements of the mental dynamics of patients suffering both from addictions and borderline personality syndrome. This study gave rise to the understanding of borderline personality as a modality of addiction in which the object is a person, although most probably objectified
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Em busca de um novo começo: uma reflexão sobre a transferência e a contratransferência no atendimento de uma paciente borderline

Bedoya, Natalie de Jesus Santana 01 June 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:40:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Natalie de Jesus Santana Bedoya.pdf: 629363 bytes, checksum: aa66743f55a082a44f1014a3ae43535c (MD5) Previous issue date: 2009-06-01 / In post-modernity, the psychoanalytical practice has been facing the challenge of dealing with changes in subjectivity and new psychopathological disorders. In this scenario, it comes the Borderline patient, bringing up challenges and opportunities in psychoanalysis that are gaining more relevance in the clinical and scientific discussions of the country, requiring analysts dedication to reflect on how to handle this sort of patiens within the clinical practice. Given this reality and in search for a more clinically effective approach, the objective of this survey was to deepen the current insights on the Borderline Personality disorder, with the intention of undertanding specific aspects of transference and countertransference demand that are experienced in the psychoanalysis process. This work was accomplished through a qualitative approach based on the clinical method of psychoanalysis, following the theoretical framework of Donald Winnicott. Having reflected on how to manage a borderline case, this survey outlines specific issues concerning transference and countertransference. It was observed that the problem lies at the confluence of the existential suffering of the patient and the countertransferencial suffering of the analyst, that requires professional sensitivity so as to ensure an appropriate approach aligned with the patient needs, indeed considering its own limits. In sum, the analysis process should be oriented to provide the patient a more integrated self / Na pós-modernidade, a clínica psicanalítica vem se deparando com o desafio de lidar com mudanças na subjetividade e novas formações psicopatológicas. Neste cenário, está o paciente borderline, cujos desafios e possibilidades no atendimento vêm ganhando cada vez mais espaço nos meios clínicos e científicos do país e exigindo dos analistas tempo para refletir sobre como manejá-los clinicamente. Diante desta realidade e em busca de uma clínica mais efetiva, o objetivo deste trabalho foi aprofundar o estudo acerca do Transtorno de Personalidade Borderline, para compreender aspectos específicos da demanda transferencial e da contratransferência experimentados nesse atendimento. Tratou-se de um trabalho de abordagem qualitativa, baseado no método clínico da psicanálise, seguindo o referencial teórico winnicottiano. Ao refletir sobre o manejo do borderline, foram sublinhadas demandas específicas assentadas nas questões da transferência e da contratransferência. Observou-se que a problemática reside na confluência do sofrimento existencial deste paciente com o sofrimento contratransferencial do analista, exigindo do profissional sensibilidade para a realização de um manejo ajustado às necessidades de cada paciente, considerando também seus próprios limites. Desta forma, a análise funcionaria como um caminho para a construção de um self mais integrado
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Diagnóstico diferencial entre transtorno afetivo bipolar e transtorno de personalidade borderline fundamentado na história de estresse precoce e em avaliação psiconeuroendócrina / Differential diagnosis between bipolar disorder and borderline personality disorder based on history of early stress and psychoneuroendocrine assessment.

Mazer, Angela Kaline 03 December 2013 (has links)
Introdução: O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) e o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) apresentam características clínicas em comum que frequentemente tornam difícil seu diagnóstico diferencial, podendo implicar em indicações terapêuticas inadequadas. Assim, é importante ampliar o conhecimento diagnóstico sobre esses transtornos mentais buscando identificar marcadores que auxiliem sua diferenciação. A história de estresse precoce, associada à vulnerabilidade individual no desenvolvimento de transtornos mentais relatada na literatura, pode representar um fator de diferenciação entre TAB e TPB, assim como sua associação com manifestações clínicas e respostas neuroendócrinas específicas a cada um desses diagnósticos. Objetivo: Avaliação e comparação de pacientes com diagnóstico de TAB e TPB buscando indicadores de seu diagnóstico diferencial, relacionados a fatores associados a sua sintomatologia, etiopatogênese e marcadores neuroendócrinos. Metodologia: A amostra do estudo foi composta por 51 mulheres, distribuídas em 3 grupos constituídos por pacientes com diagnóstico clínico de TAB (n=16) e TPB (n=20), e controles saudáveis (n=15). Para sua avaliação, foram utilizados instrumentos para confirmação diagnóstica e entrevista semiestruturada para delineamento do perfil sócio-demográfico e clínico. A gravidade da sintomatologia psiquiátrica foi avaliada através dos instrumentos de Beck para avaliação de ansiedade, depressão, desesperança e ideação suicida, além de escalas de avaliação de sintomas maníacos e impulsividade. A história de estresse precoce foi investigada pelo Questionário de Traumas na Infância (CTQ), e classificada segundo os subtipos abuso emocional, abuso físico, abuso sexual, negligência emocional e negligência física. O funcionamento do eixo hipotálamo- hipófise-adrenal (HHA) foi avaliado pela dosagem de cortisol basal plasmático. Os resultados das avaliações foram analisados em um segundo momento de acordo com a presença ou ausência de estresse precoce. Resultados: A amostra de pacientes com diagnósticos de TAB e TPB analisadas apresentaram diferenças significativas em relação à idade e tempo de tratamento, maiores no grupo TAB. A análise da sintomatologia psiquiátrica indica maior gravidade de ansiedade, impulsividade, depressão, desesperança e ideação suicida no grupo TPB. A história de estresse precoce foi identificada como mais prevalente e significativamente mais grave nas pacientes do que em controles saudáveis, nos escores de CTQ total, abuso emocional, negligência emocional e negligência física, que também diferenciaram os grupos diagnósticos, sendo maiores no TPB comparado ao TAB. A partir da presença do estresse precoce em níveis de moderado a extremo, o subtipo negligência física diferenciou significativamente os diagnósticos, indicando ser mais grave quando associado ao TPB. A avaliação endócrina indicou diferenças entre os diagnósticos TAB e TPB em relação aos controles saudáveis, com níveis mais baixos de cortisol apresentados pelas pacientes. A presença de estresse precoce em pacientes com TAB demonstrou diferença significativa com menores níveis de cortisol em relação aos controles. O cortisol mensurado nas pacientes com TPB foi significativamente menor comparado ao dos controles na presença de negligência emocional e negligência física. O cortisol apresentou correlações significativas e opostas nos grupos diagnósticos com o abuso sexual, sendo uma correlação de Pearson negativa no TAB e positiva no TPB. A presença de estresse precoce associada ao diagnóstico de TPB revelou ainda correlação significativa negativa do cortisol com a negligência física. Discussão: Considerando a necessidade de uma análise multifatorial, o diagnóstico diferencial entre TAB e TPB pode ser facilitado pela análise dos sintomas psiquiátricos e da história de estresse precoce. O diagnóstico de TPB se associa a sintomatologia mais grave de ansiedade, impulsividade, depressão, desesperança e ideação suicida; assim como, a maior prevalência e gravidade da história de estresse precoce em geral e em relação aos subtipos abuso emocional, negligência emocional e, especialmente, negligência física quando presente em maior gravidade. O funcionamento do eixo HHA avaliado pelo cortisol sugere diferenciar-se em ambos os diagnósticos, na associação com experiências estressantes precoces no TAB e, especialmente, com história de negligência física no TPB. Conclusão: Assim, a análise integrada dos parâmetros relacionados a psicopatologia, ao estresse precoce e funcionamento neuroendócrino fornecem indicadores úteis na diferenciação entre os diagnósticos de TAB e TPB, mas que necessitam ser melhor explorados e compreendidos através de futuros estudos. / Introduction: Bipolar Disorder (BD) and Borderline Personality Disorder (BPD) have clinical features in common that often make it difficult differential diagnosis , and may result in inadequate therapeutic indications. Thus , it is important to expand knowledge diagnosis on these mental disorders in order to identify markers that make clear the differences. The history of early stress associated with individual vulnerability to develop mental disorders can be a difference factors between BD and BPD , as its association with clinical and neuroendocrine responses. Objective: To assess and compare patients with BD and BPD seeking indicators of differential diagnosis, related to factors associated with its etiology and pathogenesis, symptoms and neuroendocrine markers. Methodology: The study sample consisted of 51 women , distributed in 3 groups: patients diagnosed with BD (n=16) and BPD (n=20) and healthy controls (n=15). We confirm the diagnosis with SCID I and SCID II; and semi-structured interview for delineating the socio-demographic and clinical features. Severity of psychiatric symptoms was assessed using the Beck instruments for assessment of anxiety , depression , hopelessness and suicidal ideation, as scales of impulsivity and manic symptoms. The history of early stress was investigated by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), and classified according to subtypes emotional abuse, physical abuse, sexual abuse, emotional neglect and physical neglect. The functioning of the hypothalamic- pituitary- adrenal (HPA) axis was evaluated by measurement of basal plasma cortisol. Results were analyzed in a second time according to the presence or absence of early stress. Results: A sample of patients with diagnoses of BD and BPD were analyzed and showed significant differences in relation to age and treatment time , higher in BD. The analysis of psychiatric symptoms indicating greater severity of anxiety, impulsivity, depression, hopelessness and suicidal ideation in the group BPD. The history of early life stress has been identified as the most prevalent and significantly worse in patients than in healthy controls, in scores of CTQ total emotional abuse, emotional neglect and physical neglect, which also differentiated the diagnostic groups and were higher BPD compared BD. From the presence of early life stress the subtypes physical neglect differed significantly , indicating higher severity when associated with the BPD. The endocrine evaluation indicated differences between diagnoses BD and BPD compared to healthy controls , with lower levels of cortisol presented by patients. The presence of early stress in patients with BD showed significant difference with lower cortisol levels compared to controls. Cortisol measured in patients with BPD was significantly lower compared to controls in the presence of emotional neglect and physical neglect. Cortisol was significantly correlated and opposite in diagnostic groups with sexual abuse , being a Pearson correlation negative in BD, and positive BPD. The presence of early stress associated with the diagnosis of BPD also showed a significant negative correlation of cortisol with physical neglect. Discussion: Considering the need for a multifactorial analysis, differential diagnosis between BD and BPD can be facilitated by analysis of psychiatric symptoms and history of early life stress. The diagnosis of BPD is associated with more severe symptoms of anxiety, impulsivity, depression, hopelessness and suicidal ideation, as well as the increased prevalence and severity of history of early life stress in general and in relation to subtypes emotional abuse, emotional neglect, and especially , physical neglect when present in greater severity . The functioning of the HPA axis measured by cortisol suggests differentiate the diagnosis and association with early stressful experiences in BD and particularly with a history of physical neglect in BPD. Conclusion: Thus, the integrated analysis of the parameters related to psychopathology, stress and neuroendocrine function provide early indicators useful in differentiating between diagnoses of BD and BPD, but these need to be better explored and understood by future studies.
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O IMPACTO SOBRE A PESSOA DO TERAPEUTA DO ATENDIMENTO AO CLIENTE BORDERLINE

Sousa, Ana Carolina Aquino de 03 December 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T14:21:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Carolina Aquino de Sousa.pdf: 859405 bytes, checksum: 012e102cd1c0ae09167374dd9968980d (MD5) Previous issue date: 2004-12-03 / This research is an effort to explore, from a functional analytic perspective, the feelings that dealing with borderline clients causes in therapists. First, the therapeutic relationship is described as an instrument that can promote changes in the client s repertoires. This approach considers that if an individual behaves in relation to a therapist in the same way as he behaves in his daily life in relation to other people, these settings are functionally identical. So, changes in one context, will affect the others. Besides, the client s behaviors cause feelings in the therapist (a phenomenon known in psychotherapy literature as counter-transference) that can be used as cues about how other people feel in the client s daily life. So, the therapeutic relationship would be a context that makes in-vivo learning possible for the client, since the behavior can be immediately reinforced or weakened after its occurrence. Four behavioral therapists, who worked with borderline clients, took part in this research. The sessions were conducted weekly and lasted one hour each. Reports by the therapists concerning their feelings were recorded during semistructured interviews and during monthly supervisions with each therapist separately. All recordings were transcribed and explored according the methods of grounded theory. The results indicate that the therapists noted the occurrence of clinically relevant behaviors and countertransference in the therapeutic relationship. During supervision it was tried to lead the participants to use their own feelings (about the client) as cues to promote changes in clients behaviors. They reported that their clients punished many of their new behaviors they were coerced to continue reacting in ways that were complementary to the client s behaviors. The therapists what went back to behave in a way that was safe for them reinforced the problem behaviors of their clients. This counter-therapeutic behavior seems related to experiential avoidance. The results suggest that particular attention to interpersonal interactions during the session is important. It could avoid that the therapeutic relationship maintains the client s problems and can make it possible to take better advantage of the therapist s private responses. / O presente trabalho é um esforço em explorar sentimentos que o atendimento ao cliente borderline provoca em terapeutas, a partir de uma visão analítico-funcional. Primeiro, a relação terapêutica é descrita como um instrumento de mudança que pode promover mudanças no repertório do cliente. Esta abordagem parte do pressuposto de que se o indivíduo se comporta em relação ao terapeuta da mesma maneira que o faz no seu dia a dia com outras pessoas, esses ambientes são funcionalmente idênticos, e que, portanto, se um deles for mudado, esta alteração afetará os demais. Além disso, os sentimentos que os comportamentos do cliente provocam no terapeuta (fenômeno conhecido na literatura psicoterápica como contra-transferência) podem servir como dicas sobre o que outras pessoas do seu cotidiano sentem. Desta forma, a relação terapêutica seria um contexto que possibilita o aprendizado ao vivo para o indivíduo, já que o comportamento pode ser reforçado ou enfraquecido imediatamente após a sua ocorrência. Participaram deste trabalho, quatro terapeutas comportamentais que atendiam clientes borderlines. Elas realizavam os atendimentos semanalmente com sessões de uma hora de duração. Relatos de sentimentos dos terapeutas foram gravados durante entrevistas semiestruturadas e durante supervisões mensais com cada terapeuta separadamente. Todas as gravações foram transcritas e exploradas de acordo com os métodos da teoria fundamentada nos dados. Os resultados apontaram que os terapeutas percebem a ocorrência de comportamentos clinicamente relevantes e de contra-transferência na relação terapêutica. Tentou-se, nas supervisões, levar as participantes a utilizar dos seus próprios sentimentos em relação ao cliente, como dicas para atuar de modo a promover mudanças no repertório do cliente. Elas relataram que muitos dos novos comportamentos adotados por elas, foram punidos pelos seus clientes sendo isto coerção para continuar reagir de forma complementar aos seus comportamentos. As terapeutas, que voltavam a se comportar de modo mais seguro para si reforçaram os comportamentos problemáticos dos clientes. Tal comportamento contra-terapêutico parece relacionado com a esquiva experiencial. Os resultados sugerem que atenção particular para os padrões interpessoais durante a sessão poderia evitar que a relação terapêutica chegasse a manter os problemas do cliente e que um melhor proveito das respostas encobertas do terapeuta para este fim é possível.
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Desempenho cognitivo em pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline com e sem histórico de tentativas de suicídio

Pastore, Edilson 18 December 2012 (has links)
Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-04-15T18:41:58Z No. of bitstreams: 1 Edilson Pastore.pdf: 1708498 bytes, checksum: cb7f365a867bba996d379bf77353991f (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-15T18:41:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Edilson Pastore.pdf: 1708498 bytes, checksum: cb7f365a867bba996d379bf77353991f (MD5) Previous issue date: 2012-01-31 / Nenhuma / A presente dissertação de Mestrado investigou o desempenho cognitivo de participantes com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) com e sem histórico de tentativas de suicídio. A apresentação da revisão de literatura e dos resultados empíricos deste trabalho foi descrita em um artigo teórico e um artigo empírico sobre o TPB, suicídio e funções cognitivas. Primeiramente, apresenta-se o artigo teórico, que traz uma revisão assistemática e crítica da literatura sobre o transtorno, abordando as particularidades do desenvolvimento dessa patologia e discutindo sobre os aspectos cognitivos. Essa revisão teve como foco as funções executivas, especialmente: atenção, concentração, tomada de decisões, organização do pensamento e memória operacional, sugerindo que déficits nessas funções podem ser fatores de risco para o suicídio em pacientes com esse diagnóstico. As conclusões do artigo teórico apontam para a existência de déficits específicos na cognição, especialmente na área de execução em participantes com diagnóstico de TPB. Discutiram-se artigos atuais encontrados sobre a temática e problematizou-se a necessidade e relevância de investigações e achados dessa natureza. O artigo empírico apresenta os resultados de uma pesquisa quantitativa, transversal e de comparação entre grupos realizada com uma amostra de 82 pacientes (M=31,80; DP=0,96) diagnosticados com TPB internados em uma clínica psiquiátrica de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foi aplicada a Escala Wechsler de inteligência para adultos (WAIS III), a Escala Barratt de Impulsividade, a Escala Beck de Suicídio e a Escala FAST, além de um questionário contendo dados sociodemográficos. Não foi encontrada diferença significativa em termos de QI total entre os participantes com TPB com e sem histórico de tentativas de suicídio, indicando assim que a heterogeneidade dos pacientes que apresentam esse diagnóstico, assim como o grande número de comorbidades apresentadas por essa população, podem ter sido fatores importantes para explicar esse resultado. Entretanto, verificou-se que pacientes com histórico de tentativas de suicídio apresentam índice de impulsividade mais elevado, especialmente abaixo de 30 anos de idade, o que salienta que nesta idade pacientes com TPB podem ser mais vulneráveis tanto para tentativas de suicídio quanto para sua efetivação. Embora não se tenha encontrado diferença significativa entre os grupos, as médias na Escala Wechsler (funções cognitivas) quanto ao QI total situaram-se dentro do nível médio de funcionamento cognitivo com QI de 92,73 (DP=14,39) para o grupo dos pacientes com histórico de tentativa de suicídio e 96,06 (DP=17,8) para o grupo sem tentativas de suicídio. Os níveis de impulsividade foram maiores no grupo de pacientes com histórico de tentativas de suicídio, assim como o grau de adaptação medido pela Escala FAST se mostrou mais prejudicado no mesmo grupo. Os resultados desta dissertação elucidam aspectos sobre o TPB e permitem refletir sobre adequadas formas de tratamento. Fica também evidenciada a necessidade da realização de outros estudos dentro dessa mesma temática, em virtude da carência de pesquisas neuropsicológicas ou sobre funções cognitivas em pacientes com diagnóstico de TPB no Brasil. / The objective of the present Master's thesis was to investigate the cognitive performance of participants with Borderline Personality Disorder (BPD) with and without a history of suicide attempts. The review of the literature and the empirical results of this study were described in a theoretical article and an empirical article about BPD, suicide, and cognitive functions. The theoretical article consisted of an asystematic and critical review of the literature on the disorder, addressing the characteristics of the development of this pathology and discussing its cognitive aspects. This review of the literature focused on executive functions, especially: attention, concentration, decision making, organization of thought, and working memory, suggesting that deficits in these functions may be risk factors for suicide in patients with this diagnosis. The conclusions of the theoretical article indicate the presence of specific cognition deficits, mainly in the executive functions of the participants diagnosed with BPD. We discussed recent articles on the topic and approached the need and relevance of further studies and similar findings. The empirical article presents the results of a quantitative, cross-sectional and comparative study conducted with a sample of 82 patients (M=31.80, SD=0.96) diagnosed with BPD and admitted to a psychiatric clinic in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. The Wechsler Adult Intelligence Scale (WAIS III), the Barratt Impulsiveness Scale, the Beck Suicide Scale, the FAST scale, and a questionnaire containing sociodemographic data were administered to the participants. There was no significant difference in terms of total IQ among the participants with BPD with and without a history of suicide attempts, suggesting that the heterogeneity of patients with this diagnosis, as well as the large number of comorbidities in this population, may have been important factors to explain this result. However, we found that patients with a history of suicide attempts have higher index of impulsivity, especially patients younger than 30 years, leading to the conclusion that individuals of this age group with BPD may be more vulnerable to both suicide and suicide attempts. Although there was no significant difference between the groups, the means on the Wechsler Scale (cognitive functions) in terms of total IQ were within the mean level of cognitive functioning with an IQ of 92 for the group of patients with a history of suicide attempt and 96 for the group without suicide attempts. Levels of impulsivity were higher in patients with a history of suicide attempts; in addition, the degree of adaptation measured by the FAST Scale was lower in the same group. These results explain aspects of BPD and provide the opportunity of developing appropriate therapeutic methods. The need for further studies on this topic was also evidenced by the lack of neuropsychological research or studies on cognitive functions in patients diagnosed with BPD in Brazil.

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