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Psicoterapia psicanalítica com pacientes borderline: construindo pontes entre pesquisa e prática clínica

Bittencourt, Aline Alvares 13 August 2015 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-11-30T15:02:34Z No. of bitstreams: 1 Aline Alvares Bittencourt_.pdf: 354620 bytes, checksum: 42685cd66ef9f8cbcec738eec89cf25d (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-30T15:02:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Aline Alvares Bittencourt_.pdf: 354620 bytes, checksum: 42685cd66ef9f8cbcec738eec89cf25d (MD5) Previous issue date: 2015-08-13 / Nenhuma / Esta dissertação nasce da constatação de que é necessário conjugar a tradição clínica com a investigação empírica para ampliar o entendimento da desorganização aguda vivenciada por pacientes com transtorno de personalidade borderline em tratamento psicoterápico de orientação psicanalítica e estabelecer diretrizes para o seu manejo pelo psicoterapeuta. É uma dissertação de mestrado organizada em dois artigos empíricos. O primeiro, em formato de ensaio, trata da aparente dissociação entre a prática clínica e a pesquisa empírica e discute as possibilidades de uma aproximação entre estes dois campos a partir da conjugação de métodos clínicos e empíricos para a compreensão do processo psicoterápico e das mudanças observadas na psicoterapia psicanalítica. O caso de uma paciente borderline é utilizado para ilustrar como instrumentos empíricos e anotações clínicas feitas pelo psicoterapeuta podem se complementar e oferecer subsídios para a compreensão do processo de mudança em psicoterapia. São feitas considerações sobre o potencial deste tipo de perspectiva contribuir para a diminuição da brecha existente entre pesquisa e prática clínica. O segundo artigo é um estudo empírico que buscou aprofundar e contribuir para o aumento do conhecimento dos aspectos subjacentes às crises borderline e o seu manejo pelo psicoterapeuta de orientação psicanalítica, visto que elas são esperadas, recorrentes, mas alvo de poucos estudos. O caso é de uma paciente borderline em psicoterapia psicanalítica há aproximadamente três anos. A análise se concentrou num período de aproximadamente três meses, perto do final do primeiro ano de tratamento, no qual houve uma desorganização aguda que culminou numa tentativa de suicídio da paciente, seguida por uma internação psiquiátrica e reorganização psíquica após a mesma. A psicoterapia não foi interrompida neste período, que compreendeu 12 sessões. Estas foram analisadas, em profundidade, por meio das anotações clínicas da terapeuta, de uma medida empírica do processo terapêutico, o Psychotherapy Process Q-set (PQS), e de instrumento de avaliação de sintomas. Os achados apontam para a recomendação da não interrupção da psicoterapia na vigência da crise borderline e para a importância da empatia, sensibilidade e flexibilidade dos terapeutas para adaptar suas técnicas às necessidades destes pacientes. De modo geral, a dissertação demostra a necessidade do envolvimento de psicoterapeutas com a leitura e co-construção do conhecimento empírico para auxiliá-los a nortear suas práticas, tornando-as mais efetivas. Pacientes borderline podem apresentar crises intensas, vivenciadas dentro do setting, o que constitui desafio técnico para terapeutas psicanalíticos. A adoção de perspectivas integradas de investigação, que contemplem métodos empíricos e a perspectiva clínica do psicoterapeuta, é fortemente recomendada. / This paper is born from the realization that it is necessary to combine the clinical tradition and empirical research to increase the understanding of acute disorganization experienced by patients with borderline personality disorder in psychoanalytic psychotherapy and establish guidelines for their management by the psychotherapist. It is a dissertation arranged on two empirical articles. The first, in assay format, deals with the apparent dissociation between clinical practice and empirical research and discusses the possibilities of a closer relationship between these two fields from the combination of clinical and empirical methods for understanding the psychotherapeutic process and observed changes in psychoanalytic psychotherapy. The case of a borderline patient is used to illustrate how empirical tools and clinical notes made by the psychotherapist can complement each other and offer subsidies for understanding the psychotherapy change process. Considerations about the potential of this kind of perspective contribute to reducing the gap between research and clinical practice. The second article is an empirical study that aimed to deepen and contribute to increase knowledge of the underlying aspects of the borderline crises and their management by the psychoanalytic psychotherapist, as they are expected, applicants, but subject to few studies. The case is a borderline patient in psychoanalytic psychotherapy for about three years. The analysis focused on a period of approximately three months near the end of the first year of treatment, in which there was an acute disorganization that culminated in an attempt to patient suicide, followed by a psychiatric hospitalization and psychological reorganization after. Psychotherapy was not interrupted during this period, which included 12 sessions. These were analyzed in depth through clinical notes from the therapist, an empirical measure of the therapeutic process, the Psychotherapy Process Q-Set (PQS), and symptom evaluation tool. The findings point to the recommendation to not interrupt the psychotherapy in the presence of borderline crisis and the importance of empathy, sensitivity and flexibility of therapists to adapt their techniques to the needs of these patients. Overall, the dissertation demonstrates the need for the involvement of psychotherapists with reading and co-construction of empirical knowledge to help them guide their practices, making them more effective. Borderline patients may present experienced intense crises inside the setting, which is technical challenge for psychoanalytic therapists. The adoption of integrated perspectives of research that include empirical and clinical perspective from the psychotherapist, is strongly recommended.
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A problemática do holding corporal na análise do paciente borderline: um estudo de caso / The problem of corporal holding in the analysis of the borderline patient: a case study

Veronez, Solange 06 October 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-10-24T12:03:16Z No. of bitstreams: 1 Solange Veronez.pdf: 3638948 bytes, checksum: 7086eb09cc3ab3c8f87a0ede146a59fe (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-24T12:03:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Solange Veronez.pdf: 3638948 bytes, checksum: 7086eb09cc3ab3c8f87a0ede146a59fe (MD5) Previous issue date: 2017-10-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study aims to reflect on the need for physical contact with the psychologist of a borderline patient attended at a public institution. To this end, aspects of the Theory of the Maturing of D.W.Winnicott and their application in the clinic, such as body holding, regression management and egoic needs are included here. Also discussed are questions of technique, transference and countertransference, involving the abstinence rule, analyst neutrality and the necessary modification of classical psychoanalysis in the care of patients who have suffered from inadequate environmental care in a phase of absolute dependence. Diagnosed with schizoaffective disorder, the patient in question was assisted in a task group proposal and in individual consultations when she requested it. It was possible to conclude that in some moments, the attendance to the need for corporal contact - touch to the hands and the hair - proved adequate to unfreeze the environmental fault lived by the patient in the beginnings of its existence; in others, however, it was important to deny her the request in order to safeguard the setting and the psychologist as a real person in the treatment / Este estudo tem como proposta realizar uma reflexão acerca da necessidade de contato físico com a psicóloga de uma paciente borderline atendida em instituição pública. Para tanto, são aqui retomados aspectos da Teoria do Amadurecimento de D. W. Winnicott e sua aplicação na clínica, tais como holding corporal, manejo da regressão e necessidades egoicas. Também são abordadas questões da técnica, da transferência e contratransferência, envolvendo a regra da abstinência, a neutralidade do analista e a necessária modificação da psicanálise clássica no atendimento de pacientes que sofreram falhas de cuidados ambientais numa fase de dependência absoluta. Diagnosticada com transtorno esquizoafetivo, a paciente em questão foi atendida numa proposta de grupo de tarefas e em consultas individuais, quando assim o solicitava. Foi possível concluir que, em alguns momentos, o atendimento à necessidade de contato corporal – toque nas mãos e nos cabelos – mostrou-se adequado para descongelar a falha ambiental vivida pela paciente nos primórdios de sua existência; em outros, porém, foi importante negar-lhe o pedido, de modo a salvaguardar o setting e a psicóloga como pessoa real no tratamento
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Diagnóstico diferencial entre transtorno afetivo bipolar e transtorno de personalidade borderline fundamentado na história de estresse precoce e em avaliação psiconeuroendócrina / Differential diagnosis between bipolar disorder and borderline personality disorder based on history of early stress and psychoneuroendocrine assessment.

Angela Kaline Mazer 03 December 2013 (has links)
Introdução: O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) e o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) apresentam características clínicas em comum que frequentemente tornam difícil seu diagnóstico diferencial, podendo implicar em indicações terapêuticas inadequadas. Assim, é importante ampliar o conhecimento diagnóstico sobre esses transtornos mentais buscando identificar marcadores que auxiliem sua diferenciação. A história de estresse precoce, associada à vulnerabilidade individual no desenvolvimento de transtornos mentais relatada na literatura, pode representar um fator de diferenciação entre TAB e TPB, assim como sua associação com manifestações clínicas e respostas neuroendócrinas específicas a cada um desses diagnósticos. Objetivo: Avaliação e comparação de pacientes com diagnóstico de TAB e TPB buscando indicadores de seu diagnóstico diferencial, relacionados a fatores associados a sua sintomatologia, etiopatogênese e marcadores neuroendócrinos. Metodologia: A amostra do estudo foi composta por 51 mulheres, distribuídas em 3 grupos constituídos por pacientes com diagnóstico clínico de TAB (n=16) e TPB (n=20), e controles saudáveis (n=15). Para sua avaliação, foram utilizados instrumentos para confirmação diagnóstica e entrevista semiestruturada para delineamento do perfil sócio-demográfico e clínico. A gravidade da sintomatologia psiquiátrica foi avaliada através dos instrumentos de Beck para avaliação de ansiedade, depressão, desesperança e ideação suicida, além de escalas de avaliação de sintomas maníacos e impulsividade. A história de estresse precoce foi investigada pelo Questionário de Traumas na Infância (CTQ), e classificada segundo os subtipos abuso emocional, abuso físico, abuso sexual, negligência emocional e negligência física. O funcionamento do eixo hipotálamo- hipófise-adrenal (HHA) foi avaliado pela dosagem de cortisol basal plasmático. Os resultados das avaliações foram analisados em um segundo momento de acordo com a presença ou ausência de estresse precoce. Resultados: A amostra de pacientes com diagnósticos de TAB e TPB analisadas apresentaram diferenças significativas em relação à idade e tempo de tratamento, maiores no grupo TAB. A análise da sintomatologia psiquiátrica indica maior gravidade de ansiedade, impulsividade, depressão, desesperança e ideação suicida no grupo TPB. A história de estresse precoce foi identificada como mais prevalente e significativamente mais grave nas pacientes do que em controles saudáveis, nos escores de CTQ total, abuso emocional, negligência emocional e negligência física, que também diferenciaram os grupos diagnósticos, sendo maiores no TPB comparado ao TAB. A partir da presença do estresse precoce em níveis de moderado a extremo, o subtipo negligência física diferenciou significativamente os diagnósticos, indicando ser mais grave quando associado ao TPB. A avaliação endócrina indicou diferenças entre os diagnósticos TAB e TPB em relação aos controles saudáveis, com níveis mais baixos de cortisol apresentados pelas pacientes. A presença de estresse precoce em pacientes com TAB demonstrou diferença significativa com menores níveis de cortisol em relação aos controles. O cortisol mensurado nas pacientes com TPB foi significativamente menor comparado ao dos controles na presença de negligência emocional e negligência física. O cortisol apresentou correlações significativas e opostas nos grupos diagnósticos com o abuso sexual, sendo uma correlação de Pearson negativa no TAB e positiva no TPB. A presença de estresse precoce associada ao diagnóstico de TPB revelou ainda correlação significativa negativa do cortisol com a negligência física. Discussão: Considerando a necessidade de uma análise multifatorial, o diagnóstico diferencial entre TAB e TPB pode ser facilitado pela análise dos sintomas psiquiátricos e da história de estresse precoce. O diagnóstico de TPB se associa a sintomatologia mais grave de ansiedade, impulsividade, depressão, desesperança e ideação suicida; assim como, a maior prevalência e gravidade da história de estresse precoce em geral e em relação aos subtipos abuso emocional, negligência emocional e, especialmente, negligência física quando presente em maior gravidade. O funcionamento do eixo HHA avaliado pelo cortisol sugere diferenciar-se em ambos os diagnósticos, na associação com experiências estressantes precoces no TAB e, especialmente, com história de negligência física no TPB. Conclusão: Assim, a análise integrada dos parâmetros relacionados a psicopatologia, ao estresse precoce e funcionamento neuroendócrino fornecem indicadores úteis na diferenciação entre os diagnósticos de TAB e TPB, mas que necessitam ser melhor explorados e compreendidos através de futuros estudos. / Introduction: Bipolar Disorder (BD) and Borderline Personality Disorder (BPD) have clinical features in common that often make it difficult differential diagnosis , and may result in inadequate therapeutic indications. Thus , it is important to expand knowledge diagnosis on these mental disorders in order to identify markers that make clear the differences. The history of early stress associated with individual vulnerability to develop mental disorders can be a difference factors between BD and BPD , as its association with clinical and neuroendocrine responses. Objective: To assess and compare patients with BD and BPD seeking indicators of differential diagnosis, related to factors associated with its etiology and pathogenesis, symptoms and neuroendocrine markers. Methodology: The study sample consisted of 51 women , distributed in 3 groups: patients diagnosed with BD (n=16) and BPD (n=20) and healthy controls (n=15). We confirm the diagnosis with SCID I and SCID II; and semi-structured interview for delineating the socio-demographic and clinical features. Severity of psychiatric symptoms was assessed using the Beck instruments for assessment of anxiety , depression , hopelessness and suicidal ideation, as scales of impulsivity and manic symptoms. The history of early stress was investigated by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), and classified according to subtypes emotional abuse, physical abuse, sexual abuse, emotional neglect and physical neglect. The functioning of the hypothalamic- pituitary- adrenal (HPA) axis was evaluated by measurement of basal plasma cortisol. Results were analyzed in a second time according to the presence or absence of early stress. Results: A sample of patients with diagnoses of BD and BPD were analyzed and showed significant differences in relation to age and treatment time , higher in BD. The analysis of psychiatric symptoms indicating greater severity of anxiety, impulsivity, depression, hopelessness and suicidal ideation in the group BPD. The history of early life stress has been identified as the most prevalent and significantly worse in patients than in healthy controls, in scores of CTQ total emotional abuse, emotional neglect and physical neglect, which also differentiated the diagnostic groups and were higher BPD compared BD. From the presence of early life stress the subtypes physical neglect differed significantly , indicating higher severity when associated with the BPD. The endocrine evaluation indicated differences between diagnoses BD and BPD compared to healthy controls , with lower levels of cortisol presented by patients. The presence of early stress in patients with BD showed significant difference with lower cortisol levels compared to controls. Cortisol measured in patients with BPD was significantly lower compared to controls in the presence of emotional neglect and physical neglect. Cortisol was significantly correlated and opposite in diagnostic groups with sexual abuse , being a Pearson correlation negative in BD, and positive BPD. The presence of early stress associated with the diagnosis of BPD also showed a significant negative correlation of cortisol with physical neglect. Discussion: Considering the need for a multifactorial analysis, differential diagnosis between BD and BPD can be facilitated by analysis of psychiatric symptoms and history of early life stress. The diagnosis of BPD is associated with more severe symptoms of anxiety, impulsivity, depression, hopelessness and suicidal ideation, as well as the increased prevalence and severity of history of early life stress in general and in relation to subtypes emotional abuse, emotional neglect, and especially , physical neglect when present in greater severity . The functioning of the HPA axis measured by cortisol suggests differentiate the diagnosis and association with early stressful experiences in BD and particularly with a history of physical neglect in BPD. Conclusion: Thus, the integrated analysis of the parameters related to psychopathology, stress and neuroendocrine function provide early indicators useful in differentiating between diagnoses of BD and BPD, but these need to be better explored and understood by future studies.
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Adaptação e validação de escalas de resiliência para o contexto cultural brasileiro: escala de resiliência disposicional e escala de Connor-Davidson / Cross-cultural adaptation and validation of resilience scales for Brazil: dispositional resilience scale and Connor-Davidson resilience scale

Solano, João Paulo Consentino 02 June 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: a resiliência é um construto associado às características pessoais que permitem a um indivíduo adaptar-se e superar situações adversas. Uma pessoa mais resiliente é aquela com maiores habilidades de se adaptar sob estresse, a despeito da carga de dificuldades enfrentada e de um contexto desfavorável no entorno. A Dispositional Resilience Scale (DRS-15) e a Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) tentam aferir a resiliência individual e já tiveram suas propriedades testadas em vários países da América do Norte, África, Europa e Ásia. OBJETIVO: traduzir, realizar a adaptação para o contexto cultural brasileiro e verificar a confiabilidade e a validade das escalas DRS-15 e CD-RISC. MÉTODO: uma metodologia com as etapas seqüenciais de tradução/retro-tradução/adaptação cultural/estudo de confiabilidade/estudo de validade foi utilizada. A adaptação cultural foi executada por um grupo de especialistas em epidemiologia, linguística, psiquiatria e tratamento da dor. A compreensão das versões culturalmente adaptadas foi testada com 65 pacientes adultos do grupo de avaliação pré-anestésica e do ambulatório geral de ansiedade do Hospital das Clínicas da FMUSP. Retro-traduções das versões finais foram aprovadas pelos autores principais das escalas originais. O estudo de validade foi conduzido pela aplicação conjunta de ambas as versões brasileiras das escalas, do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), do Self-report questionnaire (SRQ), da escala de incapacitação de Sheehan (SDS) e da Escala Graduada de Dor Crônica (CPG-Br) a 575 pacientes e acompanhantes adultos da mesma população. A confiabilidade teste-reteste foi avaliada por uma segunda aplicação das escalas de resiliência a 123 participantes, entre 7 e 14 dias após a entrevista inicial. RESULTADOS: entre os participantes da fase de validação, a idade média foi de 44 anos (amplitude de 18-93), com predomínio de mulheres (74%), e média de dez anos de estudo. A maioria dos entrevistados (93%) pertencia aos estratos socioeconômicos B e C. Três fatores e quatro fatores foram identificados por análise fatorial exploratória para as versões da DRS-15 e CD-RISC, respectivamente. O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,71 para a DRS, e de 0,93 para a CD-RISC, indicando melhor consistência interna para a segunda. A confiabilidade teste-reteste retornou coeficientes de correlação intra-classe de 0,81 e 0,86 para a DRS e CD-RISC, respectivamente. A correlação entre as duas escalas foi de 0,52. Observaram-se correlações negativas significativas entre os escores das escalas de resiliência e os escores para cinco das seis dimensões do ISSL, assim como para com os escores do SRQ e SDS (p < 0,001). Não houve correlação entre as escalas de resiliência e a CPG-Br. A CD-RISC encontrou correlações mais fortes que a DRS para com as variáveis de comparação externa. As duas escalas discriminaram resiliência menor para os pacientes dos ambulatórios psiquiátricos, em comparação aos dos ambulatórios não-psiquiátricos. Entre os pacientes psiquiátricos, os escores de resiliência foram significativamente menores para os pacientes com transtorno Borderline de personalidade, em comparação aos pacientes com transtorno de estresse pós-traumático. CONCLUSÃO: propriedades de consistência interna, estabilidade temporal e validade foram satisfatoriamente demonstradas para as versões brasileiras da DRS e da CD-RISC em uma amostra de pacientes e acompanhantes adultos dos ambulatórios do Hospital das Clínicas de São Paulo / INTRODUCTION: Resilience is a construct related to the personal characteristics that allow an individual to adapt and overcome adversity. A more resilient person is the one that exhibits greater abilities to adapt under stress, despite the burden of difficulties and of an unfavorable context. The Dispositional Resilience Scale (DRS-15) and the Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) are two scales to measure individual resilience, both of which have had psychometrics evaluated by researchers from the US, Africa, Europe and Asia. OBJECTIVE: To verify the reliability and validity of culturally adapted Brazilian Portuguese versions of the DRS-15 and CD-RISC. METHODS: The following stepwise methodology was used: translation / back translation / cultural adaptation / reliability study / validation study. Cultural adaptation was performed by an expert committee of epidemiologist, linguists, psychiatrist and pain specialists. Comprehension of the culturally adapted versions was tested through 65 interviews with adult patients from the pre-anesthetic consultation ambulatory and general ambulatory for anxiety disorders of Hospital das Clínicas of FMUSP. Back-translations of the culturally adapted versions were fully approved by the authors of the original scales. Validation studies were carried out by concurrent application of both the adapted versions of resilience scales, the Brazilian Stress Symptoms Inventory for Adults (ISSL), the Self-report Questionnaire (SRQ), the Sheehan Disability Scale (SDS) and the Chronic Pain Grade (CPG-Br) to 575 participants (outpatients and companions) from the same population. Test-retest reliability was studied by means of a second interview with 123 subjects, which took place between 7 and 14 days after the first one. RESULTS: Subjects of the validation phase were mostly women (74%), with an average of 44 years of age (18-93) and 10 years of formal schooling. There was a predominance of socioeconomic levels B or C (93%) on an A to E scale. Exploratory factor analyses resulted in a three-factor for the DRS and a four-factor solution for the CD-RISC. Alpha coefficients of 0.71 for the DRS and 0.93 for the CD-RISC indicated better internal consistency for the latter. Temporal stability was regarded as excellent, with intra-class correlation coefficients of 0.81 and 0.86 for the DRS and CD-RISC, respectively. Correlation coefficient between the two scales was 0.52. Significant negative correlations were observed between the scores of both resilience scales and five out of six dimensions of the ISSL, and so as between the resilience scales scores and those of the SRQ and SDS (p < 0.001). No correlation was observed between the resilience scales and the CPG-Br. The CD-RISC was more competent than DRS to depict such correlations. Both scales were able to discriminate differences in resilience scores of non-psychiatric and psychiatric patients, the latter presenting with lower scores. The group of borderline patients significantly presented with lower resilience scores in comparison with those of the post-traumatic stress disorder patients. CONCLUSION: Good reliability and validity were demonstrated with the Brazilian Portuguese versions of the DRS and CD-RISC as tested on a sample of adult ambulatory patients and their adult companions at Hospital das Clínicas, São Paulo
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Contribuições de D. W. Winnicott para o estudo do distúrbio Borderline e suas implicações clínicas

Salomone, Viviane Panegassi Dorta 30 September 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:40:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Viviane Panegassi Dorta Salomone.pdf: 460150 bytes, checksum: 7750b04a1adf16cc76871ccda4a05bf5 (MD5) Previous issue date: 2009-09-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation had the goal of presenting Winnicott s comprehension of the borderline disorder, how the defense false self in such cases is developed, and the technic for clinic handling, a valuable contribution from Winnicott to the psicoanalysis practice. Inicially, the origin of the term borderline in Psichiatry is presented as well as some contributions to the comprehension of the case from Psicoanalysis authors, emphasizingwith the innovations proposed by Winnicott s publications. For the author, the borderline disorder presents as main characteristic the false self defense, being necessary a review of general aspects of the theory of psychosis in connection with the theory of personal development to comprehend the disorder, and to clarify concepts like the environment, trauma, and unthinkable agony. It is relevant the importance that the author gives to the handling, innovative and original technique which allows for the analyst to adapt to the patient s real needs, offering the necessary holding for the patient s regression to a stage of absolute dependency, a moment in which the maturing development was interrupted because of a environmental deficiency. Finally, synthesis of borderline cases held by the author are presented, reinforcing the relevance of those patients going through the experience with the analyst, more than the use of interpretations of verbal contents during the treatment / A presente dissertação teve como objetivo apresentar a compreensão winnicottiana sobre o distúrbio borderline, como se forma a defesa falso si-mesmo nesses casos e a técnica do manejo clínico, uma contribuição valiosa de Winnicott para a prática psicanalítica. Inicialmente, é apresentada a origem do termo borderline na Psiquiatria e algumas contribuições de autores da Psicanálise para a compreensão do quadro, com destaque para as inovações propostas na obra de Winnicott. Para o autor, o distúrbio borderline tem como característica principal a defesa falso si-mesmo, sendo necessário para compreendê-la retomar aspectos gerais da teoria das psicoses em conexão com a teoria do amadurecimento pessoal, de forma a esclarecer conceitos como ambiente, trauma e agonia impensável. É destacada a importância que o autor atribui ao manejo, técnica inovadora e original que permite ao analista se adaptar às reais necessidades do paciente, oferecendo o holding necessário para que ele possa regredir ao estágio de dependência absoluta, momento em que o desenvolvimento maturacional foi interrompido devido à falha ambiental. Por fim, são apresentadas sínteses de casos borderline atendidos pelo autor, que enfatiza a importância de esses pacientes vivenciarem experiências com o analista, mais do que o uso interpretações de conteúdos verbais durante o tratamento
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A expressão da dor emocional no corpo: um estudo sobre o comportamento automutilante em pacientes borderline

Kaufmann, Irit Grau 24 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Irit Grau Kaufmann.pdf: 5411599 bytes, checksum: 519d32c08de607411feb2898e6119403 (MD5) Previous issue date: 2013-05-24 / The present study aimed to investigate, under the approach of Jungian psychology, the possible motivations, purposes and meanings that patients with borderline personality disorder (BPD) attach to their self-mutilating behavior. The study included six women, aged between 18 and 46 years, all diagnosed with BPD and self-mutilating behavior history. Data collecting made use of the revised diagnostic interview for borderlines (DIB-R) applied for diagnostic purposes and research participation , a semi-structured interview, the person and family drawing, and a thematic drawing. The collected data were analyzed in light of Jungian analytical and psychosomatic psychology. As a result of the compilation of the accounts given during the interviews, 5 categories and 13 subcategories were identified: difficulties in relationships (family, love and interpersonal), low self-esteem and negative self-image, sexual abuse, high tolerance to physical pain/low pain tolerance to emotional pain, self-mutilating behavior (objects, body sites, forms, triggers, feelings, symbolic representation, ideation and suicide attempts, altered state of consciousness). Results show fragile emotional bonds in family relations, pathological love relationships, dependency and instability in interpersonal relations. The findings indicate that patients have low self-esteem and negative self-image, as well as high tolerance to physical pain with low tolerance to emotional pain. It was also observed that during the self-mutilating behavior, an altered state of consciousness may occur. It can be said that the inability of these patients to symbolize and express their grief at the emotional level leads them to concretizing the pain expression on their bodies, through its transduction into physical pain, by means of self-mutilating behavior. This study concluded that the purpose of such behaviour is the relief of pain and pre-existing emotional distress / A presente pesquisa teve como objetivo investigar, sob a abordagem da psicologia junguiana, as possíveis motivações, propósitos e significados que o paciente com transtorno de personalidade borderline (TPB) atribui ao seu comportamento automutilante. Participaram do estudo seis mulheres, entre 18 e 46 anos de idade, todas diagnosticadas com TPB e histórico de comportamento automutilante. Na coleta de dados, foram utilizadas a entrevista diagnóstica revisada para borderlines (DIB-R) aplicada com fins diagnósticos e de participação na pesquisa , a entrevista semiestruturada, o desenho da pessoa e família, e o desenho temático. Os dados coletados foram analisados à luz da psicologia analítica e psicossomática junguiana. Como resultado da compilação dos relatos das entrevistas, foram levantadas 5 categorias e 13 subcategorias: dificuldades nos relacionamentos (familiares, amorosos e interpessoais), baixa autoestima e autoimagem negativa, abuso sexual, alta tolerância à dor física/baixa tolerância à dor emocional, comportamento automutilante (objetos, locais do corpo, formas, fatores desencadeantes, sentimentos, representação simbólica, ideações e tentativas de suicídio, estado alterado de consciência). Os resultados apontaram para vínculos afetivos fragilizados nos relacionamentos familiares, relações amorosas patológicas, dependência e instabilidade nos relacionamentos interpessoais. Os achados indicaram que as pacientes têm baixa autoestima e autoimagem negativa, além de alta tolerância à dor fisica com baixa tolerância à dor emocional. Observou-se ainda que, durante o comportamento automutilante, pode ocorrer um estado alterado de consciência. Pode-se dizer que a incapacidade dessas pacientes em simbolizar e expressar sua dor no plano emocional faz com que elas concretizem a expressão dessa dor no corpo, quando há a transdução da mesma em dor corporal, por meio do comportamento automutilante. Concluiu-se que o objetivo desse ato é o alívio da dor e do sofrimento emocional pré-existente
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Adaptação e validação de escalas de resiliência para o contexto cultural brasileiro: escala de resiliência disposicional e escala de Connor-Davidson / Cross-cultural adaptation and validation of resilience scales for Brazil: dispositional resilience scale and Connor-Davidson resilience scale

João Paulo Consentino Solano 02 June 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: a resiliência é um construto associado às características pessoais que permitem a um indivíduo adaptar-se e superar situações adversas. Uma pessoa mais resiliente é aquela com maiores habilidades de se adaptar sob estresse, a despeito da carga de dificuldades enfrentada e de um contexto desfavorável no entorno. A Dispositional Resilience Scale (DRS-15) e a Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) tentam aferir a resiliência individual e já tiveram suas propriedades testadas em vários países da América do Norte, África, Europa e Ásia. OBJETIVO: traduzir, realizar a adaptação para o contexto cultural brasileiro e verificar a confiabilidade e a validade das escalas DRS-15 e CD-RISC. MÉTODO: uma metodologia com as etapas seqüenciais de tradução/retro-tradução/adaptação cultural/estudo de confiabilidade/estudo de validade foi utilizada. A adaptação cultural foi executada por um grupo de especialistas em epidemiologia, linguística, psiquiatria e tratamento da dor. A compreensão das versões culturalmente adaptadas foi testada com 65 pacientes adultos do grupo de avaliação pré-anestésica e do ambulatório geral de ansiedade do Hospital das Clínicas da FMUSP. Retro-traduções das versões finais foram aprovadas pelos autores principais das escalas originais. O estudo de validade foi conduzido pela aplicação conjunta de ambas as versões brasileiras das escalas, do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), do Self-report questionnaire (SRQ), da escala de incapacitação de Sheehan (SDS) e da Escala Graduada de Dor Crônica (CPG-Br) a 575 pacientes e acompanhantes adultos da mesma população. A confiabilidade teste-reteste foi avaliada por uma segunda aplicação das escalas de resiliência a 123 participantes, entre 7 e 14 dias após a entrevista inicial. RESULTADOS: entre os participantes da fase de validação, a idade média foi de 44 anos (amplitude de 18-93), com predomínio de mulheres (74%), e média de dez anos de estudo. A maioria dos entrevistados (93%) pertencia aos estratos socioeconômicos B e C. Três fatores e quatro fatores foram identificados por análise fatorial exploratória para as versões da DRS-15 e CD-RISC, respectivamente. O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,71 para a DRS, e de 0,93 para a CD-RISC, indicando melhor consistência interna para a segunda. A confiabilidade teste-reteste retornou coeficientes de correlação intra-classe de 0,81 e 0,86 para a DRS e CD-RISC, respectivamente. A correlação entre as duas escalas foi de 0,52. Observaram-se correlações negativas significativas entre os escores das escalas de resiliência e os escores para cinco das seis dimensões do ISSL, assim como para com os escores do SRQ e SDS (p < 0,001). Não houve correlação entre as escalas de resiliência e a CPG-Br. A CD-RISC encontrou correlações mais fortes que a DRS para com as variáveis de comparação externa. As duas escalas discriminaram resiliência menor para os pacientes dos ambulatórios psiquiátricos, em comparação aos dos ambulatórios não-psiquiátricos. Entre os pacientes psiquiátricos, os escores de resiliência foram significativamente menores para os pacientes com transtorno Borderline de personalidade, em comparação aos pacientes com transtorno de estresse pós-traumático. CONCLUSÃO: propriedades de consistência interna, estabilidade temporal e validade foram satisfatoriamente demonstradas para as versões brasileiras da DRS e da CD-RISC em uma amostra de pacientes e acompanhantes adultos dos ambulatórios do Hospital das Clínicas de São Paulo / INTRODUCTION: Resilience is a construct related to the personal characteristics that allow an individual to adapt and overcome adversity. A more resilient person is the one that exhibits greater abilities to adapt under stress, despite the burden of difficulties and of an unfavorable context. The Dispositional Resilience Scale (DRS-15) and the Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) are two scales to measure individual resilience, both of which have had psychometrics evaluated by researchers from the US, Africa, Europe and Asia. OBJECTIVE: To verify the reliability and validity of culturally adapted Brazilian Portuguese versions of the DRS-15 and CD-RISC. METHODS: The following stepwise methodology was used: translation / back translation / cultural adaptation / reliability study / validation study. Cultural adaptation was performed by an expert committee of epidemiologist, linguists, psychiatrist and pain specialists. Comprehension of the culturally adapted versions was tested through 65 interviews with adult patients from the pre-anesthetic consultation ambulatory and general ambulatory for anxiety disorders of Hospital das Clínicas of FMUSP. Back-translations of the culturally adapted versions were fully approved by the authors of the original scales. Validation studies were carried out by concurrent application of both the adapted versions of resilience scales, the Brazilian Stress Symptoms Inventory for Adults (ISSL), the Self-report Questionnaire (SRQ), the Sheehan Disability Scale (SDS) and the Chronic Pain Grade (CPG-Br) to 575 participants (outpatients and companions) from the same population. Test-retest reliability was studied by means of a second interview with 123 subjects, which took place between 7 and 14 days after the first one. RESULTS: Subjects of the validation phase were mostly women (74%), with an average of 44 years of age (18-93) and 10 years of formal schooling. There was a predominance of socioeconomic levels B or C (93%) on an A to E scale. Exploratory factor analyses resulted in a three-factor for the DRS and a four-factor solution for the CD-RISC. Alpha coefficients of 0.71 for the DRS and 0.93 for the CD-RISC indicated better internal consistency for the latter. Temporal stability was regarded as excellent, with intra-class correlation coefficients of 0.81 and 0.86 for the DRS and CD-RISC, respectively. Correlation coefficient between the two scales was 0.52. Significant negative correlations were observed between the scores of both resilience scales and five out of six dimensions of the ISSL, and so as between the resilience scales scores and those of the SRQ and SDS (p < 0.001). No correlation was observed between the resilience scales and the CPG-Br. The CD-RISC was more competent than DRS to depict such correlations. Both scales were able to discriminate differences in resilience scores of non-psychiatric and psychiatric patients, the latter presenting with lower scores. The group of borderline patients significantly presented with lower resilience scores in comparison with those of the post-traumatic stress disorder patients. CONCLUSION: Good reliability and validity were demonstrated with the Brazilian Portuguese versions of the DRS and CD-RISC as tested on a sample of adult ambulatory patients and their adult companions at Hospital das Clínicas, São Paulo

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