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Perversão: um fazer gozar / Perversion: enjoyment-makingMaria Helena Coelho Martinho 11 January 2011 (has links)
This study concerns perversion, a very important topic in political and clinical psychoanalysis, which reveals itself as one of the crucial problems of psychoanalysis. Its political importance is conveyed when it emphasizes, with Lacan, that the policy of psychoanalysis is the policy of lack-of-being (want-to-be) related to the ethics of desire and when it proposes to accept the diversity of enjoyment, its multiple genres, and takes the subject to reveal and confront his/her surplus-enjoyment, is an ethical indication that should guide policy and practice of psychoanalysis. The research, drawn from Freud and Lacans theoretical-clinical fundamentals, emphasizes the logical move which marks the perversion in Freudian theory and confirms a convergence in the propositions of both authors with regard to the differentiation between perversity and perversion as a clinical structure. The construction of a series of clinical cases and the study of life and work of five famous writers Marquis de Sade, Sacher-Masoch, André Gide, Jean Genet, Yukio Mishima come to illustrate that the practices of perverse enjoyment does not determine the perverse structure . The mathema of sadian fantasy, forged by Lacan, is taken to demonstrate freudian Verleugnung, the way perverse subjects deal with castration of the mother/wife. The quantic formulaes of sexuation, formulated by Lacan, are used to highlight that the difference between neurosis and perversion becomes explicit in the strategy of enjoyment that the subject uses in the relationship with his/her partner. The research, which began bibliographical and developed into a theoretical-clinical character, reveals that the perversion clinical practice can teach psychoanalysts about the four fundamental concepts of psychoanalysis, about the relationship among the fetish, the mask and the face, about sublimation, about enjoyment strategies, in particular, masochism. This study calls for the analytical community to debate, because it expresses, by presenting cases of perversion, the difficulties of the clinic, besides presentifying the real clinic in conducting the treatment of a case of perversion. / Esse estudo aborda a perversão, tema de extrema relevância política e clínica no âmbito psicanalítico, que se revela como um dos problemas cruciais da psicanálise. Sua importância política imprime-se quando ressalta, com Lacan, que a política da psicanálise é a política da falta-a-ser correlata à ética do desejo e quando propõe que aceitar a diversidade do gozo, com suas múltiplas modalidades, e levar o sujeito a desvelar e a confrontar-se com o seu mais-de-gozar é uma indicação ética que deve orientar a política e a prática do psicanalista. A pesquisa, elaborada a partir dos fundamentos teórico-clínicos de Freud e Lacan, destaca o movimento lógico que delimita a perversão na obra freudiana e verifica uma convergência nas teses de ambos os autores, no que se refere à diferenciação entre a perversidade e a perversão como estrutura clínica. A construção de uma série de casos clínicos e o estudo da vida e da obra de cinco famosos escritores Marquês de Sade, Sacher-Masoch, André Gide, Jean Genet, Yukio Mishima vêm ilustrar que as práticas de gozo perverso não determinam a estrutura perversa. O matema da fantasia sadiana, forjado por Lacan, é tomado para demonstrar a Verleugnung freudiana, o modo que os sujeitos perversos encontram para lidar com castração da mãe/mulher. As fórmulas quânticas da sexuação, formuladas por Lacan, são utilizadas para evidenciar que a diferença entre a neurose e a perversão se explicita na estratégia de gozo que o sujeito utiliza na relação com o seu parceiro. A pesquisa, que se iniciou bibliográfica e se desenvolveu de cunho teórico-clínico, desvela que a clínica da perversão muito pode ensinar aos psicanalistas sobre os quatro conceitos fundamentais da psicanálise, sobre a relação entre o fetiche, a máscara e o semblante, sobre a sublimação, sobre as estratégias de gozo, em particular, o masoquismo. Esse estudo convoca a comunidade analítica ao debate, uma vez que enuncia, através da apresentação de casos de perversão, os impasses da clínica, além de presentificar o real da clínica na condução do tratamento de um caso de perversão.
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Perversão: um fazer gozar / Perversion: enjoyment-makingMaria Helena Coelho Martinho 11 January 2011 (has links)
This study concerns perversion, a very important topic in political and clinical psychoanalysis, which reveals itself as one of the crucial problems of psychoanalysis. Its political importance is conveyed when it emphasizes, with Lacan, that the policy of psychoanalysis is the policy of lack-of-being (want-to-be) related to the ethics of desire and when it proposes to accept the diversity of enjoyment, its multiple genres, and takes the subject to reveal and confront his/her surplus-enjoyment, is an ethical indication that should guide policy and practice of psychoanalysis. The research, drawn from Freud and Lacans theoretical-clinical fundamentals, emphasizes the logical move which marks the perversion in Freudian theory and confirms a convergence in the propositions of both authors with regard to the differentiation between perversity and perversion as a clinical structure. The construction of a series of clinical cases and the study of life and work of five famous writers Marquis de Sade, Sacher-Masoch, André Gide, Jean Genet, Yukio Mishima come to illustrate that the practices of perverse enjoyment does not determine the perverse structure . The mathema of sadian fantasy, forged by Lacan, is taken to demonstrate freudian Verleugnung, the way perverse subjects deal with castration of the mother/wife. The quantic formulaes of sexuation, formulated by Lacan, are used to highlight that the difference between neurosis and perversion becomes explicit in the strategy of enjoyment that the subject uses in the relationship with his/her partner. The research, which began bibliographical and developed into a theoretical-clinical character, reveals that the perversion clinical practice can teach psychoanalysts about the four fundamental concepts of psychoanalysis, about the relationship among the fetish, the mask and the face, about sublimation, about enjoyment strategies, in particular, masochism. This study calls for the analytical community to debate, because it expresses, by presenting cases of perversion, the difficulties of the clinic, besides presentifying the real clinic in conducting the treatment of a case of perversion. / Esse estudo aborda a perversão, tema de extrema relevância política e clínica no âmbito psicanalítico, que se revela como um dos problemas cruciais da psicanálise. Sua importância política imprime-se quando ressalta, com Lacan, que a política da psicanálise é a política da falta-a-ser correlata à ética do desejo e quando propõe que aceitar a diversidade do gozo, com suas múltiplas modalidades, e levar o sujeito a desvelar e a confrontar-se com o seu mais-de-gozar é uma indicação ética que deve orientar a política e a prática do psicanalista. A pesquisa, elaborada a partir dos fundamentos teórico-clínicos de Freud e Lacan, destaca o movimento lógico que delimita a perversão na obra freudiana e verifica uma convergência nas teses de ambos os autores, no que se refere à diferenciação entre a perversidade e a perversão como estrutura clínica. A construção de uma série de casos clínicos e o estudo da vida e da obra de cinco famosos escritores Marquês de Sade, Sacher-Masoch, André Gide, Jean Genet, Yukio Mishima vêm ilustrar que as práticas de gozo perverso não determinam a estrutura perversa. O matema da fantasia sadiana, forjado por Lacan, é tomado para demonstrar a Verleugnung freudiana, o modo que os sujeitos perversos encontram para lidar com castração da mãe/mulher. As fórmulas quânticas da sexuação, formuladas por Lacan, são utilizadas para evidenciar que a diferença entre a neurose e a perversão se explicita na estratégia de gozo que o sujeito utiliza na relação com o seu parceiro. A pesquisa, que se iniciou bibliográfica e se desenvolveu de cunho teórico-clínico, desvela que a clínica da perversão muito pode ensinar aos psicanalistas sobre os quatro conceitos fundamentais da psicanálise, sobre a relação entre o fetiche, a máscara e o semblante, sobre a sublimação, sobre as estratégias de gozo, em particular, o masoquismo. Esse estudo convoca a comunidade analítica ao debate, uma vez que enuncia, através da apresentação de casos de perversão, os impasses da clínica, além de presentificar o real da clínica na condução do tratamento de um caso de perversão.
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Estudo psicanalítico sobre a gramática da maldade gratuita / Psychoanalytic study about the functioning of gratuitous evilBrulhart-Donoso, Marie Danielle 06 May 2011 (has links)
A cultura ocidental contemporânea trouxe para a história do homem novas modalidades de crime e novos tipos de criminosos. A magnitude da destruição do outro alcançou cifras e situações sem precedentes. Embora Freud pensasse que, em princípio, os homens acertassem seus conflitos por meio da violência, nosso estudo foca um tipo específico de sofrimento infligido ao outro: aquela destruição da alteridade que traz consigo aspectos da ordem do excesso, onde não se encontra explicação para tal ação, denominada coloquialmente de maldade gratuita. Ao longo do trabalho tornou-se cada vez mais evidente que esse fenômeno não poderia nem ser examinado somente à luz da Psicanálise, nem ser desarticulado de seu contexto social, histórico e político. Abrimos, assim, o diálogo com a Filosofia e a História. Levantamos a hipótese de que o papel destrutivo do(s) algoz(es) pode ser vivido de duas formas diferentes: 1) a que pensa um malfeitor implicado em um cenário propiciador de prazer; 2) a que fala de um opressor que atua com total indiferença. Deixando de lado a violência do plano da cena sexual, focamos nosso estudo em circunstâncias não sexuais, strictu sensu. No campo da Filosofia, a contribuição de Hannah Arendt sobre a questão da banalidade do mal e sua retomada do conceito kantiano de mal radical pareceu-nos importante. Isso nos permitiu questionar a possibilidade da existência do mal fora da psicopatologia, como proposto pelos autores que acompanharam Arendt nesse capítulo. Chegamos à conclusão de que não existe maldade de fato gratuita porque para o opressor há sempre um sentido prévio que o leva a passar ao ato. Do ponto de vista da Psicanálise, no entanto, não há lugar para que pessoas banais no sentido arendtiano do termo - transformem-se em criminosos. Falamos assim da perversidade e do fenômeno da massa para pensar que tipo de moral está por trás dos massacres, tais como o Holocausto, Ruanda e Balkans, entre outros / The contemporary occidental culture brought to mans history new modalities of crimes and new types of criminals. The magnitude of destruction of the other reached unprecedented numbers and situations. Though Freud thought that, in principle, men settle their conflicts through violence, our study focus on a specific type of suffering inflicted to the other: that destruction of otherness that brings with it aspects of the order of the excess, where no explanation is found for such action, denominated colloquially gratuitous evil. Throughout the work it became more and more evident that this phenomenon could not be examined only in the light of Psychoanalysis, nor be disarticulated from its social, historical and political context. We opened thus the dialog with Philosophy and History. We raised the hypothesis that the destructive role of the executioner(s) can be lived in two different ways: 1) the one that sees the oppressor implicated in a scenario that generates pleasure; 2) the one that tells about a murderer who acts with total indifference. Leaving aside the violence of the sexual scene strictu sensu, we focused our study on non-sexual circumstances. In the field of Philosophy, the contribution of Hannah Arendt on the subject of the banality of evil and its return to the Kantian concept of radical evil seemed important to us. This allowed us to question the possibility of existence of evil outside psychopathology, as suggested by the authors who followed Arendt in this chapter. We came to the conclusion that there is no evil in fact gratuitous because for the oppressor there is always a previous sense that leads him/(her) to action. In the Psychoanalysis point of view, nevertheless, there is no place for banal people in the Arendtian sense of the word to transform themselves into criminals. We then speak of perversity and the mass phenomenon to think about what type of moral is behind of the massacres, such as the Holocaust, Rwanda and the Balkans, among others
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Estudo psicanalítico sobre a gramática da maldade gratuita / Psychoanalytic study about the functioning of gratuitous evilMarie Danielle Brulhart-Donoso 06 May 2011 (has links)
A cultura ocidental contemporânea trouxe para a história do homem novas modalidades de crime e novos tipos de criminosos. A magnitude da destruição do outro alcançou cifras e situações sem precedentes. Embora Freud pensasse que, em princípio, os homens acertassem seus conflitos por meio da violência, nosso estudo foca um tipo específico de sofrimento infligido ao outro: aquela destruição da alteridade que traz consigo aspectos da ordem do excesso, onde não se encontra explicação para tal ação, denominada coloquialmente de maldade gratuita. Ao longo do trabalho tornou-se cada vez mais evidente que esse fenômeno não poderia nem ser examinado somente à luz da Psicanálise, nem ser desarticulado de seu contexto social, histórico e político. Abrimos, assim, o diálogo com a Filosofia e a História. Levantamos a hipótese de que o papel destrutivo do(s) algoz(es) pode ser vivido de duas formas diferentes: 1) a que pensa um malfeitor implicado em um cenário propiciador de prazer; 2) a que fala de um opressor que atua com total indiferença. Deixando de lado a violência do plano da cena sexual, focamos nosso estudo em circunstâncias não sexuais, strictu sensu. No campo da Filosofia, a contribuição de Hannah Arendt sobre a questão da banalidade do mal e sua retomada do conceito kantiano de mal radical pareceu-nos importante. Isso nos permitiu questionar a possibilidade da existência do mal fora da psicopatologia, como proposto pelos autores que acompanharam Arendt nesse capítulo. Chegamos à conclusão de que não existe maldade de fato gratuita porque para o opressor há sempre um sentido prévio que o leva a passar ao ato. Do ponto de vista da Psicanálise, no entanto, não há lugar para que pessoas banais no sentido arendtiano do termo - transformem-se em criminosos. Falamos assim da perversidade e do fenômeno da massa para pensar que tipo de moral está por trás dos massacres, tais como o Holocausto, Ruanda e Balkans, entre outros / The contemporary occidental culture brought to mans history new modalities of crimes and new types of criminals. The magnitude of destruction of the other reached unprecedented numbers and situations. Though Freud thought that, in principle, men settle their conflicts through violence, our study focus on a specific type of suffering inflicted to the other: that destruction of otherness that brings with it aspects of the order of the excess, where no explanation is found for such action, denominated colloquially gratuitous evil. Throughout the work it became more and more evident that this phenomenon could not be examined only in the light of Psychoanalysis, nor be disarticulated from its social, historical and political context. We opened thus the dialog with Philosophy and History. We raised the hypothesis that the destructive role of the executioner(s) can be lived in two different ways: 1) the one that sees the oppressor implicated in a scenario that generates pleasure; 2) the one that tells about a murderer who acts with total indifference. Leaving aside the violence of the sexual scene strictu sensu, we focused our study on non-sexual circumstances. In the field of Philosophy, the contribution of Hannah Arendt on the subject of the banality of evil and its return to the Kantian concept of radical evil seemed important to us. This allowed us to question the possibility of existence of evil outside psychopathology, as suggested by the authors who followed Arendt in this chapter. We came to the conclusion that there is no evil in fact gratuitous because for the oppressor there is always a previous sense that leads him/(her) to action. In the Psychoanalysis point of view, nevertheless, there is no place for banal people in the Arendtian sense of the word to transform themselves into criminals. We then speak of perversity and the mass phenomenon to think about what type of moral is behind of the massacres, such as the Holocaust, Rwanda and the Balkans, among others
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[en] ON THE INFLUENCE OF FANTASY ON THE PERCEPTION AND THEORIZING OF PERVERSIONS / [pt] SOBRE A INFLUÊNCIA DA FANTASIA NA PERCEPÇÃO E NA TEORIZAÇÃO DAS PERVERSÕESEDUARDO HUGO FROTA NETO 08 August 2018 (has links)
[pt] Investiga-se os elementos da fantasia que influenciam a percepção e as reações sociais e subjetivas aos crimes sexuais, e seus efeitos na teorização das perversões, desde sua origem na Medicina Legal do Século XIX. A abordagem é orientada à elucidação das moções pulsionais que determinam as características
dos discursos que delimitam o perverso como uma entidade nosográfica. / [en] This thesis investigates fantasy elements that influence the perception and the social and subjective reactions to sexual crimes, and their effect on the theorization of perversions, from its origins in nineteenth century s Legal Medicine. The approach is focused on elucidating the impulses which determine the characteristics of the discourses that define perversion as a nosographic entity.
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Sexualidade e perversão na psiquiatria de Krafft-EbingSimião, Anna Rita Maciel 06 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-06 / Em 1886, tendo como foco o estudo da sexualidade para ser usado nos tribunais e a partir da apresentação, classificação e análise de inúmeros casos de sexualidade desviante observados ao longo dos anos de atuação clinica própria ou alheia, o psiquiatra alemão Richard von Krafft-Ebing (1840-1902) publica a sua obra mais importante – a Psychopathia Sexualis– e articula uma nova perspectiva para o estudo da sexualidade em geral. Embora influente e amplamente discutido por seus contemporâneos, o interesse pela obra de Krafft-Ebing diminuiu consideravelmente depois e poucos estudos lhe são hoje dedicados. Este trabalho descreve e discute, em seus aspectos históricos e conceituais, a abordagem da sexualidade nas obras de Krafft-Ebing, através de uma análise interna da arquitetura conceitual de seus principais trabalhos e de autores que o influenciaram ou foram por ele influenciados. / In 1886, focusing onthe study of sexuality to be utilized in the courts and starting from the presentation, classification and analysis of numerous cases of deviant sexuality observed over the years of own (or others)clinical practices, the german psychiatrist Richard von Krafft -Ebing (1840-1902) published his most important work - the Psychopathia Sexualis- and articulates a new perspective for the study of sexuality in general. Although influential and widely discussed by his contemporaries, the interest in the work of Krafft-Ebing decreased considerably during the following centauries and in the present days only a few studies are dedicated to this subject . This paper describes and discusses, in its historical and conceptual aspects, the approach of sexuality in the works of Krafft-Ebing, through an internal analysis of the conceptual architecture of his major works and authors that influenced or were influenced by him.
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