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Metaconhecimento e ceticismo de segunda ordemOliveira, Rogel Esteves de January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Este ensaio trata do metaconhecimento, ou do “saber que sabe”. Mais especificamente, ele trata do metaconhecimento de proposições contingentes sobre o mundo exterior, embora possa ser aplicado sem problemas a outras classes de proposições contingentes (sobre o passado, outras mentes, etc. ). Partindo de uma pressuposição falibilista, internalista em justificação e de uma análise tradicional do conhecimento acrescida da teoria dos derrotadores, o problema investigado é o de se as pessoas ‘comuns’ realmente têm (e como) o metaconhecimento daquelas proposições, como nos parece que têm. Para isto, será necessário, ainda, pressupor que o ceticismo de primeira ordem é falso; do contrário, o metaconhecimento seria trivialmente impossível. Ao examinar vários modos supostamente suficientes de se obter metaconhecimento – alguns dos quais, usualmente oferecidos pelos seus defensores -, vamos mostrar que são todos problemáticos, errados ou duvidosos. Não vamos, contudo, provar que o metaconhecimento é impossível ou não existe. Por conta disto, a tese proposta será a de um ceticismo de segunda ordem pirrônico, ou seja, vamos propor – em estado de aporia ou perplexidade - a suspensão de juízo sobre a possibilidade e existência do metaconhecimento, assim como a necessidade de continuar a investigação. / Este ensaio trata do metaconhecimento, ou do “saber que sabe”. Mais especificamente, ele trata do metaconhecimento de proposições contingentes sobre o mundo exterior, embora possa ser aplicado sem problemas a outras classes de proposições contingentes (sobre o passado, outras mentes, etc. ). Partindo de uma pressuposição falibilista, internalista em justificação e de uma análise tradicional do conhecimento acrescida da teoria dos derrotadores, o problema investigado é o de se as pessoas ‘comuns’ realmente têm (e como) o metaconhecimento daquelas proposições, como nos parece que têm. Para isto, será necessário, ainda, pressupor que o ceticismo de primeira ordem é falso; do contrário, o metaconhecimento seria trivialmente impossível. Ao examinar vários modos supostamente suficientes de se obter metaconhecimento – alguns dos quais, usualmente oferecidos pelos seus defensores -, vamos mostrar que são todos problemáticos, errados ou duvidosos. Não vamos, contudo, provar que o metaconhecimento é impossível ou não existe. Por conta disto, a tese proposta será a de um ceticismo de segunda ordem pirrônico, ou seja, vamos propor – em estado de aporia ou perplexidade - a suspensão de juízo sobre a possibilidade e existência do metaconhecimento, assim como a necessidade de continuar a investigação.
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Metaconhecimento e ceticismo de segunda ordemOliveira, Rogel Esteves de 02 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-02 / Este ensaio trata do metaconhecimento, ou do saber que sabe. Mais especificamente, ele trata do metaconhecimento de proposi??es contingentes sobre o mundo exterior, embora possa ser aplicado sem problemas a outras classes de proposi??es contingentes (sobre o passado, outras mentes, etc.). Partindo de uma pressuposi??o falibilista, internalista em justifica??o e de uma an?lise tradicional do conhecimento acrescida da teoria dos derrotadores, o problema investigado ? o de se as pessoas comuns realmente t?m (e como) o metaconhecimento daquelas proposi??es, como nos parece que t?m. Para isto, ser? necess?rio, ainda, pressupor que o ceticismo de primeira ordem ? falso; do contr?rio, o metaconhecimento seria trivialmente imposs?vel. Ao examinar v?rios modos supostamente suficientes de se obter metaconhecimento alguns dos quais, usualmente oferecidos pelos seus defensores -, vamos mostrar que s?o todos problem?ticos, errados ou duvidosos. N?o vamos, contudo, provar que o metaconhecimento ? imposs?vel ou n?o existe. Por conta disto, a tese proposta ser? a de um ceticismo de segunda ordem pirr?nico, ou seja, vamos propor em estado de aporia ou perplexidade - a suspens?o de ju?zo sobre a possibilidade e exist?ncia do metaconhecimento, assim como a necessidade de continuar a investiga??o.
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O que faz do conselheiro Aires um cético? / What makes councelor Aires skeptic?Luciano Oliveira Camara 24 November 2011 (has links)
Há um consenso nos meios crítico e acadêmico de que Joaquim Maria Machado de Assis é o maior ficcionista brasileiro. Além da qualidade inegável, sua ficção é notável por sua dimensão, atingindo uma dezena de romances e mais de duzentos contos. Com esta união singular entre extensão e qualidade, a obra machadiana acumulou a maior fortuna crítica no Brasil e uma das maiores da literatura universal. Ainda assim, sua fortuna é a que mais cresce no Brasil. Diante de tamanha dedicação dos estudiosos, em que seria relevante a apresentação de mais uma dissertação sobre o Bruxo do Cosme Velho? Acreditando que, apesar do tamanho da investigação que já se fez sobre Machado, alguns dos aspectos cruciais da vida e da obra do escritor ainda não foram devidamente elucidados, este trabalho nasce com a intenção de contribuir para a diminuição dessa lacuna. Um desses aspectos é o conteúdo filosófico da ficção machadiana. Durante muitas décadas, a ideia de que Machado de Assis se alinhara filosoficamente ao pessimismo foi hegemônica. Entretanto, muitas características da ficção machadiana, tais como o humour e a ironia, podem ser sinais de outra orientação filosófica: o ceticismo. A identificação entre Machado e ceticismo não é, entretanto, algo novo, mas durante a maior parte do tempo, a crítica identificou o ceticismo de Machado com a acepção popular do termo: descrença no campo metafísico e desengano no campo político-social. Este modo de ver o ceticismo acaba por aproximar o termo, e reaproximar Machado de Assis, ao pessimismo. Por outro lado, há algumas décadas, alguns estudiosos brasileiros começaram a verificar que a filosofia da ficção machadiana estaria de fato associada ao ceticismo, mas a outro tipo de ceticismo, o ceticismo pirrônico ou filosófico, iniciado com Pirro de Elis, filósofo grego que viveu entre 360 e 270 a.C., e estabelecido pelos escritos de Sexto Empírico, filósofo e médico do século 2. Fazendo jus à origem grega do termo skepticós, aquele que investiga, o ceticismo pirrônico prima não pela descrença, mas pela busca contínua da verdade. Esta busca se mantém indeterminada em virtude da limitação dos sentidos e do pensamento humanos. Não podemos alcançar a verdade das coisas, mas apenas descrever como elas aparentam. Esta impossibilidade não conduz o pirrônico ao pessimismo, o conduz, ao contrário, à tranquilidade, pois ele aceita a sua limitação, não fica se debatendo contra ela. Na ficção machadiana, o conselheiro Aires é o personagem cético por excelência, a começar pelo tão famoso tédio à controvérsia. Entretanto, apesar da semelhança entre a ficção de Machado de Assis e a filosofia cética, há um problema a ser enfrentado: como o escritor poderia ter criado um personagem tão próximo do pirronismo se Machado nunca chegou a ler uma página de Sexto Empírico? / Joaquim Maria Machado de Assis is the most important Brazilian fictionist, according to the critics and the academy. Together with its undeniable quality, his fiction is notable for its dimension, reaching ten novels and over two hundred short stories. Because of its unique union between quality and size, Machados work has garnered the biggest critical fortune among Brazilian writers and one of the greatest in literature all over the world. Still, his fortune is the fastest growing in Brazil. Faced with such dedication of the scholars, it would be relevant to present a new paper on the Warlock of Cosme Velho? Believing that some of the crucial aspects of his life and work have not been elucidated, despite of the size of the research that has been done on Machado, this work comes with the intention to contribute reducing this gap. One of these aspects is the philosophical content of Machado's fiction. For many decades, the idea that Machado de Assis is philosophically aligned with pessimism was hegemonic. However, many features of Machado's fiction, such as humour and irony, may be signs of other philosophical orientation: skepticism. However, the identification between Machado and skepticism is not something new. But during most of the time, the critics identified the skepticism of Machado with the popular sense of that word: disbelief concerning metaphysical dimension and disappointment concerning politics and social environment. This view of skepticism, however, approximates the term to pessimism; and reconnects Machado de Assis to it. Decades ago, some Brazilian scholars began to see that the philosophy of Machado's fiction was actually associated with skepticism, but another kind of skepticism, the Pyrrhonian or philosophical skepticism, which began with Pyrrho of Elis, a Greek philosopher who lived between 360 and 270 BC, and was established by the writings of Sextus Empiricus, philosopher and physician of the second century. True to the Greek origin of the term skepticos, the one who inquires, the Pyrrhonian skepticism is distinguished not by disbelief, but by its continual search for the truth. This search remains undetermined due to the limitation of human senses and thought. We cannot reach the truth of things, but only describe how they look. This failure does not lead the Pyrrhonian to pessimism, leads him instead to the tranquility, because he accepts his limitations and is not struggling against them. In Machado's fiction, counselor Aires is the skeptical character par excellence, starting with his famous aversion to controversy. However, despite the similarity between the fiction of Machado de Assis and skeptical philosophy, there is a problem to be faced: Machado had never read a single page from Sextus Empiricus. So, how could the writer created a so closed to the Pyrrhonism character?
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O que faz do conselheiro Aires um cético? / What makes councelor Aires skeptic?Luciano Oliveira Camara 24 November 2011 (has links)
Há um consenso nos meios crítico e acadêmico de que Joaquim Maria Machado de Assis é o maior ficcionista brasileiro. Além da qualidade inegável, sua ficção é notável por sua dimensão, atingindo uma dezena de romances e mais de duzentos contos. Com esta união singular entre extensão e qualidade, a obra machadiana acumulou a maior fortuna crítica no Brasil e uma das maiores da literatura universal. Ainda assim, sua fortuna é a que mais cresce no Brasil. Diante de tamanha dedicação dos estudiosos, em que seria relevante a apresentação de mais uma dissertação sobre o Bruxo do Cosme Velho? Acreditando que, apesar do tamanho da investigação que já se fez sobre Machado, alguns dos aspectos cruciais da vida e da obra do escritor ainda não foram devidamente elucidados, este trabalho nasce com a intenção de contribuir para a diminuição dessa lacuna. Um desses aspectos é o conteúdo filosófico da ficção machadiana. Durante muitas décadas, a ideia de que Machado de Assis se alinhara filosoficamente ao pessimismo foi hegemônica. Entretanto, muitas características da ficção machadiana, tais como o humour e a ironia, podem ser sinais de outra orientação filosófica: o ceticismo. A identificação entre Machado e ceticismo não é, entretanto, algo novo, mas durante a maior parte do tempo, a crítica identificou o ceticismo de Machado com a acepção popular do termo: descrença no campo metafísico e desengano no campo político-social. Este modo de ver o ceticismo acaba por aproximar o termo, e reaproximar Machado de Assis, ao pessimismo. Por outro lado, há algumas décadas, alguns estudiosos brasileiros começaram a verificar que a filosofia da ficção machadiana estaria de fato associada ao ceticismo, mas a outro tipo de ceticismo, o ceticismo pirrônico ou filosófico, iniciado com Pirro de Elis, filósofo grego que viveu entre 360 e 270 a.C., e estabelecido pelos escritos de Sexto Empírico, filósofo e médico do século 2. Fazendo jus à origem grega do termo skepticós, aquele que investiga, o ceticismo pirrônico prima não pela descrença, mas pela busca contínua da verdade. Esta busca se mantém indeterminada em virtude da limitação dos sentidos e do pensamento humanos. Não podemos alcançar a verdade das coisas, mas apenas descrever como elas aparentam. Esta impossibilidade não conduz o pirrônico ao pessimismo, o conduz, ao contrário, à tranquilidade, pois ele aceita a sua limitação, não fica se debatendo contra ela. Na ficção machadiana, o conselheiro Aires é o personagem cético por excelência, a começar pelo tão famoso tédio à controvérsia. Entretanto, apesar da semelhança entre a ficção de Machado de Assis e a filosofia cética, há um problema a ser enfrentado: como o escritor poderia ter criado um personagem tão próximo do pirronismo se Machado nunca chegou a ler uma página de Sexto Empírico? / Joaquim Maria Machado de Assis is the most important Brazilian fictionist, according to the critics and the academy. Together with its undeniable quality, his fiction is notable for its dimension, reaching ten novels and over two hundred short stories. Because of its unique union between quality and size, Machados work has garnered the biggest critical fortune among Brazilian writers and one of the greatest in literature all over the world. Still, his fortune is the fastest growing in Brazil. Faced with such dedication of the scholars, it would be relevant to present a new paper on the Warlock of Cosme Velho? Believing that some of the crucial aspects of his life and work have not been elucidated, despite of the size of the research that has been done on Machado, this work comes with the intention to contribute reducing this gap. One of these aspects is the philosophical content of Machado's fiction. For many decades, the idea that Machado de Assis is philosophically aligned with pessimism was hegemonic. However, many features of Machado's fiction, such as humour and irony, may be signs of other philosophical orientation: skepticism. However, the identification between Machado and skepticism is not something new. But during most of the time, the critics identified the skepticism of Machado with the popular sense of that word: disbelief concerning metaphysical dimension and disappointment concerning politics and social environment. This view of skepticism, however, approximates the term to pessimism; and reconnects Machado de Assis to it. Decades ago, some Brazilian scholars began to see that the philosophy of Machado's fiction was actually associated with skepticism, but another kind of skepticism, the Pyrrhonian or philosophical skepticism, which began with Pyrrho of Elis, a Greek philosopher who lived between 360 and 270 BC, and was established by the writings of Sextus Empiricus, philosopher and physician of the second century. True to the Greek origin of the term skepticos, the one who inquires, the Pyrrhonian skepticism is distinguished not by disbelief, but by its continual search for the truth. This search remains undetermined due to the limitation of human senses and thought. We cannot reach the truth of things, but only describe how they look. This failure does not lead the Pyrrhonian to pessimism, leads him instead to the tranquility, because he accepts his limitations and is not struggling against them. In Machado's fiction, counselor Aires is the skeptical character par excellence, starting with his famous aversion to controversy. However, despite the similarity between the fiction of Machado de Assis and skeptical philosophy, there is a problem to be faced: Machado had never read a single page from Sextus Empiricus. So, how could the writer created a so closed to the Pyrrhonism character?
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Tipos y uso de argumentos escépticos en HumeJunqueira Smith, Plínio 09 April 2018 (has links)
La intención del presente artículo es mostrar que Hume distingue dos tipos de argumentos escépticos. El tipo antiguo, basado en el método de antinomias, es considerado muy débil por Hume. Él desarrolla un tipo nuevo de argumento escéptico a partir de su ciencia empírica de la naturaleza humana. Del otro lado, Hume distingue entre dos usos de los argumentos escépticos: el primero, que él llama pirrónico, tiene como finalidad la suspensión del juicio, lo que es imposible, porque la naturaleza nos obliga a creer; el segundo, el uso académico, pone límites a nuestro conocimiento, aceptando las creencias naturales, la ciencia empírica y las matemáticas.
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O lógos cético de sexto empírico / Sextus Empiricus sceptic lógosSchvartz, Vitor Hirschbruch 19 March 2014 (has links)
A tese defende a ideia de que uma compreensão adequada da suspensão cética de juízo (epokhé) pressupõe o estudo dos textos de Sexto Empírico que, direta ou indiretamente, abordam o problema da concepção pirrônica da linguagem ou discurso (lógos), e também daqueles que fornecem elementos para a compreensão da posição sextiana acerca da linguagem cotidiana das pessoas comuns. Os primeiros capítulos lidam com a conhecida distinção entre as assim chamadas interpretações rústica e urbana da filosofia pirrônica. A seguir, o texto discute o problema do lógos quando considerado a partir de uma perspectiva pirrônica, onde uma nova argumentação em favor da interpretação rústica é desenvolvida, baseada na ideia de um percurso cético. No quarto capítulo, é examinada a noção de phainómenon e sua relação com o lógos cético, através da formulação de uma interpretação mais geral do ceticismo antigo e do seu discurso fenomênico. O quinto e último capítulo procede então a uma avaliação da força filosófica tanto da filosofia pirrônica como da neopirrônica / The dissertation defends the idea that an adequate understanding of the sceptical suspension of judgement (epoché) presupposes the study of the Sextus Empiricus texts which, either directly or indirectly, address the problem of the pyrrhonian conception of language or discourse (lógos), and also the study of those texts that provide elements for the understanding of the Sextian position about the everyday language of common people. The first chapters deal with the well-known distinction between the so-called rustic and urbane interpretations of the pyrrhonian philosophy. In the sequence, the dissertation discusses the problem of the lógos, as viewed from a pyrrhonian perspective, also by developing a new argument in favor of the rustic interpretation, based upon the idea of a sceptic path. Subsequently, the notion of phainómenon and its relation to the sceptic lógos are analyzed through a general approach to ancient scepticism. The fith and last chapter proceeds to an avaluation of the philosophical strength of both the pyrrhonian and neopyrrhonian philosophies
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O ceticismo em John Dewey: a busca da certezaCosta-Lopes, Viviane da [UNESP] 08 February 2010 (has links) (PDF)
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costalopes_v_dr_arafcl.pdf: 362341 bytes, checksum: ae0f2fc12d277eed0383947607fbc4c0 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O presente trabalho analisa as concepções filosóficas de John Dewey, tomando como principal referência o livro The quest for certainty: a study of the relation of knowledge and action, publicado em 1929, no qual o autor propõe utilizar o método das ciências experimentais no campo das ciências humanas, em especial para o exame dos juízos morais. Nesse livro, Dewey defende o rompimento da dicotomia entre teoria e prática e atribui caráter probabilístico aos conhecimentos advindos da investigação científica, tomando como exemplo a mecânica quântica. Os referenciais metodológicos empregados na análise do discurso deweyano advêm da nova retórica, teoria proposta por Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca em Tratado da argumentação. O objetivo do trabalho é mostrar a proximidade entre Dewey e o ceticismo, tomando por base as concepções de Pirro de Élis sistematizadas por Enesidemo e Sexto Empírico, bem como desenvolvimentos recentes dessa filosofia. A intenção mais ampla do trabalho é contribuir para a discussão de teses que divergem em relação ao tema focalizado nesta pesquisa: de um lado, as que responsabilizam o ceticismo deweyano pelos males da educação contemporânea, e, de outro, as que atribuem a Dewey a origem de importantes progressos na pedagogia. / The present study analyses the philosophical conceptions of John Dewey presented in the book The quest for certainty: a study of the relation of knowledge and action, published in 1929, in which the author proposes to use the method of experimental sciences in human sciences, specially to the examination of moral judgments. In this book, Dewey defends the disruption of the dichotomy between practical and theory and attributes a probabilistic character to the scientific inquiry knowledge, citing as an example the quantun mechanics. The methodology adopted to analyze deweyan discourse is the new rhetoric, based upon Treatise of argumentation by Chaïm Perelman and Lucie Olbrechts-Tyteca. The objective of the this work is to show to the proximity between Dewey and the skepticism, having as a basis the conceptions of Pyrrho from Élis systematized by Aenesidemus and Sextus Empiricus, as well as recent developments of this philosophy. The work also intends to contribute for the discussion of theses which diverge on the theme of this work: on the one hand, the ones that blame Dewey’s skepticism for the harmfulness of contemporary education; and, on the other, those which attribute the origin of important progress in pedagogy to Dewey.
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O lógos cético de sexto empírico / Sextus Empiricus sceptic lógosVitor Hirschbruch Schvartz 19 March 2014 (has links)
A tese defende a ideia de que uma compreensão adequada da suspensão cética de juízo (epokhé) pressupõe o estudo dos textos de Sexto Empírico que, direta ou indiretamente, abordam o problema da concepção pirrônica da linguagem ou discurso (lógos), e também daqueles que fornecem elementos para a compreensão da posição sextiana acerca da linguagem cotidiana das pessoas comuns. Os primeiros capítulos lidam com a conhecida distinção entre as assim chamadas interpretações rústica e urbana da filosofia pirrônica. A seguir, o texto discute o problema do lógos quando considerado a partir de uma perspectiva pirrônica, onde uma nova argumentação em favor da interpretação rústica é desenvolvida, baseada na ideia de um percurso cético. No quarto capítulo, é examinada a noção de phainómenon e sua relação com o lógos cético, através da formulação de uma interpretação mais geral do ceticismo antigo e do seu discurso fenomênico. O quinto e último capítulo procede então a uma avaliação da força filosófica tanto da filosofia pirrônica como da neopirrônica / The dissertation defends the idea that an adequate understanding of the sceptical suspension of judgement (epoché) presupposes the study of the Sextus Empiricus texts which, either directly or indirectly, address the problem of the pyrrhonian conception of language or discourse (lógos), and also the study of those texts that provide elements for the understanding of the Sextian position about the everyday language of common people. The first chapters deal with the well-known distinction between the so-called rustic and urbane interpretations of the pyrrhonian philosophy. In the sequence, the dissertation discusses the problem of the lógos, as viewed from a pyrrhonian perspective, also by developing a new argument in favor of the rustic interpretation, based upon the idea of a sceptic path. Subsequently, the notion of phainómenon and its relation to the sceptic lógos are analyzed through a general approach to ancient scepticism. The fith and last chapter proceeds to an avaluation of the philosophical strength of both the pyrrhonian and neopyrrhonian philosophies
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[en] THE SKEPTICAL DEFENSE AGAINST THE ARGUMENT THAT THE SKEPTICISM CAN NOT BE LIVED IN PRACTICE: FROM THE PYRRHO’S DUBIOUS LIFE TO THE SEXTUS EMPIRICUS’ PYRRHONIC THERAPY. / [pt] A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICORODRIGO PINTO DE BRITO 21 March 2011 (has links)
[pt] Este trabalho é uma busca pelo significado original do ceticismo conforme
pensado por Sexto Empírico. Começando por uma depuração do entendimento
pejorativo do senso comum em torno das palavras cético e ceticismo, passamos a uma
breve história do ceticismo desde os filósofos chamados proto-céticos , passando por
Pirro e seus discípulos, pelo ceticismo Acadêmico, chegando até Sexto Empírico e
seu ceticismo terapêutico. Assim, verificamos como, ao longo do tempo, diferentes
ênfases foram sendo dadas às diferentes etapas da reflexão cética, algumas vindo a
desaparecer, outras sendo reconhecidamente atribuídas ao arsenal argumentativo
cético. Tendo argumentado que o ceticismo é uma maneira de se viver, passamos à
reflexão sobre a viabilidade prática de se viver de modo genuinamente cético.
Detectamos a origem do principal argumento contra a vida cética, o argumento da
apraxía, que induz o cético a auto-refutar-se. A partir deste ponto nossa preocupação
foi compreender os desdobramentos do argumento da apraxía até David Hume, e
também os desdobramentos da defesa cética inicialmente elaborada por Arcesilao
contra a filosofia da Stoa, até Sexto Empírico. Pensamos que Sexto em sua
fundamentação de uma vida cética se adiantou às críticas de Hume, esta hipótese,
uma vez verificada, nos permitiu repensar a acusação de que o cético se auto-refuta,
bem como a suspensão do juízo. / [en] The present work is a search for the original meaning of the skepticism as thought
by Sextus Empiricus. Beginning with a depuration of the common sense’s pejorative
understanding around the words skeptic and skepticism, we pass to a brief history of
the skepticism since the philosophers called proto-skeptics, passing through Pyrrho
and his disciples, through the Academic skepticism, arriving to Sextus Empiricus and
his therapeutic skepticism. Thus, we verify how different emphasis were being given
to different stages of the skeptical reflection, some of then coming to disappear,
others being recognized as parts of skeptical argumentative armory. Once arguing that
the skepticism is a way of living, we passed to a reflection about the practical
viability of living in a genuine skeptical way. We detected the origin of the main
argument against the possibility of the skeptical life, the argument of the apraxía,
which induces the skeptic to a self-refutation. From this point our main concern was
comprehend the developments of the argument of the apraxía until David Hume, and
also the developments of the skeptical defense, initially developed by Arcesilaus,
against the Stoa’s philosophy until Sextus Empiricus. We think that Sextus, in his
foundation of a skeptical live, had stepped forward Hume, this hypothesis once
verified allowed us to rethink the accusation that the skeptic refutes himself, as well
as rethink the scope of the suspension of judgment.
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[en] THE INTRODUCTION OF DOUBT IN SKEPTICISM IN THE RENAISSANCE / [pt] A INTRODUÇÃO DA DÚVIDA NO CETICISMO NO RENASCIMENTOALEXANDRE ARANTES PEREIRA SKVIRSKY 14 January 2016 (has links)
[pt] Sexto Empírico não fala de dúvida, e não faz uso deste conceito em sua clássica descrição do cético pirrônico. No entanto, desde a sua redescoberta na década de 1430 no contexto do humanismo florentino e até os dias atuais, o ceticismo é interpretado através da dúvida. Na presente tese, primeiramente mostramos que não há uma conexão direta entre o ceticismo pirrônico e o conceito de dúvida. Em seguida, analisamos alguns dos modos pelos quais a dúvida é introduzida no ceticismo, particularmente no período que vai do início do século XV ao final do século XVI, conhecido como ceticismo renascentista. Sexto Empírico não fala de dúvida, e não faz uso deste conceito em sua clássica descrição do cético pirrônico. No entanto, desde a sua redescoberta na década de 1430 no contexto do humanismo florentino e até os dias atuais, o ceticismo é interpretado através da dúvida. Na presente tese, primeiramente mostramos que não há uma conexão direta entre o ceticismo pirrônico e o conceito de dúvida. Em seguida, analisamos alguns dos modos pelos quais a dúvida é introduzida no ceticismo, particularmente no período que vai do início do século XV ao final do século XVI, conhecido como ceticismo renascentista. / [en] Sextus Empiricus does not speak of doubt, nor does he use this concept in his exposition of Pyrrhonian skepticism. However, since its rediscovery in the 1430s to the present day, skepticism has been interpreted through the concept of doubt. In the present thesis, we showed first that there is no explicit connection between Pyrrhonian skepticism and doubt. Then, we analyzed some ways through which the concept of doubt was introduced into skepticism, especially in the period from the beginning of the 15th to the end of the 16th century, known as Renaissance skepticism.
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