Spelling suggestions: "subject:"plantas tóxico""
11 |
Efeitos tóxicos da senna occidentalis sobre o sistema linfo-hematopoiético: avaliação da exposição de ratos durante a fase de crescimento e pré-natal / Toxic effects of Senna occidentalis on lymphohematopoetic system: evaluation of its exposure in rats during the growth and pre-natal periodDomenica Palomaris Mariano de Souza 24 July 2009 (has links)
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos tóxicos da Senna occidentalis (So) sobre o sistema linfo-hematopoiético em ratos recém-desmamados ou expostos pré-natalmente. Avaliou-se nestes animais: o consumo de água e ração, o ganho de peso; parâmetros hematológicos, padrões histopatológicos, além da resposta imunológica específica e não específica. Inicialmente, o estudo foi realizado em ratos recém-desmamados, os quais foram expostos a diferentes concentrações de sementes de So na ração a saber: 1% (So1), 2% (So2) e 4% (So4) durante 14 dias ou que receberam So4 durante 28 dias. Os animais do grupo peer-feeding (PF) receberam a mesma quantidade de ração consumida pelos animais expostos a So4, porém isentas da planta. Após 14 dias de exposição, os resultados obtidos mostraram uma diminuição significante nos parâmetros de consumo de ração, de ganho de peso e da celularidade da medula óssea e do peso relativo no timo nos grupos So2 e So4 e um aumento no peso relativo do baço nos grupos So2 e So4. Entretanto, os animais dos grupos So4 e PF também apresentaram diminuição da celularidade da medula óssea. Na avaliação da resposta imune não especifica todos grupos expostos às sementes da planta, bem como o grupo PF, apresentaram redução na porcentagem de fagocitose por neutrófilos; porém, apenas o grupo So4 mostrou redução do burst basal por neutrófilos. O estudo morfológico do baço mostrou proliferação hematopoiética extramedular e aumento de megacariócitos multinucleados nos ratos do grupo So4. Apenas nos experimentos com animais do grupo So4 expostos por 28 dias, verificou-se similaridade entre resultados dos parâmetros acima descritos, além da ocorrência de anemia microcítica e hipocrômica. Num segundo momento avaliou-se as proles de ratas que receberam sementes de S. occidentalis a 4% na ração, do 6º ao 20º dia de gestação, assim como as proles das ratas do grupo peer-feeding (PF). Os filhotes provenientes de mães do grupo So4 e PF apresentaram um aumento do burst oxidativo e da fagocitose por neutrófilos. Os animais da prole do grupo PF apresentaram hemograma indicativo de anemia megaloblástica. Já no estudo morfológico do baço verificou-se hematopoiese extramedular nos filhotes das mães do grupo So4. Portanto, a presente pesquisa mostrou que a S. occidentalis pode comprometer alguns parâmetros do sistema imunológico de ratos expostos às sementes da planta durantes diferentes fases do desenvolvimento. Além disso, verificou-se que as sementes desta planta também promovem efeitos tóxicos sobre eritrócitos. A inclusão do grupo PF permitiu verificar que os efeitos observados não são decorrentes de possíveis alterações nutricionais promovidas pela redução do consumo de ração, mas sim relacionados ao efeito tóxico direto da S. occidentalis. / The aim of present study was to determinate the Senna occidentalis (So) toxic effects on lymphohematopoetic system in rats during the growth and pre-natal period. The effects were evaluated on the basis of food consumption, weight gain, hematological and immunological parameters, as well as histopathology analysis. Initially, the study was done in growing rats exposed to S. occidentalis seeds in different concentrations: 1% (So1), 2% (So2) and 4% (So4) in feed during 14 or 28 days. Peer feeding-group of rats (PF) was also evaluated; this group received the same amount of feed of those from So4-group, however, free of S. occidentalis seeds. S. occidentalis 14 days exposure decreased food consumption, weight gain, thymus relative organ weight and bone marrow cellularity and increased the spleen relative weight of rats from So2 and So4-group. However, So4- and PF- groups also presented a decreased bone marrow cellularity. All seed exposed-groups and also PF-group had a decrease on neutrophil phagocytosis percentage; however, only rats from So4-group had a decreased neutrophil basal burst. Spleen morphologic analysis indicated the presence of extramedular hematopoietic proliferation and increased multinucleated megakariocytes on So4-group. Similar results were found for all the parameters described after S. occidentalis exposure during 28 days. Furthermore, the rats of So-4 group presented microcytic and hypochromic anemia. On a second moment, rats offspring exposed to S. occidentalis at 4% in feed during the 6th to 20th gestational day and rats offspring of PF group were evaluated. The So4- and PF- rats offspring groups presented an increased neutrophil oxidative burst and phagocytosis, however PF-rats offspring group also had an altered complete blood count compatible with megaloblastic anemia. Moreover spleen morphologic analysis indicated the presence of extramedular hematopoiesis on So4 rats offspring group. Therefore, the present study showed that S. occidentalis can compromise some immunological parameters in rats exposed to seeds during different development periods. This exposure also promotes toxic effects on erythrocytes. The PF group allowed us to verify that the observed effects are related to direct S. occidentalis toxic effects and not due a possible nutritional alteration caused by the reduced feed ingestion.
|
12 |
Avaliação dos efeitos tóxicos da Mascagnia rigida em ratos. Estudo anatomopatológico. Comparação entre metodologias cromatográficas para detecção do fluoroacetato de sódio / Evaluation of Mascagnia rigida toxics effects, in rats. Pathological study. Comparison of chromatographics methods for sodium fluoracetate detectionLuciana Castro da Cunha 24 March 2008 (has links)
O fluoroacetato de sódio (FAS), também conhecido como \"composto 1080\", foi um raticida amplamente utilizado no combate de roedores a partir da década de 40, mas que teve seu uso proibido em diversos países, incluindo o Brasil, devido a sua alta toxicidade e ausência de tratamento efetivo nas intoxicações. A despeito deste fato, diversos casos de intoxicação ainda são registrados em seres humanos e animais, em virtude de seu uso ilícito como raticida doméstico ou adição em iscas nas intoxicações criminosas. O FAS, na natureza, pode ser encontrado, também, em algumas plantas tóxicas de grande importância no Brasil, como a Palicourea marcgravii, e possivelmente seja o princípio ativo tóxico de outras plantas de relevância, como a Mascagnia rigida. Neste sentido, este trabalho objetivou o estudo dos aspectos clínicos e anatomopatológicos encontrados nas intoxicações provocadas pelo FAS, em ratos, comparando estes com os encontrados nas intoxicações por extrato aquoso da M. rígida. Também foram comparadas metodologias analíticas para identificação deste agente tóxico utilizando cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia de alta eficiência (CLAE) com dois tipos de detectores o de UV e o de Condutividade Iônica. Para tanto, quatro grupos contendo seis ratos Wistar, machos, receberam em dose única por via oral 7,0 mg/kg de FAS ou água destilada ou ainda 1,6 ou 3,2 g/kg de extrato aquoso de M. rígida, sendo avaliados os sinais clínicos apresentados por estes animais. Após eutanásia foram coletados fragmentos de cérebro, coração, fígado, rins, pulmão, intestino e baço para exame histopatológico. Tanto os animais que receberam FAS como os que receberam extrato aquoso de M. rígida apresentaram sintomatologia similar com presença de prostração, desconforto respiratório, tremores, pêlos arrepiados, cromodacriorreia, convulsão tônica e tônico-clônica. Na necropsia destes animais não foram observadas alterações macroscópicas, contudo alterações histopatológicas significativas foram encontradas no cérebro, miocárdio, fígado e rins. Os estudos das análise toxicológicas utilizando as três técnicas cromatográficas mostraram que os resultados obtidos na CCD foram adequados para detecção de FAS nas concentrações acima de 1,0 μg do padrão puro e as análises das duas plantas estudadas apresentaram resultados positivos para FAS. As técnicas utilizando CLAE, com dois diferentes detectores, mostraram que quando se utiliza detector de UV o limite de detecção é de 3,75 μg injetado ou de 75 μg/mL e foi possível, também, detectar a presença de FAS nas duas plantas estudadas, porém a técnica não se apresentou adequada para a detecção de intoxicação em tecido animal. O detector de condutividade iônica mostrou limite de detecção de 0,30 μg/mL, isto é, o mais sensível entre os três métodos estudados, e portanto o mais adequado para diagnóstico de intoxicação em tecido animal; no entanto, para identificação do FAS na M. rigida este método não se mostrou adequado devido a interferentes no extrato aquoso e no soro de animais intoxicados. / Sodium fluoroacetate (SFA), also known as \"compound 1080,\" was a rodenticide widely used in the 1940s, but its use was banned in several countries, including Brazil, for its high toxicity and lack of an effective treatment in poisoning. Despite this fact, several cases of poisoning are still registered in humans and animals, because of their misuse as baits, in addition to criminal poisoning. SFA, in the form of natural molecules, can be found in some toxic plants of great importance in Brazil, such as Palicourea marcgravii, and possibly is the active principle of other plants of relevance, such as Mascagnia rigid. Therefore, this study aimed to evaluate the clinical and pathological findings in poisoning caused by the SFA in rats, and compare them with those found in poisoning by the aqueous extract of M. rigid. Moreover, we compared analytical methods for identifying this toxic agent using thin layer chromatography (TLC) and high performance liquid chromatography (HPLC) employing two types of detectors: ultraviolet (UV) and ionic conductivity. Therefore, four groups containing six male Wistar rats each, received a single oral dose of 7.0 mg / kg of SFA, an equal volume of distilled water, or 1.6 or 3.2 g / kg of an aqueous extract of M. rigid, and the clinical signs displayed by these animals were evaluated. After euthanasia fragments of brain, heart, liver, kidney, lung, intestine and spleen were collected for histological examination. Both the animals that received SFA and those who received the aqueous extract of M. rigid showed similar symptoms, including prostration, respiratory distress, tremors, shivering, and tonic or tonic-clonic seizures. At necropsy, these animals did not display macroscopic changes. Nevertheless, significant histopathological changes were found in the brain, heart, liver and kidneys. Toxicological analysis using the three chromatographic techniques described above showed that the results obtained in the TLC were suitable for detection of SFA at concentrations above 1.0 μg of pure standard, and analysis of the two plants mentioned showed positive results for SFA. The techniques using HPLC with two different detectors showed that when using the UV detector, the detection limit is of 3.75 μg (injected) or 75 μg / mL, and SFA could also be detected by these methods in the two plants studied, but the technique does not seem suitable for the detection of intoxication in animal tissue samples. The ionic conductivity detector showed a detection limit of 0.30 μg/ mL, therefore the most sensitive of the three methods studied, and hence is the most appropriate for diagnosis of poisoning in animal tissue; however, for the identification of SFA in the M. rigid, this method was not appropriate due to a putative interference in the aqueous extract.
|
13 |
Estudo sobre a toxicidade da Aspidosperma pyrifolium (pereiro) / on the toxicity of Aspidosperma pyrifolium (pereiro)Lima, Maíra Conceição Jeronimo de Souza 25 February 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-15T20:31:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
MairaCJSL_DISSERT.pdf: 420836 bytes, checksum: 822f4cc895779b5cc7c308d8152a664d (MD5)
Previous issue date: 2011-02-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aimed to evaluate the spontaneous cases of poisoning in goats, rats and toxicity in vitro cytotoxicity of Aspidospema pyrifolium. In all spontaneous cases studied, the plant is ingested and the abortion cases occurred exclusively in goats. Most cases of abortion occurred during the dry season and early rainy season, and experienced the goats were less affected than the young goats. We used male and female rats of Wistar strain. The extract of the plant A. pyrifolium was administered in females at day 15 of gestation or from the 15th to the 17th day of gestation, which showed reduced fetal weight and strong evidence of maternal toxicity. Rats subjected to intraperitoneal injection of the extract of A. pyrifolium showed motor dysfunction and death, male rats were more resistant than females. The administration of atropine, diazepam and xylazine did not help in preventing the effects of toxicity. The evaluation of osmotic fragility of red blood cells was performed with the plant extract in different concentrations. In addition, we used larvae from a day of brine shrimp, which were incubated with different concentrations of the extract. It was found that the extract of A. pyrifolium promoted hemolysis and was lethal to A. saline. These in vitro tests may be useful as adjunct tests for further studies with this plant. / O presente trabalho teve por objetivo avaliar casos espontâneos de intoxicação em caprinos, toxicidade em ratos e citotoxicidade in vitro da Aspidospema pyrifolium. Em todos os casos espontâneos estudados, a ingestão da planta e os casos de aborto ocorreram exclusivamente em caprinos. A maioria dos casos de aborto ocorreu durante a estação seca e início da estação chuvosa, e as cabras experientes eram menos afetadas do que as cabras jovens. Foram utilizados ratos machos e fêmeas da linhagem Wistar. O extrato obtido da planta A. pyrifolium foi administrado nas fêmeas no 15º dia de gestação ou a partir do 15º ao 17º dia de gestação, que apresentaram redução do peso fetal e fortes indícios de toxicidade materna. Ratas submetidas a injeção intraperitoneal do extrato da A. pyrifolium apresentaram distúrbios motores e morte; ratos machos foram mais resistentes do que as fêmeas. A administração de atropina, xilazina e diazepam não auxiliou na prevenção dos efeitos de toxicidade. A avaliação da fragilidade osmótica das células vermelhas do sangue foi realizada com o extrato da planta em diferentes concentrações. Além disso, utilizou-se larva de um dia de Artemia salina, que foram incubadas com diferentes concentrações do extrato. Verificou-se que o extrato de A. pyrifolium promoveu hemólise e foi letal para A. salina. Estes testes in vitro podem ser úteis como testes adjuntos de mais estudos com esta planta.
|
14 |
Intoxicação por Trema micrantha em ovinosWouters, Flademir January 2013 (has links)
Trema micrantha é uma árvore nativa do Brasil que apresenta folhas palatáveis para herbívoros, é conhecida como natural e/ou experimentalmente tóxica para caprinos, equinos, coelhos e bovinos. Casos de intoxicação espontânea em ovinos indicaram mecanismos patogenéticos diferentes na intoxicação nessa espécie, com quadro clínico e patológico respiratório na maioria dos casos. Este estudo resultou em dois artigos científicos, o primeiro descreve os achados clinicopatológicos de dois casos de intoxicação espontânea e dois casos de intoxicação experimental. No segundo artigo é descrita a intoxicação experimental por Trema micrantha em cinco ovinos, dos quais quatro tiveram sinais clínicos respiratórios acentuados e morte após ingestão da terceira dose de folhas da planta, com verificação de dose tóxica de 20 a 50g/kg de folhas de T. micrantha. Na necropsia foram constatados mucosas cianóticas, pulmões não colabados, pesados, com impressão das costelas na superfície e conteúdo espumoso vermelho em traqueia e brônquios, além de múltiplas petéquias subpleurais, enfisema subcutâneo em região cervical ventral ou porção mediastinal dorsal. Os achados histológicos foram principalmente pulmonares, com espessamento de septos alveolares por proliferação difusa de pneumócitos tipo II, conferindo aspecto adenomatoso a algumas áreas. Os pneumócitos apresentavam alterações morfológicas e, em algumas áreas, estavam descamados para a luz alveolar, ora formando sincícios. Havia também hiperplasia do epitélio bronquiolar, com células com núcleo hipercromático e volumoso e redução na quantidade de cílios. Imunomarcação para epitélio (anti-citoqueratina), proliferação celular (anti-Ki-67) e histiócitos (MAC 387), bem como microscopia eletrônica de transmissão foram empregadas para a caracterização das alterações pulmonares, evidentes em pneumócitos e epitélio bronquiolar. / Trema micrantha is a native Brazilian tree which has leaves palatable for herbivores. The plant is known to be toxic to goats, horses, rabbits, and experimentally to cattle. Spontaneous poisoning occurred in sheep, in which atipical pathogenetic mechanisms associated with respiratory clinical signs and pathological findings where observed in most cases. This study resulted in two papers. The first describes the clinical and pathological findings of two cases of spontaneous and two cases of experimental poisoning by T. micrantha. The second article describe the experimental poisoning by T. micrantha in five sheep; four of which had marked respiratory clinical signs and death after the third dose of the plant. Illness was induced with 20 to 50g/kg of T . micrantha leaves. At necropsy, there were cyanotic mucous membranes; red, heavy and collapsed lungs with rib markings, red foamy contents in trachea and bronchi, and multiple subpleural petechiae, subcutaneous emphysema in the ventral cervical area or in the mediastinic dorsal portion. Histological findings were seen mainly in lungs, and included alveolar septa thickening by diffuse proliferation of type II pneumocytes, resulting in areas of adenomatous aspect; pneumocytes showed morphological changes and, in some areas, were loosed to the alveolar lumen, sometimes forming syncytia. There also was hyperplasia of bronchial epithelium with hyperchromatic nucleus and considerable loss of cilia. To characterize the pulmonary changes, anti-cytokeratin, anti-Ki-67 and anti-myeloid/histiocyte immunostaining apart of transmission electron microscopy, were employed and demonstrated relevant changes of pneumocytes and bronchiolar epithelium.
|
15 |
Intoxicação por Trema micrantha em ovinosWouters, Flademir January 2013 (has links)
Trema micrantha é uma árvore nativa do Brasil que apresenta folhas palatáveis para herbívoros, é conhecida como natural e/ou experimentalmente tóxica para caprinos, equinos, coelhos e bovinos. Casos de intoxicação espontânea em ovinos indicaram mecanismos patogenéticos diferentes na intoxicação nessa espécie, com quadro clínico e patológico respiratório na maioria dos casos. Este estudo resultou em dois artigos científicos, o primeiro descreve os achados clinicopatológicos de dois casos de intoxicação espontânea e dois casos de intoxicação experimental. No segundo artigo é descrita a intoxicação experimental por Trema micrantha em cinco ovinos, dos quais quatro tiveram sinais clínicos respiratórios acentuados e morte após ingestão da terceira dose de folhas da planta, com verificação de dose tóxica de 20 a 50g/kg de folhas de T. micrantha. Na necropsia foram constatados mucosas cianóticas, pulmões não colabados, pesados, com impressão das costelas na superfície e conteúdo espumoso vermelho em traqueia e brônquios, além de múltiplas petéquias subpleurais, enfisema subcutâneo em região cervical ventral ou porção mediastinal dorsal. Os achados histológicos foram principalmente pulmonares, com espessamento de septos alveolares por proliferação difusa de pneumócitos tipo II, conferindo aspecto adenomatoso a algumas áreas. Os pneumócitos apresentavam alterações morfológicas e, em algumas áreas, estavam descamados para a luz alveolar, ora formando sincícios. Havia também hiperplasia do epitélio bronquiolar, com células com núcleo hipercromático e volumoso e redução na quantidade de cílios. Imunomarcação para epitélio (anti-citoqueratina), proliferação celular (anti-Ki-67) e histiócitos (MAC 387), bem como microscopia eletrônica de transmissão foram empregadas para a caracterização das alterações pulmonares, evidentes em pneumócitos e epitélio bronquiolar. / Trema micrantha is a native Brazilian tree which has leaves palatable for herbivores. The plant is known to be toxic to goats, horses, rabbits, and experimentally to cattle. Spontaneous poisoning occurred in sheep, in which atipical pathogenetic mechanisms associated with respiratory clinical signs and pathological findings where observed in most cases. This study resulted in two papers. The first describes the clinical and pathological findings of two cases of spontaneous and two cases of experimental poisoning by T. micrantha. The second article describe the experimental poisoning by T. micrantha in five sheep; four of which had marked respiratory clinical signs and death after the third dose of the plant. Illness was induced with 20 to 50g/kg of T . micrantha leaves. At necropsy, there were cyanotic mucous membranes; red, heavy and collapsed lungs with rib markings, red foamy contents in trachea and bronchi, and multiple subpleural petechiae, subcutaneous emphysema in the ventral cervical area or in the mediastinic dorsal portion. Histological findings were seen mainly in lungs, and included alveolar septa thickening by diffuse proliferation of type II pneumocytes, resulting in areas of adenomatous aspect; pneumocytes showed morphological changes and, in some areas, were loosed to the alveolar lumen, sometimes forming syncytia. There also was hyperplasia of bronchial epithelium with hyperchromatic nucleus and considerable loss of cilia. To characterize the pulmonary changes, anti-cytokeratin, anti-Ki-67 and anti-myeloid/histiocyte immunostaining apart of transmission electron microscopy, were employed and demonstrated relevant changes of pneumocytes and bronchiolar epithelium.
|
16 |
Intoxicação por Trema micrantha em ovinosWouters, Flademir January 2013 (has links)
Trema micrantha é uma árvore nativa do Brasil que apresenta folhas palatáveis para herbívoros, é conhecida como natural e/ou experimentalmente tóxica para caprinos, equinos, coelhos e bovinos. Casos de intoxicação espontânea em ovinos indicaram mecanismos patogenéticos diferentes na intoxicação nessa espécie, com quadro clínico e patológico respiratório na maioria dos casos. Este estudo resultou em dois artigos científicos, o primeiro descreve os achados clinicopatológicos de dois casos de intoxicação espontânea e dois casos de intoxicação experimental. No segundo artigo é descrita a intoxicação experimental por Trema micrantha em cinco ovinos, dos quais quatro tiveram sinais clínicos respiratórios acentuados e morte após ingestão da terceira dose de folhas da planta, com verificação de dose tóxica de 20 a 50g/kg de folhas de T. micrantha. Na necropsia foram constatados mucosas cianóticas, pulmões não colabados, pesados, com impressão das costelas na superfície e conteúdo espumoso vermelho em traqueia e brônquios, além de múltiplas petéquias subpleurais, enfisema subcutâneo em região cervical ventral ou porção mediastinal dorsal. Os achados histológicos foram principalmente pulmonares, com espessamento de septos alveolares por proliferação difusa de pneumócitos tipo II, conferindo aspecto adenomatoso a algumas áreas. Os pneumócitos apresentavam alterações morfológicas e, em algumas áreas, estavam descamados para a luz alveolar, ora formando sincícios. Havia também hiperplasia do epitélio bronquiolar, com células com núcleo hipercromático e volumoso e redução na quantidade de cílios. Imunomarcação para epitélio (anti-citoqueratina), proliferação celular (anti-Ki-67) e histiócitos (MAC 387), bem como microscopia eletrônica de transmissão foram empregadas para a caracterização das alterações pulmonares, evidentes em pneumócitos e epitélio bronquiolar. / Trema micrantha is a native Brazilian tree which has leaves palatable for herbivores. The plant is known to be toxic to goats, horses, rabbits, and experimentally to cattle. Spontaneous poisoning occurred in sheep, in which atipical pathogenetic mechanisms associated with respiratory clinical signs and pathological findings where observed in most cases. This study resulted in two papers. The first describes the clinical and pathological findings of two cases of spontaneous and two cases of experimental poisoning by T. micrantha. The second article describe the experimental poisoning by T. micrantha in five sheep; four of which had marked respiratory clinical signs and death after the third dose of the plant. Illness was induced with 20 to 50g/kg of T . micrantha leaves. At necropsy, there were cyanotic mucous membranes; red, heavy and collapsed lungs with rib markings, red foamy contents in trachea and bronchi, and multiple subpleural petechiae, subcutaneous emphysema in the ventral cervical area or in the mediastinic dorsal portion. Histological findings were seen mainly in lungs, and included alveolar septa thickening by diffuse proliferation of type II pneumocytes, resulting in areas of adenomatous aspect; pneumocytes showed morphological changes and, in some areas, were loosed to the alveolar lumen, sometimes forming syncytia. There also was hyperplasia of bronchial epithelium with hyperchromatic nucleus and considerable loss of cilia. To characterize the pulmonary changes, anti-cytokeratin, anti-Ki-67 and anti-myeloid/histiocyte immunostaining apart of transmission electron microscopy, were employed and demonstrated relevant changes of pneumocytes and bronchiolar epithelium.
|
17 |
Avaliação dos efeitos imunotóxicos da Pteridium aquilinum. Estudo em camundongos / Evaluation of the immunotoxic effects of Pteridium aquilinum. Study in miceLatorre, Andréia Oliveira 15 December 2006 (has links)
Pteridium aquilinum, conhecida popularmente como "samambaia-do-campo" ou simplesmente "samambaia", é considerada uma das plantas tóxicas mais importantes no mundo, não só pela sua distribuição cosmopolita e intoxicação de rebanhos em diversas partes do mundo, mas também pelo seu alto potencial carcinogênico observado em animais e seres humanos que se alimentam com esta planta. Por outro lado, não havia dados na literatura a respeito dos possíveis efeitos tóxicos desta planta sobre o sistema imune, o qual se sabe, tem papel fundamental não só para o controle de doenças infecciosas, como também, para impedir a proliferação de células mutantes e, conseqüentemente o desenvolvimento de câncer. Assim, o presente estudo avaliou os efeitos da P. aquilinum sobre as respostas imune inata e adaptativa em camundongos, através dos seguintes protocolos: produção e titulação de anticorpos T - dependente, proliferação de linfócitos T e B, resposta de hipersensibilidade tardia, fenotipagem linfocítica e citotoxicidade de células NK. Além disso, foram feitas a avaliação histológica e a contagem da celularidade dos órgãos linfóides. Resultados mostraram diminuição da resposta de hipersensibilidade tardia (resposta celular) nos grupos tratados com 10 e 30 g/kg de samambaia, redução da citotoxicidade das células NK, redução da polpa branca do baço, diminuição da camada celular do timo e desorganização dos folículos linfóides nos linfonodos mesentéricos e placas de Peyer dos camundongos tratados com a dose de 30 g/kg de samambaia e diminuição na celularidade da medula óssea em todos os grupos tratados com a samambaia, por 14 dias. Os dados obtidos na presente pesquisa permitem sugerir que a diminuição da resposta imune celular foi decorrente do efeito tóxico da P. aquilinum sobre as células NK e não um efeito tóxico direto sobre os linfócitos Th1. / Pteridium aquilinum, known popularly as \"bracken fern\" is considered one of the more important toxic plants in the world, not only for its cosmopolite distribution and poisoning of flocks in diverse parts of the world, but also for its high potential carcinogenicity observed in animals and human that feed with this plant. On the other hand, there are not data available in the literature regarding the possible toxic effects of this plant on the immune system that is fairly known to be important not also for the control of infectious illnesses but also to hinder the proliferation of mutant cells and, consequently cancer development. Thus, the present study evaluated the effect of the P. aquilinum on the innate and acquired immune responses in mice, through the following protocols: production and titer of T - dependent antibody, proliferation of T and B lymphocytes, delayed-type hypersensitivity, lymphocyte subset analysis and natural killer-cell activity. Moreover, histophatological evaluation and cellularity of the lymphoid organs were performed. Results showed reduction of the delayed-type hypersensitivity (cellular immune response) of the mice treated with 10 and 30 g/kg of bracken fern. Besides, it was observed reduction of the natural killer-cell cytotoxicity, decrease of white pulp of spleen and of the cellular layer of the thymus, disorganization of the lymphoid follicle in the mesenteric lymph nodes and Peyer?s patches of the mice treated with 30 g/kg. It was also observed decrease of bone marrow cellularity of all animals treated with bracken fern up to 14 days. Thus, these data found here permit to suggest that P. aquilinum produced reduction of the cellular immune response by a direct toxic effect on the natural-killer cells and not on the Th1 lymphocytes.
|
18 |
Avaliação dos efeitos imunotóxicos da Pteridium aquilinum. Estudo em camundongos / Evaluation of the immunotoxic effects of Pteridium aquilinum. Study in miceAndréia Oliveira Latorre 15 December 2006 (has links)
Pteridium aquilinum, conhecida popularmente como "samambaia-do-campo" ou simplesmente "samambaia", é considerada uma das plantas tóxicas mais importantes no mundo, não só pela sua distribuição cosmopolita e intoxicação de rebanhos em diversas partes do mundo, mas também pelo seu alto potencial carcinogênico observado em animais e seres humanos que se alimentam com esta planta. Por outro lado, não havia dados na literatura a respeito dos possíveis efeitos tóxicos desta planta sobre o sistema imune, o qual se sabe, tem papel fundamental não só para o controle de doenças infecciosas, como também, para impedir a proliferação de células mutantes e, conseqüentemente o desenvolvimento de câncer. Assim, o presente estudo avaliou os efeitos da P. aquilinum sobre as respostas imune inata e adaptativa em camundongos, através dos seguintes protocolos: produção e titulação de anticorpos T - dependente, proliferação de linfócitos T e B, resposta de hipersensibilidade tardia, fenotipagem linfocítica e citotoxicidade de células NK. Além disso, foram feitas a avaliação histológica e a contagem da celularidade dos órgãos linfóides. Resultados mostraram diminuição da resposta de hipersensibilidade tardia (resposta celular) nos grupos tratados com 10 e 30 g/kg de samambaia, redução da citotoxicidade das células NK, redução da polpa branca do baço, diminuição da camada celular do timo e desorganização dos folículos linfóides nos linfonodos mesentéricos e placas de Peyer dos camundongos tratados com a dose de 30 g/kg de samambaia e diminuição na celularidade da medula óssea em todos os grupos tratados com a samambaia, por 14 dias. Os dados obtidos na presente pesquisa permitem sugerir que a diminuição da resposta imune celular foi decorrente do efeito tóxico da P. aquilinum sobre as células NK e não um efeito tóxico direto sobre os linfócitos Th1. / Pteridium aquilinum, known popularly as \"bracken fern\" is considered one of the more important toxic plants in the world, not only for its cosmopolite distribution and poisoning of flocks in diverse parts of the world, but also for its high potential carcinogenicity observed in animals and human that feed with this plant. On the other hand, there are not data available in the literature regarding the possible toxic effects of this plant on the immune system that is fairly known to be important not also for the control of infectious illnesses but also to hinder the proliferation of mutant cells and, consequently cancer development. Thus, the present study evaluated the effect of the P. aquilinum on the innate and acquired immune responses in mice, through the following protocols: production and titer of T - dependent antibody, proliferation of T and B lymphocytes, delayed-type hypersensitivity, lymphocyte subset analysis and natural killer-cell activity. Moreover, histophatological evaluation and cellularity of the lymphoid organs were performed. Results showed reduction of the delayed-type hypersensitivity (cellular immune response) of the mice treated with 10 and 30 g/kg of bracken fern. Besides, it was observed reduction of the natural killer-cell cytotoxicity, decrease of white pulp of spleen and of the cellular layer of the thymus, disorganization of the lymphoid follicle in the mesenteric lymph nodes and Peyer?s patches of the mice treated with 30 g/kg. It was also observed decrease of bone marrow cellularity of all animals treated with bracken fern up to 14 days. Thus, these data found here permit to suggest that P. aquilinum produced reduction of the cellular immune response by a direct toxic effect on the natural-killer cells and not on the Th1 lymphocytes.
|
19 |
Estudo toxicológico pré-clínico de Jatropha gossypiifolia L.Mariz, Saulo Rios 02 April 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:59:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 2471142 bytes, checksum: 44bbe0dbf908ba5062b9120b4c71d031 (MD5)
Previous issue date: 2007-04-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The Jatropha gossypiifolia L.(Euphorbiaceae), also known in Brazil as pião-roxo , is
a plant with high toxicity. However, some of its therapeutic uses have been proved by
experimental studies including a recent paper about the hypotensive effect of this plant.
In order to contribute to the development of a herbal drug from this species, this work
presents a toxicity assessment in rats with the ethanolic extract (EE) from aerial parts of
Jatropha gossypiifolia L. according to Brazilian law (ANVISA-RE 90/2004). In the
acute toxicity test we treated Wistar rats (Ratus norvegicus albinus) with the EE in
doses of up to 5 g/kg body weight (p.o.). Each group was observed, for 14 days after the
treatment, in points such as toxicity signs, lethality, body weight gain and food and
water consumption. After this period, the animals which survived were killed for
biochemical, hematological and histopathologic analysis. In the chronic toxicity
assessment, the rats were handed out on three experimental groups (45 mg/kg, 135
mg/kg and 405 mg/kg). Each group (n=10 per gender and dose) was dosed daily by
gavage for a period of 13 weeks. During the treatment, in addition to the parameters
cited above, body temperature, tail glucose level and changes in behavior were analyzed
(Open field and Rota Rod). At the end of treatment, 40% of animals from each group
were killed for the analysis of those parameters already cited in the acute study. The
acute treatment shows that only doses equal or higher than 1.8 g/kg body weight (p.o.)
cause signals of toxicity as neurological depression and digestive disorders. We
observed weight loss and a hind limb paralysis in males (doses 4 and 5 g/kg p.o.). Only
in males that survived to higher dose treatment (5 g/kg p.o.) the extract reduced the food
intake significantly. This dose also promotes weight loss in females without reduction
of food intake. In males treated with 5 g/kg (p.o.), some biochemical, hematological and
histopathologic alterations suggest important acute toxicity in the liver, the kidney, the
blood and the lung. The LD50 was between 4 and 5 g/kg (p.o.) to males and was higher
than 5 g/kg (p.o.) to females. These results indicate that acute toxicity from EE is not
significant because the alterations happened just in high doses. However, the
neurological depression and digestive disorders were confirmed by chronic evaluation.
The lethality among males was 46.6 % (405 mg/kg p.o.), 13,3% (135 mg/kg p.o.) and
among females was 13.3 % (doses of 135 mg/kg and 405 mg/kg p.o.). The EE reduces
the body weight gain (males 405 mg/kg p.o.). At the colon temperature the extract
produces alterations that were not related to the doses in both sexes. In some rats, the
product increased glucose level in a reversible way. The locomotion was reduced in
females (405 mg/kg p.o.). The increase of total proteins (males 405 mg/kg p.o.) was
discrete. It was observed an important increase of glucose level among males (45
mg/Kg p.o.). We also found a discrete anaemia in males (405 mg/kg p.o.) and a
increased level of platelet in females of satellite group (135mg/Kg). The histopathologic
analysis confirmed the toxicity in liver, kidney and lung. These data show the high
chronic toxicity from the product. We propose a chemical refinement on the ethanolic
extract to get new fractions with a better risk/benefit relation. / A espécie Jatropha gossypiifolia L. (Euphorbiaceae), também denominada piãoroxo,
é uma planta reconhecidamente tóxica. Todavia, alguns dos vários usos dessa
planta na medicina popular têm sido comprovados por estudos experimentais, dentre os
quais se destaca a recente demonstração do seu efeito hipotensor. Com o objetivo de
contribuir para o desenvolvimento de um medicamento fitoterápico anti-hipertensivo, a
partir da referida espécie, este trabalho se propôs a avaliar a toxicidade pré-clínica
(aguda e crônica) do extrato etanólico (EE) de partes aéreas (folhas e caules) de
Jatropha gossypiifolia L. de acordo com a norma brasileira (ANVISA-RE 90/2004). No
estudo toxicológico agudo, ratos Wistar (Ratus norvegicus albinus) foram tratados (v.o.)
com o produto (n = 6 por dose e sexo) em doses de até 5 g/kg de peso corpóreo. Durante
14 dias após o tratamento foram observados: sinais tóxicos gerais, letalidade, evolução
ponderal, consumo de água e alimentos. Após esse período, os animais sobreviventes
foram sacrificados para análise de parâmetros sangüíneos e histopatológicos. No estudo
crônico os animais foram tratados com doses de 45 mg/kg, 135 mg/kg e 405 mg/kg
durante 13 semanas (n = 10 por dose e sexo). Durante o tratamento, além dos
parâmetros já citados, avaliou-se temperatura corporal, glicemia caudal e alterações
comportamentais (Campo Aberto e Rota Rod). Ao final do tratamento, 40% dos animais
de cada grupo foram sacrificados para análise dos parâmetros já citados no estudo
agudo. No tratamento agudo apenas nos animais tratados com dose igual ou superior a
1,8 g/kg (v.o.) observou-se sinais de redução da atividade do SNC e distúrbios
gastrintestinais. Em machos das doses de 4,0 e 5,0 g/kg (v.o.), a perda gradativa de peso
e a paralisia do trem posterior foram sinais anteriores ao óbito. Somente em machos
sobreviventes à dose de 5 g/kg (v.o.) o extrato reduziu o consumo de alimentos de modo
significativo. Essa dose também reduziu a evolução ponderal de fêmeas sem alterar a
ingestão de alimentos desses animais. Alterações laboratoriais e histopatológicas só
ocorreram em machos tratados com a maior dose sugerindo hepatotoxicidade,
nefrotoxicidade, além de leucopenia e agravo pulmonar. A dose letal mediana (DL50) foi
estimada entre 4,0 e 5,0 g/kg para machos e foi superior a 5 g/kg em fêmeas. Esses
resultados indicam uma toxicidade aguda oral relativamente baixa considerando que as
alterações só ocorreram em altas doses. No estudo crônico confirmou-se a depressão do
SNC e distúrbios gastrintestinais observados no agudo. A letalidade foi de 46,6% entre
os machos da maior dose experimental (405 mg/kg v.o.) e de 13,3 % tanto entre fêmeas
da maior dose quanto entre os animais tratados com 135 mg/kg (v.o.) do produto. O
extrato reduziu a evolução ponderal de machos da dose de 405 mg/kg (v.o.). A
temperatura colônica foi inicialmente elevada e posteriormente reduzida de modo não
proporcional à dose e em ambos os sexos. O produto apresentou efeito hiperglicemiante
reversível (ausente no grupo satélite) em alguns animais. A atividade motora foi
reduzida em fêmeas da maior dose. A elevação de proteínas totais em machos da maior
dose foi clinicamente discreta e reversível. Ocorreu importante hiperglicemia entre
machos da menor dose. Encontrou-se anemia leve em machos tratados com 405 mg/kg
(v.o.) e aumento de plaquetas em fêmeas satélites (135mg/Kg). A análise
histopatológica também corrobora a hepatotoxicidade, toxicidade renal e apresenta
danos pulmonares. Esses resultados demonstram a elevada toxicidade crônica do
produto e nos permitem sugerir refinamento químico do extrato com posterior avaliação
da manutenção do efeito hipotensor e eventual toxicidade.
|
20 |
Intoxicação espontânea e experimental por folhas e frutos de erythroxylum deciduum (cocão) em ovinos no Estado de Santa Catarina / Spontaneous and experimental poisoning by the leaves and fruits of Erythroxylum deciduum (cocão) in sheep in the State of santa catarinaBorelli, Vanessa 08 April 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-08T16:24:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
PGCV09MA027.pdf: 10960183 bytes, checksum: 87c32d6d2306fed90e4bb2a7d31015a4 (MD5)
Previous issue date: 2009-04-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A disease in sheep with seasonal occurrence, characterized by nervous manifestations
and rapid death in the municipalities of Rancho Queimado and Ponte Alta do Sul, State of
Santa Catarina, is describd. Some farmers related the disease to consumption of fruits from a
tree known as "cocão" (Erythroxylum deciduum), the toxicity of which has been described
previously. Because of the absence of mature fruits of this tree at the occurrence of outbreaks
in the municipality of Rancho Queimado, experiments were performed in sheep with the
leaves of the plant, that showed signs of having been consumed, buy its toxicity had not yet
been demonstrated. The poisoning was reproduced experimentally in sheep by the
administration of shoots from the stems and young leaves of E. deciduum at lethal doses of 10
and 15g/kg, respectively. The onset of symptoms occurred from 0 to 2 hours after
administration of the leaves, and the disease had a course of 10 minutes to 18 hours. Mature
leaves at doses up to 20 g/kg did not cause symptoms of poisoning. In a single experiment
with the fruits, the dose of 15 g/kg was lethal. In the experiments, the clinical signs were
depression and somnolence, and when the animals were moved, motor incoordination,
imbalance, falls, difficulty to get up, and station with open legs. Also intense salivation,
regurgitation, increased heart rate and breathing were observed. In one animal, on which an
electrocardiogram was conducted, tachycardia, arrhythmia and fibrillation were recorded. The
clinical signs and death were exacerbated when animals are moved. The animals that died by
the spontaneous and experimental poisoning revealed no important gross lesions and
microscopic changes. It could be concluded that the cut allows the regrowth of sprouts from
the stems, encouraging intake of the plant by sheep. This fact and the availability of ripe fruits
that fall off the tree, are responsible for this disease with nervous signs in sheep that occurs
during the summer months on certain farms in the state of Santa Catarina / Descreve-se uma enfermidade em ovinos de ocorrência sazonal, caracterizada por
manifestações nervosas e morte rápida, nos municípios de Rancho Queimado e Ponte Alta do
Sul, no estado de Santa Catarina. Alguns produtores relacionavam a doença ao consumo de
frutos de uma árvore conhecida como cocão (Erythroxylum deciduum), cuja toxidez já foi
descrita anteriormente. Em virtude da ausência de frutos maduros desta árvore por ocasião da
ocorrência dos surtos no município de Rancho Queimado, foram realizados experimentos em
ovinos com as folhas da planta que mostraram sinais de terem sido consumidos e, cuja toxidez
ainda não tinha sido demonstrada. A doença foi reproduzida experimentalmente em ovinos
com a administração de brotações de troncos e com as folhas jovens de E. deciduum, com
doses letais a partir de 10 e 15g/kg, respectivamente. O início da manifestação dos sintomas
ocorreu entre 0 e 2 horas após a administração das folhas ou dos frutos e a evolução da
doença foi de 10 minutos a 18 horas. As folhas maduras em doses de até 20 g/kg não
causaram sintomas de intoxicação. Em um único experimento com os frutos a dose 15 g/kg
foi letal. Nestes experimentos os sinais clínicos observados foram depressão e sonolência e,
quando os animais eram movimentados, incoordenação motora, desequilíbrio, quedas,
dificuldade para se levantar, estação com os membros abertos. Ainda foram observados
salivação intensa, regurgitação, aumento das freqüências cardíaca e respiratória. Em um
animal no qual foi realizado eletrocardiograma, foi constatado taquicardia, arritmia e
fibrilação. Os sinais clínicos e a morte são agravados quando os animais são movimentados.
Os animais que morreram pela intoxicação espontânea e experimental não revelaram
alterações macroscópicas e microscópicas importantes. Conclui-se que o corte das árvores
permite que o tronco rebrote, favorecendo a ingestão da planta pelos ovinos. Este fato e a
disponibilidade de frutos maduros que caem ao chão, são responsáveis pela doença com sinais
nervosos em ovinos que ocorrem nos meses de verão em certas propriedades do Estado de
Santa Catarina
|
Page generated in 0.3585 seconds