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Avaliação da qualidade de vida e fatores preditores de remissão de sintomas em pessoas com depressão maior acompanhadas através de um estudo longitudinal em um serviço de cuidados primários

Lima, Ana Flavia Barros da Silva January 2008 (has links)
Introdução: A associação entre qualidade de vida e depressão já está bem estabelecida na literatura. A presença de sintomas depressivos afeta todos domínios de qualidade de vida e quando comparada com outras condições clinicas é o que traz mais prejuízos para a vida dos sujeitos. Apesar da forte correlação entre estas duas medidas, ainda existem muitas dificuldades metodológicas para a definição do conceito de qualidade de vida, assim como para a confirmação se depressão e qualidade de vida são construtos distintos, ou semelhantes. Além da qualidade de vida, outro desfecho clínico relevante na avaliação destes indivíduos é a remissão dos sintomas depressivos. Os dados encontrados ainda demonstram resultados contraditórios não permitindo conclusões sobre o assunto. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a qualidade de vida bem como fatores preditores de remissão de sintomas depressivos em sujeitos com transtorno depressivo maior que foram acompanhados ao longo de um ano, provenientes de unidades de cuidados primários.Metodologia: Foram incluídos 179 sujeitos com transtorno depressivo maior atual. Foram realizadas visitas na entrada do estudo 6 semanas, 3 meses, 9 meses e 12 meses. Os principais instrumentos utilizados foram WHOQOL-BREF, SF-12, MHI5, CIDI, CES-D e Condições concorrentes. Foram realizados Teste qui-quadrado para comparações de variáveis categóricas, e Teste T-student, como ANOVA para variáveis contínuas. Para avaliação dos construtos de depressão e qualidade de vida utilizou-se análise fatorial exploratória através da análise de componentes principais. Um modelo de Regressão Linear Hierárquica foiproposto para análise da variável dependente qualidade de vida, assim como um modelo através de Regressão Logística Hierárquica para análise da variável dependente remissão de sintomas depressivos. Para avaliação do seguimento dos sujeitos ao longo de 9 meses foi utilizado a análise de Mixed model. Resultados: Esta tese originou quatro artigos. O primeiro artigo apresentou como resultado principal o impacto da depressão subsindrômica na qualidade de vida, sendo semelhante aos sujeitos com depressão maior. O segundo artigo sugeriu que qualidade de vida e depressão são construtos diferentes, apesar de estarem correlacionados. O terceiro artigo demonstrou que os pacientes acompanhados ao longo de 9 meses apresentaram pequenas mudanças nos escores de qualidade de vida aferidos por diversos instrumentos e que estas mudanças não ocorreram rapidamente. A maioria dos sujeitos persistiu com sintomas depressivos, não recebendo tratamento adequado para o trastorno depressivo maior. O quarto artigo demonstrou baixo índice de remissão dos sintomas depressivos ao final do estudo, assim como a presença de ansiedade com um preditor negativo de remissão de sintomas. Conclusões: Sujeitos com transtorno depressivo maior em cuidados primários de saúde não recebem tratamento adequado, adquirindo baixos índices de remissão como importantes prejuízos na qualidade de vida. Estes dados ressaltam a importância da detecção e do tratamento precoce do transtorno depressivo nessa população.Uma vez que há uma carência de recursos para o tratamento especializado no Brasil, é fundamental a implementação de medidas de treinamento entre os profissionais de cuidados primários para o reconhecimento e instituição de medidas terapêuticas eficazes para reduzir a morbidade causada pela depressão. / Introduction: The association between quality of life and depression is already a well discussed topic in literature. The presence of depressive symptoms affects all dimensions of quality of life and, when compared to other clinic conditions, is the one that presents more impairments in the subjects’ lives. Although there is a strong correlation between these two measures, there are still many methodological difficulties to define the quality of life concept, as well as to confirm if depression and quality of life are distinctive constructs, or similar ones. Besides quality of life, another relevant outcome to evaluate these individuals is remission of depressive symptoms. The data found demonstrates contradictory results, not enabling any conclusions concerning this matter. Objective: The present study had as general objective to evaluate quality of life, as well as predicting factors of remission of depressive symptoms in subjects with major depressive disorder who were followed for a year. These subjects have been selected from primary care units. Methodology: There were included 179 subjects with major depressive disorder. There were follow-ups at the beginning of the study, 6 weeks later, 3 months later, 9 months later and 12 moths later. The main instruments used were WHOQOL-BREF, SF-12, MHI5, CIDI, CES-D, as well as co-comordid conditions. We performed Chi- Square Test, to compare categorical variables, and T-student Test, such as ANOVA, for continuous variables. To evaluate the depression and quality of life constructs, we used exploratory factor analysis by analyzing the principal components. A Hierarchic Linear Regression model has been proposed to analyze the dependent 14 variable “quality of life”, as well as a model through Hierarchic Logistic Regression to analyze the dependent “depressive symptoms’ remission”. To evaluate the subjects’ follow-up during 9 months the Mix Model Analysis was used. Results: This thesis originated four articles. The first one presented as main result the impact of subsyndromic depression in quality of life,wich was to major depression subjects. The second article suggested that quality of life and depression are different constructs, although correlated. The third article demonstrated that patients followed during 9 months presented small differences in quality of life scores measured by several instruments and that these changes did not happen quickly. Most of the subjects continued having depressive symptoms, and did not receive adequate treatment for major depressive disorder. The fourth article demonstrated low level of remission of depressive symptom at the end of the study, as well as the presence of anxiety as a negative predictor of symptoms’ remission. Conclusions: Subjects with major depressive disorder in primary health care do not receive proper treatment, thus they reach low levels of remission. This is very prejudicial to the subjects’ quality of life. The data presented here highlight the importance of detecting and treating depressive disorder in its early stage for this population. Since there is a lack of resources for specialized treatment in Brazil, it is fundamental to implement training policies among primary care professionals in order to recognize and provide effective therapeutic measures to reduce morbidity caused by depression.
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Avaliação do sono em pacientes adultos com fibrose cística

Perin, Christiano January 2011 (has links)
Introdução: Pacientes com fibrose cística (FC) comumente apresentam pronunciadas alterações em vias aéreas inferiores, obstrução crônica de vias aéreas superiores, tosse noturna e uso de múltiplas medicações. Desta maneira, estão predispostos a apresentar diminuição da qualidade do sono e distúrbios respiratórios durante o sono. Embora a hipoxemia noturna seja considerada comum e sua identificação relevante no manejo da FC, atualmente ainda restam dúvidas sobre os preditores de dessaturação durante o sono nesta população. Objetivos: 1) Avaliar os distúrbios do sono em uma amostra de pacientes adultos com FC comparando-os com controles saudáveis e 2) Determinar os melhores preditores de dessaturação no sono em pacientes com FC e uma saturação periférica de oxigênio (SpO2) em vigília ≥90%. Métodos: Estudo transversal, com coleta de dados prospectiva, onde foram avaliados pacientes adultos com FC estáveis clinicamente e controles saudáveis pareados por idade e sexo. Todos os indivíduos realizaram uma polissonografia de noite inteira e preencheram a Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e o Questionário de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI). Os pacientes com FC realizaram função pulmonar, teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e ecocardiografia. Estes dados foram correlacionados com os achados polissonográficos. Resultados: Foram avaliados 51 pacientes com FC (idade média de 25,1 ± 6,7 anos e volume expiratório forçado no primeiro segundo - VEF1 - médio de 57,7 ± 24,7% do previsto) e 25 controles saudáveis. Latências para o início do sono e para o sono REM, eficiência do sono e percentual de estágios do sono não diferiram significativamente entre os grupos. Contudo, pacientes com FC apresentaram maior índice de microdespertares durante o sono (12,1 vs. 8,9; p=0,02) e escores mais elevados na ESE (8,2 vs. 5,6; p=0,002) e no PSQI (6,0 vs. 2,7; p<0,001) em relação aos controles. O índice de apneia-hipopnéia (IAH) foi semelhante entre pacientes com FC e controles e apenas dois pacientes com FC (3,9%) apresentaram critérios polissonográficos para apneia obstrutiva do sono. A dessaturação da oxihemoglobina durante o sono foi significativamente mais frequente nos pacientes com FC comparado aos controles (29,4% vs. 0%; p<0,001). Os pacientes com FC que apresentaram dessaturação no sono tiveram valores mais baixos de SpO2 em vigília e ao final do TC6M, pior função pulmonar e valores mais elevados de pressão sistólica de artéria pulmonar. Em um modelo de regressão logística, identificou-se a SpO2 em vigília como o melhor preditor independente de dessaturação no sono nos pacientes com FC (p<0,001). A SpO2 em vigília <94% apresentou uma sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo para dessaturação no sono de, respectivamente, 93,3%, 100%, 100% e 97,3%. Conclusões: Pacientes adultos com FC apresentam diminuição subjetiva da qualidade do sono a despeito de uma arquitetura do sono pouco alterada. A dessaturação no sono é comum nos pacientes com FC a despeito de apresentarem uma SpO2 em vigília preservada; não está associada a apneia obstrutiva do sono e pode ser predita acuradamente por uma SpO2 em vigília <94%. / Introduction: Cystic fibrosis (CF) patients may be predisposed to poor sleep quality and sleep disordered breathing due to upper and lower airway abnormalities, chronic cough and use of multiple medications. Though nocturnal hypoxia is considered to be common and its identification relevant for the management of CF, nowadays questions remain about the predictors for sleep desaturation in this population. Objectives: To evaluate sleep parameters in a sample of adult CF patients comparing them with healthy controls and to determine the best predictors of sleep desaturation in CF patients with awake resting peripheral oxygen saturation (SpO2) ≥90%. Methods: In a cross-sectional study, with data collected prospectively, clinically stable adult CF patients and age-matched healthy controls underwent an overnight polysomnography and answered the Epworth sleepiness scale (ESS) and the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). CF patients had their pulmonary function, six-minute walk test (6MWT) and echocardiography assessed and correlated with polysomnographic findings. Results: Fifty-one CF patients (mean age 25.1 ± 6.7 years; mean FEV1 57.7 ± 24.7% of predicted) and 25 age-matched controls were assessed. CF patients and control subjects had similar sleep latencies, sleep efficiency and percentage of sleep stages. However, CF patients had a higher arousal index during sleep (12.1 vs. 8.9; p=0.02) and had higher ESS (8.2 vs. 5.6; p=0.002) and PSQI (6.0 vs. 2.7; p<0.001) scores than controls. The apnea-hypopnea index was similar in both groups and only two CF patients (3.9%) fulfilled criteria to obstructive sleep apnea. Sleep desaturation was significantly more common in CF patients (29.4% vs 0%; p<0.001). The CF patients who presented sleep desaturation had lower values of awake SpO2 at rest and at the end of 6MWT, worse pulmonary function status and higher pulmonary arterial systolic pressure. In a logistic regression model, we observed that awake resting SpO2 was the single best variable associated with sleep desaturation in CF population (p<0.001). The awake SpO2<94% had a sensitivity, specificity, positive and negative predictive value to sleep desaturation of, respectively, 93.3%, 100%, 100% and 97.3%. Conclusions: CF patients had a worse subjective sleep quality despite small changes in sleep architecture in comparison with age-matched healthy controls. In nonhypoxic, adult CF patients, sleep desaturation is common, is not associated with obstructive sleep apnea and can be accurately predict by awake resting SpO2 <94%.
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Fatores preditores de sucesso e trajetória dos tabagistas no processo de cessação

Jensen, Kátia Rutter January 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A maioria dos tabagistas quer parar de fumar, mas o tabagismo é uma dependência difícil de controlar e a recaída é frequente. OBJETIVOS: Estudar fatores preditores de sucesso para a abstinência tabágica, avaliar o impacto do humor depressivo no seguimento em 12 meses e identificar a trajetória dos tabagistas durante a tentativa de parar de fumar. MÉTODOS: Foram incluídos no estudo tabagistas abordados para parar de fumar através de terapia cognitivo-comportamental (TCC) em grupo. Antes da TCC foram coletados dados demográficos, história tabágica, comorbidades, motivação para parar de fumar (escala 0 a 10), dependência à nicotina (Teste de Fageström). Sintomas de depressão e ansiedade foram detectados através da escala de Beck de depressão (BDI) e de ansiedade (BAI), respectivamente. A situação tabágica foi avaliada após as 6 sessões de TCC, aos 6 e 12 meses. RESULTADOS: Foram estudados 286 tabagistas, com 53,3 ± 9,5 anos, 67,5% eram mulheres. Os valores basais dos escores do BDI e do BAI foram 15,7 ± 10,2 e 18,5 ± 12,1, respectivamente. Humor depressivo foi identificado em 64% e sintomas de ansiedade em 58% dos pacientes. Identificamos oito trajetórias diferentes no período de seguimento. As taxas de cessação foram de 60,1% em 8 semanas, 46,5% em 6 meses e 38,1% em 12 meses. Preditores significativos de cessação do tabagismo na oitava semana foram um menor consumo de cigarros por dia, maior número de sessões de TCC e uso de bupropiona ou de adesivo de nicotina. Aos 12 meses, 51,3% dos pacientes com BDI < 10 estavam sem fumar comparado a 32,6% dos pacientes com BDI  10 (X2; p=0,004). Os preditores mais importantes para cessação em 12 meses foram participar de um maior número de sessões de TCC, ausência de humor depressivo e estar sem fumar no sexto mês. Apenas estar sem fumar no sexto mês permaneceu no modelo de regressão linear (r2=0,59; p=0,0001). CONCLUSÕES: Um menor consumo de cigarros, a participação nas sessões de TCC e o uso de medicação para alívio dos sintomas de abstinência à nicotina são preditores de cessação do tabagismo em curto prazo, enquanto que maior número de sessões de TCC, ausência de humor depressivo e estar sem fumar no sexto mês são preditores de sucesso em 12 meses. Na regressão linear apenas estar sem fumar no sexto mês permaneceu no modelo para predizer a cessação em longo prazo. / BACKGROUND: Most smokers want to quit, but smoking is a very difficult addiction to break and relapse is frequent. AIMS: To study predictors of successful smoking cessation, assess the effect of depressed mood on smoking cessation at a 12-month follow up and identify the trajectory of smokers during the attempt to quit smoking. METHODS: Smokers who attended a smoking cessation program combining pharmacological and cognitive-behavioral group therapy (CBT) were included. Demographic characteristics, smoking history, comorbidities, motivation to stop smoking (0 -10 scale), nicotine dependence (Fagerström’s Test) were collected at baseline. Depressed mood and anxiety symptoms were detected using the Beck Depression Inventory (BDI) and Beck Anxiety Inventory (BAI). Smoking behavior was evaluated after six sessions of CBT, at 6 and 12 months. RESULTS: We studied 286 smokers, 53.3 ± 9.5 years old, 67.5% were women. Baseline BDI and BAI scores were 15.7 ± 10.2 and 18.5 ± 12.1, respectively. Depressed mood was detected in 64% and anxiety symptoms in 58% of the patients. Eight different smoking trajectories were identified. Quitting rates were 60.1% at 8 weeks, 46.5% at 6 months and 38.1% at 12 months. Significant predictors of smoking cessation at 8 weeks were lower cigarette consumption per day, higher number of attended CBT sessions and use of bupropion or nicotine replacement therapy. At 12 months, patients with BDI < 10 had a quitting rate of 51.3% compared to 32.6% in patients with BDI 10 (X2; p=0.004). Higher rate of CBT attendance, absence of depressed mood and smoking cessation at 6 months were the most important predictors of successful quitting at 12 months. When using linear regression only the smoking status at 6 months remained in the model (r2=0.59; p=0.0001). CONCLUSIONS: Lower cigarette consumption, attendance at CBT and use of medication to relieve withdrawal symptoms were found to be short-term predictors of smoking cessation, while a higher rate of CBT attendance, smoking status at 6 months and absence of depressed mood were found to be predictors of success at 12 months. In the linear regression analysis only the smoking status at 6 months predicted long-term success.
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Comorbidades e mortalidade na doença pulmonar obstrutiva crônica

Bottega, Tiago Spiazzi January 2014 (has links)
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um importante problema de saúde pública, que apresenta morbimortalidade considerável. Objetivos: Identificar as principais comorbidades e causas de morte e estudar os fatores preditores de mortalidade na DPOC. Métodos: Estudo de coorte com inclusão de pacientes ambulatoriais com DPOC. Foram coletados dados antropométricos, clínicos e funcionais. As comorbidades foram avaliadas através de um índice elaborado somando-se um ponto para cada comorbidade que o paciente apresentasse e através do índice de Charlson. O método de regressão de Cox foi utilizado para estudar os fatores associados à mortalidade. Resultados: Dos 520 pacientes 303 (58,3%) eram homens, a idade foi de 65,1±9,6 anos e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foi de 1,18±0,57 l, 44,6±17,9% do previsto. Dezesseis pacientes (3,1%) não apresentavam comorbidades e 354 (68,1%) tinham três ou mais comorbidades, sendo a média de 3,63±1,95. O índice de Charlson foi 4,26±2,52. As principais comorbidades foram hipertensão arterial sistêmica (HAS; 46,5%), seguida por doença cardíaca (31,2%), dislipidemia (24,4%), diabetes mellitus (23,3%), obesidade (21,3%), desnutrição (21,3%), osteopenia/osteoporose (21,2%) e câncer (17,3%). Durante o tempo de seguimento de 38,3±20,8 meses 116 pacientes (22,3%) morreram. As principais causas de óbito foram respiratória (52,3%), câncer (22,4%), cardiovascular (10,3%) e abdominal (9,5%). Os fatores associados com a mortalidade na análise univariada foram idade, número de comorbidades, índice de Charlson, intensidade da dispneia, escore BODE (Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity), história de câncer, VEF1 (% do previsto) e distância percorrida no teste da caminhada de seis minutos (p<0,05). Na análise multivariada apenas o escore BODE e o índice de comorbidades de Charlson permaneceram significativos. Um escore de BODE de 5 apresentou uma hazard ratio (HR) de 2,96 (intervalo de confiança - IC 95% 1,54-5,68; p=0,0001) e um índice de Charlson de 4 uma HR de 1,78 (IC 95% 1,04-3,04; p=0,01). Conclusões: Comorbidades foram frequentes em pacientes com DPOC e a principal causa de morte foi respiratória. Tanto o escore de BODE como o índice de Charlson foram fatores preditores independentes de mortalidade. / Introduction: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a major public health problem involving considerable morbidity and mortality. Objectives: To identify major comorbidities and causes of death and to study the predictors of mortality in COPD. Methods: Cohort study including outpatients with COPD. Anthropometric, clinical and functional data were collected. Comorbidities were assessed through an index calculated by adding one point for each comorbidity the patient presented and using the Charlson index. The Cox regression method was used to study the factors associated with mortality. Results: Of the 520 patients 303 (58.3 %) were men, age was 65.1 ± 9.6 years and forced expiratory volume in one second (FEV1), was 1.18 ± 0.57 L, 44.6 ± 17.9 % of predicted. Sixteen patients (3.1 %) had no comorbidities and 354 (68.1 %) had three or more comorbidities, with an average of 3.63 ± 1.95. The Charlson index was 4.26 ± 2.52. The most common comorbidities were systemic arterial hypertension (46.5 %), followed by heart disease (31.2 %), dyslipidemia (24.4%), diabetes mellitus (23.3 %), obesity (21.3 %), low body weight (21.3%), osteopenia/osteoporosis (21.2 %) and cancer (17.3%). During the follow-up time of 38.3 ± 20.8 months 116 patients (22.3 %) died. The main causes of death were respiratory (52.3 %), cancer (22.4 %), cardiovascular (10.3%) and abdominal (9.5%). Factors associated with mortality in the univariate analysis were age, number of comorbidities, Charlson index, intensity of dyspnea, BODE score, history of cancer, FEV1 (% predicted) and distance on the six-minute walk test (p<0.05). In the multivariate analysis only the BODE score (Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity) and Charlson comorbidity index remained significant. A BODE score of 5 was associated with an hazard ratio (HR) of 2.96 (95% CI 1.54 to 5.68, p=0.0001) and a Charlson index of 4 with an HR of 1.78 (95% CI 1, 04 to 3.04, p=0.01). Conclusions: Comorbidities were common in patients with COPD and the main cause of death was respiratory. Both the BODE score and the Charlson index were independent predictors of mortality.
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Fatores associados à acomodação familiar em pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo

Gomes, Juliana Braga January 2011 (has links)
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno crônico que causa prejuízos significativos tanto para o paciente como para os seus familiares. De um modo geral, interfere no funcionamento familiar, pois muitas vezes leva os membros de uma família a modificar suas rotinas em função dos sintomas do paciente. As mudanças de comportamentos dos familiares em decorrência desses sintomas são chamadas de Acomodação Familiar (AF). O presente estudo teve como objetivos: primeiramente traduzir e adaptar para o português a Family Accommodation Scale for Obsessive-Compulsive Disorder: Interviewer-Rated (FAS-IR) e, em segundo lugar, examinar se fatores sociodemográficos e clínicos estão ou não associados à AF. Após realizada a tradução e adaptação da escala, foi realizada a segunda etapa do trabalho com uma amostra ambulatorial constituída de 114 pacientes com TOC e seus respectivos familiares. Para avaliação dos sintomas obsessivo-compulsivos (OC) nos pacientes, foram aplicadas as seguintes escalas: DY-BOCS, Y-BOCS e CGI. Para analisar sintomas de depressão e ansiedade, foram aplicados o BDI e o BAI, e para a verificação de possíveis comorbidades, o SCID. Nos familiares, para avaliar a AF foi aplicada a FAS-IR, e para verificação de sintomas OC, a Y-BOCS e a OCI-R. Dois modelos de regressão linear múltipla foram utilizados: o primeiro modelo foi utilizado para avaliar a relação entre as variáveis do paciente e a AF; já o segundo foi utilizado para avaliar as variáveis do familiar e a AF. Averiguou-se que a AF era altamente prevalente entre os familiares na população em estudo. O fator do paciente associado positivamente com a AF foi gravidade do TOC, enquanto AF estava associada inversamente a pior dimensão do paciente ser obsessões com conteúdo agressivo. As características dos familiares associadas positivamente com AF foram sintomas OC nos familiares e o familiar ser o cônjuge do paciente. A AF é muito comum nas famílias de portadores do TOC, mas ainda são pouco conhecidas as razões que levam os familiares a mudarem seu comportamento. É importante estar atento a esse fato, pois tais comportamentos de acomodação podem servir de reforço aos sintomas do paciente e consequentemente contribuir para sua manutenção. / Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) is a chronic disorder that causes significant impairments both to patient and his/her family members. Generally, it interferes with familiar functioning, since it frequently drives family members to modify their routines because of the patient‟s symptoms. Changes on family members‟ behaviors as a consequence of these symptoms are termed as Family Accommodation (FA). The present study aimed at: firstly translate into and adapt to Portuguese the Family Accommodation Scale for Obsessive-Compulsive Disorder: Interviewer-Rated (FAS-IR) and, secondly, to examine whether or not socio-demographic and clinical factors are associated to FA. After the scale was translated and adapted into Portuguese, the second step of the research was performed with an outpatient sample comprised 114 patients with OCD and their respective family members. To evaluate the obsessive-compulsive (OC) symptoms on patients, the following scales were applied: DY-BOCS, Y-BOCS, and CGI. To analyze depressive and anxiety symptoms, the BDI and BAI scales were used, and to verify possible comorbidities, the SCID. On family members, to evaluate the FA, FAS-IR was applied, and to verify the OC symptoms, the Y-BOCS and OCI-R scales. Two multiple linear regression models were used: the first one was used to evaluate the relationship between patient‟s variables and the FA; and the second one, to evaluate the relationship between family member‟s variables and the FA. It was noted that FA was highly prevalent among the family members in the studied population. The patient‟s factor positively associated with FA was OCD severity, whereas FA was inversely associated with the patient‟s worst dimension being obsessions with aggressive content. Family members‟ characteristics positively associated with FA were OC symptoms in family members and the family member being the patient‟s spouse. The FA is highly common among OCD carriers‟ families, but the reasons that drive family members to modify their own behaviors are not yet well known. It is important to be aware of this fact, since these accommodation behaviors may serve as a reinforcer of the patient‟ symptoms, and, consequently, contribute in keeping them.
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Avaliação do sono em pacientes adultos com fibrose cística

Perin, Christiano January 2011 (has links)
Introdução: Pacientes com fibrose cística (FC) comumente apresentam pronunciadas alterações em vias aéreas inferiores, obstrução crônica de vias aéreas superiores, tosse noturna e uso de múltiplas medicações. Desta maneira, estão predispostos a apresentar diminuição da qualidade do sono e distúrbios respiratórios durante o sono. Embora a hipoxemia noturna seja considerada comum e sua identificação relevante no manejo da FC, atualmente ainda restam dúvidas sobre os preditores de dessaturação durante o sono nesta população. Objetivos: 1) Avaliar os distúrbios do sono em uma amostra de pacientes adultos com FC comparando-os com controles saudáveis e 2) Determinar os melhores preditores de dessaturação no sono em pacientes com FC e uma saturação periférica de oxigênio (SpO2) em vigília ≥90%. Métodos: Estudo transversal, com coleta de dados prospectiva, onde foram avaliados pacientes adultos com FC estáveis clinicamente e controles saudáveis pareados por idade e sexo. Todos os indivíduos realizaram uma polissonografia de noite inteira e preencheram a Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e o Questionário de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI). Os pacientes com FC realizaram função pulmonar, teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e ecocardiografia. Estes dados foram correlacionados com os achados polissonográficos. Resultados: Foram avaliados 51 pacientes com FC (idade média de 25,1 ± 6,7 anos e volume expiratório forçado no primeiro segundo - VEF1 - médio de 57,7 ± 24,7% do previsto) e 25 controles saudáveis. Latências para o início do sono e para o sono REM, eficiência do sono e percentual de estágios do sono não diferiram significativamente entre os grupos. Contudo, pacientes com FC apresentaram maior índice de microdespertares durante o sono (12,1 vs. 8,9; p=0,02) e escores mais elevados na ESE (8,2 vs. 5,6; p=0,002) e no PSQI (6,0 vs. 2,7; p<0,001) em relação aos controles. O índice de apneia-hipopnéia (IAH) foi semelhante entre pacientes com FC e controles e apenas dois pacientes com FC (3,9%) apresentaram critérios polissonográficos para apneia obstrutiva do sono. A dessaturação da oxihemoglobina durante o sono foi significativamente mais frequente nos pacientes com FC comparado aos controles (29,4% vs. 0%; p<0,001). Os pacientes com FC que apresentaram dessaturação no sono tiveram valores mais baixos de SpO2 em vigília e ao final do TC6M, pior função pulmonar e valores mais elevados de pressão sistólica de artéria pulmonar. Em um modelo de regressão logística, identificou-se a SpO2 em vigília como o melhor preditor independente de dessaturação no sono nos pacientes com FC (p<0,001). A SpO2 em vigília <94% apresentou uma sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo para dessaturação no sono de, respectivamente, 93,3%, 100%, 100% e 97,3%. Conclusões: Pacientes adultos com FC apresentam diminuição subjetiva da qualidade do sono a despeito de uma arquitetura do sono pouco alterada. A dessaturação no sono é comum nos pacientes com FC a despeito de apresentarem uma SpO2 em vigília preservada; não está associada a apneia obstrutiva do sono e pode ser predita acuradamente por uma SpO2 em vigília <94%. / Introduction: Cystic fibrosis (CF) patients may be predisposed to poor sleep quality and sleep disordered breathing due to upper and lower airway abnormalities, chronic cough and use of multiple medications. Though nocturnal hypoxia is considered to be common and its identification relevant for the management of CF, nowadays questions remain about the predictors for sleep desaturation in this population. Objectives: To evaluate sleep parameters in a sample of adult CF patients comparing them with healthy controls and to determine the best predictors of sleep desaturation in CF patients with awake resting peripheral oxygen saturation (SpO2) ≥90%. Methods: In a cross-sectional study, with data collected prospectively, clinically stable adult CF patients and age-matched healthy controls underwent an overnight polysomnography and answered the Epworth sleepiness scale (ESS) and the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). CF patients had their pulmonary function, six-minute walk test (6MWT) and echocardiography assessed and correlated with polysomnographic findings. Results: Fifty-one CF patients (mean age 25.1 ± 6.7 years; mean FEV1 57.7 ± 24.7% of predicted) and 25 age-matched controls were assessed. CF patients and control subjects had similar sleep latencies, sleep efficiency and percentage of sleep stages. However, CF patients had a higher arousal index during sleep (12.1 vs. 8.9; p=0.02) and had higher ESS (8.2 vs. 5.6; p=0.002) and PSQI (6.0 vs. 2.7; p<0.001) scores than controls. The apnea-hypopnea index was similar in both groups and only two CF patients (3.9%) fulfilled criteria to obstructive sleep apnea. Sleep desaturation was significantly more common in CF patients (29.4% vs 0%; p<0.001). The CF patients who presented sleep desaturation had lower values of awake SpO2 at rest and at the end of 6MWT, worse pulmonary function status and higher pulmonary arterial systolic pressure. In a logistic regression model, we observed that awake resting SpO2 was the single best variable associated with sleep desaturation in CF population (p<0.001). The awake SpO2<94% had a sensitivity, specificity, positive and negative predictive value to sleep desaturation of, respectively, 93.3%, 100%, 100% and 97.3%. Conclusions: CF patients had a worse subjective sleep quality despite small changes in sleep architecture in comparison with age-matched healthy controls. In nonhypoxic, adult CF patients, sleep desaturation is common, is not associated with obstructive sleep apnea and can be accurately predict by awake resting SpO2 <94%.
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Fatores associados à acomodação familiar em pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo

Gomes, Juliana Braga January 2011 (has links)
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno crônico que causa prejuízos significativos tanto para o paciente como para os seus familiares. De um modo geral, interfere no funcionamento familiar, pois muitas vezes leva os membros de uma família a modificar suas rotinas em função dos sintomas do paciente. As mudanças de comportamentos dos familiares em decorrência desses sintomas são chamadas de Acomodação Familiar (AF). O presente estudo teve como objetivos: primeiramente traduzir e adaptar para o português a Family Accommodation Scale for Obsessive-Compulsive Disorder: Interviewer-Rated (FAS-IR) e, em segundo lugar, examinar se fatores sociodemográficos e clínicos estão ou não associados à AF. Após realizada a tradução e adaptação da escala, foi realizada a segunda etapa do trabalho com uma amostra ambulatorial constituída de 114 pacientes com TOC e seus respectivos familiares. Para avaliação dos sintomas obsessivo-compulsivos (OC) nos pacientes, foram aplicadas as seguintes escalas: DY-BOCS, Y-BOCS e CGI. Para analisar sintomas de depressão e ansiedade, foram aplicados o BDI e o BAI, e para a verificação de possíveis comorbidades, o SCID. Nos familiares, para avaliar a AF foi aplicada a FAS-IR, e para verificação de sintomas OC, a Y-BOCS e a OCI-R. Dois modelos de regressão linear múltipla foram utilizados: o primeiro modelo foi utilizado para avaliar a relação entre as variáveis do paciente e a AF; já o segundo foi utilizado para avaliar as variáveis do familiar e a AF. Averiguou-se que a AF era altamente prevalente entre os familiares na população em estudo. O fator do paciente associado positivamente com a AF foi gravidade do TOC, enquanto AF estava associada inversamente a pior dimensão do paciente ser obsessões com conteúdo agressivo. As características dos familiares associadas positivamente com AF foram sintomas OC nos familiares e o familiar ser o cônjuge do paciente. A AF é muito comum nas famílias de portadores do TOC, mas ainda são pouco conhecidas as razões que levam os familiares a mudarem seu comportamento. É importante estar atento a esse fato, pois tais comportamentos de acomodação podem servir de reforço aos sintomas do paciente e consequentemente contribuir para sua manutenção. / Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) is a chronic disorder that causes significant impairments both to patient and his/her family members. Generally, it interferes with familiar functioning, since it frequently drives family members to modify their routines because of the patient‟s symptoms. Changes on family members‟ behaviors as a consequence of these symptoms are termed as Family Accommodation (FA). The present study aimed at: firstly translate into and adapt to Portuguese the Family Accommodation Scale for Obsessive-Compulsive Disorder: Interviewer-Rated (FAS-IR) and, secondly, to examine whether or not socio-demographic and clinical factors are associated to FA. After the scale was translated and adapted into Portuguese, the second step of the research was performed with an outpatient sample comprised 114 patients with OCD and their respective family members. To evaluate the obsessive-compulsive (OC) symptoms on patients, the following scales were applied: DY-BOCS, Y-BOCS, and CGI. To analyze depressive and anxiety symptoms, the BDI and BAI scales were used, and to verify possible comorbidities, the SCID. On family members, to evaluate the FA, FAS-IR was applied, and to verify the OC symptoms, the Y-BOCS and OCI-R scales. Two multiple linear regression models were used: the first one was used to evaluate the relationship between patient‟s variables and the FA; and the second one, to evaluate the relationship between family member‟s variables and the FA. It was noted that FA was highly prevalent among the family members in the studied population. The patient‟s factor positively associated with FA was OCD severity, whereas FA was inversely associated with the patient‟s worst dimension being obsessions with aggressive content. Family members‟ characteristics positively associated with FA were OC symptoms in family members and the family member being the patient‟s spouse. The FA is highly common among OCD carriers‟ families, but the reasons that drive family members to modify their own behaviors are not yet well known. It is important to be aware of this fact, since these accommodation behaviors may serve as a reinforcer of the patient‟ symptoms, and, consequently, contribute in keeping them.
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Avaliação da qualidade de vida e fatores preditores de remissão de sintomas em pessoas com depressão maior acompanhadas através de um estudo longitudinal em um serviço de cuidados primários

Lima, Ana Flavia Barros da Silva January 2008 (has links)
Introdução: A associação entre qualidade de vida e depressão já está bem estabelecida na literatura. A presença de sintomas depressivos afeta todos domínios de qualidade de vida e quando comparada com outras condições clinicas é o que traz mais prejuízos para a vida dos sujeitos. Apesar da forte correlação entre estas duas medidas, ainda existem muitas dificuldades metodológicas para a definição do conceito de qualidade de vida, assim como para a confirmação se depressão e qualidade de vida são construtos distintos, ou semelhantes. Além da qualidade de vida, outro desfecho clínico relevante na avaliação destes indivíduos é a remissão dos sintomas depressivos. Os dados encontrados ainda demonstram resultados contraditórios não permitindo conclusões sobre o assunto. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a qualidade de vida bem como fatores preditores de remissão de sintomas depressivos em sujeitos com transtorno depressivo maior que foram acompanhados ao longo de um ano, provenientes de unidades de cuidados primários.Metodologia: Foram incluídos 179 sujeitos com transtorno depressivo maior atual. Foram realizadas visitas na entrada do estudo 6 semanas, 3 meses, 9 meses e 12 meses. Os principais instrumentos utilizados foram WHOQOL-BREF, SF-12, MHI5, CIDI, CES-D e Condições concorrentes. Foram realizados Teste qui-quadrado para comparações de variáveis categóricas, e Teste T-student, como ANOVA para variáveis contínuas. Para avaliação dos construtos de depressão e qualidade de vida utilizou-se análise fatorial exploratória através da análise de componentes principais. Um modelo de Regressão Linear Hierárquica foiproposto para análise da variável dependente qualidade de vida, assim como um modelo através de Regressão Logística Hierárquica para análise da variável dependente remissão de sintomas depressivos. Para avaliação do seguimento dos sujeitos ao longo de 9 meses foi utilizado a análise de Mixed model. Resultados: Esta tese originou quatro artigos. O primeiro artigo apresentou como resultado principal o impacto da depressão subsindrômica na qualidade de vida, sendo semelhante aos sujeitos com depressão maior. O segundo artigo sugeriu que qualidade de vida e depressão são construtos diferentes, apesar de estarem correlacionados. O terceiro artigo demonstrou que os pacientes acompanhados ao longo de 9 meses apresentaram pequenas mudanças nos escores de qualidade de vida aferidos por diversos instrumentos e que estas mudanças não ocorreram rapidamente. A maioria dos sujeitos persistiu com sintomas depressivos, não recebendo tratamento adequado para o trastorno depressivo maior. O quarto artigo demonstrou baixo índice de remissão dos sintomas depressivos ao final do estudo, assim como a presença de ansiedade com um preditor negativo de remissão de sintomas. Conclusões: Sujeitos com transtorno depressivo maior em cuidados primários de saúde não recebem tratamento adequado, adquirindo baixos índices de remissão como importantes prejuízos na qualidade de vida. Estes dados ressaltam a importância da detecção e do tratamento precoce do transtorno depressivo nessa população.Uma vez que há uma carência de recursos para o tratamento especializado no Brasil, é fundamental a implementação de medidas de treinamento entre os profissionais de cuidados primários para o reconhecimento e instituição de medidas terapêuticas eficazes para reduzir a morbidade causada pela depressão. / Introduction: The association between quality of life and depression is already a well discussed topic in literature. The presence of depressive symptoms affects all dimensions of quality of life and, when compared to other clinic conditions, is the one that presents more impairments in the subjects’ lives. Although there is a strong correlation between these two measures, there are still many methodological difficulties to define the quality of life concept, as well as to confirm if depression and quality of life are distinctive constructs, or similar ones. Besides quality of life, another relevant outcome to evaluate these individuals is remission of depressive symptoms. The data found demonstrates contradictory results, not enabling any conclusions concerning this matter. Objective: The present study had as general objective to evaluate quality of life, as well as predicting factors of remission of depressive symptoms in subjects with major depressive disorder who were followed for a year. These subjects have been selected from primary care units. Methodology: There were included 179 subjects with major depressive disorder. There were follow-ups at the beginning of the study, 6 weeks later, 3 months later, 9 months later and 12 moths later. The main instruments used were WHOQOL-BREF, SF-12, MHI5, CIDI, CES-D, as well as co-comordid conditions. We performed Chi- Square Test, to compare categorical variables, and T-student Test, such as ANOVA, for continuous variables. To evaluate the depression and quality of life constructs, we used exploratory factor analysis by analyzing the principal components. A Hierarchic Linear Regression model has been proposed to analyze the dependent 14 variable “quality of life”, as well as a model through Hierarchic Logistic Regression to analyze the dependent “depressive symptoms’ remission”. To evaluate the subjects’ follow-up during 9 months the Mix Model Analysis was used. Results: This thesis originated four articles. The first one presented as main result the impact of subsyndromic depression in quality of life,wich was to major depression subjects. The second article suggested that quality of life and depression are different constructs, although correlated. The third article demonstrated that patients followed during 9 months presented small differences in quality of life scores measured by several instruments and that these changes did not happen quickly. Most of the subjects continued having depressive symptoms, and did not receive adequate treatment for major depressive disorder. The fourth article demonstrated low level of remission of depressive symptom at the end of the study, as well as the presence of anxiety as a negative predictor of symptoms’ remission. Conclusions: Subjects with major depressive disorder in primary health care do not receive proper treatment, thus they reach low levels of remission. This is very prejudicial to the subjects’ quality of life. The data presented here highlight the importance of detecting and treating depressive disorder in its early stage for this population. Since there is a lack of resources for specialized treatment in Brazil, it is fundamental to implement training policies among primary care professionals in order to recognize and provide effective therapeutic measures to reduce morbidity caused by depression.
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Comorbidades e mortalidade na doença pulmonar obstrutiva crônica

Bottega, Tiago Spiazzi January 2014 (has links)
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um importante problema de saúde pública, que apresenta morbimortalidade considerável. Objetivos: Identificar as principais comorbidades e causas de morte e estudar os fatores preditores de mortalidade na DPOC. Métodos: Estudo de coorte com inclusão de pacientes ambulatoriais com DPOC. Foram coletados dados antropométricos, clínicos e funcionais. As comorbidades foram avaliadas através de um índice elaborado somando-se um ponto para cada comorbidade que o paciente apresentasse e através do índice de Charlson. O método de regressão de Cox foi utilizado para estudar os fatores associados à mortalidade. Resultados: Dos 520 pacientes 303 (58,3%) eram homens, a idade foi de 65,1±9,6 anos e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foi de 1,18±0,57 l, 44,6±17,9% do previsto. Dezesseis pacientes (3,1%) não apresentavam comorbidades e 354 (68,1%) tinham três ou mais comorbidades, sendo a média de 3,63±1,95. O índice de Charlson foi 4,26±2,52. As principais comorbidades foram hipertensão arterial sistêmica (HAS; 46,5%), seguida por doença cardíaca (31,2%), dislipidemia (24,4%), diabetes mellitus (23,3%), obesidade (21,3%), desnutrição (21,3%), osteopenia/osteoporose (21,2%) e câncer (17,3%). Durante o tempo de seguimento de 38,3±20,8 meses 116 pacientes (22,3%) morreram. As principais causas de óbito foram respiratória (52,3%), câncer (22,4%), cardiovascular (10,3%) e abdominal (9,5%). Os fatores associados com a mortalidade na análise univariada foram idade, número de comorbidades, índice de Charlson, intensidade da dispneia, escore BODE (Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity), história de câncer, VEF1 (% do previsto) e distância percorrida no teste da caminhada de seis minutos (p<0,05). Na análise multivariada apenas o escore BODE e o índice de comorbidades de Charlson permaneceram significativos. Um escore de BODE de 5 apresentou uma hazard ratio (HR) de 2,96 (intervalo de confiança - IC 95% 1,54-5,68; p=0,0001) e um índice de Charlson de 4 uma HR de 1,78 (IC 95% 1,04-3,04; p=0,01). Conclusões: Comorbidades foram frequentes em pacientes com DPOC e a principal causa de morte foi respiratória. Tanto o escore de BODE como o índice de Charlson foram fatores preditores independentes de mortalidade. / Introduction: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a major public health problem involving considerable morbidity and mortality. Objectives: To identify major comorbidities and causes of death and to study the predictors of mortality in COPD. Methods: Cohort study including outpatients with COPD. Anthropometric, clinical and functional data were collected. Comorbidities were assessed through an index calculated by adding one point for each comorbidity the patient presented and using the Charlson index. The Cox regression method was used to study the factors associated with mortality. Results: Of the 520 patients 303 (58.3 %) were men, age was 65.1 ± 9.6 years and forced expiratory volume in one second (FEV1), was 1.18 ± 0.57 L, 44.6 ± 17.9 % of predicted. Sixteen patients (3.1 %) had no comorbidities and 354 (68.1 %) had three or more comorbidities, with an average of 3.63 ± 1.95. The Charlson index was 4.26 ± 2.52. The most common comorbidities were systemic arterial hypertension (46.5 %), followed by heart disease (31.2 %), dyslipidemia (24.4%), diabetes mellitus (23.3 %), obesity (21.3 %), low body weight (21.3%), osteopenia/osteoporosis (21.2 %) and cancer (17.3%). During the follow-up time of 38.3 ± 20.8 months 116 patients (22.3 %) died. The main causes of death were respiratory (52.3 %), cancer (22.4 %), cardiovascular (10.3%) and abdominal (9.5%). Factors associated with mortality in the univariate analysis were age, number of comorbidities, Charlson index, intensity of dyspnea, BODE score, history of cancer, FEV1 (% predicted) and distance on the six-minute walk test (p<0.05). In the multivariate analysis only the BODE score (Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity) and Charlson comorbidity index remained significant. A BODE score of 5 was associated with an hazard ratio (HR) of 2.96 (95% CI 1.54 to 5.68, p=0.0001) and a Charlson index of 4 with an HR of 1.78 (95% CI 1, 04 to 3.04, p=0.01). Conclusions: Comorbidities were common in patients with COPD and the main cause of death was respiratory. Both the BODE score and the Charlson index were independent predictors of mortality.
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Fatores preditores de sucesso e trajetória dos tabagistas no processo de cessação

Jensen, Kátia Rutter January 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A maioria dos tabagistas quer parar de fumar, mas o tabagismo é uma dependência difícil de controlar e a recaída é frequente. OBJETIVOS: Estudar fatores preditores de sucesso para a abstinência tabágica, avaliar o impacto do humor depressivo no seguimento em 12 meses e identificar a trajetória dos tabagistas durante a tentativa de parar de fumar. MÉTODOS: Foram incluídos no estudo tabagistas abordados para parar de fumar através de terapia cognitivo-comportamental (TCC) em grupo. Antes da TCC foram coletados dados demográficos, história tabágica, comorbidades, motivação para parar de fumar (escala 0 a 10), dependência à nicotina (Teste de Fageström). Sintomas de depressão e ansiedade foram detectados através da escala de Beck de depressão (BDI) e de ansiedade (BAI), respectivamente. A situação tabágica foi avaliada após as 6 sessões de TCC, aos 6 e 12 meses. RESULTADOS: Foram estudados 286 tabagistas, com 53,3 ± 9,5 anos, 67,5% eram mulheres. Os valores basais dos escores do BDI e do BAI foram 15,7 ± 10,2 e 18,5 ± 12,1, respectivamente. Humor depressivo foi identificado em 64% e sintomas de ansiedade em 58% dos pacientes. Identificamos oito trajetórias diferentes no período de seguimento. As taxas de cessação foram de 60,1% em 8 semanas, 46,5% em 6 meses e 38,1% em 12 meses. Preditores significativos de cessação do tabagismo na oitava semana foram um menor consumo de cigarros por dia, maior número de sessões de TCC e uso de bupropiona ou de adesivo de nicotina. Aos 12 meses, 51,3% dos pacientes com BDI < 10 estavam sem fumar comparado a 32,6% dos pacientes com BDI  10 (X2; p=0,004). Os preditores mais importantes para cessação em 12 meses foram participar de um maior número de sessões de TCC, ausência de humor depressivo e estar sem fumar no sexto mês. Apenas estar sem fumar no sexto mês permaneceu no modelo de regressão linear (r2=0,59; p=0,0001). CONCLUSÕES: Um menor consumo de cigarros, a participação nas sessões de TCC e o uso de medicação para alívio dos sintomas de abstinência à nicotina são preditores de cessação do tabagismo em curto prazo, enquanto que maior número de sessões de TCC, ausência de humor depressivo e estar sem fumar no sexto mês são preditores de sucesso em 12 meses. Na regressão linear apenas estar sem fumar no sexto mês permaneceu no modelo para predizer a cessação em longo prazo. / BACKGROUND: Most smokers want to quit, but smoking is a very difficult addiction to break and relapse is frequent. AIMS: To study predictors of successful smoking cessation, assess the effect of depressed mood on smoking cessation at a 12-month follow up and identify the trajectory of smokers during the attempt to quit smoking. METHODS: Smokers who attended a smoking cessation program combining pharmacological and cognitive-behavioral group therapy (CBT) were included. Demographic characteristics, smoking history, comorbidities, motivation to stop smoking (0 -10 scale), nicotine dependence (Fagerström’s Test) were collected at baseline. Depressed mood and anxiety symptoms were detected using the Beck Depression Inventory (BDI) and Beck Anxiety Inventory (BAI). Smoking behavior was evaluated after six sessions of CBT, at 6 and 12 months. RESULTS: We studied 286 smokers, 53.3 ± 9.5 years old, 67.5% were women. Baseline BDI and BAI scores were 15.7 ± 10.2 and 18.5 ± 12.1, respectively. Depressed mood was detected in 64% and anxiety symptoms in 58% of the patients. Eight different smoking trajectories were identified. Quitting rates were 60.1% at 8 weeks, 46.5% at 6 months and 38.1% at 12 months. Significant predictors of smoking cessation at 8 weeks were lower cigarette consumption per day, higher number of attended CBT sessions and use of bupropion or nicotine replacement therapy. At 12 months, patients with BDI < 10 had a quitting rate of 51.3% compared to 32.6% in patients with BDI 10 (X2; p=0.004). Higher rate of CBT attendance, absence of depressed mood and smoking cessation at 6 months were the most important predictors of successful quitting at 12 months. When using linear regression only the smoking status at 6 months remained in the model (r2=0.59; p=0.0001). CONCLUSIONS: Lower cigarette consumption, attendance at CBT and use of medication to relieve withdrawal symptoms were found to be short-term predictors of smoking cessation, while a higher rate of CBT attendance, smoking status at 6 months and absence of depressed mood were found to be predictors of success at 12 months. In the linear regression analysis only the smoking status at 6 months predicted long-term success.

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