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A: AUTORIDADE, ARTE, ADULTÉRIO / A: AUTORIDADE, ARTE, ADULTÉRIOThereza, Leandro de Azevedo 17 October 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-10-17 / In a society dominated by the male social group, under a strict hierarchy and ruled by severe religious goals, one woman gets the social spot because of a crime/sin committed by her that shocked all the New England colony population. Starting with the analysis of Hester Prynne’s adultery, we try to take into account the social conflicts related to the oppression suffered by the feminine social group that, as a result of its secondary social role, is diminished in that patriarchal hierarchy divided according to gender. Our focus is on the examination of the way the tension caused by the visibility of Prynne’s sin provided social transformations related to the woman’s identification as an individual independent of the male figure, and endowed with her own identity and subjectivities, apart of historical and cultural limits established by male leadership to make the woman reproduce in her own discourse the oppressive system against the group she belongs to. This discourse based on traditions that
create the image of a puritan woman morally irreproachable and incorruptible makes the male position as God’s representative at home and as a social commander get stronger; on the other hand, it undermines the representativeness of the woman before her community, making the importance of her roles fade. Therefore, the penalties imposed to Hester Prynne stimulate the
discussions about the growing of a new model of femininity in the New England colony. This model refers to the woman’s self representation and subsistence, which also makes her able to exercise functions considered exclusive to the male social group, without any risk of impairing the development of the community. / Em uma sociedade dominada pelo grupo social masculino, rigidamente hierarquizada e norteada por princípios severamente religiosos, uma mulher ganha destaque social em razão de ter incorrido em um pecado/crime que chocou toda a população da Nova Inglaterra. A partir do adultério de Hester Prynne, procuramos observar os conflitos sociais relacionados à opressão sofrida pelo grupo social feminino que, em função do desempenho de um papel social secundário, é inferiorizado nessa hierarquia patriarcal dividida pelos gêneros.
Procuramos observar a maneira como a tensão ocasionada pela visibilidade do pecado de Prynne promoveu transformações sociais no tocante à identificação da mulher como indivíduo independente da figura masculina, bem como portadora de uma identidade e subjetividades próprias, alheias aos limites das tradições histórica e cultural estabelecidas
pelas lideranças masculinas de forma a fazer com que a mulher, através do próprio discurso, reproduzisse um sistema opressivo ao grupo feminino. Esse discurso baseado em tradições sedimentadas em uma idéia de mulher puritana moralmente irrepreensível e incorruptível, ao mesmo tempo fortalece a posição masculina como verdadeiro representante de Deus dentro do lar e nas posições de comando da congregação, bem como enfraquece a representatividade
da mulher perante a comunidade, esmaecendo a importância dos papéis por ela desenvolvidos. Dessa forma, o conjunto de penalidades impostas a Hester Prynne em razão das suas faltas estimulam as discussões acerca do surgimento de um novo modelo feminino na Nova Inglaterra, esse capaz de se representar e se estabelecer na sociedade, bem como de
exercer as funções prioritariamente masculinas sem prejudicar o desenvolvimento da comunidade.
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Americanidade, puritanismo e política externa: a (re)produção da ideologia puritana e a construção da identidade nacional nas práticas discursivas de política externa norte-americana / Americanness, Puritanism, and Foreign Policy: the (re)production of Puritan ideology and the construction of national identity in discursive practices of U.S. foreign policy.Resende, Erica Simone Almeida 28 August 2009 (has links)
A Guerra ao Terror é, até hoje, objeto de vasta literatura que busca entender e explicar suas múltiplas dimensões e suas implicações para a política externa norte-americana. Alinhados à crítica pós-moderna/pós-estruturalista das Relações Internacionais e influenciados por autores críticos como David Campbell, Richard Ashley, Robert Walker, William Connolly, Ernesto Laclau, Chantal Mouffe e Richard Jackson, buscamos problematizar o papel dos discursos na construção social da realidade, das identidades e dos interesses com o objetivo de compreender as condições de possibilidade da Guerra ao Terror no pós-Onze de Setembro. Ao adotarmos uma concepção de política externa como prática social de construção de um sistema de representações e de significados, que reproduz uma identidade nacional sustentada em uma ideologia específica, buscamos identificar como os discursos tentam estabilizar e fixar sentidos para impor e naturalizar estruturas de poder dominantes. Assim, interpretamos que a Guerra ao Terror somente se tornou possível devido à existência de um discurso de americanidade capaz de dar inteligibilidade à realidade após a crise de significados do Onze de Setembro. Trata-se de um discurso de americanos sobre americanos e sobre a América que, por meio de formações imaginárias criadoras de realidades, sujeitos, objetos, ações e relações, regula o que pode ser pensado, dito, compreendido e concebido com base em uma posição específica em um determinado momento histórico. Entendemos que tal discurso exterioriza uma formação discursiva específica de genealogia puritana que acaba reproduzida nas práticas de política externa norte-americana. Pelo emprego de métodos de análise discursiva, demonstraremos como o discurso da Guerra ao Terror reproduz a estrutura de significados, narrativas, mitos e representações dos sermões políticos típicos dos puritanos da América Colonial do século XVII: os jeremíadas. Apesar da afirmação quanto à separação entre Igreja e Estado, entendemos que os Estados Unidos da América, por meio de suas práticas de política externa, constroem sua identidade nacional como ideologicamente puritana. / The War on Terror has been the object of a large literature concerned with the understanding and explaining of its multiple dimensions and implications for U.S. foreign policy. However, most of it has been committed to the dominant theoretical framework of the so-called Neo-Neo Debate, and thus not problematizing key concepts like State, identity, interest, and reality. Inspired by the so-called Third Debate, we revisit the subject of the War on Terror inspired by post-modern/post-structuralist critics such as David Campbell, Robert Walker, William Connolly, Ernesto Laclau, Chantal Mouffe, and Richard Jackson, among others. Focusing on the role of discourse and power in socially constructing reality, identities, and interests, we attempt to understand the conditions of possibility of the War on Terror in the aftermath of 9/11. We will argue that foreign policy constitutes a system of meanings and representations that (re)produces a national identity based on a specific ideology, in a never-ending attempt to stabilize and fix meanings in order to discursively impose and naturalize dominant structures of power. Therefore, we believe that the War on Terror has only become possible due to the existence of a discourse on Americanness capable of rendering reality once again intelligible after 9/11. It is a discourse of Americans about America and Americans, which, through imaginary formations that create realities, subjects, actions, and relationships, regulate what can be thought, said, understood, and conceived from a specific position in a particular moment in time. We believe that this discourse is made possible by a specific ideological formation of an essentially Puritan matrix which is (re)produced through practices of U.S. foreign policy. By employing methods of discourse analysis, we will show how the discourse on the War on Terror emulates the meanings, narratives, symbols, and representations of the typical Puritan political sermons of the 1600s Colonial America: the jeremiads. Despite claims of separation between State and religion, we believe that the United States of America, through its practices of foreign policy, constructs its national identity as ideologically Puritan.
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Americanidade, puritanismo e política externa: a (re)produção da ideologia puritana e a construção da identidade nacional nas práticas discursivas de política externa norte-americana / Americanness, Puritanism, and Foreign Policy: the (re)production of Puritan ideology and the construction of national identity in discursive practices of U.S. foreign policy.Erica Simone Almeida Resende 28 August 2009 (has links)
A Guerra ao Terror é, até hoje, objeto de vasta literatura que busca entender e explicar suas múltiplas dimensões e suas implicações para a política externa norte-americana. Alinhados à crítica pós-moderna/pós-estruturalista das Relações Internacionais e influenciados por autores críticos como David Campbell, Richard Ashley, Robert Walker, William Connolly, Ernesto Laclau, Chantal Mouffe e Richard Jackson, buscamos problematizar o papel dos discursos na construção social da realidade, das identidades e dos interesses com o objetivo de compreender as condições de possibilidade da Guerra ao Terror no pós-Onze de Setembro. Ao adotarmos uma concepção de política externa como prática social de construção de um sistema de representações e de significados, que reproduz uma identidade nacional sustentada em uma ideologia específica, buscamos identificar como os discursos tentam estabilizar e fixar sentidos para impor e naturalizar estruturas de poder dominantes. Assim, interpretamos que a Guerra ao Terror somente se tornou possível devido à existência de um discurso de americanidade capaz de dar inteligibilidade à realidade após a crise de significados do Onze de Setembro. Trata-se de um discurso de americanos sobre americanos e sobre a América que, por meio de formações imaginárias criadoras de realidades, sujeitos, objetos, ações e relações, regula o que pode ser pensado, dito, compreendido e concebido com base em uma posição específica em um determinado momento histórico. Entendemos que tal discurso exterioriza uma formação discursiva específica de genealogia puritana que acaba reproduzida nas práticas de política externa norte-americana. Pelo emprego de métodos de análise discursiva, demonstraremos como o discurso da Guerra ao Terror reproduz a estrutura de significados, narrativas, mitos e representações dos sermões políticos típicos dos puritanos da América Colonial do século XVII: os jeremíadas. Apesar da afirmação quanto à separação entre Igreja e Estado, entendemos que os Estados Unidos da América, por meio de suas práticas de política externa, constroem sua identidade nacional como ideologicamente puritana. / The War on Terror has been the object of a large literature concerned with the understanding and explaining of its multiple dimensions and implications for U.S. foreign policy. However, most of it has been committed to the dominant theoretical framework of the so-called Neo-Neo Debate, and thus not problematizing key concepts like State, identity, interest, and reality. Inspired by the so-called Third Debate, we revisit the subject of the War on Terror inspired by post-modern/post-structuralist critics such as David Campbell, Robert Walker, William Connolly, Ernesto Laclau, Chantal Mouffe, and Richard Jackson, among others. Focusing on the role of discourse and power in socially constructing reality, identities, and interests, we attempt to understand the conditions of possibility of the War on Terror in the aftermath of 9/11. We will argue that foreign policy constitutes a system of meanings and representations that (re)produces a national identity based on a specific ideology, in a never-ending attempt to stabilize and fix meanings in order to discursively impose and naturalize dominant structures of power. Therefore, we believe that the War on Terror has only become possible due to the existence of a discourse on Americanness capable of rendering reality once again intelligible after 9/11. It is a discourse of Americans about America and Americans, which, through imaginary formations that create realities, subjects, actions, and relationships, regulate what can be thought, said, understood, and conceived from a specific position in a particular moment in time. We believe that this discourse is made possible by a specific ideological formation of an essentially Puritan matrix which is (re)produced through practices of U.S. foreign policy. By employing methods of discourse analysis, we will show how the discourse on the War on Terror emulates the meanings, narratives, symbols, and representations of the typical Puritan political sermons of the 1600s Colonial America: the jeremiads. Despite claims of separation between State and religion, we believe that the United States of America, through its practices of foreign policy, constructs its national identity as ideologically Puritan.
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Aspectos discursivos em As Bruxas de Salem: peça e filmePinheiro, Eder Sergio 06 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-06 / Fundo Mackenzie de Pesquisa / This paper whose title is Os Aspectos Discursivos em As Bruxas de Salem: peça e filme tries to discuss the effects in meaning provoked by the transposition made involving the rubric of the written play named The Crucible (1953), and the movie (1976), also named the same. This way, two related excerpts were taken from each work as an attempt to analyse them concerning the movie language, the rubric, the problems and difficulties presented in the transposition. Historical aspects related to the period where the history took place, the context of production from both works and some other aspects are also vital to be
pointed in order to promote a general comprehension of this study. In addition, the dialogism and discourse are also discussed in this paper, since there is an evident presence of them and the communication between the texts
is clear. Lastly, comments about the success of the movie on the written play are done by pointing out the possible techniques used to achieve such aim. / Esta pesquisa, cujo título é Aspectos Discursivos em As Bruxas de Salem: eça e Filme, propõe discutir a transposição da linguagem escrita, neste caso, as rubricas da peça de teatro para a linguagem fílmica, devido a problemática das duas linguagens se diferenciarem, convergirem-se e cruzarem-se ao mesmo tempo. Deste modo, dois fragmentos foram escolhidos para análise, sendo eles: um trecho da peça escrita As Bruxas de Salem (1953) e outro do filme (1976),
ambos os trechos são correspondentes. Assim, estes fragmentos serão analisados, exigindo também a compreensão
sobre a linguagem teatral, a linguagem fílmica, as diferenças e problemas presentes no ato da transposição de uma linguagem à outra, aspectos históricos relacionados ao período retratado pela trama, o contexto de produção de ambas as obras, entre outros aspectos para que a pesquisa possa ser compreendida de forma plena. Além disso, o dialogismo também é apontado no trabalho, uma vez que há a
presença de discursos nos textos que dialogam entre si.
Por fim, comentários serão apresentados em relação ao sucesso do filme sobre a peça escrita, apontando os possíveis mecanismos utilizados para tal efeito.
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PUREZA E MORALIDADE EVANGÉLICA: UM ESTUDO DO DISCURSO EVANGÉLICO BRASILEIRO SOBRE A SEXUALIDADE / Purity and Evangelical Morality: A Study Case of the Brazilian Evangelical Discourse on Sexuality.Rodrigues, Silvia Geruza Fernandes 02 September 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-09-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation intends to analyze different speeches about sexuality in five Brazilian protestant leaders to observe in which basis they sustain their teachings and statements to control and rule the Christians sexual behavior. Trough the study of the historical and social development of Christianity and its relationship with sexuality since the second century A.D. to the present Day, this research intends to perceive how Hellenic dualism and Neo-Platonism were able to pervade the sexuality concepts from the Early Fathers to the present time. The criteria used to those the protestant leaders were their written texts. Jaime Kemp, North American missionary, writer and speaker to the youth and couples in churches and Congresses; Robinson Cavalcanti, Episcopalian Anglican Bishop, writer and speaker in important national conferences; Paulo César e Claudete Brito, pastors in the city of Rio de Janeiro; Carlos Eduardo Calvani, Anglican priest, conference speaker and a writer. Calvani outstands as a dissonant voice when dealing with the theme of sexuality. This research intends to contrast the two views of the Christian sexual moral: the essentialist and the personalist, while conversing with some catholic moral theologians to interrelate sexuality with psychology, anthropology, Human and Social Sciences so sexuality is perceived in its human and subjective dimension. / A presente dissertação pretende analisar o os diferentes discursos sobre sexualidade em cinco líderes protestantes brasileiros, para verificar em que bases eles sustentam seus enunciados e normas de comportamento sexual. Através da exposição do histórico do desenvolvimento do cristianismo e sua relação com a sexualidade desde o século II d.C. até os dias atuais a pesquisa procurará entender como os pressupostos dualistas e neoplatônicos permearam o conceito de sexualidade desde os Primeiros Pais da Igreja até os dias atuais. O critério da escolha dos líderes evangélicos foram seus textos escritos. Jaime Kemp, missionário Norte Americano, escritor e palestrante de jovens e casais; Robinson Cavalcanti, Bispo Anglicano e palestrante em congressos nacionais e internacionais; Paulo César e Claudete Brito, pastores de uma influente igreja na cidade do Rio de Janeiro. Carlos Eduardo Calvani, padre Anglicano, escritor e palestrante. Calvani sobressai como uma voz dissonante ao lidar com sexualidade. A pesquisa contrastará as duas cosmovisões da moral sexual cristã: a essencialista e a personalista, dialogando com alguns teólogos católicos da moral com o objetivo de conectar o estudo da sexualidade com psicologia, antropologia e ciências humanas e sociais para que a sexualidade seja percebida na sua dimensão humana e subjetiva.
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Electra sob as luzes da ribalta: ação e ethos trágico em Mourning Becomes Electra, de Eugene O'Neill / Electra under the spotlight: action and tragic ethos in Eugene O Neill s Mourning Becomes ElectraSousa, Alexandre de Albuquerque 25 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work aims at analyzing the dramatic action and the characters tragic ethos in the trilogy
Mourning Becomes Electra, focusing on the protagonist Lavinia Mannon. Our research
corpus, which was written by Eugene O Neill and first performed in 1931, is a recreation of
Aeschylus trilogy, the Oresteia, which presents a reading of the myth of the House of Atreus,
whose line is cursed by acts of hate and vengeance. This study starts by taking into account
the myth concept and its relations to Greek tragedy, as long as Freudian psychoanalysis, in the
Modern times. The investigation about the concepts of action and ethos is based on Aristotle s
Poetics (2005), Hegel s Aesthetics (2004), along with the studies of Raymond Williams
(2002) and Sandra Luna (2005, 2008, 2012), as theoretical support. By creating a
psychological drama, O Neill goes deeply into the character s psyche, presenting themselves
struggling with impulses and passions repressed by their Puritan morality. Lavinia, the
modern Electra, faces a personal drama, since she has a sickly love desire for her father, Ezra,
is jealous of her mother, Christine, and represses her desire for Adam Brant, Christine s lover.
Lavinia accuses her adulteress mother of having murdered Ezra, and seeks vengeance with the
help of her brother, Orin, culminating with Christine s suicide. Orin, taken by guilt and
remorse for having contributed to his mother s death, also succumbs to suicide. In order to
maintain the Mannons secrets, Lavinia, as the last member of the family, seeks punishment
for herself, condemned to endure a tormented existence, haunted by her antecessor s ghosts
and recluse at her own house. / Esta pesquisa tem por objetivo analisar a ação dramática e o ethos trágico dos personagens na
trilogia Mourning Becomes Electra, tendo como foco a protagonista Lavínia Mannon. Escrita
pelo dramaturgo norte-americano Eugene O Neill e encenada, pela primeira vez, em 1931, a
trilogia escolhida como corpus desta pesquisa constitui-se uma releitura da Oréstia, de
Ésquilo, cujo enredo apresenta uma apropriação do mito dos Atridas, família cuja história é
marcada por crimes de ódio e vingança. O estudo parte das considerações sobre o conceito de
mito e sua relação com a tragédia grega e com a teoria psicanalítica de Freud, na
modernidade. A investigação sobre os conceitos de ação e ethos dos personagens tem como
suporte teórico a Poética de Aristóteles (2005), a Estética de Hegel (2004), as contribuições
de Raymond Williams (2002) e de Sandra Luna (2005, 2008, 2012). Ao elaborar um drama
psicológico moderno, O Neill investe na psiqué dos personagens, que se apresentam em luta
contra pulsões e desejos, reprimidos em nome da moral puritana. Lavínia, a Electra moderna,
enfrenta um drama pessoal, pois nutre um amor doentio pelo pai, Ezra, tem ciúmes da mãe,
Christine, e reprime seu desejo pelo amante desta, Adam Brant. Ao saber da morte de Ezra,
Lavínia acusa a mãe adúltera de ser a autora do crime e promete vingança com a ajuda de seu
irmão Orin, resultando no suicídio de Christine. Orin, tomado pela culpa e remorso por ter
contribuído com a morte da mãe, também sucumbe ao suicídio. A fim de resguardar os
segredos de sua família, Lavínia, como a última Mannon, busca sua autopunição, condenada a
uma existência atormentada, assombrada pelos fantasmas de seus antepassados e enclausurada
em sua própria casa.
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Mulheres em revista: uma sociologia da compreensão do feminino no Brasil presbiteriano (1994-2002) / Women in review: a sociology of knowledge of the feminine in the Presbyterian Brazil (1994-2002)Campos, Breno Martins 22 May 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-05-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Women in review: a sociology of knowledge of the feminine in the Presbyterian Brazil (1994-2002) is a thesis with three sociological interests: knowledge, domination and religion. With its focus on the Presbyterian Church of Brazil, it searches to understand the reason why women are excluded from the positions legally stated of power and domination: the ordered office. Its historical cut is the transition from the 20th to 21st century, in which there were official attempts and an alto for alteration of denominational status quo. Two enterprises of constitutional reformation were proposed and debated in the competent councils in less than eight years, that included in the discussion the alteration of women statute in Presbyterian Church of Brazil, for her official space of actuation was amplified and her condition as a member equaled to the men s, with complete rights. The same historical period watched to a movement in which the puritan ethics and fundamentalist theology were used by the reactionary group to reaffirm the tradition and stop the opening of a new time, more feminine, dialogic and inclusive. Inheritance of the United States protestant missions of the 19th century for Brazilian churches, the puritan ethics proposes as a way of salvation a kind of active ascetic practices that deny the world at the same time in which fight for its transformation; the fundamentalism is the literalist Bible interpretation pattern that works for the arrest of the truth rather than to exclude dissent groups and people. The hermeneutical literalism forbids that biblical texts could be used in behalf of feminine ordering; the puritan ethics suggests or imposes to the women a proper space under to men, at home and in the church. The changing projects intended by the Presbyterian Church of Brazil high hierarchy, leaded by Rev. Guilhermino Cunha, were aborted, in dynamic peculiar to the function of religious field. In the very 21st century women cannot be pastors, elders or deacons in IPB: condition in such a flagrant contradiction with the democratic-representative system of government. The reading of official speeches of the denomination, by its journal, the Brasil Presbiteriano, and by Sociedade Auxiliadora Feminina s magazine, the SAF em Revista, allows to affirm that the Brazilian Presbyterian leaderships, masculine and feminine, at the doors of 21st century, opted for the permanence in the 20th century, or rather than, in 19th century. To open the 21st century, or to open itself to it, is the challenge for the contemporary Presbyterian Church of Brazil, specially to the women, in order that the religious institution promotes and amplifies the internal dialogue, inter-religious and with society, the first steps to the legitimate exercise of democracy, inclusion, fight against prejudice and discrimination, and for the establishment of an ethical project for all / Mulheres em revista: uma sociologia da compreensão do feminino no Brasil presbiteriano (1994-2002) é uma tese com triplo interesse sociológico: compreensão, dominação e religião. Com o foco direcionado para a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), busca compreender por que as mulheres são excluídas das posições legalmente estatuídas de poder e dominação: o oficialato ordenado. Ainda no calor da hora, seu recorte histórico é a passagem do século XX para o século XXI, na qual houve tentativas oficiais e pelo alto de alteração do status quo denominacional. Foram propostas e debatidas nos concílios competentes duas iniciativas de reforma constitucional em menos de oito anos, que incluíam na discussão a alteração do estatuto da mulher na IPB, para que seu espaço oficial de atuação fosse ampliado e sua condição de membro, igualada à do homem com plenos direitos. O mesmo período histórico assistiu a um movimento em que ética puritana e teologia fundamentalista foram utilizadas pelo grupo reacionário dos que detêm o poder na IPB para reafirmar a tradição e impedir a abertura de um novo tempo, mais feminino, dialógico e inclusivo. Herança das missões protestantes estadunidenses do século XIX para as igrejas brasileiras, a ética puritana propõe como caminho de salvação uma espécie de ascese ativa, que nega o mundo ao mesmo tempo em que luta pela sua transformação; o fundamentalismo é o modelo literalista de interpretação da Bíblia, que funciona pelo aprisionamento da verdade a excluir grupos e pessoas divergentes. O literalismo hermenêutico proíbe que textos bíblicos possam ser usados em favor da ordenação feminina; a ética puritana sugere ou impõe à mulher um espaço próprio e subordinado ao homem, na casa e na igreja. Os projetos de mudança pretendidos por parte da cúpula da IPB, Rev. Guilhermino Cunha à frente, foram abortados também pelo alto, em dinâmica própria ao funcionamento do campo religioso. Em pleno século XXI, as mulheres não podem ser pastoras, presbíteras ou diaconisas na IPB: condição em flagrante contradição com o autodenominado sistema democrático-representativo de governo. A leitura dos discursos oficiais da denominação, por meio de seu jornal, o Brasil Presbiteriano, e da revista da Sociedade Auxiliadora Feminina, a SAF em Revista, permite a afirmação de que as lideranças presbiterianas do Brasil, masculina e feminina, às portas do século XXI optaram pela permanência no século XX ou, antes disso, no século XIX. Abrir o século XXI, ou abrir-se para ele, é o desafio para IPB contemporânea, especialmente, para suas mulheres, a fim de que a instituição religiosa promova e amplie o diálogo interno, inter-religioso e com a sociedade, os primeiros passos para o exercício legítimo da democracia, inclusão, luta contra preconceito e discriminação, e para o estabelecimento de um projeto de ética para todos
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Mulheres em revista: uma sociologia da compreensão do feminino no Brasil presbiteriano (1994-2002) / Women in review: a sociology of knowledge of the feminine in the Presbyterian Brazil (1994-2002)Campos, Breno Martins 22 May 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-05-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Women in review: a sociology of knowledge of the feminine in the Presbyterian Brazil (1994-2002) is a thesis with three sociological interests: knowledge, domination and religion. With its focus on the Presbyterian Church of Brazil, it searches to understand the reason why women are excluded from the positions legally stated of power and domination: the ordered office. Its historical cut is the transition from the 20th to 21st century, in which there were official attempts and an alto for alteration of denominational status quo. Two enterprises of constitutional reformation were proposed and debated in the competent councils in less than eight years, that included in the discussion the alteration of women statute in Presbyterian Church of Brazil, for her official space of actuation was amplified and her condition as a member equaled to the men s, with complete rights. The same historical period watched to a movement in which the puritan ethics and fundamentalist theology were used by the reactionary group to reaffirm the tradition and stop the opening of a new time, more feminine, dialogic and inclusive. Inheritance of the United States protestant missions of the 19th century for Brazilian churches, the puritan ethics proposes as a way of salvation a kind of active ascetic practices that deny the world at the same time in which fight for its transformation; the fundamentalism is the literalist Bible interpretation pattern that works for the arrest of the truth rather than to exclude dissent groups and people. The hermeneutical literalism forbids that biblical texts could be used in behalf of feminine ordering; the puritan ethics suggests or imposes to the women a proper space under to men, at home and in the church. The changing projects intended by the Presbyterian Church of Brazil high hierarchy, leaded by Rev. Guilhermino Cunha, were aborted, in dynamic peculiar to the function of religious field. In the very 21st century women cannot be pastors, elders or deacons in IPB: condition in such a flagrant contradiction with the democratic-representative system of government. The reading of official speeches of the denomination, by its journal, the Brasil Presbiteriano, and by Sociedade Auxiliadora Feminina s magazine, the SAF em Revista, allows to affirm that the Brazilian Presbyterian leaderships, masculine and feminine, at the doors of 21st century, opted for the permanence in the 20th century, or rather than, in 19th century. To open the 21st century, or to open itself to it, is the challenge for the contemporary Presbyterian Church of Brazil, specially to the women, in order that the religious institution promotes and amplifies the internal dialogue, inter-religious and with society, the first steps to the legitimate exercise of democracy, inclusion, fight against prejudice and discrimination, and for the establishment of an ethical project for all / Mulheres em revista: uma sociologia da compreensão do feminino no Brasil presbiteriano (1994-2002) é uma tese com triplo interesse sociológico: compreensão, dominação e religião. Com o foco direcionado para a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), busca compreender por que as mulheres são excluídas das posições legalmente estatuídas de poder e dominação: o oficialato ordenado. Ainda no calor da hora, seu recorte histórico é a passagem do século XX para o século XXI, na qual houve tentativas oficiais e pelo alto de alteração do status quo denominacional. Foram propostas e debatidas nos concílios competentes duas iniciativas de reforma constitucional em menos de oito anos, que incluíam na discussão a alteração do estatuto da mulher na IPB, para que seu espaço oficial de atuação fosse ampliado e sua condição de membro, igualada à do homem com plenos direitos. O mesmo período histórico assistiu a um movimento em que ética puritana e teologia fundamentalista foram utilizadas pelo grupo reacionário dos que detêm o poder na IPB para reafirmar a tradição e impedir a abertura de um novo tempo, mais feminino, dialógico e inclusivo. Herança das missões protestantes estadunidenses do século XIX para as igrejas brasileiras, a ética puritana propõe como caminho de salvação uma espécie de ascese ativa, que nega o mundo ao mesmo tempo em que luta pela sua transformação; o fundamentalismo é o modelo literalista de interpretação da Bíblia, que funciona pelo aprisionamento da verdade a excluir grupos e pessoas divergentes. O literalismo hermenêutico proíbe que textos bíblicos possam ser usados em favor da ordenação feminina; a ética puritana sugere ou impõe à mulher um espaço próprio e subordinado ao homem, na casa e na igreja. Os projetos de mudança pretendidos por parte da cúpula da IPB, Rev. Guilhermino Cunha à frente, foram abortados também pelo alto, em dinâmica própria ao funcionamento do campo religioso. Em pleno século XXI, as mulheres não podem ser pastoras, presbíteras ou diaconisas na IPB: condição em flagrante contradição com o autodenominado sistema democrático-representativo de governo. A leitura dos discursos oficiais da denominação, por meio de seu jornal, o Brasil Presbiteriano, e da revista da Sociedade Auxiliadora Feminina, a SAF em Revista, permite a afirmação de que as lideranças presbiterianas do Brasil, masculina e feminina, às portas do século XXI optaram pela permanência no século XX ou, antes disso, no século XIX. Abrir o século XXI, ou abrir-se para ele, é o desafio para IPB contemporânea, especialmente, para suas mulheres, a fim de que a instituição religiosa promova e amplie o diálogo interno, inter-religioso e com a sociedade, os primeiros passos para o exercício legítimo da democracia, inclusão, luta contra preconceito e discriminação, e para o estabelecimento de um projeto de ética para todos
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