1 |
Pronomes de segunda pessoa no espaço maranhenseAlves, Cibelle Corrêa Béliche 11 December 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-03-04T11:54:35Z
No. of bitstreams: 1
2015_CibelleCorrêaBélicheAlves.pdf: 1529636 bytes, checksum: b59f47e71d1b1dc9ff36587a5744ed72 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-04-07T21:39:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_CibelleCorrêaBélicheAlves.pdf: 1529636 bytes, checksum: b59f47e71d1b1dc9ff36587a5744ed72 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-07T21:39:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_CibelleCorrêaBélicheAlves.pdf: 1529636 bytes, checksum: b59f47e71d1b1dc9ff36587a5744ed72 (MD5) / Trata-se de uma pesquisa de doutorado, intitulada “PRONOMES DE SEGUNDA PESSOA NO ESPAÇO MARANHENSE”, que tem como objetivo geral analisar a variação da segunda pessoa em uma dimensão entre e intrafalante. Configurando-se como um tema de pesquisa de interesse para os maranhenses – a saber, as peculiaridades do seu sistema pronominal de segunda pessoa, em que se destaca o uso do pronome tu –, a pesquisa tem como foco principal a configuração do sistema de tratamento mais próximo da realidade linguística do Estado, identificando, a partir da fala de ludovicenses escolarizados, os contextos e as variáveis linguísticas e sociais que estão regulando o uso daquela que, para muitos, é a marca linguística do falar maranhense: o tu seguido da concordância. O corpus selecionado para este trabalho é composto de dados de fala de um grupo de falantes que tinham como centro dois colaboradores alvo, um homem e uma mulher, gravados em situações de interação, a partir de observações participantes, uma das alternativas metodológicas de fugirmos da fala formal da entrevista, ou seja, observando “a pessoa em seu contexto social natural – interagindo com a família ou com seus pares” (LABOV, 2008 [1972], p. 63). O aparato teórico-metodológico utilizado é o da Teoria da Variação, proposta por Labov (2001, 2008 [1972], 2010). As discussões teórico-metodológicas, do ponto de vista da variação intrafalante, vão ainda ao encontro de Bell (1984, 2001) e Irvine (2001). A análise quantitativa dos dados foi feita através dos programas Varbrul 1988 e GoldvarbX 2001, e complementada com uma análise qualitativa sobre a variação estilística dos dois colaboradores alvo investigados. Os resultados da análise conjunta indicam que, de um modo geral, o tu sem concordância é a forma mais utilizada pelos falantes indicando, a nosso ver, que essa forma se trata de um uso comum à comunidade de fala ludovicense, isto é, é essa a forma que traduz sua identidade linguística ludovicense, ainda que sem a marca verbal de segunda pessoa. Por outro lado, o tu com concordância quando utilizado, é condicionado, dentre outros fatores, pelo contexto de interação e pelo papel do indivíduo na interação ratificando que nosso fenômeno é, sobremaneira, motivado por fatores interacionais. Isto é, observamos que, ao mudar seu estilo, de um menos formal para um mais formal, o falante mais escolarizado tenderá a substituir o tu sem concordância pela forma tu com concordância ou pelo você forma inovadora que, nesse mesmo espaço funcional, vem pouco a pouco ganhando espaço de forma prestigiada. A análise por indivíduo foi fundamental para observar que o efeito do sexo do falante pode ser decisivo na escolha de uma ou de outra forma de tratamento. Por fim, esperamos contribuir com as pesquisas que buscam a identificação do uso social da segunda pessoa no português falado no Brasil e, notadamente, em São Luís-MA, que apresenta, conforme aqui observado, um comportamento linguístico diversificado composto por pelo menos três formas pronominais para tratar seu interlocutor. / C’est une recherche de doctorat, intitulée “PRONOMES DE SEGUNDA PESSOA NO ESPAÇO MARANHENSE” qui a pour but principal d'analyser la variation de la deuxième personne dans une dimension entre e intrafalante. En configurant comme un sujet de recherche d'intérêt pour l’état du Maranhão – à savoir, les particularités de leur système pronominal de la deuxième personne, qui met en évidence l'usage du pronom tu – la recherche a comme objetif parler sur la configuration du système de traitement le plus près de la réalité linguistique de l'État, en identifiant, à partir du discours des ludovicenses scolarisés, les contextes et les variables linguistique et sociales qui sont à réglementer l'usage de ce qui est, pour beaucoup des gens, la marque linguistique du parler du Maranhão: tu com concordância (le tu suivi par l'accord). Le corpus sélectionné pour ce travail est constitué de données de parole d'un groupe de parlants qui avaient des deux individus cible, un homme et une femme, enregistrée dans des situations d'interaction, à partir d'observations des participants, l'un des alternatives méthodologique qui on avons de sortir du discours formel de l’entrevue sociolinguistique, c’est-à-dire, en observant “la personne dans leur contexte social naturel – interagissant avec la famille ou avec des pairs”(Labov, 2008 [1972], p. 63). L'appareil théorique-méthodologique utilisée suit le cadre théorique de la sociolinguistique quantitative. Les discussions théoriques et méthodologiques, du point de vue de la variation intrafalante, suit aussi les propositions théorique de Bell (1984, 2001) et Irvine (2001). Les résultats de l'analyse conjointe indiquent que, en général, tu sans accord (tu sem concordância) est la forme la plus utilisée par les parlants indiquant, à notre avis, que cette forme s’agit d’une usage très courante dans la communauté de parole ludovicense, c’est-à-dire, elle s’est présent comme une variante qui reflète l'identité linguistique ludovicense, même sans la marque verbale de la deuxième personne. Par ailleurs, tu suivi par l'accord (tu com concordância) quand il est utilisé, est conditionnée, entre autres facteurs, par le contexte de l'interaction et par le rôle de l'individu au sein de l’interaction em confirmant que notre phénomène d’etude est, surtout, motivée par des facteurs interactionnelles. C’est-`-dire, nous avons observé que, en changeant son style, moins formelle pour une plus formelle, les parlants plus scolarisés auront tendance à remplacer tu sans l'accord (tu sem concordância) par tu suivi par l'accord (tu com concordância) ou par vous (você) variante innovante que, dans ce même espace fonctionnel, petit à petit vient en avoir du lieu au l’espace des variantes prestigieux. L’analyse par individu était très important de noter que l'effet du sexe des sujets peut être décisif dans le choix de l'une ou l'autre forme d’adresse. Enfin, nous espérons contribuer avec les recherches qui travaillent en cherchant à identifier l'usage social de la deuxième personne dans les portugais parlé au Brésil et, surtout, à São Luís, qui dispose, comme on l'observe ici, d’un comportement linguistique diversifié composé, d'au moins, des trois pronoms pour s'adresser à ses locuteurs.
|
2 |
Uso variável dos pronomes-objeto na expressão do dativo e do acusativo de segunda pessoa em Santo Antônio de Jesus – BAAlmeida, Gilce de Souza 25 July 2014 (has links)
Submitted by Roberth Novaes (roberth.novaes@live.com) on 2018-10-01T16:24:15Z
No. of bitstreams: 1
Gilce Almeida.pdf: 2112998 bytes, checksum: 551cb0f5ccc49c3354d8396d48d0bfa7 (MD5) / Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-10-03T18:44:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Gilce Almeida.pdf: 2112998 bytes, checksum: 551cb0f5ccc49c3354d8396d48d0bfa7 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-03T18:44:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Gilce Almeida.pdf: 2112998 bytes, checksum: 551cb0f5ccc49c3354d8396d48d0bfa7 (MD5) / CNPQ / A reorganização do quadro pronominal do português brasileiro atinge diretamente a configuração dos pronomes-objeto. Para a representação do acusativo de segunda pessoa, por exemplo, é possível encontrarmos a concorrência entre, pelo menos, cinco formas: o/a, te, lhe, você e objeto nulo; na expressão do dativo, além dos clíticos lhe e te, destacam-se as estratégias com preposição – para/a ti, para/a você – e o objeto nulo. Partindo dessas considerações, este trabalho investiga, com base no aporte teórico-metodológico da sociolinguística laboviana, o uso variável das formas pronominais objetivas em referência ao interlocutor na variedade do português falada em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, com o propósito de identificar e analisar os condicionamentos linguísticos e extralinguísticos que atuam sobre as escolhas dessas formas e como elas se encaixam no sistema de tratamento dessa comunidade. Os dados submetidos à analise estatística pelo programa computacional Goldvarb foram extraídos de amostras de fala de 36 informantes, de ambos os sexos, distribuídos em três faixas etárias (25 a 35, 45 a 55 e 65 a 85 anos) e dois níveis de escolaridade (superior e fundamental). Para melhor explorar o nosso objeto de estudo, propusemos dois esquemas de análise, a saber: a) uso alternante dos clíticos lhe e te; b) alternância entre os clíticos e o pronome tônico você na configuração do objeto direto. Dentre os resultados obtidos, destacamos: a atuação do paralelismo discursivo como fator condicionante nos dois confrontos entre variantes; a conservação de lhe como forma interlocutória entre os falantes da faixa 3; a atribuição de um traço [+formalidade/respeito/cortesia] a esse clítico sobretudo pelos falantes mais jovens (25 a 35 anos); a prevalência de lhe no trato em relacões simétricas ascendentes e no discurso genérico; o favorecimento do preenchimento do objeto com clíticos em estruturas simples do tipo VT + OD, em detrimento do pronome tônico você, que prevalece em estruturas complexas em que o OD é seguido por complemento oblíquo oracional, predicativo ou oblíquo não-oracional e em estruturas com verbos causativos e perceptivos seguidos de sujeito com traço acusativo e oração infinita. Por fim, destacamos que este trabalho ratifica o emprego bastante acentuado de lhe como clítico acusativo de segunda pessoa em variedades do PB faladas no Nordeste. / The reorganization of the current pronoun system in Brazilian Portuguese directly affects the configuration of the object pronouns. For the representation of the second person accusative, for example, it is possible to find the concurrence among, at least, five forms: o/a/te/lhe/você and the null object; to express the dative, besides the clitics lhe and te, strategies with prepositions stand out - para/a ti, para/a você - and the null (neutral) object. Departing from these considerations, this research work, based on the theoretical and methodological assumptions of the Labovian sociolinguistics, investigates the variable usage of objective pronominal forms in reference to the interlocutor in the variety of Portuguese spoken in Santo Antônio de Jesus, in the region known as Recôncavo Baiano, with the purpose of identifying and analyzing the linguistic and extranlinguistic conditioning processes which act upon the choice for these forms and how they fit into the addressing system inside this community. The data subjected to statistical analysis through the Goldvarb computational program was extracted from speech samples of 36 participants, including both genders, distributed among three age groups (25 to 35, 45 to 55 and 65 to 85 years old) and two levels of formal education (higher and fundamental). In order to better explore our subject of study, two analytical schemes are proposed: a) alternate usage of the clitics lhe and te; b) shifting between the clitics and the tonic pronoun você in the configuration of the direct object. Among the results obtained, we highlight: the lessening of the discursive parallelism as a conditioning factor in the two confronts between the varieties; the maintenance of lhe as an interlocutory form among the speakers of age group 3; the attribution of a feature [+ formality/respect/courtesy] to this clitic, especially when used by the younger (25 to 35); the prevalence of lhe used in addressing inside ascendant symmetric relations and in the generic discourse; The tendency to fill the object with clitics in simple structures such as Transitive Verb (VT) + Direct Object (DO), in detriment to the tonic você, which prevails in complex structures in which the DO is followed by the oblique complement, predicative or oblique non-clausal and in structures with causative and perceptive verbs followed by a subject with accusative feature and infinite sentence. Finally, we emphasize that this work ratifies the much salient application of lhe as a second person accusative clitic in the varieties of the Brazilian Portuguese spoken in the Northeastern region.
|
3 |
A fala brasiliense : origem e expansão do uso do pronome tuAndrade, Carolina Queiroz 15 December 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2015. / Submitted by Camila Duarte (camiladias@bce.unb.br) on 2016-07-14T16:44:22Z
No. of bitstreams: 1
2016_CarolinaQueirozAndrade.pdf: 8439914 bytes, checksum: e8c57a56fc9de389557d86fdc84b45ea (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2017-02-15T21:07:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_CarolinaQueirozAndrade.pdf: 8439914 bytes, checksum: e8c57a56fc9de389557d86fdc84b45ea (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-15T21:07:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_CarolinaQueirozAndrade.pdf: 8439914 bytes, checksum: e8c57a56fc9de389557d86fdc84b45ea (MD5) / O presente trabalho analisa a focalização do dialeto brasiliense, voltando-se para o estudo da variação dos pronomes de segunda pessoa do singular você/ cê/ tu na fala de crianças e adolescentes nativos de Brasília. Com base na Teoria da Variação e Mudança Linguística, delineada por Weinreich, Labov & Herzog (1968), esse estudo pauta-se por investigar o uso real da língua, realizando análise a partir de um quantitativo expressivo de dados, tratados estatisticamente pelos programas Varbrul (1988/1989) e GoldvarbX (2005). Assim, investigam-se quais fatores linguísticos e sociais favorecem a ocorrência do pronome tu, variante inovadora nessa comunidade de fala, e associam-se esses resultados à evidências sobre o fenômeno da focalização dialetal. Ao que tudo indica, por influência da alta migração nordestina para Brasília, desde sua fundação, o tu surge no dialeto brasiliense a partir da década de 2000, e se espraia, posteriormente, por influência da própria comunidade. Durante as primeiras décadas da cidade, ocorria o processo conhecido por neutralização, em que a variante inovadora não ocorria em Brasília justamente porque as formas marcadas tendem a não ocorrer, e o tu é, em termos gerais, marcado no português brasileiro. Já no período posterior à neutralização, conhecido por focalização, as marcas já são possíveis de ocorrer, e ocorrem no novo dialeto. A incidência de tu na fala brasiliense pode, então, ser interpretada como uma forte evidência de que esta cidade está vivendo o momento de focalização de seu dialeto. As contribuições dessa tese permitem que se discutam critérios para nortear teorizações de como ocorre a focalização dos dialetos nascituros, tópico ainda pouco discutido na literatura linguística. Além disso, a presente tese também discute um espectro de influências que regem a variação pronominal no dialeto brasiliense, como sexo, faixa etária, localidade, tipo de escola, interação, função sintática, paralelismo, entre outros. / The present work analyzes the focusing on Brasilia dialect, turning to the study of variation of second person pronouns singular você / cê / tu speech of native children and adolescents of Brasilia. Based on the Theory of Variation and Change, delineated by Weinreich, Labov & Herzog (1968), this study pursues to investigate the current use of the language, performing analysis from a significant quantity of data processed statistically by VARBRUL (1988/1989) and GoldvarbX (2001) programs. Thus, it investigates which linguistic and social factors enable the occurrence of the pronoun tu, innovating variant in that linguistic community, and those results are associated with the evidence about the focusing. Apparently, tu appears in Brasilia dialect from 2000s through the influence of a lot of migration of Northeast people to Brasilia, and spreads later, under the influence of the community. During the first decades of the city, occurred the period known as neutralization, in which the innovative variant did not occur in Brasilia precisely because the marked forms tend not to occur, and tu is, in general terms, marked in Brazilian Portuguese. As for the period after the neutralization, known as focalization, the marks are already likely to occur in the new dialect. The incidence of tu in the Brasilia speech can then be interpreted as a strong evidence that this city is living the moment to focused on their dialect. The contributions of this thesis allow one to discuss criteria to guide theories as how occurs the focalization of the unborn dialects (topic still not common in the linguistic literature). In addition, this thesis also discusses other influences concerning the pronoun variation in Brasilia dialect, such as sex, age, locality, type of school, interaction, syntax function, parallelism, among others.
|
4 |
Varia??o entre os pronomes tu e voc? na fun??o de sujeito na fala de Natal (RN): uma abordagem sociofuncionalistaSilva, Francielly Coelho da 23 March 2015 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-03-31T22:16:13Z
No. of bitstreams: 1
FranciellyCoelhoDaSilva_DISSERT.pdf: 1618513 bytes, checksum: c4f6af74f49de6f0f275299634286029 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2016-04-01T21:58:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1
FranciellyCoelhoDaSilva_DISSERT.pdf: 1618513 bytes, checksum: c4f6af74f49de6f0f275299634286029 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-01T21:58:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
FranciellyCoelhoDaSilva_DISSERT.pdf: 1618513 bytes, checksum: c4f6af74f49de6f0f275299634286029 (MD5)
Previous issue date: 2015-03-23 / ? luz de uma abordagem sociofuncionalista (TAVARES, 2003; 2013; G?RSKI;
TAVARES, 2013), analiso 378 dados dos pronomes tu e de voc?, extra?dos de 12
conversa??es integrantes do Banco Conversacional de Natal (CUNHA, 2010). Tenho
como objetivos: (i) mapear tend?ncias lingu?sticas e extralingu?sticas de
especializa??o dos pronomes sujeitos de segunda pessoa do singular tu e voc? na
conversa??o de Natal (RN); (ii) avaliar o papel do princ?pio da persist?ncia
(HOPPER, 1991) como um poss?vel elemento motivador das tend?ncias de
especializa??o dos pronomes tu e voc?; (iii) identificar em qual dos seis subsistemas
pronominais propostos por Scherre et al. (2009) se insere o da conversa??o de Natal
retratada neste estudo. A fim de alcan?ar os objetivos propostos, submeti os dados a
tratamento estat?stico multivariado para o fornecimento de frequ?ncias e pesos
relativos. Obtive, como grupos de fatores relevantes, de acordo com a an?lise
estat?stica, a natureza da rela??o entre os interlocutores (se a rela??o ? assim?trica,
pouco ?ntima e mais formal, o uso do voc? ? favorecido, se a rela??o ? sim?trica,
?ntima e informal, o uso do tu ? favorecido); o grau de formalidade do ambiente em
que ocorre a conversa??o (em ambientes mais informais o tu foi favorecido; em
ambientes mais formais, o voc? foi favorecido); e o tipo de discurso (relatado/n?o
relatado) (o tu foi favorecido no discurso n?o relatado e o voc? foi favorecido no
discurso relatado). Com base nos resultados referentes a esses grupos de fatores,
organizei o quadro de especializa??es dos pronomes tu e voc?, observando que o tu
parece especializado para contextos de uso mais informais do que aqueles para os
quais o voc? parece especializado. A motiva??o subjacente a essas tend?ncias de
especializa??o pode ser o princ?pio da persist?ncia, pois, ao longo de seu
desenvolvimento hist?rico, o voc? manifesta um tra?o de maior formalidade ou, ao
menos, de menor intimidade, quando contrastado com o tu. Por fim, conclu? que, dos
seis subsistemas pronominais propostos por Scherre et al. (2009), a comunidade de
fala de Natal pode ser enquadrada no quinto, caracterizado pelo uso vari?vel dos
pronomes sujeito tu e voc?, com frequ?ncia maior de uso de voc? do que de tu, e
rara ocorr?ncia de concord?ncia do tu com verbo de segunda pessoa do singular. / In this dissertation, under the light of a sociofunctionalist approach (TAVARES, 2003;
2013; GORSKI; TAVARES, 2013), I analyze 378 data of pronouns tu and voc?
extracted from 12 conversations belonging to Natal Conversational Data Base
(CUNHA, 2010). I have the following objectives: (i) mapping linguistic and extralinguistic
specialization trends of second person singular subject pronouns tu and
voc? in the speech of Natal (RN); (ii) assessing the role of the principle of persistence
(HOPPER, 1991) as a possible motivating factor of specialization trends of pronouns
tu and voc?; (iii) identify in which of the six pronouns subsystems proposed by
Scherre et al. (2009) is situated the speech community of Natal portrayed in this
study. In order to achieve the proposed objectives, I submitted the data to
multivariate statistical analysis, which have provided frequencies and relative
weights.I obtained, as relevant factor groups, according to the statistical analysis, the
nature of the relationship between the interlocutors (if the relationship is asymmetric,
less intimate, and more formal, the use of voc? is favored; if the relationship is
symmetrical, intimate and informal, the use of tu is favored); the degree of formality of
the environment in which the conversation takes place (in more informal
environments tu was favored; in more formal environments voc? were favored); and
the type of discourse (reported / not reported) (tu was favored in not reported
discourse and voc? was favored in reported discourse). Based on results regarding
to these factors groups, I organized a panorama of specializations of pronouns tu and
voc?, noting that tu seems specialized for more informal contexts of use than those
for which voc? seems specialized. The motivation underlying these trends of
specialization may be the principle of persistence, since along its historical
development, voc? carries a trace of greater formality or, at least, less intimacy, when
contrasted to tu. Finally, I concluded that, of the six pronoun subsystems proposed by
Scherre et al. (2009), the speech community of Natal can be framed in the fifth,
characterized by variable use of subject pronouns tu and voc?, with more frequent
use of voc? than tu, and rare occurrence of agreement of tu with second-person
singular verb.
|
5 |
Os possessivos de segunda pessoa em cartas de leitores de jornais brasileiros dos s?culos XIX e XXVargas, Marly Rocha Medeiros de 31 March 2014 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-07-08T20:39:35Z
No. of bitstreams: 1
MarlyRochaMedeirosDeVargas_DISSERT.pdf: 1071581 bytes, checksum: 8298c0862d2a97f656f6589b13af9a1b (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2016-07-11T19:46:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1
MarlyRochaMedeirosDeVargas_DISSERT.pdf: 1071581 bytes, checksum: 8298c0862d2a97f656f6589b13af9a1b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-11T19:46:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
MarlyRochaMedeirosDeVargas_DISSERT.pdf: 1071581 bytes, checksum: 8298c0862d2a97f656f6589b13af9a1b (MD5)
Previous issue date: 2014-03-31 / Com base nos pressupostos te?rico-metodol?gicos da teoria da varia??o e da mudan?a lingu?stica (cf. WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]), segundo os quais a heterogeneidade na/da l?ngua lhe imprime um car?ter intr?nseca e eminentemente vari?vel, nesta disserta??o, descreve-se e analisa-se o processo de varia??o/mudan?a envolvendo o quadro dos pronomes possessivos de segunda pessoa em cartas de leitores de jornais brasileiros dos s?culos XIX e XX. Essas cartas apresentam um retrato da impressa brasileira das regi?es sul (Santa Catarina), sudeste (Rio de Janeiro) e nordeste (Bahia e Rio Grande do Norte) nos diferentes s?culos e fazem parte do corpus m?nimo comum impresso do Projeto para a Hist?ria do Portugu?s Brasileiro (PHPB). Parte-se do pressuposto de que o uso das formas variantes para a express?o dos pronomes possessivos de segunda pessoa - teu/vosso/seu - resultam da intera??o que caracterizam os pap?is sociais v?rios exercidos pelos interlocutores nas cartas. Configurando unidades comunicativas que re?nem elementos/tra?os denotadores de espa?o e tempo condicionados e determinados por aspectos s?cio-hist?ricos e culturais, as cartas de leitores mostraram-se como universo promissor de pesquisa na perspectiva aqui eleita para estudo. Mais especificamente, na esteira de resultados apresentados em estudos sobre o sistema pronominal na diacronia do/no Portugu?s Brasileiro (PB), nos quais se inserem aqueles referentes aos possessivos (FARACO, 2002; LORENGIAN-PENKAL, 2007; CALLOU; LOPES, 2003; LOPES; DUARTE, 2003; MENON, 2005; ARDUIN; COELHO, 2005; LOPES, 2009; MARCOTULIO, 2010), os resultados obtidos na an?lise apontam para diferentes usos dos possessivos, registrando-se a coexist?ncia das formas teu/tua, seu/sua e vosso/vossa fortemente condicionadas pela natureza s?cio-discursiva das cartas de leitores no curso dos s?culos e pela diferentes regi?es. / Based on the theoretical and methodological presuppositions of the theory of language variation and change (cf. WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]), it is described and analyzed in this article the process of variation/change concerning the second person possessive pronouns in letters from readers of Brazilian newspapers from the XIX and XX centuries. These letters feature a portrait of the Brazilian press from the South (Santa Catarina), Southeast (Rio de Janeiro) and Northeast (Bahia and Rio Grande do Norte) regions in each century and are part of the Project for Brazilian Portuguese History?s (PHPB) printed common minimal corpus. The point of departure of this work is the idea that the use of variant forms of expressing second person possessive pronouns ? teu and seu ? results from the interaction characterizing the varied social roles performed by the letters? senders. Arranging communicative units, which gather elements/features denoting time and space, conditioned and determined by socio-historical and cultural aspects, the readers? letters, turn out to be a promising research field under the light of this paper. More specifically, In the row of presented results in studies about the pronominal system in the diachroneity of/in Brazilian Portuguese (PB) (FARACO, 2002; LORENGIAN-PENKAL, 2007; CALLOU; LOPES, 2003; LOPES; DUARTE, 2003; MENON, 2005; ARDUIN; COELHO, 2006; LOPES, 2009; MARCOTULIO, 2010), the results featured in here point at different usages of the possessives, noticing the coexistence of the forms teu/tua and seu/sua strongly conditioned by the socio-discursive nature of the readers? letters in the course of the centuries and through different regions.
|
6 |
O uso do tu e do vocà no portuguÃs falado no MaranhÃoCibelle CorrÃa BÃliche Alves 09 June 2010 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico do MaranhÃo / Ce travail a comme objectif faire une âphotographie sociolinguistiqueâ du portugais
parlà au MaranhÃo en ce qui concerne lâusage du tu et du vocÃ. Il sÂagit dÂune Ãtude gÃosociolinguistique,
liÃe à deux thÃories de la variation regionale â la dialectologie et la
sociolinguistique. Cette recherche veut vÃrifier lâimportance des variables socialesâ localitÃ,
groupe dâÃge, sexe et scolarità â et des variables linguistiques â concordance, type de
rÃfÃrence et type de discours â dans le comportament des parlants par rapport à lâusage du tu
et du vocÃ. Le corpus de la recherche, constituà dâaprÃs les donnÃes du Atlas LinguÃstique do
MaranhÃo â Projet ALiMA, est le rÃsultat de lâapplication de 28 interviews rÃalisÃes avec des
informants des deux sexes et de deux groupes dâÃge (18- 30 ans) et (50-65 ans), dans les villes
de SÃo LuÃs et Pinheiro (RÃgion Nord), Bacabal et Tuntum (RÃgion Centre), et Alto ParnaÃba
et Balsas (RÃgion Sud). Lâanalyse des donnÃes rÃvÃle que, statistiquement, vocà est la forme
la plus frÃquente dans le dialecte maranhense, avec un pourcentage de 61.6% de lâÃchantillon
total. Lâanalyse des donnÃes indique aussi que lâalternance du tu et du vocà est conditionnÃe
par lâÃge du parlant et par la località oà il habite. Le facteur linguistique type de discours est
important aussi pour la sÃlection des formes en Ãtude. Du point de vue de la variation
diastratique, les sujets plus scolarisÃs manifestent une tendance à lâusage du tu avec la
concordance verbale. Le rÃsultat est reprÃsentà en cartes gÃo-linguistiques qui nous
permettent une vision gÃnÃrale de comment ces formes sont distribuÃes dans le dialecte
maranhense. / O objetivo deste trabalho à fazer uma âfotografia sociolinguÃsticaâ do portuguÃs
falado no MaranhÃo no que concerne ao uso de tu e de vocÃ. Constituindo-se em um estudo de
natureza geo-sociolinguÃstica, ao aliar dois enfoques teÃricos da variaÃÃo regional â a
dialetologia e a sociolinguÃstica, a pesquisa verifica a relevÃncia das variÃveis sociais â
naturalidade, faixa etÃria, sexo e escolaridade â e das variÃveis linguÃsticas â concordÃncia,
tipo de referÃncia e tipo de relato â, no comportamento dos falantes com relaÃÃo ao uso das
formas tu e vocÃ. O corpus da pesquisa, constituÃdo a partir do banco de dados do Atlas
LinguÃstico do MaranhÃo â Projeto ALiMA, Ã o resultado da aplicaÃÃo de 28 entrevistas
realizadas com informantes de ambos os sexos, agrupados em duas faixas etÃrias (18- 30
anos) e (50-65 anos), nos municÃpios de SÃo LuÃs e Pinheiro (MesorregiÃo Norte), Bacabal e
Tuntum (MesorregiÃo Centro) e Alto ParnaÃba e Balsas (MesorregiÃo Sul). A anÃlise dos
dados revela que, estatisticamente, o vocà se mostra como a forma mais frequente no falar
maranhense, ao apresentar percentual de 61.6% das ocorrÃncias. A anÃlise mostra ainda que a
alternÃncia de tu e vocà à condicionada pela idade do falante e pela localidade à qual pertence.
O fator linguÃstico tipo de relato tambÃm tem forte atuaÃÃo na seleÃÃo das formas
investigadas. JÃ a variaÃÃo diastrÃtica atua no sentido de os mais escolarizados tenderem a
usar o tu seguido da concordÃncia verbal. O resultado està representado em cartas geolinguÃsticas
de modo a dar uma visÃo geral de como essas formas estÃo distribuÃdas no falar
maranhense.
|
7 |
Quem te viu quem lhe vê: a expressão do objeto acusativo de referência à segunda pessoa na fala de SalvadorAlmeida, Gilce de Souza January 2009 (has links)
193f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-05-13T18:50:12Z
No. of bitstreams: 1
Dissertacao Gilce Almeida.pdf: 991405 bytes, checksum: f94877bc021f04ca3fdeeb860dd5c7be (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-05-16T17:42:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertacao Gilce Almeida.pdf: 991405 bytes, checksum: f94877bc021f04ca3fdeeb860dd5c7be (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-16T17:42:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao Gilce Almeida.pdf: 991405 bytes, checksum: f94877bc021f04ca3fdeeb860dd5c7be (MD5)
Previous issue date: 2009 / Em Salvador, alternam-se, pelo menos, quatro formas para representar o objeto direto de segunda pessoa: i) o uso de te; ii) o uso de lhe; iii) o uso de você e iv) a estratégia com o objeto nulo. Neste trabalho, com base no aporte teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista, investigam-se os fatores linguísticos, pragmático-discursivos e sociais que presidem a escolha do falante por uma das formas disponíveis. Para tanto, tomaram-se como corpus amostras de falas de 36 pessoas, distribuídas pelos dois sexos, em três faixas etárias: faixa 1 (25 a 35 anos), faixa 2 (45 a 55 anos), faixa 3 (65 a 75 anos), considerando-se os níveis de escolaridade: ensino fundamental e ensino superior. Os dados analisados apontaram para um uso bastante equilibrado das variantes te e lhe no tratamento do interlocutor, evidenciando que, na capital baiana, o clítico lhe, contrário ao que prescreve a tradição gramatical, alterna-se entre o dativo e o acusativo. Dentre os resultados obtidos na análise quantitativa, realizada com o suporte do pacote de programas estatísticos VARBRUL, a faixa etária mostrou-se um fator importante para explicar a variação te e lhe, apontando para o fato de que há em Salvador uma mudança em curso em direção à forma te. Na análise da variável sexo, pôde-se verificar que a mudança em questão é liderada pelas mulheres. A análise dos dados também revelou que, em contextos de maior monitoramento da fala, a preferência do falante é pela forma lhe, enquanto o clítico te, que traduz mais informalidade, é preferido em contextos menos monitorados. A variável escolaridade não se mostrou relevante para nenhuma das variantes, evidenciando que não há, na comunidade de fala, estigmatização das formas. / Salvador
|
8 |
A alternÃncia das formas pronominais tu, vocà e o (a) senhor (a) na funÃÃo de sujeito no portuguÃs falado em Cametà - PA / Alternation of pronominal forms of reference to the second person, Tu/VocÃ/o(a) Senhor(a), in the subject function, in the Portuguese spoken in CametÃ-PA.Raquel Maria da Silva Costa 14 April 2016 (has links)
nÃo hà / Esta Tese apresenta um estudo sobre a alternÃncia das formas pronominais de referÃncia à segunda pessoa, Tu/VocÃ/o(a) Senhor(a), na funÃÃo de sujeito, no portuguÃs falado na zona urbana do municÃpio de CametÃ, Nordeste do estado do ParÃ. Adota, como quadro teÃrico, a interface entre dois postulados teÃricos: a Teoria da VariaÃÃo e MudanÃa LinguÃstica e o Funcionalismo linguÃstico, gerando dessa forma uma abordagem caracterizada no Ãmbito dos estudos linguÃsticos de sociofuncionalista. Nossa pesquisa objetiva analisar o papel de fatores linguÃsticos (referÃncia do pronome, estrutura do verbo, paralelismo estrutural, tipo de relato/discurso, tipo de frase, tempo discursivo do verbo e tempo gramatical do verbo) e de fatores extralinguÃsticos ou sociais (sexo/gÃnero, faixa etÃria, nÃvel de escolaridade e relaÃÃo social entre os interlocutores) como motivadores do comportamento variÃvel de tu/vocÃ/o(a) senhor(a) em funÃÃo de sujeito. O corpus contÃm dados de interaÃÃes face a face de 16 grupos focais, cada qual constituÃdo por 04 (quatro) sujeitos participantes, sendo um o informante-base, todos cametaenses, estratificados de acordo com a faixa etÃria (21 a 29 anos e 32 a 42 anos), o sexo/gÃnero (masculino e feminino) e o nÃvel de escolaridade (mÃdio e superior), totalizando 64 participantes. Na fala dos 16 informantes-base, obtivemos 527 dados de uso de Tu, Vocà e o(a) Senhor(a), os quais foram analisados quantitativamente (mediante uso do pacote estatÃstico GOLDVARB) e qualitativamente, seguindo os pressupostos teÃricos da sociolinguÃstica laboviana e do funcionalismo norte-americano. Os resultados apontaram 307 ocorrÃncias da forma pronominal tu, 182 de vocà e apenas 38 da forma o(a) senhor(a), o que corresponde, respectivamente, a 58.3%, 34.5% e 7.2%. Observamos que a forma tu à favorecida quando se encontra em paralelismo sintÃtico tu-tu, pela frase exclamativa, pela referÃncia indireta/direta a um indivÃduo, pelos homens, falantes do ensino mÃdio e nas interaÃÃes socialmente simÃtricas; a forma vocà à tambÃm motivada pelo princÃpio do paralelismo sintÃtico, vocÃ-vocÃ, ocorre com maior frequÃncia em referÃncia indireta a um interlocutor ou grupo de denotaÃÃo genÃrica e na fala prÃpria/discurso direto; em relaÃÃo à forma o(a) senhor(a), observamos que à condicionada pelo tipo de frase interrogativa, referÃncia direta/especÃfica a um indivÃduo, fala reportada (do prÃprio falante e/ou terceira pessoa), preferida pelos mais jovens e pelas mulheres. No Ãmbito do Sociofuncionalismo, ao avaliarmos a correlaÃÃo entre variÃvel dependente e variÃveis independentes pelo princÃpio da marcaÃÃo, verificamos que a forma tu à menos marcada na linguagem cametaense, considerando-se a distribuiÃÃo de frequÃncia e a complexidade estrutural. Portanto, ocorre preferencialmente em ambientes menos marcados, atestando o princÃpio da marcaÃÃo (GIVÃN, 1995), como em: contextos de estruturas paralelas tu-tu e tipo de referÃncia especÃfica direta e indireta a um interlocutor. A forma vocÃ, de menor frequÃncia e maior complexidade estrutural e cognitiva, por isso mais marcada, encontra predileÃÃo, nos contextos mais marcados, como: referÃncia genÃrica e frase do tipo declarativa negativa. Da mesma forma o(a) senhor(a), pronome marcado na lÃngua, ocorre em contextos mais marcados tambÃm, de maior complexidade estrutural e cognitiva, como frases interrogativas e negativas. / This thesis presents a study of the alternation of pronominal forms of reference to the second person, Tu/VocÃ/o(a) Senhor(a), in the subject function, in the Portuguese spoken in the urban area of CametÃ, Northeast of the State of ParÃ. It adopts, as a theoretical framework, the interface between two postulates: Linguistic Variation and Change Theory and Linguistic Functionalism, generating a featured approach within the language studies of social functionalist. Our research intends to analyze the role of linguistic factors (pronoun reference, verbal structure, structural parallelism, type of report/speech, type of sentence, discursive tense and grammatical tense) and of extralinguistic or social factors (sex/gender, age, level of education and social relationship between the interlocutors) as motivators of the variable behavior of tu/vocÃ/o(a) senhor(a) in the subject function. The corpus contains data of face to face interaction of 16 focus groups, each one constituted by 04 (four) participant individuals, with one being the basis informant, all born in CametÃ, stratified by age (21-29 years old and 32-42 years old), gender (male and female) and level of education (high school and higher education), totalizing 64 participants. By the basis informants speech, we got 527 data uses of Tu, Vocà e o(a) Senhor(a), which were quantitatively (via use of the statistical package GOLDVARB) and qualitatively analyzed, following the theoretical assumptions of the labovian sociolinguistic and of the North American functionalism. The results pointed 307 occurrences of the pronominal form tu, 182 of vocà and only 38 of o(a) senhor(a), which represents, respectively, 58.3%, 34.5%, e 7.2%. We noticed that the tu form is favored when in syntactic parallelism tu-tu, by the exclamatory sentence, by the indirect/direct reference to a individual, by men, high school speakers and on socially symmetric interactions; the form vocà is also motivated by the syntactic parallelism vocÃ-vocà principle, it occurs with higher frequency in indirect reference to an interlocutor or a group of generic denotation and in the own speech/direct speech; regarding the form o(a) senhor(a), we noticed that it is conditioned by the interrogative sentence, direct/specific reference to an individual, reported speech (of the own speaker and/or third person), preferred by younger individuals and by the women. Within the Social functionalism, evaluating the correlation between dependent variable and independent variables by the principle of marking, we noted that the form tu is less marked in the language of CametÃ, considering the distribution of frequency and structural complexity. Therefore, it occurs in less marked environments, attesting the principle of marking (GIVÃN, 1995), as in: contexts of parallel structures tu-tu and specific direct and indirect type of reference to an interlocutor. The form vocÃ, that presents less frequency and greater structural and cognitive complexity, hence more marked, finds predilection, in more marked contexts, as: generic reference and negative declarative type of sentence. Similarly o(a) senhor(a), marked pronoun in the language, also occurs in more marked, of greater structural and cognitive complexity, contexts, as interrogative and negative sentences.
|
9 |
A moralidade da igualdade / The Morality of EqualityPetroni, Lucas Cardoso 31 July 2017 (has links)
A pesquisa tem como objetivo geral defender uma interpretação específica do valor da igualdade. Contra teorias que não reconhecem a igualdade como um valor moral intrínseco - como as teorias libertarianas, instrumentalistas e suficientaristas da justiça -, e contra a visão distributivista da igualdade - encontrada, por exemplo, no chamado igualitarismo de fortuna - a tese formula e avalia com base em argumentos normativos uma interpretação relacional do valor da igualdade denominada de igualitarismo social. A especificidade do igualitarismo social encontra-se em seu fundamento: um ideal de respeito mútuo responsável por governar as relações interpessoais entre pessoas livres e iguais. Ao defender a plausibilidade de concepções relacionais de igualdade, espera-se demonstrar que a igualdade social é capaz fornecer uma base (i) coerente, (ii) moralmente relevante, e (iii) distributivamente determinada para a justiça igualitária. Para isso, a tese argumenta, em primeiro lugar, que o uso da coerção coletiva entre iguais em autoridade demanda uma forma especifica de justificação intrapessoal uma atitude que denominarei de respeito deliberativo. Com base na noção de respeito deliberativo é possível ressaltar a existência de um tipo determinado de desrespeito igualitário, qual seja: o desrespeito performativo na reivindicação de direitos. A ideia de respeito deliberativo pode ser formulada com base nas contribuições filosóficas recentes de uma moralidade de segunda de pessoa, tal como formulada por Stephen Darwall, isto é, como um tipo de justificação normativa fundada na responsabilização mútua entre agentes morais. Finalmente, a tese argumenta que o igualitarismo social é compatível com princípios gerais de justiça social. Dois desses princípios são apresentados e analisados: (i) o princípio de mínimo cívico e (ii) o princípio de participação na riqueza social. De um ponto de vista igualitário, atender às exigências de ambos os princípios deve ser compreendido como uma condição de necessidade para uma cidadania democrática justa. / The work holds that the value of equality is best understood in a determined way. Against nonegalitarian theories such as libertarian, instrumentalist and sufficentarian theories - on one side, and distributive-based theories such as the luck egalitarianism - on the other, the thesis offers and evaluate, based on normative arguments, a relational interpretation of egalitarianism to be called social egalitarianism. What makes social egalitarianism a distinctive type of theory is its normative foundation: an ideal of mutual respect responsible for governing the interpersonal relations between free and equal persons. The work intends to show that a relational interpretation of equality is able to provide the basis for a (i) coherent, (ii) morally relevant, and (iii) distributive determined ground for egalitarian theories of justice. In order to stablish all that, it shows, first, how the legitimate exercise of political coercion among equals in authority brings about a particular kind of interpersonal attitude, called deliberative respect. Next, it is argued that the notion of deliberative respect allows us to conceptualize a particular instance of disrespect among equals, namely, the performative disrespect against a right-holder, and showing why respectful relations among equals in authority should be framed in a secondperson standpoint morality a morality according to each people are mutually accountable to each other - as the idea has been developed by Stephen Darwall. Finally, the work argues for the conceptual compatibility between social egalitarianism, on one hand, and distributive principles of justice, on the other. Two principles of justice are considered: (i) the principle of the civic minimum and (ii) the principle of participation in social wealth. From an egalitarian standpoint, both principles are required in order to bring about a just democratic citizenship.
|
10 |
O uso variável do pronome de segunda pessoa você(s)/cês(s) na cidade de São Paulo / The variable use of the second person pronoun você(s)/cê(s) in the city of São PauloNascimento, Ivanete Belem do 17 February 2011 (has links)
Esta dissertação trata da variação no uso do pronome de segunda pessoa (singular e plural) na cidade de São Paulo. Duas formas alternativas são empregadas nessa comunidade de fala: a variante plena você(s) e a forma foneticamente reduzida cê(s). A pesquisa é desenvolvida de acordo com os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista. Foram desenvolvidas análises sincrônica e diacrônica com dados extraídos de duas amostras (NURC-SP-1970 e GESOL-SP-2000). Os resultados evidenciam um equilíbrio na distribuição das duas variantes nessa comunidade de fala. Embora se verifique uma típica mudança em progresso (tempo aparente) na década de 1970, a análise dos anos 2000 revela um caso de variação estável na comunidade de fala. Nos anos 2000, a variante inovadora, a forma reduzida cê, tende a ser favorecida pelos informantes mais jovens e pelas mulheres acima de 50 anos de idade. Cê é desfavorecida entre os indivíduos de uma faixa etária intermediária (entre 35 e 45 anos) o que pode estar relacionado a questões de monitoramento da fala e ao mercado linguístico (Paiva & Duarte, 2003). Adicionalmente, cê tende a ser evitado entre os indivíduos mais escolarizados; e é favorecido em interações cujos informantes são familiares ou amigos. De um ponto de vista linguístico, o emprego das variantes é correlacionado pelo Princípio do Contorno Obrigatório e por questões morfossintáticas, semânticas e discursivo-cognitivas, com especial atenção à referência do pronome. Os resultados corroboram a hipótese de cliticização da variante reduzida, mas fornecem um contra-argumento à correlação direta entre erosão fonética e abstratização semântica, defendida na literatura sobre gramaticalização. / This master thesis analyzes the variation in the use of the second person pronoun (singular and plural) in the city of São Paulo. Two alternative forms are employed: você you, and a phonetically reduced form cê you. The research is developed according to the theoretical and methodological framework of Variationist Sociolinguistics. Both synchronic and diachronic multivariate analyses are pursued, with data extracted from two samples (NURC-SP-1970 and GESOL-SP-2000). The results show a balance in the distribution of the two variants in the speech community. Although it was observed a typical change in progress (apparent time) in the 1970s, the analysis of the 2000s data reveals a case of stable variation in the speech community. In the 2000s, the innovative, phonetically reduced variant tends to be favored by younger people and women over 50 years old. Cê is disfavored among individuals between 35 and 45 years which can be related to issues of speech monitoring and the linguistic market (Paiva & Duarte, 2003). In addition, cê tends to be avoided by those whose level of education is higher, and is favored in conversations between informants who are friends or relatives. From a linguistic perspective, the use of variants is correlated by the Obligatory Contour Principle (OCP) and by morphosyntactic, semantic and discursive-cognitive factors, with special attention to the reference of the pronoun. Results confirm the hypothesis of cliticization of the reduced variant, but reveal a counterargument for the direct correlation between \"phonetic erosion\" and \"semantic abstraction\", which has been claimed in the literature on grammaticalization
|
Page generated in 0.0611 seconds