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O não-ser na ontologia de Platão : um estudo da Republica, V(475 d1 - 480 a13) ao Timeu (47 e3 - 52 d4)Araujo Junior, Anastacio Borges de 27 July 2005 (has links)
Orientador: Alcides Hector Rodriguez Benoit / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-05T10:22:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: Este trabalho trata do problema do não-ser na ontologia de Platão, a partir dos diálogos 'República', V (475 dI - 480 a13) e 'Timeu' (47 e3 - 52 d4). Com relação ao trecho da 'República', apresenta um exame do seu sentido ético-político - caracterizar o filósofo como aquele apto para governar a cidade fundada em argumentos racionais - assim como o seu sentido epistemológico - discriminar o ser e o parecer, ou seja, determinar a ciência e a opinião. Mas, o sentido ontológico da realidade do não-ser, estabelecido nessa passagem, não parece evidente. A pesquisa mostra, então, que há uma aporia ontológica contida na suposição da realidade do nãoser e que, esta paradoxal realidade aponta, a partir do testemunho de Aristóteles, para o diálogo 'Timeu', no qual Platão parece avançar nessa mesma aporia, ao estabelecer o não-ser como algo,
originariamente, indeterminado, um ser noutro sentido, uma espécie de receptáculo que abriga em si todas as coisas que vem a ser, dando-Ihes morada temporária. Dessa perspectiva, o suposto dogmatismo platônico estaria acolhendo a possibilidade de algo impensável no ser, enquanto totalidade do que é. No extremo, a pesquisa sugere que Platão, no 'Timeu', reconhece que a inteligência tenha sido forçada a admitir, através do conceito de chôra, o ininteligível, o mistério do ser / Abstract: This work deals with the problem of non-being in Plato's ontology based on the dialogues in the 'Republie', V (475dl-480a13) and the 'Timaeus' (47 e3 - 52 d4). In relation to the passage in the 'Republie', it presents an examination of the ethie-politieal meaning - eharaeterizes the philosopher as the one able to govern the eity that was funded in rational arguments - as well as the its epistemologieal meaning -deseribe the being and the appearance, that is to say, to determine the science and the opinion. However, the ontologieal meaning of the reality of the non-being, whieh is established in this passage, doesn't seem evident. The researeh
shows that there is an ontologieal aporia in the supposition of the reality of the non-being and that this paradoxal reality, based on Aristotle, points to the dialogue 'Timaeus' in whieh Plato seems to advanee in the same aporia when he identifies the non-being as something originally undetermined, a being in other sense, a sort of reeeiver that shelters in itself all the things that are be, giving them temporary residenee. In this perspeetive, the supposed platonie dogmatism would be aeeepting the possibility of something unthinkable about on the being, while totality of what is. In an extreme, this researeh suggest that Plato, in the 'Timaeus', reeognizes that the
intelligenee might have been foreed to admit, through the eoneept of chôra, the unintelligible, the mystery of the being / Doutorado / Historia da Filosofia Antiga / Doutor em Filosofia
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[en] FROM HUMAN TO DIVINE MÍMESIS: A BRIEF STUDY ON THE NOTIONS OF PAINTING AND SCULPTURE IN PLATO S SOPHIST, TIMAEUS AND LAWS / [pt] DA MÍMESIS DIVINA À HUMANA: UM BREVE ESTUDO SOBRE AS NOÇÕES DE PINTURA E ESCULTURA NOS DIÁLOGOS SOFISTA, TIMEU E LEIS DE PLATÃOLETHICIA OURO DE ALMEIDA MARQUES DE OLIVEIRA 30 May 2016 (has links)
[pt] A harmonia e a beleza expressas pelas obras de arte plásticas gregas elevaram-nas a um patamar modelar ao longo da história da arte. Apesar disso, não foram muitos os intérpretes que se voltaram para a questão das artes plásticas na literatura deste mesmo período histórico. Em Platão, por exemplo, outros temas, como das artes poética e sofística, são notavelmente mais trabalhados pela literatura secundária. Isto provavelmente se deve ao fato das artes plásticas aparecerem timidamente nos diálogos, sendo usadas, na maior parte dos casos, em comparações, analogias ou metáforas. Neste trabalho preferimos o tema marginal e voltamo-nos ao estudo das noções de pintura e escultura no contexto do pensamento de Platão. Com a intenção de obter uma visão alternativa à da República no que diz respeito às artes miméticas, investigamos sobre a questão das artes plásticas no que se costuma considerar como último desenvolvimento do pensamento de Platão. Segundo a interpretação mais difundida, no último livro da República Platão condena e expulsa os artistas de sua cidade ideal. Esta mesma apreciação negativa das artes imitativas seria mantida ou modificada em diálogos posteriores? Partimos de uma leitura das ocorrências das noções de pintura e escultura no Sofista, onde encontramos a distinção das artes miméticas em divina e humana. A partir desta distinção, abordamos as aspectos divinos e humanos das artes plásticas, por meio de uma interpretação de sua presença em dois outros diálogos, a saber, o Timeu e as Leis. No Timeu as artes plásticas são usadas para retratar o trabalho do deus demiurgo do mundo; nas Leis, são as obras produzidas pelos homens que são abordadas, principalmente quanto à sua função na cidade construída pelos personagens. Delineamos a percepção de Platão a respeito destes gêneros artísticos, e buscamos compreender o lugar que as artes plásticas ocupam no seu pensamento. / [en] Greek plastic art s harmony and beauty made it a model throughout history. In spite of that, only a few scholars have researched about these arts in Greek literature. In Plato, for example, other themes such as the poetic and the sophistic arts are usually more approached. This probably occurs because Plato rarely refers to the plastic arts and uses it mostly in comparisons, analogies or metaphors. Even so, in this thesis we have chosen to research the plastic arts in Plato s thought. The main text on mimetic arts in Plato s dialogues is Republic X. In this book the mimetic arts are condemned and banished from the ideal city. With the purpose to obtain an alternative view about these arts from Plato, we ve decided to study some dialogues considered posterior to the Republic, generally considered to represent the ultimate development of Plato s thought. Will this condemnation remain or will his view be modified in his late works? We begin by an analysis of the Sophist, where we find the distinction between two kinds of mimetic art: the divine and the human. According to this distinction, we ve approached the divine and the human aspects of the plastic arts. To do that, we have considered the uses of the arts of painting and sculpture in other two dialogues: the Timaeus and the Laws. In the Timaeus the plastic arts are used to describe the work of the god demiurge who creates the universe; in the Laws, the characters talk about painting and sculpture as men s works, and mostly about their function in the city imagined in the dialogue. According to the passages which we have interpreted, we have outlined Plato s view about these arts, and other than that, we have attempted to understand the place of these arts in Plato s thought in general.
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A alma mortal e suas afecções: uma leitura do Timeu de PlatãoLucena, Maria Gorette Bezerra de 14 November 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-11-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In this research we examine the mortal soul and its disorders (pathémata) in Plato's
Timaeus, to show that in this dialogue Plato extends the concept of death (thánatos) to
explain the bond (syndouménes) and the association or communion (koinonía) between
the mortal soul and the body. Plato relates the notion of death to the field of philosophy,
so that on the one hand, the attribute mortal indicates the composition of human body
and of all physical, visible and tangible beings; and sustains the state of dissolution and
corruption of these (Timaeus 42e - 43a). Whereas on the other hand it indicates the
intrinsic association (koinonía) between the deadly form of the body and mind both of
distinct natures. This makes us infer that the deadly attribute (thnetón) is not used by
Plato to designate the death of the mortal soul génos (téns psychéns thnetòn génos,
Timaeus 69 d-e). Nowhere in the passages of the Timaeus Plato says that the eidos/génos
of mortal soul is an elementary being and therefore, is natural to the human body and other
beings. In a kind of divine and philosophical demiurge, Plato mixes psychic and physical
aspects and demonstrates that the soul of mortal eidos is stuck in the body (sôma)
through the medulla (myelós) and that the bonds of every human soul is anchored
(ankurôn) in the bone marrow. Thus, the mortal soul feels and vigorates all body parts
and accepts the disorders (pathémata) arising from its union with Soma. This reflection
helps Plato demonstrate how the body affects the soul (psyché) and how affections (páthos)
and passions (tà pathé) are born. It also helps him clarify the true meaning of mortal
attributes (tòn thnetón) in relation to the form of mortal soul. Hence, the mortal attribute
does not express the death (thánatos) of eídos/génos of mortal humon soul. It is just a
Platonic dialectics of action encountered in the psychic tendencies of each of us that
explains the complex union of thánatos with psyché sôma, aimed at the formation of
virtuous and righteous citizens, the sole purpose (télos) of his philosophy. / Nossa pesquisa examina a alma mortal e suas afecções (pathémata) no Timeu de Platão,
com o propósito de demonstrar que o filósofo amplia a noção de morte (thánatos), nesse
diálogo, para explicar o vínculo (syndouménes) e a associação ou koinonía entre a alma
mortal e o corpo. Platão transpõe a noção de morte para o campo de sua filosofia, de
modo que por um lado, o atributo mortal indica a composição do corpo do homem e de
todos os seres ditos físicos, visíveis e tangíveis; e ampara o estado de dissolução e
corrupção destes (Timeu 42e - 43a); e por outro lado, passa a indicar a intrínseca koinonía
entre a forma de alma mortal e o corpo, ambos de naturezas distintas; o que nos fez inferir,
que o atributo mortal (thnetón) não é usado por Platão para designar a morte do génos
de alma mortal (téns psychéns thnetòn génos, Timeu 69d-e); considerando sobretudo, que
o filósofo não diz em nenhuma passagem do Timeu, que o eidos/génos de alma mortal é
um ser elementar, portanto, de natureza afim ao corpo e demais seres da phýsis. Numa
espécie de demiurgia divina e filosófica, Platão mescla aspectos anímicos e físicos e
demonstra que a alma de eídos mortal está encravada no corpo (sôma) através da medula
(myelós), ou seja, é na medula que estão ancorados (ankurôn) os laços de toda a alma
humana. Dessa maneira, a alma mortal sente e vivifica todos os órgãos e partes
corpóreas e acolhe afecções (pathémata), originadas de sua união com sôma. Essa reflexão
propicia a Platão demonstrar como o corpo afeta a alma (psyché) e como surgem os afetos
(páthos) e paixões (tà pathé) humanas; e esclarecer o verdadeiro sentido do atributo
mortal (tòn thnetón) aplicado por ele à forma de alma mortal. Portanto, o atributo
mortal não expressa a morte (thánatos) do eidos/génos de alma mortal do homem, é
apenas um recurso da dialética platônica para conhecer as tendências anímicas de cada um
de nós e explicar a complexa união psyché thánatos-sôma, com vistas à formação de
cidadãos virtuosos e justos, a finalidade (télos) precípua de sua filosofia.
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