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Análise filogenética da família rhinocryptidae (aves: passeriformes) com base em caracteres morfológicosMaurício, Giovanni Nachtigall January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / The family Rhinocryptidae (Class Aves, Order Passeriformes, Suborder Tyranni, Infraorder Furnariides) comprises small passerine birds which are exclusively Neotropical in distribution. Presently 12 genera are included in this group, most of which are monotypic: Liosceles (monotypic), Psilorhamphus (monotypic), Merulaxis (two included species), Eleoscytalopus (two included species), Myornis (monotypic), Eugralla (monotypic), Scytalopus (38 included species), Pteroptochos (three included species), Scelorchilus (two included species), Acropternis (monotypic), Rhinocrypta (monotypic) and Teledromas (monotypic). According to a recent phylogenetic study of the entire infraorder Furnariides using RAG-1 and RAG-2 genes, the family comprises two main clades, each being recognized as subfamilies. The study reported here focused on a phylogenetic analysis of the Rhinocryptidae on the basis of morphological characters. The entire skeleton and the syrinx of representatives of all 12 genera, among which the type-species of four out of five politypic genera, as well as 16 outgroup taxa (representing each of the remaining families of Furnariides), were examined for discrete characters. The final data matrix contained 41 taxa and 88 characters (60 osteological and 28 syringeal), and this entire dataset was analysed under the parsimony optimality criterion using computer programs of cladistic analysis. This analysis recovered 3,714 maximally parsimonious trees of 222 steps, consistency index of 0. 50 and retention index of 0. 84. Monophyly of the Rhinocryptidae was recovered in all trees and this hypothesis obtained high support (Goodman-Bremer support = 8). The strict consensus of the optimal trees showed a complete internal resolution at the genus level for the family, of which all politypic genera were recovered as monophyletic.On the other hand, there was no internal resolution of relationships in the genus Scytalopus. The first basal divergence within the family was between Liosceles and the remaining genera, and the next dichotomy occurred between the clade (Psilorhamphus (Merulaxis + Eleoscytalopus)) and a group composed by all other genera. Of these, Acropternis was recovered as a basal taxon, followed by the branch Rhinocrypta + Teledromas which, in turn, was basal to a clade with the topology ((Pteroptochos + Scelorchilus) (Eugralla (Myornis + Scytalopus))). For completeness, a combined (total evidence) analysis of the morphological data presented here and the RAG-1 / RAG-2 dataset from the study mentioned above was conducted. Although the monophyly of the Rhinocryptidae was recovered again, internally the strict consensus of the 198 optimal trees was largely unresolved both relative to the morphological hypothesis described above and the original molecular hypothesis: the genera Psilorhamphus, Liosceles and the clades Pteroptochos + Scelorchilus, Acropternis + Teledromas + Rhinocrypta, Merulaxis + Eleoscytalopus and Myornis + Eugralla + Scytalopus formed a polytomy. These results did not support the division of the family into the subfamilies Rhinocryptinae and Scytalopodinae. A classification based on the results of the morphological phylogeny is developed for the family. / A família Rhinocryptidae (Classe Aves, Ordem Passeriformes, Subordem Tyranni, Infraordem Furnariides) compreende aves de pequeno porte exclusivamente Neotropicais. São reconhecidos 12 gêneros na família, a maioria monotípicos, a saber: Liosceles (monotípico), Psilorhamphus (monotípico), Merulaxis (duas espécies), Eleoscytalopus (duas espécies), Myornis (monotípico), Eugralla (monotípico), Scytalopus (38 espécies), Pteroptochos (três espécies), Scelorchilus (duas espécies), Acropternis (monotípico), Rhinocrypta (monotípico) e Teledromas (monotípico). Segundo uma recente análise filogenética de toda a infraordem Furnariides usando os genes RAG-1 e RAG-2, a família compreenderia dois clados principais, cada qual reconhecível como uma subfamília. O presente estudo teve como foco a realização de uma análise filogenética com base em caracteres morfológicos envolvendo todos os gêneros da família e o maior número possível de espécies. Para tanto, foram levantados caracteres da siringe e do esqueleto em representantes dos 12 gêneros da família, entre os quais as espécies-tipo de quatro dos cinco gêneros politípicos, bem como de 16 táxons escolhidos como grupo externo, representando cada uma das demais famílias da infraordem Furnariides. Foi gerada uma matriz com 41 táxons e 60 caracteres do esqueleto e 28 da siringe, sendo essa matriz submetida à análise de parcimônia por meio de programas computacionais de análise cladística. Dessa análise, foram obtidas 3. 714 árvores maximamente parcimoniosas com 222 passos, índice de consistência de 0,50 e índice de retenção de 0,84. O monofiletismo dos Rhinocryptidae, como atualmente entendidos (i. e. , com a exclusão de Melanopareia), foi recuperado e obteve alto suporte (índice de Goodman-Bremer = 8), sendo sustentado por oito sinapomorfias.A resolução interna à nível de gênero foi completa e todos os gêneros politípicos comportaram-se como monofiléticos. Por outro lado, não houve resolução alguma dentro do único gênero representado por mais de duas espécies na análise (Scytalopus) com todos os táxons compondo uma única grande politomia. A divergência mais basal dentro dos Rhinocryptidae ocorreu entre Liosceles e os demais gêneros, e a dicotomia seguinte ocorreu entre o ramo (Psilorhamphus (Merulaxis + Eleoscytalopus)) e um grupo formado pelos demais oito gêneros da família. Destes últimos, Acropternis é o táxon mais basal, seguido pelo clado Rhinocrypta + Teledromas o qual, por sua vez, é basal a um clado apical com o arranjo interno ((Pteroptochos + Scelorchilus) (Eugralla (Myornis + Scytalopus))). À título de complementaridade, foi efetuada uma análise combinada (evidência total) dos dados morfológicos do presente trabalho com os dados moleculares (RAG-1 e RAG-2) do estudo mencionado acima. Embora os Rhinocryptidae tenham permanecido monofiléticos nessa análise, internamente houve uma perda de resolução tanto em relação à hipótese morfológica acima descrita quanto em relação a hipótese molecular original, com Psilorhamphus, Liosceles e os clados Pteroptochos + Scelorchilus, Acropternis + Teledromas + Rhinocrypta, Merulaxis + Eleoscytalopus e Myornis + Eugralla + Scytalopus formando uma politomia. Esses resultados não corroboram a divisão dos Rhinocryptidae nas subfamílias Rhinocryptinae e Scytalopodinae. Uma classificação baseada nos resultados da análise morfológica é desenvolvida para a família.
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Revisão sistemática de Leposternon Wagler, 1824 (Squamata: Amphisbaenia)Ribeiro, Síria Lisandra de Barcelos January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / In this paper study we produce a taxonomic review and a phylogenetic propose for the Leposternon amphisbaenians genus based on morphologic characters. In the present study we identified the high morphological variation of some species (e. g. Leposternon microcephalum and L. infraorbitale) as the main problem in the taxonomy of the genus. As a result of the taxonomic review, 15 additional species to the ones already known were found, being three of them to be revalidated and 12 new species. Our phylogenetic results provide a first attempt of interpreting of the relationships of the species of Leposternon. The results of the present study are divided into four chapters. In Chapter 1, entitled “New pored Leposternon (Squamata, Amphisbaenia) from the Brazilian Cerrado”, a new species of Leposternon is described for the Brazilian Cerrado southeast of the State of Goiás. The new species is diagnosed, mainly, for featuring precloacal pores, 2/2 supralabials and 2/2 infralabials. Moreover, a checklist was presented for the amphisbaenians occurring in the Brazilian ecorregions. In Chapter 2, entitled “Description of a new pored Leposternon (Squamata, Amphisbaenia) from the Brazilian Cerrado, and proposal for standardizing names of cephalic shields in the genus”, a new pored species of Leposternon is described for the Brazilian Cerrado in the Parque Nacional Grande Sertão Veredas, State of Minas Gerais. The new species is diagnosed, mainly, for by having the largest number of body half-annuli and precloacal pores. Additionally, is proposed a standardized scheme for naming Leposternon cephalic shields, in an attempt to provide a better understanding of morphological variation in the genus and assisting with the comparisons of further inter-specific studies.In Chapter 3, entitled “Analysis of the variation of the amphisbaenian Leposternon infraorbitale Berthold 1859, with the description of six new species (Squamata: Amphisbaenia)”, the specimens previously identified as L. infraorbitale, were selected into six “morphological groups” geographically supported. Based on the review of the external character morphology and the cranial osteology of six morphological groups, six new species were diagnosed. Chapter 4 is entitled “Phylogenetic analysis of the genus Leposternon (Squamata, Amphisbaenia) based on morphological evidence”. In this paper, in the “Taxonomy” section Leposternon microcephalum is diagnosed; Leposternon boulengeri, L. latifrontale and L. phocaena are revalidated; and Leposternon sp. nov ARG, Leposternon sp. nov. MG2, Leposternon sp. nov. Pará and Leposternon sp. nov. SP2 are described. The phylogenetic relationship for species of Leposternon is based on 30 characters of external anatomy and coloration, 121 of cranial anatomy and three of postcranial skeleton. One hundred and fifty four characters and 50 terminal taxa were submitted to the analysis of maximal parsimony. The purpose of this analysis was (1) to test the monophyly of Leposternon, (2) to test the monophyly of the species with 3/3 supralabials and 2/2 infralabials shields; (3) to test the monophyly of pored species; (4) to test the monophyly of species previously identified as Leposternon microcephalum; and (5) to test the evolution of probable synapomorphies of the Leposternon. The analysis resulted in 141 equally most parsimonious trees with length of the 869 steps, consistency index of 32, retention index of 64 and 21 collapsed nodes. In the strict consensus three is observed just clades for 10 of the 22 species of Leposternon.The result of the analysis showed that Leposternon is a monophyletic group defined by 16 synapomorphies, being four exclusive of the genus: (1) gular portion without segmental cover, (2) nasal shield absent, (3) nostrils open in rostronasal shield and (4) rostral process of premaxilla T-shaped. The relationship of the species with three supralabials and two infralabials shields was not accessed because these species do not present resolution of the strict consensus of most parsimonious tree. The pored species are monophyletic, but in this clade are enclosed two not-pored species. The species previously identified as L. microcephalum are not monophyletic. Analysis of character evolution revealed multiple synapomorphies in the characters of cranial anatomy of the Leposternon species, mainly in the format of some bones (e. g. nasal, jaw and parietal), presence of processes and tooth number. The variations in these characters are structuring the clades observed in the analysis. The precloacal pores appeared only one time in one clade of Leposternon. The presence of precloacal pores can be related to the occupation of open vegetation. The absence of the melanic coloration is common to the clade of pored Leposternon species, but it varies independently in the too many species.Additionally, we conducted an exploratory analysis to determine the effect of species without characters of the cranial anatomy in the analysis of the entire data (with all species). In this analysis, four species of Leposternon and two of Anops were removed. The exploratory analysis resulted in 225 equally most parsimonious trees with length of the 857 steps, consistency index of 32, retention index of 63 and 15 collapsed nodes. The meeting of four clades for the species of Leposternon (versus two in the first analysis) and the collaps of the pored clade can be evidences that species without cranial data are influencing in the resolution of some clades. / Nesse estudo nós apresentamos uma revisão taxonômica e uma proposta filogenética para o gênero de anfisbênios Leposternon com base em caracteres morfológicos. Nós identificamos a alta variação morfológica de algumas espécies (e. g. Leposternon microcephalum e L. infraorbitale) como o principal problema a taxonomia do gênero. Como resultados da revisão taxonômica foram identificadas 15 espécies adicionais as já conhecidas, sendo três espécies a serem revalidadas e 12 novas espécies. Nossos resultados filogenéticos fornecem a primeira tentativa de interpretação do relacionamento das espécies de Leposternon. Os resultados do presente estudo estão divididos em quatro capítulos. No capítulo 1, intitulado “New pored Leposternon (Squamata, Amphisbaenia) from Brazilian Cerrado”, uma nova espécie de Leposternon é descrita para o Cerrado brasileiro do sudeste do Estado de Goiás. A nova espécie é diagnostica, principalmente, por apresentar poros pré-cloacais, 2/2 supralabiais e 2/2 infralabiais. Adicionalmente, foi apresentada uma “Check List” dos anfíbênios ocorrentes nas ecorregiões brasileiras. No capítulo 2, intitulado “Description of a new pored Leposternon (Squamata, Amphisbaenia) from the Brazilian Cerrado, and proposal for standardizing names of cephalic shields in the genus”, uma nova espécie porada de Leposternon é descrita para o Cerrado brasileiro do Parque Nacional de Grande Sertão Veredas, estado de Minas Gerais. A nova espécie é diagnostica, principalmente, por apresentar poros pré-cloacais e o mais alto número de meios anéis corporais. Adicionalmente, é apresentado um esquema de padronização para a nomenclatura da escutelação cefálica de Leposternon, com o intuito de fornecer o melhor entendimento da variação observada no gênero e auxiliar nas comparações interespecíficas de estudos futuros.No capítulo 3, intitulado “Análise da variação do anfisbênio Leposternon infraorbitale Berthold 1859, com a descrição de seis novas espécies (Squamata: Amphisbaenia)”, os espécimes previamente identificados como L. infraorbitale, foram selecionados em seis “grupos morfológicos” geograficamente suportados. Com base na revisão de caracteres da morfologia externa e osteologia craniana dos seis grupos morfológicos foram diagnosticadas seis novas espécies. O capítulo 4 é intitulado “Análise filogenética do gênero Leposternon (Squamata, Amphisbaenia) baseado em evidências morfológicas”. Neste estudo, na seção de “taxonomia” Leposternon microcephalum é diagnosticada; Leposternon boulengeri, L. latifrontale e L. phocaena são revalidadas; e Leposternon sp. nov ARG, Leposternon sp. nov. MG2, Leposternon sp. nov. Pará e Leposternon sp. nov. SP2 são descritas. O relacionamento filogenético para as espécies de Leposternon é baseado em 30 caracteres da anatomia externa e coloração, 121 da anatomia craniana e três do esqueleto pós-craniano. Cento e cinquenta e quatro caracteres e 50 táxons foram submetidos para a análise de máxima parcimônia. A proposta desta análise foi (1) testar a monofilia de Leposternon, 2) testar a monofilia das espécies que apresentam 3/3 supralabiais e 2/2 supralabias; 3) testar a monofilia das espécies com poros de Leposternon; 4) testar a monofilia das espécies de Leposternon previamente identificadas como L. microcephalum; 5) analisar a evolução de possíveis sinapormofias de Leposternon. A análise resultou em 141 árvores igualmente parcimoniosas com comprimento de 869 passos, índice de consistência de 32, índice de retenção de 64 e 21 nós colapsados.Na árvore de consenso estrito são observados clados para 10 das 22 espécies de Leposternon. O resultado da análise mostrou que Leposternon é um grupo monofilético estruturado por 16 sinapomorfias, sendo quatro exclusivas do gênero: (1) porção gular não segmentada, (2) escudo nasal ausente; (3) narinas abertas no escudo rostronasal e (4) processo rostral do pré-maxilar em formato de “T”. O relacionamento das espécies com 3/3 escudos supralabiais e 2/2 escudos infralabiais não foi acessado, pois essas espécies não apresentaram resolução na árvore xvii de consenso estrito das árvores mais parcimoniosas. As espécies poradas são monofiléticas, mas neste clado estão incluídas duas espécies não poradas. As espécies previamente identificadas como L. microcephalum não são monofiléticas. A análise da evolução dos caracteres revelou múltiplas sinapomorfias nos caracteres da anatomia craniana das espécies de Leposternon, principalmente no formato de alguns ossos (e. g. nasal, mandíbula e parietal), presença de processos e número de dentes. As variações desses caracteres estão estruturando os clados observados na análise. Os poros précloacais surgiram apenas uma vez no clado de Leposternon. A ausência da coloração melânica é comum para o clado das espécies poradas de Leposternon, mas este carácter varia independentemente em muitas espécies. Adicionalmente, foi conduzida uma análise exploratória para determinar o efeito das espécies sem caracteres da anatomia craniana. Nesta análise, quatro espécies de Leposternon e duas de Anops foram removidas. A análise exploratória resultou em 225 árvores igualmente parcimoniosas com comprimento de 857 passos, índice de consistência de 32, índice de retenção de 63 e 15 nós colapsados.O encontro de quatro clados para as espécies de Leposternon (versos duas na primeira análise) e a colapsação do clado das espécies poradas podem ser evidências que as espécies sem dados cranianos estão influenciando na resolução de alguns clados na nossa análise.
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Revisão do gênero Galictis (Mammalia, Carnivora, Mustelidae) utilizando métodos morfológicos e molecularesBornholdt, Renata January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Taxonomy forms the basis for all biological sciences, since it is through this discipline that natural units are recognized and described. Without the correct delimitation, researches from other disciplines would be unable to report their results because they would not be sure about the identity of their study units. The current estimate that millions of species are still to be described reinforces the centrality of taxonomy, because is through its use that species are found, delimited and described. Carnivores are usually thought to be well-known mammals, but some of these taxa have not been described yet, while others have received little biogeographic and taxonomic attention, preventing a correct assessment of their richness and conservation status. The genus Galictis (Carnivora, Mustelidae) is an example of a little-studied mustelid from the Neotropics, one of the richest and most endangered regions of the world. Basic information, such as number of species, delimitation between them, diagnosis and geographic distribution, have never been thoroughly tested before, leading to uncertainties regarding the taxonomy of this genus. In order to perform a comprehensive revision of Galictis, morphological and molecular approaches were applied on the basis of records encompassing all the distribution of the genus. For the former approach, we analyzed skulls and skins from 22 zoological collections and the statistical tests showed the presence of two clusters of Galictis specimens, representing G. cuja and G. vittata. Phylogenetic analyses of mitochondrial and nuclear segments supported morphological results showing two monophyletic groups, corresponding again to G. cuja and G. vittata. No other morphological grouping or evidence of a third clade was recognized with our data.All these results corroborate the existence of only two species and indicate morphological characters that effectively diagnose them. These are very useful to identify museum specimens and should also help field-based work in some situations. The correct delimitation between these units allowed the investigation of some long-standing issues about the geographic distribution of Galictis species. For example, we demonstrate the exclusive presence of G. cuja in the northeastern region of Brazil, and established the southernmost limits of G. vittata in the Amazon basin. Finally, as species were well identified and characterized, it was possible to conduct phylogeographic inferences as well as analyses of intra-specific morphological variation in G. cuja. This species contains moderate to high levels of variability and some interesting geographic patterns. These included the morphological distinction of southern Chile and Argentina, the significant genetic structuring among three broad geographic domains, and the evidence of recent demographic expansion in the Brazilian southeast. The results presented here contribute to substantially enhance our knowledge on the genus Galictis, and should help enable further studies focusing on the evolutionary history of these carnivores in the Neotropics. / A taxonomia forma a base para todas as demais ciências da Biologia, uma vez que é através dessa disciplina que as unidades de vida na natureza são reconhecidas e descritas. Sem a correta delimitação das espécies, pesquisas de outras áreas não poderiam reportar seus resultados, pois não teriam a certeza da identificação das unidades de estudo. A estimativa de que existem milhões de espécies ainda para serem descritas reforça a importância da taxonomia, pois é utilizando as ferramentas dessa disciplina que as espécies são descobertas, delineadas e descritas. Mamíferos carnívoros são animais tidos como bem conhecidos; contudo, alguns táxons desse grupo ainda não foram descritos e tantos outros receberam pouca atenção biogeográfica e taxonômica, impedindo estimativas corretas de riqueza, abundância e status de conservação. O gênero Galictis (Mustelidae, Carnivora) é um exemplo de táxon ainda pouco estudado na região Neotropical, justamente uma das mais ricas e mais ameaçadas regiões do mundo. Informações básicas sobre esses mustelídeos, tais como número exato de espécies, delimitação entre elas, diagnose e distribuição geográfica das mesmas, não foram ainda investigadas com rigor, o que acarreta incertezas sobre alguns tópicos e compromete a sua taxonomia. Para realizar uma revisão taxonômica ampla de Galictis, foram realizadas análises morfológicas e moleculares com base em registros provenientes de toda a distribuição geográfica do gênero. Para a primeira técnica, foram analisados crânios e peles tombados em 22 instituições científicas, e os testes morfológicos assim como a visualização das peles evidenciaram a presença de dois conjuntos de espécimes de Galictis, representando as duas espécies usualmente reconhecidas, G. cuja e G. vittata.Análises filogenéticas com base em segmentos mitocondriais e nucleares corroboraram os resultados morfológicos, com a presença de dois clados bem apoiados que correspondem também a G. cuja e G. vittata. Nenhum outro agrupamento morfológico ou mesmo indícios de um terceiro clado no gênero foi identificado. Esses resultados confirmam a existência de duas espécies e possibilitam o reconhecimento de caracteres morfológicos diagnósticos para elas. Esses caracteres são de utilidade para a identificação de espécimes de museu e podem também auxiliar a identificação de indivíduos na natureza. Com o correto delineamento das espécies, foi possível definir a distribuição geográfica das mesmas e resolver algumas questões atualmente controversas, como a definição da ocorrência exclusiva de G. cuja na região Nordeste do Brasil e o limite austral de G. vittata para a Bacia Amazônia. Por fim, a partir da definição confiável e robusta das espécies, obtida na primeira etapa desta tese, foi possível realizar um estudo intra-específico mais detalhado com foco em G. cuja, englobando análises filogeográficas de marcadores moleculares, bem como variação morfológica ao longo de sua distribuição. Essa espécie se caracteriza de forma geral por considerável variabilidade genética e morfológica, em que se observam alguns padrões geográficos interessantes. Entre estes, pode-se destacar a diferenciação morfológica de populações do Sul do Chile e Argentina, bem como, uma estruturação genética significativa entre três grandes domínios geográficos, e evidência de uma expansão demográfica relativamente recente no sudeste brasileiro. Todos esses resultados embasam o conhecimento sobre o gênero e propiciam ferramentas para estudos futuros que visem a entender a história evolutiva de Galictis na região Neotropical.
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Aspectos comportamentais e morfológicos de Plebeia emerina (Friese, 1900) (hymenoptera, apidae, meliponini) relacionados à própolisSantos, Camila Gonçalves dos January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / In stingless bees colonies, the application of propolis is diverse, being used as raw material in constructions and in the defense against enemies. There are records of viscous propolis storage in the form of isolated clusters in nests of Tetragonisca angustula and species of Plebeia. It is believed that worker bee glandular substances may be added to the propolis, specifically for the maintenance of its viscous state. Two colonies of Plebeia emerina (Friese, 1900) were evaluated between October 2003 and September 2004, regarding the seasonal characterization of the area, the number and the spacial distribution of isolated propolis clusters. These clusters were measured and their relative position in the colonies was recorded, in a monthly basis. Between September 2004 and January 2005, the propolis related work division was investigated, through the observation of marked worker bees, in four colonies. In parallel, the development of worker bees head and intramandibular salivary glands was characterized, in different life stages (recently emerged, 20-30 day old and field worker bees), aiming to relate gland functionality to the age group in which worker bees operate in viscous propolis maceration. The glands were analyzed under light, scanning electron and transmission microscopes. Results demonstrated that the area and number of propolis clusters in colonies were significantly lower between October and March. The increase of the areas of propolis clusters, between April and September, may be related to the preparation of the colonies for the autumn-winter period. The seasonal analysis of storage distribution indicates a preference for propolis clustering in the anterior position of the colony, throughout the entire period. This finding strengthens the hypothesis of the application of viscous propolis in defense, mainly at the entrance of the colonies.The work on viscous propolis clusters began on the 13th day and continued until the 56th day. The greatest cephalic salivary gland development was recorded in 20-30 day old worker bees. Suggest that substances are added to the propolis clusters, reinforcing the hypothesis of maintaining the viscous state of the product. In addition, the function of the secretory intramandibular epithelium, hypertrophied in 20-30 day old and field worker bees, possibly involves jaw lubrication, making propolis maceration possible. / Em colônias de abelhas sem ferrão a aplicação da própolis é ampla, sendo utilizada como matéria-prima nas construções e defesa contra inimigos. Há registros de armazenamento de própolis viscosa, sob forma de acúmulos isolados em ninhos de Tetragonisca angustula e espécies de Plebeia. Acredita-se que substâncias glandulares das operárias possam ser adicionadas a própolis, especificamente para a manutenção do estado viscoso deste produto. Duas colônias de Plebeia emerina (Friese, 1900) foram avaliadas, entre outubro/2003 e setembro/2004, quanto à caracterização sazonal da área, do número e da distribuição espacial dos acúmulos isolados de própolis. Mensalmente, esses acúmulos foram medidos e registrados quanto à posição relativa dos mesmos nas colônias. Entre setembro/2004 a janeiro/2005 investigou-se a divisão de trabalho relacionada à própolis, a partir de observações de operárias marcadas em quatro colônias. Paralelamente, caracterizou-se o desenvolvimento de glândulas salivares da cabeça e intramandibulares de operárias em diferentes fases de vida (recém emergidas, com 20-30 dias e campeiras) com o intuito de relacionar a funcionalidade das glândulas à faixa etária em que as operárias atuam na maceração da própolis viscosa. As glândulas foram analisadas em microscopia de luz, eletrônica de varredura e transmissão.Resultados mostraram que a área e o número dos acúmulos de própolis nas colônias foram significativamente menores entre outubro e março. O aumento das áreas dos acúmulos de própolis, entre abril e setembro, pode estar relacionado à preparação das colônias para o período de outonoinverno. A análise sazonal da distribuição dos depósitos indica a preferência, ao longo de todo o período, da posição anterior da colônia para acumular a própolis. Esta constatação fortalece a hipótese do uso da própolis viscosa na defesa, principalmente junto à entrada das colônias. O trabalho nos acúmulos de própolis viscosa iniciou no 13°dia, estendendose até o 56°dia. O maior desenvolvimento das glândulas salivares foi registrado em operárias de 20-30 dias. Sugere-se que as substâncias secretadas sejam acrescidas aos acúmulos de própolis, reforçando a hipótese da manutenção do estado viscoso do produto. Em adição, a função do epitélio intramandibular secretor, hipertrofiado nas operárias de 20-30 dias e campeiras, possivelmente, envolve a lubrificação das mandíbulas, possibilitando a maceração da própolis.
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Análise da variação ontogenética da assinatura isotópica de Cyanocharax alburnus (Teleostei, Characiformes)Batista, Cibele Boeira January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / The stable isotopic analysis has been increasingly used to understand the real assimilation of the nutrients and the trophic position of several organisms. It is mainly performed for species in which the feeding habits are few known or even when the stomach content analysis shows contradictions. The concept of Isotopic Niche aims to determine one numeric value that represents the isotopic signature of the species, considering the ontogenetic variation of the consumption of different food items and the curve of biomass/age. The main goal of this study is to estimate the isotopic niche of Cyanocharax alburnus, captured in the Pinguela Lagoon (RS). Animal were sampled in November-December/2009 and April/2010, using a beach seine net. A total of 1210 individuals were captured. Two age groups were identified in the sample of November/December and a single group in April/2010. The asymptotic length (Linf) estimated by the von Bertalanffy model was 9. 10 cm and the growth constant (k) 0. 65. The natural rate of mortality (M) was estimated in 1. 65 (SD=0. 24). The adjustment of the weight/height relationship (Huxley model) estimated the proportionality coefficient (a) as 0. 0081 and the allometric coefficient (b) as 3. 074. However, the distribution of the proportional residues of the weight/length relationship showed marked asymmetry for the animals with a length range from 1. 0 cm to 4. 0cm leading us to choose for the adjustment a polyphasic model. The model adjustment indicated a change on the allometric coefficient (b) to throughout ontogeny, which passed from 2. 53 in individuals smaller than 3. 39 cm to 3. 19 in the bigger individuals. The measured values of isotopic signature of δ13C e δ15N for C. alburnus in Pinguela Lagoon showed considerable variation among individuals revealing individuals differences regarding primaries sources of carbon and the trophic position.The values of the isotopic signature of δ13C show the average of -20. 40 ‰ ( SD= 1. 14 ‰) ranging between -18. 18 ‰ and -24. 66 ‰. For the δ15N, we have found average values of isotopic signature of 11. 07 ‰ (SD = 0. 55 ‰) ranging between 10. 41 ‰ and 12. 51 ‰. Through linear regression, it was not identified any trend relating isotopic signature of carbon and nitrogen and length (b=0; δ13C: n = 25, P = 0. 10; δ15N, n = 25, P = 0. 55), indicating that the sources of carbon and nitrogen or the trophic position for C. alburnus do not change for lengths from 2 to 8 cm. In this way, the concept of the Isotopic Niche concept is not applied for C. alburnus, since this species does not alter the carbon source or the trophic level during the ontogenetic development. In the present study, the isotopic signature of carbon and nitrogen showed tree mainly sources of variation: intra-specific variation, variation among different species from the same locality and between different localities. We also verified that the intra-specific variation of C. alburnus, in the terms of isotopic signature, is so wide as different species from the same location. If each plotted value is the result of the average of few individuals, the community pattern could be completely masked by the intra-specific variation, undermining any inference regarding trophic position or the primary sources of carbon. On the other hand, we identified that the bigger sources of variation concerns the geographical origin of the data set, so that direct comparison between gross values from different localities could be dangerous in terms of understanding the feeding patterns. / A análise de isótopos estáveis está sendo cada vez mais utilizadas para o entendimento da real assimilação de nutrientes e da posição trófica de organismos. Ela é utilizada principalmente em espécies para as quais pouco se conhece do habito alimentar ou onde a análise estomacal demonstra contradições. O conceito de nicho isotópico procura determinar um valor único que represente a assinatura isotópica de uma espécie, considerando a variação ontogenética do consumo de diferentes itens alimentares e a curva de biomassa/idade da espécie. No presente trabalho procurou-se estimar o nicho isotópico de Cyanocharax alburnus capturado na Lagoa da Pinguela (RS) através de coletas nos meses de novembro de 2009 e abril de 2010, utilizando rede de arrasto de praia. Foram capturados no total 1210 indivíduos. Através da ferramenta Agegroup foram identificados dois grupos etários na amostra de novembro/dezembro de 2009 e um único grupo na amostra de abril de 2010. Através da ferramenta Age-Group estimou-se o comprimento assintótico (Linf) segundo o modelo de von Bertalanffy em 9,1 cm e a constante de crescimento (k) em 0,65.A taxa de mortalidade natural (M) foi estimada em 1,65 (DP=0,24). Através do ajuste da relação de peso/comprimento de Huxley estimou-se o valor do coeficiente de proporcionalidade (a) em 0,0081 e o coeficiente alometria (b) em 3,07. A distribuição de resíduos proporcionais da relação peso/comprimento de Huxley, entretanto, apresentou uma marcada assimetria para animais com comprimentos de 1,0 cm ao 4,0 cm, optando-se pelo ajuste do modelo de relação peso/comprimento polifásico. O modelo ajustado indica uma alteração no coeficiente de alometria (b) ao longo do desenvolvimento ontogenético, que passa de 2,53 em indivíduos menores que 3,39 cm para 3,19 em indivíduos maiores. Os valores mensurados de assinatura isotópica de δ13C e δ15N para C. alburnus na lagoa da Pinguela apresentaram variação considerável entre os indivíduos, revelando diferenças individuais relativas a fontes primárias de carbono e posição trófica. Os valores de assinatura isotópica para δ13C apresentaram média de -20,4 ‰, desvio padrão de 1,14 ‰, e amplitude de variação entre - 18,18 ‰ e -24,66 ‰. Para δ 15N verificou-se um valor médio de assinatura isotópica de 11,0 ‰, desvio padrão de 0,55 ‰, e amplitude de variação entre 10,41 ‰ e 12,51 ‰. Através de regressão linear, não se identificou qualquer tendência de variação da assinatura isotópica de carbono ou nitrogênio em função do comprimento (b=0; δ13C: n = 25, P = 0,10; δ15N, n = 25, P = 0,55), indicando que não há alteração de fonte de carbono ou de nível trófico de C. alburnus entre comprimentos de 2 a 8 cm.Neste sentido, a concepção do conceito de nicho isotópico não se aplica para C. alburnus, já que a espécie não altera a fonte de carbono ou nível trófico em função do desenvolvimento ontogenético. No presente trabalho identificou-se que a assinatura isotópica de carbono e nitrogênio apresenta três fontes principais de variação: variação intraespecífica, variação entre espécies diferentes da mesma localidade e entre localidades diferentes. Verificou-se, entretanto, que a variação intra-específica de C. alburnus, em termos de assinatura isotópica de carbono e nitrogênio, é tão ampla quanto diferentes espécies capturadas em uma mesma localidade. Se cada valor plotado for o resultado de média de poucos indivíduos, então o padrão identificado pode ser completamente mascarado pela variação intraespecífica, prejudicando qualquer inferência quanto à posição trófica ou fonte primária de carbono. Por outro lado, identificou-se que a maior fonte de variação constitui-se na origem geográfica do dado, de forma que a comparação de valores brutos entre localidades diferentes se torna temerária em termos de entendimento de padrões alimentares.
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Diversidade genética de Hoplias Malabaricus (Block, 1794) (Ostariophysi, Characiformes, Erythrinidae) no Rio Grande do Sul (Brasil)Maria, Luciane January 2006 (has links)
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Previous issue date: null / Although the neotropical region is considered the richest in number of freshwater fish species in the world, few studies have attempted to understand genetic diversity in widely distributed species. From the perspective of genetic variation, these species may be excellent models to understand the historical relationship between the river basins. Molecular genetic markers were used to determine the characteristic patterns of genetic variation in the populations of H. malabaricus in the hydrographic basins of Rio Grande do Sul and neighboring basins (RAPD= 136 samples and SNPs= 48 samples), and three clades were defined among the populations: the first with animals from the Uruguay River basin – BHRU (except for the Upper Uruguay) and a point in Argentina; the second with animals in the Patos Lagoon –BHLP Hydrographic Basin, and the Tramandaí River-BHRT Basin, and the third clade with the animals of the Upper Uruguay, BHLP and BHRT. The Brazilian coast samples, included for comparison, were a separate group, except for the samples from São Paulo and Paraná, which were the second clade. As to the methodology used, it was found that both achieved similar results, but the SNPs proved more sensitive in forming the groups. / Embora a região neotropical seja considerada como a mais rica em número de espécies de peixes de água doce do mundo, poucos estudos objetivaram a compreensão da diversidade genética em espécies de ampla distribuição. Analisadas sob uma perspectiva de variação genética, estas espécies podem ser ótimos modelos para compreensão da relação histórica entre as bacias hidrográficas. Com o objetivo de determinar os padrões característicos da variação genética nas populações de H. malabaricus nas bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul e bacias vizinhas, foram utilizados marcadores genéticos moleculares (RAPD=136 amostras e Seqüenciamento SNPs= 48 amostras) e definidos três clados entre as populações: o primeiro com animais da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai -BHRU (exceto Alto Uruguai) e um ponto da Argentina; o segundo, com animais da Bacia Hidrográfica da Lagoa dos Patos-BHLP e Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí-BHRT e o terceiro clado com os animais do Alto Uruguai, BHLP e BHRT. As amostras do litoral brasileiro, que foram incluídas com o intuito de estabelecer comparações, fizeram um grupo à parte, com exceção das amostras de São Paulo e Paraná que constituíram o segundo clado. Em relação à metodologia utilizada, verificou-se que ambas mostraram uma semelhança nos resultados obtidos, porém o Seqüenciamento mostrou-se mais sensível na elaboração dos agrupamentos.
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Sistemática e filogenia de Trechaleidae (Araneae, Lycosoidea)Silva, Estevam Luís Cruz da January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / The first revised genus of Trechaleidae was Trechalea Thorell, 1890, by Carico (1993), after this revision, the systematic of this spider family started to be know for the Neotropical region. The cladistic analysis of the Trechaleidae genera used 64 taxa and 79 characters, including all genera formerly assigned to Trechaleidae Simon, 1890, all exemplars of all families currently placed in “higher lycosoids” sensu Griswold (1993), and an array of potential Lycosoid outgroups, resulted in a single most parsimonious tree of 380 steps (FIT = 56. 08, K = 6, Ci = 0. 26, Ri = 0. 65). This analysis suggests that Psechridae is sister to an Oxyopidae + Senoculidae lineage. Ctenidae, only represented here by Ancylometes Bertkau, 1880 showed to be more related to Pisauridae. The subfamily Rhoicininae Simon, 1898 is sister group of Lycosidae and is promoted to family rank (Rhoicinidae, New Status). Shinobius orientalis (Yaginuma, 1967) is confirmed as a true member of Rhoicinidae and closely related to Heidrunea Brecovit & Höfer, 1994. Neoctenus Simon, 1897 also does not fall within Trechaleidae and is transferred to Zoridae. The family Trechaleidae is now divided in three subfamilies: Dosseninae (Dossenus Simon, 1898, New Subfamily), Enninae (Enna O. Pickard-Cambridge, 1897, New Subfamily) and Trechaleinae Simon, 1890. The cladogram shows detailed resolution within the newly delimited Trechaleidae. Two new genera, Paradyrines gen. nov. and Neotrechalea gen. nov. , are described and illustrated for the first time. Caricelea Silva & Lise, 2007 is synonymized with Enna O. Pickard- Cambridge, 1897. Trechalea Thorell, 1869 is sister to the clade fromed by Syntrechalea F. O. Pickard-Cambridge, 1902.The Rhoicininae Simon, 1898 was recently removed from Trechaleidae Simon, 1869 and promoted to family rank based on the results of a morphological study made by Silva et al. (2011). The family was revised and illustrated. Rhoicinidae is composed by four genera: Barrisca Chamberlin & Ivie, 1936, Heidrunea Brescovit & Höfer, 1994, Rhoicinus Simon, 1898 and Shinobius Yaginuma, 1991. Barrisca nannella Chamberlin & Ivie, 1936 (type-species) and B. kochalkai Platnick, 1978 are redescribed and illustrated. The male of B. kochalkai and a new species from Peru are described and illustrated for the first time. The types of Heidrunea Brescovit & Höfer, 1994 (H. arijana Brescovit & Höfer, 1994, H. irmleri Brescovit & Höfer, 1994 and H. lobrita Brescovit & Höfer, 1994) were photographed and illustrated. The genus Rhoicinus comprises 10 known species and all known species are redescribed and illustrated. Rhoicinus weyrauchi Exline, 1960 is a junior synonym of R. wapleri Simon, 1898. Rhoicinus cashiari sp. nov. is described and illustrated from material collected in Peru. The monotypic genus Shinobius Yaginuma, 1991 is redescribed and illustrated. Maps with the distribution of the representatives of the family are presented. Since 2008, 14 papers were published based on review papers and several new species were described and illustrated from Central and South America.The genera Enna O. P. -Cambridge, 1897 and Dyrines Simon, 1903 were revised by Silva et al. (2008) and Carico & Silva (2008), respectively. After the revision of Enna, in 2008, 13 new species were described. A new species of Dyrines was described by Silva & Lise (2010). Syntrechalea F. O. Pickard-Cambridge, 1902 was revised by Carico (2008) and after that work, three new species were described by Silva & Lise (2008, 2010) (two from Northern Brazil and one from Colombia). Based on material from Peru, two new species of Caricelea Silva & Lise, 2007, were proposed. The male of Hesydrus caripito Carico, 2005 and a new species of Enna (Enna echarate Silva & Lise, 2009) were described. Dossenus was revised by Silva et al. (2007), and the male of Dossenus guapore Silva, Lise & Carico, 2007 and a new species from Northern Brazil (Pará) were described. The male of Paratrechalea longigaster Carico, 2005 was described and illustrated and new records of the distribution of Paratrechalea were registered to Brazil. The last trechaleid genus to be revised was Paradossenus F. O. P. - Cambridge, 1903. Carico & Silva (2010) described and illustrated six new species and Silva & Lise (2011) described the female of Paradossenus macuxi from Roraima, Brazil. And the nuptial gift behavior of the male of Trechalea amazonica F. O. Pickard- Cambridge was recorded for the first time to Pará, Brazil. / O primeiro gênero de Trechaleidae a ser revisado foi Trechalea Thorell, 1890, trabalho este feito por Carico (1993), desde então a sistemática desta família de aranhas foi sendo enfocada e descrita para a região Neotropical. Desde 2008, 14 artigos foram publicados a partir de trabalhos revisivos e muitas espécies novas foram descritas nas Américas Central e do Sul. A análise cladística dos gêneros de Trechaleidae foi realizada com 64 táxons a partir de 79 caracteres morfológicos obtidos a partir do exame de espécimes, atualmente alocados em Trechaleidae (sensu Griswold 1993), resultou em uma única árvore mais parcimoniosa, com 394 passos (FIT = 56,08, K = 6, Ci = 0,26, Ri = 0,65). A partir desta análise, observou-se que Psechridae agrupou-se com o clado Oxyopidae + Senoculidae. Ctenidae, representado pelo gênero Ancylometes Bertkau, 1880, mostrou-se mais próximo de Pisauridae. A subfamília Rhoicininae é grupo irmão de Lycosidae, não pertencendo à Trechaleidae, e é promovida aos status de família (Rhoicinidae). Shinobius orientalis (Yaginuma, 1967) foi confirmado como membro de Rhoicinidae e relacionado à Heidrunea Brescovit & Höfer, 1994. Neoctenus Simon, 1897 não pertence à Trechaleidae e é transferido para Zoridae. A família Trechaleidae agora é dividida em três subfamílias: Dosseninae (Dossenus Simon, 1898, Nova Subfamília), Enninae (Enna O. Pickard-Cambridge, 1897, Nova Subfamília) e Trechaleinae Simon, 1890.Dois novos gêneros foram propostos: Paradyrines gen. nov. e Neotrechalea gen. nov. , descritos pela primeira vez. Caricelea Silva & Lise, 2007 foi sinonimizado com Enna O. Pickard-Cambridge, 1897. O gênero-tipo, Trechalea Thorell, 1869, é mais relacionado ao clado formado por Syntrechalea F. O. Pickard- Cambridge, 1902. Rhoicininae Simon, 1898 foi promovida ao status de família após a análise filogenética de Trechaleidae Simon, 1869 feita por Silva et al. (in press). Rhoicinidae é atualmente compostra por quatro gêneros: Barrisca Chamberlin & Ivie, 1936, Heidrunea Brescovit & Höfer, 1994, Rhoicinus Simon, 1898 e Shinobius Yaginuma, 1991. Barrisca nannella Chamberlin & Ivie, 1936 (espécie-tipo) e B. kochalkai Platnick, 1978 foram redescritas e ilustradas. O macho de B. kochalkai e uma nova espécie do Peru foram descritas e ilustradas pela primeira vez. Os representantes de Heidrunea Brescovit & Höfer, 1994 (H. arijana Brescovit & Höfer, 1994, H. irmleri Brescovit & Höfer, 1994 e H. lobrita Brescovit & Höfer, 1994) foram fotografados e ilustrados. Rhoicinus é composto por 10 espécies conhecidas e todas foram redescritas e ilustradas. Rhoicinus weyrauchi Exline, 1960 foi considerado sinônimo júnior de R. wapleri Simon, 1898. Rhoicinus cashiari sp. nov. é descrito e ilustrado com base em material proveniente do Peru.O gênero monotípico Shinobius Yaginuma, 1991 é redescrito e ilustrado. Mapa com a distribuição dos representantes de Rhoicinidae é apresentado. A partir do material obtido por empréstimo para ser utilizado na análise filogenética de Trechaleidae, muitas espécies novas e novos registros foram observados. Esse novo material foi descrito a partir de trabalhos revisivos previamente publicados e reunidos em uma compilação de artigo publicaods durante o período de desenvolvimento desta Tese de Doutorado. Os gêneros Enna O. P. -Cambridge, 1897 e Dyrines Simon, 1903 foram revisados por Silva et al. (2008) e Carico & Silva (2008), respectivamente. Após a revisão de Enna, em 2008, foram descritas 13 novas espécies. Uma nova espécie de Dyrines foi descrita por Silva & Lise (2010). Syntrechalea F. O. P. -Cambridge, 1902 foi revisada por Carico (2008) e foram descritas três espécies novas, Silva & Lise (2008, 2010) descreveram três novas espécies (duas no norte do Brasil e uma da Colômbia). Com base em material proveniente do Peru foram descritas duas novas espécies de Caricelea Silva & Lise, 2007, o macho de Hesydrus caripito Carico, 2005 e uma espécie nova de Enna (Enna echarate Silva & Lise, 2009). Dossenus foi revisado por Silva et al. (2007), e o macho de Dossenus guapore Silva, Lise & Carico, 2007 foi descrito e uma espécie nova do norte do Brasil (Pará). O macho de Paratrechalea longigaster Carico, 2005 foi descrito e ilustrado e novos registros de distribuição do gênero no Brasil foram efetivados. O último gênero de Trechaleidae a ser revisado foi Paradossenus F. O. P. -Cambridge, 1903. Carico & Silva (2010) descreveram seis espécies novas e Silva & Lise (2011) descreveram a fêmea de Paradossenus macuxi de Roraima, Brasil. O comportamento de presente nupcial do macho de Trechalea amazonica F. O. P. -Cambridge, 1903 foi registrado no Pará, Brasil.
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Análise cladística das subfamílias de Hahniidae Bertkau, 1878: (Arachnida, Araneae)Lo Man Hung, Nancy França January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / The present work aimed to study the phylogenetic relationships and test the monophyly of the subfamilies of Hahniidae. Thus, this study was divided into two parts: the first is an introduction consisting of a brief literature review on Hahniidae and, the second part is written manuscript for publication in English: Article: Cladistic analysis of the subfamilies of the comb-tailed spider (Araneae: Hahniidae), manuscript will be submitted to Zoologica Scripta (Factor 2913 - A1). In the manuscript we performed a parsimony analysis with heuristic search, characters unordered and with equal weights for all characters, resulting in relationship hypothesis (L = 412, CI = 37, RI = 53) between 30 terminals and 106 morphological characters, 63 somatic, 42 sexual and one from behavior. This is the first phylogenetic hypothesis for the family based on morphological characters and composed of members of all three subfamilies of Hahniidae. The ingroup was composed of 14 species of Hahniinae, five species of Cybaeolinae, five species of Cryphoecinae, two species incertae sedis, and the outgroup composed of members of Dictynidae, Cybaeidae, Agelenidae and Amaurobidae. In this hypothesis, Hahniidae as is currently defined, is not a monophyletic group, Cryphoecinae is monophyletic and related with Cybaeidae and Dictynidae, other hahniids appear as the sister group to Dictynidae. Both, Cybaeolinae and Hahniinae are not a monophyletic group. Cybaeolinae seems to be composed only by gender Cybaeolus, while for Hahniinae more studies are needed to define the relationships between the genera that comprise this subfamily, especially an extensive review of the genus Hahnia. / O presente trabalho visou estudar as relações filogenéticas e testar o monofiletismo das subfamílias de Hahniidae. Sendo assim, este trabalho foi dividido em duas partes: a primeira é uma apresentação geral composta por uma breve revisão literária sobre Hahniidae e a segunda parte é um artigo, redigido em inglês, e em formato de artigo para publicação: Artigo: Cladistic analysis of the subfamilies of the comb-tailed spider (Araneae: Hahniidae), artigo será submetido para a revista Zoologica Scripta (Fator 2. 913 – A1). No artigo foi realizada uma análise de parcimônia com buscas heurísticas, caracteres não ordenados e com pesos iguais para todos os caracteres, resultando em uma hipótese de relacionamento (L= 412, CI= 37, RI= 53) entre 30 terminais e 106 caracteres morfológicos, sendo 63 somáticos, 42 sexuais e um comportamental. Esta é a primeira hipótese filogenética para a família baseada em caracteres morfológicos e composta por integrantes das três subfamílias de Hahniidae. O grupo interno foi composto por 14 espécies de Hahniinae, cinco espécies de Cybaeolinae, cinco espécies de Cryphoecinae, duas espécies incertae sedis e, o grupo externo composto por integrantes de Dictynidae, Cybaeidae, Agelenidae e Amaurobidae. Nesta hipótese, Hahniidae como está atualmente delimitada, não é um agrupamento monofilético, Cryphoecinae é monofilético e parece relacionada com Cybaeidae e Dictynidae, os demais hahniideos aparecem como grupo irmão de Dictynidae. Tanto Cybaeolinae quanto Hahniinae não formam um grupo monofilético. Cybaeolinae parece ser composta apenas pelo gênero Cybaeolus, enquanto que para Hahniinae são necessários mais estudos para definir os relacionamentos entre os gêneros que compõem esta subfamília, especialmente uma revisão extensiva do gênero Hahnia.
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Caracterização evolutiva de uma zona híbrida entre duas espécies de felídeos neotropicais (Leopardus tigrinus E L. geoffroyi) através da análise de marcadores nuclearesLehugeur, Livia Menger January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Hybridization in animal species has been observed with increasing frequency in nature, probably due to advances in molecular techniques, which have allowed accessing a wealth of information on the biology of living beings. The Neotropical felids Leopardus geoffroyi e L. tigrinus have essentially allopatric distributions, with a narrow contact zone that includes Rio Grande do Sul state, Brazil. Following initial suspicions raised by field studies, hybridization between these species was confirmed by the analysis of mitochondrial DNA and nuclear microsatellites (Trigo 2008). The main objective of this study was to clarify aspects related to hybridization and introgression between these species, including its symmetry and directionality, and also to test the application of multiple loci linked to the X chromosome to differentiate ancestral haplotype sharing from that resulting from the hybridization process. We selected 43 L. geoffroyi individuals and 38 L. tigrinus from regions that are near as well as outside the contact zone, in addition to six L. colocolo used as outgroups for comparison. Through the use of haplotype networks, it was possible to identify 38 hybrids, and based on shared haplotype blocks, we inferred that this number could reach more than 53 individuals. We observed bidirectional and quite asymmetric introgression between these species, corroborating the hypothesis that this is a current and complex hybridization process. In addition, an important result was the demonstration that the X chromosome segment analyzed here harbors sufficient information content to identify ancestral haplotypic blocks from each of the implicated species, opening up new avenues for in-depth genomic analyses targeting this hybridization process. / A hibridação entre espécies animais vem sendo observada cada vez mais frequentemente na natureza, devido provavelmente ao avanço das técnicas moleculares, que têm nos permitido acessar inúmeras informações previamente desconhecidas com relação à biologia dos seres vivos. Os felídeos Neotropicais Leopardus geoffroyi e L. tigrinus possuem sua distribuição essencialmente alopátrica, com uma estreita zona de contato que inclui o Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Após suspeita levantada em estudos de campo, a hibridação entre estas espécies foi confirmada com análises do DNA mitocondrial e microssatélites nucleares (Trigo 2008). O principal objetivo do presente trabalho é aprofundar a investigação dos processos de hibridação e introgressão entre estas duas espécies, incluindo aspectos como sua simetria e direcionalidade, bem como testar a viabilidade de utilização de múltiplos locos localizados no cromossomo X para diferenciar o compartilhamento de haplótipos por ancestralidade daquele resultante do processo de hibridação. Foram selecionados 43 indivíduos da espécie L. geoffroyi e 38 da espécie L. tigrinus, de regiões próximas (incluindo prováveis puros e híbridos) e também de regiões afastadas da zona de contato, além de seis L. colocolo utilizados como grupo externo para fins de comparação. Através da construção e análise de redes de haplótipos, foi possível identificar 38 híbridos, enquanto através da avaliação de blocos haplotípicos compartilhados, inferiu-se que este número pode chegar a mais de 53 indivíduos. Foi observada introgressão bidirecional e bastante assimétrica entre as espécies, corroborando a hipótese de que se trata de um processo atual e complexo em sua dinâmica. Além disso, um resultado importante deste estudo foi a demonstração de que o segmento analisado do cromossomo X apresenta poder informativo suficiente para identificar blocos haplotípicos ancestrais de cada uma das espécies envolvidas, o que abre caminho para análises genômicas mais aprofundadas deste processo de hibridação.
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Demografia histórica e contemporânea de guepardos (Acinonyx jubatus) na Namíbia, África AustralFabiano, Ezequiel Chimbioputo January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Background: The contemporary genetic diversity of species and populations is a product of climatic oscillations over deeper timescales and/or anthropogenic factors over recent times. These forces caused alterations in the effective population size of fauna and flora, thus affecting not only their evolutionary potential but also species spatial distributions. Consequently, a need exists for assessing the historical demography of species at different population levels. The origin of the contemporary genetic diversity of cheetahs is thought to be the result of a severe decline around the Last Glacium Maximum (8,000 - 20,000 years ago, ya), followed by an expansion around the mid-Holocene ( 5,000 years) and a subsequent bottleneck within the past century due to a combination of anthropogenic factors and weather variability. Alternative hypotheses include that of a metapopulation structure and the persistence at a low effective size due to a high reproductive variance associated with a polygynous mating system. However, these three remain largely untested despite advances in molecular analytical tools over the past decades. Likewise, the effects of anthropogenic factors on population viability merit quantification as well as trends in abundance and density using robust surveying techniques. This study aims to contribute novel information on these aspects; information deemed of high significance for comprehensive conservation measures that do not underestimate the true risk of extinction the species is facing. First, we explored the historical demography of the largest free-ranging cheetah population over the past 60,000 years. Second, we assessed the population’s genetic viability and its sensitivity to perturbations on vital rates and uncertainties on current population size and carrying capacity estimates. Lastly, we assessed trends in density, abundance, and behavioural ecology aspects of cheetahs. Methods: To explore the historical demography, we stratified periods during the last 60,000 years and contrasted evolutionary models assuming stability, decline and expansion using approximate Bayesian computation methods. We estimated the population’s contemporary effective size using four genetic estimators and population viability analysis (PVA). Sensitivity analyses of the susceptibility of viability estimates to perturbations were also performed using a PVA approach. To estimate density and abundance, we used a combination of Bayesian spatial capture, recapture and non-spatial methods. Results: First, demographic scenarios indicated that the population has a complex demographic history, characterised by periods of decline intercalated with periods of stability with no signal of expansion contrived during the past 60,000 ya. The population seems to have been stable over the past 300 years. Additionally, scenarios modeled on abrupt reductions had low levels of support in relation to models assuming gradual reductions. Second, we found the present population to be viable, although susceptible to perturbations such as the proportion of breeding females, adult female survival rates, and uncertainties in current abundance estimates and on carrying capacity. These parameters also influenced the total population size. However, the direction of the impact was related to perturbation levels. Lastly, and mostly applicable for males, we observed density estimates of 5 to 20 km-3 that were largely similar across most of the six multi-year surveys. Furthermore, male cheetahs showed high site fidelity, utilising scent-marking locations for up to four consecutive years with possible temporal avoidance. Overall individuals displayed a nocturnal activity pattern. Discussion: First, the study shows that the population’s contemporary genetic diversity (and possibly that of other populations to which our population is genetically connected) is the result of a gradual decline, likely caused by fluctuations and reductions of suitable habitat due to Pleistocene and Holocene climatic oscillations, as well as recent increases in aridification in Namibia. Second, that the population viability is largely dependent on aspects related to females, and that threshold values seem to exist beyond which certain conservation actions may have a negative influence on viability. Lastly, male density seems to be regulated by home range dynamics, as density remained similar across surveys except during periods of social instability caused by vacant home ranges. The instability caused by removals may lead to higher reproductive variance. Conclusions: Overall, the study shows that a realistic estimate of the risk of extinction faced by this population requires an integration of results obtained with several analytical approached, and that long-term conservation plans should incorporate such a body of information. The observation that viability is susceptible to different biological and social factors highlights the relevance of this assessment, which is integrated to the other themes investigated in this study. In a broader context, the results presented here are potentially relevant for assessments targeting other species facing similar threats of extinction. / Contexto: A diversidade genética contemporânea de espécies e populações é resultante da interação entre aspectos ecológicos e biológicos das mesmas em relação aos efeitos de processos históricos naturais, bem como ao efeito atual dos humanos. Essas forças causaram alterações no tamanho efetivo da população de muitos elementos da fauna e flora, afetando não só os seus potenciais evolutivos, mas também suas distribuições geográficas. Conseqüentemente, existe uma necessidade de caracterizar a história demografica de espécies em diferentes níveis. A baixa diversidade genética contemporânea de guepardos é usualmente considerada como o resultado de um severo gargalo genético em torno do Último Máximo Glacial (8. 000 - 20. 000 anos atrás), seguido por endogamia, uma expansão em meados do Holoceno (5. 000 anos) e finalmente um gargalo durante o ultimo século devido a a uma combinação de fatores humanos e variações climáticas. Hipóteses alternativas incluem uma estrutura de metapopulação e persistência de tamanho efetivo baixo, devido à ocorrência de poliginia, gerando uma alta variância reprodutiva. Apesar dos avanços em ferramentas moleculares nas últimas décadas, estas hipóteses permanecem ainda largamente inexploradas. Da mesma forma, os efeitos de fatores humanos sobre a viabilidade da população, precisam ser quantificados, assim como é necessário determinar as tendências temporais em abundância e densidade utilizando robustas abordagens sistemáticas. Neste contexto, o objetivo primário deste estudo foi obter novas informações sobre estes aspectos, as quais são consideradas significantes para que medidas de conservação abrangentes sejam colocadas em prática. Especificamente, exploramos a historia demografica da maior população de guepardos ao longo dos últimos 60 mil anos. Segundo, avaliamos a viabilidade genética desta população e sua sensibilidade a perturbações e incertezas sobre o tamanho da população atual, bem como estimativas da sua capacidade suporte. Por fim, avaliamos as tendências em densidade e abundância, assim como certos aspectos ecológicos comportamentais de uma população local. Ferramentas: Métodos Bayesianos foram aplicados para avaliar e contrastar cenários evolutivos de estabilidade, declínio e de expansão em diferentes períodos nos últimos 60 mil anos. Para estimar o tamanho efetivo contemporâneo da população, foram utilizadas quatro estimativas genéticas e uma baseada em simulações de viabilidade. Simulações foram realizadas para avaliar a sensibilidade da estimativa de tamanho efectivo a perturbações nas taxas vitais, incertezas no tamanho da população e capacidade suporte. Por fim, o tamanho populacional de censo e a densidade populacional foram estimados através de métodos espaciais e não espaciais de captura-recaptura. Resultados: Primeiro, os cenários demográficos indicaram que a população tem uma história demográfica complexa, caracterizada por períodos de declínio populacional, intercalados por períodos de estabilidade, sem sinal de expansão detectado desde 60. 000 mil anos. Um sinal de estabilidade foi detetado para os ultimos 300 anos. Adicionalmente, cenários modelados que assumiram reduções abruptas tiveram taxas baixas de suporte em relação a modelos de redução gradual. Segundo, estimativas de tamanho efetivo baseadas em simulações indicaram que a população é viável, porém suscetível a perturbações como a proporção de fêmeas reprodutoras, as taxas de sobrevivência de adultos do sexo feminino, e incertezas em estimativas de abundância e de capacidade de suporte. O tamanho de censo da população também foi influenciado por estes parâmetros. No entanto, a influência em ambos os parâmetros é condicionada aos níveis de perturbações. Terceiro, as estimativas de densidade, principalmente de machos adultos, variaram entre 5 - 20 km-3 e foram semelhantes entre os levantamentos realizados no decorrer dos seis anos de amostragem. Os guepardos machos mostraram uma fidelidade de até quatro anos de uso consecutivo de sítios de marcação (scent-marking sites) dentro de suas áreas próprias, evidenciando também um padrão de atividade predominantemente noturno. Discussão: Primeiro, o estudo mostra que a diversidade genética contemporânea da população (e possivelmente de outras populações com as quais está geneticamente ligada) é resultante de um declínio gradual, provavelmente causado por flutuações e reduções de habitat adequado devidas a oscilações climáticas no Pleistoceno e Holoceno, bem como aumentos no nivel de aridez em tempos mais recentes na Namíbia. Segundo, que a viabilidade da população é em grande parte dependente de aspectos relacionados com fêmeas, e que parecem existir valores limiares além dos quais certas perturbações podem ter uma influência negativa sobre a viabilidade. Por último, a densidade de machos parece ser resultado da dinâmica das áreas de vida, visto que a densidade permaneceu semelhante, exceto durante os períodos de instabilidade social causada por áreas vagas. A instabilidade causada por remoções antropogênicas pode, portanto, levar a maior variância reprodutiva. Conclusões: O estudo indica que uma estimativa realista do risco de extinção desta população requer a integração de resultados obtidos por diversas abordagens analíticas, e que planos de conservação de longo prazo devem incluir tal conjunto de informações. A observação de que a viabilidade é sensível a diferentes fatores biológicos e sociais ressalta a importância desta avaliação, a qual se integra aos demais temas investigados neste estudo. De forma mais ampla, os resultados aqui apresentados são potencialmente relevantes para diversas outras espécies que enfrentam ameaças de extinção semelhantes.
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