Return to search

A discriminação da mulher negra no setor industrial sergipano entre 2007 e 2014: uma análise dos impactos da norma de responsabilidade social empresarial

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / After more than 60 years of civil rights and anti-racist laws, there are still differences in the labor market between men and women and between whites and blacks. In the case of Brazil, where until recently there was no official recognition of racism and even today of sexism, new expressions of prejudice have existed since the abolition of slavery. These "new" prejudices have the mark of discrimination, that is, of restricting spaces and access to individuals and minority groups in power relations. The objective of this study is to analyze the impacts of the corporate social responsibility standard on the participation of black women (brown and black) in the Sergipe transformation industry through the RAIS (Annual Social Information Ratio) database of the Ministry of Labor and Employment (MTE) for the periods 2007/2008 and 2013/2014. From the descriptive statistical analysis of the data, it was noted in relation to gender discrimination a tendency for male predominance in the sector of the Sergipe transformation industry: 73% of the formal ties of male workers versus 28% of employment for women. As for racial discrimination, the presence of brown workers (72%) in the Sergipe manufacturing industry was predominant in all periods studied. While the black / race category, both men and women, was less representative, with percentages of 6% for black men and 1.3% for black women in 2007, 5.4% and 1.3% in 2008, 5.9% and 1.4% in 2013 and 6.5% and 1.8% in 2014. These data indicate that not only the female sex is the one with the lowest industrial sector presence, but Is the black color that has the lowest percentage of inclusion in the Sergipe industrial sector. The data analyzed show that the formal ties of black women are those with substantially lower wages (R $ 766.96) than white women (R $ 993.24), brown women (R $ 828.48) and Formal ties of white men (R $ 1640.86), pardos (R $ 1,168.85) and black men (R $ 1091.96). This scenario changed little in the analyzed period. The main conclusions are: (a) The Sergipe manufacturing industry is predominantly male and brown; B) White men receive the highest wages followed by brown and black men, white, brown and black women who receive the lowest salaries in relation to the other groups; And c) The corporate social responsibility standard focuses only tangentially on combating discrimination in the Sergipe labor market. / Passados mais de 60 anos de conquistas dos direitos civis e da criação de leis antirracistas e antissexistas, ainda há diferenças no mercado de trabalho entre homens e mulheres e entre brancos e negros. No caso do Brasil, onde até pouco tempo atrás não havia reconhecimento oficial do racismo e ainda hoje do sexismo, novas expressões de preconceito grassam desde a abolição da escravatura. Esses “novos” preconceitos têm a marca da discriminação, ou seja, de restringir espaços e acessos a indivíduos e grupos minoritários nas relações de poder. O objetivo desse estudo é analisar os impactos da norma de responsabilidade social empresarial sobre a participação de mulheres negras (pardas e pretas) na indústria de transformação sergipana por meio da base de dados RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nos períodos de 2007/2008 e 2013/2014. A partir da análise estatística descritiva dos dados, notou-se em relação à discriminação de gênero uma tendência a predominância masculina no setor da indústria de transformação sergipana: 73% dos vínculos formais de trabalhadores masculinos contra 28% de emprego para as mulheres. Quanto à discriminação racial, existe um predomínio da presença de trabalhadores pardos (72%) na indústria de transformação sergipana, em todos os períodos estudados. Ao passo que, a categoria de raça/cor preta, tanto masculina como feminina, foi a que apresentou menor representatividade, com percentuais de 6% para os homens pretos e 1,3% para as mulheres pretas em 2007, 5,4% e 1,3% em 2008, 5,9% e 1,4% em 2013 e 6,5% e 1,8% em 2014. Esses dados indicam que não apenas o sexo feminino é aquele com menor presença no setor industrial, mas é o da cor preta que possui os menores percentuais de inclusão no setor industrial sergipano. Chama atenção nos dados analisados, os vínculos formais das mulheres pretas são os que apresentam as remunerações substancialmente mais baixas (R$ 766,96) em relação às brancas (R$ 993,24), pardas (R$ 828,48) e aos vínculos formais dos homens brancos (R$ 1640,86), pardos (R$ 1.168,85) e pretos (R$ 1091,96). Este cenário pouco se alterou no período analisado. As principais conclusões são: a) A indústria de transformação sergipana é predominantemente masculina e parda; b) Os homens brancos recebem os maiores salários seguidos dos homens pardos e pretos, das mulheres brancas, pardas e pretas que recebem os menores salários em relação aos demais grupos; e c) A norma de responsabilidade social empresarial incide apenas tangencialmente no combate a discriminação no mercado de trabalho sergipano.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/5930
Date15 February 2017
CreatorsSilva, Valdenice Portela
ContributorsLima, Marcus Eugênio Oliveira, Silva, Patrícia da
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Psicologia Social, UFS, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0023 seconds