• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 530
  • 22
  • 7
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 567
  • 567
  • 470
  • 452
  • 121
  • 102
  • 102
  • 79
  • 78
  • 78
  • 77
  • 59
  • 58
  • 56
  • 55
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
131

Comunidade de mamiferos de medio e grande porte em fragmentos de mata semidecidual da APA municipal de Campinas, SP / The community of medium and large mammals in fragments of Atlantic Forest in the environmental protected area of Campinas, São Paulo state

Castilho, Camila Paula de, 1982- 15 August 2018 (has links)
Orientador: Eleonore Zulnara Freire Setz / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-15T17:03:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Castilho_CamilaPaulade_M.pdf: 1116230 bytes, checksum: e9733bf18b309857ead4034f314a0bca (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: No presente estudo avaliei a comunidade de mamíferos de médio e grande porte em 13 fragmentos pequenos (1 a 12 ha) e um fragmento controle (220 ha) da Área de Proteção Ambiental de Campinas, estado de São Paulo. A comunidade foi estudada através de parcelas de areia iscadas com dois tipos de iscas odoríferas (Pro's Choice e Canine Call) ao longo das quatro estações do ano, durante o período de julho de 2007 a junho de 2009. O esforço variou de 15 a 170 parcelas-noite entre os fragmentos, com um esforço total de 665 parcelas-noite para o conjunto de fragmentos. A comunidade foi composta por 20 espécies, variando de uma a sete espécies por fragmento e 11 no controle, sendo a maioria espécies generalistas e oportunistas, incluindo três espécies exóticas: o cachorro-doméstico (Canis lupus familiaris), a lebre européia (Lepus europaeus) e o ratão-do-banhado (Myocastor coypus). A riqueza da comunidade não esteve relacionada com a área dos fragmentos (rs = 0,083; p>0,05). A análise de similaridade também não evidenciou nenhum padrão na composição entre os fragmentos. Grandes carnívoros predadores de topo não foram verificados no interior dos fragmentos através das parcelas de areia, sendo a jaguatirica (Leopardus pardalis) o maior carnívoro registrado. No entanto, a riqueza registrada para o conjunto dos fragmentos foi superior em relação a outros fragmentos florestais maiores em tamanho e número em outras regiões do estado de São Paulo. A análise de abundância e de freqüência de ocorrência revelou o domínio da comunidade por três espécies mesopredadoras, o gambá (Didelphis sp), o cachorrodoméstico e o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e uma presa, o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus). Esse predomínio aparentemente parece estar relacionado à ausência de grandes predadores de topo, devido à liberação dessas espécies do controle demográfico imposto por esses últimos, bem como à plasticidade comportamental dessas espécies. Na ausência de predadores, essas espécies estiveram negativamente correlacionadas às áreas dos fragmentos, exceto o gambá. Em conclusão, a comunidade da APA de Campinas demonstrou-se simplificada e dominada por espécies generalistas. Os últimos remanescentes da região representam os últimos refúgios para a comunidade de médios e grandes mamíferos / Abstract: I evaluated the medium and large mammal community in 13 small fragments (1 to 12ha) and a control (220ha) in the Environmental Protected Area of Campinas, São Paulo state. The community was sampled using baited track stations (Pro's Choice and Canine Call bait) over a year (once each quarter) from July 2007 to June 2009, giving 15 to 170 track-station nights among the fragments and 665 track-station nights for all the remnants. Twenty species were recorded, varying from one to ten species per fragment, and eleven in the control. Most species was generalist and opportunist. Three exotic species (domestic dog, Canis lupus familiaris; European hare, Lepus europaeus; and nutria, Myocastor coypus) were among those recorded. No correlation between richness and fragment size was found (rs = 0,083; p> 0,05). No pattern in similarity was found among them. Although the smaller fragments had fewer species than the control, the species were often distinct. Large carnivores, top predators, were not sampled in the fragments interior by the track-stations and ocelot was the biggest carnivore registered. Opossums, domestic dog, nine-banded armadillo and crab-eating fox were the most abundant and frequent species in the community. As expected, the generalist species (except opossums) were negatively correlated with fragment area. Interactions between predator-prey and competitor abundances among those species were not detected. In conclusion, the mammal community was simplified and dominated by a few generalist species. The fragments seem representative of the last refuges to the community of the medium and large mammals / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ecologia
132

Comunidade de morcegos, interações com flores e estratificação vertical em Mata Atlântica do Sul do Brasil / Bat assemblage, interactions with flowers and vertical stratification in the Atlantic Forest, Southern Brazil

Scultori, Hedda Carolina Schmidt 16 August 2018 (has links)
Orientador: Marilies Sazima / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Caimpinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-16T01:40:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Scultori_HeddaCarolinaSchmidt_M.pdf: 2997447 bytes, checksum: 55687d0ecdbb611a3dde172c15080a59 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Morcegos formam um grupo diverso, abundante e de grande importância ecológica devido às suas interações com outros organismos e com o ambiente. As interações de morcegos com flores podem resultar em polinização, que, embora rara quando comparada às realizadas por outros grupos animais, tem grande importância na reprodução de várias espécies de plantas. Essas plantas e outros recursos utilizados pelos morcegos ocorrem em diferentes alturas da floresta, onde também variam as características ambientais, podendo influenciar na utilização do espaço vertical por esses mamíferos. O presente estudo buscou descrever a comunidade de morcegos de uma área de Floresta Atlântica no Estado do Paraná, aspectos das interações de espécies antófilas com flores e investigar a ocorrência de estratificação vertical nestas espécies de animais e plantas. De maio de 2008 a abril de 2009 foi realizada captura de morcegos com redes de neblina abertas do solo ao dossel (25 m), em clareiras em área de floresta submontana, para verificar diversidade de espécies, sazonalidade, horário de atividade e estratificação vertical. No primeiro capítulo são apresentados os resultados sobre a estrutura da comunidade de morcegos. Foram capturados 679 morcegos, pertencentes a três famílias e 20 espécies. Na classificação funcional, foram observadas espécies pertencentes a sete guildas. A diversidade não variou entre as estações chuvosa e seca. Atividade de morcegos ocorreu ao longo de toda a noite, sendo as maiores abundâncias e riquezas registradas entre a segunda e quarta hora após o anoitecer, e, as menores na quinta e depois da décima hora após o ocaso. O padrão geral encontrado de estratificação vertical mostra que a maioria das espécies utiliza toda a amplitude de alturas da floresta com algumas espécies utilizando principalmente alturas mais baixas. As características da comunidade foram similares às de outros locais com fisionomia semelhante e os dados de estratificação vertical devem ser reflexos da estrutura da vegetação da Mata Atlântica. No segundo capítulo são apresentados os dados de interação dos morcegos antófilos com as flores. Foi realizado acompanhamento fenológico das espécies de plantas visitadas por morcegos, coleta de néctar, observações de comportamento de visitas e captura de visitantes com redes de neblina abertas em frente às flores. Foram acompanhadas oito espécies de plantas visitadas por morcegos, cujo padrão de floração é anual e seqüencial. As formas de vida foram árvores, epífitas e lianas, ocorrendo em alturas entre 0,5 m e 34 m. Flores de formas tubulares e do tipo pincel, cores esbranquiçadas e esverdeadas foram maioria nestas espécies, sendo visitadas por morcegos glossofagíneos, que atuaram como polinizadores. Morcegos não-glossofagíneos foram considerados polinizadores ocasionais. Dentre as 20 espécies de morcegos capturados em redes de neblina, três são nectarívoras, cinco frugívoras e uma onívora, que podem utilizar recursos florais. Estes recursos estão disponíveis e são utilizados por morcegos ao longo do ano em diferentes alturas, porém, não houve correlação entre as alturas de ocorrência e de vôo registradas. Os resultados são semelhantes aos de outras pesquisas em Mata Atlântica, porém, acrescentam novas perspectivas ao estudo de comunidades de morcegos e interações com flores / Abstract: Bats form a diverse group. They are abundant and of great ecological importance, due to various interactions with other organisms in their environment. The interactions of bats with flowers may result in pollination. While these interactions may be relatively rare when compared with other types of pollinators, they are of great importance to the reproduction in various plant species where they occur. These plants and the rewards utilized by bats occur at differing levels of the forest, wherein environmental conditions vary with height, thus influencing the use of vertical space by these mammals. The present study looks to describe a community of bats in an area of Atlantic Rainforest in the state of Paraná, aspects of the interactions of anthophilous species and to investigate the occurrence of vertical stratification of these species of animals and plants. From May 2008 to April 2009, bats were captured in mist nets opened from the ground to the canopy (25 m), in gaps in an area of submontane forest, in order to verify the diversity of species, seasonality, time of activity and vertical stratification. In the first chapter, results on community structure of bats are presented. Six hundred seventy-nine bats were captured, belonging to three families and 20 species. In the functional classification, species belonging to seven guilds were observed. The diversity did not vary between wet and dry seasons. Bat activity occurred throughout night-hours, with the highest abundance and richness occurring between two and four hours after sunset, and the lowest abundance and richness occurring between the fifth and tenth hour after sunset. The general pattern found in the vertical stratification indicates that the majority of species utilize the full amplitude of forest heights with some species using principally the lower forest levels. The characteristics of the community were similar to other localities with similar topography, and data on the vertical stratification likely reflects the vegetative structure of the Atlantic Rainforest. In the second chapter, data on bat interactions with flowers are presented. Phenology of the species of plants visited by bats was studied. Nectar of these flowers was collected. Visiting behavior of the bats was observed, followed by capture with open mist nets placed in front of the flowers. Eight species of plants visited by bats were studied. These plants presented either an annual or sequential pattern of flowering. Among these species are trees, epiphytes and lianas, occurring between 0,5 m and 34 m. Whitish to greenish-white tubular and pincel flowers made up the majority of these species' flowers, which are visited by glossophagines acting as pollinators. Non-glossophagine bats were considered occasional pollinators to these species. Among the 20 species of bats captured by mist nets, three species were glossophagines, five were frugivorous and one was omnivorous, which may consume floral rewards. These rewards are available and are used by bats throughout the year at differing heights, although there was no correlation among heights of occurrence and registered flights. While the results of this study are similar to other bat studies in the Atlantic Rainforest, they serve to highlight new perspectives on the study of bat communities and floral interactions / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ecologia
133

Determinismo ambiental e estocasticidade em uma comunidade do sobosque da Floresta Atlantica / Environmental determinism and stochasticity in an undertory community of the Atlantic Forest

Aranha, Bruno Almozara, 1981- 22 February 2008 (has links)
Orientador: Fernando Roberto Martins / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-10T18:10:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Aranha_BrunoAlmozara_M.pdf: 941707 bytes, checksum: ab17be34ee5ca8233425b5c5eaf43a62 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: Processos determinísticos e estocásticos são importantes na organização da composição da comunidade, e há a hipótese de que o determinismo ambiental aumenta quanto mais extremo for o ambiente. Nosso objetivo foi testar essa hipótese em uma comunidade do estrato herbáceo-arbustivo de um trecho da Floresta Ombrófila Densa Submontana, em Ubatuba, São Paulo, Brasil. Amostramos plantas a partir de 30 cm de altura até 15 cm de perímetro do tronco à altura do peito em 25 parcelas de 3 x 3 m instaladas em locais côncavos e 25 instaladas em locais convexos. Medimos variáveis do microrrelevo (elevação, declividade e índice de convexidade) e da luminosidade (abertura do dossel). Classificamos as espécies em dois componentes: residentes (completam o ciclo vital no estrato herbáceo-arbustivo) e transientes (jovens de espécies dos estratos superiores). Por meio de testes de Mantel simples e parcial e regressão parcial múltipla confrontamos as matrizes de distância desses componentes e da comunidade total com matrizes de distância das variáveis do microrrelevo, da luminosidade e do espaço (distância geográfica). Também construímos curvas de riqueza para cada componente e para a comunidade completa em diferentes situações ambientais. Para testar se o determinismo ambiental aumenta quando aumenta a severidade do ambiente, dividimos a amplitude de cada variável ambiental em três matrizes com 20% dos menores valores, 60% com valores intermediários e 20% com os maiores valores e fizemos as análises. Repetimos as análises para a declividade, que foi dividida em três matrizes com 40% dos menores valores, 20% com valores intermediários e 40% com os maiores valores. Elevação e declividade exerceram maior influência na composição da comunidade do que a abertura do dossel, mas a maior parte da variação na composição da comunidade permaneceu sem explicação. Encontramos maior determinismo ambiental somente nas áreas com as maiores declividades. Nos sítios mais íngremes, a riqueza da comunidade total e do componente transiente foi menor, mas o componente residente apresentou maior riqueza. Nossos resultados indicaram que as espécies residentes têm mais sucesso nos locais mais íngremes, ao passo que as espécies transientes o têm nos locais com declividades mais suaves. Sugerimos que o sucesso das espécies residentes na ocupação das áreas mais íngremes decorra de altas taxas de reprodução vegetativa. Corroboramos a hipótese de que o determinismo ambiental aumenta quando aumenta a severidade do ambiente. Dessa forma o determinismo tem seu papel na organização da comunidade atuando conjuntamente com os processos estocásticos / Abstract: Both determinism and stochastic process are important to community organization and composition, although environmental determinism increasing in harsh habitat has been recently hypothesized. We aim to test this hypothesis in an understory community of the Atlantic rain forest in Ubatuba, São Paulo State, SE Brazil. We sample plants taller than 30 cm, with perimeter at breast height up to 15 cm, in 25 plots of 3 x 3 m placed in concave site and 25 plots placed in convex site. We measured variables related with micro-relief (elevation, slope, and index of convexity) and luminosity (canopy openness). We classified species into two components: residents (those completing life cycle in the understory) and transients (young individuals of species of upper strata). Through simple and partial Mantel tests and partial multiple regression, we confront the distance matrices of these two components and the total community with the distance matrices of the micro-relief variables, luminosity, and space (geographic distance). We also generated richness curve for both components and total community in different environmental situations. To evaluate whether environmental determinism increases in harsher sites, we split up the range of each environmental variable into three matrices, with 20% of the low values, 60% of the middle values, and 20% of the extreme values. Also, we split up the range of slope into 40% of the low values, 20% of the middle values and 40% of the extreme value and we rerun the analysis. Elevation and slope showed a higher explanation power of community composition than canopy openness. However, most of community variation remained unexplained. We found higher environmental determinism only on steeper sites. In these sites, the richness of the total community and transient component was smaller, whereas the richness of the resident component was higher. Our results pointed out that resident species had more success on steeper sites, whereas transient species were better colonizer of the flatters sites. We suggest that the ability of resident species to occupy steeper sites could be afforded by higher ratios of vegetative reproduction. We corroborated the hypothesis that environmental determinism increase in harsher sites and concluded that environmental determinism has a role in the community assembly coupled with stochastic processes / Mestrado / Mestre em Biologia Vegetal
134

Padrões geograficos e estrutura de comunidade do estrato herbaceo da Mata Atlantica meridional / Geographic patterns and community structure of herbaceous layer of meridional Atlantic Forest

Vieira, Leandro Tavares, 1982- 27 February 2008 (has links)
Orientador: Fernando Roberto Martins / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-10T21:40:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vieira_LeandroTavares_M.pdf: 7935841 bytes, checksum: 8c7ff7e2e582e6bb12ac895b665b1758 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: A Mata Atlântica vem experimentando alguns séculos de contínua devastação. O resultado deste processo é que, atualmente, restam cerca de 92.000 km 2 ou apenas 7,5% da cobertura original, na maioria em pequenos fragmentos disjuntos. Muitas espécies e informações já estão extintas antes mesmo de serem conhecidas. Por exemplo, muito pouco se conhece a respeito do estrato herbáceo, e estudos do estrato arbóreo ainda são insuficientes para responder muitas questões sobre a origem e os limites da Mata Atlântica, a estrutura comunitária e seus condicionantes, e os efeitos de fatores ambientais em sua composição. O termo "estrato herbáceo" foi empregado neste trabalho de acordo com duas principais definições: como um co~junto de plantas abaixo de uma certa altura, no primeiro I capítulo; e para incluir certos tipos de formas de vida ou crescimento, no segundo capítulo. f O primeiro capítulo foi realizado na Mata Ribeirão Cachoeira, SE Brasil (22°50' S - 46°55' 0,680 m de altitude), um fragmento da Floresta Estacional Semidecídua, caracterizada por I um verão úmido e um inverno seco durante o qual cerca de 30% das árvores perdem suas folhas. Buscamos testar a hipótese de que a vegetação rasteira (plantas vasculares até um, metro de altura) está constantemente sob condições restritivas devido a uma dupla estacionalidade: restrição de luz na estação chuvosa e restrição de água na estação seca. A maioria dos descritores da comunidade apresentou valores significativamente maiores na estação chuvosa, indicando que a água no solo parece ser mais restritiva para a vegetação rasteira do que a disponibilidade de luz. Os valores de cobertura significativamente maiores na estação chuvosa poderiam indicar que muitas espécies do estrato rasteiro perdem pelo menos parcialmente suas folhas durante a seca. Entretanto, a ordenação das parcelas pela DCA indicou que essas diferenças não são muito grandes e que a comunidade permanece similar nas duas estações, corroborando parcialmente nossa hipótese. No segundo capítulo, buscamos testar a hipótese de que a flora do estrato herbáceo (espécies herbáceas terrestres) apresenta o mesmo padrão de distribuição que a flora arbórea, que sabidamente varia em gradientes associados à latitude, longitude e altitude. Para isso utilizamos metadados florísticos e computamos 947 espécies do estrato herbáceo em 41 locais de Mata Atlântica do sul e sudeste do Brasil. Classificamos as amostras como Floresta Ombrófila de Terras Baixas, Floresta Ombrófila ou Estacional Submontana e Montana. Consideramos uma matriz binária de 304 espécies distribuídas em 39 locais, na qual foram realizadas análises de ordenação e de agrupamento. Tod~s as análises distinguiram três centros tlorísticos: Floresta Estacional, Floresta Ombrófila de Terras Baixas e Floresta Ombrófila de Terras Altas (florestas Submontana e Montana juntas). Assim, o padrão de distribuição do estrato herbáceo é diferente daquele encontrado para a flora arbórea. Isto pode indicar que as espécies do estrato herbáceo são muito especializadas e que elas foram submetidas a processos biogeográficos diferentes daqueles que agiram sobre a flora arbórea. Este trabalho mostra a grande importância do estrato herbáceo para a compreensão dos efeitos da sazonalidade em Flor,estas Estacionais e dos processos biogeográficos na Mata Atlântica / Abstract: The Brazilian Atlantic Forest has been experiencing some centuries of a continuous devastation. The result of this process is that today the Atlantic Forest is restricted to ca. 92,000 km² or 7.5% of its original are a, mostly in disjunct ftagments. Many species and information have already gone extinct before they were known. For example, very little is known about the herb layer, and studies done on the tree component are still insufficient to answer many questions about the origin and boundaries of the Atlantic Forest, community structure and its conditioners, and the effects of abiotic factors on their composition. ln our study we used the term "herbaceous layer" according to its two main definitions: as a set of plants below a certain height, in the first chapter; and as a set of pHmts with a similar life fonn or growth habit, in the second chapter. The first chapter was carried out in the Ribeirão Cac hoeira Forest, SE Brazil (22°50' S - 46°55' W, 680 m a.s.L), a Tropical Semideciduous Seasonal F orest characterized by a rainy summer and dry winter in which around 30% of the trees shed their leaves. Our aim is to test the hypothesis that the ground layer is faced with year-Iong restraining conditions due to a double seasonality: light restriction in the rainy season and water restriction in the dry season. Most community descriptors had significantly higher values in the rainy season, thus indicating that water shortage seems to be more restrictive to the ground layer than light availability. Significantly higher values of cover observed in the rainy season could indicate that some pecies in th e ground layer lose at least partilly their leaves in the dry season. On the other hand, plot ordination through DCA indicated that these differences were not very large, and that the community remained similar in both rainy and dry season. In the second chapter, our aim was to test the hypothesis that the herb layer flora has the same geographic pattem of the tree flora, which continuously varies in gradients associated with latitude, longitude, and altitude. We used floristic metadata and computed 947 species of 41 samples of the herb layer taken from the Atlantic Forest in southem and southeastem Brazil. We classified the samples as Lowland Rainforest, Submontane and Montane Rainforest or Seasonal Forest. We considered a binary matrix of 304 species distributed in 39 sites, and performed ordination and cluster analyses. All analyses distinguished three floristic centers: Seasonal Forest, Lowland Rainforest, and Upland Rainforest (Submontane and Montane forests pooled together). Thus, the geographic pattem of the herb layer flora is quite different from that of the tree flora. This coul~ indicate that herb layer sp~cies are very specialized and were subjected to biogeographic processes that were different from ~hose acting upon the tree flora. This work shows the great importance that the herbaceous layer has in the understanding of seasonality effects on tropical forests and in the higlighting of biogeographic processes in the Brazilian Atlantic.Forest / Mestrado / Mestre em Ecologia
135

Heterogeneidade ambiental, diversidade e estrutura da comunidade harborea de um trecho da Floresta Ombrofila Densa Atlantica / Environmental heterogeneity, species diversity, and structure of the tre community in a stand of the Brazilian Atlantic Rain Forest

Rochelle, André Luis Casarin, 1980- 17 July 2008 (has links)
Orientadores: Fernando Roberto Martins, Roque Cielo-Filho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-11T07:12:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rochelle_AndreLuisCasarin_M.pdf: 1478945 bytes, checksum: a4104c9f3c9454316c0218d7e704cc74 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: A Floresta Atlântica é um ecossistema complexo, exibindo áreas com mais de 200 espécies de árvores coexistindo em um único hectare. Variações topográficas, principalmente em pequenas escalas, parecem ter forte influência sobre a diversidade, porque estão relacionadas com o processo de formação do substrato e com a disponibilidade de água e nutrientes do solo. Este trabalho investigou a relação entre variáveis microtopográficas e a estrutura da comunidade arbórea em 1 hectare de Floresta Atlântica, no Parque Estadual Serra do Mar, Ubatuba, SP. No capítulo 1, testamos as hipóteses que microvariações topográficas aumentam a diversidade de espécies arbóreas e que microhábitats côncavos possuem maior diversidade que microhábitats convexos, e no capitulo 2, que microhábitats côncavos detêm mais biomassa que microhábitats convexos devido ao predomínio de processos de sedimentação neste tipo de microrrelevo. No capítulo 3, apresentamos uma descrição fitossociológica, discutindo sua diversidade em contextos regionais e continentais. Alocamos 100 parcelas contíguas de 10 x 10 metros (S23º21¿59.8¿¿W45º05¿02.8¿) e etiquetamos, medimos (PAP e altura) e identificamos todas as árvores (PAP>15 cm). Para cada parcela, medimos a inclinação do terreno e calculamos a biomassa acima do solo (BAS) e o índice de convexidade (IC), que é considerado indicador da disponibilidade de água e nutrientes no solo, pois processos erosivos predominam em áreas convexas, tornando-as ambientes mais secos, enquanto nas áreas côncavas predominam processos de sedimentação e acúmulo de água e nutrientes. 51 parcelas são convexas e 49 côncavas. O solo das parcelas côncavas foi significativamente mais úmido que das convexas. Encontramos 1881 indivíduos de 206 espécies, 102 gêneros e 48 famílias (H¿= 4,48 nats.ind-1), sendo 1578 árvores (83,89%), 237 palmeiras (12,59%), 8 samambaias arborescentes (0,42 %) e 58 mortos (3,08 %). Euterpe edulis obteve o maior IVI. Myrtaceae (42), Rubiaceae (18) e Fabaceae (15) foram as famílias mais ricas. Ocorreram duas espécies novas. A diversidade (H¿= 4,48 nats.indivíduo-1) está entre as maiores do Brasil. A BAS estimada foi de 255,553 Mg.ha-1. 804 árvores (104,703 Mg.ha-1) nas côncavas e 1077 árvores (150,850 Mg.ha-1) nas convexas. A BAS não mostrou correlação com o IC ou inclinação e apresentou distribuição aleatória, assim como as grandes arvores, que representam sua maior proporção. A diversidade não mostrou correlação com a inclinação e com heterogeneidade microtopográfica. As parcelas convexas apresentaram mais indivíduos e diversidade, contrariando nossas hipóteses e os resultados de outros autores que diversidade é negativamente correlacionada com posições mais altas da encosta. Argumentamos que em florestas com alta pluviosidade, a umidade do solo poderia atuar como fator restritivo ao estabelecimento dos indivíduos, atuando concomitantemente a várias contrastantes condições microclimáticas imposta pela microtopografia, tais como período de exposição à luz, temperatura e evaporação do solo e do ar e taxas de acúmulo e decomposição de serrapilheira e matéria orgânica, que poderiam atuar como filtros ambientais afetando a germinação e o estabelecimento. Nossos resultados mostraram que heterogeneidade ambiental nem sempre aumenta a diversidade de espécies arbóreas e que as espécies exibem diferentes tolerâncias por hábitat, evidenciando os processos de montagem por nichos em comunidades arbóreas tropicais. Palavras-chave: filtros ambientais, heterogeneidade microtopográfica, modelo de montagem por nichos, microrrelevo, fitossociologia, micro-hábitat / Abstract: Atlantic rainforests are complex ecosystems with areas harboring more than 200 species in a single hectare. Micro-topographic variations appear to be associated with tree species diversity because they are related with the process of soil origin and soil water and nutrient availability. We investigated the relationships between fine-scale micro-topographic variables and tree community structure in 1-ha of Atlantic rainforest at SE Brazil. In chapter 1 we tested the hypotheses that concave sites exhibit higher tree species diversity than convex sites and tree species diversity increase with small-scale microtopographic heterogeneity and in chapter 2, that concave micro-habitats harbor more biomass than convex micro-habitats due to the accumulation processes predominating in the concave microtopography. In chapter 3, we described the tree community structure and compared with other surveys. The sampling area (S23º21¿59.8¿¿O45º05¿02.8¿) was a grid of one hundred 10 x 10 m contiguous plots where all trees with DBH > 4.8 cm were tagged, measured (DBH and height) and identified. In each plot, we measured slope inclination, estimated the above-ground biomass (AGB), and calculated the index of convexity (IC), which is considered to reflect the soil water and nutrient availability because erosive processes predominate in convex areas, implying in drier and less fertile micro-sites, whereas accumulation processes prevail in concave areas, producing moister and more fertile micro-sites. 51 plots are convex and 49 are concave. Soil in concave sites was significantly (p=0.04) moister than in convex. We sampled 1881 trees of 206 species, 102 genera and 48 families (H¿= 4.48 nats.inds-1). 1578 stems were trees (83,89%), 237 palms (12,59%), 8 ferns (0,42 %) and 58 standing dead trees (3,08 %). Euterpe edulis had the highest IVI. Myrtaceae (42), Rubiaceae (18) e Fabaceae (15) were the richest families. We found two new species. The diversity (H¿= 4.48 nats.indivíduo-1) is among the highest recorded in Brazil. The estimated AGB was 255.553 Mg C.ha-1. 804 trees (104.703 Mg C.ha-1) in concave plots and 1077 trees (150.850 Mg C.ha-1) in convex. AGB was not correlated with IC or inclination and had a random distribution because the greatest proportion of AGB was yielded by large trees, which also had a random pattern. Diversity had no correlation with inclination and micro-topographic heterogeneity. Convex plots harbored significantly more individuals and species than concave plots, which contradicted our hypotheses that expected a negative correlation between diversity (and AGB) and convexity and other author¿s findings that diversity is negatively correlated with higher positions on slope. We argue that in forests with abundant rainfall and without a dry season, the high soil water content could restrain the establishment of some individuals, together with several microclimatic conditions imposed by the microtopography, such as sunlight exposure, ground and air temperature and evaporation, and litter and organic matter accumulation and decomposition rates, that could act as environmental filters and affects species germination and performance. Our results show that environmental heterogeneity does not always increase tree species diversity and that species do have habitat preferences and tolerances evidencing niche assembly processes in tropical tree communities. Keywords: environmental filters, microtopographic heterogeneity, niche-assembly model, micro-relief, phytosociology, micro-habitats, concave, convex / Mestrado / Mestre em Biologia Vegetal
136

Diversidade dos Belytinae (Hymenoptera: Diaprioidea: Diapriidae) ao longo de um gradiente latitudinal de Mata Atlântica Ombrófila Densa / Diversity of Belytinae (Hymenoptera: Diaprioidea: Diapriidae) along a latitudinal gradient of Atlantic Ombrophilous Dense Forest

Alex Leite Quadros 16 September 2015 (has links)
Os principais objetivos deste trabalho foram conhecer a distribuição da riqueza dos Hymenoptera parasitoides Diapriidae Belytinae ao longo de um gradiente latitudinal da Mata Atlântica e explicar as causas do padrão de riqueza encontrado por comparação com os padrões descritos para outros grupos. Os Belytinae exercem papel chave na regulação natural de populações de muitas espécies de Mycetophilidae e Sciaridae (Diptera) e o conhecimento sobre a diversidade desta subfamília no bioma Mata Atlântica é relativamente pequeno. O material utilizado neste estudo provém de coletas realizadas em 18 localidades regularmente espaçadas, da Paraíba à Santa Catarina, entre os anos de 2000 e 2002, no âmbito do projeto Riqueza e diversidade de Hymenoptera e Isoptera ao longo de um gradiente latitudinal na Mata Atlântica - a floresta pluvial do leste do Brasil (Biota/SP Fapesp). Através de um número padronizado de armadilhas Malaise e de Moericke, e varredura da vegetação foram obtidos 1241 exemplares separados em 115 morfoespécies e oito gêneros. Destes, Scorpioteleia é registrado pela primeira vez na região neotropical e sete (Aclista, Belyta, Cinetus, Odontopsilus, Scorpioteleia, Lyteba e Camptopsilus) são registrados pela primeira vez no Brasil. Foram feitos mapeamentos e diagnoses para todas as morfoespécies e gêneros; as morfoespécies foram todas ilustradas com pelo menos duas fotos. A maior parte das morfoespécies (86) está presente em apenas uma ou duas localidades. Nota-se uma tendência das localidades nas maiores latitudes de apresentarem riquezas de morfoespécies e gêneros significativamente maiores que as das localidades em latitudes menores, mesmo que estas apresentem quantidades de indivíduos significativamente maiores que as daquelas. Os resultados da análise da distribuição dos Belytinae indicam uma quantidade de morfoespécies exclusivas do sul do bioma (6 ou 8) ligeiramente maior que as exclusivas do norte (2), apesar das diferenças serem pouco significativas. A análise de similaridade indicou que a proximidade geográfica parece ser importante condicionante para o padrão de distribuição da fauna na maioria das localidades; os três agrupamentos principais formados nos dendogramas de índices de Sørensen e Jaccard sugerem a presença de dois sub-biomas (Sul + Sudeste e Nordeste). Indícios obtidos a partir das análises e dos dados do presente estudo combinados com informações da literatura ou de pesquisadores sobre a biologia, ecologia e distribuição da riqueza dos Belytinae, seus hospedeiros e fungos do solo, tornam plausível a ideia de que os Belytinae tenham a riqueza de espécies aumentada com o aumento da latitude, contrariamente ao padrão mais comum para a maioria dos grupos animais. / The main objectives of this work were to describe the distribution of Hymenoptera parasitoids Diapriidae Belytinae richness along a latitudinal gradient of Atlantic Forest and to explain the reasons for the pattern of richness found, by comparison with patterns described for other groups. The Belytinae play a key role in the natural regulation of populations of many species of Mycetophilidae and Sciaridae (Diptera) and the knowledge about the diversity of this subfamily in the Atlantic Forest biome is relatively poor. The material used in this study comes from collections in 18 regularly spaced locations, from Paraiba to Santa Catarina, between the years of 2000 and 2002, under the project \"Richness and Diversity of Hymenoptera and Isoptera along a latitudinal gradient in the Atlantic forest - the Eastern Brazilian Rain Forest\" (Biota/SP - FAPESP). Using a standardized number of Malaise and Moericke traps, and sweeping the vegetation a total of 1241 specimens separated in 115 morphospecies and eight genera were obtained. Of these, Scorpioteleia is recorded for the first time in the neotropical region and seven genera (Aclista, Belyta, Cinetus, Odontopsilus, Scorpioteleia, Lyteba and Camptopsilus) are recorded for the first time in Brazil. Mappings and diagnoses were made for all morphospecies and genera; all morphospecies were illustrated with at least two pictures. There is a tendency of localities in the highest latitudes to present similar or significantly greater richness of morphospecies and genera than those of localities in lowest latitudes, even if these present quantities of individuals significantly higher than the latter. The results of the analysis of the distribution of Belytinae indicate a quantity of exclusive morphospecies of the southern biome (6 or 8) slightly higher than the exclusive northern (2), although these differences are not highly significant. Most morphospecies (86) are present in only one or two locations. The similarity analysis indicated that the geographical proximity appears to be important to define the pattern of distribution of fauna in most localities; the three main groups formed in dendograms with indices of Sorensen and Jaccard suggest the presence of two sub-biomes (South + East and Northeast). Evidences obtained with the data and analyzes of the present study combined with information deducted from or obtained through literature or researchers about the biology, ecology and distribution of the richness of Belytinae, their hosts and soil fungi, make plausible the idea that the Belytinae have the species richness increased with the increase of latitude, unlike the most common pattern displayed by most animal groups.
137

Estoques e fluxos de carbono e nitrogênio acima e abaixo do solo em fragmentos de Floresta Atlântica no sul do Brasil / Stocks and fluxes of carbon and nitrogen above- and belowground in fragments of the southern Brazilian Atlantic forest

Jéssica Caroline dos Santos Silva 25 August 2017 (has links)
Florestas tropicais tem um papel relevante nos ciclos globais do carbono e nitrogênio. A Floresta Atlântica é um bioma tropical ameaçado da América do Sul, de imensa complexidade estrutural, mas ainda pouco investigado quanto ao seu funcionamento. Neste contexto, o objetivo principal desse estudo foi investigar a estrutura da floresta através da quantificação da biomassa viva acima do solo e da queda anual de folhas. Paralelamente, as concentrações de carbono e nitrogênio foram determinadas no solo, e na vegetação, permitindo a determinação de estoques e fluxos desses elementos em áreas de diferentes fitofisionomias localizadas nas escarpas da Serra do Mar, na costa nordeste do Estado de Santa Catarina, sul do Brasil. As áreas de estudo localizam-se no município de Joinville, onde a temperatura média anual é de 20°C e a precipitação média acumulada anualmente é de aproximadamente 2200 mm. Os sítios amostrais foram estabelecidos em elevações de 200 m anm (Submontana) e 800 m anm (Montana) Em cada área, quatro parcelas de aproximadamente 0,25 ha foram delimitadas, e, então, foram determinadas a estrutura florestal, biomassa acima e abaixo do solo (viva e morta) e produção de serrapilheira. Concentração e composição isotópica de carbono e nitrogênio em cada compartimento (folhas, tronco, serrapilheira e solo) foram determinadas e usadas para converter biomassa em estoques e fluxos desses elementos, e compreender as complexas interações dentro desses ecossistemas. A AGLB foi de aproximadamente 300 Mg.ha-1 na floresta Submontana e 380 Mg.ha-1 na floresta Montana, AGDB, por sua vez, foi de 6,8 e 6,6 Mgoha-1 e BGB (raízes) foi de 54 e 66 Mg.ha -1, respectivamente. Não foi encontrada diferença significativa entre a produção de serrapilheira entre as fitofisionomias, sendo encontrada uma produção média de 6,4 Mg.ha-1 ano-1 na floresta Submontana e 6,9 Mg.ha-1 ano-1 na Montana. As folhas foram o componente majoritário da serrapilheira, contribuindo com ~68% em ambas as áreas. Os estoques totais de carbono e nitrogênio foram significativamente maiores na fitofisionomia Montana, aumentando de 208 MgC.ha-1 para 390 MgC.ha-1 e de 7 MgN.ha-1 para 16 MgN.ha-1, respectivamente. Fluxos de carbono e nitrogênio via serrapilheira nas florestas Submontana e Montana foram, respectivamente, igual a 3,0 e 3,2 Mg.ha-1 e de 0,12 e 0,14 Mg.ha-1. Valores de ?13C em cada compartimento foram similares entre as áreas, e típico de plantas que seguem o ciclo fotossintético C3. Conforme esperado, um enriquecimento em 13C e 15N ao longo do perfil do solo foi encontrado em ambas as áreas. Valores de ?15N foram maiores em folhas, serrapilheira e solo na floresta Submontana, possivelmente devido à maior disponibilidade de nitrogênio neste sítio; e/ou ao baixo tempo de residência do solo e serrapilheira empobrecida em 15N no sítio Montana. De maneira geral, posições latitudinal (em termos de disponibilidade de luz) e altitudinal (em termos de precipitação e temperatura) foram determinantes na composição, alocação e dinâmica do carbono e nitrogênio nestes ecossistemas / Tropical evergreen forests have a key role in the global carbon and nitrogen cycles. The Atlantic Forest is a vanishing South American tropical biome of immense structural complexity. The structure and functioning of these forests are relatively unknown. In this context, the main objective of this study was to investigate the forest structure by estimating aboveground live biomass (AGLB), belowground biomass (BGB) and litterfall. The determination of carbon and nitrogen concentrations in soils and vegetation allowed to quantify stocks and fluxes of these two elements. Four 0.25 ha-plots were established in two elevations (200 m asl and 800 m asl) in forests located on the slopes of the Serra do Mar, on the northeast coast of the State of Santa Catarina, southern Brazil. The sampling areas are located in the municipality of Joinville. The historical average annual temperature is 20°C and rainfall is approximately 2200 mm. The AGLB varied along the sites from approximately 300 Mg.ha-1 (submontane) to 380 Mgoha-1 (montane), AGDB varied from 6.8 to 6.6 Mgoha-1 and BGB (roots) varied from 54 to 66 Mg.ha -1, respectively. . The average litterfall production of 6.4 Mg.ha-1 ano-1 and 6.9 Mg.ha-1 ano-1 were found in the submontante and montane study sites, respectively. Leaves were the major component of litterfall contributing ~68% in both sites. Total carbon and nitrogen stocks were higher in the montane site. Total carbon stock (AGLB + BGB) increased from 208 Mg.ha-1 in the submontane site to 390 Mg.ha-1 in the montane. While, total nitrogen stock increased from 7 Mg.ha-1 to 16 Mg.ha-1, respectively. Fluxes of carbon and nitrogen via litterfall in the submontane and montane site varied from 3.0 to 3.2 Mg.ha-1 and from 0.12 to 0.14 Mg.ha-1, respectively. ?13C values in each compartment were similar between the two sites, and representative of C3 plants. As expected, there was an enrichment of ?13C and ?15N values in depth in each studied site. ?15N values where higher in leaves, litter and soil of the submontane site, possibly due higher nitrogen availability in this site; or low residence time of soil and depleted 15N in litterfall of the montane site. Overall, latitutinal (in terms of light availability) and altitudinal (in tems of precipitation and temperature) position were determinant in the nitrogen and carbon composition, allocation and dynamics in these ecosystems
138

Efeito de alterações do habitat na composição e estrutura da comunidade de aves de sub-bosque no Planalto Paulista, Sudeste do Brasil / Effects of habitat modification in the composition and structure of the understory bird community of Planalto Paulista, Southern Brazil

Julio César da Costa 01 April 2008 (has links)
Aves são um grupo tradicionalmente estudado em trabalhos de avaliação de impacto ambiental, os quais buscam entender efeitos de atividades antrópicas nas comunidades e/ou populações. Tal entendimento é fundamental para criar diretrizes para futuros empreendimentos ou ordenamento do uso do solo, com o objetivo de mitigar os efeitos negativos das atividades humanas. Nessa perspectiva, neste trabalho foram estudados dois efeitos em diferentes escalas na comunidade de aves de sub-bosque em região de Mata Atlântica no Planalto Paulista. O primeiro trabalho refere-se a uma escala ampla, na qual existe um gradiente de perda de habitat na paisagem amostrada, oriundo de diversas atividades humanas. No segundo procurou-se identificar os efeitos de atividades de mineração, numa escala mais restrita. Os resultados mostram que cerca de 50% das espécies de aves de sub-bosque devem se prejudicar com a perda de habitat e atingir níveis críticos de abundância ou se tornarem extintas em locais com baixa proporção de habitats florestais. Por outro lado, cerca de 30% das espécies tendem a se beneficiar com a perda de habitat e aumentar os tamanhos das populações. As espécies mais prejudicadas pela perda de habitat são as endêmicas do bioma Mata Atlântica e aquelas mais sensíveis a alterações no habitat. Quando analisado o gradiente de distância em relação a cava da Mina de extração de calcário, não foram verificadas diferenças significativas na riqueza e abundância total de aves e riqueza e abundância de grupos de sensibilidade a perturbações no habitat, o que sugere que as atividades da Mina não tenham um efeito tão drástico na comunidade de aves de sub-bosque. Porém, é sugerido que uma avaliação temporal das populações, assim como outros aspectos da comunidade, como reprodução, comportamento, consumo de frutos e dispersão de sementes, talvez sejam mais adequados para verificar os impactos da atividade de mineração na comunidade de aves na área estudada. / Birds are one of the traditionally studied groups on environmental impact assessments, which seek to understand the effects of human activities on communities and/or populations. This understanding is essential to create guidelines for future enterprises or for planning the use of land, with the objective of mitigating the negative effects of human activities. From this perspective, this work studied two effects at different scales in the understory bird community of the Atlantic Forest in the Planalto Paulista. The first refers to a broad scale, in which there is a gradient of habitat loss in the sampled landscape resulting from various human activities. The second sought to identify the effects of the mining activities in a more delimited scale. The results show that about 50% of the understory bird community shall be affected by habitat loss and reach critical levels of abundance or become extinct in areas with low proportions of forest habitats. On the other hand, about 30% of the species tend to benefit from the habitat loss and increase the size of the population. The species most affected by the loss of habitat are those endemic to the Atlantic Forest and those most sensitive to changes in habitat. The analysis of the distance gradient from the limestone mine has found no significant differences in the richness and abundance of birds and richness and abundance of groups of sensitivity to disturbances in the habitat. That suggests that the mining has no drastic effect in the understory bird community. It is suggested that other aspects of the community, such as reproduction, behaviour, consumption of fruit and seed dispersal may be more appropriate for evaluating the impacts of the mining in the community of birds in the study area. Also, a time series evaluation of the sampled populations\' size might reveal fluctuations resulting from the activities in the mine.
139

Diversidade de Braconidae (Hymenoptera) no Morro de Araçoiaba, Floresta Nacional de Ipanema, Iperó, SP / Diversity of Braconidae (Hymenoptera) at the Araçoiaba Mount, National Forest of Ipanema, Iperó, State of São Paulo, Brazil

Raquel Gonçalves Arouca 15 April 2009 (has links)
O presente trabalho teve por objetivo estudar a diversidade de Braconidae (Hymenoptera) do fragmento de Mata Atlântica presente no Morro de Araçoiaba, Floresta Nacional de Ipanema, Iperó, SP. O material foi coletado utilizando-se armadilhas Malaise e a técnica de Varredura de vegetação em quatro pontos no interior do morro: Ponto 1, sopé, a 646 metros; Ponto 2, entre sopé e pico do morro, a 726 metros; Ponto 3, também entre sopé e pico, a 833m; e Ponto 4, pico, a 970 metros. Quatro coletas foram realizadas em dois períodos secos (junho-julho/2007 e setembrooutubro/ 2007) e dois períodos chuvosos (dezembro/2007-janeiro/2008 e marçoabril/ 2008). Foram coletados 3.163 espécimes, distribuídos em 22 subfamílias, dos quais 2.744 foram identificados como pertencentes a 106 gêneros. As subfamílias mais freqüentes foram Doryctinae, Microgastrinae e Rogadinae. Os maiores valores de riqueza e abundância de exemplares de Braconidae foram encontrados nos Pontos 2 e 3; no Ponto 1 foram registrados os menores valores. A análise de correlação de Pearson para o período estudado não mostrou correlação linear entre freqüência de ocorrência de Braconidae capturados, riqueza de gêneros e variáveis abióticas (temperatura, umidade e precipitação). Índices de diversidade e equitabilidade foram calculados para discutir a riqueza e dominância dos gêneros encontrados em cada ponto. Os maiores valores de diversidade de gêneros e equitabilidade calculados foram nos Pontos 1 e 4. Utilizando-se como atributo a freqüência de gêneros de Braconidae nos diferentes ambientes foi aplicada a análise de agrupamento, apontando similaridade entre os Pontos 2 e 3. A fase assintótica da curva relacionada à riqueza real dos gêneros não foi atingida em nenhum dos pontos amostrados. O fragmento de Mata Atlântica presente no Morro de Araçoiaba se mostrou favorável ao desenvolvimento e manutenção da fauna de Braconidae e por isso sua preservação deve ser preocupação constante. Estes resultados evidenciam a importância e necessidade de mais estudos taxonômicos e ecológicos sobre os Braconidae nesta região. / The aim of this work was to study the Braconidae (Hymenoptera) diversity in Atlantic Forest fragment present in the Araçoiaba Mountain, National Forest of Ipanema, located at the Municipality of Iperó, State of São Paulo. The material was collected using Malaise traps and Sweeping at the vegetation in four sites of the mountain: Point 1, base, 646 meters of altitude; Point 2, between mountain base and top, 726 meters; Point 3, between mountain base and top too, 833m; and Point 4, mountain top, 970 meters of altitude. The samples were collected in two dry seasons (june-july/2007 and september-october/2007) and two rainy seasons (december/2007-january/2008 and march-april/2008). The amount of braconid wasps obtained was 3.163. These wasps represent 22 subfamilies and 2.744 of them were identified in 106 genera. Doryctinae, Microgastrinae and Rogadinae were the most frequent subfamilies. The higher values of richness and abundance of specimens of Braconidae were found in Points 2 and 3, in Point 1 the lowest values were recorded. The Pearson correlation coefficient for the period studied showed no linear correlation between occurrence of Braconidae, richness of genres and abiotic variables (temperature, humidity and precipitation). Indices of diversity and equitability were used to discuss the richness and dominance of genera in each locality (point). The higher diversities values were recorded in Point 1 and 4. Cluster analysis was adopted taking as attribute the Braconidae genera, the Points 2 and 3 present higher similarity. The asymptote phase of the genera richness was not reached in none of the sampled points. We can conclude that the Atlantic Forest fragment in the Araçoiaba Mountain is favorable to the development and maintenance of the Braconidae fauna and therefore its preservation must be considered. These results evidence the importance and need of taxonomic, and ecological studies on the family Braconidae in this region.
140

Estudo da dinâmica de transmissão de malária autóctone de Mata Atlântica: análise da variação na acrodendrofilia de Anopheles cruzii (Diptera: Culicidae) e desenvolvimento de modelo matemático para a transmissão zoonótica / Dynamic of autochthonous malaria transmission in the Atlantic Forest: analysis of variation in Anopheles cruzii (Diptera: Culicidae) acrodendrophilic behavior and development of a mathematical model for zoonotic transmission

Antonio Ralph Medeiros de Sousa 20 September 2018 (has links)
A Malária autóctone de Mata Atlântica é caracterizada por baixa incidência de casos com pouca ou nenhuma manifestação clínica e baixa parasitemia, tendo como principal agente etiológico o Plasmodium vivax (ou plasmódios muito semelhantes a este). O principal mosquito envolvido na transmissão é o Anopheles (Kerteszia) cruzii, cujas formas imaturas se desenvolvem na água acumulada nas imbricações das folhas de bromélias, vegetal muito abundante neste bioma. As formas adultas de An. cruzii tendem a viver e se alimentar com maior frequência na copa das árvores, comportamento conhecido como acrodendrofilia, no entanto, em diversas situações esta espécie tem sido observada em elevada densidade no estrato inferior da floresta. Evidências sugerem que a malária possa ser transmitida de forma zoonótica nestas áreas, uma vez que primatas das famílias Atelidae e Cebidae são encontrados portando plasmódios muito próximos geneticamente aos que infectam humanos e An. cruzii pode se alimentar do sangue de ambos os hospedeiros. O presente estudo teve como objetivo investigar a influência da composição e configuração da paisagem sobre as variações na abundância e no comportamento acrodendrófilo de An. cruzii e como estas variações atuam sobre a dinâmica de transmissão de malária na Mata Atlântica, considerando um cenário de transmissão zoonótica. Coletas entomológicas mensais foram conduzidas no período de março de 2015 a abril de 2017 em duas unidades de conservação situadas no município de São Paulo, ambas com histórico de malária autóctone. Em cada área foram selecionados pontos de coleta com diferentes graus de interferência antrópica e os mosquitos foram coletados utilizando armadilhas do tipo CDC e Shannon. Métricas de composição e configuração da paisagem foram mensuradas para cada ponto de estudo e modelos estatísticos foram utilizados para avaliar a relação entre estas métricas e variações na abundância e acrodendrofilia de An. cruzii. Foi proposto um modelo matemático de transmissão zoonótica que permitiu observar, por meio de simulações, como a dinâmica de transmissão da malária é influenciada por variações na abundância e acrodendrofilia do vetor. Os resultados obtidos sugerem que a perda de vegetação natural e aumento das áreas de borda levam a uma redução na abundância de An. cruzii mas favorecem uma maior atividade desta espécie próximo ao solo. As análises baseadas no modelo teórico corroboram com observações anteriores, apontando que as variações na acrodendrofilia do vetor podem ter um papel importante na dinâmica de transmissão de plasmódios entre símios e humanos na Mata Atlântica. Em condições nas quais An. cruzii tende a se alimentar quase exclusivamente na copa das árvores ou quase exclusivamente próximo ao solo a transmissão zoonótica parece não se sustentar, ainda que a abundância do vetor seja elevada. De outra forma, condições nas quais An. cruzii se desloque com maior frequência entre os estratos copa e solo tendem a favorecer a transmissão zoonótica, sendo que quanto maior o deslocamento menor é a abundância relativa do vetor necessária para que um símio infectado gere mais do que um caso novo na população de humanos suscetível ou vice-versa. / The autochthonous Malaria of the Atlantic Forest is characterized by a low incidence of cases with little or no clinical manifestation and low charge of parasites in the blood stream, being Plasmodium vivax (or plasmodiums very similar to it) the main etiologic agent. The main mosquito involved in transmission is the Anopheles (Kerteszia) cruzii, whose immature forms develop in the water held in bromeliads, which are very abundant plants in this biome. The adult forms of An. cruzii prefer to live and feed on the treetops, a behavior known as acrodendrophily, however, in several situations this species has been observed in high density near the ground of the forest. Some evidences suggest that malaria can be transmitted zoonotically in these areas, since monkeys of Atelidae and Cebidae families are found carrying plasmodiums very close to those that infect humans and An. cruzii can feed on the blood of both hosts. This study aimed to investigate the influence of the landscape composition and configuration on the variations in the abundance and acrodendrophic behavior of An. cruzii and how these variations affect the dynamics of malaria transmission in the Atlantic Forest, considering a zoonotic transmission scenario. Monthly entomological collections were conducted from March 2015 to April 2017 in two conservation units located in the municipality of São Paulo, Brazil, where human and simian malaria occurs. In each area, collection points with different degrees of anthropic intervention were selected and mosquitoes were collected using CDC and Shannon traps. Metrics of landscape composition and configuration were measured for each study point and generalized linear models were used to evaluate the relationship between these metrics and variations in abundance and acrodendrophily of An. cruzii. It was proposed a mathematical model of zoonotic transmission that allowed to observe, through simulations, how the dynamics of malaria transmission is influenced by variations in the abundance and acrodendrophily of the vector. The results suggest that loss of natural vegetation and increase in edge effect lead to a reduction in the abundance of An. cruzii but favor a higher activity of this species near the ground level. The analyzes based on the theoretical model corroborate previous observations, pointing out that the variations in the acrodendrophily of the vector may play an important role in the dynamics of plasmodium transmission between monkeys and humans in the Atlantic Forest. In situations in which An. cruzii seeks to feed almost exclusively on the treetops or in situations where it feeds almost exclusively near the ground, the zoonotic transmission does not seem to occur, even in situations of high abundance of the vector. Otherwise, conditions in which An. cruzii moves more frequently between canopy and ground level tend to favor zoonotic transmission, and the more vertical movement occurs, the lower is the needed relative abundance of the vector for an infected monkey to generate more than a new case in the susceptible human population or vice versa.

Page generated in 0.111 seconds