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Atenção de pré-natal em adolescentes : um estudo de eqüidade de gêneroVeloso, Ernani Busatto January 2015 (has links)
Neste estudo, investigou-se o atendimento de gestantes adolescentes, usando a perspectiva de gênero com marcador de equidade na atenção primária. Descreveu-se o que pensam os profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família sobre a gravidez na adolescência, como atendem estas gestantes e quais são as vivências das adolescentes, em relação à gravidez. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, no qual foram realizados dois procedimentos metodológicos para a produção de informações: grupo focal com os trabalhadores e entrevistas semiestruturadas com as adolescentes grávidas. O estudo foi realizado em um município localizado na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Este estudo é parte do projeto intitulado Equidade de Gênero nos Serviços de Saúde Como um Marcador de Integralidade na Atenção Básica, aprovado pelo Comitê de Ética da UFRGS (Carta de Aprovação nº 23752). Em relação aos profissionais de saúde, percebeu-se que decisões tidas como exclusivamente técnicas são influenciadas pelos preconceitos e estereótipos vigentes em seu meio social, inclusive os de gênero. A gravidez na adolescência é pouco compreendida em sua complexidade multifacetada, apesar de ser vista como um problema de saúde publica pelas equipes de saúde. Os trabalhadores utilizam a medicalização como única forma de lidar com a gravidez na adolescência. Ao contrário do que ocorre no meio dos profissionais, entre as adolescentes há uma percepção positiva sobre a implicação da gravidez na vida amorosa e em suas identidades. Na falta de melhores condições sociais, educação e de oportunidades, e inseridas em uma cultura cujas prescrições de gênero ainda valorizam sobremaneira os papeis tradicionais de esposa e mãe, a maternidade se configura nas classes populares como um projeto de vida. A gestação na adolescência não é um problema em si, mas sim o contexto de iniquidades que a produz e reproduz. Frente estes resultados, destaca-se a importância dos estudos de gênero que podem contribuir para a identificação de preconceitos e estereótipos que moldam a relação entre os cuidadores e os usuários dos serviços. / This study investigated specialized care in teenage pregnancy using the gender perspective as a marker for equity in Primary Health Care. It was described the thoughts of health professionals from a Family Health Unit about teenage pregnancy, how the pregnant are cared and what their experiences are relating to pregnancy. It is a qualitative and descriptive study, in which was done two methodological procedures to gather information: focal group with the professionals and semi structured interview with pregnant adolescents. This study was done in a town around the metropolitan region of Porto Alegre city, Rio Grande do Sul state, Brazil. This study is part of a project called Gender Equity in Health Services as a Marker of Integrality in Primary Health Care, approved by the Ethics Committee of UFRGS (Approval letter # 23752). Relating to the health professionals, it was seen that decisions done technical, exclusively, are influenced by prejudice and stereotypes according to their current social environment, including of gender. Teenage pregnancy is little comprehended in its multifaceted complexity, even been considered a public health problem by the health staff. The professionals use medicalization as the only way to deal with teenage pregnancy. Opposing what happens among the professionals, among the adolescents there is a positive perception about pregnancy implications in their lovely life and identities. Lacking better social conditions, education and opportunities, as well as been inserted in a culture that gender prescriptions are still severely valuing the traditional roles of wife and mother, motherhood is configured, in popular classes, as a life project. Teenage pregnancy is a not a problem itself, but an iniquity context that produces and reproduces it. Facing these results, is highlighted the relevance of gender studies that may contribute to the prejudice and stereotype identification that shape the relationship carers and users of health services.
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Aspectos transgeracionais e desenvolvimentais nos modelos de mãe em gestantes adolescentesMartins, Letícia Wilke Franco January 2014 (has links)
Este estudo investigou os aspectos transgeracionais e desenvolvimentais presentes nos modelos de mãe em adolescentes grávidas, ao comparar tais modelos entre as adolescentes com histórico materno de gravidez na adolescência e as que não possuíam tal histórico. Participaram do estudo 54 adolescentes com idades entre 13 e 18 anos que estavam no terceiro trimestre de gravidez. Foi utilizado um delineamento de grupos contrastantes, sendo o primeiro grupo constituído por 26 adolescentes que possuíam histórico materno de gravidez na adolescência e o segundo, por 28 que não o possuíam. As adolescentes responderam individualmente a uma entrevista semi-estruturada sobre a gravidez adolescente. A Análise de conteúdo qualitativa das entrevistas revelou que não houve diferenças acerca dos aspectos transgeracionais e desenvolvimentais presentes nos modelos de mãe de gestantes adolescentes nos dois grupos. Os resultados mostraram um predomínio dos aspectos desenvolvimentais aos transgeracionais na forma como as adolescentes relataram se imaginar enquanto mães, assim como quando relataram não possuírem modelos de mãe a seguir e a evitar. Pode-se pensar que seguir o modelo da própria mãe está mais relacionado com aspectos transgeracionais presentes em qualquer gravidez do que por uma repetição da história de gravidez na adolescência entre as gerações. Atenta-se, assim, para a importância de serem considerados os aspectos desenvolvimentais e transgeracionais presentes na história de adolescentes grávidas, a fim de que seja garantida uma assistência global no período pré-natal e após o nascimento do bebê. / This study investigated the transgenerational and developmental aspects present in maternal models in pregnant adolescents, to compare such models among adolescents with a maternal history of teenage pregnancy and those who does not have such history. The study included 54 adolescents aged between 13 and 18 in their third trimester of pregnancy. A contrasting groups design was used. The first group consisted of 26 adolescents who had maternal history of teenage pregnancy and the second by 28 who hadn’t. Adolescents responded individually to a semi-structured interview about teenage pregnancy. Qualitative content analysis revealed no differences on the transgenerational and developmental aspects present in maternal models of pregnant teenagers in the two groups. The results showed a prevalence of the transgenerational then developmental aspects in how adolescents reported imagining themselves as mothers, as well as when they reported not having maternal models to follow or to avoid. The maternal model might be thought as commonly following the own´s mother's and is more related to transgenerational aspects present in any pregnancy than by a repetition of the story of teenage pregnancy between generations. Therefore, careful attention should be used to consider the importance of transgenerational and developmental aspects present in the history of every pregnant adolescent, in order that a comprehensive prenatal care and after birth the baby is guaranteed.
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A participatory action research approach to engaging peer educators in the prevention of teenage pregnancyHendricks, Farah January 2017 (has links)
The phenomenon of teenage pregnancy among school-going youth is on the increase in South Africa, despite the existence of a number of intervention programmes. Although both curricular and co-curricular awareness programmes targeting this phenomenon are currently employed within South African schools, these programmes have patently not met with much success, since the problem remains acute. It was the question why these programmes are not succeeding in alleviating the problem that prompted my interest in undertaking this study. Based on literature that suggests that those programmes that are successful in reaching the youth are designed through participatory processes, rather than being designed by outside experts, my thesis proposes that prevention programmes that are designed and implemented by the youth for the youth may be more successful in helping them to make healthy decisions in terms of their sexual behaviour. This study attempted to engage youth in a participatory way in identifying and exploring their perceptions of teenage pregnancy and using the knowledge thus gained to design, implement and evaluate prevention strategies in their school. The study is informed by social learning theory and adopted a participatory action research (PAR) design, which is located in a critical paradigm. I purposefully recruited twenty-four youths (14 females and 10 males) to participate. The primary research question that guided this study was: “How can peer educators be engaged to create prevention strategies to reduce teenage pregnancy and its impacts?” The following sub-questions were identified from the primary research question: What do learners themselves know feel and experience with regard to the causes and effects of teenage pregnancy How might a participatory methodology help learners to create relevant and contextualised strategies for addressing teenage pregnancy? How can such strategies be implemented in a school system? What recommendations could be made for addressing teenage pregnancy in a contextualised way? The research was conducted in two cycles. In Cycle One, data was generated through two focus group discussions, led by a young researcher from the community to encourage openness and honesty. In addition through snowball sampling, six teenage mothers and two teenage fathers agreed to be interviewed individually. The same questions were asked in the two discussions and the individual interviews, namely: “What do you know, feel and think about teenage pregnancy?” In the first cycle, I responded to my first sub-research question. Interviews, drawings and focus group discussions were used to generate data. Three themes emerged from the data to provide insight into how the youth at the school perceived the phenomenon of teenage pregnancy. The findings from this cycle revealed certain tensions between what youth said they needed and what adults, such as teachers and parents, thought they needed to know. The participating teenagers regarded themselves as sexual beings, while the adults in their sphere of influence preached abstinence, moralised or merely cited the facts, without entering into any discussion of how young people could deal with social pressures and better protect themselves against unplanned pregnancy. The participating youth were clearly aware of how to prevent pregnancy, but the social barriers to using condoms or contraceptive pills were a stumbling block. They possessed knowledge of the potential consequences of risky behaviour, but this did not stop them from engaging in such behaviour. In the second cycle of the research, the participants used the findings of the first cycle to develop prevention messages and strategies to convey these messages to their peers. They used participatory visual methods to accomplish this. The findings from this cycle revealed that a peer education approach helped participants to increase maturity in sexual decision-making, had a positive effect on the learning and acquisition of new skills, and improved critical thinking relating to sexuality. The study also had a positive impact on other learners’ knowledge and the attitudes displayed by both learners and teachers, and also led to improvements in school policies related to sexuality education. It is contended that the study contributed important theoretical and methodological insights. Knowledge generated from the study could make a contribution to the field of sexuality education and how it should be approached in schools, particularly in communities facing social and economic adversity. The methodological contribution of this study provided guidelines and theory on how participatory action research and participatory methods can be implemented in schools to enable youth to influence change in their schools, not only regarding teenage pregnancy, but also other social issues.
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Os impactos da maternidade precoce sobre os resultados socioeconômicos de curto prazo das adolescentes brasileiras / The impacts of early motherhood on the short-term socioeconomics outcomes of Brazilians adolescentsFelícia Mariana Santos 05 March 2013 (has links)
A gravidez na adolescência é um fenômeno complexo, associado a inúmeros fatores econômicos, educacionais e comportamentais. Muitos estudos realizados no Brasil e em outros países preocupam-se em apresentar a forte associação entre a idade em que a mulher tem seu primeiro filho e indicadores sociais e econômicos relativos aos seus resultados futuros. Na maioria destes estudos, encontram-se evidências de que a gravidez precoce prejudica o desempenho escolar dificultando a inserção das jovens mães no mercado de trabalho. Tal desvantagem socioeconômica pode estar associada à potencialização do círculo vicioso da pobreza e ao aumento das desigualdades de gênero no mercado de trabalho. O objetivo dessa pesquisa é analisar o impacto da presença de filho sobre os resultados econômicos e sociais de curto prazo das adolescentes brasileiras. Para tratar do problema de endogeneidade presente na relação entre filhos e resultados socioeconômicos, este trabalho propõe o uso da ocorrência de natimortos para a construção do contrafactual de interesse. Os resultados obtidos mostram que jovens que têm filho estão mais propensas a estabelecer um relacionamento conjugal, têm 18,4 pontos percentuais a mais de chances de terem cônjuge. Há também evidências de impactos negativos significativos deste evento sobre o desenvolvimento educacional da adolescente. Estima-se uma redução em 18,8 pontos percentuais da probabilidade de frequentar a escola e em 10 pontos percentuais da probabilidade da adolescente possuir pelo menos o Ensino Fundamental completo. Ademais, foram encontradas evidências de que a presença de filho também reduz em 13,7 p.p as chances da jovem participar do mercado de trabalho. / Teenage pregnancy is a complex phenomenon associated with numerous economic, educational and behavioral aspects. Many studies in Brazil and in others countries are concerned to present a strong association between the age at which women have their first child and the social and economic indicators relating to future results. In most of these studies, there are evidences that early pregnancy affects school performance hindering the inclusion of young mothers in the labor market. Such socioeconomic disadvantage may be associated with potentiation of the vicious poverty circle and with increasing gender inequalities in the labor market. The objective of this research is to analyze the impact of early motherhood on the short-term socioeconomic results of Brazilian adolescents. To address the problem of endogeneity in the relationship between children and socioeconomic outcomes, this study proposes the use of stillbirth for the construction of the counterfactual of interest. The results show that teenagers who have child are more likely to establish a marital relationship, have 18.4 percentage points more likely to have a spouse. There is also evidence of significant negative impacts of this event on the development of schooling. It is estimated a reduction by 18.8 percentage points in the probability of attending school and by 10 percentage points in the probability of have complete at least the primary education. Furthermore, evidence was found that the presence of child also reduces in 13.7 p.p the chances of adolescents participate in the labor market.
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Maternidade na adolescência: o apoio social da família para o cuidado materno e autocuidado na perspectiva das adolescentes / Teenage motherhood: the familiar social support to the maternal health care and self care from the teenagers´ perspectiveLígia Gonzaga Ramos Laudade 30 August 2013 (has links)
A gravidez na adolescência é uma importante temática em saúde pública por relacionar-se à saúde sexual e reprodutiva das adolescentes, exigindo que a jovem mãe adquira responsabilidade e habilidades para o cuidado materno e o autocuidado. Apresenta-se como um momento difícil, pois requer reestruturação pessoal e social, sendo o apoio familiar fundamental para a superação das adversidades, permitindo que a mãe adolescente possa ser a protagonista de sua história. O presente estudo tem como objetivo analisar o apoio social no contexto da família, considerando o perfil estrutural e funcional da família de puérperas adolescentes frente à maternidade, especificamente no cuidado materno e no autocuidado no puerpério. Utiliza-se a abordagem quantitativa para análise da rede social, segundo o Modelo de Escolta Social. Para compreender o significado das vivências da maternidade pelas adolescentes e o apoio social recebido para o cuidado materno e autocuidado, utiliza-se a abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas com puérperas adolescentes, analisadas por meio da técnica de análise e interpretação de sentidos, sobre a perspectiva teórica do apoio social. A maioria das adolescentes era primípara, cursara até o nível fundamental, não exercia atividade laboral e residia com o parceiro. A gestação foi indesejada, com a realização do pré-natal tardio. O parto cesariano foi predominante. Na Análise da Escolta Social, a rede de apoio social das adolescentes é constituída por pessoas próximas com predomínio de mulheres. Na análise das entrevistas, depreendem-se três categorias temáticas centrais: o significado da gravidez e da maternidade para a adolescente, a gravidez precoce no contexto da família e o apoio social, e o cuidado com o bebê e a prática do autocuidado no pós-parto. A gravidez precoce demarca um rompimento com os sonhos e planos pessoais e requer adaptação à nova situação, enquanto para outras se apresenta como um sonho realizado. A vivência da maternidade é percebida como oportunidade para o amadurecimento. Na família, a gravidez é um elemento surpresa, na qual, diante da sexualidade das filhas e a aceitação, a família presta ajuda de forma processual e gradativa. O apoio social é através de pessoas que contribuem financeiramente, com experiências, ajudando nas atividades domésticas, no cuidado materno e no autocuidado. A família possibilitou à mãe adolescente ser a protagonista do cuidado materno. Identifica-se a ausência do profissional de saúde como parte da rede de apoio social, tanto como referência de cuidado à saúde quanto como mediador deste cuidado a ser ofertado pela família. Considera-se que as políticas de saúde devem ser intensificadas na prevenção e promoção da saúde dos adolescentes, atuando na conscientização sobre a maternidade e paternidade. Importante desenvolver pesquisas de intervenção para subsidiar estratégias de atuação dos profissionais de saúde para uma apreensão ampliada das necessidades das adolescentes frente à maternidade precoce / Teenage pregnancy is an important theme in the field of public health, it refers to sexual and reproductive teenager health, claiming from the young mother to be prepared with responsibility and skills to handle all situations, including maternal health care and her own care. It presents as a crisis which demands personal and social restructuration, familiar support is of primary importance helping to overcome adversities, so the teenager mother may be the protagonist of her own history. This study has as goal to analyze social support in the familiar context, considering the structural and functional profile of the puerperal teenager´s family facing motherhood, specifying maternal health care and postpartum care. We utilized quantitative approach to analyze the social network according to the Social Escort model. To understand the meaning of the motherhood experiences lived by the teenagers and the social support received to maternal care and theirs own care, we utilized qualitative approach. Postpartum teenagers were interviewed; technical analysis and interpretation of senses on the theoretical perspective of social support were used to analyze them. Most of them were primiparous teenagers; they just had studied until the elementary school, they did not have a labor activity and used to live with their partners. As well, the gestation was not desired, the prenatal monitoring had a late follow-up. The C-section was the prevalent one. In the analysis of social escort, the support of teenager is made by relatives and friends, most of these are women. Analyzing the interviews we had three categories of main themes: meaning of pregnancy and motherhood to the teenage, early motherhood in the familiar context and the social support, baby care and postpartum care. Early pregnancy demands a rupture with dreams and personal plans, it demands an adjustment to the new situation, while to others it represents a dream that was brought in. The experience of motherhood is noticed as an opportunity to have an adult condition. To the family motherhood is a surprise, having to face the sexuality of the daughters and the acceptance, their family helps on a procedural and gradual way. Social support is made by donation from known people, experiences, helping with the house activities, mother and baby care. The family helped the teenager mother to be the protagonist of the maternal care. We noticed the default from public health professional assistance as part of social support network, as well as reference of health care and support to the family. We consider that the policy of public health must be intensified to prevent and to promote teenage health, acting to create awareness about motherhood and fatherhood. It´s important to build up intervention researches to subsidize strategies to help health professionals, so they will be more prepared to handle all situations facing the needs of teenagers\' early motherhood
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Atenção de pré-natal em adolescentes : um estudo de eqüidade de gêneroVeloso, Ernani Busatto January 2015 (has links)
Neste estudo, investigou-se o atendimento de gestantes adolescentes, usando a perspectiva de gênero com marcador de equidade na atenção primária. Descreveu-se o que pensam os profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família sobre a gravidez na adolescência, como atendem estas gestantes e quais são as vivências das adolescentes, em relação à gravidez. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, no qual foram realizados dois procedimentos metodológicos para a produção de informações: grupo focal com os trabalhadores e entrevistas semiestruturadas com as adolescentes grávidas. O estudo foi realizado em um município localizado na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Este estudo é parte do projeto intitulado Equidade de Gênero nos Serviços de Saúde Como um Marcador de Integralidade na Atenção Básica, aprovado pelo Comitê de Ética da UFRGS (Carta de Aprovação nº 23752). Em relação aos profissionais de saúde, percebeu-se que decisões tidas como exclusivamente técnicas são influenciadas pelos preconceitos e estereótipos vigentes em seu meio social, inclusive os de gênero. A gravidez na adolescência é pouco compreendida em sua complexidade multifacetada, apesar de ser vista como um problema de saúde publica pelas equipes de saúde. Os trabalhadores utilizam a medicalização como única forma de lidar com a gravidez na adolescência. Ao contrário do que ocorre no meio dos profissionais, entre as adolescentes há uma percepção positiva sobre a implicação da gravidez na vida amorosa e em suas identidades. Na falta de melhores condições sociais, educação e de oportunidades, e inseridas em uma cultura cujas prescrições de gênero ainda valorizam sobremaneira os papeis tradicionais de esposa e mãe, a maternidade se configura nas classes populares como um projeto de vida. A gestação na adolescência não é um problema em si, mas sim o contexto de iniquidades que a produz e reproduz. Frente estes resultados, destaca-se a importância dos estudos de gênero que podem contribuir para a identificação de preconceitos e estereótipos que moldam a relação entre os cuidadores e os usuários dos serviços. / This study investigated specialized care in teenage pregnancy using the gender perspective as a marker for equity in Primary Health Care. It was described the thoughts of health professionals from a Family Health Unit about teenage pregnancy, how the pregnant are cared and what their experiences are relating to pregnancy. It is a qualitative and descriptive study, in which was done two methodological procedures to gather information: focal group with the professionals and semi structured interview with pregnant adolescents. This study was done in a town around the metropolitan region of Porto Alegre city, Rio Grande do Sul state, Brazil. This study is part of a project called Gender Equity in Health Services as a Marker of Integrality in Primary Health Care, approved by the Ethics Committee of UFRGS (Approval letter # 23752). Relating to the health professionals, it was seen that decisions done technical, exclusively, are influenced by prejudice and stereotypes according to their current social environment, including of gender. Teenage pregnancy is little comprehended in its multifaceted complexity, even been considered a public health problem by the health staff. The professionals use medicalization as the only way to deal with teenage pregnancy. Opposing what happens among the professionals, among the adolescents there is a positive perception about pregnancy implications in their lovely life and identities. Lacking better social conditions, education and opportunities, as well as been inserted in a culture that gender prescriptions are still severely valuing the traditional roles of wife and mother, motherhood is configured, in popular classes, as a life project. Teenage pregnancy is a not a problem itself, but an iniquity context that produces and reproduces it. Facing these results, is highlighted the relevance of gender studies that may contribute to the prejudice and stereotype identification that shape the relationship carers and users of health services.
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Tienderjarige moeders se kennis oor ouerskapErasmus, Dicky Geertruida Jacoba 02 April 2014 (has links)
M.Cur. / Please refer to full text to view abstract
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Risk factors associated with teenage pregnancy at Ga-Dikgale villages in the Northern Province of South AfricaMalema, Rambelani Nancy 13 September 2010 (has links)
Please read the abstract in the section 00front of this document / Dissertation (MSc)--University of Pretoria, 2010. / School of Health Systems and Public Health (SHSPH) / Unrestricted
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The Effect of Cognitive Development and Premarital Sexual Permissiveness on Adolescent PregnancyPowers, Pamela Kay 12 1900 (has links)
A literature review revealed 15 variables as commonly studied as associated with adolescent pregnancy. The research showed conflicting results in many of these areas. Twenty-one pregnant and 20 non-pregnant adolescents were tested using the Arlin Test of Formal Reasoning (ATFR) and the Reiss's Premarital Sexual Permissiveness Scale. Pregnant participants were expected to score lower than non-pregnant participants on the ATFR; and, the low permissives (based on responses to the Reiss's Premarital Sexual Permissiveness Scale) were expected to score higher than high permissives on the ATFR. However, the results did not support the hypotheses. Several areas were examined for exploratory purposes. There was a significant difference between high permissives and low permissives for parent/peer orientation for sexual behavior attitudes. Additional exploratory demographic information was collected using a General Information Questionnaire.
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Gravidez na adolescência: a construção discursiva de uma condição desviante? / Teen pregnancy: the discursive construction of a deviating condition?Vanessa Aparecida Araújo Correia 21 March 2014 (has links)
Este estudo tem como objeto de investigação os discursos especializados e os discursos de mães adolescentes a respeito da gravidez na adolescência e pretende contribuir com o campo das ciências humanas na sua abordagem sobre o tema, de modo especial, com os estudos sobre adolescência e juventude. Uma das principais hipóteses iniciais era a de que a gravidez na adolescência é uma formação discursiva recente, por isso, buscou-se compreender as condições históricas que contribuíram para a sua consolidação como uma condição desviante, relacionadas a expectativas contemporâneas sobre as maneiras mais apropriadas de se vivenciar a maternidade e a adolescência. A partir da análise de documentos oficiais sobre o tema, de levantamento das pesquisas no campo das ciências biomédicas e de entrevistas individuais com adolescentes que engravidaram, procurou-se caracterizar os discursos sobre a gravidez na adolescência e a relação que as adolescentes estabelecem com os enunciados recorrentes que constituem a gravidez nesse período da vida como um problema social. Ao final da análise, subsidiada pelos aportes dos Estudos Culturais e dos estudos foucaultianos, observou-se que a interdição contemporânea da gravidez na adolescência é resultado de sua construção discursiva como um problema social e que as adolescentes entrevistadas estabelecem uma relação de sujeição apenas parcial aos discursos especializados sobre a gravidez na adolescência. Elas tendem a reproduzir mais os discursos relativos aos percursos da vida, considerados ideais para cada faixa de idade, e menos os enunciados médicos que postulam os riscos obstétricos da gravidez dita precoce. Ainda assim, observou-se variações nos discursos das adolescentes entrevistadas, as quais parecem estar relaciona das às suas diferentes condições de vida, no que diz respeito à classe social, relação familiar e relação com o parceiro. / This study investigates the specialized discourse and the discourse of teenage mothers about teen pregnancy and, through the approach herein used, intends to contribute to the field of Human Sciences, especially to the studies about adolescence and youth. One of the main initial hypotheses was that teen pregnancy is a recent discursive formation. For that reason, we tried to understand the historical conditions which contributed to its consolidation as a deviating condition related to contemporary expectations about the more appropriate ways of experiencing maternity and adolescence. From the analysis of official documents about the theme, survey into the field of biomedical sciences and interviews with adolescents that got pregnant, we endeavored to characterize discourses on teen pregnancy and the relation that teenagers establish with recurrent enunciations that transform pregnancy during adolescence into a social problem. At the end of the analysis, grounded by Cultural Studies and Foucauldian conceptions, we observed that the contemporary interdiction of teen pregnancy is the result of its discursive construction as a social problem and that teenage girls establish a relationship of only partial subjection to the specialized discourses on teen pregnancy. They tend to reproduce the discourses related to the life trajectory considered ideal to each age group to a greater extent than the medical enunciations that postulate the obstetric risks of the so-called precocious pregnancy. Even so, variations in the discourses of the interviewed teenage girls were observed, which seem to be related to their different living conditions, such as social class, family relations and the relationship with their partner.
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