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[en] CONTRIBUITIONS TO POLITICAL SCIENCE: COMMENTS AROUND MACHIAVELLI AND HOBBES / [pt] CONTRIBUIÇÕES PARA A CIÊNCIA POLÍTICA: OBSERVAÇÕES EM TORNO DE MAQUIAVEL E HOBBES

PEDRO NUNO VERDIAL 14 October 2004 (has links)
[pt] Consideradas no seu conjunto, as teorias políticas de Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes contribuem, de forma profunda e definitiva, para a gênese da Ciência Política. Embora não contemporâneos e envolvidos em sistemas de governo muito diversos, suas contribuições para o entendimento da política a partir da Modernidade são suficientemente importantes para justificar a designação de divisores de águas.O objetivo do texto é tentar mostrar de que modo a articulação das mensagens teóricas destes dois autores inaugura essa nova disciplina que, embora apresentando raízes antigas na Filosofia Política em seu significado clássico, assume um caráter inteiramente novo, estruturante do Estado Moderno. / [en] Although distant both in time and environment, the political theories of Nicccolò Machiavelli and Thomas Hobbes are crucial to understanding the structural basis of Political Science. Taken together, these two essentially different authors, are important enough to have helped shaping the Modern State as we know it. The purpose of the text is to try to show that, in spite of their fundamental differences, their contributions are of paramount importance to accomplish these tasks, leading us from old notions contained in Political Philosophy - in its classical meaning - to an entirely new discipline of political thought and therefore of consideration and judgment of our own role in a modern organized society.
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[en] THE HUMAN NATURE ACCORDING TO THOMAS HOBBES: ATTEMPT OF INTERPRETATION ACCORDING TO THE POLITICAL-RELIGIOUS CONFLICTS OF SEVENTEENTH CENTURY ENGLAND AND EUROPE / [pt] A NATUREZA HUMANA SEGUNDO THOMAS HOBBES: UMA TENTATIVA DE INTERPRETAÇÃO A PARTIR DOS CONFLITOS POLÍTICO-RELIGIOSOS DA INGLATERRA E DA EUROPA DO SÉCULO XVII

LEONARDO DELARUE DE SOUZA LOURENÇO 16 July 2012 (has links)
[pt] Hobbes parece ser um dos autores mais controversos da Teoria Política Moderna. Desenvolveu ele um modelo de natureza humana, que trouxe para dentro da discussão filosófica uma física mecanicista cunhada em pleno século XVII e, ao mesmo tempo, uma noção de desejo ou conatus herdada de discussões renascentistas. Unindo estas duas noções, a partir de seu conceito de liberdade, produziu um sistema filosófico em que figura a progressão corpo – homem – Estado (ou corpo político). Nessa dissertação, pretende-se situar, dentro da discussão acerca da natureza humana no corpo filosófico da obra de Hobbes, os conflitos político-religiosos de que este participava e também que este atiçava, sempre tendo em mente o contexto inglês revolucionário (especialmente, o da Revolução Puritana de 1640) e o europeu do século XVII, buscando-se uma interpretação que una o viés doutrinário e aquele histórico de sua obra. Por meio da utilização da obra de consagrados historiadores ingleses e de novos intérpretes do pensamento hobbesiano, procura-se amenizar a visão negativa acerca de Hobbes, situando-o não mais como um ultra conservador absolutista, mas como um moderno/iluminista moderado, em busca de um ponto de equilíbrio para sua nova filosofia e de meio de solução para o conturbado contexto político inglês, que só poderão ser alcançados por meio da aceitação de sua visão da natureza humana. / [en] Hobbes seems to be one of the most controversial autors in Modern Political Theory. He developed a model of human nature which introduced in filosofical discussion a mecanicist physics that he created in the seventeeth century and also, at the same time, a concept of desire or conatus which he inherited from the Renaissance. Joining these two concept on his concept of liberty, he produced a filosofical system in which there is a progression from body – man – state (political body). This dissertation is intended to situate, within the discussion of human nature in Hobbes’ philosophical works, the political and religious conflict in which he took part and also the ones that he provocated, always having in mind the british revolutionary context (specially, the Puritan Revolution of 1640) and the seventeenth century Europe, in search for an interpretation that combines the doutrinary and historical views of his works. Through the study of traditional british historians and new interpreters of Hobbes’ works, this research tries to ease the negative vision of Hobbes, situating him not as a conservative supporter of absolutism, but as a moderate modern/iluminst, in search for a point of equilibrium for his new philosophy e for means to solve the problems of the complicated british political context. Both can only be found through acceptance of his point of view about human nature.
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[en] NAKED LEVIATHAN: FOR A NON-LOGOCENTRIC READING OF THE CONCEPT OF SOVEREIGNTY IN THE WORKS OF THOMAS HOBBES, WITH APPLICATIONS TO DEMOCRATIC REGIMES / [pt] LEVIATHAN NU: POR UMA LEITURA NÃO LOGOCÊNTRICA DO CONCEITO DE SOBERANIA NA OBRA DE THOMAS HOBBES, COM APLICAÇÕES PARA REGIMES DEMOCRÁTICOS

BRUNO MOTTA DE VASCONCELLOS 08 March 2019 (has links)
[pt] Na teoria político-jurídica, o Leviathan é o monstro que a assombra. É possível, contudo, uma leitura da obra de Hobbes que evite esta assombração: que revele uma concepção da ideia de soberania sem as mitificações que o conceito geralmente traz consigo. É possível até perceber uma certa ironia na filosofia hobbesiana, que devolve esta assombração ao próprio leitor quando este encara a soberania como tabu. Isto, pois, a partir de um resgate da filosofia primeira de Hobbes, obtemos várias estratégias que permitem desconstruir discursos de autoridade. E Hobbes faz isto para refutar as dos que, em geral, consideram-se mais sábios que os outros, como escolásticos, juristas e cientistas. Com isto, ou haveria uma enorme contradição em sua teoria política, ou um sentido oculto que, ao mesmo tempo que propõe a autoridade, rebaixa-a a um mero tabu. Adotando a segunda hipótese, obtemos uma teoria para refutar discursos que fundamentam a autoridade em categorias transcendentais ou logocêntricas. Esta refutação pode ter aplicações no contexto político atual, pois a utilização de tais categorias é recorrente para impor limites à democracia. Ao mesmo tempo, eliminando a mitificação da soberania, Hobbes permite enxergá-la apenas como os pontos de conexão inicial e final de um sistema concebido para obter decisões políticas, o que, em uma democracia, como o filósofo propõe, deve ser o próprio demos. É a partir desta releitura de Hobbes que o presente trabalho apresenta estas conclusões, ao mesmo tempo que refuta uma interpretação tradicional de sua filosofia, que o vê apenas como mais um jusnaturalista. / [en] In legal and political theory, Leviathan is its scary monster. However another reading is possible; a reading that avoids that dread: one that reaveals a concept of sovereignty without all the mythifications that it usually brings together. It s even possible to sense a certain hobbesian irony which shows that the dread was within the reader himself when he faces sovereignty as a taboo. This becomes possible when we rescue Hobbes first philosophy, recovering many strategies proposed by the philosopher that allow us to deconstruct discourses of authority. And Hobbes does that to refute those that, in general, consider themselves wiser than the others, like scholars, jurists and scientists. By that reading, either there is a big contradiction in Hobbes political theory, or a hidden meaning, namely, that, at the same time Hobbes proposes the sovereign authority, he demotes it to a mere taboo. Adopting the latter, we obtain a theory that makes possible to rebut authority discourses based on transcendental and logocentric categories. This rebuttal may be applied in contemporary political contexts, as those categories are recurringly used to impose limits on democracy. At the same time, by demythifying sovereignty, Hobbes allows us perceive it only as an initial and terminal nodal connector in a system conceived to extract political decisions, one that in a democracy must be the demos itself. It s by this reading of Hobbes philosophy that this work presents its conclusions and at the same time refutes a traditional intepretation of the same: one that perceives Hobbes only as another natural law philosopher.
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[en] THE REALIST EPIC REVISITED: DECONSTRUCTING THE STATE OF NATURE AS A DISCIPLINE TRADITION / [pt] O ÉPICO REALISTA REVISITADO: DESCONSTRUINDO O ESTADO DE NATUREZA COMO TRADIÇÃO DE UMA DISCIPLINA

IARA COSTA LEITE 28 July 2004 (has links)
[pt] O propósito desta dissertação é desconsagrar o caráter heróico que a obra de Hobbes assumiu para os estudantes de relações internacionais ao ter sido enquadrada - junto às de Tucídides, Maquiavel, Rousseau, Hegel e etc. - na histórica épica realista. Veremos, no primeiro capítulo, que a subsunção do filósofo à tradição realista é raramente questionada, mesmo pelos críticos das concepções veiculadas por essa tradição. O nome de Hobbes permanece, em grande medida, associado à analogia entre anarquia internacional e estado de natureza. No segundo capítulo, deixaremos em evidência a confluência dos elementos do estado de natureza hobbesiano para a descrição/explicação da política internacional levada a cabo pelos ilustres expoentes do realismo, Hans Morgenthau e Kenneth Waltz. Por último, resgataremos o caráter hipotético do modelo de estado de natureza, dando ênfase especial ao reconhecimento de Hobbes à limitação de seu reducionismo motivacional para a descrição da realidade. Também, partindo do pressuposto de que a dicotomia interno-externo era inexistente na época de Hobbes, exploraremos, a partir de sua obra, o argumento de que a paz internacional estaria diretamente relacionada à resolução do problema da ordem nas sociedades domésticas. / [en] The purpose of this dissertation is to deconsecrate the heroic status that international relations students have attached to Hobbes`s texts - an attachment that results from their inclusion, together with texts by Thucydides, Machiavelli, Rousseau and Hegel, in a realist epic history. In the first chapter, we will see that the subsuming of the philosopher under the realist tradition is rarely questioned, even by the critics of the conceptions endorsed by it. The name of Hobbes remains, in a large extent, associated to the analogy between international anarchy and the state of nature. In the second chapter, we`ll clarify the confluence from the elements of the hobbesian state of nature to the description/explanation of international politics elaborated by the two of realism`s remarkable exponents: Hans Morgenthau and Kenneth Waltz. For last, we`ll bring to light the hypothetical status of the state of nature model, emphasizing the fact that Hobbes himself recognized the limitation of its motivational reductionism to the description of reality. Also, having taken as a premise the fact that the dichotomy inside/outside did not exist in Hobbes`s time, we`ll explore the argument that international peace would be directly associated to the resolution of the problem of order in domestic societies.

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