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O bairro na cidade corporativa: um estudo sobre o bairro ValériaSilva, Gilma Brito da 08 1900 (has links)
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O bairro apresenta uma intrínseca relação com o desenvolvimento das cidades.
Desde os primeiros aglomerados citadinos até o que se conhece da organização das
cidades hoje, o bairro tem experimentado diversas conotações. Tais concepções
denotam desde um espaço em que as relações cotidianas se desenvolviam em sua
plenitude, a partir da estrutura patriarcal das cidades coloniais, cercadas por muros e
apresentando coesas relações de vizinhança; até a sua promulgada morte na cidade
do capitalismo moderno. Estas são as nuances das discussões que permeiam o
bairro e denotam a complexidade dos processos que envolvem o tema que está
longe de esgotar sua abordagem. O presente trabalho se ocupará da análise dessa
escala a partir de sua relação com a organização da cidade, nos seus aspectos
econômicos e sociais, tendo como interface a cidade do Salvador, dando ênfase às
transformações ocorridas a partir da década de 1960, período que marca a inserção
de Salvador num novo modelo econômico, formalizado pela consolidação da
modernização industrial. No bojo deste processo também se deu a modernização do
tecido urbano da cidade. A materialização desta nova cidade pôde ser verificada na
realização de obras de infraestrutura urbana, principalmente no que tange a
reestruturação da circulação (construção de vias estruturantes); na mudança nos
padrões de ocupação da cidade, em direção às áreas de vazios urbanos localizados
nas áreas periféricas da cidade; e na apropriação privada do solo urbano pelo
mercado imobiliário como resultado da flexibilização da legislação urbanística. O
quadro que se estabelece na cidade de Salvador é de modernização por um lado, e
fragmentação por outro. Enquanto áreas da cidade são integradas ao processo,
outras estão à margem, compondo um contingente de excluídos dos serviços
urbanos fundamentais. Como demonstrativo desse quadro está o bairro Valéria,
gestado em meio a expansão da Salvador moderna da década de 1960, na condição
de periferia geográfica e social, carregando as desigualdades inerentes a uma
metrópole tipicamente subdesenvolvida como é Salvador. / Abstract
The neighborhood presents an intrinsic relationship with the development of cities.
Since the first urban clusters until what is known from the organization of cities today,
the neighborhood has experienced several connotations. Such conceptions denote
since a space where the daily relations were developed in its entirety, from the
patriarchal structure of the colonial cities, surrounded by walls and presenting
cohesive neighborhood relations, until its enacted death in city of modern capitalism.
These are the nuances of the discussions which permeate the neighborhood and
denote the complexity of the processes that involve this subject which is far from
exhausting its approach. This paper will deal with the analysis of this scale from its
relationship with the organization of the city, in its economical and social aspects,
having as interface the city of Salvador, emphasizing the changes occurred since the
1960s, period that marks the insertion of Salvador in new conomical model,
formalized by the consolidation of industrial modernization. At the core of this
process, also happened the modernization of the urban space. The materialization of
this new city could be verified in realization of urban infrastructure work, especially
regarding the restructuring of movement (construction of structural roads); the
changing of occupation patterns of the city, towards the urban areas of voids located
in peripherical areas of the city; and the private ownership of urban land by the
housing market as the result of the easing of planning law. The frame that
establishes at the city of Salvador is the modernization by one side, and
fragmentation by the other. While city areas are integrated into the process, others
are on the sidelines, composing a contingent of excludeds to basic urban services.
As a demonstration of this framework is the neighborhood of Valéria, gestated in the
middle of the expansion of modern Salvador in the 1960s, at the condition of
geographic and social periphery, carrying the inequalities inherent to a metropolis
typically underdeveloped as Salvador is.
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Cidades-sensuais: práticas sexuais desviantes x renovação do espaço urbanoRocha Lima, Eduardo 25 September 2013 (has links)
Submitted by Francisco Costa (xcosta@ufba.br) on 2013-09-24T23:46:44Z
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Tese Eduardo Rocha.pdf: 155425956 bytes, checksum: d922915bfce15ebba1db3e6c5d4bbb06 (MD5) / Approved for entry into archive by Edilene Costa(ec@ufba.br) on 2013-09-25T22:12:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Tese Eduardo Rocha.pdf: 155425956 bytes, checksum: d922915bfce15ebba1db3e6c5d4bbb06 (MD5) / CNPQ / Este estudo tem a experiência de um caminhante por entre três cidades – Fortaleza, Rio de Janeiro e Paris – como base para a apreensão de conhecimento sobre o espaço vivido que se pretende crítico à espetacularização urbana contemporânea, vinculada à produção do espaço pelo turismo. No percurso traçado pelo caminhante, um conflito urbano é perseguido nas três cidades caminhadas: a apropriação de espaços investidos para o fluxo turístico por
corpos que “furam”, pelo exercício de suas sexualidades desviantes, as barreiras sociais e espaciais impostas pela norma sexual dominante – heterossexual, monogâmica, reprodutora
e burguesa – e pela reprodução capitalista do espaço, atrelada às estratégias da economia globalizada. As cidades lidas no/pelo corpo são aqui narradas com foco sobre a espacialidade produzida no momento presente da ação físico-sensorial – entendido como o instante da prática política e estética de sujeitos ordinários urbanos – dos corpos excluídos
por uma certa razão urbanística que, vinculada ao capital privado, intenta reproduzir pelo mundo uma “idéia de cidade” socialmente seletiva, pois favorecedora da apropriação da cidade por interesses empresariais globalizados. Esta pesquisa apreende as ações astuciosas de corpos que a partir dos seus sexos “fora da Ordem” expõem materializada, enquanto sombra nos espaços intensamente iluminados por tal razão urbanística, a falência e a insustentabilidade da produção do espaço que, priorizando-o enquanto “mercadoria” à
venda no mercado competitivo das cidades ditas “globais”, desvaloriza a história social – e, portanto, a história espacial – dos sujeitos que articulam a cotidianidade do espaço, elaborando nele o exercício de suas vidas. / Salvador
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Cidade e modernidade Ipu-CE: verso e reverso de uma cidade nas primeiras décadas do século XX.FARIAS FILHO, Antonio Vitorino 11 November 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-10T11:57:55Z
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Tese de Antonio VitorinoUNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 1.pdf: 3640035 bytes, checksum: 7625ff1bb98ad0dfc86c7809d318b22c (MD5)
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Previous issue date: 2013-11-11 / Esta tese analisa a construção discursiva do progresso e da modernidade, nas primeiras décadas do século XX, na cidade de Ipu, e como foi ela capaz de gerar, no seio de um grupo de pessoas, daquelas ligados ao poder local, práticas de intervenção na realidade local, que caminhavam em pelo menos dois sentidos: em primeiro lugar, nos espaços físicos da cidade, com o objetivo de revelar uma imagem de cidade moderna, portanto, limpa e hiegiênica, e, em segundo lugar, nos costumes da população, sempre apresentados como incompatíveis com os valores defendidos. Neste caso, as práticas daqueles defensores da modernização e da modernidade anunciadas, tinham como objetivos, de um lado, extirpar os costumes incompatíveis com o que se defendiam, e, de outro, erguer espaços de sociabilidades informados por novos valores, sempre identificados como superiores, de uma cultura sofisticada e letrada, fechados, no entanto, ao ingresso de pessoas de baixa condição. Buscamos demonstrar que, se apegar aos valores do progresso e da modernidade, foi uma estratégia buscada por seus defensores para colocar em prática seus projetos que eram, em essência, excludentes, deixavam de fora amplos grupos sociais. A análise foi construída com base em fontes legadas pelos atores sociais do passado que analisamos, dentre as quais, jornais, revistas, almanaques, fontes literárias, documentos de governo, tomadas não como testemunhos incontestes da realidade, mas como monumentos, como construções representativas do mundo.
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A urbanidade no século XVIII: Vila do Recife e Arraial do TijucoLícia Barros Milfont, Magna 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A tese pretende revelar a compreensão da urbanidade no período marcante da história
colonial do Brasil, quando suscitaram o crescimento e a expansão das freguesias com a
descoberta de pedras preciosas no norte mineiro, durante o século XVIII. Nesse
contexto, destacaram-se dois assentamentos urbanos marcados por conflitos entre os
poderes metropolitano, local e a igreja o Recife e o Tijuco. Esses embates foram
importantes para expressar a urbanidade nos seus vários modos de constituição. Os
modos de constituição da urbanidade se configuravam pelas ações daqueles poderes na
tentativa de integrar a normativa de seu mundo-circundante (territorial, político-jurídico,
religioso e social) com o homem da colônia. A tese parte da hipótese que existiu uma
urbanidade no século XVIII, mas que não se limitou apenas ao comportamento
civilizado do homem da colônia ou aos modelos de beleza e da forma construtiva das
edificações. Ela envolvia várias questões normativas do mundo teológico e político da
época. Por essa razão, os procedimentos teórico-metodológicos se centraram na
investigação histórica da documentação do século XVIII, visualizando a influência do
território como produto da história social (FEBVRE, 2000)
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Barreiros, cidade afetiva - um estudo sobre as relações afetivas das pessoas com a cidade a partir de escritos memorialistas barreirensesRodrigo Coêlho de Carvalho, Marcio 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A cidade não pode ser apreendida apenas pela sua dimensão política, econômica e
administrativa. Palco da vida humana reserva também outras dimensões tão vitais e
integrantes de sua realidade quanto estas referidas. Dentre os variados enfoques, há inclusive
os de expressões da subjetividade estabelecidos pela experiência do sujeito em seu espaço
habitado. Vários campos disciplinares afins ao Desenvolvimento Urbano, além do repertório
que é próprio da Arquitetura e Urbanismo, têm, ultimamente, trazido à tona tais concepções.
Neste sentido, buscou-se dissertar a respeito das relações afetivas das pessoas com a cidade e
tem como estudo a cidade dos Barreiros, em Pernambuco. Procurou-se identificar os marcos e
lugares representativos para a memória da população barreirense e apreender a significação e
os sentidos destes espaços identificados amparados pela afetividade. Nos resultados, são
apresentadas narrativas a partir da interpretação das fontes memorialistas. Para tanto, foram
utilizados os registros textuais dos músicos, poetas e escritores existentes nos Barreiros. O
prévio conhecimento da maioria desses documentos, bem como a possibilidade variada de
análise e da pertinência qualitativa de seu conteúdo favoreceram a sua eleição para os
procedimentos metodológicos. Além de possuírem significação histórica e cultural, parte-se
do pressuposto de que espaços afetivamente diferenciados são importantes pela constituição
psíquica individual e pelo bem estar da coletividade, uma realidade que tem fugido do
conhecimento do arquiteto e urbanista. E este profissional, todavia, necessita apreender a
cidade também a partir do afeto e da memória e inserir em seu ofício cotidiano, para, enfim,
aproximar cada vez mais seus estudos e práticas à condição do que é essencialmente humano
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A arquitetura do edifício na arquitetura da cidade Um estudo sobre a interface urbana da arquiteturaJorge Pessoa de Melo, Ricardo January 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002 / O trabalho analisa a relação entre o edifício e a cidade, entendendo-a como
responsável e como contribuinte na criação de um ambiente urbano propício à vida.
Esta análise é elaborada com base nos conceitos atribuídos ao modelo de ambiente
ativo e às formulações teóricas de Aldo Rossi (1998).
A presente dissertação apresenta os atributos da interface urbana da arquitetura, em
três momentos no Recife: a cidade colonial, o plano da Avenida Guararapes e a
cidade contemporânea. A associação do atual modelo de planejamento do Recife ao
modelo de cidade quantitativa levanta o questionamento sobre a suficiência dos
atributos deste modelo, para a criação de um ambiente urbano promotor de vida.
Em seguida, são apresentadas formulações teóricas, que definem este modelo de
cidade, seguido de críticas dirigidas a ele, na década de 1960. Por fim, é apresentado
o conceito de ambiente ativo, desenvolvido por Bentley et al. (1985) e adotado, no
trabalho, como base metodológica para a análise dos casos.
A pesquisa se consolida na análise dos ambientes urbanos do 3.º Jardim, em Boa
Viagem, e da Praça Fleming, na Jaqueira
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Narradores do sensível: um estudo sobre o imaginário e a cegueira na cidade do Recife (versão para quem enxerga)ARAÚJO, Sandra Simone Moraes de 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Prefeitura da Cidade do Recife / Esta tese teve como objetivo estudar a relação entre o imaginário e a cegueira,
a partir da prática cotidiana dos cegos, na cidade do Recife, de maneira que
se possa compreender como estes sujeitos percorrem o trajeto antropológico. A
ideia de realizar um estudo desta natureza partiu da reflexão sobre a teoria
do imaginário de Gilbert Durand, que o concebe, como o conjunto de
imagens que compõem o capital pensado do Homo sapiens, e constitui a
essência do espírito, como um esforço do ser humano em contrapor-se ao
mundo objetivo da morte. Segundo o autor, na dinâmica do imaginário a
essência do espírito impulsiona a capacidade humana de significar, as
imagens são elementos organizadores da cultura e por meio delas o homem
percorre o trajeto antropológico. Muitas vezes, quando se fala em imagens o
pensamento logo conduz para algo que é percebido pelo sentido da visão. De
forma muito apressada poderíamos pensar que alguém que não pode
enxergar não teria capacidade de compor imagens, nem de compreender os
símbolos de sua cultura. Os cegos, principalmente os que são portadores da
cegueira congênita, desenvolvem a capacidade de apreender e se relacionar
no contexto de sua cultura de maneira diversa do normovisual e de um
modo particular percorre o trajeto antropológico. Para esta descoberta, foi
utilizado como instrumental de coleta de dados, a observação direta do
comportamento, a frequência ao curso de tiflologia, entrevistas semiestruturadas
e a realização de uma oficina de fotografia direcionada para
pessoas cegas. Os dados colhidos foram analisados por meio da mitocrítica,
tendo como referencial teórico o que Gilbert Durand considera ser o entre
saberes; a superação da oposição entre: natureza/cultura, cegueira/visão,
etc. A partir da pesquisa foi possível observar que nas relações do cotidiano,
dessa cidade, as pessoas cegas ainda são excluídas, e para viver nesse lugar
criam táticas, subvertem os obstáculos e se organizam em instituições para
reivindicarem melhorias na qualidade de vida. Atualmente a resistência das
lutas em prol dessas melhorias, vem provocando, lentamente, modificações
na cidade do Recife, criando pequenos oásis de acessibilidade, embora as
mudanças ainda não contemplem todas as prerrogativas da legislação
vigente destinada a pessoas com deficiência
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Mais além da rua do Bom Jesus: a revitalização do bairro do Recife, a população e outros usos do localMorim De Melo, Júlia January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Uma ilha. Nessa ilha, séculos de acontecimentos guardados no
subsolo, na arquitetura e na0 memória. Um lugar que detém a história de
uma cidade desde o seu princípio e que parece merecer um olhar mais
cuidadoso de todos que nessa cidade habitam. Estou falando do Bairro do
Recife, também conhecido como Recife Velho ou Recife Antigo, localizado
na cidade de mesmo nome, no Estado de Pernambuco.
O presente trabalho se propõe a analisar o processo de revitalização
do Bairro do Recife, levando em conta o discurso oficial sobre a reforma
dos autores do Plano, a Prefeitura da Cidade do Recife, o Governo do
Estado de Pernambuco e outros atores sociais envolvidos. Através de
documentos, textos e entrevistas com técnicos ligados ao projeto, definirei
os fatores que contribuíram para tal reforma. Também, e principalmente,
levo em consideração o ponto de vista dos sujeitos atingidos diretamente,
moradores e trabalhadores da região, e sua convivência com essas
transformações, mergulhando no contexto em que vivem, para melhor
compreender suas opiniões e preocupações.
Para realizar este trabalho, por observação direta e entrevistas, tentei
compreender as vidas, rotinas, maneiras de pensar e relações que esses
moradores e trabalhadores mantinham com o espaço, e desta forma,
descobrir como cada um reagiu, sentiu, percebeu os impactos da
revitalização do Bairro, no seu local de moradia e de trabalho.
O trabalho de campo realizado, no período de 2001-2003, me
permitiu destacar a existência de três universos representativos da população
local, três níveis de vivência do lugar, configurando o grupo dos moradores
da Comunidade do Pilar, o grupo dos moradores de pensões e o grupo dos
trabalhadores do porto. As opiniões sobre as mudanças no lugar variaram
segundo as diferenças individuais na experimentação da vida.
Além da separação entre esses três universos que destaquei, as
evidências empíricas revelam existir uma separação entre eles e os novos
freqüentadores e trabalhadores do espaço em revitalização. Os trabalhadores
do porto, por exemplo, sentem essa imposição, posto que seu sindicato está
localizado na rua mais valorizada do bairro: a Rua do Bom Jesus. Ao
analisar como os moradores do Pilar se referem à comunidade e ao bairro
revitalizado, é possível distinguir que realmente eles não fazem parte desse
"Recife Antigo", desse Recife voltado para o lazer, desse Recife "colorido,
alegre e histórico". Esta dissertação oferece ao leitor a oportunidade de
compreender os processos que ocorrem além da Rua do Bom Jesus
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Sucessões e coexistências do espaço campinense na sua inserção ao meio técnico-científico-informacional : a feira de Campina Grande na interface desse processoCOSTA, Antonio Albuquerque da January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Este trabalho é uma tentativa de entendimento do espaço urbano de Campina Grande, o
qual se insere na emergência de um novo meio, porém guardando heranças dos meios pretéritos.
Por se entender que a compreensão dos atuais processos espaciais passa pelo
discernimento da cidade em sua historicidade, o ponto de partida deste trabalho foi a
possibilidade de inserção do espaço campinense aos meios anteriores, que num primeiro
momento se atribui às virtualidades naturais então presentes. Nesta linha de raciocínio, se propõe
que a importância e os papéis que Campina Grande foi definindo ao longo do tempo se devem às
virtualidades que foram sendo produzidas e incorporadas ao seu território.
O objeto central desta pesquisa foi, no entanto, sua Feira, evento que se realiza
semanalmente deste os primórdios da ocupação do interior paraibano e cuja história confunde-se
com a da própria cidade, passando por momentos de expansão e crises, chegando aos dias atuais
sem a importância que teve no passado, embora ainda se apresentando com relativa força,
preservando o antigo, ao mesmo tempo, em que acolhe as novidades do presente.
A Feira se constitui em uma rugosidade na qual o novo e o velho convivem dando
oportunidades aos mais diversos agentes sociais de se reproduzirem, seja nos aspectos
econômicos, sociais ou culturais. Porém, dentre a multiplicidade de olhares que podem ser
lançados sobre a Feira, optou-se aqui por um enfoque mais econômico, devido ao importante
papel desempenhado por este mercado na reprodução cotidiana de significativa parcela da
população campinense bem como de suas áreas circunvizinhas. Não se negligencia, porém, seu
aspecto cultural pela riqueza, força e vida que tais manifestações dão a este espaço.
Tal espaço é campo fértil de criatividade e transgressões na luta diária pela sobrevivência
dessas pessoas produtivamente excluídas pelas modernizações do meio técnico-científicoinformacional
que impõe aos lugares racionalidades e uniformidades alheias às lógicas e
necessidades locais. É por estes aspectos que a Feira é aqui estudada como parte do circuito
econômico inferior, que acolhe as camadas pobres nas suas necessidades de trabalho e de
consumo, daí sua importância no atual momento em que as tecnologias são poupadoras de mãode-
obra e incentivadoras de um crescente consumo descartável
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Os versos e reversos do progresso: imagens do Maranhão Novo & Nova Iorque nas águas da Boa EsperançaLopes de Sousa, Helen 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nesta dissertação tratar-se-á de dois momentos simultâneos da História do Maranhão contemporâneo. No primeiro intenciona-se apreender os códigos simbólicos e os referenciais a partir dos quais os discursos oficiais e da imprensa negociam e representam a construção retórica do Maranhão Novo . É neste contexto que a construção da Hidroelétrica da Boa Esperança surge como a pedra de toque que promoverá a transformação sócio-econômica pautada no discurso de reinvenção da identidade regional e nas representações que toma por referência o espaço de consagração e legitimação da imagem de José Sarney, tanto no campo da política quanto da literatura, atrelada ao projeto liberal salvacionista de modernização do Estado. No segundo momento, o curso da pesquisa foi direcionado para as narrativas mnemônicas dos moradores de Nova Iorque, no que diz respeito à submersão da mesma e, que neste processo quase sempre se apresentam como reverso do progresso, do desenvolvimentismo a eles prometidos. Os moradores da cidade justapõem sobre os reflexos da nova cidade as imagens-memórias da cidade submersa e criam um mecanismo de sobrevivência do passado perdido das vistas. Por intermédio dos relatos de memórias, o passado é deslocado para o presente num esforço para tornar suas experiências inteligíveis, conferindo-lhes significados e que servem enquanto reação e resistência às idéias de progresso, desenvolvimento e modernização, esforços de homens e mulheres que se recusam aceitar as marcas do presente perpétuo, da pura, simples, legítima e cruel decadência
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