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A sala de aula como espaço relacional : o olhar do professor para as singularidades dos alunosVaz, Luana 27 March 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-06-12T20:52:12Z
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Previous issue date: 2017-08-22 / O presente trabalho apresenta a compreensão da relação entre professor e alunos como aspecto fundamental da prática pedagógica. Considerando o processo de ensino aprendizagem como um processo relacional, constituído por uma dimensão subjetiva, entende se que é de fundamental importância a consideração das singularidades dos alunos no espaço social da sala de aula. Sendo assim, esta pesquisa propôs-se investigar as formas como uma professora buscava conhecer as especificidades dos alunos na dinâmica relacional da sala de aula, bem como identificar de que maneira esse conhecimento orientava a organização do trabalho pedagógico. O estudo foi fundamentado teoricamente pela perspectiva histórico-cultural de Vigotski e pela teoria da subjetividade numa perspectiva cultural-histórica, de González Rey. O processo investigativo foi ancorado nos princípios da Epistemologia Qualitativa, de González Rey (2005), que pressupõe o processo de produção do conhecimento a partir de um caráter construtivo-interpretativo, singular e dialógico. A pesquisa foi realizada a partir de um estudo de caso em uma turma do 1º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do Distrito Federal, em que buscou-se conhecer as bases da relação professora-alunos, os processos comunicativos e a articulação da constituição subjetiva da professora com as dinâmicas relacionais desenvolvidas na sala de aula. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa: observação participante das aulas e das coordenações pedagógicas; entrevistas; dinâmicas conversacionais; complemento de frases; análise documental e redação. A construção interpretativa indicou que as formas de a professora se relacionar com os alunos tinham como base suas escolhas pedagógicas, seu sistema de valores e crenças, suas concepções sobre aprendizagem e infância e suas produções subjetivas em relação a seus alunos. As maneiras como a professora buscava conhecer seus alunos não estavam baseadas em ações específicas, mas na transformação da sala de aula em um espaço relacional, aberto ao diálogo e que abria espaço para o envolvimento emocional dos alunos e para que eles se posicionassem como sujeitos. A relação dialógica entre professora e alunos era base para o desenvolvimento do trabalho pedagógico e, ainda, para o desenvolvimento dos alunos e da própria professora. O modo de funcionamento da turma estava fortemente marcado pela constituição subjetiva da professora. A partir das informações construídas, se reconhece a complexidade da relação professor-aluno, que é composta por uma multiplicidade de fatores que se articulam de maneira singular, e a necessidade de se ampliar as discussões sobre a dimensão subjetiva que constitui o espaço social da sala de aula. / This paper presents the connection between teacher and students as fundamental in pedagogical practice. Considering the teaching-learning process as a relational process, composed of a subjective dimension, it is of our understanding that it is of major significance consider the singularities of students in the social space that is the classroom. Therefore, the research aims to investigate the ways a teacher got to know the particularities of her students in the relational dynamic of classroom, such as identify how this information guided the organization of her pedagogical work. This study was based on the cultural-historical theory of Vigotski e on the theory of subjectivity developed by González Rey. The investigative process was based on the principles of the Qualitative Epistemology, by González Rey (2005), that assume the process of construction of knowledge from the constructive-interpretative, singular and dialogical aspects. The study was made from a case study of a class of 1º year of the fundamental course at a public school in Distrito Federal, where aimed to understand the basis of the relationship between teacher and students, the communicative process and the coordination between the teacher’s subjectivities and the relational dynamics developed in class. As research material were used: participative observation of the classes and pedagogical reunion; interviews; dynamic talks; phrases complementarity; documental analysis and essays. The interpretative construction indicated that the form that the teacher connected with her students had for base her pedagogical choices, value system and believes, her conceptions about learning and childhood and her subjective output. The ways that the teacher had to know her students weren’t based on specific actions, but on the transformations of the classroom into a relational space, open to the dialogue and to the emotional involvement of the students so they could show theirselves as individuals. The dialogical relations between teacher and students was the basis for the development of the pedagogical work and, yet, for the development of both students and teacher. The way the class operated was strongly marked by the constitution of the teacher subjectivity. Based on these details, the complexity of the teacher-student relation is recognized, composed by the variety of factors that are articulated in their own way, and the need of widen the discussion about the subjective dimension that constitute the social space of the classroom.
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Ambiente sociomoral e desenvolvimento da autonomiaAndrade, Jakeline Alencar January 2003 (has links)
Esta dissertação aborda as relações entre o ambiente sociomoral e o desenvolvimento da autonomia das crianças de uma Escola da comunidade do Município de Porto Alegre-RS. O objetivo é descrever o ambiente sociomoral de cada sala de aula, construído nas relações interindividuais entre professores e alunos, e analisar o desenvolvimento da autonomia das crianças através do estudo do juízo moral. A pesquisa teórica fundamenta-se em vários estudos e abordagens sobre a moralidade e, em especial, nos estudos da Epistemologia Genética de Jean Piaget sobre o juízo moral de crianças e sobre a gênese e o desenvolvimento da inteligência. A parte empírica do trabalho consiste em pesquisa sócio-antropológica na Escola, com enfoque sobre a sala de aula. Buscou-se conhecer o cotidiano da instituição através de observações, conversas, participação em reuniões e entrevistas. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os professores e com a direção, com o intuito de apreender o discurso pedagógico vigente na Escola. A análise de documentos oficiais da Escola forneceu informações sobre os objetivos, normas e procedimentos da instituição. As observações em sala de aula, assim como as entrevistas com as professoras, possibilitaram a elaboração de categorias de análise do ambiente sociomoral de cada sala sob os pontos de vista da atmosfera, do caráter do jogo, da abordagem de conteúdos ou da prática pedagógica e, principalmente, das relações entre professor e aluno Utilizou-se, ainda, o método clínico de Piaget na investigação do juízo moral das crianças, com o intuito de descrever as tendências gerais do desenvolvimento moral nesse ambiente sociomoral específico, privilegiando-se, entretanto, as relações em sala de aula. Os resultados gerais da pesquisa mostram tanto o progresso da autonomia das crianças em função de um ambiente sociomoral cooperativo em sala de aula como sugere uma nova abordagem para as relações interindividuais na escola.
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Profissão policial : efeitos de sentidos de ambivalência nos dizeres dos alunos-policiais : o que dizem, como dizem e por que dizem?Taschetto, Leonidas Roberto January 2002 (has links)
Com o fim da Ditadura Militar, alguns importantes acontecimentos começaram a fazer parte do cotidiano nacional. A retomada do interrompido sistema democrático propiciou a instauração da Assembléia Nacional Constituinte, a promulgação da Constituição Federal em 1988 e a conseqüente retomada do País do difícil processo de reconstrução social do Estado Democrático e de Direito. Em certo aspecto, esta pesquisa estabelece laços com estes recentes acontecimentos de nossa história. Os efeitos de seus desfechos ainda potencializam inflamadas discussões e controvérsias. Não os tomamos enquanto “objetos” específicos de nossa investigação, mas os consideramos como fatores decisivos que provocaram críticas sobre as estruturas e o modos de funcionamento das instituições policiais. A decisão em elegermos o discurso dos policiais, civis e militares, como foco de atenção desta pesquisa acarreta num encaminhamento da problemática da segurança pública para além das discussões acadêmicas, para além dos discursos especialistas e para além do discurso político sobre a questão. Esta forma de encaminhamento provocou a necessidade de investigarmos de que forma as demandas sociais e institucionais (e também políticas) de mudanças são significadas pelos próprios policiais. Procuramos dar uma maior ênfase ao processo de construção da reflexão teórica, buscando em autores como Freud, Pêcheux, Bhabha, Foucault e Bauman subsídios que favorecessem a interlocução entre os respectivos campos de conhecimento a que se filiam esses autores. Os pronunciamentos escritos dos alunos-policiais produzidos em situação de sala-de-aula foram brevemente analisados como ensaio, um exercício de análise inspirado nas reformulações propostas por Pêcheux em sua última reflexão teórica, expressadas no livro O discurso: estrutura ou acontecimento, que veio a configurar o estabelecimento da Análise de Discurso de terceira época - AD3, ainda em processo de construção. Esse exercício de análise procurou surpreender, através da identificação de marcas lingüísticas de ênfase, no discurso dos sujeitos-alunos-policiais, alguns efeitos de sentidos de ambivalência.
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Juvenilidade, saber e violência : uma leitura da realidade escolarStoelben, Isabel Cristina Velasques January 2003 (has links)
Esta dissertação apresenta uma pesquisa numa escola urbana de ensino básico, situada no município de Santa Cruz do Sul/RS, no ano de 2002. O objetivo desta pesquisa é compreender o olhar do adolescente sobre o seu processo educativo e as relações de violência, percebidas e/ou vivenciadas na escola. A fundamentação teórica utilizada nesta pesquisa foi: De Marco, para compreensão dos espaços arquitetônicos; Outerial e Aberastury, com relação à adolescência; Arendt e Spósito, para abordagem sobre a violência; Abramo, na compreensão dos grupos juvenis; e Charlot, na relação com o saber. O método utilizado foi a história de vida, adaptada para educação. Como técnicas de operacionalização, destacam-se a observação participante e a entrevista aberta. O resultado desta pesquisa demonstra que as ações de violência partiram mais dos adultos do que dos jovens. Há uma ausência de conhecimento sobre a fase da adolescência, por parte dos adultos. Existe uma predominância dos sentimentos de impotência e frustração, por parte dos docentes. A pesquisa mostra, ainda, como os jovens, com seus saberes juvenis, criam caminhos para superar suas próprias dificuldades, assim como podem ser compreensivos, diante das dificuldades dos adultos. A pesquisa concluiu que a violência é superestimada dentro da escola e que seria relativamente fácil contorná-la, se os adultos compreendessem mais os jovens, oportunizassem a estes a expressão, bem como reconhecessem e trabalhassem pedagogicamente os agrupamentos juvenis.
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Para além do ingresso na universidade : radiografando os cursos pré-vestibulares para negros em Porto AlegreSanger, Dircenara dos Santos January 2003 (has links)
Radiografando o cenário nacional, a cada dia, emergem iniciativas de lideranças negras que vem despontando como uma iniciativa para superar as desigualdades de oportunidades entre brancos e negros no Brasil. Entre estas iniciativas os cursos pré-vestibulares têm demarcado espaço na sociedade e na vida de alunos “negros e carentes” dando-lhes uma oportunidade de rever seus estudos rumo ao ingresso na universidade. Nesse sentido, a dissertação se propõe a apresentar, informar, relatar e discutir as iniciativas desenvolvidas em dois cursos pré-vestibulares para “negros e carentes” em Porto Alegre – RS. Observando e entrevistando a coordenação, professores e professoras, e, alunas e alunos, combina os dados coletados numa perspectiva etnográfica, com as idéias de autores que trabalham temas: raça, racismo, discriminação e ação afirmativa. Tais dados fizeram sentido para corroborar e reafirmar o preconceito e a discriminação que os negros sofrem na atual sociedade e, ao mesmo tempo, as ações que as lideranças negras vêm propondo para superar a composição deste tabuleiro social. Estas ações estratégicas tem conquistado espaços e direitos no campo profissional e intelectual do país. Implicam reconhecer avanços na ampliação da consciência crítica da população negra e na difusão, mesmo que lenta e gradativa do seu exercício da cidadania. Os cursos apresentam, em sua organização, disciplinas para além dos conteúdos programáticos exigidos no Exame Vestibular, que primam por uma formação de cunho racial e social, personalizadas para alcançar estes objetivos, o que implica na socialização dos sujeitos envolvidos.
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A percepção do professor acerca do seu trabalho com crianças portadoras de autismo e síndrome de down : um estudo comparativoGoldberg, Karla January 2002 (has links)
The aim of the present study was to investigate the teacher’s perception about working both with individuals with autism and with Down’s syndrome. A semi-structured interview was performed with 10 teachers, in two special schools, in the interior of the state of Rio Grande do Sul. Each one of these interviews was compound of a range of questions, dealing with topics such as teacher’s identification, etiologic notions about the syndrome, intellectual development and clinical characteristics of the children, ways of educational intervention and finally the difficulties and feelings of the teachers concerning their work in this area and also their educational strategies. The analysis of the obtained material revealed that there are similarities and differences in the way in which the teachers perceive their students with the Down’s syndrome or Autism. One fundamental aspect which was identified related to the circumstances that led the teacher to work with these children, which were not always founded on choice. One of the concerns, which mostly differentiated the teacher’s discourse, was in relation to pleasure when working with these children. This appears more clearly regarding the students with Down’s syndrome, indicating a feeling of well-being and satisfaction of the teacher, due to the social reciprocity and communication in the relationship with the children. On the other hand, stereotyped ideas; worries with behaviors that are not specific to the anxiety and lack of self-confidence were aspects which characterized the teacher’s perception about autism. This picture might have influenced their management strategies. For example, in order to alleviate their conflicts and anxieties the teachers used strategies to maintain the students systematically busy to attempt to “control” the autism. However, the practice of “sheltering” by means of flexible work and encouragement of the autonomy based on the exercise of choice were also identified in some of the teachers. Another aspect that deserves attention is in the relation to the beliefs about the etiology of autism, specifically those concerning the mother-child bond. A simplistic view of this issue was identified, which was understood as a direct relationship of “cause and effect” rather as a reciprocal process, where each element of the dyad contributes to its quality. Finally, the results of this paper point to a complexity but not impossibility of the educational process of the so-called “special” student. However, attention should be paid to the need of founding the educational practice on knowledge, thus avoiding the emergency of distorted ideas and subsequently practices incoherent with the individual’s development.
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Aprendizagem em ambientes virtuais : o olhar do aluno sobre o próprio aprenderMacedo, Alexandra Lorandi January 2005 (has links)
Esta pesquisa tem por objetivo investigar a concepção do aluno sobre a própria aprendizagem ao utilizar ambientes virtuais. A Rede Cooperativa de Aprendizagem (ROODA) foi o ambiente virtual que sustentou todo o movimento de busca dos dados escritos pelos sujeitos da pesquisa. Os mesmos são estudantes de graduação e pós-graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A Epistemologia Genética de Jean Piaget foi a teoria eleita para servir como referencial durante todo o processo de desenvolvimento desta pesquisa. Para tanto, a coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada, além de intervenções no ambiente virtual ao longo do processo de trabalho. Os resultados de tais intervenções foram capturados nos logs do ambiente. As conclusões apontam para uma concepção de aprendizagem que ultrapassa a simples utilização do virtual e indica como significativo o trabalho que atinge diretamente as estruturas cognitivas. Além disso, trata o virtual como elemento propulsor de interações entre sujeitos onde o conflito sócio-cognitivo contribui para a construção do conhecimento. Tempo e espaço transcendem as condições dadas pelo presencial e proporcionam um novo tempo e espaço de reflexão. Novas relações, professor-aluno, mobilizadas pelo interesse, são criadas. Novas possibilidades são descortinadas pelo ambiente virtual na medida que este é visto como superação das fronteiras do presencial.
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A construção da autonomia na sala de aula : na perspectiva do professorRossetto, Maria Célia January 2005 (has links)
Esta dissertação está ancorada na Epistemologia Genética de Jean Piaget, no conteúdo do desenvolvimento moral, revelando a difusão desta teoria e conteúdo moral na prática escolar. Discute sobre a existência de um espaço para a construção da autonomia cognitiva e sócio-moral em duas turmas de alunos finalistas do Ensino Fundamental. O foco do trabalho é a busca da confirmação do discurso do Projeto Político Pedagógico da Escola no desenvolvimento da autonomia, cidadania e responsabilidade crítica do aluno e na sua relação com a prática em sala da aula, mediada pela ação docente. Enfatiza o conceito de autonomia que o professor traz e trabalha, e os espaços que julga disponibilizar para tal desenvolvimento em aula. Faz uma busca na História da Educação sobre a gênese da preocupação de atender ao objetivo de desenvolvimento da autonomia dos alunos. A metodologia inclui a revisão dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas, a realização de entrevistas com professores ativos e aposentados e de observação das turmas. As entrevistas com os dois grupos de professores são colocadas em paralelo, tal recurso busca observar uma preocupação persistente com tal objetivo escolar. As escolas selecionadas são as que contribuíram no panorama estadual de ensino como sendo referências de estudo dos docentes e consideração à Epistemologia Genética. Como resultado final tem-se que o comprometimento do professor com a autonomia, mesmo sendo um objetivo a ser alcançado na formação do aluno é variável. Quando o professor disponibiliza espaços para a autonomia do aluno nem sempre reconhece a ação pedagógica despendida como facilitadora de tal objetivo. O conceito de autonomia do professor e a forma como vê tal conduta dos alunos é variável, oscilando entre a individuação da ação e o compromisso com a cooperação e interação social. As escolas revelam uma perda de espaço para a discussão e construção de uma autonomia docente que repercute na construção da autonomia dos alunos. Os objetivos de autonomia previstos no Projeto Político Pedagógico não são considerados pelo professor, esse projeto da escola não parece servir como referência para o desenvolvimento de atividades que aprimorem da conduta moral de autonomia nos alunos.
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"Alunos-problema" : discutindo práticas implicadas na produção do anormalRabuske, Anelise Scheurer January 2006 (has links)
A presente pesquisa nasce de inquietações produzidas no acompanhamento dos encaminhamentos cada vez mais freqüentes de alunos tomados como “problemas” nas escolas, para profissionais das áreas psi. Fazem parte desta pesquisa alunos, professores e Direção de uma escola de Ensino Fundamental da rede municipal de ensino de Dois Irmãos - RS. Nela problematizo o entendimento dos alunos como sujeitos com uma essência “problemática”, buscando olhar para como os discursos e as práticas escolares cotidianas encontram-se implicadas na constituição dos alunos posicionados como “alunos-problema”. Nesse sentido, os seguintes questionamentos funcionam como propulsores deste estudo: O que é produzido/tomado como “aluno-problema”? De que maneiras as práticas sociais, entre elas, as escolares, fabricam cotidianamente esses alunos? Como se lida, no cotidiano escolar, com o sujeito interpretado como “problema”? As nomeações utilizadas para descrever os alunos apenas os descrevem ou produzem outras implicações, talvez subjetivando-os? Tais questões levaram-me a analisar as práticas sociais que atuam no cotidiano da escola: os regulamentos, as ações disciplinares, as práticas diagnósticas, as tentativas de correção, as articulações e alianças constituídas para a normalização e a conseqüente produção das “anormalidades”. Além disso, observei as atividades desenvolvidas numa turma de 5a série – a série das “turmas problemáticas” – por um período. Realizei, ainda, oficinas com os alunos e professores dessa turma, visando a possibilitar a emergência das vozes dos personagens escolares, a fim de conhecer como eles percebem a si e ao espaço escolar onde convivem e se relacionam. Para as análises e discussões, estabeleci conexões com os estudos de Michel Foucault e de autores pós-estruturalistas do campo dos Estudos Culturais. A pesquisa incita-me a olhar para as escolas como constituidoras das subjetividades que ali circulam, inclusive as dos “alunosproblema”. Por fim, a partir das análises realizadas, discuto e interrogo as possibilidades de ação dos profissionais da Psicologia nos espaços escolares.
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Concepção dos professores dos anos finais do ensino fundamental sobre o aluno com necessidades educacionais especiais e sua inclusão na escola comumEidelwein, Monica Pagel January 2006 (has links)
Esta Dissertação de Mestrado intitulada “Concepções dos Professores dos Anos Finais do Ensino Fundamental sobre o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais e sua Inclusão na Escola Comum” aborda as concepções presentes na representação dos professores sobre estes alunos. Foi realizada em uma Escola de Educação Básica que está situada no sul do país e que possui aproximadamente setecentos alunos, sendo que vinte e dois possuem necessidades educacionais especiais. Estudar a questão proposta é relevante, considerando que, a partir de um olhar mais ampliado sobre o tema, às práticas nas escolas podem ser ressignificadas, trazendo novas possibilidades e representando ganhos à educação e à sociedade como um todo. A pesquisa iniciou desenvolvendo a fundamentação teórica sobre a inclusão e a integração, os aspectos pedagógicos da inclusão, as representações – em especial no que se refere ao aluno com necessidades educacionais especiais e a sua inclusão na escola comum – e também sobre alguns pressupostos da Análise de Discurso, de origem francesa, tendo como principal autor Michel Pêcheux. Posteriormente apresentou-se a metodologia do trabalho, sendo que foram realizadas entrevistas, análise dos relatórios de avaliação e observações dos conselhos de classe. Os aspectos teóricos abordados e as falas dos professores forneceram subsídios para as análises, as quais, a partir da questão principal do estudo, foram realizadas utilizando-se alguns pressupostos da Análise de Discurso. Para fundamentar o trabalho, se destacam alguns autores, tais como: Rosita Edler Carvalho, Rosana Glat e Hugo Otto Beyer. Em relação às representações, utilizaram-se estudos da Psicologia Social que trazem contribuições significativas para as reflexões relativas às representações dos sujeitos, salientando-se os estudos de Moscovici e Jovchelovitch. No que se refere às representações sobre o sujeito com necessidades educacionais especiais, contou-se com estudos de Ivanilde Apoluceno de Oliveira. É possível afirmar que os discursos dos professores estão relacionados às condições de produção dos mesmos, considerando o lugar/posição ocupado e a relação com os contextos imediatos e o contexto sócio-histórico e ideológico, bem como, que estes discursos influenciam o lugar/posição dos sujeitos com necessidades especiais na sociedade. Importa-nos, então, que as reflexões, a partir dos discursos dos professores, levem a construção de novos sentidos, possibilitando a ressignificação das representações sociais.
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