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Interação entre o Streptococcus pyogenes e a hemoglobina SCalusni, Ana Lucia Roscani 20 April 1994 (has links)
Orientador: Antonio Sergio Ramalho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-19T08:31:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Mestrado / Genetica / Mestre em Ciências Biológicas
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Modulação pelo haplótipo Bantu da resposta ao uso de hidroxiureia em anemia falciforme /Okumura, Jéssika Viviani. January 2013 (has links)
Orientador: Claudia Regina Bonini-Domingos / Banca: Nicola Amanda Conran Zorzetto / Banca: Maria Stella Figueiredo / Resumo: A anemia falciforme (AF) apresenta processos fisiopatológicos complexos que dificultam o tratamento e culminam no desenvolvimento de manifestações clínicas diversificadas, as quais são moduladas por marcadores genéticos, como os haplótipos da globina beta S (β S ), e bioquímicos como glicoproteínas plasmáticas detoxificadoras: haptoglobina (Hp) e a hemopexina (Hpx) que formam complexos com a Hb e grupo heme livres, respectivamente, garantindo efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, e a eritropoetina (Epo) que repõe os eritrócitos em resposta à hemólise, por exemplo. Desta forma, o objetivo do trabalho foi verificar, em portadores da AF, a influência do haplótipo Bantu sobre o tratamento com hidroxiuréia (HU) por meio da análise de marcadores de estresse oxidativo e eritrogênico, correlacionando-os com parâmetros hematimétricos e níveis de hemoglobina fetal (Hb F). Para isso, o grupo amostral (67 portadores da AF), foi dividido em três subgrupos: 25 (37,3%) homozigotos para o haplótipo Bantu (Bantu/Bantu), 26 (38,8%) heterozigotos para o haplótipo Bantu (Bantu/_) e 16 (23,0%) sem o haplótipo Bantu (_/_). Todos sob uso de HU há pelo menos 300 dias, sem transfusão sanguínea há 120 dias e adultos independentes do gênero. A confirmação da homozigose para Hb S e dos haplótipos β S , foi realizada por PCR-RFLP; os níveis de peroxidação lipídica (TBARS) foram avaliados por método espectrofotométrico e as glicoproteínas plasmáticas (Epo, Hp e Hpx) por ensaio imunoenzimático. Os parâmetros hematológicos foram fornecidos pelo HEMORIO. A média de Hb F no grupo amostral foi de 12,1% e não diferiu entre os subgrupos (p=0,55), porém o Bantu/_ apresentou acréscimo na média sendo o Benin o segundo haplótipo mais frequente. Os valores médios de... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Sickle cell anemia (SCA) presents complex pathophysiological processes that complicate the treatment and culminate in development of diverse clinical manifestations, which are modulated by genetic markers, such as beta-S globin haplotype (β S ), and biochemical, such as plasmatic glycoproteins with action to detoxify: haptoglobin (Hp) and hemopexin (Hpx), which form complexes with free Hb and heme, respectively, providing antioxidant and anti-inflammatory effects, and erythropoietin (Epo), that restores the erythrocytes in response to hemolysis, for example. Thus, the aim of this study was to determine, in patients with SCA, the influence of Bantu haplotype in treatment with hydroxyurea (HU), by analysis of oxidative stress and erythrogenic markers, correlating them with hematological parameters and levels of fetal hemoglobin (Hb F). For this, the sample group (67 SCA patients), was divided into three subgroups: 25 (37.3%) were homozygous for the Bantu haplotypes (Bantu/Bantu), 26 (38.8%) heterozygous for the Bantu haplotype (Bantu/_) and 16 (23.0%) without the Bantu haplotype (_/_). The sample group was under use of HU for at least 300 days, without blood transfusion for 120 days and were all adults independent of the genus. The confirmation of homozygous Hb S and β S haplotypes was performed by PCR-RFLP; levels of lipid peroxidation (TBARS) were measured by the spectrophotometric method and plasmatic glycoproteins (Epo, Hp and Hpx) by enzyme immunoassay. Hematological parameters were provided by HEMORIO. The average of Hb F in the sample group was 12.1% and did not differ between the groups (p = 0.55), but the Bantu/_ showed an increase in the average, being Benin the second most frequent haplotype. The average values of Epo, Hp and Hpx did not differ between the subgroups, indicating... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Análise de polimorfismos de óxido nítrico sintetase endotelial (T-786C, E298D e VNTR4a) e de receptores de quimiocinas (CCR2-64l e CCR5delta32) em indivíduos com anemia falciformeVargas, Andréia Escosteguy January 2005 (has links)
À medida em que avançamos no entendimento da anemia falciforme, percebemos que esta hemoglobinopatia se apresenta como uma doença complexa, na qual o defeito genético e suas conseqüências diretas não são suficientes para explicar a ampla heterogeneidade clínica observada nos pacientes portadores do alelo HBB*S. Um número crescente de fatores (ambientais e genéticos) vêm sendo relacionados a diferentes aspectos da expressão clínica da anemia falciforme. Uma abordagem mais ampla desta doença permitiu formular a hipótese que a anemia falciforme seria uma condição inflamatória crônica, conceito apoiado por diversos trabalhos realizados nas últimas décadas. Neste contexto, e com a intenção de contribuir na busca de características genéticas envolvidas na modulação do quadro clínico heterogêneo da anemia falciforme, estudamos os polimorfismos de receptores de quimiocinas CCR2-64I e CCR5delta32, bem como três polimorfismos estabelecidos no gene NOS3, todos estes genes envolvidos em processo inflamatório. Nossos resultados indicam que os polimorfismos analisados não estão diretamente associados ao desenvolvimento de um quadro clínico severo nos pacientes estudados. No entanto, observamos uma tendência para o desenvolvimento de um quadro clínico severo em indivíduos portadores de determinadas variantes alélicas. O aumento no número amostral, bem como a análise de outros marcadores de severidade do quadro clínico da anemia falciforme, poderão auxiliar no estabelececimento do papel destas variantes na modulação do quadro clínico desta doença. / Sickle cell disease (SCD) is an inherited disorder that presents extremely variable clinical manifestations. It has been approached as an inflammatory disorder within the past decades and several works have tried to determine which factors are involved in such characteristic. In order to contribute to the characterization of the genetic differences underlying this phenotypic diversity in SCD, we proposed to study the distribution of polymorphic variants of the genes encoding the chemokine receptors CCR2 (CCR2-64I) and CCR5 (CCR5delta32), as well as three well-characterized polymorphisms in the NOS3 gene. Our results indicate that the polymorphisms studied here are not directly associated to the development of a severe clinical course in this group of patients. Nevertheless, we observed a tendency to the development of a severe clinical course in carriers of some of the variant alleles studied here. Further studies including a larger sample of patients and other severity markers of SCD should be carried out in order to determine the role of such variants in the modulation of the clinical picture in this disorder.
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Polimorfismos gênicos da haptoglobina na anemia falciforme: possíveis implicações nos fenômenos vaso-oclusivos e resposta imunológica [manuscrito]Santos, Cristiane Ferraz de Oliveira 15 July 2013 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-07-15T17:09:25Z
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Dissertação_ICS_Cristiane Ferraz de Oliveira Santos.pdf: 1189344 bytes, checksum: 09af6d1fb3294c928ed1db6fbb006e3a (MD5) / Made available in DSpace on 2013-07-15T17:09:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação_ICS_Cristiane Ferraz de Oliveira Santos.pdf: 1189344 bytes, checksum: 09af6d1fb3294c928ed1db6fbb006e3a (MD5) / CAPES;FAPESB;CNPq / A anemia falciforme é uma doença que é caracterizada pela presença da hemoglobina S
(HbS). A doença apresenta quadro clínico heterogêneo, caracterizado por vaso-oclusão
e eventos infecciosos, o que leva há um estado pró-inflamatório crônico. A Bahia é o
estado que possui a freqüência mais elevada de HbS e maior prevalência da anemia
falciforme. Desta forma vários estudos vêm sendo realizados visando a identificação de
fatores que possam influenciar no prognóstico clínico da doença. A haptoglobina (Hp) é
uma proteína de fase aguda que se liga ao heme, e possui função antioxidante. O
objetivo desse trabalho foi investigar uma provável influência de polimorfismos gênicos
na Hp nos aspectos fenotípicos e imunológicos de portadores de anemia falciforme de
Salvador-Bahia. Foi realizado um estudo ambispectivo em 141 pacientes, 118 em estado
estável (PE) e 23 hospitalizados por vaso-oclusão (PC). Também foi incluído no estudo
um grupo de referência composto por 171 indivíduos controles normais provenientes da
cidade do Salvador. A talassemia a23.7Kb, os haplótipos ligados ao grupo de genes da
globina bS e os polimorfismos da Hp foram investigados por PCR e PCR-RFLP; os
níveis séricos do TNF- , IL-1 e IL-6 foram detectados por ELISA e a história clínica
dos pacientes foi obtida dos prontuários médicos. Os valores médios de volume
corpuscular médio apresentaram-se mais elevados entre os pacientes portadores do
haplótipo Ben/Ben no grupo PE (p<0,05). Pacientes do grupo PE portadores do
haplótipo CAR/Ben apresentaram freqüência elevadas de eventos vaso-oclusivos
(37,8%) em comparação aos demais haplótipos (p<0,05). A freqüência de infecções por
broncopneumonia e pneumonia no grupo PC foi mais elevada nos portadores do
haplótipo CAR/Ben em comparação ao CAR/CAR. Os pacientes do grupo PC
portadores de talassemia 23.7 Kb em homozigose do grupo apresentaram os níveis
médios de hematócrito mais elevados (p<0,05). O grupo PE apresentou freqüências
mais elevadas dos alelos HP1S e HP1F (p=0,0041, OR=2,27, IC95%= 1,27-4,08);
p<0,000, RP=2,99, IC= 1,65-5,41) e menores do alelo HP2 (p<0,0000, OR=0,31,
IC95%:0,17-0,59) quando comparados ao grupo controle. O grupo PC apresentou
freqüência maior do alelo HPIF (p= 0,0050, OR=3,83, IC95%: 1,4-10,3) e menor do
alelo HP2 (p= 0,0427, OR=0,34, IC95%:0,34-0,97) quando comparado ao grupo
controle. Os indivíduos do grupo PC portadores do genótipo Hp1S-1S e do grupo PE
portadores do genótipo Hp2-1S apresentaram níveis mais elevados de IL-6 que os
demais genótipos da Hp (p<0,05). Estudos adicionais são necessários para estabelecer o
papel dos níveis de IL - 6, bem como a influência dos genótipos da haptoglobina sobre o
quadro clínico de pacientes com anemia falciforme, uma vez que estes podem se
constituir em marcadores de prognóstico que poderão ser utilizados futuramente no
acompanhamento clínico destes indivíduos. / Salvador
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Marcadores de trombofilia em portadores de anemia falciforme / Markers of thrombophilia in patients with sickle cell anemiaSantos, Maria Emília dos January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / Os indivíduos afetados por trombofilia adquirida ou hereditária têm mais propensão a tromboembolismo venoso e arterial. Portadores de anemia falciforme (AF) são suscetíveis a episódios trombóticos e têm nas crises vaso-oclusivas (CVO) a principal manifestação clínica, com gravidade variável entre pacientes. Identificar marcadores de trombofilia em portadores de AF com relação aos eventos vaso-oclusivas (EVO): síndrome torácida aguda (STA), acidente vascular cerebral isquêmico (AVC), necrose asséptica de cabeça de fêmur (NACF), priapismo, síndrome mão-pé (SMP) e CVO. Após consentimento informado, foi coletada amostra de sangue de 100 indivíduos portadores de AF, em steady state, e estudadas as variáveis: faixa etária, sexo, os marcadores de trombofilia: anticorpos antifosfolipídios - anticardiolipina (ACA), anti?2 glicoproteína I (A?2GPI), antifosfatidilserina (aPS), antilúpico (AL) -, Fator V de Leiden (FVL), Fator II G2021A (PM), polimorfismo C677T da MTHFR (MTHFR), deficiência de antitrombina (AT) e FVIII elevado. Idade e sexo não apresentaram associação com EVO; idade média do grupo estudado foi de 19,8 anos; 55 por cento eram do sexo feminino e 45 por cento eram do sexo masculino. Trombofilia foi identificada em 62 por cento e mostrou associação significante com CVO, enquanto A 2GPI mostrou associação com AVC. MTHFR apresentou associação significante para CVO. A deficiência de AT aumentou o risco para SMP, sem significância estatística. FVIII elevado apresentou associação significante com EVO. Apenas 1 (1,15 por cento) foi heterozigoto para o FII G20210A, enquanto que FVL não foi identificado. A 2GPI estão associados com risco para AVC na população em geral. A virtual ausência do FVL e do FII G20210A indica que não representam risco para complicações na AF na população estudada. A deficiência de AT sugere ativação da coagulação na AF, apesar de terem sido selecionados pacientes fora de crise. FVL e PM não são indicados como marcadores de risco para EVO, ou mesmo de TEV na AF. Recomenda-se pesquisa do A 2GPI IgG para risco de AVC, do polimorfismo C677T da MTHFR para risco de CVO e dosagem do fator VIII para EVO na AF
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Lesão no DNA, alterações cromossômicas e sua correlação com polimorfismos genéticos em pacientes com anemia falciforme tratados com hidroxiuréia / Injury in DNA, chromosome changes and their correlation with genetic polymorphisms in patients with sickle cell disease treated with hydroxyureaRocha, Liliane Brito da Silva January 2014 (has links)
ROCHA, Liliane Brito da Silva. Lesão no DNA, alterações cromossômicas e sua correlação com polimorfismos genéticos em pacientes com anemia falciforme tratados com hidroxiuréia. 2014. 95 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos) – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2015-10-22T15:27:04Z
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Previous issue date: 2014 / Introduction: The sickle cell anemia is the result of a point mutation in the β-globin gene, leading to a substitution of glutamic acid by valine at the sixth position of the polypeptide chain. The Hydroxyurea (HU) is the chemotherapeutic agent considered as the main pharmacologic agent capable of preventing the complications and improving the quality of life of sickle cell anemia (SCA) patients. Although HU has been associated with an increased risk of neoplasia in some patients with myeloproliferative disorders and SCA, the mutagenic and carcinogenic potential of HU has not been established. Objective: Investigate the levels of DNA damage in peripheral blood leukocytes and possible chromosomal abnormalities of bone marrow cells and correlate with the therapy with HU and with the genetic polymorphisms in patients with SCA in Fortaleza, Ceara. Methods: We analyzed 41 patients with SCA. In a second step, we selected 10 patients who had the highest levels of DNA damage. The control group was composed of 26 healthy individuals. All patients were adults of both sexes. The presence of HbS and the analysis of the haplotypes of the beta S gene cluster were done by polymerase chain reaction-restriction fragment length polymorphism (PCR-RFLP); to measure levels of DNA damage was done by comet assay; and the analysis of possible chromosomal abnormalities was done by G banding cytogenetics. The significance level was 0.05 for all tests, and data were presented as mean ± standard error of the mean (SEM). Results: The damage index (DI) in the group of patients with sickle cell anemia treated with hydroxiurea (SCAHU) was significantly higher than in controls (p < 0,001). Gender and age were not associated DNA damage in controls or SCAHU patients. In the group of SCAHU patients, DI was significantly influenced by length of HU treatment (p=0,0039) and BMI (p= 0.001). Patients with length of HU treatment ≥ 20 months and BMI ≤ 20 kg/m2 had a significantly greater DI than those with length of HU treatment < 20 months and BMI > 20 kg/m2. No influence significant of mean dose of HU was observed on DI (p=0,950), however patients who received a mean HU dose ≥ 20,0 mg/kg/day showed a higher DI than those who received < 20.0 mg/kg/day. Futhermore, an association was observed between DI damage and beta-globin gene haplotypes. DI values for the Bantu/Bantu haplotype was greater when compared to the Benin/Benin haplotype; and the Bantu/Benin haplotype had a less DI than Bantu/Bantu haplotype and greater than Benin/Benin haplotype. Any chromosomal abnormality was identified in 10 patients who showed higher levels of DNA damage. Conclusions: The result shows that the DNA damage in SCA is not only associated to treatment with HU, but in addition to genetic polymorphisms. Furthermore, was found that the presence of genotoxicity and favorable genetic polymorphism do not mean the presence of mutagenicity. / Introdução: A anemia falciforme é o resultado de uma mutação pontual (GAGGTG) no códon do gene da globina β, conduzindo a uma substituição de ácido glutâmico por valina na sexta posição da cadeia polipeptídica. A Hidroxiuréia (HU) é o quimioterápico considerado como principal agente farmacológico capaz de prevenir as complicações e aumentar a qualidade de vida dos pacientes com anemia falciforme (AF). Embora a HU tenha sido associada com um aumento do risco de neoplasias em alguns pacientes com doenças mieloproliferativas e AF, seu potencial mutagênico e carcinogênico ainda não está bem estabelecido. Objetivo: Investigar os níveis de lesão no DNA em leucócitos de sangue periférico e possíveis alterações cromossômicas em células de medula óssea e correlacioná-los com o tratamento com HU e com os polimorfismos genéticos em pacientes com AF em Fortaleza, Ceará. Metodologia: Foram analisadas amostras de 41 pacientes com AF. Em um segundo momento, foram selecionados os 10 pacientes que apresentaram os maiores níveis de lesão no DNA. O grupo controle foi composto por 26 indivíduos saudáveis. Todos os pacientes eram adultos e de ambos os sexos. A presença de HbS e a análise dos haplótipos do cluster do gene da beta-globina foram realizadas por meio da técnica da reação em cadeia mediada pela polimerase para polimorfismo dos comprimentos dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP); a determinação dos níveis de lesão no DNA foi realizada pelo teste do cometa; e a análise de possíveis alterações cromossômicas foi realizada pela técnica de citogenética por bandeamento G. O nível de significância foi de 0,05 para todos os testes, e os dados foram apresentados como média ± erro padrão da média (EPM). Resultados: O índice de dano (ID) no grupo dos pacientes com anemia falciforme tratados com hidroxiuréia (AFHU) foi significantemente maior do que no grupo controle (p < 0,001). Sexo e idade não foram associados à lesão no DNA nos controles ou pacientes com AFHU. No grupo de pacientes com AFHU, o ID foi significantemente influenciado pelo tempo de tratamento com HU (p=0,0039) e índice de massa corporal (IMC) (p= 0.001). Pacientes com tempo de tratamento ≥ 20 meses e IMC ≤ 20 kg/m2 tiveram um ID significantemente maior do que aqueles com tempo de tratamento < 20 meses e IMC > 20 kg/m2. Nenhuma diferença significante em relação à dose média diária de HU foi observada sobre o ID (p=0,950), contudo pacientes que receberam uma dose de HU ≥ 20,0 mg/kg/dia mostraram um maior ID do que aqueles que receberam < 20.0 mg/kg/dia. Além disso, foi observada uma associação entre ID e haplótipos do gene da beta-globina. Os valores de ID para o haplótipo Bantu/Bantu foram maiores quando comparados ao haplótipo Benin/Benin; e o haplótipo Bantu/Benin teve um menor ID do que o haplótipo Bantu/Bantu e maior do que o haplótipo Benin/Benin. Nenhuma alteração cromossômica foi identificada nos 10 pacientes que apresentaram os maiores níveis lesão no DNA. Conclusões: O resultado mostra que a lesão no DNA na AF não está somente associada ao tratamento com HU, mas também a polimorfismos genéticos. Além disso, foi encontrado que a presença de genotoxicidade e polimorfismo genético favorável não significam a presença de mutagenicidade.
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Modulação genética do bcl11a no perfil inflamatório, hemolítico, estresse oxidativo e nos níveis de hemoglobina fetal em pacientes com anemia falciformeMachado, Rosângela Pinheiro Gonçalves January 2015 (has links)
MACHADO, Rosângela Pinheiro Gonçalves. Modulação genética do bcl11a no perfil inflamatório, hemolítico, estresse oxidativo e nos níveis de hemoglobina fetal em pacientes com anemia falciforme. 2015. 89 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos) – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2015-10-22T16:11:43Z
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Previous issue date: 2015 / 8
ABSTRACT
Sickle cell disease (SCD) is
an autosomal hereditary hemoglobinopathies caused by
a point mutation in the beta globin gene generates an abnormal hemoglobin called
hemoglobin S (Hb S) in homozygous. The disease is characterized by presenting a
variability of symptoms, which is due to m
ultiple factors, including fetal hemoglobin
(HbF), the haplotypes of the beta globin gene and polymorphisms BCL11A gene,
among others. The assessment of genetic modulators in AF has been developed in
order to improve the understanding of its pathophysiolog
y and direct therapeutic
approach aiming his individualization. The research set out to determine the genetic
modulation of polymorphisms BCL11A gene (rs4671393, rs7557939 and rs1186868)
on the inflammatory profile, hemolytic, oxidative stress and the conc
entrations of
HbF, Hb in patients with AF, in steady state. The study was cross and analytical type
with 42 adult patients receiving outpatient treatment at the University Hospital Walter
Cantídio (HUWC), with molecular diagnostics and haplotypes of the be
ta globin gene
S previously realized. The patients were taking hydroxyurea (HU), on average 20 mg
/ kg body weight. Biological samples of peripheral blood were obtained for performing
laboratory tests: The dosages of IL
-
6 pro
-
inflammatory cytokine, IL
-
17,
TNF
-
alpha
and IL
-
10 and anti
-
inflammatory TGF
-
beta by ELISA; reticulocyte counts by the
manual method, dosage methemoglobin (MetHb) and lactate dehydrogenase (LDH)
by spectrophotometry; nitrite (NOx), malondialdehyde (MDA) serum, erythrocyte
antioxidant en
zymes catalase (CAT) and glutathione peroxidase (GPx) for kits and
spectrophotometry. Genetic polymorphisms of BCL11A gene regions, rs4671393,
rs7557939 and rs1186868 were determined by Real Time PCR. Dosages of HbF,
and HbS were performed by HPLC (High Pe
rformance Liquid Chromatography). The
data age, sex and clinical events were obtained from medical records. All statistical
analysis was performed using the free software R, in version 3.1.2. To analyze the
frequency of sex and genotype by region and assoc
iations between the type of
haplotype and clinical events with the regions of BCL11A, they used the chi
-
square
test and Fisher's exact. Held the ANOVA parametric test (obtained under
distributional assumptions), and the non
-
parametric Kruskal
-
Wallis to ana
lyze the
association of genotypes BCL11A gene with age, the levels of Hb, HbF, inflammatory
profile, hemolytic and oxidative stress. It was considered significant at the 5% level.
Most patients (57.14%) were female. The age of the included patients was 18
-
65
years, mean and median value of 35.1 and 33 years respectively. Only rs7557939 of
BCL11A, genotype A / G was the most prevalent and the prevalence of genotype A /
G was higher in women, while in men the highest prevalence was genotype A / A.
However, rs
1186868 of BCL11A, the majority (56.52%) of women had the C / T
genotype and half the men showed the T / T genotype. No BCL11A region of the
gene showed a significant association with haplotype S beta
-
globin gene Regarding
gene BCL11A modução the levels of
HbF, and HbS, it was found that there was a
significant rs1186868 results in the mutant genotype T / T, showed higher levels o Hb and lower levels of HbF. In rs7557939 there was a significant decrease in HbF in
the mutant allele A / A, however, there was
no relationship with the HbS. There was
no association between SNPs in the three regions studied, with the average number /
median of inflammatory modulators, hemolysis markers of oxidative stress and
clinical events at the level of 5% .The findings reinf
orce the hypothesis of genetic
modução of BCL11A gene polymorphisms in relation to levels of HbF, where the wild
allele, rs7557939 and rs1186868 in the regions had a protective character in
prognosis decorência of referral increased levels of HbF in patien
ts with AF study. / A anemia falciforme (AF) é uma hemoglobinopatia hereditária autossômica causada por uma mutação pontual no gene da beta globina gerando uma hemoglobina anormal denominada de hemoglobina S (HbS), em homozigose. A doença se caracteriza por apresentar uma variabilidade do quadro clínico, que se deve à múltiplos fatores, dentre eles a concentração de hemoglobina fetal (HbF), os haplótipos do gene da beta globina e os polimorfismos do gene BCL11A, entre outros. A avaliação dos moduladores genéticos na AF tem sido desenvolvida com a finalidade de melhorar o entendimento da sua fisiopatologia e direcionar a abordagem terapêutica objetivando sua individualização. A pesquisa se propôs a determinar a modulação genética dos polimorfismos do gene BCL11A (rs4671393, rs7557939 e rs1186868) sobre o perfil inflamatório, hemolítico, no estresse oxidativo e nas concentrações das HbF, HbS nos pacientes portadores de AF, em estado estacionário. O estudo foi do tipo transversal e analítico com 42 pacientes adultos, em acompanhamento ambulatorial no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), com diagnóstico molecular e haplótipos do gene da beta globina S previamente realizados. Os pacientes estavam em uso de Hidroxiuréia (HU), em média, 20mg/kg de peso corporal. Amostras biológicas de sangue periférico foram obtidas para a realização dos exames laboratoriais: as dosagens das citocinas pró inflamatórias IL-6, IL-17, TNF-alpha e das antiinflamatórias IL-10 e TGF-beta, por Elisa; contagem de reticulócitos por metodologia manual, dosagem de metemoglobina (MetHb) e lactato desidrogenase (LDH), por espectrofotometria; do nitrito (NOx), malonaldeído (MDA) séricos, as enzimas antioxidantes eritrocitárias, catalase (CAT) e da glutationa peroxidase (GPx) por kits e espectrofotometria. Os polimorfismos genéticos do gene BCL11A nas regiões, rs4671393, rs7557939 e rs1186868 foram determinados por Real Time PCR. As dosagens da HbF e HbS foram realizadas por HPLC (High Performance Liquid Chromatography). Os dados idade, sexo e eventos clínicos foram obtidos dos prontuários. Toda a análise estatística foi realizada usando o software livre R, na versão 3.1.2. Para análise da frequência do sexo e dos genótipos, por região e das associações entre o tipo de haplótipo e dos eventos clínicos com as regiões do BCL11A, foram usados os testes de Qui-quadrado e o exato de Fisher. Realizou-se o teste paramétrico de ANOVA (obtido sob suposições distribucionais), bem como o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis para a análise da associação dos genótipos do gene BCL11A com a idade, os níveis de HbS, HbF, perfil inflamatório, hemolítico e do estresse oxidativo. Foi considerado significante ao nível de 5%. A maioria dos pacientes (57,14%) era do sexo feminino. A idade dos pacientes incluídos foi de 18 a 65 anos, com valor médio e mediano de 35,1 e 33 anos, respectivamente. Somente a rs7557939 do BCL11A, o genótipo A/G foi o mais prevalente e a prevalência do genótipo A/G foi maior nas mulheres , enquanto nos homens a prevalência maior foi do genótipo A/A. No entanto, a rs1186868 do BCL11A, a maioria (56,52%) das mulheres apresentaram o genótipo C/T e a metade dos homens apresentaram o genótipo T/T. Nenhuma região do gene BCL11A apresentou associação significativa com os haplótipos do gene da beta globina S. Em relação a modução do gene BCL11A com os níveis de HbS e HbF, verificou-se que na rs1186868 houve resultado significativo do genótipo mutante T/T, que apresentou maiores níveis de HbS e menores níveis de HbF. Na rs7557939 houve uma diminuição significante de HbF no alelo mutante A/A, porém, não houve relação com a HbS. Nâo houve associação entre os SNPs, nas três regiões estudadas, com relação ao número médio/mediano dos moduladores inflamatórios, marcadores de hemólise, do estresse oxidativo e dos eventos clínicos, ao nível de 5%.Os achados reforçam a hipótese da modução genética dos polimorfismos do gene BCL11A em relação aos níveis de HbF, onde os alelos selvagens, nas regiões rs7557939 e rs1186868 apresentaram um caráter protetor no prognóstico em decorência de terem apresentado aumento dos níveis de HbF, nos pacientes com AF do estudo.
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Associação entre as manifestações clínicas em crianças com anemia falciforme e a ocorrência de cárie dentáriaCarvalho, Anderson Santos January 2014 (has links)
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Dissertação_ODONTO_ Anderson Santos Carvalho.pdf: 3585155 bytes, checksum: 5fed8b364484d6108c778cc89e79e2e9 (MD5) / Cnpq / A anemia falciforme faz parte das hemoglobinopatias hereditárias, sendo que no
Brasil há uma grande prevalência da doença e na Bahia tem uma incidência de
1:650. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é identificar os eventos da
manifestação falciforme, considerando a internação por crise falcêmica e ocorrência
de crise de dor, associados à ocorrência de cárie dentária em crianças com anemia
falciforme no estado da Bahia. O desenho de estudo foi de corte transversal tendo
como população crianças com idade entre 6 e 96 meses acompanhadas pela APAE
no período de agosto de 2007 a julho de 2008 (N = 686). Foram aplicadas
entrevistas para identificação do perfil sociodemográfico e conduzido o exame bucal
para identificar a presença de cárie dentária segundo critérios da OMS, por 3
equipes previamente treinadas e calibradas (kappa = 0,82). Foi realizada a análise
de regressão logística para análise confirmatória e estimados os IC pelo teste Wald.
Observou-se que alguns fatores podem agir como determinantes nas condições de
saúde, visto que a idade da criança, grau de instrução da mãe, renda familiar, dieta
e acesso aos serviços de saúde estiveram associados à cárie dentária no grupo
investigado. O valor de ceo-d encontrado foi de 0,89 (DP = ± 2,22) e a prevalência
de cárie foi de 21,72%, sendo que esses valores aumentaram com o avanço da
idade. Os resultados mostraram que a crise de dor e a internação estiveram
associados positivamente à cárie no grupo investigado (OR bruta = 2,11 e ajustada
= 1,24 e OR bruta = 2,50 e ajustada = 1,46 respectivamente), porém sem
significância estatística.
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Desempenho Cognitivo, Indicadores Comportamentais e Afetivo-motivacionais na Avaliação Assistida de Crianças com Anemia FalciformeLORENCINI, G. R. F. 31 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-31 / A literatura indica que a doença crônica se constitui em importante fator de risco para o desenvolvimento infantil. A anemia falciforme é a doença crônica de maior representação em nossa população. Suas complicações podem trazer múltiplos prejuízos ao indivíduo, podendo entre eles ser destacado o baixo desempenho cognitivo. Esta pesquisa teve por objetivo verificar, mediante a avaliação assistida, o desempenho de crianças com anemia falciforme, considerando tanto indicadores cognitivos quanto não-intelectuais. Participaram dessa pesquisa 12 crianças com idades entre 8 e 10 anos diagnosticadas com anemia falciforme, que frequentam o ambulatório de Hematologia Pediátrica de um hospital público de Vitória, ES. As mães das crianças também participaram do estudo e para caracterização da amostra foram aplicados os seguintes instrumentos: a) anamnese (roteiro adaptado para levantamento de informações sobre a rotina da criança, curso da doença crônica e da experiência dolorosa, interação familiar e recursos disponíveis no ambiente; b) protocolo para identificação do perfil socioeconômico familiar - Critério de Classificação Econômica Brasil; e c) avaliação da competência social e padrão de comportamento através da Lista de Verificação Comportamental, versão brasileira do Child Behavior Checklist CBCL/6-18 anos. Para a avaliação assistida foram utilizadas duas provas com gradiente de dificuldade distinto para a sua resolução, sendo aplicadas as provas Jogo de Perguntas de Busca de Figuras Diversas, em versão computadorizada (PBFD-comp), e o Subteste de Analogias da Cognitive Modifiability Battery (CMB), de David Tzuriel, tarefa de maior complexidade. Ainda, foram utilizados instrumentos específicos dessa modalidade de avaliação: protocolos de avaliação de operações cognitivas, comportamentos e fatores afetivo-motivacionais. O estudo teve como delineamento o sujeito como seu próprio controle, com medida de variação intragrupo e desempenho individual comparado em cada uma das fases da prova assistida. No que se refere aos principais dados de caracterização da amostra, a análise do CBCL indicou que a maioria foi classificada como clínica para problemas internalizantes (83,3%), com destaque para o subiten retraimento (58,3%); o mesmo padrão no escore total da escala de competência social (83,3%). Na avaliação assistida o grupo apresentou perfis diferentes em cada prova. No jogo PBFDcomp as crianças apresentaram, em sua maioria, os perfis alto escore e ganhador-mantenedor. As operações cognitivas, os comportamentos e os fatores afetivo-motivacionais foram facilitadores para a realização da prova. Assim, o grupo se beneficiou da mediação oferecida mantendo o desempenho na fase de transferência do PBFDcomp. Todavia, o mesmo não se apresentou no subteste de Analogias, com baixo desempenho para a maioria, traduzido em dificuldades para manter as estratégias de resolução de problemas, após a suspensão da assistência, bem como para generalizar as dicas para exemplos mais complexos (fase de transferência - TRF). Quanto ao processamento cognitivo, houve diminuição das operações facilitadoras ao longo da prova, principalmente na última fase, destacando-se percepção episódica e dificuldade de integrar as informações. Os comportamentos e os fatores afetivos-motivacionais foram, em geral, facilitadores, mas apresentaram uma pequena diminuição na última fase (TRF). Esses dados indicam que a maioria das crianças, no que se refere ao raciocínio analógico, requer a sistematização de novos contextos de aprendizagem para a otimização do desempenho, através de mediações estruturadas e reguladas ao seu nível de desenvolvimento. Os resultados obtidos corroboram os achados da área que indicam que a avaliação assistida se apresenta como uma modalidade prescritiva para a identificação de déficits cognitivos, sendo ferramenta auxiliar no diagnóstico psicológico, subsidiando programas de intervenção precoce para a população com anemia falciforme. Além das variáveis cognitivas, ressalta-se a importância de novos estudos que discutam a condição de vulnerabilidade dessa população para a ocorrência de problemas emocionais e comportamentais.
Palavras-chave: ... Doença Crônica; Crianças e CBCL.
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O Impacto da Dor nas Funções Executivas e sua Relação com as Estratégias de Enfrentamento em Crianças com Anemia FalciformeGARIOLI, D. S. 25 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-25 / Alterações na cognição são frequentes em portadores de doenças crônicas, devido à própria doença, à dor por ela produzida, e ao tipo de tratamento, que podem levar a uma dificuldade de funcionamento da pessoa no dia a dia. Apesar do ônus psicológico e social, ainda existem poucos estudos no país, no campo da Psicologia Pediátrica, avaliando o impacto das doenças crônicas na trajetória desenvolvimental. Considerando as doenças que atingem o sistema circulatório, a Anemia Falciforme (AF) é a mais comum. A AF, entre outras consequências, gera a oclusão dos vasos sanguíneos e o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que resultam em crises de dor constantes, sendo estas a principal causa de hospitalização. Assim, o adequado controle da dor se apresenta como indicador de qualidade de vida e de assistência para esta população, já que em portadores da AF, a dor é um fenômeno recorrente e imprevisível. Estudos apontam que a doença crônica e a dor podem levar a prejuízos na cognição, principalmente no funcionamento executivo. As funções executivas (FE) são um conjunto de processos que permite ao sujeito direcionar comportamentos a metas, avaliar a eficiência e adequação destes, resolvendo problemas, de médio ou longo prazo, mediante planejamento, controle inibitório e autorregulação das ações. Além disso, na condição da doença crônica é importante analisar as estratégias de enfrentamento (coping) mediante as quais o indivíduo lida com as situações adversas. Dessa forma, este estudo teve por objetivo geral avaliar se a dor causa algum tipo de prejuízo no desempenho cognitivo de crianças com AF, bem como analisar a relação entre as funções executivas e os tipos de coping empregados, partindo do pressuposto de que a maioria destes processos adaptativos está relacionada a tarefas cognitivas ligadas ao funcionamento executivo. Para tanto, participaram do estudo 12 crianças (8 a 10 anos), portadores de AF, atendidos em ambulatório de hematologia pediátrica de um hospital público de Vitória, ES. Foram utilizados instrumentos de mensuração da dor, do desempenho cognitivo (Teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven) e das funções executivas (Teste Wisconsin de Classificação de Cartas), além de medida das estratégias de enfrentamento da experiência dolorosa (Instrumento Informatizado de Avaliação das Estratégias de Enfrentamento da Hospitalização AEHcomp, adaptado para dor). Os dados foram analisados de forma descritiva e correlacional e apontaram para uma diminuição das crises álgicas e déficits no funcionamento executivo. As estratégias de enfrentamento mais relatas foram ruminação e solução de problemas, seguidas de reestruturação cognitiva. O fato de a estratégia ruminação apresentar-se como a mais utilizada indica que essas crianças estão concentradas em sua rotina nos aspectos negativos impostos pela doença, podendo constituir-se em fator de risco para o desenvolvimento de transtornos internalizantes. Entretanto, as demais estratégias apresentadas mostram uma busca ativa na solução de problemas, na tentativa de redirecionar o pensamento para aspectos positivos, a despeito da situação estressante. Na correlação entre variáveis foi possível verificar que as crianças que apresentaram um maior prejuízo na FE também demonstraram um maior número de estratégias de coping menos adaptativas, conforme estudos sugerem que um comprometimento das FES pode estar ligado a dificuldades na adoção de processos de coping. Novos estudos são necessários para avaliar a força dessa hipótese utilizando amostra representativa e outros instrumentos que avaliem coping e FE, aferindo com melhor precisão a relação entre as variáveis. Assim, a avaliação das funções cognitivas e dos tipos de coping mais comumente empregados poderá auxiliar na organização de intervenções mais dirigidas a populações de risco, como é o caso da anemia falciforme, diminuindo o impacto negativo da doença e da dor nas esferas emocional e cognitiva de seus portadores.
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