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O financiamento das vendas a prazo no varejo: análise econômica recente das estratégias entre redes varejistas e bancos privados com atuação no Brasil

Moraes, Marcel Castro de 30 May 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-08T14:44:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 998278 bytes, checksum: c24081b8705d99b141d3dafac6a63576 (MD5) Previous issue date: 2007-05-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research objects to analyze a very visible phenomenon in Brazilian economy in the last years: the strategy alliances between the retail commerce and the financial institutions. Starting from an analysis based on the theory of the financial capital from Rudolph Hilferding and in the conception of credit by the view of Joseph Stiglitz, the possible determinant factors for the consolidation of the phenomenon are discussed. It is important to emphasize that, although the study investigates two factories with different economics activities, retail commerce and banks, the emphasis of the analysis is given to that first sector and not to the last one. The sample of retail dealer chains analyzed is formed by 28 (twenty eight) firms of the sector, where 17 (seventeen) of these companies provided not only information related to the strategic alliances established with banks, but also indicated financial data related to the activity of borrowing offer and/or selling financing to the consumer public. It was verified than, that according to the collected information with the investigated sample, two factors had fundamental relevance to the consolidation of the alliances: the compromise of capital and the risk related to the offer of credit from the retail dealer chains. / Esta pesquisa objetiva analisar um fenômeno bastante observável na economia brasileira nos últimos anos: as alianças estratégicas entre o comércio varejista e instituições financeiras. Partindo de uma análise fundamentada na teoria do capital financeiro de Rudolf Hilferding e na concepção de crédito sob a ótica de Joseph Stiglitz são discutidos os possíveis fatores determinantes para a consolidação do fenômeno. É importante salientar que, embora o estudo investigue duas indústrias com atividades econômicas distintas, isto é, comércio de varejo e bancos, a ênfase da análise é dada sobre aquele primeiro setor e não a este último. A amostra de cadeias varejistas analisadas é formada por 28 (vinte e oito) redes do setor, onde 17 (dezessete) dessas empresas forneceram não só informações vinculadas às alianças estratégicas estabelecidas com bancos, mas também evidenciaram dados financeiros vinculados à atividade de oferta de empréstimos e/ou financiamento de vendas ao público consumidor. Verificou-se então que, de acordo com as informações colhidas pela amostra investigada, dois fatores foram de fundamental importância para a formalização das alianças: o comprometimento de capital e o risco associado à oferta de crédito por parte das redes de varejo.
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[en] THE IMPACT OF THE FOREIGN BANK ENTRY ON THE PERFORMANCE OF BRAZILIAN PRIVATE BANKING / [pt] O IMPACTO DA ENTRADA DOS BANCOS ESTRANGEIROS NO DESEMPENHO DOS BANCOS PRIVADOS NACIONAIS

FLAVIO BITTER 19 March 2004 (has links)
[pt] A atual literatura empírica sobre a entrada de bancos estrangeiros e seus efeitos nos mercados domésticos e diversos estudos de casos conduzidos em diferentes países demonstram que a entrada de bancos estrangeiros em mercados domésticos provoca impactos negativos na performance dos bancos nacionais. Basicamente, por força do aumento da estrutura de concorrência no mercado e por práticas bancárias superiores introduzidas pelos bancos estrangeiros, os bancos domésticos são obrigados a reduzir suas margens (spread) e níveis de rentabilidade, a aumentar a oferta de crédito, a melhorar sua eficiência operacional e a aumentar o risco de crédito, entendido pelo aumento das provisões para inadimplência. Utilizando dados bancários de 11 bancos privados nacionais brasileiros para períodos semestrais de dezembro/1994 a dezembro/2002 e conduzindo regressões em painel e regressões lineares multivariadas para os dados agregados da amostra, o estudo busca evidenciar a existência de uma relação estatisticamente significante entre as variáveis de desempenho e a entrada dos bancos estrangeiros. Contradizendo a evidência empírica apresentada pela literatura internacional, este trabalho demonstra que, no Brasil, a entrada dos bancos estrangeiros estimulada pela liberalização da economia e da legislação após o plano Real, teve pouca influência no desempenho dos bancos privados nacionais. Os resultados estatísticos sugerem que um aumento da participação de bancos estrangeiros acarreta maior rentabilidade, menor eficiência operacional e aumento do risco de crédito para os bancos privados nacionais. / [en] Current empirical literature concerning foreign bank entry and case studies conducted in different countries, shows that the foreign bank entry causes negative impact on their domestic competitors performance. Basically, due to the improvement of the competitive market structure and better banking practices introduced by foreign banks, the domestic competitors are compelled to reduce their level of profitability and net interest margin (spreads), enlarge their credit intermediation, improve their operational efficiency, and increase their amount of risk, resulting in higher loan loss provisioning. By using semestral data from 11 private Brazilian banks during the period of 1994 - 2002, and conducting panel regressions and linear multivariate regression for the aggregate data of the sample, this work aims at offering evidence of a statistic relationship between the extent of foreign entry and ownership in the Brazilian private banking performance. This work show that in Brazil, the foreign bank entry, stimulated by the economic liberalization of the Real Plan and reforms taken under the legislative framework, had little impact on the Brazilian private bank performance, which contradicts the empirical evidence in the literature. Estimation results suggest that an increase in the share of foreign banks leads to higher profitability, lower operational efficiency and higher loan loss provisioning of domestic private banks.
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Análise dos fatores que influenciam o desempenho dos gerentes de relacionamento em um banco privado brasileiro

Silva, Mateus Arbo Martins da 28 March 2014 (has links)
Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-07-09T16:39:32Z No. of bitstreams: 1 Mateus Arbo Martins da Silva.pdf: 603220 bytes, checksum: 903ed791520d27c78ff4e35fc3ad2852 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-09T16:39:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mateus Arbo Martins da Silva.pdf: 603220 bytes, checksum: 903ed791520d27c78ff4e35fc3ad2852 (MD5) Previous issue date: 2014-03-28 / Nenhuma / A presente pesquisa buscou uma verificação dos principais fatores influenciadores do desempenho dos gestores de relacionamento do setor privado bancário brasileiro. Embasado em estudos anteriores, foram elencados como possíveis fatores influenciadores do desempenho dos gerentes bancários: redução do conflito de interesses, empowerment, redução da complexidade, concessões, realizar o serviço certo da primeira vez, relacionamento, conservadorismo, migração para serviços automatizados, treinamento e experiência na área financeira. Tendo em vista a importância do setor privado neste segmento, que entre as seis principais instituições gerencia R$ 4 trilhões em ativos, o estudo investigou fatores que geram desempenho e buscou o impacto de suas relações com as variáveis: rentabilidade, inadimplência e desempenho atitudinal. A instituição bancária que foi objeto deste estudo tem capital 100% nacional e atua entre os líderes de mercado, com mais de 5.000 agências e 100.000 funcionários. A survey foi realizada através do envio de questionários, onde 288 gerentes localizados no estado do Rio Grande do Sul responderam questões referentes aos construtos. Os resultados apontaram que sete dos dez construtos tiveram influência no desempenho dos gerentes: conflito de interesses, concessões, realizar o serviço certo da primeira vez, o uso do empowerment, conservadorismo, migração para serviços automatizados e treinamento. Foi possível, portanto, descrever um modelo próprio e realizar um comparativo com modelo prévio, baseado nos mesmos construtos, porém, no contexto bancário de economia mista. / The present research aimed to verify the main factors that influence relationship managers’ performance in the brazilian banking private sector. Based upon previous studies, there were listed as possible factors that influence the performance of bank managers: reduction of interest conflict, empowerment, reduction of complexity, concessions, performing the service correctly at the first time, relationship, conservatism, migration for automated services, training and experience in finances area. Given the importance of the private sector in this segment, which among the six major institutions, manage R$ 4 trillion in assets, this study investigated factors that create performance and sought for the impact of its relations with the variables: profitability, default and attitudinal performance. The banking institution, which was the object of this study, is 100% national capital and operates among the market banking leaders, with more than 5.000 branches and 100.000 employees. The survey was made by sending questionnaires, in which 288 managers located in the state of Rio Grande do Sul answered questions regarding the constructs. The results pointed that seven out of ten constructs had the influence in the managers’ performance: interest conflict, concessions, performing the service correctly at the first time, the use of empowerment, conservatism, migration for automated services and training. For this present study, it was, therefore, possible to describe a particular model and make a comparison with the previous model, based on the same constructs, however, in the banking context of mixed economy.
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[en] PRIVATIZATION AND LIQUIDATION OF STATE-OWNED BANKS: IMPACTS OVER COMPETITIVENESS IN THE BRAZILIAN CREDIT MARKET / [pt] PRIVATIZAÇÕES E LIQUIDAÇÕES DE BANCOS OFICIAIS: IMPACTOS SOBRE ACOMPETITIVIDADE DO MERCADO DE CRÉDITO BRASILEIRO

DANIEL FERREIRA LIMA 01 September 2005 (has links)
[pt] Um argumento comum contra as privatizações de bancos oficiais é que elas elevam o spread bancário, por reduzirem a pressão competitiva sobre bancos privados. Este artigo demonstra, porém, que bancos oficiais podem inibir a competição entre bancos privados, tornando ambíguo o impacto das privatizações sobre o spread. Para avaliar esta ambigüidade, determinamos o impacto das 20 privatizações e liquidações de bancos oficiais, ocorridas entre 1996 e 2001, sobre preços de ações negociadas na BOVESPA. Identificamos que não houve perda de valor para as empresas mais endividadas e que, apesar das privatizações terem aumentado o valor de mercado de um dos maiores bancos privados brasileiro (Banco Real), os preços de outros bancos privados caíram. Esta evidência favorece à hipótese de que os bancos oficiais inibiam a competição entre os bancos privados. / [en] A common argument against privatizations of state-owned banks is that it leads to larger interest rates, through the riddance of competitive pressure over private banks. This paper demonstrates that state- owned banks also can prevent a high competition between private-owned banks. The impact of privatizations over oligopolistic credit markets is, therefore, an empirical question. In order to answer this question, we studied the 20 Brazilian banks privatizations during the second half of 90`s using stock returns. We could not identify negative changes in value for the most leveraged public firms. Furthermore, while only one large Brazilian private bank (Banco Real) benefited from the privatizations, other private banks lost market value. These findings are consistent with the hypothesis that privatizations lower spreads by fostering competition in the credit markets.
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[en] THREE ESSAYS ABOUT APPLIED MICROECONOMICS OF BANKING / [pt] TRÊS ENSAIOS SOBRE MICROECONOMIA BANCÁRIA APLICADA

CHRISTIANO ARRIGONI COELHO 19 June 2008 (has links)
[pt] Esta tese de doutorado está dividida em três ensaios que têm como característica comum a análise de questões empíricas sobre o sistema bancário brasileiro. No primeiro ensaio, a estrutura concorrencial do mercado bancário brasileiro é estudada com o objetivo de avaliar se bancos públicos têm maior ou menor efeito competitivo vis-à-vis bancos privados. Para isso, utiliza-se metodologia de Bresnahan e Reiss (1991) para se estudar competição em mercados locais concentrados. Encontra-se robusta evidência empírica de que bancos públicos têm menores efeitos competitivos do que os bancos privados. No segundo ensaio, estuda-se o efeito da disseminação de uma nova modalidade de crédito no Brasil, o crédito consignado. Nesse tipo de crédito há uma colateralização total através da dedução do pagamento do empréstimo diretamente do salário do devedor. Para conseguirmos medir adequadamente o efeito da introdução da nova modalidade, utilizamos um outro tipo de modalidade de crédito, crédito para a aquisição de veículos, como grupo de controle. Os resultados mostram uma forte queda da taxa de juros e um expressivo aumento do volume de crédito, o que indica que a introdução do crédito consignado teve forte efeito sobre o mercado de crédito no Brasil. No terceiro ensaio, estuda-se a relação entre política monetária e o mercado de crédito bancário. A literatura internacional, tanto empírica como teórica, mostra que o mercado de crédito poderia ter importante papel como amplificador de choques de política monetária. Nesse estudo, o foco será o mercado de crédito bancário e o que a literatura convencionou chamar de canal de crédito bancário. Utilizando uma nova estratégia de identificação, baseada em um estudo de evento em torno da reunião do comitê de política monetária quando decidindo sobre a taxa básica de juros a vigorar na economia, mostra-se que não há evidência do canal de crédito bancário no Brasil. Apesar de o efeito direto da taxa básica de juros sobre o volume e a taxa de juros do crédito ter sido significativo, não se pode relacioná-lo ao canal de crédito bancário, uma vez que bancos menores e/ou menos líquidos não reagem mais a choques de política monetária do que os bancos maiores e/ou mais líquidos. / [en] This PhD thesis is divided in three essays on empirical microeconomics of banking. The first essay evaluates the competitive impact of public banks vis-à-vis private ones. A methodology based on Bresnahan and Reiss (1991) is used to access competition in local concentrated markets. We find robust evidence that, relative to private banks, state- owned banks are anti-competitive. In the second essay the introduction of a new type of credit, the payroll loans, is analyzed. In this type of credit there is a complete collateralization of the debt through the direct withdrawal of the loan payment from the debtor`s salary. In order to properly measure this effect we used another type of credit, automobile loans, as control group. Results show a statistical and economic significant reduction of interest rate and increase of credit volume, which show that the creation of payroll loans had strong effect on the Brazilian credit market. In the third chapter I study the relation between monetary policy and banking credit market. The international literature, both theoretical and empirical, suggests that credit markets could have important role in the amplification of monetary policy shocks. In this essay I focus on the banking credit market and what literature calls banking lending channel. Using a new identification strategy, based on an event study around monetary policy committee reunion setting the basic interest rate target, I find no evidence of banking lending channel in Brazil. Despite the significant direct effect of basic interest rate on credit interest rate and volume, there is no link between this effect and the banking lending channel, since smaller and/or less liquid banks do not react more to the monetary policy shocks than bigger and/or more liquid banks.
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Justiça organizacional e estresse no trabalho: um estudo com colaboradores do setor bancário de Santa Maria / Organizational justice and stress at work: a study with employees of the banking sector in Santa Maria

Gomes, Tarízi Cioccari 02 April 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this study was to analyze the relationship between the perception of organizational justice and job stress on employees of public and private banking sector in Santa Maria. Therefore, the theoretical background focused on organizational justice and stress, with emphasis on work. A survey was conducted on 339 bank employees - 224 from public sector and 115 from private. A questionnaire was structure with sociodemographic questions and the instruments used were the Perception of Organizational Justice Scale (MENDONÇA et al., 2003), the Job Stress Scale (KARASEK, 1985; THEORELL, 1988; ALVES et al., 2004) and the reduced version of Effort-Reward Imbalance Scale (SIEGRIST et al., 1996, 2009; CHOR et al., 2008). Data were described using descriptive statistics, Cronbach alpha indicator, normality tests, Mann-Whitney test, Kruskal-Wallis test, chi-square test, and Correspondence Analysis. Regarding the population, the profile of the respondents is the majority is married, receives monthly compensation above 10 minimum wages, is graduate, has never received a stress diagnosis, or medications used for this purpose. Concerning organizational justice, it was found that employees of private banks perceive higher justice than employees of public banks and justice scored higher in the interactional dimension in both sectors. Analysis of the Demand-Control Model of Job Stress Scale in the data of respondents from public sector revealed that 24.55% of respondents are in the "low distress" (ideal condition) and 37.40% fit in this situation in private banks. Social support was considered low for 66.52% of the respondents from public banks, indicating the effects of stress at work, and it was assessed as high for 60% of employees in private banks, what can mitigate the damage of stress. Regarding the Model Scale Effort-Reward Imbalance, 77.23% of respondents from public banks and 57.39% from private sector showed imbalance between high effort spent at work and the reward received. However, in the public sector, the consequences of stress might be reduced, because the excess of commitment was considered low for 54.91% of the respondents, whilst in the private sector, the variable was perceived as high for 51.30 % what can maximize the damage caused by stress. Regarding the scales of Demand-Control and Effort-Reward Imbalance, individuals from the public banks were more exposed to work stress and consequently showed higher risk of mental illness. According to the results, in public sector, perceptions of distributive, procedural and interactional justice showed significant relationships with the dimensions control and social support. Moreover, in private banks, the perceptions of distributive, procedural and interactional justice were associated with the dimensions of psychological demands and social support. Furthermore, in both sectors, all three dimensions of justice were related to the size reward. High perceptions of justice (distributive, procedural and interactional), "low distress" and "low DER" showed significant associations among them. Relationships among low perceptions of organizational justice (distributive, procedural and interactional) and "high distress" and "high DER" were also identified. Solely in public sector, low perceptions of distributive, procedural and interactional justice showed relationship with "passive job". Furthermore, the results of this research reveal that the perceived justice of employees contributes to the way of dealing with work situations and the factors that lead to stress, such as psychological demands and control, effort spent and the reward received. / O objetivo dessa pesquisa foi analisar a relação entre a percepção de justiça organizacional e o estresse no trabalho em colaboradores do setor bancário público e privado de Santa Maria. Desse modo, o referencial teórico abordou os temas justiça organizacional e o estresse, com enfoque no estresse no trabalho. Realizou-se uma pesquisa descritiva, com estratégia do tipo survey. A população pesquisada foi 339 colaboradores bancários, sendo 224 do setor público e 115 do privado. Aplicou-se um questionário estruturado, contendo dados sociodemográficos. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Percepção de Justiça Organizacional (MENDONÇA et al., 2003), a Escala de Estresse no Trabalho ou Job Stress Scale (KARASEK, 1985; THEÖRELL, 1988; ALVES et al., 2004) e a versão reduzida da Escala Desequilíbrio Esforço-Recompensa (SIEGRIST et al., 1996, 2009; CHOR et al., 2008). Os dados foram descritos por meio de estatística descritiva, indicador alfa de Cronbach, testes de normalidade, teste Mann-Whitney, teste Kruskal-Wallis, teste Qui-Quadrado e Análise de Correspondência. Pode-se verificar, em relação ao perfil dos colaboradores, que a maioria é casado, recebe remuneração mensal acima de 10 salários mínimos, possui ensino superior, não obteve diagnóstico de estresse, nem utilizou medicamentos para esse fim. Quanto à justiça organizacional, verificou-se que os colaboradores de bancos privados percebem maior justiça do que os de bancos públicos e que em ambos os setores foi identificada maior justiça na dimensão interacional. A análise do modelo Demanda-Controle da Escala de Estresse no Trabalho em bancos públicos constatou que 24,55% dos pesquisados encontram-se no baixo desgaste (estado ideal) e 37,40% enquadraram-se nessa situação em bancos privados. O apoio social foi considerado baixo para 66,52% dos pesquisados de bancos públicos, o que pode estar destacando os efeitos do estresse no trabalho, e avaliado como alto para 60% dos colaboradores de bancos privados, podendo amenizar os danos do estresse. Em relação ao modelo da Escala Desequilíbrio Esforço-Recompensa, 77,23% dos respondentes de bancos públicos e 57,39% de privados apresentaram alto desequilíbrio entre o esforço gasto no trabalho e a recompensa recebida. Contudo, no setor bancário público, as decorrências do estresse podem estar sendo reduzidas, pois o excesso de comprometimento foi considerado baixo para 54,91% dos respondentes, enquanto que, no setor bancário privado, essa variável foi percebida como alta para 51,30%, podendo maximizar os danos causados pelo estresse. Dessa forma, os indivíduos pertencentes aos bancos públicos apresentaram maior exposição ao estresse no trabalho e consequentemente maior risco de adoecimento psíquico, quando considerados os modelos Demanda-Controle e Desequilíbrio Esforço-Recompensa. De acordo com os resultados, em bancos públicos, as percepções de justiça distributiva, processual e interacional apresentaram relações significativas com as dimensões controle e apoio social. Por outro lado, em bancos privados, as percepções de justiça distributiva, processual e interacional se associaram com as dimensões demanda psicológica e apoio social. Além disso, nos dois setores pesquisados, as três dimensões de justiça se relacionaram com a dimensão recompensa. Pode-se perceber ainda que as altas percepções de justiça (distributiva, processual e interacional), o baixo desgaste e o baixo DER apresentaram significativas associações entre si. Foram identificadas também relações entre as baixas percepções de justiça organizacional (distributiva, processual e interacional) e o alto desgaste e o alto DER . Em bancos públicos as baixas percepções de justiça distributiva, processual e interacional apresentaram relações com o trabalho passivo dos colaboradores. Com isso, os resultados dessa pesquisa evidenciam que a percepção de justiça dos colaboradores contribui para a maneira de lidar com as situações de trabalho e, assim, com os fatores que levam ao estresse, como a demanda psicológica e o controle, o esforço gasto e a recompensa recebida pelo trabalho desempenhado.

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