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Uma "alegria difÃcil": A paixÃo segundo G.H., de Clarice Lispector / Une "joie diffÃcile": La passion sÃlon G.H., de Clarice LispectorWesclei Ribeiro da Cunha 27 May 2009 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Cette Dissertation a lâintention de vÃrifier la consolidation dâun nouveau style dâÃcriture, rÃsultant du processus de formation littÃraire et culturelle de Clarice Lispector (1920-1977), surtout concernant lâappropriation et la transformation des lectures faites par elle mÃme, pour lâanalyse et lâinterpretation de La passion selon G.H.(1964). Dans ce travail, nous prÃsentons le contexte oà lâunivers fictionnel clariceano sâinsÃre, basà sur les critiques de lâoeuvre ÃtudiÃe dâaprÃs les catÃgories âchamps littÃraireâ et âcontexteâ alliÃs aux idÃes de la âparatopie de lâÃcrivainâ et des âtribusâ littÃraires, catÃgories developpÃes, par Pierre Bourdieu, dans Les RÃgles de lâArt (1996) et Dominique Maingueneau, dans lâoeuvre Le contexte de lâoeuvre littÃraire (2001), afin de comprendre et discuter la condition de lâÃcrivaine face au combat dâidÃes entre les forces des ideologies, les forces historiques, philosophiques, littÃraires, en conflit tout au long de sa crÃation. A partir des lectures de Clarice Lispector, nous mettons en Ãvidence lâ influence de la lecture de lâoeuvre Les loups des Steppes (1927), de Hermann Hesse et Crime et Chatiment (1866), de Fiodor Dostoievski, utilisant les processus mÃthodologiques dâanalyse et dâinterpretation comparatives, pour scruter sur la mise en prÃsence de lâÃcrivaine face à la ligne dominante do roman brÃsilien, marquÃ, principalment, par le biais sociologique, comprenant la poÃtique clariceana dans une continuitÃ, dans une tradition. Nous reflechissons à propos des dÃbordements du processus de desappropriation de lâÃcrivain, en ce qui concerne les relations intrapoÃtiques et le conflit entre sa poÃtique et la tradition littÃraire brÃsilienne sous le concept de Harold Bloom, dans Lâangoisse de lâinfluence(1991). Nous proposons une analyse oà lâauteur a surmontà lâinfluence des lectures, et a crÃee une nouvelle oeuvre, comme lâexpression dâun auteur âautonomeâ, sous les categories style, langage et Ãcriture chez Barthes, avec âLe degrà zÃro de lâÃcritureâ (1953) et âLe bruissement de la langueâ (1977) et nous attestons lâimportance des outils intertextuels en parodie dans le processus de desappropriation poÃtique. Alors, câest remarquable dans la tessiture poÃtique de La passion sÃlon G.H. lâaction de contester, la dÃcouverte dâautres modes de lecture de la realitÃ, et aussi la faÃon de problÃmatiser la construction du texte mÃtaphÃrique, a ravers la via crucis imanentiste, de lâÃtre et du langage, âlâeffort humainâ de Clarice Lispector, sa passion: une âjoie diffÃcileâ. Ce travail intÃgre la recherche âHistoires de Lecture: BibliothÃques Personnellesâ, qui appartient au Groupe de Recherche â Les spaces de la Lecture:  Canons et BibliothÃques Â, sous la direction de la professeure. D.a. Odalice de Castro Silva, du Programme de PÃs-Graduation en LettresâSecteur LittÃrature BrÃsilienne, de lâUniversità FÃderale du CearÃ. / A presente DissertaÃÃo pretende verificar a consolidaÃÃo de um novo estilo de escrita, resultante do processo de formaÃÃo literÃria e cultural de Clarice Lispector (1920-1977), sobretudo no que concerne à apropriaÃÃo e transformaÃÃo de leituras realizadas por ela, para anÃlise e interpretaÃÃo de A paixÃo segundo G.H.(1964). Para tanto, apresentaremos o contexto em que se insere o universo ficcional clariceano, sedimentado por uma fortuna crÃtica da obra em estudo, a partir das categorias âcampo literÃrioâ e âcontextoâ, juntamente com as idÃias de âparatopia do escritorâ e âtribosâ literÃrias, categorias desenvolvidas, respectivamente, por Pierre Bourdieu, com As regras da arte (1996) e Dominique Maingueneau, com O contexto da obra literÃria (2001), a fim de compreender e discutir a condiÃÃo da escritora em face do embate de forÃas ideolÃgicas, histÃricas, filosÃficas, literÃrias, em conflito ao longo da elaboraÃÃo de sua obra. Dessa forma, faremos um levantamento de leituras de Clarice Lispector e destacaremos as influÃncias de leitura exercidas pelas obras O lobo da estepe (1927), de Hermann Hesse e Crime e Castigo (1866), de Fiodor Dostoievski, utilizando os processos metodolÃgicos de anÃlise e interpretaÃÃo comparativas, para, com isso, investigar o confronto da escritora com a linha dominante do romance brasileiro, marcado, principalmente, pelo viÃs sociolÃgico, compreendendo a poÃtica clariceana numa continuidade, uma tradiÃÃo. Refletiremos, com isso, acerca dos desdobramentos do processo de desleitura da escritora, no tocante Ãs relaÃÃes intrapoÃticas, bem como quanto ao confronto de sua poÃtica com a tradiÃÃo literÃria brasileira, sob a concepÃÃo de influÃncia do crÃtico Harold Bloom, em A AngÃstia da influÃncia (1991) e O mapa da desleitura (1995). Pretendemos, assim, fazer uma anÃlise da superaÃÃo das influÃncias de leituras, a partir da qual podemos perceber a construÃÃo de uma nova obra, como expressÃo de uma autoria âautÃnomaâ, sob as categorias estilo, linguagem e escritura, na concepÃÃo barthesiana, com O grau zero da escrita (1953) e O rumor da lÃngua (1977), bem como verificaremos a importÃncia do recurso intertextual parÃdico, nesse processo de desapropriaÃÃo poÃtica. Portanto, à mister à tessitura poÃtica de A paixÃo segundo G.H. a contestaÃÃo, a descoberta de novas possibilidades de leitura da realidade, como tambÃm podemos verificar uma problematizaÃÃo de como se engendra a construÃÃo do texto metafÃrico, por meio de uma via crucis imanentista, do ser e da linguagem, o âesforÃo humanoâ de Clarice Lispector, a sua paixÃo: uma âalegria difÃcilâ. Este trabalho integra a pesquisa âHistÃrias de Leitura: Bibliotecas Pessoaisâ, sob a CoordenaÃÃo da ProfÂ. DrÂ. Odalice de Castro Silva, do Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Letras â Literatura Brasileira, da Universidade Federal do CearÃ.
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A formaÃÃo literÃria e intelectual de Graciliano Ramos / La trajectoire littÃraire et intelectuelle de Graciliano RamosAntonia Varele da Silva Gama 19 June 2008 (has links)
Estudar a trajetÃria literÃria e intelectual de Graciliano Ramos implica reconhecer os diversos estudos realizados sobre a obra literÃria do escritor e sobre ele, a fim de compreendÃ-lo inicialmente como leitor. Neste aspecto, a contextualizaÃÃo histÃrica do perÃodo em que viveu e compÃs sua produÃÃo à necessÃria, pois auxilia na reconstruÃÃo do itinerÃrio percorrido por ele, dos espaÃos de convivÃncia, das pessoas com as quais ele se relacionou e das preferÃncias de leitura. Por isso, esta pesquisa propÃe-se repensar esse percurso de Graciliano Ramos à luz de categorias campo literÃrio, presente em As regras da Arte (1996), de Pierre Bourdieu, paratopia e contexto em O contexto da obra literÃria (1995), de Dominique Maingueneau, leitura em O que à leitura (1981), de Maria Helena Martins, na tentativa de discutir o processo de formaÃÃo do escritor com base em InfÃncia (1945), Linhas Tortas (1962) e MemÃrias do CÃrcere (1953), com o objetivo de compreender alguns elementos importantes para a escrita dessas obras. Esta pesquisa aborda tambÃm o conceito de influÃncia, cunhado por Harold Bloom em A AngÃstia da InfluÃncia (1991), e estilo e escritura propostos por Roland Barthes em O grau zero da escritura (1953). Esses conceitos serÃo analisados com base no processo de formaÃÃo intelectual e literÃria de Graciliano Ramos, nas pessoas que contribuÃram para que ele exercesse determinados cargos em repartiÃÃes pÃblicas, os quais proporcionaram a construÃÃo de sua carreira literÃria, como tambÃm influenciaram a publicaÃÃo dos romances CaetÃs (1933), S. Bernardo (1934), e AngÃstia (1936). Dessa forma, o trabalho A FormaÃÃo LiterÃria e Intelectual de Graciliano Ramos dividiu-se em cinco capÃtulos: A ConstruÃÃo de um EspaÃo LiterÃrio, A FormaÃÃo Inicial de Graciliano Ramos, Linhas Tortas na TrajetÃria LiterÃria de Graciliano Ramos, MemÃrias do CÃrcere: surge o romancista, A RelaÃÃo de Graciliano Ramos com seus precursores: Estilo, Escritura, InfluÃncia. Assim, organizou-se um mapa dos deslocamentos realizados por Graciliano Ramos durante a construÃÃo de sua trajetÃria intelectual e literÃria, tornando-se um dos escritores mais importantes e estudados da Literatura Brasileira.
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O leitor Gerardo Mello MourÃo / The reader Gerardo Mello MourÃoLÃcia Maria Alves Maia de Oliveira 26 November 2008 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / O imaginÃrio e as inclinaÃÃes estÃticas dos escritores estÃo inseridos no contexto histÃrico e cultural que os envolve. Mas, alÃm de vivenciar as tensÃes sociais de seu tempo, o escritor busca sua autonomia como criador literÃrio absorvendo e reinterpretando a tradiÃÃo. Assim, na anÃlise do projeto literÃrio de Gerardo Mello MourÃo (8.1.1917 - 9.3.2007) esboÃamos, inicialmente, um painel histÃrico e cultural do perÃodo de criaÃÃo de sua obra O Valete de Espadas (1960). Essa investigaÃÃo recebe a orientaÃÃo teÃrico-crÃtica de: AntÃnio CÃndido, Literatura e Sociedade (2000), Wilson Martins, HistÃria da Intelectualidade Brasileira (1996), Gilberto de Mello Kujawski, A Crise do SÃculo XX (1991), Vitor Manuel de Aguiar e Silva, Teoria da Literatura (1973) e os pressupostos discursivos de Pierre Bourdieu, As Regras da Arte (2005) e Dominique Maingueneau, O Contexto da Obra LiterÃria (2001). AlÃm disso, investigamos as correntes filosÃficas e estÃticas do perÃodo, que se inter-relacionam com o posicionamento crÃtico do escritor acerca do mundo que o rodeia e com sua concepÃÃo de escrita literÃria. à luz de categorias teÃricas como âDesleituraâ (Harold Bloom) e âIntertextualidadeâ (Julia Kristeva), examinamos, no 2 capÃtulo, a obra literÃria e crÃtica, as entrevistas e os discursos de Gerardo Mello MourÃo, com o intuito de apreendermos um diÃlogo criativo com a tradiÃÃo. Nessa anÃlise, as obras crÃticas que embasaram nossa reflexÃo foram: A AngÃstia da InfluÃncia (1991) e Um Mapa da Desleitura (1995) de Harold Bloom e Palavras da CrÃtica (1992), organizada por Josà Luis Jobim. Na etapa final da pesquisa, observamos os encontros discursivos que Gerardo Mello MourÃo mantÃm com outros escritores, na busca por um espaÃo de enunciaÃÃo autÃnoma. / The writerâs imaginary and aesthetical inclinations are inserted in the historical and cultural context which involves them. However, besides experiencing the social tensions of his time, the writer searches for his autonomy as a literary creator, absorbing and reinterpreting the tradition. Thus, in the analysis of literary project of Gerardo Mello MourÃo from (Jan., 8th, 1917 to March, 9th 2007), we outline firstly, a historical and cultural panel of the period his work was created with O Valete de Espadas (1960). Such investigation receives the theoretical critical orientation of Antronio Candidoâs, Literature and Society (2000), Wilson Martinsâ, HistÃria da Intelectualidade Brasileira (1996), Gilberto de Mello Kujawskiâs, A Crise do SÃculo XX (1991), Vitor Manuel de Aguiar e Silvaâs, Teoria da Literatura (1973) Pierre Bourdieuâs discussive pressuposition, The Rules of Art (2005) and Dominique Maingueneau with The context of the Literary work (2001). Moreover, we investigated the philosophical and aesthetical tendency of the period which interrelates with the writerâs critical positioning regarding the world around him as well as with his notion about literary writing. At the light of theoretical categories such as âMisreadingâ (Harold Bloom) and intertextuality (Julia Kristeva), we inquired into the 2nd chapter, the literary and critical work, Gerardo Melo MourÃoâs interviews and speeches with the purpose of learning about a dialogue which is creative and traditional. In such analysis, the critical writings which were base for our reflexions were: A AngÃstia da InfluÃncia (1991) and Um Mapa da Desleitura (1995) by Harold Bloom as well as Palavras da CrÃtica (1992), organized by Josà Luis Jobim. In the final part of the research we observed the discursive intercourse that Gerardo MourÃo keeps with other writers searching for a space of autonomous emancipation.
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Luigi Pirandello: tensÃes e conflitos em Um, nenhum e cem mil / Luigi Pirandello, the tensions and conflicts in Um, nenhum e cem milTerezinha Marta de Paula Peres 03 May 2011 (has links)
nÃo hà / Esta pesquisa, intitulada Luigi Pirandello: TensÃes e Conflitos em Um, nenhum e cem mil (1926), pretende discutir como o escritor italiano Luigi Pirandello (1867-1936) participou das tensÃes sociais de sua Ãpoca, como se deram seus deslocamentos geogrÃficos, que implicam em relacionar o autor ao processo histÃrico de seu tempo; sua formaÃÃo intelectual e como aconteceu sua trajetÃria em busca de uma posiÃÃo como escritor dentro do âcampo literÃrioâ. Para realizar esta investigaÃÃo, contamos com o apoio teÃrico de Pierre Bourdieu, em As regras da arte (1996), e Dominique Maingueneau, em O contexto da obra literÃria (1991), com o propÃsito de compreender em que circunstÃncias o autor compÃs sua obra. Pretendemos tambÃm verificar as relaÃÃes de interaÃÃo do autor com a sociedade de seu tempo, no tocante aos costumes, Ãs crenÃas, Ãs tradiÃÃes e, principalmente, Ãs relaÃÃes de interaÃÃo com obras tradicionais, no intuito de averiguar suas experiÃncias como leitor, a absorÃÃo que fez dessas leituras e de que maneira as interpretou e as recriou em sua arte literÃria. Para um melhor entendimento sobre o processo de compreensÃo do autor, em relaÃÃo à tradiÃÃo, discutiremos os conceitos de âinfluÃnciaâ e âdesleituraâ, sob o apoio teÃrico de Harold Bloom, em A angÃstia da influÃncia (1991), bem como de Sandra Nitrini, em Literatura Comparada (2010). Como conclusÃo da pesquisa, analisamos o posicionamento de Luigi Pirandello como romancista, a partir de Um, nenhum e cem mil (1926), como superou seus precursores e como elaborou uma nova obra, na qual se identifica um estilo novo de fazer Literatura. Para essa anÃlise, contamos com o apoio teÃrico de Roland Barthes, em O grau zero da escritura (1993), de Harold Bloom, em Um mapa da desleitura (1995), de Arcangelo Leone de Castris, em Storia di Pirandello (1978), entre outros, com a intenÃÃo de discutir os caminhos do escritor, atravÃs dos mÃtodos analÃtico, descritivo, interpretativo e comparativo, para uma melhor compreensÃo da construÃÃo de uma nova poÃtica, a qual confere a Luigi Pirandello uma voz diferente na Literatura Ocidental, no sÃculo XX e entre seus leitores atuais. / The present research, entitled Luigi Pirandello, the tensions and conflicts in Um, nenhum e cem mil (1926), aims at discussing how the Italian writer Luigi Pirandello (1867 -1936) took part in the social tensions of his time, how his geographic moves occurred, moves which imply in relating the author to the historic process of his time as well as his intellectual formation and how his search for a place in the intellectual world happened. For carrying on this investigation, we counted on the help of Pierre Bourdieu in his The rules of the art (1996) and Dominique Maingueneau in O contexto da obra literÃria (1991) in order to understand the circumstances in which Pirandello did his work. We also intend to investigate the authorâs interactive relationship with the society of his time in what concerns the customs, beliefs, traditions and, above all, his interaction with the traditional literature, his position as a reader, how much he absorbed influences from it, and to what extent he interpreted and recreated them in his literary work. For a clearer view of the authorâs relations to tradition, we will discuss the concepts of âinfluenceâ and âdesreadingâ under the theoretical support of Harold Bloom in his Anguish of influence (1991) as well as Sandra Nitriniâs Compared Literature (2010). As a conclusion of this research, we analyze Pirandelloâs position from his Um, nenhum e cem mil (1926), how he overcame his predecessors and how he elaborated a new work where a brand-new literary style is clearly viewed. For such analysis, we counted on the theoretical support of Roland Barthesâs Zero degree in whiting (1993) and Harold Bloomâs A map of desleitura (1995) and Arcangelo Leone de Castrisâs Storia di Pirandello (1978), among others. We herein discussed the paths through which Pirandello wandered, using for such the analytical, descriptive, interpretative and comparative methods in the pursuit of a better understanding of his building process of a new poetry, which confers to Luigi Pirandello a different voice in the twentieth-century western literature.
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Graciliano Ramos: formaÃÃo intelectual, literÃria e campo de conflito da escritura em S. Bernardo. / Graciliano Ramos: intellectual, literary training and Field of Conflict of Scripture in St. BernardFrancisco Glauco Gomes Bastos 13 January 2012 (has links)
nÃo hà / Para que se desenvolva uma pesquisa acerca da formaÃÃo intelectual e literÃria de Graciliano Ramos torna-se imprescindÃvel recorrer à fortuna crÃtica existente sobre o autor de S. Bernardo, no intuito de se identificar, primeiramente, sua trajetÃria como leitor. à necessÃrio, pois, que se faÃa um levantamento histÃrico dos principais fatos que marcaram a primeira metade do sÃculo XX, principalmente, no Brasil, para que se torne evidente o itinerÃrio percorrido pelo escritor alagoano, bem como suas leituras preferidas, alÃm de se procurar demarcar os espaÃos em que ele conviveu e as pessoas com quem se relacionou. Em razÃo disso, à proposta, nesta pesquisa, uma investigaÃÃo da trajetÃria literÃria de Graciliano Ramos à luz de categorias como campo literÃrio, apresentada por Pierre Bourdieu em As Regras da Arte (1996); paratopia e contexto, à luz das ideias de Dominique Maingueneau, em O contexto da obra literÃria (1995), no intuito de se discutir o processo de formaÃÃo do escritor, utilizando-se como apoio de suas obras Linhas Tortas (1962), MemÃrias do CÃrcere (1953) e InfÃncia (1945). Ainda, nesta pesquisa, procura-se discutir os conceitos de influÃncia e desleitura, à luz da teoria de Harold Bloom, atravÃs, respectivamente, das obras A AngÃstia da InfluÃncia (1991) e Um Mapa da Desleitura (s.d.), tendo como apoio suas obras AngÃstia (1936), S. Bernardo (1934) e MemÃrias do CÃrcere (1953). PropÃe-se, ainda nesta fase da pesquisa, detectar as influÃncias de Machado de Assis na obra de Graciliano Ramos, bem como o seu esforÃo para livrar-se de tal influÃncia, para tornar-se tambÃm um âPoeta Forteâ. Discutem-se ainda os conceitos de estilo e escritura, à luz das ideias de Roland Barthes, em O grau zero da escritura (1953), e MÃrio de Andrade, em âO Artista e o ArtesÃoâ. In: O Baile das quatro artes.(1975). Desse modo, a pesquisa Graciliano Ramos: FormaÃÃo Intelectual, LiterÃria e Campo de Conflito da Escritura em S.Bernardo encontra-se dividida em trÃs capÃtulos: O Brasil na primeira metade do sÃculo XX, A paratopia em Graciliano Ramos e A AngÃstia da InfluÃncia em Graciliano Ramos. HÃ, ainda, em anexo, um artigo de minha autoria intitulado âAspectos SemiÃticos em S.Bernardoâ, que procura destacar na obra de Graciliano Ramos as relaÃÃes semiÃticas dentro da crÃtica literÃria; e uma âBreve HistÃria da EstÃticaâ, extraÃda de uma pÃgina da Internet, de autoria de Carlos Fontes. Essa divisÃo da pesquisa em trÃs capÃtulos permite a construÃÃo de um mapa que evidencia os deslocamentos de Graciliano Ramos na formaÃÃo de sua trajetÃria intelectual e artÃstica, a qual o coloca entre os maiores escritores da Literatura Brasileira.
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Machado de Assis: formaÃÃo e autonomia literÃria em MemÃrias PÃstumas de BrÃs Cubas / Machado de Assis: formation and literary autonomy in MemÃrias PÃstumas de BrÃs CubasIsabel MÃnica Souza de Brito 16 August 2010 (has links)
nÃo hà / Este trabalho procura considerar o texto literÃrio com base nas trÃs instÃncias principais da
comunicaÃÃo literÃria: autor, obra e leitor. O primeiro capÃtulo expÃe as condiÃÃes gerais que
possibilitaram o surgimento e o desenvolvimento de Machado de Assis e de sua obra, levando
em consideraÃÃo as condiÃÃes materiais segundo as quais autor e obra circunscrevem-se no
campo abrangente das produÃÃes culturais. Trabalhamos com base no conceito de campo
literÃrio desenvolvido por Pierre Bourdieu, anÃlogo ao de sistema literÃrio, por Antonio
Candido. O segundo capÃtulo apresenta alguns dos recursos composicionais de que se valeu o
escritor Machado de Assis. SÃo discutidas diversas conceituaÃÃes de intertextualidade e de
influÃncia, importantes conceitos com que trabalha o comparatismo literÃrio. Os principais
pesquisadores de cujos trabalhos nos servimos sÃo Sandra Nitrini e Tania Carvalhal, que
sistematizam as noÃÃes conceituais de importantes teÃricos de Literatura Comparada, bem
como de categorias de Harold Bloom. O terceiro capÃtulo dedica-se à obra na qual se
concentra a nossa proposta de leitura, MemÃrias pÃstumas de BrÃs Cubas (1881), por meio da
qual, visto que representa uma chave para a compreensÃo da obra machadiana entÃo
amadurecida, afirma-se a autonomia literÃria do escritor. Buscamos investigar como Machado
de Assis construiu o autor-narrador desta obra, do qual destacamos a atitude autorreflexiva,
que se desdobrarÃ, na narrativa, nas propriedades da temporalidade e da afetividade. Essa
atitude autorreflexiva faz o narrador BrÃs Cubas empreender a busca de si mesmo, na medida
em que propicia um intenso diÃlogo com toda uma tradiÃÃo nÃo somente de literatos, mas de
pensadores, situando a obra em um abrangente campo ideolÃgico. Procuramos salientar que
esse campo de ideias, tal como à configurado na obra, constitui uma das inovaÃÃes de
composiÃÃo de Machado de Assis e, com isso, confirma a originalidade e a maestria do
escritor brasileiro, cuja obra perpassa diversas Ãreas das Humanidades. / This study tries to consider the literary text on the basis of the three main instances of literary
communication: author, work and reader. The first chapter exposes the general conditions that
make possible the appearance and the development of Machado de Assis and his work, taking
into consideration the material conditions according to what author and work integrate the
broad field of cultural productions. It is based on the conception of literary field, developed by
Pierre Bourdieu, analogous to that of literary system by Antonio Candido. The second chapter
presents some of the compositional resources of which availed Machado de Assis himself. It
discusses about several conceptualizations of intertextuality and influence, important
conceptions with which deal the Comparative Literature. The main researchers, of whose
studies it has been making use, are Sandra Nitrini and Tania Carvalhal, who systematized the
conceptual notions of important theoreticians of Comparatistic, as well as the categories by
Harold Bloom. The third chapter is dedicated to the work, on which our proposal of
interpretation has been concentrated: MemÃrias pÃstumas de BrÃs Cubas (1881), by which,
seeing that it is alike a key to the comprehension of the mature Machadian work, the writer
has his literary autonomy asserted. It tries to investigate how Machado de Assis constructed
the author-narrator of this work, who has emphasized the autoreflexive attitude that will be
implicated within the narrative in the properties of temporality and affectivity. This
autoreflexive attitude set the narrator BrÃs Cubas in search of himself, as it provides an
intense dialogue among all tradition not only of literati but also of thinkers, situating the work
in a vast ideological field. We have tried to make noticeable that this ideological field, just
like it is represented in the work, constitutes one of the innovations of Machadian composition
and, this way, confirms the originality and the expertise of the Brazilian author, whose work
can be extended to several areas of Humanities.
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Rodolpho Theophilo: a construÃÃo de um romancista / Rodolpho Theophilo: the construction of a novelistCharles Ribeiro Pinheiro 25 April 2011 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / Esta dissertaÃÃo, intitulada Rodolpho Theophilo: a construÃÃo de um romancista, pretende realizar uma investigaÃÃo da formaÃÃo intelectual e literÃria de Rodolfo TeÃfilo (1853-1932), verificando como se deu o seu amadurecimento como ficcionista em O paroara (1899). Para tal propÃsito, situamos, de maneira crÃtica, o referido autor em sua conturbada Ãpoca e espaÃo social: a Fortaleza da Belle Ãpoque. A pesquisa divide-se em trÃs capÃtulos: o primeiro relaciona o escritor ao contexto em que està inserida a sua obra ficcional, alÃm do estudo de seu campo intelectual e literÃrio; no segundo estudaremos a dinÃmica dos processos de leitura e desleitura e, no terceiro capÃtulo, como operou-se a construÃÃo do estilo naturalista-regionalista de Rodolfo TeÃfilo. Para o desenvolvimento do primeiro capÃtulo, utilizamos as categorias de contexto, campo literÃrio e habitus, respectivamente, estabelecidas por Dominique Maingueneau, em O contexto da obra literÃria (2001) e por Pierre Bourdieu, em As regras da arte (1996). No segundo, investigamos qual foi o rol de leituras de Rodolfo TeÃfilo, que configuraram a base de sua cosmovisÃo cientificista. Para examinar os embates dele com a tradiÃÃo literÃria, empregamos a concepÃÃo de angÃstia da influÃncia e de desleitura, cunhados pelo crÃtico Harold Bloom, em A angÃstia da influÃncia (1991) e Um mapa da desleitura (2003). No Ãltimo capÃtulo, analisamos como se deu a superaÃÃo das influÃncias de leitura, efetuando um rigoroso exame dos textos ficcionais da dÃcada de 1890, culminando com o romance O paroara. Para esse processo, foram empregadas as categorias estilo, linguagem e escritura, por Roland Barthes em O grau zero da escrita (1974), tambÃm estudadas por Leyla Perrone-MoisÃs em Texto, crÃtica, escritura (1993). ConcluÃmos, que em O paroara, Rodolfo TeÃfilo atingiu uma seguranÃa em seu fazer ficcional, apoiado, criticamente, na noÃÃo proposta por Araripe JÃnior, de estilo tropical, no ensaio Estilo tropical. A fÃrmula do naturalismo brasileiro (1888). Estudamos como Rodolfo TeÃfilo realizou uma desapropriaÃÃo poÃtica da escola naturalista e atingiu uma escritura singular, recriando o regionalismo, tornando-se precursor da chamada Literatura das secas. Este trabalho faz parte da pesquisa Bibliotecas Pessoais: Escritores, Historiadores e CrÃticos LiterÃrios, sob a coordenaÃÃo da ProfÂ. DrÂ. Odalice de Castro Silva, do Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Letras â Literatura Comparada, da Universidade Federal do CearÃ.
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