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Estudo da ligação do citocromo c a um modelo mimético de membrana mitocondrial contendo mono-hidroperóxido de cardiolipina / Studies of the binding cytochrome c to mitochondrial mimetic membrane containing mono-hydroperoxides

Bataglioli, Daniela da Cunha 16 June 2014 (has links)
A interação do citocromo c com a cardiolipina ocorre por interações eletrostáticas e hidrofóbicas. A formação do complexo citocromo c/ cardiolipina promove uma pequena mudança estrutural na proteína, que proporciona atividade peroxidásica ao citocromo c e consequentemente capacidade de oxidar substratos orgânicos, incluindo a cardiolipina. A oxidação da cardiolipina acompanhada da inserção de um grupo peróxido vem sendo relacionada à perda da interação hidrofóbica entre o complexo citocromo c/cardiolipina, que resulta no desligamento do citocromo c da membrana e na sua saída do espaço intermembranas para o citosol, onde essa proteína induz a cascata de apoptose. Neste trabalho foi avaliada a ligação do citocromo c a lipossomos contendo cardiolipina oxidada e a reatividade desta proteína com o mono-hidroperóxido da cardiolipina (TLCL(OOH)1) presente na membrana. Nossos dados mostraram que ocorre uma diminuição significativa na ligação do citocromo c a membrana oxidadas apenas quando 100% da cardiolipina presente na membrana está na forma de TLCL(OOH)1, condição que extrapolaria o que seria esperado para o sistema biológico. Análises por SDS-PAGE revelaram que o citocromo c sofre agregação na presença de membranas contendo TLCL(OOH)1, indicando que a proteína reage com este peróxido. De fato, determinamos a velocidade de reação do citocromo c com o TLCL(OOH)1 e com hidroperóxido do ácido linoléico, inseridos em membrana contendo cardiolipina (9,58 ± 0,16 x 102 M-1.s-1 e 6,91 ± 0,30 x 102 M-1.s-1, respectivamente). As velocidades de reação com os peróxidos de lipídio foram pelo menos 10 vezes superiores à velocidade medida com o peróxido de hidrogênio (5,91 ± 0,18 x101 M-1.s-1). Assim, mostramos que o citocromo c liga-se à membrana contendo hidroperóxido de cardiolipina e que reage com o mesmo promovendo a formação de agregado protéico de alto peso molecular / The interaction of cytochrome c with cardiolipin is promoted by electrostatic and hydrophobic interactions. The cytochrome c / cardiolipin complex formation causes structural changes in the protein that activates cytochrome c peroxidase activity, giving it the ability to oxidize organic substrates, including cardiolipin. The oxidation of cardiolipin coupled with a peroxide group insertion has been related to the loss of hydrophobic interactions between the cytochrome c / cardiolipin complex, resulting in cytochrome c release from the membrane and in its translocation from intermembranes space to cytosol, where this protein induces apoptosis cascade. In this work the binding of cytochrome c to liposomes containing oxidized cardiolipin and its reactivity with the membrane mono-hydroperoxides (TLCL(OOH)1) were evaluated. Our data showed a significant decrease in cytochrome c binding to oxidized membranes only when 100% of the membrane cardiolipin is in the TLCL(OOH)1 form, a condition that would extrapolate the expected concentrations that would be found in a biological system. SDS-PAGE analysis revealed that cytochrome c undergoes aggregation in the presence of membranes containing TLCL(OOH)1, indicating that this protein reacts with the peroxide. In fact, we determined the rate of cytochrome c reaction with TLCL(OOH)1 and linoleic acid hydroperoxide inserted into cardiolipin containing membranes (9.58 ± 0.16 x 102 M-1s-1 and 6.91 ± 0.30 x 102 M-1s-1,respectively). The reaction rates obtained with lipid peroxides were at least 10 times higher than that obtained with hydrogen peroxide (5.91 ± 0.18 x 101 M-1s-1).Thus we show that cytochrome c binds to membrane containing cardiolipin hydroperoxides and reacts with it promoting the formation of high molecular weight protein aggregates.
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Estudo da ligação do citocromo c a um modelo mimético de membrana mitocondrial contendo mono-hidroperóxido de cardiolipina / Studies of the binding cytochrome c to mitochondrial mimetic membrane containing mono-hydroperoxides

Daniela da Cunha Bataglioli 16 June 2014 (has links)
A interação do citocromo c com a cardiolipina ocorre por interações eletrostáticas e hidrofóbicas. A formação do complexo citocromo c/ cardiolipina promove uma pequena mudança estrutural na proteína, que proporciona atividade peroxidásica ao citocromo c e consequentemente capacidade de oxidar substratos orgânicos, incluindo a cardiolipina. A oxidação da cardiolipina acompanhada da inserção de um grupo peróxido vem sendo relacionada à perda da interação hidrofóbica entre o complexo citocromo c/cardiolipina, que resulta no desligamento do citocromo c da membrana e na sua saída do espaço intermembranas para o citosol, onde essa proteína induz a cascata de apoptose. Neste trabalho foi avaliada a ligação do citocromo c a lipossomos contendo cardiolipina oxidada e a reatividade desta proteína com o mono-hidroperóxido da cardiolipina (TLCL(OOH)1) presente na membrana. Nossos dados mostraram que ocorre uma diminuição significativa na ligação do citocromo c a membrana oxidadas apenas quando 100% da cardiolipina presente na membrana está na forma de TLCL(OOH)1, condição que extrapolaria o que seria esperado para o sistema biológico. Análises por SDS-PAGE revelaram que o citocromo c sofre agregação na presença de membranas contendo TLCL(OOH)1, indicando que a proteína reage com este peróxido. De fato, determinamos a velocidade de reação do citocromo c com o TLCL(OOH)1 e com hidroperóxido do ácido linoléico, inseridos em membrana contendo cardiolipina (9,58 ± 0,16 x 102 M-1.s-1 e 6,91 ± 0,30 x 102 M-1.s-1, respectivamente). As velocidades de reação com os peróxidos de lipídio foram pelo menos 10 vezes superiores à velocidade medida com o peróxido de hidrogênio (5,91 ± 0,18 x101 M-1.s-1). Assim, mostramos que o citocromo c liga-se à membrana contendo hidroperóxido de cardiolipina e que reage com o mesmo promovendo a formação de agregado protéico de alto peso molecular / The interaction of cytochrome c with cardiolipin is promoted by electrostatic and hydrophobic interactions. The cytochrome c / cardiolipin complex formation causes structural changes in the protein that activates cytochrome c peroxidase activity, giving it the ability to oxidize organic substrates, including cardiolipin. The oxidation of cardiolipin coupled with a peroxide group insertion has been related to the loss of hydrophobic interactions between the cytochrome c / cardiolipin complex, resulting in cytochrome c release from the membrane and in its translocation from intermembranes space to cytosol, where this protein induces apoptosis cascade. In this work the binding of cytochrome c to liposomes containing oxidized cardiolipin and its reactivity with the membrane mono-hydroperoxides (TLCL(OOH)1) were evaluated. Our data showed a significant decrease in cytochrome c binding to oxidized membranes only when 100% of the membrane cardiolipin is in the TLCL(OOH)1 form, a condition that would extrapolate the expected concentrations that would be found in a biological system. SDS-PAGE analysis revealed that cytochrome c undergoes aggregation in the presence of membranes containing TLCL(OOH)1, indicating that this protein reacts with the peroxide. In fact, we determined the rate of cytochrome c reaction with TLCL(OOH)1 and linoleic acid hydroperoxide inserted into cardiolipin containing membranes (9.58 ± 0.16 x 102 M-1s-1 and 6.91 ± 0.30 x 102 M-1s-1,respectively). The reaction rates obtained with lipid peroxides were at least 10 times higher than that obtained with hydrogen peroxide (5.91 ± 0.18 x 101 M-1s-1).Thus we show that cytochrome c binds to membrane containing cardiolipin hydroperoxides and reacts with it promoting the formation of high molecular weight protein aggregates.
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Avaliação de biomarcadores para diagnóstico e monitoramento do tratamento da tuberculose pulmonar

Takenami, Iukary Oliveira January 2015 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2016-02-04T12:57:27Z No. of bitstreams: 1 Iukary Takenami Avaliação de biomarcadores....2015.pdf: 2420884 bytes, checksum: b10235421512081a9897b20afdf98354 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2016-02-04T12:57:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Iukary Takenami Avaliação de biomarcadores....2015.pdf: 2420884 bytes, checksum: b10235421512081a9897b20afdf98354 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-04T12:57:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Iukary Takenami Avaliação de biomarcadores....2015.pdf: 2420884 bytes, checksum: b10235421512081a9897b20afdf98354 (MD5) Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB), doença crônica infecciosa causada por Mycobacterium tuberculosis, é considerada um grave problema de saúde pública no país. A caracterização de antígenos protéicos e/ou lipídios que induzem uma resposta imunológica no hospedeiro, torna-se um importante passo para o desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico e resposta terapêutica. Dentre os diferentes antígenos, em especial a mammalian cell entry protein 1A (proteína Mce1A), e os fosfolipídios da parede celular do bacilo como a cardiolipina (CL), os fosfatidilinositol (FI), fosfatidilcolina (FC), fosfatidiletanolamina (FE) e o sulfatide (SL), são, em sua maioria altamente imunogênicos, podendo então ser úteis no sorodiagnóstico. Portanto, o objetivo do estudo é avaliar a produção de anticorpos anti- Mce1A e anti-fosfolipídios como biomarcadores no diagnóstico e no monitoramento do tratamento da TB pulmonar. Além disso, o estudo também objetivou avaliar o perfil de citocinas e quimiocinas produzidas em sobrenadantes de cultura após estímulo in vitro com a proteína Mce1A. PACIENTES E MÉTODOS: O estudo foi conduzido no 6º Centro de Saúde Rodrigo Argolo e no Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose (IBIT). A população de estudo foi composta por pacientes recém diagnosticados com TB pulmonar, seus respectivos comunicantes domiciliares (infectados por M. tuberculosis e saudáveis) e pacientes diagnosticados com outras doenças pulmonares. RESULTADOS: Pacientes com TB produzem uma forte e consistente resposta de anticorpos anti-Mce1A e anti-fosfolipídios (anti-CL, anti-FE, anti-FI e anti-FC) quando comparados com os indivíduos do grupo controle. Além disso, após início do tratamento os níveis de anti-Mce1A e anti-fosfolipídios diminuem significativamente. O sobrenadante de culturas dos pacientes TB, após cultura com Mce1A, induzem uma acentuada produção de TNF, o que não se observa nas demais citocinas e quimiocinas avaliadas. CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que os anticorpos anti- Mce1A e anti-fosfolipídios desempenham potencial papel como biomarcadores sorológicos no diagnóstico da TB pulmonar. Além disso, a proteína Mce1A parece desempenhar um papel importante na produção de TNF, que pode contribuir com a indução de necrose pelo bacilo, permitindo sua evasão das respostas imunes e favorecendo a dispersão do bacilo para outras células não infectadas. / INTRODUCTION: Tuberculosis (TB), chronic infectious disease caused by Mycobacterium tuberculosis, is still a serious public health problem in the country. The characterization of protein and/or lipids antigens that induce an immune response in the host, it is an important step in the development of new diagnostic tools and monitoring TB treatment response. Among the different antigens, particularly mammalian cell entry protein 1A (Mce1A protein), and phospholipids from the cell wall of bacillus such as cardiolipin (CL), phosphatidylinositol (PI), phosphatidylcholine (PTC), phosphatidylethanolamine (PE) and sulfatide (SL), are highly immunogenic and can be used for improvement of the serodiagnosis. Therefore, the aim of the study is to evaluate the production of anti-Mce1A and anti-phospholipids as biomarkers for diagnosis and monitoring of TB treatment response. In addition, the study also aimed to evaluate the profile of cytokines and chemokines produced in vitro after stimulation with Mce1A protein in culture supernatants. PATIENTS AND METHODS: The study was conducted on the 6º Centro de Saúde Rodrigo Argolo and the Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose (IBIT). The study population consisted of newly diagnosed pulmonary TB patients, their household contacts (infected by M. tuberculosis and healthy) and patients diagnosed with other lung diseases. RESULTS: Patients with TB produce a strong and consistent response to anti-Mce1A and anti-phospholipids (anti-CL, anti-PE, anti- PI and anti-PTC) than those in the control groups. Furthermore, after the beginning of the treatment, anti-Mce1A and anti-phospholipid levels were significantly decreased compared with TB patient at baseline. Culture supernatants of TB patients after stimulation with Mce1A induce a strong TNF production, which is not observed in the other evaluated cytokines and chemokines. CONCLUSION: These results suggest that anti-Mce1A and anti-phospholipids play role as potential serum biomarker in the diagnosis of pulmonary TB. Furthermore, Mce1A protein appears to play an important role in TNF production, which may contribute to the induction of necrosis by M. tuberculosis, allowing for avoidance of immune responses and facilitating the dispersion of bacillus to other uninfected cells.
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Fotossensibilização de vesículas lipídicas gigantes / Giant Lipid Vesicles Photosensibilization

Sudbrack, Tatiane de Paula 20 December 2011 (has links)
A Terapia Fotodinâmica é um tratamento promissor no cura de várias doenças oftalmológicas e dermatológicas, assim como tumores. Este tratamento utiliza a combinação de luz e um composto fotossensível na presença de oxigênio. Neste trabalho objetivamos entender mecanismos de fotossensibilização em membranas. Para isso, estudamos os efeitos de irradiação em Vesículas Unilamelares Gigantes (GUVs) compostas de POPC e Cardiolipina (CL) e POPC e Colesterol (Col), contendo uma molécula fotoativa (diC12-porf) ancorada à superfície dessas membranas. GUVs compostas por POPC e POPC:Col na presença da molécula fotoativa reagem ao estímulo da luz exibindo um aumento de área seguido de flutuações. O mesmo foi observado para membranas de POPC contendo menos que 50mol% de CL. Já para composições contendo 50mol% de CL, a membrana passa a formar domínios lipídicos podendo ou não ser destruída durante a irradiação. Estes domínios podem ser suprimidos com a adição de EDTA (agente quelante de íons divalentes) na solução. Ao adicionarmos CaCl2 ao meio externo das GUVs contendo EDTA, percebemos que o efeito dos domínios e destruição da membrana reaparece. Tal fato evidencia que íons Ca++ presentes em solução devem complexar com as cargas da CL, levando à formação de domínios lipídicos. Ao quantificar o aumento de área sofrido pelas membranas percebemos que a presença de CL na membrana de POPC inibe o aumento de área para concentrações acima de 40mol% de CL. Já a presença de Col na membrana parece não contribuir significativamente para o aumento de área, embora o mesmo sofra oxidação. Além disso, evidenciou-se que na presença de CL/Col o tempo de fotoclareamento de diC12-porf é muito maior do que na ausência destes. Estes resultados evidenciam que a inclusão de CL na membrana oferece um número maior de sítios de reação para o oxigênio singlete reduzindo a foto-degradação da molécula fotoativa. Já a inclusão de Col aumenta o tempo de vida da molécula fotoativa provavelmente devido ao fato da dupla ligação do Col estar mais próxima ao centro produtor de oxigênio singlete do que a dupla ligação do POPC. / Photodynamic Therapy is a promising treatment for the cure of many diseases, like tumors. This treatment uses a combination of light and a photosensitive molecule in the presence of oxygen. In this way, our objective is to understand photosensibilization mechanisms on membranes. For this purpose, we studied the effects of irradiation in Giant Unilamelar Vesicles (GUVs) composed of POPC and Cardiolipin (CL) and POPC and Cholesterol (Chol) in the presence of a photosensitive molecule (diC12-porf). When the GUVs composed of POPC or POPC and Cholesterol (Chol) in the presence of the photosensitive molecule were irradiated, increase in surface area followed by fluctuations was observed. For GUVs composed of low concentrations of CL, the membrane photo-response was similar to that observed for pure POPC. For GUVs composed of 50 mol% CL different responses to light irradiation were observed. Some lipid domains appear for GUVs in water under irradiation and the GUV might be destroyed. When the irradiation was done in the presence of EDTA (chelant agent), the formation of the domains was prevented. Further addition of CaCl2 to this solution induced the formation of domains again leading eventually to membrane disruption. These results suggest that divalent cations have effect on the binding to CL negative polar heads, favoring lipid domain formation. We quantified the area increase obtained for the GUVs. For GUVs composed of CL we observed that until 40mol% of CL, the maximum expansion reached by the membrane area was similar to that obtained for pure POPC. For 50mol% of CL the increase of area is smaller than that found for GUVs composed only by POPC. For GUVs composed of Chol the behavior of the area is similar to that found for POPC. This means that the increase of area is mainly related to POPC peroxidation, although Chol hydroperoxide must be concomitantly formed too. Further, we observed that the diC12-porf photobleaching characteristic time for GUVs composed of CL/Chol is greater than that noted for GUVs composed of POPC. This means that when we introduce CL we are increasing the possibilities of reaction of the singlet oxygen and the photosensitive molecule is protected. The insertion of Chol in the membrane also protects the photosensitive molecule.
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Fotossensibilização de vesículas lipídicas gigantes / Giant Lipid Vesicles Photosensibilization

Tatiane de Paula Sudbrack 20 December 2011 (has links)
A Terapia Fotodinâmica é um tratamento promissor no cura de várias doenças oftalmológicas e dermatológicas, assim como tumores. Este tratamento utiliza a combinação de luz e um composto fotossensível na presença de oxigênio. Neste trabalho objetivamos entender mecanismos de fotossensibilização em membranas. Para isso, estudamos os efeitos de irradiação em Vesículas Unilamelares Gigantes (GUVs) compostas de POPC e Cardiolipina (CL) e POPC e Colesterol (Col), contendo uma molécula fotoativa (diC12-porf) ancorada à superfície dessas membranas. GUVs compostas por POPC e POPC:Col na presença da molécula fotoativa reagem ao estímulo da luz exibindo um aumento de área seguido de flutuações. O mesmo foi observado para membranas de POPC contendo menos que 50mol% de CL. Já para composições contendo 50mol% de CL, a membrana passa a formar domínios lipídicos podendo ou não ser destruída durante a irradiação. Estes domínios podem ser suprimidos com a adição de EDTA (agente quelante de íons divalentes) na solução. Ao adicionarmos CaCl2 ao meio externo das GUVs contendo EDTA, percebemos que o efeito dos domínios e destruição da membrana reaparece. Tal fato evidencia que íons Ca++ presentes em solução devem complexar com as cargas da CL, levando à formação de domínios lipídicos. Ao quantificar o aumento de área sofrido pelas membranas percebemos que a presença de CL na membrana de POPC inibe o aumento de área para concentrações acima de 40mol% de CL. Já a presença de Col na membrana parece não contribuir significativamente para o aumento de área, embora o mesmo sofra oxidação. Além disso, evidenciou-se que na presença de CL/Col o tempo de fotoclareamento de diC12-porf é muito maior do que na ausência destes. Estes resultados evidenciam que a inclusão de CL na membrana oferece um número maior de sítios de reação para o oxigênio singlete reduzindo a foto-degradação da molécula fotoativa. Já a inclusão de Col aumenta o tempo de vida da molécula fotoativa provavelmente devido ao fato da dupla ligação do Col estar mais próxima ao centro produtor de oxigênio singlete do que a dupla ligação do POPC. / Photodynamic Therapy is a promising treatment for the cure of many diseases, like tumors. This treatment uses a combination of light and a photosensitive molecule in the presence of oxygen. In this way, our objective is to understand photosensibilization mechanisms on membranes. For this purpose, we studied the effects of irradiation in Giant Unilamelar Vesicles (GUVs) composed of POPC and Cardiolipin (CL) and POPC and Cholesterol (Chol) in the presence of a photosensitive molecule (diC12-porf). When the GUVs composed of POPC or POPC and Cholesterol (Chol) in the presence of the photosensitive molecule were irradiated, increase in surface area followed by fluctuations was observed. For GUVs composed of low concentrations of CL, the membrane photo-response was similar to that observed for pure POPC. For GUVs composed of 50 mol% CL different responses to light irradiation were observed. Some lipid domains appear for GUVs in water under irradiation and the GUV might be destroyed. When the irradiation was done in the presence of EDTA (chelant agent), the formation of the domains was prevented. Further addition of CaCl2 to this solution induced the formation of domains again leading eventually to membrane disruption. These results suggest that divalent cations have effect on the binding to CL negative polar heads, favoring lipid domain formation. We quantified the area increase obtained for the GUVs. For GUVs composed of CL we observed that until 40mol% of CL, the maximum expansion reached by the membrane area was similar to that obtained for pure POPC. For 50mol% of CL the increase of area is smaller than that found for GUVs composed only by POPC. For GUVs composed of Chol the behavior of the area is similar to that found for POPC. This means that the increase of area is mainly related to POPC peroxidation, although Chol hydroperoxide must be concomitantly formed too. Further, we observed that the diC12-porf photobleaching characteristic time for GUVs composed of CL/Chol is greater than that noted for GUVs composed of POPC. This means that when we introduce CL we are increasing the possibilities of reaction of the singlet oxygen and the photosensitive molecule is protected. The insertion of Chol in the membrane also protects the photosensitive molecule.
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Aterosclerose na artrite reumatóide e sua associação com auto-imunidade humoral / Atherosclerosis in rheumatoid arthritis and its relationship with humoral autoimmunity

Pereira, Ivânio Alves 28 February 2007 (has links)
Objetivos: Muitas questões permanecem sobre as causas da aterosclerose acelerada nos pacientes com doenças inflamatórias sistêmicas como a artrite reumatóide (AR). Estudos na população geral sugeriram que além da inflamação existe uma participação patogênica da auto-imunidade na aterosclerose e discutem a possível associação dos anticorpos contra fosfolípides e proteínas de choque térmico (Hsp). O objetivo deste estudo foi investigar a presença de anticorpos contra fosfolípides, beta2-glicoproteína 1 (beta2-gp1), lipoproteína lipase (LPL) e Hsp em pacientes com AR e avaliar a associação entre estes anticorpos com a presença de aterosclerose subclínica de carótidas. Métodos: Anticorpos contra cardiolipina (aCL) IgG e IgM, beta2-gp1 IgG, IgM e IgA , Hsp 60 e Hsp 65 foram testados por ELISA em um grupo de 71 pacientes com AR comparado com 53 indívíduos controles não portadores de AR, de idade e sexo similar. Foram excluídos os pacientes com HAS, diabetes melitos e os fumantes em ambos os grupos. Níveis de lipoproteínas, parâmetros clínicos da AR, questionário de avaliação de saúde (HAQ), escore de atividade da doença (DAS) 28, velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR) foram avaliadas. A associação entre a presença dos anticorpos aCL, beta2-gp1, Hsp 60 e Hsp 65 com os parâmetros clínicos de atividade da doença, com a presença das placas de aterosclerose e com a medida da espessura íntimomedial (IMT) da carótida comum, usando ultra-som (US) modo B de alta resolução foram pesquisadas. Resultados: A idade média no grupo com AR foi 48,93 ± 12,31 vs. 45,37 ± 9,37 no grupo controle saudável (p = 0,20); 90,1% no grupo com AR eram do sexo feminino vs. 86,8% no grupo controle (p = 0,56); índice de massa corporal (IMC) foi 25,72 ± 4,57kg/m² no grupo com AR vs. 26,40 ± 4,52kg/m² no grupo controle (p = 0, 69); Os níveis de colesterol, LDL, triglicerídeos e a relação CT/HDL não foram diferentes quando comparamos os 2 grupos (p > 0,05). O nível de HDL foi maior no grupo com AR vs. grupo controle com 60,56 ± 14,40mg/dl e 54,52 ± 11,55 respectivamente (p = 0,05). A média da medida da IMT foi 0,721 ± 0,16 mm na AR e 0,667 ± 0,14mm no grupo controle, e a IMT dos pacientes com AR foi maior naqueles com idade acima dos 50 anos (P < 0,001). No grupo com AR, 14,1% dos pacientes tinham placas nas carótidas vs. 1,9% dos indivíduos saudáveis (p = 0,02) e no grupo com AR, as placas foram mais frequentes nos pacientes acima dos 50 anos (p = 0,004). No grupo AR, 5,6% tinham anticorpos aCL IgG vs. 3,8% no grupo controle (p > 0,05); 14,1% apresentavam aCL IgM vs. 7,5% (p > 0,05); 43,7% tinham anti-beta2-gp1 IgA vs. 40,8% no grupo controle (p > 0,05). A prevalência de anti-beta2-gp1 IgG e IgM e anti-LPL não foi diferente entre os pacientes com AR e o grupo controle ( p > 0,05). A presença dos anticorpos anti-Hsp 60 e 65 na AR e no grupo controle não foram diferentes (p > 0,05), mas os títulos de anticorpos contra Hsp 65 e beta2-gp1 IgM foram maiores no grupo com AR ( p = 0,007 e p = 0,03 respectivamente). Nós não encontramos associação entre a presença e os títulos dos anticorpos aCL IgG e IgM, beta2-gp1 IgG, IgM e IgA, LPL e Hsp 60 e 65 com a presença de placas nas carótidas ou com a medida da IMT (p > 0,05). Discussão: Este estudo confirma achados anteriores da maior prevalência de aterosclerose carotídea nos pacientes com AR e sua correlação com idade, colesterol e LDL. Embora tenha se encontrado uma tendência a maior presença de anticorpos nos pacientes com AR, não houve relação entre a presença da aterosclerose mais prevalente nos pacientes com AR, com a auto-imunidade dirigida contra cardiolipina, beta2-gp1 ou Hsp. / Purpose: Many questions remain unanswered about the causes of accelerated atherosclerosis in patients with inflammatory systemic diseases such as rheumatoid arthritis (RA). Some studies have suggested the role of autoimmunity besides inflammation in the pathogenesis of atherosclerosis in general population and have also discussed the possible association with antibodies directed to phospholipids and heat shock proteins (Hsp). The aim of this study was to investigate the presence of antibodies against phospholipids, beta2-glycoprotein1 (beta2-gp1), lipoprotein lipase (LPL) and Hsp in RA subjects and evaluate the association between these antibodies with the presence of subclinical carotid atherosclerosis. Methods: Tests to antibodies against cardiolipin (aCL) IgG and IgM, beta2-gp1 IgG, IgM and IgA ,Hsp 60 and Hsp 65 were done by ELISA test in a group of 71 RA subjects compared with 53 age and sex-matched non-RA subjects. Smoking, diabetic and hypertensive patients were excluded in both groups. The lipoprotein levels, clinical parameters of RA, Health Assessment Questionnaire (HAQ), Disease Activity Score (DAS) 28, Erythrocyte Sedimentation Rate (ESR) and C-Reactive Protein (CRP) were evaluated. The association between the presence of antibodies against cardiolipin, beta2-gp1 and Hsp 60 and 65 with the clinical parameters of disease activity in RA, and with the presence of plaques and mean intimo-medial thickness (IMT) of common carotid using high-resolution B-mode ultrasound were assessed. Results: Mean age in RA group was 48.93 ± 12.31 vs. 45.37 ± 9.37 in healthy control group (p = 0.20); 90.1% were women in RA group vs. 86.8% in healthy control (p = 0.56); body mass index (BMI) were 25.72 ± 4.57 in RA group vs. 26.40 ± 4.52 in healthy control (p = 0.69). The levels of cholesterol, LDL, triglycerides, CT/HDL didn t have difference between the two groups (p > 0.05). The HDL was higher in RA group vs. control group with 60.56 ± 14.40mg/dl and 54.52 ± 11.55 respectively (p = 0.05). The mean IMT was 0.721 ± 0.16mm in RA and 0.667 ± 0.14mm in control group, and the IMT was higher in patients older than 50 years among RA subjects (p < 0.001). In RA subjects, 14.1% had carotid plaques vs. 1.9% in healthy controls (p = 0.02). In RA group, the carotid plaques were more frequent in patients older than 50 years (p = 0.004). In RA group, 5.6% had antibodies against cardiolipin IgG vs. 3.8% in control group (p > 0.05); 14.1% in RA group had anti-cardiolipin IgM vs. 7.5% (p > 0.05); 43.7% had anti-beta2-gp1 IgA vs 40.8% in control group (p > 0.05). The presence of anti-beta2-gp1 IgG and IgM, and anti-LPL didn t have significant difference between the groups (p > 0.05). The prevalence of antibodies to Hsp 60 and Hsp 65 were similar in RA and in control group (p > 0.05), but the titers of antibodies against Hsp 65 and beta2-gp1 IgM were higher in RA group (p = 0.007 and p = 0.03 respectively). We didn t find relationship between antibodies against cardiolipin IgG and IgM, or beta2-gp1 IgG, IgM and IgA, LPL, Hsp 60 and 65 with mean IMT or plaque carotid (p > 0.05). Discussion: This study confirms the great prevalence of carotid atherosclerosis in RA subjects and its correlation with age, cholesterol and LDL. Although it was found a tendency to have more autoantibodies in RA subjects, there weren t any link between atherosclerosis in RA with autoimmunity against cardiolipin, beta2-gp 1, LPL or Hsp.
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Aterosclerose na artrite reumatóide e sua associação com auto-imunidade humoral / Atherosclerosis in rheumatoid arthritis and its relationship with humoral autoimmunity

Ivânio Alves Pereira 28 February 2007 (has links)
Objetivos: Muitas questões permanecem sobre as causas da aterosclerose acelerada nos pacientes com doenças inflamatórias sistêmicas como a artrite reumatóide (AR). Estudos na população geral sugeriram que além da inflamação existe uma participação patogênica da auto-imunidade na aterosclerose e discutem a possível associação dos anticorpos contra fosfolípides e proteínas de choque térmico (Hsp). O objetivo deste estudo foi investigar a presença de anticorpos contra fosfolípides, beta2-glicoproteína 1 (beta2-gp1), lipoproteína lipase (LPL) e Hsp em pacientes com AR e avaliar a associação entre estes anticorpos com a presença de aterosclerose subclínica de carótidas. Métodos: Anticorpos contra cardiolipina (aCL) IgG e IgM, beta2-gp1 IgG, IgM e IgA , Hsp 60 e Hsp 65 foram testados por ELISA em um grupo de 71 pacientes com AR comparado com 53 indívíduos controles não portadores de AR, de idade e sexo similar. Foram excluídos os pacientes com HAS, diabetes melitos e os fumantes em ambos os grupos. Níveis de lipoproteínas, parâmetros clínicos da AR, questionário de avaliação de saúde (HAQ), escore de atividade da doença (DAS) 28, velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR) foram avaliadas. A associação entre a presença dos anticorpos aCL, beta2-gp1, Hsp 60 e Hsp 65 com os parâmetros clínicos de atividade da doença, com a presença das placas de aterosclerose e com a medida da espessura íntimomedial (IMT) da carótida comum, usando ultra-som (US) modo B de alta resolução foram pesquisadas. Resultados: A idade média no grupo com AR foi 48,93 ± 12,31 vs. 45,37 ± 9,37 no grupo controle saudável (p = 0,20); 90,1% no grupo com AR eram do sexo feminino vs. 86,8% no grupo controle (p = 0,56); índice de massa corporal (IMC) foi 25,72 ± 4,57kg/m² no grupo com AR vs. 26,40 ± 4,52kg/m² no grupo controle (p = 0, 69); Os níveis de colesterol, LDL, triglicerídeos e a relação CT/HDL não foram diferentes quando comparamos os 2 grupos (p > 0,05). O nível de HDL foi maior no grupo com AR vs. grupo controle com 60,56 ± 14,40mg/dl e 54,52 ± 11,55 respectivamente (p = 0,05). A média da medida da IMT foi 0,721 ± 0,16 mm na AR e 0,667 ± 0,14mm no grupo controle, e a IMT dos pacientes com AR foi maior naqueles com idade acima dos 50 anos (P < 0,001). No grupo com AR, 14,1% dos pacientes tinham placas nas carótidas vs. 1,9% dos indivíduos saudáveis (p = 0,02) e no grupo com AR, as placas foram mais frequentes nos pacientes acima dos 50 anos (p = 0,004). No grupo AR, 5,6% tinham anticorpos aCL IgG vs. 3,8% no grupo controle (p > 0,05); 14,1% apresentavam aCL IgM vs. 7,5% (p > 0,05); 43,7% tinham anti-beta2-gp1 IgA vs. 40,8% no grupo controle (p > 0,05). A prevalência de anti-beta2-gp1 IgG e IgM e anti-LPL não foi diferente entre os pacientes com AR e o grupo controle ( p > 0,05). A presença dos anticorpos anti-Hsp 60 e 65 na AR e no grupo controle não foram diferentes (p > 0,05), mas os títulos de anticorpos contra Hsp 65 e beta2-gp1 IgM foram maiores no grupo com AR ( p = 0,007 e p = 0,03 respectivamente). Nós não encontramos associação entre a presença e os títulos dos anticorpos aCL IgG e IgM, beta2-gp1 IgG, IgM e IgA, LPL e Hsp 60 e 65 com a presença de placas nas carótidas ou com a medida da IMT (p > 0,05). Discussão: Este estudo confirma achados anteriores da maior prevalência de aterosclerose carotídea nos pacientes com AR e sua correlação com idade, colesterol e LDL. Embora tenha se encontrado uma tendência a maior presença de anticorpos nos pacientes com AR, não houve relação entre a presença da aterosclerose mais prevalente nos pacientes com AR, com a auto-imunidade dirigida contra cardiolipina, beta2-gp1 ou Hsp. / Purpose: Many questions remain unanswered about the causes of accelerated atherosclerosis in patients with inflammatory systemic diseases such as rheumatoid arthritis (RA). Some studies have suggested the role of autoimmunity besides inflammation in the pathogenesis of atherosclerosis in general population and have also discussed the possible association with antibodies directed to phospholipids and heat shock proteins (Hsp). The aim of this study was to investigate the presence of antibodies against phospholipids, beta2-glycoprotein1 (beta2-gp1), lipoprotein lipase (LPL) and Hsp in RA subjects and evaluate the association between these antibodies with the presence of subclinical carotid atherosclerosis. Methods: Tests to antibodies against cardiolipin (aCL) IgG and IgM, beta2-gp1 IgG, IgM and IgA ,Hsp 60 and Hsp 65 were done by ELISA test in a group of 71 RA subjects compared with 53 age and sex-matched non-RA subjects. Smoking, diabetic and hypertensive patients were excluded in both groups. The lipoprotein levels, clinical parameters of RA, Health Assessment Questionnaire (HAQ), Disease Activity Score (DAS) 28, Erythrocyte Sedimentation Rate (ESR) and C-Reactive Protein (CRP) were evaluated. The association between the presence of antibodies against cardiolipin, beta2-gp1 and Hsp 60 and 65 with the clinical parameters of disease activity in RA, and with the presence of plaques and mean intimo-medial thickness (IMT) of common carotid using high-resolution B-mode ultrasound were assessed. Results: Mean age in RA group was 48.93 ± 12.31 vs. 45.37 ± 9.37 in healthy control group (p = 0.20); 90.1% were women in RA group vs. 86.8% in healthy control (p = 0.56); body mass index (BMI) were 25.72 ± 4.57 in RA group vs. 26.40 ± 4.52 in healthy control (p = 0.69). The levels of cholesterol, LDL, triglycerides, CT/HDL didn t have difference between the two groups (p > 0.05). The HDL was higher in RA group vs. control group with 60.56 ± 14.40mg/dl and 54.52 ± 11.55 respectively (p = 0.05). The mean IMT was 0.721 ± 0.16mm in RA and 0.667 ± 0.14mm in control group, and the IMT was higher in patients older than 50 years among RA subjects (p < 0.001). In RA subjects, 14.1% had carotid plaques vs. 1.9% in healthy controls (p = 0.02). In RA group, the carotid plaques were more frequent in patients older than 50 years (p = 0.004). In RA group, 5.6% had antibodies against cardiolipin IgG vs. 3.8% in control group (p > 0.05); 14.1% in RA group had anti-cardiolipin IgM vs. 7.5% (p > 0.05); 43.7% had anti-beta2-gp1 IgA vs 40.8% in control group (p > 0.05). The presence of anti-beta2-gp1 IgG and IgM, and anti-LPL didn t have significant difference between the groups (p > 0.05). The prevalence of antibodies to Hsp 60 and Hsp 65 were similar in RA and in control group (p > 0.05), but the titers of antibodies against Hsp 65 and beta2-gp1 IgM were higher in RA group (p = 0.007 and p = 0.03 respectively). We didn t find relationship between antibodies against cardiolipin IgG and IgM, or beta2-gp1 IgG, IgM and IgA, LPL, Hsp 60 and 65 with mean IMT or plaque carotid (p > 0.05). Discussion: This study confirms the great prevalence of carotid atherosclerosis in RA subjects and its correlation with age, cholesterol and LDL. Although it was found a tendency to have more autoantibodies in RA subjects, there weren t any link between atherosclerosis in RA with autoimmunity against cardiolipin, beta2-gp 1, LPL or Hsp.

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