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Risco cardiovascular em indivíduos segurados por planos de saúde privados / Cardiovascular risk in individuals insured by private health plansGava, Fabiana Gonçalves Seki 22 April 2008 (has links)
As doenças cardiovasculares são uma realidade no país, apresentando um impacto significativo na morbi-mortalidade dos indivíduos e no gasto público relacionado aos tratamentos e aposentadorias precoces. Os altos índices de morte por doença cardiovascular podem ser explicados pela grande incidência de fatores de risco associados a baixos níveis de intervenção sobre esses fatores. O presente trabalho tem como objetivos: caracterizar os indivíduos segurados por planos de saúde privados com relação às variáveis sociodemográficas, antropométrica, comportamental e clínicas; identificar o risco cardiovascular obtido por meio do Escore de Risco de Framingham (ERF) e comparar o ERF entre os indivíduos com relação às referidas variáveis.Trata-se de um estudo transversal comparativo/correlacional, de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em uma empresa privada prestadora de serviços de gerenciamento de doentes crônicos para operadoras de planos privados de saúde, em diversos estados do Brasil. Os critérios de inclusão na amostra foram ter pessoas de ambos os sexos; com idade entre 30 e 74 anos e com prontuários eletrônicos completos para a realização do estudo. Foram estudados 2967 associados, sendo 1339 homens e 1628 mulheres. A amostra foi composta em sua maioria por mulheres (54,9%), por pessoas com 60 anos ou mais (57,4%), com sobrepeso ou obesas (79,5%), com colesterol total e HDL-c dentro da normalidade (61,5% e 59%, respectivamente), normotensos (PAS < 130 = 55,2%; PAD < 85 = 83,1%), não diabéticos (57,9%), não tabagistas (91,4%) e aposentados e donas do lar (60,1%). A escolaridade mostrou predomínio de indivíduos analfabetos ou com nível de escolaridade até o ensino fundamental (39,1%). As patologias mostraram predomínio de indivíduos portadores da HAS (35,8%) e de HAS acompanhada por DM (20,9%). Com relação à estratificação do risco cardiovascular, a maior parte da amostra estava classificada na faixa de médio e alto, ou seja, risco superior a 10% de desenvolver doença arterial coronariana em 10 anos - (55,6%). A análise de regressão logística mostrou que possuem maior risco de apresentar ERF médio/alto os indivíduos do sexo masculino, mais velhos, obesos, com baixa escolaridade, fumantes, com CT >= 200 mg/dl, com baixos níveis de HDL-c, com PAS >= 130 mmHg, com PAD > 90 mmHg e diabéticos (p< 0,05). A análise de regressão multinomial mostrou que possuem maior risco de apresentar ERF médio e alto os indivíduos do sexo masculino, acima do peso, com baixa escolaridade, fumantes, CT >= 200 mg/dl, HDL < 60 mg/dl, PAS >= 130 mmHg, PAD >= 85 mmHg e diabéticos (p< 0,05). O uso da curva ROC mostrou que o ERF pode identificar indivíduos de baixo risco, médio/alto risco, médio risco e alto risco com acurácia considerada ótima (com valores da área sob a curva variando de 0,82 a 0,94). Esses resultados fornecem subsídios na determinação de prioridades de intervenção na pratica clinica com relação aos fatores de risco / The cardiovascular diseases are reality in Brazil, presenting a significant impact in morbi-mortality of the population and in the public expenses related to treatments and precocious retirements. The high averages of death for cardiovascular illness can be explained by the great incidence of risk factors associated to low levels of intervention on these factors. The present research has as objective: to characterize people insured for private health plans related to sociodemographics, anthropometrics, behavioral and clinical variables; to identify the cardiovascular risk by the Framingham Heart Score (FHS) and to compare the FHS among the participants and based on the related variables. This is a transversal, comparative/correlational, quantitative study. The research was realized in a private company that manages people who has chronic diseases for private health plans operators, in diverse states of Brazil. The criteria of inclusion in the sample was: to include people of both the gender; aged between 30 and 74 years and having complete electronic medical register for the accomplishment of the study. 2967 associates had been studied, 1339 men and 1628 women. The sample was composed in its majority by women (54,9%), 60 years old or more (57,4%), overweight or obeses (79,5%), normal results of serum cholesterol and HDL-c (61.5% and 59%, respectively), normal blood presure (systolic blood pressure - SBP < 130 = 55,2%; diastolic blood pressure - DBP < 85 = 83.1%), non diabetic (57,9%), non smoking (91,4%) and pensioners and housewives (60,1%). The scholarity level showed predominance of illiterate individuals or with low scholarity level (39,1%). The patologies showed predominance of associates who have hypertension (35,8%) and hypertension and diabetes (20,9%). About the stratification of the cardiovascular risk, most of the sample was classified in the band of medium/high risk, and/or risk higher than 10% to develop coronary arterial disease in 10 years (55,6%). The analysis of logistic regression showed that have greater risk to present FHS medium/high: male sex associates, older, obeses, with low scholarity levels, smokers, serum cholesterol >= 200 mg/dl, low levels of HDL-c, SBP >= 130 mmHg, DBP > 90 mmHg and diabetic (p < 0,05). The analysis of multinomial regression showed that have greater risk to present average and high FHS: male sex associates, overweight, low scholarity levels, smokers, serum cholesterol >= 200 mg/dl, HDL-c < 60 mg/dl, SBP >= 130 mmHg, DBP >= 85 mmHg and diabetic (p < 0,05). The ROC curve showed FHS can identify individuals of low risk, medium/high risk, medium risk and high risk with accuracy considered excellent (values of the area under the curve varying from 0,82 to 0,94). These results supply subsidies to determine priorities of intervention on risk factors in clinical practice
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Prevalência da aterosclerose subclínica em mulheres na pós-menopausa com risco cardiovascular baixo e intermediário estimado pelo escore de Framingham / Prevalence of subclinical atherosclerosis in postmenopausal women with low and intermediate cardiovascular risk estimated by Framingham scorePetisco, Ana Cláudia Gomes Pereira 29 April 2014 (has links)
As doenças cardiovasculares permanecem como principal causa de mortalidade entre mulheres de vários países, entre eles, o Brasil. A doença arterial coronária ocorre duas a três vezes mais nas mulheres na pós-menopausa que na pré-menopausa, fato possivelmente explicado pela proteção estrogênica. A estratificação de risco pelos escores tradicionais, como o de Framingham, muitas vezes, apresenta-se falha, havendo constante busca por métodos auxiliares (clínicos, laboratoriais ou de imagem) que ajudem na identificação precoce das mulheres mais predispostas a apresentar um evento cardiovascular. O objetivo principal deste estudo foi determinar a prevalência da aterosclerose subclínica em mulheres na pós-menopausa com risco baixo e intermediário pelo escore de risco de Framingham (ERF), avaliando, nas artérias coronárias, o escore de cálcio, na aorta, a presença de calcificação e, nas artérias carótidas, a espessura mediointimal (EMI), a presença de placas ateroscleróticas e a rigidez arterial pela velocidade de onda de pulso (VOP). Os objetivos secundários foram: 1. Avaliar a EMI e presença de placas na artéria subclávia direita, identificando sua correlação com dados clínicos e laboratoriais; e 2. Avaliar associação entre a expressão do mRNA dos genes TNFA, IL6, NOS3 e ESR1 com a presença de aterosclerose subclínica. Foram incluídas 138 mulheres na pós-menopausa. A idade média foi de 56,15 ± 4,93 anos, tempo médio de pós-menopausa foi 8,25 ± 5,97 anos, idade na menopausa, 48,08 ± 5,17 anos e o ERF foi de 2,64 ± 2,13% (mediana: 2%). A prevalência da EMI carotídea aumentada, placas nas carótidas, presença de EMI e/ou placas carotídeas, escore de cálcio maior que zero, calcificação aórtica (CA) e VOP elevada foi de 45,7%, 37,7%, 62,3%, 23,9%, 45,7% e 25,4% respectivamente; e 18,8% não apresentaram alteração em nenhum sítio avaliado. A presença de aterosclerose subclínica (presença de, pelo menos, um exame de imagem alterado) relacionou-se de forma independente com a idade (OR: 1,144; IC95%: 1,032 - 1,369; p=0,011), pressão arterial sistólica (PAS) (OR: 1,041; IC95%: 1,003 - 1,081; p=0,034) e ApoA1 (OR: 0,973; IC95%: 0,952-0,994; p=0,011). Os exames de imagem relacionaram-se entre si, com dados clínicos e laboratoriais. A prevalência de placas na artéria subclávia direita foi 38,4%. A EMI e a presença de placas na artéria subclávia direita relacionaram-se com a EMI e placas de carótidas, VOP, idade, ERF e PAS. A EMI da artéria subclávia relacionou-se também com a CA. A maior expressão mRNA do TNFA e do IL6 relacionou-se com a presença de aterosclerose subclínica, EMI carotídea aumentada e dislipidemia. Maior expressão do IL6 relacionou-se com a VOP. Houve correlação entre expressão do mRNA do NOS3 e EMI carotídea (r=0,20; p=0,01). Concluímos que a prevalência da aterosclerose subclínica foi de 81,2% nas mulheres na pós-menopausa com risco baixo e intermediário (ERF). A EMI e a presença de placas ateroscleróticas na artéria subclávia direita relacionaram-se com valores mais elevados da idade, ERF e PAS. Houve associação entre maior expressão do mRNA dos genes TNFA e IL6 com a presença de aterosclerose subclínica. A expressão do mRNA do gene NOS3 correlacionou-se positivamente com a EMI carotídea. / Cardiovascular diseases remain the leading cause of mortality among women in several countries, including Brazil. Coronary artery disease in women occurs two to three times more after menopause than in premenopausal and can be explained by estrogen protection. Risk stratification by traditional scores such as Framingham score, often presents itself fails; there is a constant search for methods (clinical, laboratory or imaging) that could help in early identification of women that are more predisposed to suffer a cardiovascular event. The aim of this study was to determine the prevalence of subclinical atherosclerosis in postmenopausal women with low and intermediate risk by Framingham risk score (FRS), evaluating calcium score in the coronaries arteries, presence of aortic calcification, carotid intima-media thickness (IMT) and/or presence of atherosclerotic plaque and arterial stiffness by pulse wave velocity (PWV). Other objectives were: 1. Evaluate the IMT and the presence of plaques in right subclavian artery, identifying its correlation with clinical and laboratory data. 2. Evaluate the association between mRNA expression of TNFA, IL6, NOS3 and ESR1 genes with the presence of subclinical atherosclerosis. We analyzed 138 postmenopausal women. The mean age was 56,15 ± 4,93 years, time of postmenopausal was 8,25 ± 5,97 years, age at menopause, 48,08 ± 5,17 years and the ERF was 2,64 ± 2,13 (median: 2). The prevalence of increased carotid IMT, carotid plaques, the presence of IMT and/or carotid plaques, calcium score greater than zero, aortic calcification (AC) and elevated PWV was 45,7%, 37,7%, 62,3%, 23,9%, 45,7% and 25,4%, respectively, 18,8 % did not exhibit any evidence of subclinical atherosclerosis. The presence of subclinical atherosclerosis (presence of at least one positive imaging test) was related by logistic regression with age (OR: 1,144, 95% CI: 1,032 to 1,369, p = 0,011), systolic blood pressure (SBP) (OR: 1,041, 95% CI: 1,003 to 1,081, p = 0,034) and ApoA1 (OR: 0,973, 95% CI: 0,952 to 0,994, p = 0,011). Imaging tests were related with each other, with clinical and laboratory data. The prevalence of plaques in the right subclavian artery was 38.4%. The IMT and presence of plaques in the right subclavian artery were related to carotid IMT and plaques, PWV, age, FRS and SBP. Higher values of TNFA and IL6 mRNA expression were related to the presence of subclinical atherosclerosis, dyslipidemia and increased carotid IMT. Higher IL6 mRNA expression was related to PWV. There was correlation between mRNA expression of NOS3 and carotid IMT (r = 0,20; p = 0,01). We conclude that the prevalence of subclinical atherosclerosis in postmenopausal women with low and intermediate risk was 81.2% (FRS). IMT and right subclavian artery atherosclerotic plaques were related to higher values of age, ERF and SBP. Higher mRNA gene expression of TNFA and IL6 were associated with the presence of subclinical atherosclerosis. There was a positive correlation between mRNA gene expression of NOS3 and carotid IMT.
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Les microARN : biomarqueurs et cibles thérapeuthiques des maladies cardiovasculaires / MicroRNAs : biomarkers and therapeutic targets of cardiovascular diseasesGoretti, Emeline 01 October 2014 (has links)
Les maladies cardiovasculaires (MCV) sont la première cause de décès dans le monde. Les problèmes majeurs dans la gestion de ces patients sont le diagnostic et la prédiction du pronostic. Les microARN (miARN) sont de petits ARN simple brin non codants qui inhibent l’expression des gènes. Les miARN circulants sont apparus comme biomarqueurs potentiels des MCV. Les miARN pourraient être également utiles pour la réparation cardiaque post infarctus du myocarde (IM). Nous avons émis l’hypothèse que les miARN pourraient être utilisés comme biomarqueurs des MCV et outils thérapeutiques dans la réparation cardiaque post-IM. Nous avons évalué la capacité diagnostique des miARN chez des patients avec douleurs thoraciques. Les miR-208b et miR-499 sont de potentiels biomarqueurs diagnostiques chez les patients avec IM mais n’améliorent pas la valeur diagnostique des biomarqueurs traditionnels. Le miR-423-5p permet de prédire la réhospitalisation des patients atteints d’insuffisance cardiaque aiguë et les miR-21 et miR-122 sont associés aux séquelles neurologiques de patients après arrêt cardiaque. Les miARN circulants seraient de potentiels biomarqueurs diagnostiques/pronostiques des MCV. Nous avons également montré qu’inhiber le miR-16 permet de stimuler la prolifération, la différenciation et les capacités pro-angiogéniques des cellules endothéliales progénitrices et que le miR-150 est impliqué dans l’effet de l’adénosine sur leur recrutement post-IM. Les miARN pourraient être utilisés pour améliorer la revascularisation post-IM. En conclusion, nos études contribuent à la caractérisation de plusieurs miARN dont l’utilité clinique dans le domaine cardiovasculaire reste à confirmer. / Cardiovascular diseases are the leading cause of death in the world. Major issues in the management of these patients lie on the diagnosis and the prediction of the prognosis. MicroRNAs (miRNAs) are small single-stranded non-coding RNAs that inhibit gene expression. Circulating miRNAs appeared as potentials biomarkers of cardiovascular diseases. MicroRNAs could be also useful to stimulate cardiac repair. We hypothesized that miRNAs could be used as biomarkers of cardiovascular diseases, and also as therapeutic tools to improve cardiac repair after myocardial infarction. We evaluated the diagnostic capacity of miRNAs in patients with chest pain. MicroRNA-208b and miR-499 were potential diagnostic biomarkers in patients with myocardial infarction, without improving the diagnostic accuracy of traditional biomarkers. MicroRNA-423-5p predicted the rehospitalization of patients with acute heart failure and miR-21 and miR-122 are associated with neurological damage after cardiac arrest. Overall, our results indicate that circulating miRNAs could be useful diagnostic and prognostic biomarkers of cardiovascular diseases. We also showed that inhibiting miR-16 could stimulate the proliferation, differentiation and pro-angiogenic capacities of endothelial progenitor cells and that miR-150 is involved in the effect of adenosine on the recruitment of these cells after myocardial infarction. These results suggest that miRNAs could be used to improve the revascularization after myocardial infarction. In conclusion, our studies contributed to the characterization of several miRNAs, which clinical utility in the cardiovascular field remains to be confirmed.
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Efeitos de uma intervenção cognitivo comportamental em grupo para pacientes hipertensos atendidos em serviços de atenção primária de Ribeirão Preto/SP / Effects of a Cognitive Behavioral Intervention for Hypertensive Outpatients of Primary Care Services in Ribeirão Preto/SP.Rani, Ana Cristina Zordan 17 February 2012 (has links)
As doenças cardiovasculares (DCVs) lideram o ranking de causas de mortes em países desenvolvidos, produzindo custos socioeconômicos elevados. Dentre os fatores de risco para as DCVs, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) surge como uma das principais causas para seu desenvolvimento. Estima-se que, no Brasil, a prevalência da HAS em adultos ultrapasse os 30%, o que a torna um grave problema de saúde pública, sendo seu controle uma das áreas prioritárias de atendimento dos Serviços de Atenção Primária à Saúde. Pelo fato da HAS possuir evolução silenciosa e lenta, os pacientes muitas vezes negligenciam sua condição deixando de seguir o tratamento proposto. Além disso, fatores psicológicos como depressão, ansiedade e estresse podem interferir, tanto no surgimento da HAS como na adesão ao tratamento. A falta de adesão à terapêutica, seja ela medicamentosa ou não, torna-se um problema para os profissionais de saúde. Diversos estudos mostram a importância de intervenções psicológicas para a implantação de mudanças e manutenção de comportamentos que interferem no controle da HAS. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de uma intervenção cognitivo comportamental sobre a pressão arterial (PA), as variáveis psicológicas, o índice de massa corporal (IMC), o comportamento alimentar e a atividade física de hipertensos atendidos em Serviços de Atenção Primária da cidade de Ribeirão Preto/SP. Participaram deste estudo 84 pacientes que foram avaliados utilizando-se entrevista semi-estruturada, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). Os pacientes foram submetidos a uma avaliação inicial e uma avaliação final, para que posteriormente os dados das duas avaliações pudessem ser comparados. Entre uma avaliação e outra os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo de Terapia Cognitivo Comportamental (GTCC) e Grupo de Orientação (GO). Vinte e dois pacientes frequentaram os grupos propostos, sendo 11 do GTCC e 11 do GO, enquanto 62 não participaram de quaisquer grupos. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística significante entre o GTCC e o GO, o que pode estar relacionado ao baixo número de participantes. Quanto às características sócio demográficas (n=84) observou-se que a maioria era do sexo feminino (76,2%), com idade superior a 50 anos, com companheiro (60,7%), com nível de escolaridade até o ensino fundamental completo (53,6%), sem emprego ou aposentados (60,7%) e com renda familiar superior a três salários mínimos (62,0%). Observou-se ainda que a maioria apresentava IMC acima da taxa de normalidade (75,0%) e não praticava atividade física (64,3%). Tinham sua PA controlada 54,8% dos sujeitos e 94% faziam uso de medicação. Quanto aos fatores psicológicos, 53,6% apresentavam sintomas de estresse, 20,2% obtiveram pontuação do BDI que indicava sintomas de transtorno depressivo e 23,8% apresentavam sintomas ansiosos. Considerando-se a baixa frequência de participação nos grupos buscou-se também avaliar a não adesão ao tratamento proposto. Comparando-se os participantes que aderiram aos grupos (n=22) com aqueles que não aderiram (n=62) observou-se diferença estatística significante quanto ao sexo, estado civil, escolaridade, renda familiar, diabetes melittus, conhecimento da PA, conhecimento da PA tida como normal e presença de estresse. No Grupo Adesão houve predomínio de participantes do sexo feminino (95,5%), sendo que a maioria não possuía companheiro (59,1%), tinha nível de escolaridade elevado (72,7%) e possuía renda familiar superior a três salários mínimos (77,3%). No que se refere ao conhecimento e manejo da HAS, no Grupo Adesão, 100% dos participantes conheciam a sua PA após os encontros grupais. Quanto à presença de estresse, houve diminuição de 59,1% para 31,8% entre aqueles indivíduos que aderiram ao tratamento proposto. Os dados indicaram que as mulheres procuram mais os serviços de saúde e que o nível de escolaridade e a renda familiar elevados podem favorecer a adesão ao tratamento. A análise qualitativa dos motivos para a não adesão mostrou que a \"falta de tempo\" foi o principal motivo que dificultou a presenças dos pacientes nos grupos. De maneira geral, os participantes do estudo acreditaram que o \"desinteresse com a própria saúde\" foi o principal fator que interferiu na adesão aos grupos. As principais sugestões dos pacientes para melhorar a adesão estão relacionadas a mudanças na estrutura dos grupos. Os dados deste estudo podem ter sido comprometidos pelo baixo número de participantes nos grupos; o GTCC não favoreceu mais mudanças comportamentais do que o GO, o que indica que uma intervenção tão elaborada pode não ter uma boa relação custo benefício. Variáveis que não foram controladas podem ter favorecido as mudanças observadas no GO. Como alternativa para aumentar a adesão aos grupos pode-se propor telefonemas semanais aos pacientes, folhetos informativos, atenção da equipe multidisciplinar, auxílio da instituição de saúde na divulgação dos encontros e mudança do nome do grupo. Contudo, para a adequação desta intervenção cognitivo comportamental, novos estudos precisam ser realizados com amostras compostas por um maior número de sujeitos. / Cardiovascular diseases (CVDs) lead the ranking of causes of death in developed countries, producing high socioeconomic costs. Among the risk factors for cardiovascular diseases, hypertension has emerged as a major reason for their development. It is estimated that in Brazil, the prevalence of hypertension in adults exceeds 30% which makes it a serious public health problem, being its control a priority area in Primary Health Care. Because hypertension has silent and slow evolution, patients often neglect their treatment. In addition, psychological factors like depression, anxiety and stress can interfere with the onset of hypertension and treatment adherence. The nonadherence to drug therapy or other kinds of therapies becomes a problem for health professionals. Several studies shown the importance of psychological interventions for the implementation of changes and maintenance of behaviors that interfere with control of hypertension. The objectives of this study were to evaluate the effect of a cognitive behavioral intervention on blood pressure (BP), psychological variables, body mass index, physical activity and feeding behavior of hypertensive patients in primary care services of the city Ribeirão Preto/SP. The study included 84 patients, which were assessed using a semi-structured interview, Lipp\'s Inventory of Stress Symptoms in Adults (ISSL), Beck Depression Inventory (BDI) and Beck Anxiety Inventory (BAI). They were submitted to an initial assessment and a final evaluation so that data from the two moments could be compared. Between assessments the outpatients were divided into two groups: Cognitive Behavioral Therapy Group (CBTG) and Orientation Group (OG), 22 of them adhered to treatment, 11 of the CBTG and 11 of the OG, while 62 did not adhere. The results showed no statistically significant difference between the CBTG and OG which may be related to the low number of participants. With regard to sociodemographic data (n = 84) it was observed that the majority were female (76.2%), older than 50 years, with a partner (60.7%), with an elementary level of education (53.6%), unemployed or retired (60.7%) and family income above three minimum wages (62.0%). It was also observed that the majority had body mass index above the normal rate (75.0%) and physical inactivity (64.3%). They had their blood pressure controlled and 54.8% and 94.0% of the subjects were using medication. As for psychological factors, 53.6% had symptoms of stress, 20.2% had BDI scores indicating symptoms of depressive disorder and 23.8% had anxiety symptoms. Considering the low adherence in groups it was also assessed the nonadherence to the proposed treatment. Comparing the participants who joined the groups (n = 22) with those who did not adhere (n = 62) it were observed significant differences regarding sexgender, marital status, education, family income, diabetes mellitus, knowledge of blood pressure, knowledge of blood pressure regarded as normal and the presence of stress. In the group where adherence treatment was observed, it was verified a predominance of female participants (95.5%), and that most had no partner (59.1%), had higher education (72.7%) and had a family income above three minimum wages (77.3%). With regard to knowledge and management of hypertension in the group that adhered to treatment, 100% of the participants knew their blood pressure after the group meetings. Regarding the presence of stress, it decreased from 59.1% to 31.8% among those individuals who have joined the proposed treatment. The data indicated that more women seek health services and the education level and family income levels may promote adherence to treatment. Qualitative analysis of the reasons for nonadherence showed that \"lack of time\" was the main reason that hindered the participation of patients in groups. Overall, the study participants believed that the \"indifference regarding their own health\" was the main factor that interfered with adherence to the groups. The main suggestions to improve patients\' adherence are related to changes in the structure of the groups. Data from this study may have been compromised by the low number of participants in the groups. The CBTG did not favor more behavioral changes than the OG, which indicates that such elaborated intervention may not have a cost-effective relation. Variables that were not controlled may have favored the changes observed in OG. As an alternative to increasing adherence to groups it can be proposed weeklytelephone calls to patients, newsletters, multidisciplinary care team, assisting of the health institution in order to promote the meetings and group name change. However, for the adequacy of cognitive behavioral intervention, further studies are needed with samples composed of a greater number of subjects.
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Avaliação de Fatores de Risco Cardiovascular, com ênfase na Hipertensão Arterial, em Indígenas da Etnia Mura: estudo comparativo entre população rural e urbana / Assessment of cardiovascular risk factors, emphasizing Arterial Hypertension, in Indians from Mura Ethnicity: comparative investigation between rural and urban populationsSouza Filho, Zilmar Augusto de 20 February 2017 (has links)
A prevalência de fatores de risco cardiovascular, com destaque para a hipertensão arterial tem mostrado tendência presente e ascendente em populações indígenas. O objetivo principal desse estudo foi comparar o perfil de fatores de risco cardiovascular, com destaque para hipertensão arterial, em indígenas Mura da área rural e urbana do município de Autazes, Amazonas. Casuística e Métodos: Estudo transversal, realizado no município de Autazes no estado do Amazonas com 455 indígenas da etnia Mura (234 indígenas da área rural e 221 da área urbana). Os participantes foram caracterizados em relação a variáveis sociodemográficas, hábitos e estilos de vida, condições de saúde, perfil antropométrico, perfil lipídico e glicemia de jejum. A pressão arterial foi avaliada pela medida casual, com aparelho automático validado. Hipertensão foi definida para valores 140 e/ou 90 mmHg ou diagnóstico prévio de hipertensão.Avaliou-se os fatores associados a hipertensão arterial, por meio da regressão de Poisson com variância robusta, sendo considerados estatisticamente significativos, valores de p0,05. Resultados: A maioria era do sexo feminino (57,8%), a média de idade foi de 42,2(16,7) anos, analfabetismo e ensino fundamental incompleto (58,0%), morando com companheiro (73,5%). A prevalência de hipertensão nos indígenas Mura foi de 26,6% (IC95% 22,5-30,7), menor entre os da área rural (21,8% vs 31,7%,p0,05). Os indígenas Mura da área rural foram diferentes (p0,05) dos indígenas da área urbana, respectivamente, em relação a: idade menos elevada [40,5(16,5) vs 43,7(16,8) anos)]; estado civil amasiado (58,2% vs 33,4%); renda familiar menorque três salários (43,6% vs 51,6%); mais trabalho temporário (61,5% vs 47,1%); venda mais elevada de produtos agropecuários e da pesca (53,4% vs 30,3%); pertencentes a classe econômica D e E (97,8% vs 74,2%). Em relação às características antropométricas, os indígenas da área rural foram diferentes (p0,05) dos da área urbana, respectivamente, para: IMC menos elevado [25,7(4,1) vs 27,6(5,2) kg/m²]; presença de obesidade (15,8% vs 35,3%); circunferência da cintura aumentada substancialmente (8,5% vs 42,1%); relação cintura quadril aumentada (81,2% vs 89,1%); percentual de gordura corporal muito alta (32% vs 48,8%); gordura visceral alto (17,1% vs 25,3%). Quanto aos hábitos e estilos de vida, os indígenas da área rural foram diferentes (p0,05) dos da área urbana em relação ao: menor índice de tabagismo com 11 anos ou mais (46,5% vs 62,0%); maior índice de: etilismo (57,3% vs 22,2%), sedentarismo (17,1% vs 11,3%)]. Quanto o modo de preparo dos alimentos, os indígenas da área rural se diferenciaram (p0,05) dos da área urbana, respectivamente, quanto à maior: utilização do método da cocção (81,2% vs 72,8%); adição de sal nas refeições prontas (58,1% vs 43,9%) e utilização de açúcar (100% vs 97,7%). Em relação à hipertensão arterial, os indígenas da área rural foram diferentes (p0,05) dos da área urbana, respectivamente, quanto à: menor prevalência de hipertensão referida (12,8% vs 28,1%); receberam menos orientações para tratamento não medicamentoso (18,2% vs 55,8%); deixaram de comparecer às consultas marcadas por falta de dinheiro (68,4% vs 25,0%); tinham dificuldade para realizar o tratamento medicamentoso por esquecimento (85,0% vs 14,3%). Quanto aos antecedentes familiares de doenças cardiovasculares, os indígenas da área rural referiram menos (p0,05): problemas de coração (28,6% vs 34,8%), acidente vascular encefálico (22,6% vs 34,8%), diabetes mellitus (26,0% vs 45,7%), dislipidemias (25,6% vs 43,9%) e de hipertensão arterial (57,7% vs 72,4%). Em relação aos antecedentes pessoais, os indígenas da área rural foram diferentes (p0,05) ao referirem ausência: de problemas de coração (63,7% vs 72,4%), de acidente vascular encefálico (99,1% vs 94,1%), de diabetes mellitus (62,0% vs 83,3%) e de dislipidemias (56,0% vs 60,3%). Os indígenas hipertensos foram estatisticamente diferentes dos indígenas não hipertensos, respectivamente, em relação a: idade mais elevada [53,6(16,6) vs 37,9(14,4) anos]; analfabetismo e ensino fundamental incompleto (71,0% vs53,3%); viver sem companheiro (60,3% vs 77,2%); renda familiar menor que três salários (57,1% vs 44,0%); tinham menos trabalho remunerado temporário (46,3% vs 57,5%); menos benefício de programa social (43,8% vs 66,2%); aposentados (43,0% vs 20,4%). Os indígenas hipertensos foram diferentes (p0,05) dos indígenas não hipertensos por apresentarem a maior elevação: do IMC [28,9(5,0) vs 25,8(4,3) kg/m²], de obesidade (40,5% vs 19,8%), da circunferência do pescoço aumentada (75,2% vs 54,8%); da circunferência da cintura aumentada substancialmente (28,1% vs 21,9%), da relação cintura quadril aumentada (95,0% vs 81,4%), índice de conicidade mais elevado [1,32(0,05) vs 1,25(0,07)], gordura visceral muito alto (55,4% vs 34,7 gordura corporal muito alto (22,3% vs 5,7%); músculo esquelético baixo (45,0% vs 25,1%). Apresentaram ainda: triglicérides alto (30,6% vs 16,8%); colesterol alto (16,5% vs 6,0%); diabetes mellitus (6,6% vs 1,8%). Quanto aos hábitos de vida, os indígenas hipertensos referiram menos (p0,05): tabagismo (12,4% vs 23,4%), utilização de pílula ou hormônio anticoncepcional (15,1% vs 26,8%, p0,05). Eram mais praticantes de atividades físicas regulares (50,4% vs 46,1%). Quanto à alimentação, os indígenas hipertensos foram diferentes (p0,05) quanto à menor aquisição de alimentos da caça e/ou pesca (48,8% vs 68,3%), menor utilização de óleo vegetal (96,7% vs 99,7%) e adição de sal nas refeições prontas (43,0% vs 54,2%), porém utilizava mais gordura animal ou banha para o preparodos alimentos (12,7% vs 5,1%). Os indígenas hipertensos foram diferentes (p0,05) dos indígenas não hipertensos por apresentarem respectivamente mais história pregressa: de problemas de coração (14,9% vs 3,6%), de ocorrência de acidente vascular encefálico (9,1% vs 1,2%), ter diabetes mellitus (12,4% vs 2,4%) e ter tido e/ou ainda possuir dislipidemias (29,2% vs 9,6%).O fator de risco não modificável associado à hipertensão foi a idade [RP ajustada = 1,04 (IC95% 1,03-1,05)]. Entre os fatores modificáveis associaram-se à hipertensão: o IMC [RP ajustada = 1,07 (IC95%1,05-1,10)], os triglicerídeos classificados como limítrofe [RP ajustada = 1,68 (IC95% 1,19-2,38)] e alto [RP ajustada = 1,47 ( IC95% 1,06-2,04)], antecedente pessoal de dislipidemia [RP ajustada = 1,50(IC95% 1,09-1,94)], preparo de alimentos com gordura animal [RP ajustada = 1,89(IC95% 1,30-2,74)] e com gordura vegetal animal [RP ajustada = 0,36(IC95% 0,26-0,51)]. Conclusão: A prevalência de hipertensão foi alta, ainda se observou sinais de mudanças de hábitos e estilos de vidas, semelhantes à população não indígena. / The prevalence of cardiovascular risk factors, highlighting the arterial hypertension, has shown current and ascendant trend in Indian samples. The main objective of this study was to compare the profile of cardiovascular risk factors, emphasizing the arterial hypertension, of Mura ethnicitys Indians from rural and urban zones in Autazes, Amazon. Casuistic and Methods: cross-sectional research conducted in Amazon state with 455 Indians from the Mura ethnicity (234 Indians from rural zone and 221 from urban zone). We characterized the sample regarding sociodemographic variables, habits and lifestyle, health status, anthropometric profile, fat levels, and fasting glucose.Blood pressure was assessed trough casual measure with a validated automatic device.Hypertension was defined when blood pressure was 140 and/or90 mmHg or face a previous medical diagnosis of it.Poisson Regression with robust variance was applied to assess the factors associated with arterial hypertension. P values 0,05 were considered statistically significant. Results: Most of sample was complained for women (57,8%), with mean age of 42,2(16,7) years, Illiteracy and incomplete basic education (58,0%) and living with a partner (73,5%). The prevalence of hypertension in the Mura Indians was of 26,6% (95% CI 22,5-30,7), lower among those from rural zone (21,8% vs 31,7%, p0,05). The Mura Indians from rural area were different (p0,05) of those from urban ones regarding to: early age [40,5(16,5) vs43,7(16,8) years)]; cohabitating marital status (58,2% vs 33,4%); family income lower than 3 minimum wages (43,6% vs 51,6%); extra temporary work (61,5% vs 47,1%); increased selling of agricultural and fishing products (53,4% vs 30,3%); and pertaining the economic classesD and E (97,8% vs 74,2%). Concerning the anthropometric features, the Indians from rural area were different (p0,05) of those from urban zones, respectively, for: lower IMC [25,7(4,1) vs 27,6(5,2) kg/m²]; presence of obesity (15,8% vs 35,3%); substantially increasedwaist circumference (8,5% vs 42,1%); increased waist-hip ratio (81,2% vs 89,1%); very high Fat body percentage (32,0% vs 48,8%); high visceral fat (17,1% vs 25,3%). About habits and lifestyle, Indians from the rural zone showed difference (p0,05) to the other group regarding: lower index of smoking- 11 years or more (46,5% vs 62,0%); higher index of alcoholism (57,3% vs 22,2%); and sedentary lifestyle (17,1% vs 11,3%)]. The use of cooking method (81,2% vs 72,8%); extra salt in ready meals (58,1% vs 43,9%) and sugar intake (100% vs 97,7%) were different between the groups. In relation to arterial hypertension, both groups had differed (p0,05) in respect of: lower prevalence of referred hypertension (12,8% vs 28,1%); poorly guided about non-pharmacological treatment (18,2% vs 55,8%); absence in medical consultation due to lack of money (68,4% vs 25,0%); and difficulty to attend the pharmacological therapy due to forgetting (85% vs 14,3%). About the family background on heart diseases, the Indians from rural zone reported less (p0,05): heart diseases(28,6% vs 34,8%), brain stroke (22,6% vs 34,8%), diabetes mellitus (26,0% vs 45,7%), dyslipidemias (25,6% vs 43,9%) andarterial hypertension (57,7% vs 72,4%). The personal antecedents of rural Indians were different (p0,05) in the absence of: heart diseases (63,7% vs 72,4%), brain stroke (99,1% vs 94,1%), diabetes mellitus (62,0% vs 83,3%) and dyslipidemias (56,0% vs 60,3%). Hypertensive Indians were statistically different from the healthy ones regarding to: advanced age [53,6(16,6) vs 37,9(14,4) years]; Illiteracy and incomplete basic education (71,0% vs 53,3%); single marital status (60,3% vs 77,2%); family income less than three minimum wages (57,1% vs 44,0%); less temporary paid labor (46,3% vs 57,5%); less social programs benefits (43,8% vs 66,2%); retired (43,0% vs 20,4%). The group(hypertensive) differed by presenting increased: BMI [28,9(5,0) vs 25,8(4,3) kg/m²], obesity (40,5% vs 19,8%), neck circumference (75,2% vs 54,8%); waist circumference (28,1% vs 21,9%), hip-waist ratio (95,0% vs 81,4%), conicity index [1,32(0,05) vs 1,25(0,07)], visceral fat (55,4% vs 34,7),body fat (22,3% vs 5,7%); and poor skeletal muscle (45,0% vs 25,1%). They also presented: high levels of triglycerides (30,6% vs 16,8%); high cholesterol levels (16,5% vs 6,0%); and diabetes mellitus (6,6% vs 1,8%). Concerning life habits, hypertensives Indians referred less: smoking (12,4% vs 23,4%) and use of contraceptive pill or hormones (15,1% vs 26,8%, p0,05). They practice more regular physical activities than the non-hypertensive individuals (50,4% vs 46,1%). Hypertensive Indians were different on nutrition, regarding to: lower acquisition of hunting and fishing foods (48,8% vs 68,3%), lower use of vegetal oil (96,7% vs 99,7%) and higher salt addition in ready meals (43,0% vs 54,2%). However, they use more animal fat or lard for foods preparation (12,7% vs 5,1%). These hypotensive Indians had also more previous antecedents of: heart diseases (14,9% vs 3,6%), brain stroke occurrence (9,1% vs 1,2%), diabetes mellitus (12,4% vs 2,4%) and presence or historic of dyslipidemias (29,2% vs 9,6%).The unchangeable risk factor associated to hypertension was age [PR adjusted = 1,04 (95% CI1,03-1,05)]. The following changeable risk factors associated to the outcome were: BMI [PR adjusted= 1,07 (95% CI1,05-1,10)], border [PR adjusted = 1,68 (95% CI1,19-2,38)] and high [PR adjusted = 1,47 (95% CI1,06-2,04)] levels of triglycerides, personal records of dyslipidemia [PR adjusted = 1,50(95% CI1,09-1,94)], food preparation with animal [PR adjusted = 1,89(95% CI1,30-2,74)] and animal-vegetal fats [PR ajusted = 0,36(95% CI0,26-0,51)]. Conclusion: Hypertension was highly prevalent and the signs of lifestyles and habits changes were similar to those found in non-Indian population.
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Estudo da relação entre pressão de perfusão coronariana e função cardíaca em ratos endotoxêmicos / Septic myocardial dysfunction: role of coronary driving pressure in the subendocardic perfusionClara Batista Lorigados 07 July 2014 (has links)
Pacientes sépticos com disfunção miocárdica apresentam mortalidade significativamente superior comparados aos sépticos sem alteração cardiovascular. Vários mecanismos contribuem para disfunção orgânica na sepse, como diminuição de perfusão tecidual. A sepse está relacionada a alterações na microcirculação e na permeabilidade capilar que apresentam papel fundamental na fisiopatologia das disfunções orgânicas. O objetivo do estudo foi analisar o papel da pressão de perfusão coronariana como fator determinante do fluxo sanguíneo na microcirculação miocárdica e sua correlação com a função cardíaca sistólica e diastólica em ratos endotoxêmicos. Ratos machos, Wistar, 300g, receberam LPS 10 mg/kg ip. Após uma hora e meia da injeção, um cateter de pressão-volume foi locado no VE e um cateter pressórico na artéria femoral para aquisição dos parâmetros hemodinâmicos cardíacos e sistêmicos respectivamente. Foram estudados os ratos que apresentaram choque endotoxêmico (PAM <= 65 mmHg). Um grupo foi tratado com norepinefrina iv e outro com araminol iv, para atingir PAM de 85 mmHg. Para o estudo do fluxo sanguíneo, microesferas amarelas (15 ?m) foram injetadas no VE para analisar a microcirculação cardíaca. O coração foi analisado em três partes: VD, região epicárdica e região subendocárdica do VE. O estudo demonstrou uma redução de 58% na PPC e de 50% no fluxo miocárdico nos ratos com choque endotoxêmico. Houve queda de 34% na dP/dt max e 15% na dP/dt min comparados ao controle. Os parâmetros de função cardíaca sistólica volume-independentes, Ees e dP/dtmax / EDV, também apresentaram redução. Nos ratos tratados com norepinefrina, observou-se aumento da PPC (38 ± 2 vs. 59 ± 3 mmHg, LPS vs. LPS+NOR) e do fluxo sanguíneo miocárdico (2,0 ± 0,6 vs. 6,2 ± 0,8 mL/min.g tecido, LPS vs. LPS+NOR) e os índices de função cardíaca sistólica e diastólica mostraram recuperação. A PPC apresentou correlação significativa com o fluxo sanguíneo subendocárdico do VE.Os dados demonstraram que os animais em choque endotoxêmico e, portanto com PPC baixa, apresentaram redução no fluxo sanguíneo na microcirculação miocárdica, sobretudo no ventrículo direito e na região subendocárdica de VE. Isto se correlacionou com a disfunção cardíaca sistólica e diastólica. Ao elevar-se a PPC com a utilização de norepinefrina, houve aumento do fluxo sanguíneo miocárdico acompanhado de recuperação dos índices de função cardíaca / Septic patients with myocardial dysfunction have higher mortality compared to patients with no cardiovascular alteration. The aim of the present study was to investigate the role of coronary driving pressure as determinant factor of myocardial microcirculation blood flow and its correlation with the cardiac function in endotoxemic heart. Wistar rats, male, 300g were used. Endotoxemia was induced by the injection of 10 mg / kg ip LPS. After 1.5 h of injection, hemodynamic evaluation was performed. It was studied rats with MAP <= 65 mmHg. Norepinephrine and araminol were used to handle MAP to 85 mmHg. Millar catheter was placed in the left ventricle to the acquisition of cardiac parameters. Microspheres were infused into the left ventricle with a pump and it was collected blood from femoral artery and tissue samples, to measure blood flow in the myocardium (RV, subendocardium LV e epicardium LV) and other organs. Left ventricle parameters demonstrated a reduction (34%) in dP/dt max and (15%) in dP/dt min. Load independent indexes, Ees and dP/dtmax/ EDV showed a reduction after LPS. The coronary driving pressure was (58%) reduced in the endotoxemic rats. We found a reduction in myocardial blood flow (80%) in animals with mean arterial blood pressure below 65 mmHg. Norepinephrine increased coronary driving pressure (38 ± 2 vs. 59 ± 3 mmHg LPS vs. LPS+NOR), and microcirculation perfusion (2.0 ± 0.6 vs. 6.2 ± 0.8 mL/min.g tissue, LPS vs. LPS+NOR). Coronary driving pressure presented a significant correlation with sub endocardium blood flow. These data indicated that myocardial blood flow of left ventricle subendocardial region and right ventricle was decreased in endotoxemic rats in a coronary driving pressure dependent way. The reduced myocardial blood flow was determinant of cardiac dysfunction. Increasing systemic arterial blood pressures and consequently the coronary driving pressure, it succeeded to improve myocardial blood flow and cardiac function
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Efeitos do guaraná (Paullinia cupana) na saúde cardiovascular: uma revisão sistemática / Effects of guarana (Paullinia cupana) on cardiovascular health: a systematic reviewAndressa Ferreira Campos 01 August 2018 (has links)
Introdução: O consumo de alimentos fontes de substâncias bioativas podem representar uma abordagem na inibição dos danos provocados pelo excesso de radicais livres, tornando-se uma alternativa na prevenção e controle das doenças cardiovasculares e suas complicações associadas, as quais apresentam significativas taxas de mortalidade e alocação de recursos públicos no Brasil. O guaraná (Paullinia cupana), planta nativa brasileira, apresenta em sua semente significativa concentração polifenóis atribuindo característica antioxidante, tornando-se objeto de interesse científico. Objetivo: Avaliar por meio de uma revisão sistemática os efeitos do guaraná (Paullinia cupana) na saúde cardiovascular em humanos. Metodologia: A revisão sistemática foi registrada no PROSPERO (CRD42018083312) e foram seguidas as propostas da Colaboração Cochrane e checklist PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Os estudos foram selecionados nas bases de dados: PubMed, Scopus, Web of Science, The Cochrane Library, Embase e Lilacs. Considerou-se o período de publicação de Dezembro de 2000 a Dezembro de 2017. Na estratégia de busca foram considerados os seguintes grupos de descritores: população (seres humanos), exposição (guaraná) e desfechos (indicadores de risco cardiovascular). Os critérios de elegibilidade foram: estudos realizados em humanos de qualquer faixa etária; nos idiomas Português, Inglês e Espanhol; descritores de acordo com os indicadores de risco cardiovascular. Artigos potencialmente elegíveis foram selecionados por dois revisores separadamente. Resultados: Foram identificados 142 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, 5 artigos preencheram os critérios de elegibilidade e foram analisados. Investigações experimentais sugeriram que o consumo ou suplementação do guaraná (Paullinia cupana) podem estar associados à efeitos positivos no metabolismo lipídico, principalmente nas concentrações de lipoproteína de baixa densidade (LDL) e desfecho para eventos ateroscleróticos, parâmetros pressóricos, enzimas e marcadores do estresse oxidativo. Essas implicações tendeciam ao guaraná um efeito cardioprotetor, imunomodulador, antiaterogênico, contribuintes de maneira geral, para redução de fatores de risco às doenças cardiovasculares. Discussão: Embora muitos benefícios provenientes do guaraná (Paullinia cupana) já tenham sido relatados, são escassos os estudos relacionando o consumo ou suplementação com desfechos cardiovasculares. Diversos compostos bioativos estão presentes em sua composição, sendo poucos os estudos que conseguiram definir qual o princípio ativo responsável diretamente por estas alegações à saúde cardiovascular, além de não haver consenso em relação a dosagem, além das suas diversificadas formas de administração e consumo. Porém diante dos estudos analisados, estes apresentam implicações as quais tendenciam ao consumo do guaraná o efeito cardioprotetor, imunomodulador, antiaterogênico, contribuintes de maneira geral, para redução de fatores de risco às doenças cardiovasculares. Conclusão: Este é o primeiro estudo de revisão sistemática com a temática abordada, porém são necessários mais estudos com elevada qualidade metodológica, favorecendo melhor compreensão dos benefícios do guaraná em detrimentos aos fatores de risco cardiovascular, possibilitando evidências mais consistente, agregando benefícios quanto aos desfechos e impactos a nível de saúde pública, principalmente por tratar-se de um fruto nativo brasileiro. / Introduction: The use of biological calorie sources may be a strategy to inhibit the damage caused by excess free radicals, becoming an alternative in the prevention and control of cardiovascular diseases and their associated complications, such as mortality rates, allocation of public resources in Brazil. Guaraná (Paullinia cupana), a native Brazilian plant, presents in its seed a high concentration of polyphenols attributing the antioxidant functionality, becoming an object of scientific interest. Objective: To evaluate for a systematic review of the effects of guarana (Paullinia cupana) on cardiovascular health in humans. Methodology: The systematic journal was registered in PROSPERO (CRD42018083312) and were followed as proposals of the Cochrane Collaboration and PRISMA checklist (Preferred Reports Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes). The authors were selected in the databases: PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, Embase and Lilacs. The research strategy used was the following in the following indicators: cardiovascular risk indicators. The eligibility criteria were: studies in humans of any age group; in Portuguese, English and Spanish; Descriptors according to cardiovascular risk indicators. The eligible processes were selected by two reviewers separately. Results: 142 articles were identified. After reading the titles and abstracts, the five items selected were the eligibility criteria and were. Experimental experiments that can be consumed and guarana (Paullinia cupana) supplementation may be associated with positive effects for lipid metabolism, especially on low density lipoprotein (LDL) molecules and for atherosclerotic events, blood pressure parameters, enzymes and markers of oxidative stress. Keywords with the objective of protecting the cardioprotector, immunomodulator, antiatherogenic, general contributor, to reduce cardiovascular risk factors. Discussion: The scaly benefits of guarana (Paullinia cupana) have been related, there are few studies related to consumption or supplementation with cardiovascular outcomes. Several bioactive compounds are present in its composition, and few studies have been able to define what is the active factor for these cardiovascular claims, besides having no relation to the dosage, in addition to its diversified forms of administration and consumption. The role of immunomodulatory, antiatherogenic, and generally contributing contributors to reducing risk factors for cardiovascular disease. Conclusion: This is the first systematic review study with an approach approached, however, with the same cardiovascular risk indicators, making it possible to obtain the most consistent, adding benefit to outcomes and public health care, mainly because it is treated of a Brazilian native fruit.
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Avaliação microbiologica da interrelação entre a doença periodontal e a doença aterosclerotica coronariana obstrutiva / Microbiological evaluation of the relationship between periodontal disease and the obstructive atherosclerotic coronary diseaseSilva Filho, Wagner Leal Serra e 12 October 2008 (has links)
Orientador: Antonio Wilson Sallum / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-09-11T21:13:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a interrelação entre a Doença Periodontal e a Doença Aterosclerótica Coronariana Obstrutiva (DACO), em pacientes com indicação de Angioplastia Transluminal Coronária Percutânea (ATCP). Para esse fim, foram selecionados 18 pacientes com DACO e diagnóstico de doença periodontal crônica. Após exame periodontal, foram coletadas amostras de biofilme subgengival nos sítios periodontalmente comprometidos, bem como nos balões utilizados durante o procedimento de Angioplastia para esmagamento da placa aterosclerótica. Em seguida, as amostras foram utilizadas para verificação dos microorganismos presentes, por meio da técnica de amplificação do DNA pela reação em cadeia de polimerase (PCR). As amostras de biofilme subgengival e dos balões foram comparadas entre si e com DNA puro dos patógenos periodontais (Aggregatibacter actinomycetencomitans - Aa, Porphyromonas ginginvalis - Pg, Prevotella intermédia - Pi, Tannerella forsythensis - Tf). Ao final das análises microbiológicas, os resultados detectaram Pg em 11,1% e Tf em 38,9% dos balões de angioplastia. Nenhuma amostra de balão foi positiva para Prevotella intermédia (Pi) e para Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa). Após análise estatística pelo teste McNemar, com nível de significância de 5%, e dentro dos limites deste estudo, pode-se concluir que apesar de terem sido encontradas amostras de dois patógenos periodontais (Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythensis) nos balões de angioplastia e no biofilme subgengival, esta correlação não foi estatisticamente significante; não permitindo a afirmação de que exista associação causal entre a doença periodontal e a doença aterosclerótica coronariana obstrutiva. / Abstract: The aim of this study was to evaluate the relationship between periodontal disease and obstructive atherosclerotic coronary disease (OACD) in patients with indication for percutaneous transluminal coronary angioplasty (PTCA). Eighteen patients with diagnose of periodontal disease and OACD were selected for this study. After thorough periodontal examination subgengival biofilm samples were collected in periodontal pockets with probing depth _ 5mm. The balloons used to crush the atherosclerotic plaques during the angioplasty procedure were collected. Bacteria found in biofilm and balloons were identified using polymerase chain reaction (PCR) assays. Bacteria from periodontal pockets were compared with the microorganisms detected in the atherosclerotic plaques obtained from the same patient and with the pure DNA of periodontal pathogens (Aggregatibacter actinomycetencomitans - Aa, Porphyromonas ginginvalis - Pg, Prevotella intermédia - Pi, Tannerella forsythensis - Tf). After the microbiological analysis it was observed the presence of Pg in 11.1% of the samples, Tf in 38.9% of the balloons. None of the balloons were positive for the presence of Pi and Aa. After statistic analysis for McNemar test, with significance level of 5%, and within the limits of this study, it can be concluded that even though two periodontal pathogens (Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythensis) were found both in the balloons and subgingival biofilms, the correlation between the samples was not significant, thus not allowing the assertive that there is a causal relationship between periodontal disease and obstructive atherosclerotic coronary disease. / Doutorado / Periodontia / Doutor em Clínica Odontológica
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Angiografia coronária não-invasiva por meio de tomografia computadorizada: determinação da acurácia de sistema isotrópico com 32 colunas de detectores em pacientes com doença arterial coronariana avançada / Noninvasive coronary angiography by computed tomography: assessment of the accuracy of an isotropic system with 32 detector rows in patients with advanced coronary artery diseaseCordeiro, Marco Aurelio Santos 11 July 2005 (has links)
A doença arterial coronária (DAC) avançada caracteriza-se pela presença de vasos calcificados e difusamente estenosados, o que reduz a acurácia da angiografia coronária não-invasiva por meio dos atuais aparelhos de tomografia computadorizada (CT) com 16 colunas de detectores (16-MDCTA). O principal objetivo deste estudo foi tentar demonstrar uma acurácia diagnóstica global de pelo menos 90% para a detecção de estenoses coronárias >= 50% em pacientes com DAC avançada e alta probabilidade de possuírem escores de cálcio coronário elevados, mediante a utilização de um sistema de CT com 32 colunas de detectores, todas capazes de adquirir simultaneamente cortes com 0,5 mm de espessura (32x0,5-MDCTA). Angiografias coronárias sincronizadas ao traçado de ECG foram obtidas por meio da 32x0,5-MDCTA (32 cortes de 0,5 mm, voxels isotrópicos de 0,35x0,35x0,35 mm³, rotação do gantry a 400 ms) em 30 pacientes consecutivos (25 do sexo masculino, com idade média igual a 59±13 anos e índice de massa corpórea médio de 26,2±4,9 Kg/m²) e portadores de DAC avançada. As principais artérias nativas, incluindo seus ramos de primeira ordem com diâmetro >= 1,5 mm bem como os enxertos coronários existentes, foram avaliados de forma independente quanto à presença de estenoses >= 50%. Os stents foram excluídos. As angiografias coronarianas convencionais (realizadas em média 18±12 dias antes das respectivas 32x0,5-MDCTAs) foram analisadas de maneira quantitativa (angiografia coronária quantitativa). A mediana do escore de cálcio de Agatston foi igual a 510 (variação entre 3 e 5066). A sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos positivo e negativo para a detecção de estenoses >= 50% nas artérias coronárias nativas foram seguintes: 76% (29/38), 94% (190/202), 71% (29/41), e 96% (190/199), respectivamente. A acurácia diagnóstica global foi de 91% (219/240). Do total de vasos analisados, 20% (69/352) foram excluídos devido à existência de um dos seguintes artefatos: movimento, ruído e baixo realce do contraste radiológico isoladamente ou em conjunto (45/69 ou 65%), distorção da imagem secundária à presença de eletrodo de desfibrilador ou marcapasso (18/69 ou26%), e calcificação arterial excessiva (6/69 ou 9%). Conclui-se que a 32x0,5-MDCTA exclui com precisão as estenoses coronarianas >= 50% em pacientes com DAC avançada e escore de cálcio coronário elevado, com acurácia diagnóstica global de 91% / Advanced coronary artery disease (CAD) is characterized by calcified and diffusely stenotic vessels, hampering accuracy of noninvasive coronary angiography with current 16-detector computed tomography (CT) scanners. The main purpose of this study was to try to demonstrate an overall diagnostic accuracy of at least 90% for detection of coronary stenoses >= 50% by half-millimeter 32-detector CT angiography (32x0.5-MDCTA) in patients with advanced CAD and a high likelihood of having elevated coronary calcium scores. ECG-gated coronary 32x0.5-MDCTA (32x0.5 mm cross-sections, 0.35x0.35x0.35 mm³ isotropic voxels, 400 ms gantry rotation) was performed in 30 consecutive patients (25 male, 59±13 years-old, 26.2±4.9 Kg/m²) with advanced CAD. Major coronary arteries, including >=1.5-mm first order branches, and bypass grafts were independently evaluated for >= 50% stenoses. Stents were excluded. Conventional coronary angiography (performed on average 18±12 days before their corresponding 32x0.5-MDCTAs) was analyzed by quantitative coronary angiography. Median Agatston calcium score was 510 (3-5066 range). Sensitivity, specificity, positive and negative predictive values for detection of >= 50% stenoses in the native coronary arteries were: 76% (29/38), 94% (190/202), 71% (29/41), and 96% (190/199), respectively. Overall diagnostic accuracy was 91% (219/240). Twenty percent (69/352) of the vessels were excluded from the analysis due to one of the following artifacts: motion, noise, and low contrast enhancement isolated or in combination (45/69 or 65%), image distortion secondary to an ICD or pacemaker lead (18/69 or 26%), and severe arterial calcification (6/69 or 9%). We concluded that 32x0.5-MDCTA accurately excludes >= 50% coronary stenoses in patients with advanced CAD and high calcium scores, showing an overall diagnostic accuracy of 91%
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Risco cardiovascular e sua associação com variáveis demográficas, clínicas e psicossociais em pessoas vivendo com HIV/aids / Cardiovascular risk and its association with demographic, clinical and psychosocial variables in people living with HIV/AIDSMelo, Elizabete Santos 17 February 2016 (has links)
Trata-se de um estudo analítico de corte transversal, que visa avaliar o risco cardiovascular de PVHA segundo o Escore de Framingham e identificar a associação entre o risco e as variáveis demográficas, comportamentais, psicossociais e clínicas de PVHA. O estudo foi aprovado na Secretaria Municipal de Saúde e no Comitê de Ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, a coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2014 a agosto de 2015 em cinco Serviços de Atendimento Especializado às PVHA utilizando questionário sociodemográfico, clínico e comportamental, avaliação da alimentação saudável, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp e avaliação do risco cardiovascular por meio do Escore de Framingham. A análise dos dados ocorreu através de estatística descritiva e teste de associação entre as variáveis, onde foi adotado nível de significância com valor de p<0,05. Identificou-se que 58,3% pertenciam ao sexo masculino, 69,1% apresentavam idade acima de 40 anos, com média de 44,4 anos, 40,6% referiram ser brancos e 40,0% pardos, e 70,9% eram heterossexuais. Observou-se que 64,0% eram sedentários, 35,4% tabagistas e 40,0% faziam uso de bebida alcóolica regularmente. Do mesmo modo, 73,7% consideraram sua alimentação saudável, no entanto, ao ser avaliado de acordo com o escore da alimentação saudável, 70,9% obtiveram score intermediário para alimentação. Com relação às variáveis psicossociais, foi identificado que 52,0% tinham menos de oito anos de estudo, e 80,6% referiram receber até três salários mínimos por mês. Quanto aos sintomas de estresse, foi visto que 29,1% e 22,3% estavam nas fases de resistência e exaustão, respectivamente. Além disso, identificou-se que 15,4% da amostra tinha diagnóstico médico para depressão e que 71,4% não realizavam atividades de lazer regularmente. Com relação às variáveis clínicas gerais, 57,7% referiram antecedentes familiares para HAS, 40,6% para DM, 21,7% para IAM e 27,4% para AVE. Quanto aos antecedentes pessoais, foi visto que 15,4% eram hipertensos, 8,0% eram diabéticos e 8,0% tinham dislipidemia. Desta mesma amostra, 45,2% apresentavam IMC maior que 25,0 kg/m² e 41,7% estavam em síndrome metabólica. Com relação às variáveis clínicas relacionadas ao HIV, observou-se que 42,2% e 32,0% possuíam o diagnóstico de soropositividade e fazem uso de TARV há mais de dez anos, respectivamente. A contagem de células TCD4+ e carga viral mostrou que 82,8% dos participantes apresentaram contagem maior que 350 cels/mm³, e 80,6% tinham carga viral indetectável. Foi identificado que 25,8% dos sujeitos apresentam risco cardiovascular de médio a alto, segundo o Escore de Framingham. Apenas as variáveis sociodemográficas sexo (p=0,006), idade (p<0,001) e estado civil (p=0,003) apresentaram associação com o risco cardiovascular calculado pelo Escore de Framingham. Nas variáveis comportamentais, as fases de estresse (p=0,039) tiveram associação com o risco cardiovascular, e com relação às variáveis clínicas, antecedentes familiares para DM (p=0,035), HAS, DM e SM (p<0,001) e DLP (p=0,030) apresentaram significância estatística. Nas variáveis clínicas relacionadas ao HIV, o tempo de diagnóstico (p=0,005) e o tempo de TARV (p=0,038) também apresentaram associação. Conclui-se que 25,8% de PVHA no município de Ribeirão Preto apresentam risco cardiovascular de moderado a alto, medido pelo Escore de Framingham / This is an analytical study, transversal research, which the goal is to assess the cardiovascular risk of PLWHA according to the Framingham score and to identify the association between the risk and the demographic, behavioral, psychosocial and clinics variables in PLWHA. The study was approved by the City Health Department and the Ethics Committee of Ribeirão Preto College of Nursing, data collection was carried out from October 2014 to August 2015 in five of Specialized Care Services using sociodemographic, clinical and behavioral questionnaire, assessment of healthy eating, Lipp\'s inventory of symptons of stress for adults and assessment of cardiovascular risk using the Framingham score. Data analysis was carried out through descriptive statistics and test of association between variables, which was adopted level of significance set at p <0.05. It was identified that 58.3% were male, 69.1% were aged over 40 years, averaging 44.4 years, 40.6% reported being white and 40.0% mulatto, and 70.9 % were heterosexual. It was observed that 64.0% were sedentary, 35.4% were smokers and 40.0% were using alcoholic beverages regularly. Similarly, 73.7% considered their healthy eating, however, when evaluated according to the healthy eating score, 70.9% had intermediate score for food. Regarding the psychosocial variables, it was identified that 52.0% had less than eight years of schooling, and 80.6% reported receiving up to three minimum wages per month. As symptoms of stress, it was seen that 29.1% and 22.3% were in resistance and exhaustion phases, respectively. In addition, it was found that 15.4% of the sample had medical diagnosis for depression and 71.4% did not perform leisure activities regularly. With respect to general clinical, 57.7% reported family history of hypertension, 40.6% for DM, 21.7% to 27.4% for AMI and stroke. As for personal history, it was seen that 15.4% were hypertensive, 8.0% were diabetic and 8.0% had dyslipidemia. In the same sample, 45.2% had a BMI greater than 25.0 kg/m² and 41.7% were in metabolic syndrome. Regarding the clinical variables related to HIV, it was observed that 42.2% and 32.0% had a diagnosis of HIV and use HAART for more than ten years, respectively. The CD4 + T cell count and viral load showed that 82.8% of participants had levels over 350 cells/mm³, and 80.6% had an undetectable viral load. It was identified that 25.8% of subjects present cardiovascular risk medium to high, according to the Framingham score. Only the sociodemographic variables gender (p=0.006), age (p <0.001) and marital status (p=0.003) were associated with cardiovascular risk estimated by the Framingham score. In behavioral variables, the phases of stress (p=0.039) were associated with cardiovascular risk, and with regard to clinical, family history of diabetes (p=0.035), hypertension, DM and SM (p <0.001) and DLP (p=0.030) were statistically significant. In clinical variables related to HIV, the time of diagnosis (p=0.005) and time of HAART (p=0.038) were also associated. It is conclude that 25.8% of PLWHA in Ribeirão Preto have cardiovascular risk moderate to high, as measured by the Framingham score
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