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Vidas nuas : mulheres com HIV/AIDS em situação de violências de gênero / Naked lives: women with HIV / AIDS in situations of gender violence. / Vidas desnudas: mujeres con VIH / SIDA en situaciones de violencia de gênero.

Ceccon, Roger Flores January 2016 (has links)
A epidemia de HIV/aids e a violência de gênero em mulheres apresentam elevada prevalência, configurando graves problemas de saúde pública. O objetivo geral deste estudo foi conhecer as trajetórias de vida de mulheres com HIV/aids em situação de violência de gênero. Os objetivos específicos foram: analisar as vulnerabilidades decorrentes das desigualdades de gênero, raça e classe social nas vidas de mulheres com HIV/aids; identificar as iniquidades presentes nas vidas destas mulheres e caracterizar como se constituem as vidas de mulheres com HIV/aids em situação de violência de gênero a partir dos conceitos de fascismo social, biopolítica e vidas nuas. É um estudo qualitativo que utilizou narrativas de 61 mulheres com HIV/aids em situação de violência cadastradas no Serviço de Assistência Especializada em DST/HIV/aids em um município do interior do Rio Grande do Sul, que apresenta a 5ª maior prevalência da doença entre as cidades brasileiras. Para a discussão e compreensão dos dados foi utilizada a análise de narrativa, considerando-se as experiências femininas de viver com HIV/aids e sofrer violências de gênero. A maioria das mulheres era jovem, solteira, com pouca escolaridade, pobre e inserida precariamente no mercado de trabalho. Grande parte adquiriu a doença do companheiro, eram negras, com início da vida sexual antes dos 15 anos, não usavam preservativos e referiram em média de nove anos vivendo com HIV/aids. Em suas trajetórias, sofreram diferentes formas de opressão/exploração na vida privada e no trabalho, em contextos de desigualdades que as vulnerabilizaram antes e depois de adoecer Mulheres pobres, negras e com HIV/aids referiram preconceito, discriminação e iniquidades como efeitos do capitalismo patriarcal racista. As negras narraram preconceitos e rejeição em decorrência da cor da pele e por serem portadoras de uma doença estigmatizada na sociedade. As pobres precisaram ocupar postos de trabalho precários e informais, e muitas se prostituíram para sobreviver. Todas sofreram discriminações, agudizadas pelo fato de serem portadoras de HIV/aids, indicando que os contextos socioeconômicos de pobreza e racismo aumentam a vulnerabilidade ao HIV/aids e pioram a vida das que adquirem a doença. As hierarquias de gênero ocasionaram dificuldades referentes à sexualidade e à conjugalidade, à falta de autonomia para negociar direitos sexuais nas relações maritais e com clientes, mantendo segredo em relação ao HIV/aids para evitar a culpabilização e o rechaço de familiares, amigos e comunidade. A biopolítica e o fascismo social são formas de governo capazes de determinar o limite entre a vida protegida e a vida exposta à morte daqueles considerados supérfluos, descartáveis e, portanto, matáveis A biopolítica, em relação a mulheres com HIV/aids, preocupa-se apenas em não deixar morrer, podendo-se considerar que são “vidas nuas”, marcadas pela pauperização, feminização e racialização da epidemia e a superposição das vulnerabilidades sociais indica que não se pode isolar os determinantes ou tratar a doença apenas em seus aspectos biológicos. Este estudo descortinou as condições de sofrimento, violências e discriminações em que vivem mulheres com HIV/aids em um município do interior do Rio Grande do Sul, considerando-as vidas precárias, descartáveis, vidas nuas. É responsabilidade do Estado produzir políticas públicas para o HIV/aids e para as violências, que considerem os determinantes de gênero, raça e classe social e disponibilizar cuidado integral, equânime e resolutivo às mulheres com HIV/aids. / The HIV/SIDA epidemic and gender violence in women are highly prevalent, resulting in serious public health problems. The general objective of this study was to know the life trajectories of women with HIV/SIDA in situations of gender violence. The specific objectives were: to analyze vulnerabilities arising from inequalities in gender, race and social class in the lives of women with HIV/SIDA; to identify the iniquities present in the lives of these women and to characterize the lives of women with HIV/SIDA in situations of gender violence from the concepts of social fascism, biopolitics and naked lives. It is a qualitative study that used narratives of 61 women with HIV/SIDA in a situation of violence registered in the STD/HIV/SIDA Specialized Service in a municipality in the interior of Rio Grande do Sul, which presents the 5th highest prevalence of the disease among The Brazilian cities. For the discussion and understanding of the data, the narrative analysis was used, considering the female experiences of living with HIV/SIDA and suffering gender violence. Most of the women were young, single, with little schooling, poor and poorly placed in the labor market. Most of them acquired the disease of the partner, were black, with sexual onset before the age of 15 years, did not use condoms and reported on average nine years living with HIV/SIDA. In their trajectories, they suffered different forms of oppression/exploitation in private life and at work, in contexts of inequalities that made them vulnerable before and after becoming ill. Poor, black and HIV/SIDA women have reported prejudice, discrimination and inequities as the effects of patriarchal racist capitalism. Black women have narrated prejudices and rejection as a result of their skin color and because they carry a stigmatized disease in society. The poor needed to occupy precarious and informal jobs, and many prostituted themselves to survive. All have suffered discrimination, exacerbated by the fact that they carry HIV/SIDA, indicating that socioeconomic contexts of poverty and racism increase vulnerability to HIV/SIDA and make life worse for those who acquire the disease. Gender hierarchies have caused difficulties related to sexuality and conjugality, lack of autonomy to negotiate sexual rights in marital and client relations, keeping secrets about HIV/SIDA to avoid blame and the rejection of family, friends and community. Biopolitics and social fascism are forms of government capable of determining the boundary between the protected life and the life exposed to the death of those considered superfluous, disposable and therefore killable. Biopolitics, in relation to women with HIV/SIDA, only worries about not letting them die and can be considered as "naked lives", marked by the pauperization, feminization and racialization of the epidemic, and the overlapping of social vulnerabilities indicates that One can isolate the determinants or treat the disease only in its biological aspects. This study revealed the conditions of suffering, violence and discrimination in which women living with HIV/SIDA live in a municipality in the interior of Rio Grande do Sul, considering them to be precarious, disposable lives, naked lives. It is the responsibility of the State to produce public policies on HIV/SIDA and violence, which consider determinants of gender, race and social class, and provide comprehensive, equitable and resolute care to women with HIV/AIDS. / La epidemia del VIH/SIDA y la violencia basada en el género en la mujeres tienen una alta prevalencia, el establecimiento de graves problemas de salud pública. El objetivo de este estudio fue saber las trayectorias de vida de las mujeres con VIH/SIDA en situación de violencia de género. Los objetivos específicos fueron analizar las vulnerabilidades derivadas de la desigualdad de género, la raza y la clase social en la vida de las mujeres con VIH/SIDA; reconocimiento de las desigualdades presentes en la vida de estas mujeres y caracterizar como son la vida de las mujeres con VIH/SIDA en situación de violencia de género desde los conceptos de fascismo social, biopolítica y vidas desnudas. Se trata de un estudio cualitativo utilizando narrativas de 61 mujeres con VIH/SIDA en situaciones de violencia registrada en el Servicio de Atención Especializada de ETS/VIH/SIDA en una ciudad del interior de Rio Grande do Sul, que tiene la quinta más alta prevalencia de la enfermedad entre ciudades brasileñas. Para la discusión y comprensión de los datos se utilizó el análisis narrativo, teniendo en cuenta las experiencias de las mujeres de vivir con el VIH/SIDA y sufren violencia de género. La mayoría de las mujeres eran jóvenes, solteras, con poca educación, pobres y mal insertado en el mercado laboral. Gran parte adquirida del compañero la enfermedad, eran negro, con el inicio de la actividad sexual antes de los 15 años, no hizo uso de condones y reportaron un promedio de nueve años que viven con el VIH/SIDA. En sus caminos, que han sufrido diferentes formas de opresión/explotación en la vida privada como en el trabajo, en contextos de desigualdad que vulnerabilizaram antes y después de enfermarse Las mujeres pobres, negros y con el VIH/SIDA mencionan los prejuicios, la discriminación y las desigualdades como los efectos del capitalismo patriarcal y racista. Las mujeres negras narró los prejuicios y el rechazo debido al color de la piel y debido a que están llevando a una enfermedad estigmatizada en la sociedad. Las pobres tenían para ocupar puestos de trabajo precarios e informales, y muchas prostituirse para sobrevivir. Toda discriminación que sufren, agudizado por el hecho de que viven con el VIH/SIDA, lo que indica que los contextos socio-económicos de la pobreza y el racismo aumento de la vulnerabilidad al VIH/SIDA y empeoran la vida de contraer la enfermedad. Las jerarquías de género causaron dificultades relacionadas con la sexualidad y la conyugalidad, la falta de autonomía para negociar los derechos sexuales en las relaciones maritales y clientes, mantener el secreto sobre el VIH/SIDA para evitar la culpa y el rechazo de familiares, amigos y la comunidad. La biopolítica y el fascismo social son formas de gobierno capaces de determinar el límite entre la vida protegida y la vida en peligro de muerte los que se consideran superfluos, desechable y, por tanto, killable. La biopolítica, para las mujeres con VIH/SIDA, se ocupa solamente de no dejar que muera, se puede considerar que son "vida desnuda", marcada por la pobreza, la feminización y la racialización de la epidemia y la superposición de vulnerabilidad social indica que hay se puede aislar los determinantes o tratar la enfermedad sólo en sus aspectos biológicos. Este estudio reveló condiciones del sufrimiento, la violencia y la discriminación en las mujeres que viven con el VIH/SIDA en una ciudad del interior de Rio Grande do Sul, teniendo en cuenta las vidas precárias, desechables, vidas desnudas. Es la responsabilidad del Estado producir políticas públicas para el VIH/SIDA y la violencia, para considerar l
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Relación de la práctica de actividad física y la posición socioeconòmoica con los factores de riesgo cardiovascular y el riesgo de infarto agudo de miocardio

Redondo Noya, Ana Belén, 1977- 21 November 2012 (has links)
La posición socioeconómica y la práctica de actividad física (AF), como estilo de vida, son dos determinantes que influyen en la salud individual y poblacional. En esta tesis se ha analizado la relación y la tendencia en el periodo 1995-2005 de estos dos determinantes con los factores de riesgo cardiovascular (FRCV) y el riesgo de infarto agudo de miocardio (IAM). Se han utilizado datos de tres estudios transversales de base poblacional (1995-2000-2005) realizados en la población de Girona y que incluyen más de 9.000 individuos y datos de un estudio caso-control que incluye más de 1.000 casos de IAM y 1.000 controles. Se ha demostrado que las clases sociales menos favorecidas tienen mayor prevalencia de FRCV, no obstante, las diferencias entre clases en relación al conocimiento, tratamiento y control de los FRCV clásicos que existían en 1995, han desaparecido. Sin embargo, las diferencias entre clases están aumentando durante el periodo analizado respecto a los estilos de vida (tabaquismo, sobrepeso/obesidad y sedentarismo). En relación a la práctica de AF, la prevalencia de sedentarismo ha disminuido de 1995 a 2005. La edad, el género femenino y la clase social menos favorecida se asocian con mayor prevalencia. Al analizar la relación dosis-respuesta de la AF y la salud cardiovascular, se ha observado que la AF ligera no se asocia con un mejor perfil de FRCV pero si con menor riesgo de IAM en mayores de 64 años. La AF moderada-intensa mejora los perfiles de los FRCV con un beneficio máximo en 600-700 MET•minuto/semana y disminuye el riesgo de IAM con un beneficio máximo en 1.500-2.000 MET•minuto/semana. / Socioeconomic status and physical activity practice (PA) (as lifestyle) are two major factors in individual and population health. In this thesis, we analyzed the relationship and the trend in the period 1995-2005 of both two determinants with cardiovascular risk factors and myocardial infarction risk. We used data from three independent population-based cross-sectional studies performed in Girona across 1995-2005 period with 9,546 individuals and data from population based age- and sex-matched case-control study with 1,000 cases and 1,000 controls. This thesis shows that the lower social classes have higher prevalence of cardiovascular risk factors, however, differences in awareness, treatment and control of classical cardiovascular risk factors between groups have disappeared and the disparities in healthy lifestyles between groups are widening. The prevalence of sedentary lifestyle has decreased in the period. Age, female gender and lower educational level were associated with a higher prevalence of physical inactivity. Light intensity PA reduced myocardial infarction risk in subjects older than 64 years and moderate-high intensity PA were associated with a better cardiovascular risk factors profile with a maximum benefit around 600-700 MET・min/week and also with a lower myocardial infarction risk with a maximum benefit around 1500-2000 MET・min/week.
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Bases sociais das disposições para o envolvimento em práticas de movimento corporal no tempo livre / Motivation for body movement practices during spare time: social bases / Bases sociales de las disposiciones para la participación em prácticas de movimiento corporal en el tiempo libre

González, Fernando Jaime January 2010 (has links)
As Práticas de Movimento Corporal no Tempo Livre (PMCTL) fazem parte das manifestações culturais dos mais diferentes grupos sociais. Como práticas culturais, as PMCTL mudam quanto a forma, produtores, atores e significados, de acordo com as transformações dos contextos sócio-históricos nos quais elas se inserem. Independentemente dessas características, um aspecto que parece não deixar dúvidas é que as PMCTL ocupam um espaço social relevante, já que a maioria dos grupos sociais, com suas diferentes formas e dinâmicas, as têm criado, conservado, transmitido e transformado. Os estudos socioculturais têm se preocupado com esse fenômeno, procurando entender o papel que as PMCTL podem desempenhar no campo cultural, assim como desvendar, entre outros aspectos, de que maneira os sujeitos estabelecem vínculos e constroem significados sobre tais práticas. Tendo como referência esse campo teórico, esta pesquisa buscou compreender os aspectos socioculturais que subjazem ao envolvimento dos sujeitos com as PMCTL. Mais precisamente, pergunta-se: quais são as relações entre as disposições dos indivíduos para o envolvimento com as PMCTL e a localização e a trajetória biográfica dos mesmos no espaço social? Analiticamente, procurou-se sustentação nos trabalhos de Pierre Bourdieu e Bernard Lahire. O primeiro autor subsidiou o estudo da distribuição social das PMCTL no espaço social, enquanto o segundo, na análise das disposições atualizadas nas PMCTL e na interpretação da constituição das mesmas. A investigação constou de três etapas, cada uma orientada por objetivos específicos que, conjugados, procuraram auxiliar na construção das respostas para o problema de pesquisa. Na primeira etapa, descreveu-se a distribuição e o envolvimento com PMCTL da população de Porto Alegre, conforme a posição dos sujeitos (entre 25 e 65 anos, com atividade principal remunerada) no espaço social, estabelecida com base na macroposição de classe. Para tal, foi desenvolvida uma pesquisa survey por questionário (n 1.090). Na segunda fase, os objetivos específicos tiveram como propósito analisar as características do envolvimento com PMCTL de sujeitos com perfis diferenciados de consumos culturais e também conhecer as possíveis relações entre disposições atualizadas no universo das PMCTL e as subjacentes em outras esferas da vida social. Com esse propósito, foram desenvolvidos dois procedimentos metodológicos. Primeiro, com base um levantamento específico sobre as práticas culturais da população de Porto Alegre, através de uma pesquisa survey por entrevista com amostra por cota, com ponderações desproporcionais (n 486): a) a convergência/divergência dos consumos culturais dos sujeitos e o vínculo com o espaço social ocupado; e b) a relação entre o grau de consonância/dissonância de legitimidade das práticas culturais dos sujeitos da amostra e o envolvimento com PMCTL. O segundo processo metodológico teve por objetivo conhecer o significado atribuído às PMCTL por sujeitos localizados em espaços sociais distantes, com perfis de consumos culturais diferentes, e os possíveis vínculos desses significados com práticas culturais no universo do cuidado do corpo e da sociabilidade. Essa parte do estudo consistiu num estudo de casos selecionados. Foram descritos na pesquisa seis casos, analisados em diálogo com outros 17. Os sujeitos que participaram dessa parte da pesquisa foram escolhidos a partir da amostra da segunda etapa, considerando a combinação de macroposição de classe e gênero e envolvimento com PMCTL convergentes e divergentes com as tendências estatísticas do grupo social de referência. Finalmente, na terceira etapa da pesquisa, procurou-se compreender a combinação dos fatores específicos da classe social à qual o sujeito pertence (e/ou pertenceu) e a trajetória biográfica deste em tal universo, na constituição de suas disposições e na relação com o envolvimento em PMCTL. Metodologicamente, nessa fase do estudo, desenvolveram-se dois retratos sociológicos de casos escolhidos da etapa anterior com base nos critérios de convergência/divergência entre o envolvimento dos sujeitos e as tendências identificadas no espaço social a que pertencem e a consonância/dissonância entre suas práticas culturais. O conjunto dos procedimentos desenvolvidos permite afirmar que: a) A classe social condiciona marcadamente o envolvimento com PMCTL, em menor medida também o tipo de prática realizada – o gênero é mais determinante nesse aspecto; b) A renda aparece fortemente associada com o envolvimento com PMCTL e também há uma associação entre maior envolvimento com exercícios físicos e esportes e menor participação no trabalho doméstico; c) A convergência (legítima e pouco legítima) e a dissonância de consumos culturais parecem não se associar de forma consistente com o tipo de PMCTL e o significado atribuído a estas; d) Sujeitos localizados num mesmo espaço social e com perfis culturais similares podem significar as mesmas PMCTL de formas diferentes; e) A prática de exercício físico entre mulheres de classes populares parece estar mais fortemente associada à intervenção sobre problemas manifestos do que a práticas preventivas e/ou de lazer; f) Entre as mulheres das classes sociais mais altas, há maior probabilidade de a prática assumir um caráter preventivo e de lazer; g) Entre os homens, independentemente da classe, o envolvimento com a PMCTL tende a ser orientado pelo lazer (e identificação) e práticas mais terapêuticas/reparadoras do que preventivas/conservativas, ainda que seja mais provável que possa assumir esse caráter entre sujeitos de classe mais alta; h) A prática de exercícios físicos, tanto em homens como mulheres, vincula-se com disposições de cuidado do corpo mais amplas (alimentação, estética), o que não ocorre com a prática de esportes; i) Disposições que subjazem as práticas corporais não são comuns ao conjunto das práticas culturais dos sujeitos; j) As disposições para o envolvimento com PMCTL são construídas nas relações de sociabilidade dos sujeitos, restringidas pelas condições objetivas de vida; e k) As PMCTL parecem ter um peso distintivo muito menor do que outras práticas culturais (música, por exemplo) e, particularmente, não carregam um potencial desclassificador em sua prática, talvez mais na forma ou no contexto da prática. / Body movement practices during spare time (BMPST) form part of the cultural manifestation of different sectors of society. As in other cultural practices, BMPST may vary in terms of type, creation, production and meaning, according to the social and historical context in which they occur. Despite these variations, BMPST have always played a significant role in society; different social groups have been creating, preserving, transmitting and transforming them in their dynamic and different forms over the years. Social and cultural studies have been involved in this phenomenon, by attempting to elucidate what could be the exact role of BMPST in the cultural field and to reveal, among other aspects, how personal connections are created and how ideas on such practices are formed. With this in mind, the aim of the present study was to develop an understanding of social and cultural aspects implicated in individuals‟ motivation towards BMPST. In particular, we inquired whether a correlation could be established between the motivation of individuals towards BMPST and their position/biographic trajectory in society. Analytically, we looked for support in works developed by Pierre Bourdieu and Bernard Lahire. Bordieu‟s theories gave rise to the study of social distribution of BMPST in society, whilst Lahire‟s lead to the updated analysis of motivation for BMPST and to the interpretation of their structure. This investigation consisted of three steps: each addressed specific aims which, when taken together, combined to yield answers to the postulated research questions. The first step described the distribution and involvement of Porto Alegre inhabitants in BMPST, according to their position in society (subjects aged between 25 and 65, in paid employment), based on broad class structure. For this, a survey questionnaire was drawn up (n 1.090). In the second step, specific aims were to analyze the involvement of subjects with different cultural interests in BMPST and to acknowledge possible associations between updated motivations towards BMPST and towards other fields in the subjects‟ social life. Two methodological procedures were developed to achieve this. The first was based on a specific survey about cultural practices among Porto Alegre inhabitants, using a questionnaire with stratified sampling and unequal sampling fractions (n 486): a) convergence/divergence of subjects‟ cultural interests and their relation with the social position that they occupy; and b) the correlation between consonance/dissonance degrees of subjects‟ cultural practices in the samples analyzed, and their involvement with BMPST. The second methodological procedure aimed to understand the significance attributed to BMPST by subjects of different social position and with different social interests, and the possible association between these factors and cultural practices in the universe of aesthetics and sociability. This part of the study involved the analysis of selected cases. Six cases were analyzed in association with another 17. Subjects that took part on this study were chosen from the sample used in the second step, considering the combination of class and gender structure and the involvement of convergent or divergent BMPST with statistical tendencies of the social reference group. The third and final step of this research aimed to understand the association between an individual‟s particular social class features and their biographical trajectory, on the creation of their motivation and involvement in BMPST. Methodologically, in this stage of the study, two sociological portraits of cases were chosen from the previous step, based on motivation of subjects towards convergence/divergence criteria and tendencies recognized in the social location to which they belong, and consonance/dissonance in their social practices. The procedures developed allow us to state that: a) Social class profoundly influences one individual‟s involvement with BMPST; less intensely, it also influences the kind of practice performed – gender is more relevant in this respect; b) Income is strongly associated to individuals‟ involvement with BMPST and there is also an association between the frequency of physical exercise/sports and a lower significant involvement in domestic work; c) Convergence (legitimate and less legitimate) and dissonance of cultural interests are not consistently associated with the kind of BMPST and the significance to them attributed; d) Subjects belonging to the same social location and with similar cultural profiles can understand the same BMPST in different ways; e) the practice of physical exercise amongst women from the more prevalent classes is more often a consequence of existing body problems than due to prevention practices or leisure; f) Among women from higher social classes, BMPST is most commonly associated with leisure and avoiding situations prejudicial to health; g) Among men, independently of their social class, BMPST are usually related to leisure and most commonly involved with therapeutic/repairing and not so much with preventive/conservative practices, although the latter may appear among individuals of higher social classes; h) Among men and women, practicing physical exercise is associated with broader body concerns (aesthetics, healthier diet), contrasting with what usually happens in sporting practice; i) Motivations implicated in physical practices diverge from common cultural practices of the subjects; j) Motivation to BMPST are based on subjects‟ sociability, and limited by their objective life conditions; and k) BMPST seem to have a smaller distinctive weight when compared with other cultural practices (music, for example) and, in particular, do not possess a potential for breaking down class differences. / Las Prácticas de Movimiento Corporal en el Tiempo Libre (PMCTL)forman parte de las manifestaciones culturales de los más diferentes grupos sociales. Como prácticas culturales, las PMCTL refieren a diferentes condiciones de producción , actores, significados y función, de acuerdo con las transformaciones de los contextos socio-históricos en los cuales ellas se insertan. Independientemente de esas características, un aspecto que parece no dejar dudas es que las PMCTL ocupan un espacio social relevante, ya que la mayoría de los grupos sociales, con sus diferentes formas y dinámicas, las han creado, conservado, transmitido y transformado. Los estudios socioculturales se han ocupado de este fenómeno, buscando entender el papel que las PMCTL pueden desempeñar en el campo cultural, como también develar, entre otros aspectos, de qué manera los sujetos establecen vínculos y construyen significados sobre tales prácticas. Teniendo como referencia ese campo teórico, esta investigación busca comprender los aspectos socioculturales que subyacen a la participación de los sujetos en las PMCTL. Más precisamente, preguntarse: ¿cuáles son las relaciones entre las disposiciones de los sujetos para participar de PMCTL y su localización y trayectoria biográfica en el espacio social? Analíticamente, esta tesis procura sustentación en los trabajos de Pierre Bourdieu y Bernard Lahire. El primer autor orienta el estudio de la distribución social de las PMCTL en el espacio social, mientras el segundo, promueve el análisis de las disposiciones actualizadas en las PMCTL y en la interpretación de su constitución. La investigación consta de tres etapas, cada una orientada por objetivos específicos que, conjugados, procuran auxiliar en la construcción de las respuestas para el problema de investigación. En la primera etapa, se describe la participación en PMCTL de los habitantes de la Ciudad de Porto Alegre - Brasil, conforme a la posición de los sujetos (entre 25 y 65 años, con actividad principal remunerada) en el espacio social, establecida con base en la macroposición de clase. Para esto, fue desarrollada una investigación survey por cuestionario (n 1090). En la segunda etapa , los objetivos específicos tuvieron como propósito analizar las características de la participación en PMCTL de sujetos con perfiles diferentes de consumos culturales, y también conocer las posibles relaciones entre las disposiciones actualizadas en el universo de las PMCTL y las subyacentes en otras esferas de la vida social. Con este propósito, fueron desarrollados dos procedimientos metodológicos. El Primero, en base a un relevamiento específico sobre las prácticas culturales de los habitantes de Porto Alegre, a través de una investigación survey por entrevista con una muestra por cuota, con ponderación no-proporcional (n 486),donde se investigó: a) la convergencia/divergencia de los consumos culturales de los sujetos y el vínculo con el espacio social ocupado; y b) la relación entre el grado de consonancia/disonancia de legitimidad de las prácticas culturales de los sujetos de la muestra y la participación en PMCTL. El segundo procedimiento metodológico tuvo por objetivo conocer el significado atribuido a la participación en PMCTL por sujetos localizados en espacios sociales distantes, con perfiles de consumos culturales diferentes, y los posibles vínculos de esos significados con prácticas culturales relacionadas al cuidado del cuerpo y de la sociabilidad. Este momento de la tesis consistió en un estudio de casos seleccionados. Fueron descritos en la investigación seis casos, analizados comparativamente? con otros 17. Los sujetos que participaron fueron elegidos a partir de la muestra de la segunda etapa, considerando la combinación de macroposición de clase, género y participación en PMCTL convergentes y divergentes con las tendencias estadísticas del grupo social de referencia. Finalmente, en la tercer etapa de la investigación, se procuró comprender la combinación de los factores específicos de la clase social a la cual el sujeto pertenece (y/o perteneció) y su trayectoria biográfica en dicho universo, en la constitución de sus disposiciones y en la relación de éstas con la participación en PMCTL. Metodológicamente, en esta fase del estudio, se confeccionaron dos retratos sociológicos de casos elegidos de la etapa anterior pertenecientes al mismo espacio social, más participantes de PMCTL diferentes (convergentes e divergentes con las tendencias identificadas en el espacio social a que pertenecen). El conjunto de los procedimientos desarrollados en las tres etapas de la investigación? permite afirmar que: a) La clase social condiciona marcadamente la participación en PMCTL y, en menor medida, también el tipo de práctica realizada – el género es más determinante en ese aspecto; b) La renta aparece fuertemente asociada con la participación en PMCTL, también hay una asociación entre la mayor práctica de ejercicios físicos y deportes y la menor participación en el trabajo doméstico; c) La consonancia (legítima y poco legítima) y la disonancia de consumos culturales parecen no estar asociados de forma consistente con el tipo de PMCTL y el significado atribuido a estas; d) Sujetos localizados en un mismo espacio social y con perfiles culturales similares pueden significar las mismas PMCTL de formas diferentes; e) La práctica de ejercicios físicos entre mujeres de clase popular parece estar más directamente asociada a la intervención sobre problemas manifiestos que a prácticas preventivas y/o de ocio; f) Entre las mujeres de las clases sociales más altas, hay mayor probabilidad de la práctica asumir un carácter preventivo y de ocio; g) Entre los hombres, independientemente de la clase, la participación en PMCTL tiende a ser orientada por el ocio (e identificación) y por prácticas más terapéuticas/reparadoras que preventivas/conservativas, aunque sea más probable que asuma este carácter entre sujetos de clase más alta; h) La práctica en ejercicios físicos, tanto en hombres como en mujeres, se vincula con disposiciones de cuidado del cuerpo más amplias (alimentación, estética), lo que no ocurre con la práctica de deportes; i) Las disposiciones que subyacen a las prácticas corporales no son comunes al conjunto de las prácticas culturales de los sujetos; j) Las disposiciones para la participación en PMCTL son construidas en las relaciones de socialización de los sujetos, restringidas por las condiciones objetivas de vida; y k) Las PMCTL parecen tener un peso distintivo mucho menor que otras prácticas culturales (música, por ejemplo) y, particularmente, no cargan un potencial desclasificador en su práctica, posiblemente en la forma o en el contexto de la práctica.
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Vidas nuas : mulheres com HIV/AIDS em situação de violências de gênero / Naked lives: women with HIV / AIDS in situations of gender violence. / Vidas desnudas: mujeres con VIH / SIDA en situaciones de violencia de gênero.

Ceccon, Roger Flores January 2016 (has links)
A epidemia de HIV/aids e a violência de gênero em mulheres apresentam elevada prevalência, configurando graves problemas de saúde pública. O objetivo geral deste estudo foi conhecer as trajetórias de vida de mulheres com HIV/aids em situação de violência de gênero. Os objetivos específicos foram: analisar as vulnerabilidades decorrentes das desigualdades de gênero, raça e classe social nas vidas de mulheres com HIV/aids; identificar as iniquidades presentes nas vidas destas mulheres e caracterizar como se constituem as vidas de mulheres com HIV/aids em situação de violência de gênero a partir dos conceitos de fascismo social, biopolítica e vidas nuas. É um estudo qualitativo que utilizou narrativas de 61 mulheres com HIV/aids em situação de violência cadastradas no Serviço de Assistência Especializada em DST/HIV/aids em um município do interior do Rio Grande do Sul, que apresenta a 5ª maior prevalência da doença entre as cidades brasileiras. Para a discussão e compreensão dos dados foi utilizada a análise de narrativa, considerando-se as experiências femininas de viver com HIV/aids e sofrer violências de gênero. A maioria das mulheres era jovem, solteira, com pouca escolaridade, pobre e inserida precariamente no mercado de trabalho. Grande parte adquiriu a doença do companheiro, eram negras, com início da vida sexual antes dos 15 anos, não usavam preservativos e referiram em média de nove anos vivendo com HIV/aids. Em suas trajetórias, sofreram diferentes formas de opressão/exploração na vida privada e no trabalho, em contextos de desigualdades que as vulnerabilizaram antes e depois de adoecer Mulheres pobres, negras e com HIV/aids referiram preconceito, discriminação e iniquidades como efeitos do capitalismo patriarcal racista. As negras narraram preconceitos e rejeição em decorrência da cor da pele e por serem portadoras de uma doença estigmatizada na sociedade. As pobres precisaram ocupar postos de trabalho precários e informais, e muitas se prostituíram para sobreviver. Todas sofreram discriminações, agudizadas pelo fato de serem portadoras de HIV/aids, indicando que os contextos socioeconômicos de pobreza e racismo aumentam a vulnerabilidade ao HIV/aids e pioram a vida das que adquirem a doença. As hierarquias de gênero ocasionaram dificuldades referentes à sexualidade e à conjugalidade, à falta de autonomia para negociar direitos sexuais nas relações maritais e com clientes, mantendo segredo em relação ao HIV/aids para evitar a culpabilização e o rechaço de familiares, amigos e comunidade. A biopolítica e o fascismo social são formas de governo capazes de determinar o limite entre a vida protegida e a vida exposta à morte daqueles considerados supérfluos, descartáveis e, portanto, matáveis A biopolítica, em relação a mulheres com HIV/aids, preocupa-se apenas em não deixar morrer, podendo-se considerar que são “vidas nuas”, marcadas pela pauperização, feminização e racialização da epidemia e a superposição das vulnerabilidades sociais indica que não se pode isolar os determinantes ou tratar a doença apenas em seus aspectos biológicos. Este estudo descortinou as condições de sofrimento, violências e discriminações em que vivem mulheres com HIV/aids em um município do interior do Rio Grande do Sul, considerando-as vidas precárias, descartáveis, vidas nuas. É responsabilidade do Estado produzir políticas públicas para o HIV/aids e para as violências, que considerem os determinantes de gênero, raça e classe social e disponibilizar cuidado integral, equânime e resolutivo às mulheres com HIV/aids. / The HIV/SIDA epidemic and gender violence in women are highly prevalent, resulting in serious public health problems. The general objective of this study was to know the life trajectories of women with HIV/SIDA in situations of gender violence. The specific objectives were: to analyze vulnerabilities arising from inequalities in gender, race and social class in the lives of women with HIV/SIDA; to identify the iniquities present in the lives of these women and to characterize the lives of women with HIV/SIDA in situations of gender violence from the concepts of social fascism, biopolitics and naked lives. It is a qualitative study that used narratives of 61 women with HIV/SIDA in a situation of violence registered in the STD/HIV/SIDA Specialized Service in a municipality in the interior of Rio Grande do Sul, which presents the 5th highest prevalence of the disease among The Brazilian cities. For the discussion and understanding of the data, the narrative analysis was used, considering the female experiences of living with HIV/SIDA and suffering gender violence. Most of the women were young, single, with little schooling, poor and poorly placed in the labor market. Most of them acquired the disease of the partner, were black, with sexual onset before the age of 15 years, did not use condoms and reported on average nine years living with HIV/SIDA. In their trajectories, they suffered different forms of oppression/exploitation in private life and at work, in contexts of inequalities that made them vulnerable before and after becoming ill. Poor, black and HIV/SIDA women have reported prejudice, discrimination and inequities as the effects of patriarchal racist capitalism. Black women have narrated prejudices and rejection as a result of their skin color and because they carry a stigmatized disease in society. The poor needed to occupy precarious and informal jobs, and many prostituted themselves to survive. All have suffered discrimination, exacerbated by the fact that they carry HIV/SIDA, indicating that socioeconomic contexts of poverty and racism increase vulnerability to HIV/SIDA and make life worse for those who acquire the disease. Gender hierarchies have caused difficulties related to sexuality and conjugality, lack of autonomy to negotiate sexual rights in marital and client relations, keeping secrets about HIV/SIDA to avoid blame and the rejection of family, friends and community. Biopolitics and social fascism are forms of government capable of determining the boundary between the protected life and the life exposed to the death of those considered superfluous, disposable and therefore killable. Biopolitics, in relation to women with HIV/SIDA, only worries about not letting them die and can be considered as "naked lives", marked by the pauperization, feminization and racialization of the epidemic, and the overlapping of social vulnerabilities indicates that One can isolate the determinants or treat the disease only in its biological aspects. This study revealed the conditions of suffering, violence and discrimination in which women living with HIV/SIDA live in a municipality in the interior of Rio Grande do Sul, considering them to be precarious, disposable lives, naked lives. It is the responsibility of the State to produce public policies on HIV/SIDA and violence, which consider determinants of gender, race and social class, and provide comprehensive, equitable and resolute care to women with HIV/AIDS. / La epidemia del VIH/SIDA y la violencia basada en el género en la mujeres tienen una alta prevalencia, el establecimiento de graves problemas de salud pública. El objetivo de este estudio fue saber las trayectorias de vida de las mujeres con VIH/SIDA en situación de violencia de género. Los objetivos específicos fueron analizar las vulnerabilidades derivadas de la desigualdad de género, la raza y la clase social en la vida de las mujeres con VIH/SIDA; reconocimiento de las desigualdades presentes en la vida de estas mujeres y caracterizar como son la vida de las mujeres con VIH/SIDA en situación de violencia de género desde los conceptos de fascismo social, biopolítica y vidas desnudas. Se trata de un estudio cualitativo utilizando narrativas de 61 mujeres con VIH/SIDA en situaciones de violencia registrada en el Servicio de Atención Especializada de ETS/VIH/SIDA en una ciudad del interior de Rio Grande do Sul, que tiene la quinta más alta prevalencia de la enfermedad entre ciudades brasileñas. Para la discusión y comprensión de los datos se utilizó el análisis narrativo, teniendo en cuenta las experiencias de las mujeres de vivir con el VIH/SIDA y sufren violencia de género. La mayoría de las mujeres eran jóvenes, solteras, con poca educación, pobres y mal insertado en el mercado laboral. Gran parte adquirida del compañero la enfermedad, eran negro, con el inicio de la actividad sexual antes de los 15 años, no hizo uso de condones y reportaron un promedio de nueve años que viven con el VIH/SIDA. En sus caminos, que han sufrido diferentes formas de opresión/explotación en la vida privada como en el trabajo, en contextos de desigualdad que vulnerabilizaram antes y después de enfermarse Las mujeres pobres, negros y con el VIH/SIDA mencionan los prejuicios, la discriminación y las desigualdades como los efectos del capitalismo patriarcal y racista. Las mujeres negras narró los prejuicios y el rechazo debido al color de la piel y debido a que están llevando a una enfermedad estigmatizada en la sociedad. Las pobres tenían para ocupar puestos de trabajo precarios e informales, y muchas prostituirse para sobrevivir. Toda discriminación que sufren, agudizado por el hecho de que viven con el VIH/SIDA, lo que indica que los contextos socio-económicos de la pobreza y el racismo aumento de la vulnerabilidad al VIH/SIDA y empeoran la vida de contraer la enfermedad. Las jerarquías de género causaron dificultades relacionadas con la sexualidad y la conyugalidad, la falta de autonomía para negociar los derechos sexuales en las relaciones maritales y clientes, mantener el secreto sobre el VIH/SIDA para evitar la culpa y el rechazo de familiares, amigos y la comunidad. La biopolítica y el fascismo social son formas de gobierno capaces de determinar el límite entre la vida protegida y la vida en peligro de muerte los que se consideran superfluos, desechable y, por tanto, killable. La biopolítica, para las mujeres con VIH/SIDA, se ocupa solamente de no dejar que muera, se puede considerar que son "vida desnuda", marcada por la pobreza, la feminización y la racialización de la epidemia y la superposición de vulnerabilidad social indica que hay se puede aislar los determinantes o tratar la enfermedad sólo en sus aspectos biológicos. Este estudio reveló condiciones del sufrimiento, la violencia y la discriminación en las mujeres que viven con el VIH/SIDA en una ciudad del interior de Rio Grande do Sul, teniendo en cuenta las vidas precárias, desechables, vidas desnudas. Es la responsabilidad del Estado producir políticas públicas para el VIH/SIDA y la violencia, para considerar l
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Bases sociais das disposições para o envolvimento em práticas de movimento corporal no tempo livre / Motivation for body movement practices during spare time: social bases / Bases sociales de las disposiciones para la participación em prácticas de movimiento corporal en el tiempo libre

González, Fernando Jaime January 2010 (has links)
As Práticas de Movimento Corporal no Tempo Livre (PMCTL) fazem parte das manifestações culturais dos mais diferentes grupos sociais. Como práticas culturais, as PMCTL mudam quanto a forma, produtores, atores e significados, de acordo com as transformações dos contextos sócio-históricos nos quais elas se inserem. Independentemente dessas características, um aspecto que parece não deixar dúvidas é que as PMCTL ocupam um espaço social relevante, já que a maioria dos grupos sociais, com suas diferentes formas e dinâmicas, as têm criado, conservado, transmitido e transformado. Os estudos socioculturais têm se preocupado com esse fenômeno, procurando entender o papel que as PMCTL podem desempenhar no campo cultural, assim como desvendar, entre outros aspectos, de que maneira os sujeitos estabelecem vínculos e constroem significados sobre tais práticas. Tendo como referência esse campo teórico, esta pesquisa buscou compreender os aspectos socioculturais que subjazem ao envolvimento dos sujeitos com as PMCTL. Mais precisamente, pergunta-se: quais são as relações entre as disposições dos indivíduos para o envolvimento com as PMCTL e a localização e a trajetória biográfica dos mesmos no espaço social? Analiticamente, procurou-se sustentação nos trabalhos de Pierre Bourdieu e Bernard Lahire. O primeiro autor subsidiou o estudo da distribuição social das PMCTL no espaço social, enquanto o segundo, na análise das disposições atualizadas nas PMCTL e na interpretação da constituição das mesmas. A investigação constou de três etapas, cada uma orientada por objetivos específicos que, conjugados, procuraram auxiliar na construção das respostas para o problema de pesquisa. Na primeira etapa, descreveu-se a distribuição e o envolvimento com PMCTL da população de Porto Alegre, conforme a posição dos sujeitos (entre 25 e 65 anos, com atividade principal remunerada) no espaço social, estabelecida com base na macroposição de classe. Para tal, foi desenvolvida uma pesquisa survey por questionário (n 1.090). Na segunda fase, os objetivos específicos tiveram como propósito analisar as características do envolvimento com PMCTL de sujeitos com perfis diferenciados de consumos culturais e também conhecer as possíveis relações entre disposições atualizadas no universo das PMCTL e as subjacentes em outras esferas da vida social. Com esse propósito, foram desenvolvidos dois procedimentos metodológicos. Primeiro, com base um levantamento específico sobre as práticas culturais da população de Porto Alegre, através de uma pesquisa survey por entrevista com amostra por cota, com ponderações desproporcionais (n 486): a) a convergência/divergência dos consumos culturais dos sujeitos e o vínculo com o espaço social ocupado; e b) a relação entre o grau de consonância/dissonância de legitimidade das práticas culturais dos sujeitos da amostra e o envolvimento com PMCTL. O segundo processo metodológico teve por objetivo conhecer o significado atribuído às PMCTL por sujeitos localizados em espaços sociais distantes, com perfis de consumos culturais diferentes, e os possíveis vínculos desses significados com práticas culturais no universo do cuidado do corpo e da sociabilidade. Essa parte do estudo consistiu num estudo de casos selecionados. Foram descritos na pesquisa seis casos, analisados em diálogo com outros 17. Os sujeitos que participaram dessa parte da pesquisa foram escolhidos a partir da amostra da segunda etapa, considerando a combinação de macroposição de classe e gênero e envolvimento com PMCTL convergentes e divergentes com as tendências estatísticas do grupo social de referência. Finalmente, na terceira etapa da pesquisa, procurou-se compreender a combinação dos fatores específicos da classe social à qual o sujeito pertence (e/ou pertenceu) e a trajetória biográfica deste em tal universo, na constituição de suas disposições e na relação com o envolvimento em PMCTL. Metodologicamente, nessa fase do estudo, desenvolveram-se dois retratos sociológicos de casos escolhidos da etapa anterior com base nos critérios de convergência/divergência entre o envolvimento dos sujeitos e as tendências identificadas no espaço social a que pertencem e a consonância/dissonância entre suas práticas culturais. O conjunto dos procedimentos desenvolvidos permite afirmar que: a) A classe social condiciona marcadamente o envolvimento com PMCTL, em menor medida também o tipo de prática realizada – o gênero é mais determinante nesse aspecto; b) A renda aparece fortemente associada com o envolvimento com PMCTL e também há uma associação entre maior envolvimento com exercícios físicos e esportes e menor participação no trabalho doméstico; c) A convergência (legítima e pouco legítima) e a dissonância de consumos culturais parecem não se associar de forma consistente com o tipo de PMCTL e o significado atribuído a estas; d) Sujeitos localizados num mesmo espaço social e com perfis culturais similares podem significar as mesmas PMCTL de formas diferentes; e) A prática de exercício físico entre mulheres de classes populares parece estar mais fortemente associada à intervenção sobre problemas manifestos do que a práticas preventivas e/ou de lazer; f) Entre as mulheres das classes sociais mais altas, há maior probabilidade de a prática assumir um caráter preventivo e de lazer; g) Entre os homens, independentemente da classe, o envolvimento com a PMCTL tende a ser orientado pelo lazer (e identificação) e práticas mais terapêuticas/reparadoras do que preventivas/conservativas, ainda que seja mais provável que possa assumir esse caráter entre sujeitos de classe mais alta; h) A prática de exercícios físicos, tanto em homens como mulheres, vincula-se com disposições de cuidado do corpo mais amplas (alimentação, estética), o que não ocorre com a prática de esportes; i) Disposições que subjazem as práticas corporais não são comuns ao conjunto das práticas culturais dos sujeitos; j) As disposições para o envolvimento com PMCTL são construídas nas relações de sociabilidade dos sujeitos, restringidas pelas condições objetivas de vida; e k) As PMCTL parecem ter um peso distintivo muito menor do que outras práticas culturais (música, por exemplo) e, particularmente, não carregam um potencial desclassificador em sua prática, talvez mais na forma ou no contexto da prática. / Body movement practices during spare time (BMPST) form part of the cultural manifestation of different sectors of society. As in other cultural practices, BMPST may vary in terms of type, creation, production and meaning, according to the social and historical context in which they occur. Despite these variations, BMPST have always played a significant role in society; different social groups have been creating, preserving, transmitting and transforming them in their dynamic and different forms over the years. Social and cultural studies have been involved in this phenomenon, by attempting to elucidate what could be the exact role of BMPST in the cultural field and to reveal, among other aspects, how personal connections are created and how ideas on such practices are formed. With this in mind, the aim of the present study was to develop an understanding of social and cultural aspects implicated in individuals‟ motivation towards BMPST. In particular, we inquired whether a correlation could be established between the motivation of individuals towards BMPST and their position/biographic trajectory in society. Analytically, we looked for support in works developed by Pierre Bourdieu and Bernard Lahire. Bordieu‟s theories gave rise to the study of social distribution of BMPST in society, whilst Lahire‟s lead to the updated analysis of motivation for BMPST and to the interpretation of their structure. This investigation consisted of three steps: each addressed specific aims which, when taken together, combined to yield answers to the postulated research questions. The first step described the distribution and involvement of Porto Alegre inhabitants in BMPST, according to their position in society (subjects aged between 25 and 65, in paid employment), based on broad class structure. For this, a survey questionnaire was drawn up (n 1.090). In the second step, specific aims were to analyze the involvement of subjects with different cultural interests in BMPST and to acknowledge possible associations between updated motivations towards BMPST and towards other fields in the subjects‟ social life. Two methodological procedures were developed to achieve this. The first was based on a specific survey about cultural practices among Porto Alegre inhabitants, using a questionnaire with stratified sampling and unequal sampling fractions (n 486): a) convergence/divergence of subjects‟ cultural interests and their relation with the social position that they occupy; and b) the correlation between consonance/dissonance degrees of subjects‟ cultural practices in the samples analyzed, and their involvement with BMPST. The second methodological procedure aimed to understand the significance attributed to BMPST by subjects of different social position and with different social interests, and the possible association between these factors and cultural practices in the universe of aesthetics and sociability. This part of the study involved the analysis of selected cases. Six cases were analyzed in association with another 17. Subjects that took part on this study were chosen from the sample used in the second step, considering the combination of class and gender structure and the involvement of convergent or divergent BMPST with statistical tendencies of the social reference group. The third and final step of this research aimed to understand the association between an individual‟s particular social class features and their biographical trajectory, on the creation of their motivation and involvement in BMPST. Methodologically, in this stage of the study, two sociological portraits of cases were chosen from the previous step, based on motivation of subjects towards convergence/divergence criteria and tendencies recognized in the social location to which they belong, and consonance/dissonance in their social practices. The procedures developed allow us to state that: a) Social class profoundly influences one individual‟s involvement with BMPST; less intensely, it also influences the kind of practice performed – gender is more relevant in this respect; b) Income is strongly associated to individuals‟ involvement with BMPST and there is also an association between the frequency of physical exercise/sports and a lower significant involvement in domestic work; c) Convergence (legitimate and less legitimate) and dissonance of cultural interests are not consistently associated with the kind of BMPST and the significance to them attributed; d) Subjects belonging to the same social location and with similar cultural profiles can understand the same BMPST in different ways; e) the practice of physical exercise amongst women from the more prevalent classes is more often a consequence of existing body problems than due to prevention practices or leisure; f) Among women from higher social classes, BMPST is most commonly associated with leisure and avoiding situations prejudicial to health; g) Among men, independently of their social class, BMPST are usually related to leisure and most commonly involved with therapeutic/repairing and not so much with preventive/conservative practices, although the latter may appear among individuals of higher social classes; h) Among men and women, practicing physical exercise is associated with broader body concerns (aesthetics, healthier diet), contrasting with what usually happens in sporting practice; i) Motivations implicated in physical practices diverge from common cultural practices of the subjects; j) Motivation to BMPST are based on subjects‟ sociability, and limited by their objective life conditions; and k) BMPST seem to have a smaller distinctive weight when compared with other cultural practices (music, for example) and, in particular, do not possess a potential for breaking down class differences. / Las Prácticas de Movimiento Corporal en el Tiempo Libre (PMCTL)forman parte de las manifestaciones culturales de los más diferentes grupos sociales. Como prácticas culturales, las PMCTL refieren a diferentes condiciones de producción , actores, significados y función, de acuerdo con las transformaciones de los contextos socio-históricos en los cuales ellas se insertan. Independientemente de esas características, un aspecto que parece no dejar dudas es que las PMCTL ocupan un espacio social relevante, ya que la mayoría de los grupos sociales, con sus diferentes formas y dinámicas, las han creado, conservado, transmitido y transformado. Los estudios socioculturales se han ocupado de este fenómeno, buscando entender el papel que las PMCTL pueden desempeñar en el campo cultural, como también develar, entre otros aspectos, de qué manera los sujetos establecen vínculos y construyen significados sobre tales prácticas. Teniendo como referencia ese campo teórico, esta investigación busca comprender los aspectos socioculturales que subyacen a la participación de los sujetos en las PMCTL. Más precisamente, preguntarse: ¿cuáles son las relaciones entre las disposiciones de los sujetos para participar de PMCTL y su localización y trayectoria biográfica en el espacio social? Analíticamente, esta tesis procura sustentación en los trabajos de Pierre Bourdieu y Bernard Lahire. El primer autor orienta el estudio de la distribución social de las PMCTL en el espacio social, mientras el segundo, promueve el análisis de las disposiciones actualizadas en las PMCTL y en la interpretación de su constitución. La investigación consta de tres etapas, cada una orientada por objetivos específicos que, conjugados, procuran auxiliar en la construcción de las respuestas para el problema de investigación. En la primera etapa, se describe la participación en PMCTL de los habitantes de la Ciudad de Porto Alegre - Brasil, conforme a la posición de los sujetos (entre 25 y 65 años, con actividad principal remunerada) en el espacio social, establecida con base en la macroposición de clase. Para esto, fue desarrollada una investigación survey por cuestionario (n 1090). En la segunda etapa , los objetivos específicos tuvieron como propósito analizar las características de la participación en PMCTL de sujetos con perfiles diferentes de consumos culturales, y también conocer las posibles relaciones entre las disposiciones actualizadas en el universo de las PMCTL y las subyacentes en otras esferas de la vida social. Con este propósito, fueron desarrollados dos procedimientos metodológicos. El Primero, en base a un relevamiento específico sobre las prácticas culturales de los habitantes de Porto Alegre, a través de una investigación survey por entrevista con una muestra por cuota, con ponderación no-proporcional (n 486),donde se investigó: a) la convergencia/divergencia de los consumos culturales de los sujetos y el vínculo con el espacio social ocupado; y b) la relación entre el grado de consonancia/disonancia de legitimidad de las prácticas culturales de los sujetos de la muestra y la participación en PMCTL. El segundo procedimiento metodológico tuvo por objetivo conocer el significado atribuido a la participación en PMCTL por sujetos localizados en espacios sociales distantes, con perfiles de consumos culturales diferentes, y los posibles vínculos de esos significados con prácticas culturales relacionadas al cuidado del cuerpo y de la sociabilidad. Este momento de la tesis consistió en un estudio de casos seleccionados. Fueron descritos en la investigación seis casos, analizados comparativamente? con otros 17. Los sujetos que participaron fueron elegidos a partir de la muestra de la segunda etapa, considerando la combinación de macroposición de clase, género y participación en PMCTL convergentes y divergentes con las tendencias estadísticas del grupo social de referencia. Finalmente, en la tercer etapa de la investigación, se procuró comprender la combinación de los factores específicos de la clase social a la cual el sujeto pertenece (y/o perteneció) y su trayectoria biográfica en dicho universo, en la constitución de sus disposiciones y en la relación de éstas con la participación en PMCTL. Metodológicamente, en esta fase del estudio, se confeccionaron dos retratos sociológicos de casos elegidos de la etapa anterior pertenecientes al mismo espacio social, más participantes de PMCTL diferentes (convergentes e divergentes con las tendencias identificadas en el espacio social a que pertenecen). El conjunto de los procedimientos desarrollados en las tres etapas de la investigación? permite afirmar que: a) La clase social condiciona marcadamente la participación en PMCTL y, en menor medida, también el tipo de práctica realizada – el género es más determinante en ese aspecto; b) La renta aparece fuertemente asociada con la participación en PMCTL, también hay una asociación entre la mayor práctica de ejercicios físicos y deportes y la menor participación en el trabajo doméstico; c) La consonancia (legítima y poco legítima) y la disonancia de consumos culturales parecen no estar asociados de forma consistente con el tipo de PMCTL y el significado atribuido a estas; d) Sujetos localizados en un mismo espacio social y con perfiles culturales similares pueden significar las mismas PMCTL de formas diferentes; e) La práctica de ejercicios físicos entre mujeres de clase popular parece estar más directamente asociada a la intervención sobre problemas manifiestos que a prácticas preventivas y/o de ocio; f) Entre las mujeres de las clases sociales más altas, hay mayor probabilidad de la práctica asumir un carácter preventivo y de ocio; g) Entre los hombres, independientemente de la clase, la participación en PMCTL tiende a ser orientada por el ocio (e identificación) y por prácticas más terapéuticas/reparadoras que preventivas/conservativas, aunque sea más probable que asuma este carácter entre sujetos de clase más alta; h) La práctica en ejercicios físicos, tanto en hombres como en mujeres, se vincula con disposiciones de cuidado del cuerpo más amplias (alimentación, estética), lo que no ocurre con la práctica de deportes; i) Las disposiciones que subyacen a las prácticas corporales no son comunes al conjunto de las prácticas culturales de los sujetos; j) Las disposiciones para la participación en PMCTL son construidas en las relaciones de socialización de los sujetos, restringidas por las condiciones objetivas de vida; y k) Las PMCTL parecen tener un peso distintivo mucho menor que otras prácticas culturales (música, por ejemplo) y, particularmente, no cargan un potencial desclasificador en su práctica, posiblemente en la forma o en el contexto de la práctica.
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Vidas nuas : mulheres com HIV/AIDS em situação de violências de gênero / Naked lives: women with HIV / AIDS in situations of gender violence. / Vidas desnudas: mujeres con VIH / SIDA en situaciones de violencia de gênero.

Ceccon, Roger Flores January 2016 (has links)
A epidemia de HIV/aids e a violência de gênero em mulheres apresentam elevada prevalência, configurando graves problemas de saúde pública. O objetivo geral deste estudo foi conhecer as trajetórias de vida de mulheres com HIV/aids em situação de violência de gênero. Os objetivos específicos foram: analisar as vulnerabilidades decorrentes das desigualdades de gênero, raça e classe social nas vidas de mulheres com HIV/aids; identificar as iniquidades presentes nas vidas destas mulheres e caracterizar como se constituem as vidas de mulheres com HIV/aids em situação de violência de gênero a partir dos conceitos de fascismo social, biopolítica e vidas nuas. É um estudo qualitativo que utilizou narrativas de 61 mulheres com HIV/aids em situação de violência cadastradas no Serviço de Assistência Especializada em DST/HIV/aids em um município do interior do Rio Grande do Sul, que apresenta a 5ª maior prevalência da doença entre as cidades brasileiras. Para a discussão e compreensão dos dados foi utilizada a análise de narrativa, considerando-se as experiências femininas de viver com HIV/aids e sofrer violências de gênero. A maioria das mulheres era jovem, solteira, com pouca escolaridade, pobre e inserida precariamente no mercado de trabalho. Grande parte adquiriu a doença do companheiro, eram negras, com início da vida sexual antes dos 15 anos, não usavam preservativos e referiram em média de nove anos vivendo com HIV/aids. Em suas trajetórias, sofreram diferentes formas de opressão/exploração na vida privada e no trabalho, em contextos de desigualdades que as vulnerabilizaram antes e depois de adoecer Mulheres pobres, negras e com HIV/aids referiram preconceito, discriminação e iniquidades como efeitos do capitalismo patriarcal racista. As negras narraram preconceitos e rejeição em decorrência da cor da pele e por serem portadoras de uma doença estigmatizada na sociedade. As pobres precisaram ocupar postos de trabalho precários e informais, e muitas se prostituíram para sobreviver. Todas sofreram discriminações, agudizadas pelo fato de serem portadoras de HIV/aids, indicando que os contextos socioeconômicos de pobreza e racismo aumentam a vulnerabilidade ao HIV/aids e pioram a vida das que adquirem a doença. As hierarquias de gênero ocasionaram dificuldades referentes à sexualidade e à conjugalidade, à falta de autonomia para negociar direitos sexuais nas relações maritais e com clientes, mantendo segredo em relação ao HIV/aids para evitar a culpabilização e o rechaço de familiares, amigos e comunidade. A biopolítica e o fascismo social são formas de governo capazes de determinar o limite entre a vida protegida e a vida exposta à morte daqueles considerados supérfluos, descartáveis e, portanto, matáveis A biopolítica, em relação a mulheres com HIV/aids, preocupa-se apenas em não deixar morrer, podendo-se considerar que são “vidas nuas”, marcadas pela pauperização, feminização e racialização da epidemia e a superposição das vulnerabilidades sociais indica que não se pode isolar os determinantes ou tratar a doença apenas em seus aspectos biológicos. Este estudo descortinou as condições de sofrimento, violências e discriminações em que vivem mulheres com HIV/aids em um município do interior do Rio Grande do Sul, considerando-as vidas precárias, descartáveis, vidas nuas. É responsabilidade do Estado produzir políticas públicas para o HIV/aids e para as violências, que considerem os determinantes de gênero, raça e classe social e disponibilizar cuidado integral, equânime e resolutivo às mulheres com HIV/aids. / The HIV/SIDA epidemic and gender violence in women are highly prevalent, resulting in serious public health problems. The general objective of this study was to know the life trajectories of women with HIV/SIDA in situations of gender violence. The specific objectives were: to analyze vulnerabilities arising from inequalities in gender, race and social class in the lives of women with HIV/SIDA; to identify the iniquities present in the lives of these women and to characterize the lives of women with HIV/SIDA in situations of gender violence from the concepts of social fascism, biopolitics and naked lives. It is a qualitative study that used narratives of 61 women with HIV/SIDA in a situation of violence registered in the STD/HIV/SIDA Specialized Service in a municipality in the interior of Rio Grande do Sul, which presents the 5th highest prevalence of the disease among The Brazilian cities. For the discussion and understanding of the data, the narrative analysis was used, considering the female experiences of living with HIV/SIDA and suffering gender violence. Most of the women were young, single, with little schooling, poor and poorly placed in the labor market. Most of them acquired the disease of the partner, were black, with sexual onset before the age of 15 years, did not use condoms and reported on average nine years living with HIV/SIDA. In their trajectories, they suffered different forms of oppression/exploitation in private life and at work, in contexts of inequalities that made them vulnerable before and after becoming ill. Poor, black and HIV/SIDA women have reported prejudice, discrimination and inequities as the effects of patriarchal racist capitalism. Black women have narrated prejudices and rejection as a result of their skin color and because they carry a stigmatized disease in society. The poor needed to occupy precarious and informal jobs, and many prostituted themselves to survive. All have suffered discrimination, exacerbated by the fact that they carry HIV/SIDA, indicating that socioeconomic contexts of poverty and racism increase vulnerability to HIV/SIDA and make life worse for those who acquire the disease. Gender hierarchies have caused difficulties related to sexuality and conjugality, lack of autonomy to negotiate sexual rights in marital and client relations, keeping secrets about HIV/SIDA to avoid blame and the rejection of family, friends and community. Biopolitics and social fascism are forms of government capable of determining the boundary between the protected life and the life exposed to the death of those considered superfluous, disposable and therefore killable. Biopolitics, in relation to women with HIV/SIDA, only worries about not letting them die and can be considered as "naked lives", marked by the pauperization, feminization and racialization of the epidemic, and the overlapping of social vulnerabilities indicates that One can isolate the determinants or treat the disease only in its biological aspects. This study revealed the conditions of suffering, violence and discrimination in which women living with HIV/SIDA live in a municipality in the interior of Rio Grande do Sul, considering them to be precarious, disposable lives, naked lives. It is the responsibility of the State to produce public policies on HIV/SIDA and violence, which consider determinants of gender, race and social class, and provide comprehensive, equitable and resolute care to women with HIV/AIDS. / La epidemia del VIH/SIDA y la violencia basada en el género en la mujeres tienen una alta prevalencia, el establecimiento de graves problemas de salud pública. El objetivo de este estudio fue saber las trayectorias de vida de las mujeres con VIH/SIDA en situación de violencia de género. Los objetivos específicos fueron analizar las vulnerabilidades derivadas de la desigualdad de género, la raza y la clase social en la vida de las mujeres con VIH/SIDA; reconocimiento de las desigualdades presentes en la vida de estas mujeres y caracterizar como son la vida de las mujeres con VIH/SIDA en situación de violencia de género desde los conceptos de fascismo social, biopolítica y vidas desnudas. Se trata de un estudio cualitativo utilizando narrativas de 61 mujeres con VIH/SIDA en situaciones de violencia registrada en el Servicio de Atención Especializada de ETS/VIH/SIDA en una ciudad del interior de Rio Grande do Sul, que tiene la quinta más alta prevalencia de la enfermedad entre ciudades brasileñas. Para la discusión y comprensión de los datos se utilizó el análisis narrativo, teniendo en cuenta las experiencias de las mujeres de vivir con el VIH/SIDA y sufren violencia de género. La mayoría de las mujeres eran jóvenes, solteras, con poca educación, pobres y mal insertado en el mercado laboral. Gran parte adquirida del compañero la enfermedad, eran negro, con el inicio de la actividad sexual antes de los 15 años, no hizo uso de condones y reportaron un promedio de nueve años que viven con el VIH/SIDA. En sus caminos, que han sufrido diferentes formas de opresión/explotación en la vida privada como en el trabajo, en contextos de desigualdad que vulnerabilizaram antes y después de enfermarse Las mujeres pobres, negros y con el VIH/SIDA mencionan los prejuicios, la discriminación y las desigualdades como los efectos del capitalismo patriarcal y racista. Las mujeres negras narró los prejuicios y el rechazo debido al color de la piel y debido a que están llevando a una enfermedad estigmatizada en la sociedad. Las pobres tenían para ocupar puestos de trabajo precarios e informales, y muchas prostituirse para sobrevivir. Toda discriminación que sufren, agudizado por el hecho de que viven con el VIH/SIDA, lo que indica que los contextos socio-económicos de la pobreza y el racismo aumento de la vulnerabilidad al VIH/SIDA y empeoran la vida de contraer la enfermedad. Las jerarquías de género causaron dificultades relacionadas con la sexualidad y la conyugalidad, la falta de autonomía para negociar los derechos sexuales en las relaciones maritales y clientes, mantener el secreto sobre el VIH/SIDA para evitar la culpa y el rechazo de familiares, amigos y la comunidad. La biopolítica y el fascismo social son formas de gobierno capaces de determinar el límite entre la vida protegida y la vida en peligro de muerte los que se consideran superfluos, desechable y, por tanto, killable. La biopolítica, para las mujeres con VIH/SIDA, se ocupa solamente de no dejar que muera, se puede considerar que son "vida desnuda", marcada por la pobreza, la feminización y la racialización de la epidemia y la superposición de vulnerabilidad social indica que hay se puede aislar los determinantes o tratar la enfermedad sólo en sus aspectos biológicos. Este estudio reveló condiciones del sufrimiento, la violencia y la discriminación en las mujeres que viven con el VIH/SIDA en una ciudad del interior de Rio Grande do Sul, teniendo en cuenta las vidas precárias, desechables, vidas desnudas. Es la responsabilidad del Estado producir políticas públicas para el VIH/SIDA y la violencia, para considerar l
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Bases sociais das disposições para o envolvimento em práticas de movimento corporal no tempo livre / Motivation for body movement practices during spare time: social bases / Bases sociales de las disposiciones para la participación em prácticas de movimiento corporal en el tiempo libre

González, Fernando Jaime January 2010 (has links)
As Práticas de Movimento Corporal no Tempo Livre (PMCTL) fazem parte das manifestações culturais dos mais diferentes grupos sociais. Como práticas culturais, as PMCTL mudam quanto a forma, produtores, atores e significados, de acordo com as transformações dos contextos sócio-históricos nos quais elas se inserem. Independentemente dessas características, um aspecto que parece não deixar dúvidas é que as PMCTL ocupam um espaço social relevante, já que a maioria dos grupos sociais, com suas diferentes formas e dinâmicas, as têm criado, conservado, transmitido e transformado. Os estudos socioculturais têm se preocupado com esse fenômeno, procurando entender o papel que as PMCTL podem desempenhar no campo cultural, assim como desvendar, entre outros aspectos, de que maneira os sujeitos estabelecem vínculos e constroem significados sobre tais práticas. Tendo como referência esse campo teórico, esta pesquisa buscou compreender os aspectos socioculturais que subjazem ao envolvimento dos sujeitos com as PMCTL. Mais precisamente, pergunta-se: quais são as relações entre as disposições dos indivíduos para o envolvimento com as PMCTL e a localização e a trajetória biográfica dos mesmos no espaço social? Analiticamente, procurou-se sustentação nos trabalhos de Pierre Bourdieu e Bernard Lahire. O primeiro autor subsidiou o estudo da distribuição social das PMCTL no espaço social, enquanto o segundo, na análise das disposições atualizadas nas PMCTL e na interpretação da constituição das mesmas. A investigação constou de três etapas, cada uma orientada por objetivos específicos que, conjugados, procuraram auxiliar na construção das respostas para o problema de pesquisa. Na primeira etapa, descreveu-se a distribuição e o envolvimento com PMCTL da população de Porto Alegre, conforme a posição dos sujeitos (entre 25 e 65 anos, com atividade principal remunerada) no espaço social, estabelecida com base na macroposição de classe. Para tal, foi desenvolvida uma pesquisa survey por questionário (n 1.090). Na segunda fase, os objetivos específicos tiveram como propósito analisar as características do envolvimento com PMCTL de sujeitos com perfis diferenciados de consumos culturais e também conhecer as possíveis relações entre disposições atualizadas no universo das PMCTL e as subjacentes em outras esferas da vida social. Com esse propósito, foram desenvolvidos dois procedimentos metodológicos. Primeiro, com base um levantamento específico sobre as práticas culturais da população de Porto Alegre, através de uma pesquisa survey por entrevista com amostra por cota, com ponderações desproporcionais (n 486): a) a convergência/divergência dos consumos culturais dos sujeitos e o vínculo com o espaço social ocupado; e b) a relação entre o grau de consonância/dissonância de legitimidade das práticas culturais dos sujeitos da amostra e o envolvimento com PMCTL. O segundo processo metodológico teve por objetivo conhecer o significado atribuído às PMCTL por sujeitos localizados em espaços sociais distantes, com perfis de consumos culturais diferentes, e os possíveis vínculos desses significados com práticas culturais no universo do cuidado do corpo e da sociabilidade. Essa parte do estudo consistiu num estudo de casos selecionados. Foram descritos na pesquisa seis casos, analisados em diálogo com outros 17. Os sujeitos que participaram dessa parte da pesquisa foram escolhidos a partir da amostra da segunda etapa, considerando a combinação de macroposição de classe e gênero e envolvimento com PMCTL convergentes e divergentes com as tendências estatísticas do grupo social de referência. Finalmente, na terceira etapa da pesquisa, procurou-se compreender a combinação dos fatores específicos da classe social à qual o sujeito pertence (e/ou pertenceu) e a trajetória biográfica deste em tal universo, na constituição de suas disposições e na relação com o envolvimento em PMCTL. Metodologicamente, nessa fase do estudo, desenvolveram-se dois retratos sociológicos de casos escolhidos da etapa anterior com base nos critérios de convergência/divergência entre o envolvimento dos sujeitos e as tendências identificadas no espaço social a que pertencem e a consonância/dissonância entre suas práticas culturais. O conjunto dos procedimentos desenvolvidos permite afirmar que: a) A classe social condiciona marcadamente o envolvimento com PMCTL, em menor medida também o tipo de prática realizada – o gênero é mais determinante nesse aspecto; b) A renda aparece fortemente associada com o envolvimento com PMCTL e também há uma associação entre maior envolvimento com exercícios físicos e esportes e menor participação no trabalho doméstico; c) A convergência (legítima e pouco legítima) e a dissonância de consumos culturais parecem não se associar de forma consistente com o tipo de PMCTL e o significado atribuído a estas; d) Sujeitos localizados num mesmo espaço social e com perfis culturais similares podem significar as mesmas PMCTL de formas diferentes; e) A prática de exercício físico entre mulheres de classes populares parece estar mais fortemente associada à intervenção sobre problemas manifestos do que a práticas preventivas e/ou de lazer; f) Entre as mulheres das classes sociais mais altas, há maior probabilidade de a prática assumir um caráter preventivo e de lazer; g) Entre os homens, independentemente da classe, o envolvimento com a PMCTL tende a ser orientado pelo lazer (e identificação) e práticas mais terapêuticas/reparadoras do que preventivas/conservativas, ainda que seja mais provável que possa assumir esse caráter entre sujeitos de classe mais alta; h) A prática de exercícios físicos, tanto em homens como mulheres, vincula-se com disposições de cuidado do corpo mais amplas (alimentação, estética), o que não ocorre com a prática de esportes; i) Disposições que subjazem as práticas corporais não são comuns ao conjunto das práticas culturais dos sujeitos; j) As disposições para o envolvimento com PMCTL são construídas nas relações de sociabilidade dos sujeitos, restringidas pelas condições objetivas de vida; e k) As PMCTL parecem ter um peso distintivo muito menor do que outras práticas culturais (música, por exemplo) e, particularmente, não carregam um potencial desclassificador em sua prática, talvez mais na forma ou no contexto da prática. / Body movement practices during spare time (BMPST) form part of the cultural manifestation of different sectors of society. As in other cultural practices, BMPST may vary in terms of type, creation, production and meaning, according to the social and historical context in which they occur. Despite these variations, BMPST have always played a significant role in society; different social groups have been creating, preserving, transmitting and transforming them in their dynamic and different forms over the years. Social and cultural studies have been involved in this phenomenon, by attempting to elucidate what could be the exact role of BMPST in the cultural field and to reveal, among other aspects, how personal connections are created and how ideas on such practices are formed. With this in mind, the aim of the present study was to develop an understanding of social and cultural aspects implicated in individuals‟ motivation towards BMPST. In particular, we inquired whether a correlation could be established between the motivation of individuals towards BMPST and their position/biographic trajectory in society. Analytically, we looked for support in works developed by Pierre Bourdieu and Bernard Lahire. Bordieu‟s theories gave rise to the study of social distribution of BMPST in society, whilst Lahire‟s lead to the updated analysis of motivation for BMPST and to the interpretation of their structure. This investigation consisted of three steps: each addressed specific aims which, when taken together, combined to yield answers to the postulated research questions. The first step described the distribution and involvement of Porto Alegre inhabitants in BMPST, according to their position in society (subjects aged between 25 and 65, in paid employment), based on broad class structure. For this, a survey questionnaire was drawn up (n 1.090). In the second step, specific aims were to analyze the involvement of subjects with different cultural interests in BMPST and to acknowledge possible associations between updated motivations towards BMPST and towards other fields in the subjects‟ social life. Two methodological procedures were developed to achieve this. The first was based on a specific survey about cultural practices among Porto Alegre inhabitants, using a questionnaire with stratified sampling and unequal sampling fractions (n 486): a) convergence/divergence of subjects‟ cultural interests and their relation with the social position that they occupy; and b) the correlation between consonance/dissonance degrees of subjects‟ cultural practices in the samples analyzed, and their involvement with BMPST. The second methodological procedure aimed to understand the significance attributed to BMPST by subjects of different social position and with different social interests, and the possible association between these factors and cultural practices in the universe of aesthetics and sociability. This part of the study involved the analysis of selected cases. Six cases were analyzed in association with another 17. Subjects that took part on this study were chosen from the sample used in the second step, considering the combination of class and gender structure and the involvement of convergent or divergent BMPST with statistical tendencies of the social reference group. The third and final step of this research aimed to understand the association between an individual‟s particular social class features and their biographical trajectory, on the creation of their motivation and involvement in BMPST. Methodologically, in this stage of the study, two sociological portraits of cases were chosen from the previous step, based on motivation of subjects towards convergence/divergence criteria and tendencies recognized in the social location to which they belong, and consonance/dissonance in their social practices. The procedures developed allow us to state that: a) Social class profoundly influences one individual‟s involvement with BMPST; less intensely, it also influences the kind of practice performed – gender is more relevant in this respect; b) Income is strongly associated to individuals‟ involvement with BMPST and there is also an association between the frequency of physical exercise/sports and a lower significant involvement in domestic work; c) Convergence (legitimate and less legitimate) and dissonance of cultural interests are not consistently associated with the kind of BMPST and the significance to them attributed; d) Subjects belonging to the same social location and with similar cultural profiles can understand the same BMPST in different ways; e) the practice of physical exercise amongst women from the more prevalent classes is more often a consequence of existing body problems than due to prevention practices or leisure; f) Among women from higher social classes, BMPST is most commonly associated with leisure and avoiding situations prejudicial to health; g) Among men, independently of their social class, BMPST are usually related to leisure and most commonly involved with therapeutic/repairing and not so much with preventive/conservative practices, although the latter may appear among individuals of higher social classes; h) Among men and women, practicing physical exercise is associated with broader body concerns (aesthetics, healthier diet), contrasting with what usually happens in sporting practice; i) Motivations implicated in physical practices diverge from common cultural practices of the subjects; j) Motivation to BMPST are based on subjects‟ sociability, and limited by their objective life conditions; and k) BMPST seem to have a smaller distinctive weight when compared with other cultural practices (music, for example) and, in particular, do not possess a potential for breaking down class differences. / Las Prácticas de Movimiento Corporal en el Tiempo Libre (PMCTL)forman parte de las manifestaciones culturales de los más diferentes grupos sociales. Como prácticas culturales, las PMCTL refieren a diferentes condiciones de producción , actores, significados y función, de acuerdo con las transformaciones de los contextos socio-históricos en los cuales ellas se insertan. Independientemente de esas características, un aspecto que parece no dejar dudas es que las PMCTL ocupan un espacio social relevante, ya que la mayoría de los grupos sociales, con sus diferentes formas y dinámicas, las han creado, conservado, transmitido y transformado. Los estudios socioculturales se han ocupado de este fenómeno, buscando entender el papel que las PMCTL pueden desempeñar en el campo cultural, como también develar, entre otros aspectos, de qué manera los sujetos establecen vínculos y construyen significados sobre tales prácticas. Teniendo como referencia ese campo teórico, esta investigación busca comprender los aspectos socioculturales que subyacen a la participación de los sujetos en las PMCTL. Más precisamente, preguntarse: ¿cuáles son las relaciones entre las disposiciones de los sujetos para participar de PMCTL y su localización y trayectoria biográfica en el espacio social? Analíticamente, esta tesis procura sustentación en los trabajos de Pierre Bourdieu y Bernard Lahire. El primer autor orienta el estudio de la distribución social de las PMCTL en el espacio social, mientras el segundo, promueve el análisis de las disposiciones actualizadas en las PMCTL y en la interpretación de su constitución. La investigación consta de tres etapas, cada una orientada por objetivos específicos que, conjugados, procuran auxiliar en la construcción de las respuestas para el problema de investigación. En la primera etapa, se describe la participación en PMCTL de los habitantes de la Ciudad de Porto Alegre - Brasil, conforme a la posición de los sujetos (entre 25 y 65 años, con actividad principal remunerada) en el espacio social, establecida con base en la macroposición de clase. Para esto, fue desarrollada una investigación survey por cuestionario (n 1090). En la segunda etapa , los objetivos específicos tuvieron como propósito analizar las características de la participación en PMCTL de sujetos con perfiles diferentes de consumos culturales, y también conocer las posibles relaciones entre las disposiciones actualizadas en el universo de las PMCTL y las subyacentes en otras esferas de la vida social. Con este propósito, fueron desarrollados dos procedimientos metodológicos. El Primero, en base a un relevamiento específico sobre las prácticas culturales de los habitantes de Porto Alegre, a través de una investigación survey por entrevista con una muestra por cuota, con ponderación no-proporcional (n 486),donde se investigó: a) la convergencia/divergencia de los consumos culturales de los sujetos y el vínculo con el espacio social ocupado; y b) la relación entre el grado de consonancia/disonancia de legitimidad de las prácticas culturales de los sujetos de la muestra y la participación en PMCTL. El segundo procedimiento metodológico tuvo por objetivo conocer el significado atribuido a la participación en PMCTL por sujetos localizados en espacios sociales distantes, con perfiles de consumos culturales diferentes, y los posibles vínculos de esos significados con prácticas culturales relacionadas al cuidado del cuerpo y de la sociabilidad. Este momento de la tesis consistió en un estudio de casos seleccionados. Fueron descritos en la investigación seis casos, analizados comparativamente? con otros 17. Los sujetos que participaron fueron elegidos a partir de la muestra de la segunda etapa, considerando la combinación de macroposición de clase, género y participación en PMCTL convergentes y divergentes con las tendencias estadísticas del grupo social de referencia. Finalmente, en la tercer etapa de la investigación, se procuró comprender la combinación de los factores específicos de la clase social a la cual el sujeto pertenece (y/o perteneció) y su trayectoria biográfica en dicho universo, en la constitución de sus disposiciones y en la relación de éstas con la participación en PMCTL. Metodológicamente, en esta fase del estudio, se confeccionaron dos retratos sociológicos de casos elegidos de la etapa anterior pertenecientes al mismo espacio social, más participantes de PMCTL diferentes (convergentes e divergentes con las tendencias identificadas en el espacio social a que pertenecen). El conjunto de los procedimientos desarrollados en las tres etapas de la investigación? permite afirmar que: a) La clase social condiciona marcadamente la participación en PMCTL y, en menor medida, también el tipo de práctica realizada – el género es más determinante en ese aspecto; b) La renta aparece fuertemente asociada con la participación en PMCTL, también hay una asociación entre la mayor práctica de ejercicios físicos y deportes y la menor participación en el trabajo doméstico; c) La consonancia (legítima y poco legítima) y la disonancia de consumos culturales parecen no estar asociados de forma consistente con el tipo de PMCTL y el significado atribuido a estas; d) Sujetos localizados en un mismo espacio social y con perfiles culturales similares pueden significar las mismas PMCTL de formas diferentes; e) La práctica de ejercicios físicos entre mujeres de clase popular parece estar más directamente asociada a la intervención sobre problemas manifiestos que a prácticas preventivas y/o de ocio; f) Entre las mujeres de las clases sociales más altas, hay mayor probabilidad de la práctica asumir un carácter preventivo y de ocio; g) Entre los hombres, independientemente de la clase, la participación en PMCTL tiende a ser orientada por el ocio (e identificación) y por prácticas más terapéuticas/reparadoras que preventivas/conservativas, aunque sea más probable que asuma este carácter entre sujetos de clase más alta; h) La práctica en ejercicios físicos, tanto en hombres como en mujeres, se vincula con disposiciones de cuidado del cuerpo más amplias (alimentación, estética), lo que no ocurre con la práctica de deportes; i) Las disposiciones que subyacen a las prácticas corporales no son comunes al conjunto de las prácticas culturales de los sujetos; j) Las disposiciones para la participación en PMCTL son construidas en las relaciones de socialización de los sujetos, restringidas por las condiciones objetivas de vida; y k) Las PMCTL parecen tener un peso distintivo mucho menor que otras prácticas culturales (música, por ejemplo) y, particularmente, no cargan un potencial desclasificador en su práctica, posiblemente en la forma o en el contexto de la práctica.
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La objetualización de las mujeres y los indígenas en dos novelas latinoamericanas de los años 60 del siglo XX : Un análisis interseccional / The objectification of women and natives in two Latin American novels of the sixties : An intersectional analysis

Pändel, Lisen January 2017 (has links)
En este trabajo se analizan las representaciónes de dos categorías sociales, las mujeres y los indígenas en dos novelas latinoamericanas cuyas tramas acontecen en la primera mitad del siglo XX en Perú y México, respectivamente: La casa verde (1965) del escritor peruano Mario Vargas Llosa y Oficio de tinieblas (1962) de la escritora mexicana Rosario Castellanos. Nos proponemos analizar cómo diferentes formas de discriminación (referidas a clase social, género sexual y etnicidad) se entrecruzan en las novelas. Para ello vamos a realizar un análisis cuantitativo y cualitativo de una selección de diálogos de ambas novelas. Para llevar a cabo el análisis cuantitativo vamos a valernos del test de Bechdel. Mediante el cual podremos comprobar si hay una escasa cantidad de diálogos entre mujeres e indígenas en comparación con otros grupos sociales, lo cual nos permitirá visualizar posibles desigualdades en las representaciones de ambos grupos sociales en las novelas. En nuestra parte cualitativa, a través de un análisis crítico del discurso y utilizando una perspectiva interseccional, analizamos los diálogos directos en los que se habla sobre estos dos grupos sociales, las mujeres y los indígenas, para poder estudiar su representación en las novelas y para ver si encontramos elementos que puedan considerarse discriminatorios con respecto a estos grupos sociales. Finalmente, se compara el resultado cuantitativo con el resultado cualitativo para así poder también probar la conveniencia del test de Bechdel para analizar desigualdades en los medios de ficción. / The aim of this paper is to analyse the representation of two social categories, women and natives, in two Latin American novels, whose plot takes place in the first half of the twentieth century in Peru and Mexico, respectively: The green house/La casa verde (1965) by Peruvian author Mario Vargas Llosa and The book of lamentation/Oficio de tinieblas (1962) by Mexican author Rosario Castellanos. In this study, we will analyse how different forms of discrimination (regarding social class, gender and ethnicity) intersect in both novels. We will use a quantitative and qualitative analysis of selected dialogues of both novels. To perform the quantitative analysis, we will make use of the Bechdeltest. Through this test we can study a small amount of dialogues between women and natives compared to other social groups, allowing us to visualize possible inequalities in the representation of both social groups in the novels. In our qualitative part we will study the dialogues in which the interlocutors talk about these two social groups, women and natives, to interpret their representation in the novels and to find out if there are elements that may be considered discriminatory with respect to these social groups, through a critical discourse analysis and an intersectional perspective. Finally, the quantitative result is compared with the qualitative results so that we can test the suitability of Bechdel test to analyse inequalities in the media fiction.

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