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Avaliação da história familiar de câncer como co-fator associado ao aumento do risco de câncer de cérvice uterinaZelmanowicz, Alice de Medeiros January 2009 (has links)
O câncer de cérvice uterina é um problema de saúde pública na maioria dos países em desenvolvimento e também nos países desenvolvidos. Não só porque acomete mulheres relativamente jovens mas também porque seria prevenível caso um programa de rastreamento fosse factível de ser implantado em grande escala. Hoje se conhece muito sobre a patogênese deste câncer e de suas lesões precursoras. É reconhecido, por exemplo, que a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é imprescindível neste processo. Porém a grande maioria das mulheres infectadas por este vírus não evolui para câncer. Fatores associados, cofatores, são importantes tanto na resposta ao agente infeccioso, na persistência da infecção, quanto na evolução de lesões precursoras para lesões invasivas. Alguns destes co-fatores já são conhecidos, fumo, alta paridade, uso de anticoncepcional oral por um longo período, co-infecção pelo HIV. Outros estão sendo investigados. Um dos fatores menos estudados são as características do hospedeiro e sua capacidade de resposta à infecção e ao processo de malignização. História familiar traduz características genéticas, ambientais e culturais de um indivíduo. História familiar de câncer é fator de risco em maior ou menor intensidade para a maioria dos cânceres. Porém, este co-fator tem sido pouco estudado em relação ao câncer de cérvice. O objetivo desta tese é examinar a associação entre história familiar de câncer e risco para câncer de cérvice. Apesar de alguns estudos de base populacional e outros em amostras hospitalares terem sido feitos, nenhuma sistematização das publicações disponíveis foi ainda feita. Uma revisão dos artigos que analisavam esta associação foi feita e confirmou um excesso de risco aproximadamente duas vezes maior entre as mulheres que tem história familiar de câncer de cérvice entre parentes de primeiro grau. Além disso, foi feita a análise de dois bancos de dados, um caso-controle na região leste dos Estados Unidos e um estudo transversal em uma região da Costa Rica. Nos dois estudos, foi evidenciada uma associação positiva de história de câncer de cervice em familiares de primeiro grau e risco para câncer de cérvice. Com isso, conclui-se que história familiar de câncer é um co-fator para câncer de cérvice uterina. / Cervical cancer is an important public health problem not only in most developing countries but also in industrialized ones. That is so not only because it is common among relatively young women but also because it could be prevented should screening programs be implemented in large scales. Nowadays, much is known about the pathogenesis of this cancer and its precancerous lesions. It is known that infection of the human papillovirus (HPV) virtually occurs in all cases. However, the majority of women infected by this virus do not develop cancer. Thus, related factors, co-factors, are very important in relation to the response to the infectious agent, to the persistence of the infection, and to the progression of precancerous lesions into invasive lesions. Some of these co-factors are well known; smoking, high parity, use of oral contraceptive for long periods, and co-infection with HIV. Other co-factors are being investigated. One of the factors least studied is the feature of the host and its capacity to respond to the infection and malignancy. Family history conveys the genetic, environmental and cultural characteristics of the individual. Family history of cancer is a greater or smaller risk factor in almost all cases of cancer. However, this co-factor has not been thoroughly studied as regarding cervix cancer. The objective of this thesis is to examine the association between family history of cancer and cervix cancer risk. Although some population-based studies as well as others - some with hospital samples – have been carried out, there is no systematic review of such studies. A systematic review of the 20 articles that analyzed this association was performed and it confirmed excess in risk, approximately two fold, among women with relatives of first degree with family history of cervix cancer. Furthermore, the analysis of two data bases, one case-control study in the east of the USA and a cross-sectional study in a region of Costa Rica. In both studies there was a positive association of history of cancer in first-degree relatives and risk for cervix cancer. Hence, this study concludes that cancer family history is a co-factor for uterine cervix cancer.
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Avaliação de um serviço de atenção primária à saúde: características do rastreamento do câncer de colo de útero em usuárias de 20 a 59 anosCosta, Laura Dell Aglio Dias da January 2001 (has links)
o artigo descreve o programa de rastreamento de câncer de colo de útero em uma população de mulheres de 20-59 anos, usuárias de um serviço de Atenção Primária à Saúde (APS), em Porto Alegre. Esta coorte histórica de 5 anos foi constituída usando os registros de família de três unidades do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, Brasil. O estudo caracteriza a associação entre a detecção de hipertensão, diabetes, depressão e ansiedade nestas mulheres, e as freqüências de sua captação e adesão ao programa de rastreamento do câncer de colo de útero. As mulheres com 50 anos ou mais tiveram um risco relativo de 1,70 (IC95%=1,40-2,06) de não serem captadas pelo programa de rastreamento, quando comparadas com as mais jovens. Os resultados sugerem a necessidade de intensificar o rastreamento de rotina às mulheres de 50 anos ou mais. A captação e a adesão de usuárias poderiam ser usadas como indicadores da qualidade do processo de trabalho. São necessários novos estudos para o estabelecimento de inferência causal e para definir a captação e a adesão como indicadores da qualidade do processo de trabalho em Atenção Primária à Saúde. / The paper describes the cervical cancer screening program for a population of 20-59 year-old women in an ambulatory care facility of the Primary Health Care (PHC) system of Porto Alegre. This 5 year historical study was carried out using the family health records from 3 units of the Conceição Hospitalar Group - Community Heatth Care Services, in Porto Alegre, Brazil. The study characterises the association between the detection of hypertension, diabetes, depression and anxiety in women, and the frequencies of their capture by, and adhesion to, a cervical cancer screening program. Women over 50 were had a risk 1,70 (CI= 1,40-2,06) the risk of the youngers in not being captured by the program. The results suggest that more attention needs to be paid in the course of routine health care to women over 50 years of age. Capture into, and adhesion by users could be used as an indicator of the quality of primary health care processes. New studies are necessary to establish causal inference and to define capture and adhesion as indicators of the quality of primary health care processes.
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Histerectomia radical vaginal (cirurgia de Schauta) associada à linfadenectomia pélvica laparoscópica ou extraperitonial no tratamento do câncer de colo uterinoMaestri, Diego January 2009 (has links)
Introdução: O emprego da histerectomia vaginal radical para o tratamento das neoplasias do colo uterino tem taxas de cura equivalentes à via abdominal com menor morbidade. Nesse estudo relata-se casuística de histerectomia vaginal radical seguida de linfadenectomia pélvica por via extraperitonial (Mitra) ou por videolaparoscopia (VLP) e comparam-se algumas variáveis destas duas técnicas. Pacientes e Métodos: Vinte e cinco pacientes com indicação de histerectomia radical vaginal por carcinoma invasor do colo uterino em estádios variando de IA1 a IIA foram submetidas à histerectomia vaginal e linfadenectomia por videolaparoscopia ou por dissecção extraperitonial. Resultados: A técnica de Mitra foi utilizada em 17 casos e a VLP em oito. Dezessete pacientes apresentaram complicações pós-operatórias menores. O número de linfonodos amostrados não variou significativamente entre as duas técnicas (mediana de 14 na VLP e de 21 na técnica de Mitra) (p=0,215). O tempo operatório total das pacientes submetidas à VLP (média de 339 minutos) foi menor do que o das submetidas à técnica de Mitra (média de 421 minutos) (p=0,015). Conclusões: A histerectomia vaginal radical seguida de linfadenectomia por videolaparoscopia ou por acesso extraperitonial teve resultados equivalentes aos da literatura. A linfadenectomia extraperitonial teve tempo de execução mais prolongado do que a linfadenectomia por via laparoscópica. Não foi observada diferença estatística quanto ao número de linfonodos ressecados e tempo de internação cirúrgica quando comparadas as duas técnicas de linfadenectomia.
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Prevalência de HPH e lesões intraepiteliais escamosas em gestantes / Prevalence by HPV and squamous intraepithelial lesions in pregnant womenVieira, Elizabeth Dell Orto January 2008 (has links)
VIEIRA, Elizabeth Dell' Orto. Prevalência de HPV e lesões intraepiteliais escamosas em gestantes. 2008. 86 f. Dissertação (Mestrado em Tocoginecologia)- Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-10-22T12:15:59Z
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Previous issue date: 2008 / This work studies the prevalence (cross sectional) on infection by HPV in uterine cervical of pregnant women evaluating the subgroups of HPV more prevalents and the association in relation to the development of squamous intraepithelial lesions. The methodology was constituted of questionary applied to 272 pregnant women independent of pregnant age and of being symptomatic or not in the first medical advice of prenatal besides the collect of cervico vaginal material (vaginal walls, ectocervix and endocervix) to the achievement of conventional oncotic cytology by the method of coloration proposed by Papanicolaou and the test of Capture Hybrid II®. Then it was proceeded the identification of squamous intraepithelial lesions and the presence of HPV virus of high, low and medium oncogenic risk. The results of Capture Hybrid II® were correlated with the cytologic discoveries comparing the frequency of anormal results in both methods. It was also proceeded the association with biosocial aspects which could interfere in the possible development of squamous intraepithelial lesions. The analysis of univariable and bivariable correlations were accomplished with calculus of Qui-squared of Pearson and value p<0,05. The logistic regression was used to estimate the importance of associations. The prevalence of infection by HPV and anormal oncotic cytologies was about 32,3% and 14,0% respectively. The sub groups of HPV of high risk were more prevalent (27,6%) than the ones of low and medium risk. (18,4%) and their association showed to be statistically significant (p< 0,05). The association of genital infection by HPV of high risk with squamous epithelial lesions described on conventional oncotic cytology was more prevalent (8,5%) than with HPV of low and medium risk (5,6%) and had statistical importance (p< 0,05) / Estudo de prevalência (estudo transversal) sobre infecção por HPV em colo uterino de gestantes, avaliando o(s) subgrupo(s) de HPV mais prevalentes e a associação quanto ao desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas. A metodologia constituiu-se de questionário aplicado diretamente a 272 gestantes, independente da idade gestacional e de estarem sintomáticas ou não na primeira consulta de pré-natal, além da coleta de material cérvico-vaginal (paredes vaginais, ectocérvice e endocérvice) para realização de Citologia oncótica convencional pelo método de coloração proposto por Papanicolaou e do teste de Captura Híbrida II®. Procedeu-se a seguir a identificação das lesões intraepiteliais escamosas e da presença do vírus HPV de alto, baixo e médio risco oncogênico. Os achados da Captura Híbrida II® foram correlacionados com os achados citológicos, comparando-se a freqüência dos resultados anormais nos dois métodos. Procedeu-se também a associação com aspectos biossociais que pudessem interferir na infecção produzida pelo HPV e no possível desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas. Realizaram-se análises de correlação univariada e bivariada, com cálculo do Qui-quadrado de Pearson e valor p< 0,05. Utilizou-se também de regressão logística para estimar a magnitude das associações. A prevalência de infecção por HPV e citologias oncóticas anormais foi de 32,3% e 14,0 % respectivamente. Os subgrupos de HPV de alto risco foram mais prevalentes (27,6%) do que os de baixo e médio risco (18,4%) e a sua associação mostrou-se estatisticamente significativa (p<0,05). A associação da infecção genital por HPV de alto risco com lesões intraepiteliais escamosas descritas na Citologia oncótica convencional foi mais prevalente (8,5%) do que com HPV de baixo de médio risco (5,6%) e teve significância estatística (p<0,05)
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Práticas e saberes dos enfermeiros da atenção básica acerca da colpocitologia oncótica e inspeção visual / Practices and knowledge of basic attention nurses about papanicolaou test and visual inspectionFranco, Rosana Gomes de Freitas Menezes 14 August 2013 (has links)
FRANCO, R. G. F. M. Práticas e saberes dos enfermeiros da atenção básica acerca da colpocitologia oncótica e inspeção visual. 2013. 95 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-12-21T11:50:37Z
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Previous issue date: 2013-08-14 / The high morbidity and mortality rates for Cervical Cancer (CC) in Brazil may be due to the low population coverage of Oncotic Colpocytology (OC), as well as insufficient and/or inadequate therapeutic and diagnostic conducts. This study aimed to evaluate the practices and knowledge of primary care nurses about CC and visual inspection. This was a cross-sectional descriptive correlational study in a higher education institution in Juazeiro do Norte-CE. The sample was not probabilistic obtained by convenience, totaling 144 nurses. A questionnaire with information about the nurses’ knowledge about the Visual Inspection with Acetic Acid was applied, the Schiller test, recognition and ability to technically describe structures that are observed in the daily practice of nursing gynecologic consultations and the professional’s efficacy and safety in indicating the diagnosis depth when faced with a change suggesting cervical HPV infection, regardless the result of the CC. Exploratory data analysis took advantage of absolute and relative frequencies, means and standard deviations, and the analysis of categorical variables. It was found that most respondents were between 26 and 30 years (N = 78; 54.2%), with one year or less (N = 48; 33.3%) of professional experience, and who exercised their activities in the FHP (N = 100; 69.4%), especially in Juazeiro do Norte (N = 49; 34%). It was also found that 96.5% believed that there were still many unknown or new information on workup of CC and 97.2% recognized the need to receive updates, 68.1% said that participation in training does not interfere in other professional activities. It was noticed that the previous experience of nurses presented in the visualization of the clinical finding ranged from 14.6% to 48.6%. In the evaluation of the nurses’ practices and knowledge about the Schiller Test, a higher percentage of the nurses’ accuracy was only 9.7% with respect to the conservation of this solution. Concerning the description of the structures identified in the clinical images, the structure with the highest percentage of correctness (5.5%) among nurses was the identification of the cervical canal and the squamocolumnar junction. It was found that the baseline knowledge of the morphology of the cervix and the ability to recognize abnormal structures was insufficient for most of the nurses to perform safely the IV and the Schiller Test. Given this result it is important to conduct training with these professionals, a fact that is corroborated by their interest and motivation in relation to these strategies. / As elevadas taxas de morbimortalidade por Câncer de Colo Uterino (CCU) no Brasil podem dever-se à baixa cobertura populacional da Colpocitologia Oncótica (CO), além de condutas terapêuticas e diagnósticas insuficientes e/ou inadequadas. Objetivou-se avaliar as práticas e saberes dos enfermeiros da atenção básica acerca da CO e inspeção visual. Estudo descritivo-correlacional transversal, realizado em uma Instituição de Ensino Superior de Juazeiro do Norte-CE. A amostra foi não probabilística obtida por conveniência, totalizando 144 enfermeiros. Foi aplicado um questionário com informações acerca de conhecimentos dos enfermeiros sobre a Inspeção Visual com Ácido Acético, o teste de Schiller, reconhecimento e capacidade de descrever tecnicamente estruturas que são observadas na prática diária das consultas ginecológicas de enfermagem e a eficácia e segurança do profissional em indicar o aprofundamento diagnóstico quando se depara com uma alteração do colo uterino sugestiva de infecção pelo HPV, independentemente do resultado da CO. A análise exploratória dos dados valeu-se de frequências absolutas e relativas, médias e desvios-padrão, e a análise das variáveis categóricas. Verificou-se que a maioria dos entrevistados possuía idade entre 26 e 30 anos (N=78; 54,2%), com um ano ou menos (N=48; 33,3%) de atuação profissional, e que exerciam suas atividades no PSF (N=100; 69,4%), sobretudo em Juazeiro do Norte (N=49; 34%). Foi ainda verificado que 96,5% acreditavam que ainda existiam muitas informações desconhecidas ou novas sobre propedêutica do CCU e 97,2% reconheciam a necessidade de receberem atualizações, 68,1% afirmaram que a participação em treinamentos não interfere nas demais atividades profissionais. Percebeu-se que a experiência anterior dos enfermeiros na visualização do achado clínico apresentado variou de 14,6% a 48,6%. Na avaliação de práticas e saberes dos enfermeiros acerca do Teste de Schiller, o percentual de acerto maior dos enfermeiros foi de apenas 9,7% no que diz respeito à conservação dessa solução. Acerca da descrição das estruturas apontadas nas imagens clínicas, a estrutura que apresentou maior percentual de acerto (5,5%) entre os enfermeiros foi a identificação do canal cervical e junção escamo-colunar. Verificou-se que a linha de base de conhecimentos sobre a morfologia da cérvice uterina e a capacidade de reconhecer as estruturas anormais era insuficiente para a maior parte dos enfermeiros realizar com segurança a IV e o teste de Schiller. Diante desse resultado é importante a realização de treinamentos com estes profissionais, fato que é corroborado pelo interesse e motivação dos mesmos em relação a estas estratégias.
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Expressão imunohistoquímica da proteína de supressão tumoral p16ink4a como marcador de adenocarcinoma de colo uterino / Immunohistochemical Expression of the Tumor Suppressor Protein p16INK4a in Cervical AdenocarcinomaLima, Thiago Silva 08 May 2013 (has links)
LIMA, T. S. Expressão imunohistoquímica da proteína de supressão tumoral p16ink4a como marcador de adenocarcinoma de colo uterino. 2013. 46 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-05-16T14:10:00Z
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Previous issue date: 2013-05-08 / Objective To evaluate the diagnostic utility of the p16ink4a protein expression as a marker for adenocarcinoma of the cervix. Methods In a cross-sectional study, p16ink4a expression was evaluated in 30 cervical biopsies from patients diagnosed with invasive adenocarcinoma from 2 reference clinics in Brazil, and compared with 18 biopsies of endocervical polyps (control cases). The performance of the tests for p16ink4a was evaluated using a conventional contingency table, and the Kappa (k) index was used to evaluate the agreement of the marker with the tissue diagnosis. Results In total, 66% of the invasive adenocarcinoma cases were positive for p16ink4a. All of the adenomatous polyps cases used as negative controls were shown to be negative for p16ink4a. The marker showed a high sensitivity and a high negative predictive value. The Kappa index was good for p16ink4a (k ¼ 0.6).Conclusion Considering the strong association between the p16ink4a marker and the cervical adenocarcinoma, its use represents an important tool for reducing incorrect. diagnoses of adenocarcinoma and thereby avoiding overtreatment. / O câncer cervical é o segundo mais comum na população feminina mundial e cerca de 20% desses tumores são classificados como adenocarcinomas. O diagnóstico histopatológico do adenocarcinoma de colo uterino, por ser subjetivo pode, em determinadas situações, tornar-se desafiador, pois faltam parâmetros para a sua definição, o que indica a necessidade de um marcador que seja adjuvante nesta afirmação e, que, possivelmente, aponte para o prognóstico da lesão. A proteína inibidora de quinase, p16ink4a tem sido alvo de vários estudos, os quais apontam superexpressão como marcador de lesões cervicais induzidas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e preditor de mau prognóstico. Esta pesquisa tem como objetivo principal avaliar a utilidade diagnóstica do biomarcador p16INK4a no adenocarcinoma de colo uterino. Em estudo de corte transversal, não intervencional, foi feita a pesquisa por imunohistoquímica de p16 em 30 blocos de parafina com diagnóstico histológico, confirmado por dois patologistas como: adenocarcinoma endocervical (19), adenocarcinoma endocervical tipo endometrióide (3), adenocarcinoma de Células Claras (2), adenocarcinoma pouco diferenciado sólido (1), adenocarcinoma seroso (1), adenocarcinoma tipo endometrióide componente viloglandular (1), adenocarcinoma endocervical associado a carcinoma epidermóide in situ (1), carcinoma adenoescamosos (1), adenocarcinoma desvio mínimo (1). Aos resultados foi aplicada tabela de contingência e teste exato de Fisher (intervalo de confiança de 95%). Para concordância diagnóstica foi aplicado o índice de Kappa. Foram considerados positivos 80% (24/30) dos casos de adenocarcinoma Invasor para a expressão da p16. Não houve expressão da p16 em nenhum dos casos de (0/18) pólipos adenomatosos utilizados como controle negativo. A performance do p16 no diagnóstico do adenocarcinoma de colo uterino, demonstrou alta sensibilidade (75%) , alta especificidade (100%) e principalmente alto valor preditivo negativo (80%). O índice de concordância diagnóstica demonstrou ser muito bom para o p16 (κ = 0,75). A forte associação do marcador p16 com adenocarcinoma do colo uterino pode representar uma importante ferramenta diagnóstica utilizada para diminuir os diagnósticos de lesões equívocas.
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Avaliação da citologia de canal anal em comparação com anuscopia magnificada com ou sem biópsia na detecção de neoplasias intra-epiteliais anaisLatorre, Guísella de January 2012 (has links)
Resumo não disponível
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Polimorfismos e expressão de genes de moléculas do sistema imune no carcinoma de colo uterino / Polymorphisms and gene expression of immune system molecules in cervical cancerGuzman, Valeska Barcelos [UNIFESP] January 2007 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2007 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Os objetivos de nosso trabalho foram: 1) investigar a relação entre
polimorfismos dos genes CD28, ICOS, CTLA4, PDCD1, FAS, TGFB1, IFNG, IL6,
IL10, TNFA e a ocorrência de carcinoma do colo uterino; 2) investigar a relação
entre nível de expressão dos genes CD28, CTLA4, ICOS, ICOSL, CD80, CD86,
GZMB (granzima B) em biópsias de carcinoma de colo uterino, no momento do
diagnóstico, e a evolução do tumor após o tratamento. Materiais e Métodos: 1) A
determinação dos polimorfismos foi realizada através dos métodos PCR-RFLP,
para os SNPs: CD28 int3 (+17 T>C), CTLA4 promoter (-319 C>T), CTLA4 exon 1
(+49 A>G), ICOS 3’UTR (+1564 T>C), PDCD1 exon 5 (+7785 C>T) e FAS
promoter (-670 G>A) e PCR-SSP para TNFA promoter (-308 G>A), IL6 promoter
(-174 G>C), IFNG int1 (+874 A>T), TGFB1 codon 10 (+869 T>C), codon 25 (+915
G>C) and IL10 promoter (-1082 A>G), (-819 C>T), (-592 C>A) SNPs. Um
algoritmo foi desenvolvido para identificar genótipos de SNPs isolados e/ou em
combinações de 2 e 3 genótipos associados com a doença 2) Expressão gênica
foi determinada, por PCR em tempo real, em biópsias de carcinoma cervical de
pacientes posteriormente classificadas em dois grupos: 10 pacientes sem
envidência do tumor (evolução clínica boa) após 6 meses do final do tratamento e
8 pacientes nas quais o tumor foi detectado (evolução clínica ruim) neste período.
Resultados: 1) Nenhuma associação significante foi observada com os SNPs
analisados isoladamente. A análise do multi-locus revelou, em pacientes, maiores
frequências de três combinações de três genótipos (CD28 +17 int3(TT)/IFNG+874
int1(AA)/TNFA-308(GG), CD28+17 int3 (TT)/IFNG+874 Iint1(AA)/PDCD1 +7785
exon5 (CT), CD28 int3(TT)/IFNG int1(AA)/ICOS 1564 3’UTR (TT)) (p<0,01).
Entretanto, a contribuição do terceiro polimorfismo (TNFA, ICOS, or PDCD1) não
foi confirmada (p=0,1). Confirmamos maior frequência, em pacientes, da
combinação CD28(TT)/IFNG(AA) nos três grupos juntos, e observamos uma
contribuição principal desta combinação na associação com a doença (OR = 2,07,
p=0,0011). 2) A expressão intra-tumoral de GZMB estava aumentada em biópsias
de pacientes com estadio IIIB que apresentaram uma evolução clínica ruim
(p=0,034). A expressão gênica das moléculas CD28, ICOS, ICOSL, CD80, CTLA4
e CD86 não mostrou diferenças significantes entre as biópsias de pacientes de
grupos de evolução clínica boa e ruim. Conclusões: 1) Nossos resultados
sugerem efeito epistático entre os genes CD28 e IFNG na susceptibilidade do
câncer de colo uterino. Outros trabalhos em estudos independentes aplicando
abordagem multi-locus são importantes para a elucidação da contribuição de
polimorfismos genéticos para a susceptibilidade a esta doença. Além disto, o
algoritmo desenvolvido pode ser aplicado a estudos sobre fatores genéticos de
susceptibilidade a outras doenças complexas. 2) Altos níveis de mRNA de GZMB
em tumores no estádio IIIB correlacionaram-se com menor sobrevida livre do
tumor nos 6 meses após o tratamento. A expressão deste gene, se os resultados
obtidos forem confirmados por um estudo independente, pode vir a se tornar um
marcador de prognóstico para resposta a tratamento de carcinoma de colo
uterino. / Background
Cervical cancer is a complex disease with multiple environmental and genetic determinants.
The most important environmental factor is infection by high-risk types of human papillomavirus
(HPV). Considering that only a small proportion of HPV-infected women develop cervical cancer,
polymorphisms in immune response genes that might be involved in virus elimination, or in the
immune response against the tumor, are considered important candidates to influence cervical cancer
susceptibility.
Results
In the present study we aimed to search association between polymorphisms in immune
response genes and cervical cancer, using both single-locus and multi-locus analysis approaches. A
total of 14 SNPs (Single Nucleotide Polymorphisms) distributed into CD28, CTLA4, ICOS, PDCD1,
FAS, TNFA, IL6, IFNG, TGFB1 and IL10 genes were determined in patients and healthy individuals
from three independent case/control sets: the first two sets comprised White individuals (one group
with 82 cases and 85 controls, and the other with 83 cases and 85 controls) and the third was
constituted by Non-White individuals (64 cases and 75 controls). No significant association was
observed with any individual SNP. The multi-locus analysis revealed higher frequencies, in cancer
patients, of three three-genotype combinations (CD28+17(TT)/IFNG+874(AA)/TNFA-308(GG),
CD28+17(TT)/IFNG(AA)/PDCD1+7785(CT), and CD28 +17(TT)/IFNG+874(AA)/ICOS+1564(TT)
(p<0.01, Monte Carlo simulation). Noticing that all these three genotype combinations contained two
genotypes in common, i.e. CD28(TT) and IFNG(AA), we hypothesized that this two-genotype
combination could have a major contribution to the observed association. To address this question,
we analyzed frequencies of CD28(TT),IFNG(AA) genotype combination in the three groups combined
and observed its increase in patients (p=0.0011 by Fisher’s exact test). In a second Monte Carlo
simulation of three-genotype combinations where CD28 (TT) and IFNG (AA) were always present, we
verified that the contribution of a third polymorphism did not reach statistical significance (p=0.1).
Conclusions
Further analysis suggested that gene-gene interaction between CD28 and IFNG might be
important for susceptibility to cervical cancer.
Background
There is overwhelming evidence that prolonged infection with oncogenic human
papillomavirus is the major factor associated with development of cervical cancer [1]. However,
considering that only a relatively small proportion of infected women develop cervical cancer, it is
conceivable that other environmental and/or genetic factors play a role in the susceptibility [2]. Since
the immune response has an important role in the defense against the virus, as well as against the
tumor, polymorphisms in genes that potentially affect the immune response are candidates to
influence the susceptibility to cervical cancer.
A series of publications on polymorphisms of HLA class II genes and cervical cancer and/or
its precursor lesions, cervical intraepithelial neoplasia (CIN), show that some HLA alleles are
associated with protection, while others are associated with susceptibility [3–10]. These associations
are probably explained by the role of HLA II molecules in presenting viral- or tumor- derived epitopes
to T CD4+ cells. More recently, interesting findings were reported concerning resistance/susceptibility
to cervical cancer mediated by combinations of killer immunoglobulin-like receptor (KIR) and their
HLA class I ligands [11].
As polymorphisms in genes coding for cytokines, cytokine receptors, co-stimulatory
molecules may affect the immune response [12–14], they are natural candidates to influence the
susceptibility to various diseases, including cancer.
The majority of the studies of association between immune response genes and cervical
cancer have analyzed single nucleotide polymorphisms (SNPs) in genes coding for tumor necrosis
factor alpha (TNF-α), interferon gamma (IFN-γ), interleukin 6 (IL-6), interleukin 10 (IL-10), and
transforming growth factor beta (TGF-β) [15–18]. Although some significant associations have been
reported in some studies, they were not consistently confirmed in other studies [19–23].
Bearing in mind that molecules involved in the immune response do not act in isolation, but
form a complex network of interacting proteins, the net immunologic response is most probably the
product of variation in many polymorphic genes. Therefore, it is of great importance to test the
combination of polymorphisms in different genes as a risk factor for diseases [24–27]. Any multi-locus
approach, however, directly or indirectly faces the problem that has been referred as “curse of
dimensionality” because, although the number of polymorphisms under study may not be very large,
the number of possible combinations between them turns to be extremely high. Some statistical
approaches for this problem were recently reviewed [28].
The purpose of this study was to investigate association between invasive cervical cancer and
polymorphisms in genes coding the following immune response molecules: CD28, CTLA-4 (cytotoxic
T-lymphocyte-associated protein 4), ICOS (inducible T cell co-stimulator), PDCD1 (programmed cell
death receptor-1, also called PD-1) FAS, TNFα, IL-6, IFNγ, TGFβ1 and IL-10. In addition to the
analysis of association with each polymorphism, we searched for association with two- and threepolymorphism
combinations, utilizing a new statistical approach. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Polimorfismo-174(G/C) na regiao promotora do gene da interleucina 6 e o risco de cancer de colo do utero: estudo caso-controle / Polymorphism an upstream promoter –174 (G/C) of the Interleukin 6 and the risk of cervical cancer: a case-control studyNogueira-de-Souza, Naiara Corrêa [UNIFESP] 31 December 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:36Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2006-12-31 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Estudos demonstram que polimorfismos nos genes das citocinas estão envolvidos na patogênese de várias doenças humanas neoplásicas e não neoplásicas. O polimorfismo da IL-6 parece estar envolvido com o alto risco de câncer ginecológico, inclusive câncer cervical. Este estudo, caso-controle, compara o polimorfismo da IL-6 em 56 mulheres com câncer cervical com um grupo de 253 mulheres saudáveis atendidas pelo serviço de saúde da UNIFESP/EPM. Todas foram testadas pela técnica de reação em cadeia da polimerase para o gene da IL-6 e posteriormente genotipadas pela técnica de polimorfismo de fragmentos de DNA obtidos por enzimas de restrição. Os genótipos GG, GC e CC do grupo de casos e do grupo controle são estatisticamente diferentes (p=0,033), quando comparados aos genótipos GC e CC do grupo de câncer cervical, tendo o GG como referência. Apresentam, dessa forma, um risco aumentado de 1,90 ajustado para idade (intervalo de confiança de 95% 1,1-3,4) para desenvolverem o referido tumor. Nosso estudo sugere que mulheres infectadas com HPV, que têm ao menos um alelo C na região promotora do gene da interleucina-6 (–174G/C), têm um risco maior de desenvolver o câncer cervical. / Recent data implicate that cytokine gene polymorphisms are important in pathogenesis of various neoplastic and nonneoplastic human diseases, and it was recently suggested that polymorphisms in interleukin (IL)-6 might increase the risk of gynecological malignancies, including cervical carcinomas. The aim of this case-control study is to compare the IL-6 polymorphisms in cervical cancer patients and healthy controls and to assess whether any of these polymorphisms would increase the risk of developing cervical cancer. The material in this case-control study consists of 56 patients with cervical carcinoma and 253 population based control subjects, all ethnic Brazilian women. Control subjects were cancer-free women, following a negative cervical cytology and colposcopy. IL-6 genotyping was performed using a polymerase chain reaction–based restriction fragment length polymorphism. Distribution of the GG, GC, and CC genotypes in cases and controls was significantly different (P=0.033). Compared with the GG genotype as reference, the adjusted odds ratio for the combined GC and CC genotypes in cancer patients was 1.90 (95% confidence interval, 1.1–3.4). These data suggest that women carrying at least one C genotype in their IL-6 promoter region (–174G/C) are at higher risk of developing cervical cancer. / FAPESP: 03/04533-1 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Situação da saúde reprodutiva de mulheres em idade fértil e seus determinantes em uma comunidade urbana de baixa renda do município de Fortaleza, Ceará / Situation of reproductive health of women in fertile age and its determinants in a community urban low income the municipality of Fortaleza, CearáFalcão, Germana Benevides January 2012 (has links)
FALCÃO, Germana Benevides. Situação da saúde reprodutiva de mulheres em idade fértil e seus determinantes em uma comunidade urbana de baixa renda do município de Fortaleza, Ceará. 2012. 106 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-08-02T12:37:07Z
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Previous issue date: 2012 / Cervical cancer screening and family planning are relevant preventive health practices for women of childbearing age. Primary care still privileges gestational period and cervical neoplasia prevention over family planning. Nevertheless, despite improvements on the coverage for cervicovaginal cytology, cervical neoplasia mortality rates show only slight decrease. High rates of teenage pregnancy, abortions and health iniquities persist. The project aimed to portrait the reproductive health situation of childbearing aged women from a low income urban community in Fortaleza, prioritizing cytology procedures and the use of contraceptive methods. This was a cross-sectional study carried out through home interviews with 244 women from the age of 13 to 52 years old. The initial exploratory analysis allowed establishing correlations through the chi-square test for nominal variables and ANOVA for means and standard deviations. Odds ratios as expressions of prevalence ratios were obtained to express the magnitude of the associations using simple and multiple logistic regression. Amongst sexually active women and aged 25 years or more, 90.3% underwent cytology at least every 3 years, and 59.3% did it annually. Cytology annual frequency positively correlated to remunerated employment (OR=2.63; IC95%: 1.49-4.64) and to the condition of having had the maximum of one pregnancy (OR=2.60; IC95%: 1.11-6.08). Regarding family planning, just over half of women (51.9%) used any contraception and 39.5% of them were not guided by doctors or nurses. Oral contraceptives (40.4%) and condom (28.7%) predominated as current contraceptive methods. Family income of R$ 800.00 or above positively correlated with contraception guided by an appropriate professional (OR=3.3, IC95%: 1.28-8.54) and negatively correlated to a history of previous abortion (OR=0.32, IC95%: 0.13-0.82). High rates of cervicovaginal cytology were observed, even annually and out of the age group suggested by the Health Ministry. There was a low rate of contraception, insufficient offer as to methods variety and a high proportion of women who did not received adequate guidance on the use of contraceptive methods. Family income and previous abortion were associated to family planning guided by a qualified professional, whilst remunerated employment and having had the maximum of one pregnancy were associated to annual cytology screening to prevent cervix neoplasia. / O rastreamento para o câncer do colo uterino e o planejamento familiar são práticas preventivas de relevância em saúde da mulher em idade fértil. A atenção básica ainda privilegia o ciclo gravídico-puerperal e a prevenção da neoplasia maligna do colo, ficando o planejamento familiar em segundo plano. Contudo, a despeito da melhor cobertura na realização da citologia cervicovaginal, as taxas de mortalidade pela neoplasia persistem elevadas. Persistem, também, taxas altas de gestação na adolescência, de abortamentos e iniquidades em saúde. O objetivo do projeto foi caracterizar a situação de saúde reprodutiva de mulheres em idade fértil de uma comunidade urbana de baixa renda em Fortaleza, priorizando a realização da citologia e o uso de métodos contraceptivos. Tratou-se de estudo transversal por entrevistas domiciliares com 244 mulheres de 13 a 52 anos. A análise exploratória inicial permitiu estabelecer correlações através do teste do qui-quadrado de Pearson para as variáveis nominais e ANOVA para médias e desvios padrões. Para expressar a magnitude das associações foram calculadas razões de chance (odds ratio) como expressões das razões de prevalência utilizando regressão logística simples e múltipla. Dentre as entrevistadas com atividade sexual e 25 anos ou mais, 90,3% realizaram citologia no máximo a cada três anos, 59,3% anualmente. Correlacionaram-se positivamente à periodicidade anual o trabalho remunerado (OR=2,63; IC95%: 1,49-4,64) e a condição de ter tido no máximo uma gestação (OR=2,60; IC95%: 1,11-6,08). Quanto ao planejamento familiar, pouco mais da metade das mulheres (51,9%) usava algum método e 39,5% delas não foram orientadas por médico ou enfermeiro. Predominou utilização de anticoncepcionais orais (40,4%) e condom (28,7%). A renda familiar de R$ 800,00 ou superior associou-se à maior chance de contracepção orientada por profissional adequado (OR=3,3, IC95%: 1,28-8,54), contrariamente à história de abortamento (OR=0,32, IC95%: 0,13-0,82). Observou-se alta frequência de realização da citologia cervicovaginal, inclusive anualmente e fora da faixa etária recomendada pelo Ministério da Saúde. Houve baixa prevalência de anticoncepção, oferta insuficiente quanto à variedade e elevada proporção de mulheres que não recebeu orientação adequada para o uso de métodos contraceptivos. Renda familiar e abortamento prévio foram fatores associados ao planejamento familiar orientado por profissional adequado, enquanto o trabalho remunerado e o fato de ter tido no máximo uma gestação foram associados à coleta anual de citologia para prevenção do câncer do colo uterino.
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