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O uso de estratégias de comunicação e a pesquisa científica colaborativa: o estudo de caso do Programa Integrado da Doença de ChagasLandi, Ana Carolina Pereira January 2012 (has links)
Submitted by Gentil Jeorgina (jeorgina@icict.fiocruz.br) on 2013-01-15T14:17:32Z
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Previous issue date: 2011 / A dissertação O uso de estratégias de comunicação e a pesquisa científica colaborativa: o estudo de caso do Programa Integrado da Doença de Chagas (PIDC) investiga de que forma a iniciativa de rede de pesquisa científica colaborativa utiliza as ferramentas de comunicação
eletrônicas (internet, e-mail, programas de mensagens instantâneas, entre outros) ou não, as publicações e relatórios e sua relação com o processo de produção de conhecimentos científicos, além de também trazer à luz o papel da comunicação para a dinâmica da colaboração científica.
Para esse estudo, foram realizadas entrevistas abertas e semi-estruturadas com dois coordenadores gerais, um coordenador e dois pesquisadores de cada uma das cinco redes do Programa (Rede 1 - Medicamentos, terapêutica e ensaios clínicos; Rede 2 - Taxonomia de vetores e ecologia de ciclos de transmissão do Trypanosoma cruzi; Rede 3 - Diagnóstico; Rede 4 - Fisiopatogenia; Rede 5 - Educação e Divulgação), com o intuito de entender de que forma os colaboradores vêem e se apropriam (ou não) de estratégias de comunicação para a coordenação desses centros. A conclusão mostrou que os colaboradores do Programa Integrado da Doença de Chagas entendem a disposição em redes colaborativas como uma oportunidade de otimização, articulação e multidisciplinaridade para a pesquisa. A comunicação informal mantém sua
prevalência, mas as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) tem consolidado seu espaço no campo da pesquisa científica colaborativa: o principal meio de comunicação entre as redes é o correio eletrônico (e-mail), seguidos por telefone e, apenas 10%, por videoconferência via Skype. As redes sociais (Facebook, Twitter, entre outras), em voga no momento, quando utilizadas, são para uso pessoal. A presença de um mediador para a comunicação institucional do Programa foi um tópico importante nessa interação. Por fim,
mais do que uma forma de contato com os colegas como uma forma de otimizar a produção
de conhecimento, o conceito de comunicação para os colaboradores do Programa Integrado da Doença de Chagas carrega traços de acountabililty e noções de “retorno do investimento da pesquisa para a sociedade”. / “The use of communication strategies and collaborative scientific research: a case study of the Integrated Program of Chagas Disease (PIDC)” investigates how the initiative in scientific collaborative research network uses the tools of electronic communication (internet, e- mail,
instant messaging programs, etc.) or not, the publications and reports and their relationship with the production of scientific knowledge, and also bring to light the role of communication
for the dynamics of scientific collaboration.
For this study, interviews were held open and semi-structured interviews with two general coordinators, a coordinator and two researchers from each of the five networks Program (Network 1 - medicines, therapy and clinical trials; Network 2 - Taxonomy and ecology of vectors transmission cycles of Trypanosoma cruzi; Network 3 - Diagnosis; Network 4 - Pathophysiology; Network 5 - Education and Outreach) in order to understand how the employees see and appropriate (or not) of communication strategies for the coordination these
centers. The conclusion showed that employees of the Integrated Program of Chagas Disease willingness to understand the collaborative networks as an opportunity for optimization, joint and multidisciplinary approach to research. Informal communication keeps its prevalence, but the Information and Communication Technologies (ICTs) has consolidated its place in the field of scientific research collaborative: the primary means of communication between the
networks is electronic mail (email), followed by telephone and only 10%, by video conference via Skype. Social networks (Facebook, Twitter, etc.), in vogue at the moment, when used, are for personal use. The presence of a mediator to the institutional communication of the program was an important topic in this interaction. Finally, more than one form of contact
with colleagues as a way to optimize the production of knowledge, the concept of
communication to employees of the Integrated Program of Chagas Disease carries traits of
acountability and notions of "return on investment research to society”.
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Comunicação e saúde em jogo: os video games como estratégia de promoção da saúdeVasconcellos, Marcelo Simão de January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-05 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / As estratégias públicas de Comunicação e Saúde no Brasil fazem uso de variadas mídias, desde as tradicionais (impressos, rádio, televisão) até as novas mídias, como sites, blogs e redes sociais. Estas iniciativas apresentam limitações advindas de sua matriz comunicacional, que produz uma prática caracterizada por um enfoque normativo e prescritivo e pela centralização da produção, com a decorrência de não atender a diversidade e as especificidades dos múltiplos contextos culturais e sanitários de um país como o Brasil, além de estabelecer um padrão comunicativo unidirecional, sem espaço para interlocução com os cidadãos. Estas características limitam muito os resultados das políticas de Comunicação e Saúde, que não se alinham com o protagonismo inerente aos princípios do SUS, particularmente ao princípio da participação social
Esta tese investigou o potencial de Massively Multiplayer On-line Roleplaying Games (MMORPGs) para a Comunicação e Saúde sob o enfoque da promoção da saúde e teve como premissa que MMORPGs podem superar estes problemas apontados, representando uma estratégia relevante para a Comunicação e Saúde no sentido do aprimoramento da Promoção da Saúde, como espaço de desenvolvimento de uma cultura participatória na relação entre o Estado e a população, portanto como elemento de transformação da sociedade. Foram utilizados conceitos e teorias dos campos da Comunicação e Saúde e dos Game Studies para caracterizar video games como cultura participatória. Jogadores de um MMORPG (World of Warcraft) foram entrevistados como forma de refinamento da elaboração de categorias analíticas que formaram uma estrutura para análise de MMORPGs, o modelo de \201CAnálise Relacional de MMORPGs: Contextos e Dispositivo\201D (ARM). O modelo foi baseado em dois outros modelos: um do campo da comunicação, Modelo do Mercado Simbólico e um do campo dos Games Studies, o Gaming Dispositif. Concluiu-se com a confirmação do potencial dos MMORPGs para a promoção da saúde e aplicabilidade do modelo para se avaliar e orientar a produção e a análise de MMORPGs para a promoção da saúde / The public Health
Communication
strategies
in Brazil use various media, from
the
traditional
ones
(print, radio, television) to
the
new media such as websites, blogs and social
networks. These initiatives have limitations arising from its communication
mat
rix
, which
produces a practice characterized by a normative and prescriptive approach and the
centralization of production, with the result of
disregarding
the diversity and specificity of the
multiple cultural
and health
contexts of a country like Brazil
as well as establishing a standard
unidirectional communication, with no room for dialogue with citizens. These features greatly
limit the results of the policies of
Health
Communication, which do not align with the
inherent
protagonism of the SUS ́s
princi
ples, particularly the principle of social participation
This thesis investigated the potential of Massively Multiplayer Online Roleplaying Games
(MMORPGs) for
Health
Communication with a focus on health promotion and
its
premise
was that MMORPGs can overc
ome the identified
problems
,
being
a relevant strategy for
Health
Communication in the
sense improvement of health promotion,
as a space for the
development of a participatory culture in
the
relation between the state and the population,
hence
as
element of social
transformation.
T
heories from the fields of
Health
Communication
and Game Studies
were used to
characterize video games as participatory culture. Players of a
MMORPG (World of Warcraft) were
interviewed as a way of refining the developmen
t of
analytical
framework for MMORPGs, the
model
for
“
Relational Analysis of MMORPGs:
Contexts and
Apparatus
” (
R
AM).
The model was based on two other models: one
from
communication field, Symbolic Model Market
,
and
another from the f
ield
of Game
Studies,
t
he Gaming Dispositif.
The conclusion supports
the potential of MMORPGs for health
promotion and
the
applicability of the model to evaluate and guide the production and
analysis of MMORPGs for health promotion.
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Educação permanente em saúdena potência dos encontros a produção de conhecimento mestiçoFreire, Rafaela Cordeiro January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Made available in DSpace on 2016-07-05T23:02:25Z (GMT). No. of bitstreams: 3
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Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / O ordenamento da formação dos profissionais de saúde é uma das competências constitucionais do Sistema Único de Saúde. A partir da criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, em 2003, iniciativas do ensino, da gestão e dos movimentos populares no campo da formação e qualificação dos trabalhadores de saúde foram reunidas, sistematizadas e orientaram a elaboração da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS). A PNEPS preconiza a formação para o trabalho, pelo trabalho e no trabalho. A Rede Unida é um movimento social contemporâneo à Reforma Sanitária Brasileira que reúne pessoas, instituições e movimentos populares em torno de experiências identificadas com a educação permanente em saúde. Sua dinâmica de funcionamento privilegia a troca de experiências para a produção de conhecimento sobre a realidade do sistema e serviços de saúde. Uma das expressões deste conhecimento está registrada como trabalhos apresentados em seus encontros e congressos
Nesta investigação os trabalhos publicados em Anais dos últimos três congressos da Rede Unida, em 2009, 2010 e 2012, foram analisados visando descrever as relações de autoria, vinculação institucional e temáticas presentes nesta produção e explorar formas de visibilização deste conhecimento. Foram encontradas formas mais tradicionais de produção do conhecimento, baseadas na ciência normal, em co-existência com a produção de conhecimento em rede, entre instituições e atores sociais heterogêneos e voltada para contextos locais, caracterizando a natureza mestiça desta produção. Tal forma de conhecimento demanda abordagens inovadoras voltadas ao seu modo de produção, disseminação e comunicação no campo da ciência e na sociedade, a exemplo do uso extensivo da internet e suas formas de indexação orientadas ao usuário / The regulation of education for healthcare professionals is one of the constitutional precepts
of the
Brazilian Unified Health Care System (SUS in Portuguese)
. Since the establishment of
the Department of Health Labor and Education Management in 2003, educational,
management and civil society movement initiatives aimed at education and capacity-building
for healthcare professionals have been gathered and systematized, and then guided the
development of the
National Policy for Permanent Education in Health
(PNEPS). PNEPS
advocates education to work, through work and at work.
Rede Unida
(United Network) is a
social movement contemporary with the Brazilian Sanitation Reform movement, which
gathers people, institutions and civil society movements around experiences aligned with
continuing
education in health
. Its
modus operandi
focuses on experience sharing aimed at the
production of knowledge about the status of the healthcare system and services. One of the
ways to assess this knowledge is through papers presented in its meetings and congresses.
This work analyzed the papers published in the
Proceedings
of
Rede Unida
’s last three
congresses held in 2009, 2010 and 2012, and aimed at describing the relationships between
authorship, institutional bond and themes present in this literature as well as finding ways to
make this knowledge available. Traditional means of knowledge production – based on
mainstream science – were found together with knowledge production through research
networks – including heterogeneous institutions and social actors and focused on local
contexts – showing the hybrid nature of this production. This type of knowledge requires
innovative approaches to its production, dissemination and communication in the academia
and society as a whole, such as, for instance, intensive Internet use and user-oriented
indexation tools.
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Comunicação de más notícias a pacientes em cuidados paliativos : um estudo exploratório das percepções de pacientes e familiaresFeldmann, Maíra Pellin January 2016 (has links)
Base teórica: Entende-se como Cuidados Paliativos a abordagem multidisciplinar que promove a qualidade de vida de pacientes e familiares que apresentam diagnósticos que não são reversíveis. Sendo assim, destina-se aos pacientes crônicos e com doenças que ameaçam a vida. O processo de adoecimento do paciente oncológico é marcado por más notícias desde o recebimento do diagnóstico. Compreendemos aqui como má notícia as informações que provocam rupturas ou mudanças negativas na perspectiva de futuro do paciente e de seu grupo familiar. Objetivos: Avaliar a percepção de pacientes e familiares a respeito do processo de comunicação da informação sobre o quadro clínico e prognóstico do paciente oncológico em cuidados paliativos exclusivos. Métodos: Foi realizado um estudo qualitativo exploratório, do tipo estudos de caso. A amostra foi composta por seis pacientes adultos e sete familiares. As entrevistas semi-estruturadas foram realizadas no Núcleo de Cuidados Paliativos (NCP) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os dados obtidos foram avaliados por meio de análise de conteúdo com auxílio do programa Nvivo (QRS International), versão 11. Foi reconstruída a rede social de cada paciente, na sua perspectiva pessoal e na do seu familiar. Resultados: Três categorias emergiram da análise das entrevistas: Compreensão do Processo de Adoecimento, Compartilhamento de Informação e Protagonismo do Paciente. O fluxo de informações entre a equipe e o paciente é, habitualmente, intermediado pelos familiares. Foi constatada uma contradição entre o desejo dos pacientes receberem suas informações clínicas e a crença da família de que é protetor não informar. Entre os familiares, é mais habitual a associação entre cuidados paliativos e a gravidade do quadro clínico e o limite de tratamentos com finalidade curativa. Foram verificadas discrepâncias entre as redes sociais descritas pelos pacientes e por seus familiares. Conclusão: Há uma distorção na relação de privacidade das informações, sendo que o entendimento dos participantes é de que esta relação se estabelece entre familiar e equipe, e não entre equipe e paciente. Os conflitos e as limitações na comunicação geram danos ao paciente, que não se beneficia de forma plena da estrutura e das possibilidades propostas pela abordagem dos cuidados paliativos nem participa adequadamente do processo de tomada de decisão. / Background: Palliative care is understood as the multidisciplinary approach that promotes the quality of life of patients and families who present diagnoses that are not reversible. Thus, it is intended for chronic and life-threatening patients. The process of illness of the oncological patient is marked by bad news since the receipt of the diagnosis. We understand here as bad news information that causes ruptures or negative changes in the perspective of the future of the patient and his family group. Objectives: To evaluate the perception of patients and their relatives regarding the process of communication of information about the clinical profile and the prognostic of cancer patients in exclusive palliative care. Methods: An exploratory qualitative study was carried out, such as case studies. The sample consisted of six adult patients and seven relatives. The semi-structured interviews were carried out at the Center for Palliative Care of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre/Brazil. The obtained data were evaluated through content analysis with the assistance of the software Nvivo (QRS International), version 11. It was reconstructed the social network of each patient, in their personal perspective and that of their relative. Results: Three categories emerged from the analysis of the interviews: Understanding the Process of Illness, Information Sharing and Patient Protagonism. Family members usually mediate the information flow between the team and the patient. There was a contradiction between the patients' desire to receive their clinical information and the family belief of which it is protective not to report. Among relatives, the association with the severity of the clinical condition and the limit of treatments with a curative purpose is more common. There were discrepancies between the social networks described by the patients and their relatives. Conclusion: There is a distortion in the information privacy relationship; participants' understanding is that this relationship is between family and health professional team, not between team and patient. Conflicts and limitations in communication create harm to the patient, who does not fully benefit from the structure and possibilities offered by the palliative care approach and does not participate adequately in the decision-making process.
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Efeito do formato de informações escritas sobre reações adversas na compreensão dos usuários de medicamentosPagano, Cassia Garcia Moraes January 2016 (has links)
Comunicar aos pacientes os riscos de reações adversas dos medicamentos é fundamental para a tomada de decisão adequada dos pacientes, pois a informação aprimora seu conhecimento e influencia suas atitudes, auxiliando os pacientes a melhorar sua saúde. Estudos têm demonstrado que existem grandes diferenças individuais na interpretação de termos que são comumente usados para expressar risco de experimentar uma reação adversa e que a compreensão é influenciada pela apresentação da informação, bem como por fatores relacionados ao indivíduo, como o letramento em saúde e a habilidade numérica. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes formatos de informações escritas na compreensão de reações adversas de medicamentos pelo usuário. Primeiramente foi realizada uma revisão sistemática a fim de avaliar as evidências do efeito de diferentes formas de informar sobre reações adversas na compreensão dessas informações pelo usuário de medicamentos. Em uma segunda etapa, foi realizado ensaio clínico randomizado duplo- cego (n=393), para avaliar a eficácia de três formatos, baseados nos resultados preliminares da revisão sistemática. Para a realização da revisão sistemática foram utilizadas as bases PubMed, Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, SCOPUS, OneFile, EBSCO e Clinical Trials, Proquest e Open Grey. O período de cobertura foi do início da base de dados até setembro de 2015. Foram incluídos na revisão estudos que comparassem a compreensão de dois ou mais formatos de informações escritas sobre a frequência de reações adversas, fornecidos a dois ou mais grupos de pacientes, com qualquer delineamento. Ao total, 23 ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos e Reino Unido foram incluídos, envolvendo 14.342 participantes. Entre os estudos incluídos, 14 compararam formatos numéricos e nominais em diferentes combinações, 5 compararam formatos gráficos e os demais apresentaram outros formatos, como risco complementar versus risco total, diferentes formatos no denominador (100 x 1000), risco absoluto, risco relativo e NNH (número necessário para causar dano). A grande heterogeneidade entre os estudos não tornou possível a metanálise dos dados. Formatos numéricos demonstraram superioridade aos não-numéricos (nominal) na compreensão das informações. O uso de formatos gráficos comparados a textos também melhoraram a compreensão. A partir dos estudos avaliados nessa revisão, ainda não é possível definir qual o melhor formato para comunicar sobre reações adversas a medicamentos. Por exemplo, não há estudos comparando os formatos verbal, numérico, combinado e gráfico, o que favoreceria uma avaliação sobre o formato mais adequado à compreensão dos usuários de medicamentos. Na segunda etapa, foi realizado um ensaio clínico randomizado duplo-cego, em paralelo, unicêntrico. Usuários adultos de uma farmácia escola, com capacidade leitora avaliada pelo instrumento de Avaliação Breve de Alfabetismo em Saúde em Português para adultos (SAHLPA), foram randomizados para um dos três grupos: nominal + faixa de porcentagem, faixa de porcentagem e porcentagem absoluta. O desfecho principal foi a compreensão, avaliada como essencial (impressão geral da informação), literal (numérica especificamente), e classificada em adequada e inadequada. A percepção dos usuários quanto à satisfação da informação, intenção de tomar o medicamento, facilidade de entendimento e clareza das informações recebidas foram avaliadas como desfechos secundários. Foi utilizado teste de análise da variância (ANOVA) e qui-quadrado de Person para a comparação das diferenças. Os participantes foram recrutados no período entre junho a outubro de 2015 e foram entrevistados durante 35 minutos, em média; no total 393 participantes foram randomizadas para um dos três grupos. A compreensão essencial adequada foi de 65,6% para o formato nominal + faixa de porcentagem (n=128), 63,4% para faixa de porcentagem (n=131), 62,3% para porcentagem absoluta (n=131), sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). A compreensão literal adequada foi de 53,9% para o formato nominal + faixa de porcentagem, 44,3% para faixa de porcentagem e 48,5% para porcentagem absoluta, também sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). Os participantes que receberam o formato de porcentagem absoluta consideraram a informação mais clara (p<0,05), em comparação ao outros grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três formatos quanto aos desfechos secundários. Os resultados não demonstram diferenças na compreensão das informações entre os três formatos avaliados, portanto, os três formatos avaliados são equivalentes para informar a frequência das reações adversas. No entanto, a baixa compreensão apontada pelos resultados, demonstra que formatos alternativos precisam ser avaliados. Levando em consideração que os formatos numéricos demonstram-se mais eficazes em relação aos não-numéricos, e que os formatos gráficos podem auxiliar na compreensão de informações sobre reações adversas, um formato alternativo para informar as reações adversas relacionadas aos medicamentos precisa ser desenvolvido, a partir das necessidades dos usuários. É preciso considerar as preferências, nível de letramento em saúde e habilidades numéricas dos usuários de medicamentos. A disponibilização das bulas não deve ser apenas para cumprir as prerrogativas legais, mas sim deve cumprir seu papel de informar os usuários, de maneira eficiente, com conteúdo e formato adequados e compreensíveis. Por isso, é imprenscindível que as informações e seus formatos sejam avaliados pelos usuários de medicamentos, antes de serem empregados em materiais informativos, como a bula de medicamentos. / Communicate to patients the risks of side effects of drugs is critical for making appropriate decision by patients because the information enhances their knowledge and influence their attitudes, helping patients improve their health. Studies have shown that there are large individual differences in the interpretation of terms that are commonly used to express risk of experiencing a side effects and that understanding is influenced by the presentation of information, as well as factors related to the individual, such as literacy in health and numeracy. This study aim was to evaluate the effect of different formats of written information in the understanding of side effects by medicines user. First, was conducted a systematic review to assess the evidence of the effect of different ways to report side effects understanding of this information by the medicines user. In a second moment, clinical trial was conducted double-blind randomized (n = 393) to evaluate the efficacy of three formats, based on preliminary results of a systematic review. For the systematic review were used the MEDLINE (PubMed), Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, Scopus, OneFile, EBSCO and Clinical Trials, and Proquest Open Grey. The coverage period was the beginning of the database until September 2015. Were included in the review studies comparing the understanding of two or more written information formats on the frequency of adverse reactions, provided two or more groups of patients, any design. A total of 23 clinical trials in the United States and the United Kingdom were included, involving 14,342 participants. Among the included studies, 14 compared numerical and verbal formats in different combinations, 5 compared graphic formats and others showed other formats such as additional risk versus overall risk, different formats in the denominator (100 x 1000), absolute risk, relative risk and NNH (number needed to harm), positive versus negative frames. The heterogeneity between the studies did not make possible the meta-analysis of the data. Numerical forms demonstrated superiority to non-numeric in understanding the information. The use of graphics formats compared to texts also improved understanding. From the studies evaluated in this review, it is not possible to determine the best format for reporting on side effects. For example, there are no studies comparing the verbal descriptors, numeric, graphic and combined, which would favor an evaluation of the most appropriate format for the understanding of medicines users. In the second stage, was conducted a clinical trial randomized double-blind, parallel, single-center. Adult users of a pharmacy school, with reading capacity assessed by the Brief Assessment Instrument Literacy Health in Portuguese for adults (SAHLPA), were randomized to one of three groups: verbal + range of percentage, percentage range and absolute percentage. Main outcome variables were verbatim (specific numerical) and gist knowledge, classified as adequate and inadequate. The perception of users and the satisfaction of information, intended to take the drug, ease of understanding and clarity of information received were assessed as secondary endpoints. Was used analysis of variance test (ANOVA) and chi-square Person to compare the differences. Participants were recruited between June and October 2015 and were interviewed for 35 minutes on average; in total 393 participants were randomized to one of three groups. The adequate levels of gist knowledge was 65.6% and 53.9% for nominal format + percentage range (n = 128), 63.4% and 44.3% for percentage range (n = 131), 62 3% and 48.5% for absolute percentage (n = 131), with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05). The adequate levels of verbatim knowledge was 53.9% for the nominal format + percentage range, 44.3% for percentage range and 48.5% for absolute percentage, also with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05 ). Participants who received absolute percentage format considered the clearest information (p <0.05) compared to the other groups. There was no statistically significant difference between the three formats as the secondary outcomes. The results do not show differences in the understanding of information among the three formats, so the three evaluated formats are equivalent to inform the frequency of adverse reactions. However, poor understanding of the results indicated shows that alternative formats must to be evaluated. Taking into account that numerical formats are more effective than numerical ones, and that graphical formats can assist in understanding information on adverse reactions, an alternative format for reporting adverse drug-related reactions needs to be developed from needs of medicine users. It is necessary to consider the preferences, level of literacy in health and numerical abilities of the users of medicines.
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Comunicação em saúde: pesquisa-ação para elaboração de programa midiático de educação sobre drogas direcionada a jovens. / Health communication: action research for preparation of a mass media program in drug education targeted at young individualsElda de Oliveira 25 September 2015 (has links)
O objeto deste estudo é a educação sobre drogas direcionada a jovens, a ser veiculada no rádio, nas periferias urbanas. A bibliografia mostra que os jovens são tomados como sujeitos influenciáveis pela publicidade, que teria parcela de reponsabilidade pelo consumo de drogas entre jovens. O referencial teórico fundamentou-se no marxismo. O objetivo geral foi desenvolver processo de seleção, criação, organização e midiatização da educação sobre drogas, com a participação dos jovens. Trata-se de pesquisa qualitativa desenvolvida com a metodologia da pesquisa-ação emancipatória (PAE), que se fundamenta no método dialético. Na PAE há participação ativa dos sujeitos de pesquisa, que mantém diálogo e problematização permanente sobre a realidade. Participaram da PAE, jovens interessados na temática, que frequentavam uma escola pública de ensino fundamental e médio, na região de Guaianases, São Paulo (SP). Caracterizou-se o Índice de Reprodução Social (IRS) das famílias dos jovens, a partir de questionário padronizado. Para desenvolver a PAE, realizou-se treze oficinas. A oficina é um método participativo de investigação grupal, um processo educativo de reflexão e de transformação da práxis. Os resultados foram analisados de acordo com a categoria representações cotidianas. As representações cotidianas se manifestam na sociedade de formas distintas, relacionando-se com a base material de trabalho e vida das classes sociais. Em sua constituição apresentam dois elementos: o nuclear, que diz respeito às convicções que frutificam da reflexão e escolhas introjetadas; e o periférico, que se refere às opiniões, decorrentes da aceitação de ideias socialmente divulgadas. Os resultados foram: 13 jovens com idades entre 15 e 17 anos, sendo nove do sexo masculino, participaram das oficinas. Doze famílias foram categorizadas pelo IRS, sendo que sete delas contavam com chefes mulheres e três recebiam apoio do Programa Bolsa Família, dois jovens trabalhavam e estudavam concomitantemente. No processo da PAE, muitas convicções dos jovens vieram à tona, dado que o processo permitiu reflexão e reinterpretação da realidade analisada. As representações cotidianas foram sobre o espaço geossocial periférico em que os jovens vivem, as necessidades sociais e a sociabilidade. As representações da mídia sobre a periferia e sobre suas formas de sociabilidade foram temas problematizados pelos jovens, que criticam o modo como sua realidade é midiatizada. Estão convictos de que os problemas que enfrentam não são veiculados corretamente, de forma que os jovens das periferias são expostos como fora da ordem social, sujeitos perigosos e consumidores de drogas. Os jovens salientaram a presença controladora do Estado na periferia e suas necessidades sociais não respondidas; consideram que a classe dominante busca isolá-los na periferia e que as necessidades sociais não satisfeitas conduzem os jovens ao envolvimento com as drogas; estão convictos de que suas músicas constituem importante meio para desenvolver a educação emancipatória sobre drogas. As pautas da educação sobre drogas foram sendo construídas durante todo o processo da pesquisa, sendo o momento da midiatização do programa para os jovens participantes o ponto de chegada. Para outros será o ponto de partida para que novas discussões possam ser produzidas. A PAE mostrou-se potente para apreender as representações cotidianas de jovens da periferia e para a construção do programa de rádio de educação sobre drogas / The object of the present study was drug education to be aired on the radio in urban peripheral areas targeted at young individuals. The scientific literature shows that young individuals are taken as subjects influenced by advertising, which would share the responsibility for the consumption of drugs among young individuals. The theoretical framework was based on Marxism. The overall objective was to develop a selection, creation, organization, and mediatization process for drug education with the participation of young individuals. This is a qualitative research conducted with emancipatory action research methodology (EAR), which is based on a dialectical method. There is active participation of research subjects in the EAR, and they carry out permanent dialogue and problematization of the reality. The participants of the EAR were young individuals interested in the topic, who attended a public elementary and high school in the region of Guaianases, São Paulo, State of São Paulo, Brazil. We characterized the Index of Social Reproduction (ISR) of the young individuals\' families using a standardized questionnaire. Thirteen workshops were carried out to develop the EAR. The workshops were characterized by a participatory research group method, an educational process of reflection and praxis transformation. The results were analyzed according to the daily life representations category. These representations manifest themselves through different forms in society, relating to the material basis of work and life of social classes. They include two elements: (a) nuclear, which relates to convictions that arise from the reflection and internalized choices; and (b) peripheral, which refers to opinions arising from the acceptance of ideas socially disseminated. The results were: 13 young people aged between 15 and 17 years attended the workshops, nine of which were male. Twelve families were categorized through the ISR. Seven of them were ruled by women and three received support from the Family Allowance Program. Two young individuals worked and studied at the same time. Many convictions of the young individuals arose in the EAR process, since it enabled reflection and reinterpretation of the reality assessed. The daily life representations were related to the peripheral geo-social space in which the young individuals lived, social needs, and sociability. The media representations of the peripheral area and its forms of sociability were topics problematized by the young individuals, who criticized the way their reality was mediatized. They were convinced that the problems they faced were not conveyed correctly, since the young individuals of the peripheral areas were exposed as being outside the social order, dangerous, and drug users. The young individuals highlighted the controller presence of the State in the peripheral areas and that their social needs were not met. They considered that the ruling class sought to isolate them in the peripheral areas and that the unmet social needs led young individuals to use drugs. They were convinced that their songs were an important means to develop emancipatory education about drugs. The guidelines of education about drugs were built throughout the research process, and the mediatization time of the program was the arrival point for the young participants. For others, it will be the starting point for carrying out further discussions. The EAR proved to be powerful to know the daily life representations of young individuals from the peripheral areas and the construction of a radio program for education about drugs
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Comunicação de más notícias a pacientes em cuidados paliativos : um estudo exploratório das percepções de pacientes e familiaresFeldmann, Maíra Pellin January 2016 (has links)
Base teórica: Entende-se como Cuidados Paliativos a abordagem multidisciplinar que promove a qualidade de vida de pacientes e familiares que apresentam diagnósticos que não são reversíveis. Sendo assim, destina-se aos pacientes crônicos e com doenças que ameaçam a vida. O processo de adoecimento do paciente oncológico é marcado por más notícias desde o recebimento do diagnóstico. Compreendemos aqui como má notícia as informações que provocam rupturas ou mudanças negativas na perspectiva de futuro do paciente e de seu grupo familiar. Objetivos: Avaliar a percepção de pacientes e familiares a respeito do processo de comunicação da informação sobre o quadro clínico e prognóstico do paciente oncológico em cuidados paliativos exclusivos. Métodos: Foi realizado um estudo qualitativo exploratório, do tipo estudos de caso. A amostra foi composta por seis pacientes adultos e sete familiares. As entrevistas semi-estruturadas foram realizadas no Núcleo de Cuidados Paliativos (NCP) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os dados obtidos foram avaliados por meio de análise de conteúdo com auxílio do programa Nvivo (QRS International), versão 11. Foi reconstruída a rede social de cada paciente, na sua perspectiva pessoal e na do seu familiar. Resultados: Três categorias emergiram da análise das entrevistas: Compreensão do Processo de Adoecimento, Compartilhamento de Informação e Protagonismo do Paciente. O fluxo de informações entre a equipe e o paciente é, habitualmente, intermediado pelos familiares. Foi constatada uma contradição entre o desejo dos pacientes receberem suas informações clínicas e a crença da família de que é protetor não informar. Entre os familiares, é mais habitual a associação entre cuidados paliativos e a gravidade do quadro clínico e o limite de tratamentos com finalidade curativa. Foram verificadas discrepâncias entre as redes sociais descritas pelos pacientes e por seus familiares. Conclusão: Há uma distorção na relação de privacidade das informações, sendo que o entendimento dos participantes é de que esta relação se estabelece entre familiar e equipe, e não entre equipe e paciente. Os conflitos e as limitações na comunicação geram danos ao paciente, que não se beneficia de forma plena da estrutura e das possibilidades propostas pela abordagem dos cuidados paliativos nem participa adequadamente do processo de tomada de decisão. / Background: Palliative care is understood as the multidisciplinary approach that promotes the quality of life of patients and families who present diagnoses that are not reversible. Thus, it is intended for chronic and life-threatening patients. The process of illness of the oncological patient is marked by bad news since the receipt of the diagnosis. We understand here as bad news information that causes ruptures or negative changes in the perspective of the future of the patient and his family group. Objectives: To evaluate the perception of patients and their relatives regarding the process of communication of information about the clinical profile and the prognostic of cancer patients in exclusive palliative care. Methods: An exploratory qualitative study was carried out, such as case studies. The sample consisted of six adult patients and seven relatives. The semi-structured interviews were carried out at the Center for Palliative Care of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre/Brazil. The obtained data were evaluated through content analysis with the assistance of the software Nvivo (QRS International), version 11. It was reconstructed the social network of each patient, in their personal perspective and that of their relative. Results: Three categories emerged from the analysis of the interviews: Understanding the Process of Illness, Information Sharing and Patient Protagonism. Family members usually mediate the information flow between the team and the patient. There was a contradiction between the patients' desire to receive their clinical information and the family belief of which it is protective not to report. Among relatives, the association with the severity of the clinical condition and the limit of treatments with a curative purpose is more common. There were discrepancies between the social networks described by the patients and their relatives. Conclusion: There is a distortion in the information privacy relationship; participants' understanding is that this relationship is between family and health professional team, not between team and patient. Conflicts and limitations in communication create harm to the patient, who does not fully benefit from the structure and possibilities offered by the palliative care approach and does not participate adequately in the decision-making process.
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Efeito do formato de informações escritas sobre reações adversas na compreensão dos usuários de medicamentosPagano, Cassia Garcia Moraes January 2016 (has links)
Comunicar aos pacientes os riscos de reações adversas dos medicamentos é fundamental para a tomada de decisão adequada dos pacientes, pois a informação aprimora seu conhecimento e influencia suas atitudes, auxiliando os pacientes a melhorar sua saúde. Estudos têm demonstrado que existem grandes diferenças individuais na interpretação de termos que são comumente usados para expressar risco de experimentar uma reação adversa e que a compreensão é influenciada pela apresentação da informação, bem como por fatores relacionados ao indivíduo, como o letramento em saúde e a habilidade numérica. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes formatos de informações escritas na compreensão de reações adversas de medicamentos pelo usuário. Primeiramente foi realizada uma revisão sistemática a fim de avaliar as evidências do efeito de diferentes formas de informar sobre reações adversas na compreensão dessas informações pelo usuário de medicamentos. Em uma segunda etapa, foi realizado ensaio clínico randomizado duplo- cego (n=393), para avaliar a eficácia de três formatos, baseados nos resultados preliminares da revisão sistemática. Para a realização da revisão sistemática foram utilizadas as bases PubMed, Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, SCOPUS, OneFile, EBSCO e Clinical Trials, Proquest e Open Grey. O período de cobertura foi do início da base de dados até setembro de 2015. Foram incluídos na revisão estudos que comparassem a compreensão de dois ou mais formatos de informações escritas sobre a frequência de reações adversas, fornecidos a dois ou mais grupos de pacientes, com qualquer delineamento. Ao total, 23 ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos e Reino Unido foram incluídos, envolvendo 14.342 participantes. Entre os estudos incluídos, 14 compararam formatos numéricos e nominais em diferentes combinações, 5 compararam formatos gráficos e os demais apresentaram outros formatos, como risco complementar versus risco total, diferentes formatos no denominador (100 x 1000), risco absoluto, risco relativo e NNH (número necessário para causar dano). A grande heterogeneidade entre os estudos não tornou possível a metanálise dos dados. Formatos numéricos demonstraram superioridade aos não-numéricos (nominal) na compreensão das informações. O uso de formatos gráficos comparados a textos também melhoraram a compreensão. A partir dos estudos avaliados nessa revisão, ainda não é possível definir qual o melhor formato para comunicar sobre reações adversas a medicamentos. Por exemplo, não há estudos comparando os formatos verbal, numérico, combinado e gráfico, o que favoreceria uma avaliação sobre o formato mais adequado à compreensão dos usuários de medicamentos. Na segunda etapa, foi realizado um ensaio clínico randomizado duplo-cego, em paralelo, unicêntrico. Usuários adultos de uma farmácia escola, com capacidade leitora avaliada pelo instrumento de Avaliação Breve de Alfabetismo em Saúde em Português para adultos (SAHLPA), foram randomizados para um dos três grupos: nominal + faixa de porcentagem, faixa de porcentagem e porcentagem absoluta. O desfecho principal foi a compreensão, avaliada como essencial (impressão geral da informação), literal (numérica especificamente), e classificada em adequada e inadequada. A percepção dos usuários quanto à satisfação da informação, intenção de tomar o medicamento, facilidade de entendimento e clareza das informações recebidas foram avaliadas como desfechos secundários. Foi utilizado teste de análise da variância (ANOVA) e qui-quadrado de Person para a comparação das diferenças. Os participantes foram recrutados no período entre junho a outubro de 2015 e foram entrevistados durante 35 minutos, em média; no total 393 participantes foram randomizadas para um dos três grupos. A compreensão essencial adequada foi de 65,6% para o formato nominal + faixa de porcentagem (n=128), 63,4% para faixa de porcentagem (n=131), 62,3% para porcentagem absoluta (n=131), sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). A compreensão literal adequada foi de 53,9% para o formato nominal + faixa de porcentagem, 44,3% para faixa de porcentagem e 48,5% para porcentagem absoluta, também sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). Os participantes que receberam o formato de porcentagem absoluta consideraram a informação mais clara (p<0,05), em comparação ao outros grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três formatos quanto aos desfechos secundários. Os resultados não demonstram diferenças na compreensão das informações entre os três formatos avaliados, portanto, os três formatos avaliados são equivalentes para informar a frequência das reações adversas. No entanto, a baixa compreensão apontada pelos resultados, demonstra que formatos alternativos precisam ser avaliados. Levando em consideração que os formatos numéricos demonstram-se mais eficazes em relação aos não-numéricos, e que os formatos gráficos podem auxiliar na compreensão de informações sobre reações adversas, um formato alternativo para informar as reações adversas relacionadas aos medicamentos precisa ser desenvolvido, a partir das necessidades dos usuários. É preciso considerar as preferências, nível de letramento em saúde e habilidades numéricas dos usuários de medicamentos. A disponibilização das bulas não deve ser apenas para cumprir as prerrogativas legais, mas sim deve cumprir seu papel de informar os usuários, de maneira eficiente, com conteúdo e formato adequados e compreensíveis. Por isso, é imprenscindível que as informações e seus formatos sejam avaliados pelos usuários de medicamentos, antes de serem empregados em materiais informativos, como a bula de medicamentos. / Communicate to patients the risks of side effects of drugs is critical for making appropriate decision by patients because the information enhances their knowledge and influence their attitudes, helping patients improve their health. Studies have shown that there are large individual differences in the interpretation of terms that are commonly used to express risk of experiencing a side effects and that understanding is influenced by the presentation of information, as well as factors related to the individual, such as literacy in health and numeracy. This study aim was to evaluate the effect of different formats of written information in the understanding of side effects by medicines user. First, was conducted a systematic review to assess the evidence of the effect of different ways to report side effects understanding of this information by the medicines user. In a second moment, clinical trial was conducted double-blind randomized (n = 393) to evaluate the efficacy of three formats, based on preliminary results of a systematic review. For the systematic review were used the MEDLINE (PubMed), Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, Scopus, OneFile, EBSCO and Clinical Trials, and Proquest Open Grey. The coverage period was the beginning of the database until September 2015. Were included in the review studies comparing the understanding of two or more written information formats on the frequency of adverse reactions, provided two or more groups of patients, any design. A total of 23 clinical trials in the United States and the United Kingdom were included, involving 14,342 participants. Among the included studies, 14 compared numerical and verbal formats in different combinations, 5 compared graphic formats and others showed other formats such as additional risk versus overall risk, different formats in the denominator (100 x 1000), absolute risk, relative risk and NNH (number needed to harm), positive versus negative frames. The heterogeneity between the studies did not make possible the meta-analysis of the data. Numerical forms demonstrated superiority to non-numeric in understanding the information. The use of graphics formats compared to texts also improved understanding. From the studies evaluated in this review, it is not possible to determine the best format for reporting on side effects. For example, there are no studies comparing the verbal descriptors, numeric, graphic and combined, which would favor an evaluation of the most appropriate format for the understanding of medicines users. In the second stage, was conducted a clinical trial randomized double-blind, parallel, single-center. Adult users of a pharmacy school, with reading capacity assessed by the Brief Assessment Instrument Literacy Health in Portuguese for adults (SAHLPA), were randomized to one of three groups: verbal + range of percentage, percentage range and absolute percentage. Main outcome variables were verbatim (specific numerical) and gist knowledge, classified as adequate and inadequate. The perception of users and the satisfaction of information, intended to take the drug, ease of understanding and clarity of information received were assessed as secondary endpoints. Was used analysis of variance test (ANOVA) and chi-square Person to compare the differences. Participants were recruited between June and October 2015 and were interviewed for 35 minutes on average; in total 393 participants were randomized to one of three groups. The adequate levels of gist knowledge was 65.6% and 53.9% for nominal format + percentage range (n = 128), 63.4% and 44.3% for percentage range (n = 131), 62 3% and 48.5% for absolute percentage (n = 131), with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05). The adequate levels of verbatim knowledge was 53.9% for the nominal format + percentage range, 44.3% for percentage range and 48.5% for absolute percentage, also with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05 ). Participants who received absolute percentage format considered the clearest information (p <0.05) compared to the other groups. There was no statistically significant difference between the three formats as the secondary outcomes. The results do not show differences in the understanding of information among the three formats, so the three evaluated formats are equivalent to inform the frequency of adverse reactions. However, poor understanding of the results indicated shows that alternative formats must to be evaluated. Taking into account that numerical formats are more effective than numerical ones, and that graphical formats can assist in understanding information on adverse reactions, an alternative format for reporting adverse drug-related reactions needs to be developed from needs of medicine users. It is necessary to consider the preferences, level of literacy in health and numerical abilities of the users of medicines.
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O papel do informante no diagnóstico do TDAH em adultosBreda, Vitor Carlos Thumé January 2014 (has links)
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento e, de acordo com os novos critérios do DSM, a presença de vários sintomas antes de 12 anos de idade são exigidos. Além disso, o DSM-5 também incentiva o clínico a buscar informações colaterais para corroborar o diagnóstico, mesmo para adultos. O esforço para a obtenção de informações de terceiros seria justificada se uma evidência robusta de sua relevância pudesse ser demonstrada. Este é um estudo transversal com 449 pacientes adultos com TDAH e 143 controles, entrevistados entre 2002 e 2012. Os participantes foram consecutivamente avaliados para transtornos psiquiátricos considerando-se o DSM-IV, através de instrumentos diagnósticos padronizados. Informações colaterais foram obtidas usando-se as escalas de Barkley para sintomas de TDAH atuais e da infância. Nós comparamos os perfis demográficos e clínicos de pacientes adultos cujos informantes concordavam (n = 277) ou discordavam (n = 172) dos pacientes em relação à presença de sintomatologia na infância, e adultos sem TDAH (controles). Os pacientes com TDAH e controles não diferiram quanto à idade, anos de escolaridade, renda e sexo. Os grupos com TDAH diferiram dos controles com relação a repetência escolar, problemas com autoridade e disciplina, problemas com a lei e polícia, e tratamento farmacológico prévio. Comparados com os controles, os grupos com TDAH também apresentaram escores mais elevados de prejuízo e maiores taxas de prevalência de uso do tabaco, transtorno bipolar, transtorno de oposição e desafio, transtorno de conduta e dependência de substâncias não-alcoólicas. Poucas e pequenas diferenças entre os dois grupos com TDAH (suspensões escolares, problemas com autoridade e disciplina, e escores SNAP-IV) foram observadas. Nossos resultados não oferecem suporte para a ideia de que a informação colateral sobre a sintomatologia da infância é essencial para confirmar o diagnóstico de TDAH em adultos com uma síndrome clara auto relatada desse período, mas reafirmam a ideia de que o diagnóstico não deve ser descartado na ausência de um colateral que corrobore o relato do paciente. Contudo não podemos descartar a importância de informações de fontes externas ao próprio paciente em outras situações clínicas ou apresentações psicopatológicas. / ADHD is a neurodevelopmental disorder, and, according to the new DSM, the presence of various symptoms before 12 years of age is required. In addition, the DSM-5 also stimulates the clinician to look for collateral information to support the diagnostis, even for adults. The effort to obtain information from third parties would be justified if a robust evidence of its relevance could be demonstrated. This is a cross-sectional study of 449 adult patients with ADHD and 143 controls, that were interviewed between 2002 and 2012. Participants were consecutively evaluated for DSM-IV psychiatric disorders through standardized diagnostic instruments. Collateral information was obtained with Barkley’s scales for current and childhood ADHD symptoms. We compared the demographic and clinical profiles of adult patients whose informants agreed (n=277) or disagreed (n=172) from patients for the presence of symptoms in childhood, and adults without ADHD (controls). Patients with ADHD and controls did not differ in age, years of education, income and gender. Groups with ADHD differed from controls with respect to school failure, problems with authority and discipline, problems with the law and police, and prior psychopharmacological treatment. Compared with controls, the groups with ADHD also had higher scores of injury and higher prevalence rates of tobacco use, bipolar disorder, oppositional defiant disorder, conduct disorder and non- alcoholic substance dependence. Few and small differences between the two groups with ADHD (school suspensions, problems with authority and discipline, and SNAP-IV scores) were observed. These results do not support the idea that collateral information about symptoms of childhood is essential to confirm the diagnosis of ADHD in adults with a clear self-reported syndrome in childhood, but reaffirm the idea that the diagnosis should not be dismissed in the absence of an informant to corroborate the patient's report. However, we can not rule out the importance of information from external sources for patients with different clinical situations or psychopathological presentations.
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Odontogênese: construção e validação de um objeto de aprendizagem inovador / Odontogenesis: construction and validation of an innovative learning objectRosângela Suetugo Chao 05 December 2017 (has links)
Introdução: Há uma demanda social de produção de material educacional interativo, flexível e visualmente atrativo; que tenha fácil acesso, comunicação e veiculação por meio das mídias e da internet, e principalmente que possibilite a difusão do conhecimento. Objetivos: O presente estudo teve como objetivos a construção e validação de objeto de aprendizagem com uso de computação gráfica 3D sobre odontogênese. Método: Baseou-se nos princípios da educação de adultos e na aprendizagem significativa. A construção do objeto de aprendizagem partiu da revisão da literatura e da discussão com grupo de especialistas multiprofissional. A partir destes dados, foi construído um roteiro baseado em uma matriz de objetivos educacionais. Este roteiro direcionou uma produção intelectual em formato de vídeo. Para a validação dessa produção intelectual, foi construído um processo de revisão por pares com análise crítica e sistematizada aplicada a um conjunto de 22 professores e profissionais de expertise reconhecida na área e atuantes em várias universidades distribuídas pelo território brasileiro. Resultados: O objeto de aprendizagem sobre odontogênese incluiu um vídeo elaborado a partir da tecnologia de computação gráfica 3D e narração, com nove minutos de duração. A análise das respostas do grupo de validadores mostrou unanimidade de visão positiva em vários itens do instrumento de validação destacando as afirmativas relacionadas aos movimentos das cenas, entendimento de todas as fases da odontogênese, assim como o uso de imagens tridimensionais e animação auxiliaram o entendimento e aprendizado do tema. Foi considerada uma ferramenta útil para a prática, por trazer uma síntese de informações, condensando conceitos relevantes apresentados de forma dinâmica com propósito educacional. Além disto, foi considerado um objeto de aprendizado flexível por atender a diversos interesses de aprendizado, sendo adaptável a diferentes públicos e objetivos, podendo contribuir com a formação de estudantes, pós-graduandos e profissionais da área de saúde. Conclusão: O processo de validação contribui para o aprimoramento do objeto de aprendizagem considerado adequado, útil, inovador e flexível. De acordo com os validadores, ter contato com essa tecnologia durante suas graduações, teria facilitado o entendimento sobre odontogênese / Introduction: There is a social demand for the production of an interactive educational material, which is flexible and visual attractive; that has an easy access, communication, media and internet placement and primarily that makes the diffusion of knowledge possible. Objective: The aim of this study was the construction and validation of a learning object with the use of 3D computer graphics about odontogenesis. Method: It was based on adults\' education principals and on the significant learning. The construction of the learning object started on the literature review and the discussion with a group of multiprofessional specialists. From these data it was constructed a script based on an educational objectives matrix. This script has directed to an intellectual production in a video format. For the validation of this intellectual production, it was built a pair review process with a critical and systematized analysis applied to a set of 22 professors with expertise in the area and active in several universities distributed in the Brazilian territory. Results: The learning object about odontogenesis resulted a nine minute video elaborated with narration and 3D computer graphics technology. The analysis of the group of validators\' answers showed a positive view unanimity in several items of the validation instrument, highlighting the affirmations related to the movements of the scenes, understanding of all phases of odontogenesis, as well as the use of threedimensional images and animation that assisted the understanding and learning of the theme. It was considered a useful tool for the practice for bringing a synthesis of information, condensing relevant concepts presented dynamically for educational purposes. Furthermore, it was considered a flexible learning object for attending various learning interests, being adaptable to different publics and objectives; it could contribute with potenciality to undergraduate, for the learning of postgraduate students and health professionals. Conclusion: The validation process contributed to the improvement of the learning object that was considered adequate, useful, innovative and flexible. According to the validators, having contact with this technology during their graduation course would have facilitated odontogenesis understanding
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