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Às margens da UHE Corumbá IV, Goiás, Brasil : desafios antropológicos entre redes, enclaves, cosmografias e moralidadesAssis, Luís Guilherme Resende de January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Departamento de Antropologia, 2007. / Submitted by Patrícia Nunes da Silva (patricia@bce.unb.br) on 2011-04-20T21:03:05Z
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2007_LuisGuilhermeResendeAssis.pdf: 2275442 bytes, checksum: d8376c806912ad02a2383fa538e056dd (MD5) / Esta dissertação trata e, ao mesmo tempo, resulta da relação do conhecimento antropológico com procedimentos Tecnoburocráticos que intentam prever, medir, mitigar e/ou compensar impactos
socioculturais e econômicos de usinas hidrelétricas. Esses procedimentos são aqui tomados como arenas concretas de disputa de significados, direitos e deveres acerca dos custos e benefícios das barragens e
reservatórios, concentrando-se, a maioria deles, no processo de licenciamento ambiental, no qual o antropólogo, em maior ou menor grau e com oscilante eficácia política, é chamado a atuar. O trajeto
argumentativo que desenvolvo envolve a problematização dos conceitos de impactos e atingidos, resultantes, no mais das vezes, de disputas e decisões que ocorrem em locais onde os próprios impactados ou atingidos não participam ou o fazem deficientemente. À luz do licenciamento da UHE Corumbá IV, em Goiás, demonstro que há algumas estratégias estandardizadas mas sutis de exclusão moral das populações deslocadas ou às margens do reservatório, estampadas nas práticas dos atores que se relacionam no processo. A exclusão, operada sistematicamente ou em face da invisibilidade mesma das
demandas, tomadas em seu aspecto moral, conduzem a um movimento em que os passivos socioculturais e econômicos são jogados para a “fase de operação” dos projetos de grande escala, naturalizando impactos e tornando ainda mais difícil seu dimensionamento. Argumento que as sutilezas dos padrões de exclusão moral são melhor captáveis por formas particulares de ver, ouvir e escrever consubstanciadas no ofício do antropólogo engajado em tal tarefa, pleiteando o exercício da prática etnográfica em todas as etapas do licenciamento ambiental. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation deals with, and at the same time is the result of, the relationship between anthropological knowledge and techno-bureaucratic practices that seek to identify,
measure, mitigate and/or compensate the sociocultural and economic impacts of
hydroelectrical dams. These practices are understood here as concrete arenas of dispute
over meanings, rights and duties concerning the costs and benefits of dams and reservoirs, most of which are involved in the process of environmental licensing, where the anthropologist, to a greater or lesser degree and with shifting political efficacy, is called to act professionally. The argumentative trajectory that develop propose here involves the questioning of concepts such as impacts and impacted people [atingidos], which, in most cases, are the result of disputes and decisions that occur in places that are not easily accessed by the atingidos. Through an analysis of the environmental licensing of the Corumbá IV Dam, in the state of Goiás, I show that there are some standardized, yet subtle, strategies of moral exclusion of the populations displaced by dams or at their
margins, strategies that reveal themselves in the practices of actors involved in the process. The exclusion, wheter intentional or a result of the invisibility of the demands themselves, particularly those of a moral order, produces a situation in which sociocultural and economic damages are only dealt with in the ‘operational phase’, of the large scale projects, thereby naturalizing impacts and making it ever more difficult to evaluate them. I argue that the subtleties of the patterns of exclusion are better understood by the particular
ways of seeing, listening and writing embodied in the practice of the anthropologist engaged in the task, requiring the exercise of the ethnographic practice in all stages of environmental licensing processes.
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PrÃticas Sociais e Cotidiano: O Parque EcolÃgico do Cocà em AnÃlise.Gleison Maia Lopes 27 May 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Analisar a apropriaÃÃo do Parque EcolÃgico do Cocà pelos agentes sociais - que diariamente dele se utilizam, buscando entender as relaÃÃes de poder existentes nesse processo e os conflitos resultantes desse contexto - à o objetivo principal desta pesquisa. O Parque do Cocà à uma Ãrea verde de grande visibilidade econÃmica, polÃtica e social dentro da cidade de Fortaleza. Fruto de lutas dos movimentos sociais em torno da defesa ambiental (que datam da dÃcada de 1970), o referido parque se legitimou enquanto Ãrea verde na cidade. Entretanto, ainda nÃo possui sua existÃncia social e legal juridicamente efetivada, havendo apenas um processo de demarcaÃÃo de seu espaÃo para futura criaÃÃo, fazendo deste campo um local de discursos variados e agentes diversos que se conflituam em torno da definiÃÃo dos rumos mais apropriados pra esse espaÃo. Usos anteriores ao processo de demarcaÃÃo (lavadeiras, pescadores, moradores das margens do rio) se relacionam com usos posteriores a este processo (caminhantes, moradores do entorno do parque e manifestantes), estabelecendo um complexo sistema de interaÃÃes e relaÃÃes nesse campo. Uma disputa pela definiÃÃo dos usos legÃtimos desse espaÃo se estabelece tambÃm na esfera pÃblica, com um histÃrico processo de disjunÃÃo entre Estado e sociedade civil (atravÃs dos movimentos sociais) nesse espaÃo, e sÃo sobre essas diversas contendas que esta pesquisa ancora sua anÃlise. A metodologia empregada foi a de etnografar os usos pesquisados, aliando esse procedimento a entrevistas semiestruturadas com sujeitos da pesquisa e observaÃÃo participante em determinados momentos de apropriaÃÃo e produÃÃo de discursos sobre o parque, tais como assembleias, fÃruns, seminÃrios, debates, manifestaÃÃes, passeatas e demais eventos, que envolvessem o Parque do CocÃ, alÃm de pesquisas bibliogrÃficas, anÃlise de documentos e jornais. Conclui-se que o referido parque reflete em si uma disputa pela cidade, que historicamente distribuiu desigualmente aos indivÃduos em seu territÃrio, reproduzindo em si relaÃÃes de poder hierarquizadas e desiguais, onde os indivÃduos providos de agÃncia ressignificam esse contexto e produzem formas cotidianas de resistÃncia. O Parque passa a representar em si uma forma de planejamento urbano, que dispÃem os indivÃduos de maneira desigual, mas que incorpora um processo de insurgÃncia diÃria, de resistÃncia a formas de imposiÃÃo e normatizaÃÃo de prÃticas.
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"A rua dos irmÃos": uma etnografia na prisÃo. / "The street of Brothers": a ethnography in prison.Eliakim Lucena de Andrade 12 August 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O esforÃo que empreendi neste trabalho teve como objetivo geral analisar a presenÃa religiosa pentecostal no interior de uma instituiÃÃo carcerÃria. Seu intento foi pensar como se dà o encontro entre as prÃticas religiosas pentecostais e o cotidiano na prisÃo a partir do ponto de vista dos internos que sÃo religiosos e dos internos que nÃo sÃo religiosos. TambÃm buscou compreender quais as consequÃncias que esse encontro provoca em termos de mudanÃa de conduta e de
construÃÃo de uma nova realidade prisional. O campo de experiÃncias escolhido para guiar tal discussÃo foi a Casa de PrivaÃÃo ProvisÃria de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II), mais especificamente, a VivÃncia A, conhecida tambÃm como Rua A ou âa Rua dos irmÃosâ. Nela âos irmÃos da obraâ desenvolvem as atividades do Projeto Renascer. A CPPL II à apresentada por meio de uma descriÃÃo atenta do espaÃo fÃsico e das maneiras de fazer cotidianas dos cativos. AlÃm disso, as teias de relaÃÃes tecidas entre os presos que constituem âa obraâ e os encarcerados que estÃo na Rua A à analisada de forma minuciosa. Por fim, demonstro como os presos da CPPL II demarcam suas regras de proceder a partir da categoria nativa âvaciloâ e classificam o sujeito que âvacilaâ (ou seja, que infringe as regras) como âvacilÃoâ . Cada um dos âvacilosâ à associado a possÃveis sanÃÃes, que se compÃe, basicamente, em âvacilo de morteâ e âvacilo de 1000Ââ. A especificidade da Rua A, em relaÃÃo Ãs prisÃes e ao restante das Ruas da CPPL II, està na aÃÃo dos presos do Projeto Renascer como mediadores de conflitos. / The effort undertaken in this work had as main objective to analyze the Pentecostal religious presence within a prison institution. Its intent was to think how is an
encounter between Pentecostal religious practices and daily life in prison from the point of view of the inmates who are religious and inmates who are not religious. We also sought to understand what consequences this meeting causes in terms of behavioral change and building a new prison reality. The field experiments chosen to guide this discussion was the Casa de PrivaÃÃo ProvisÃria de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II), more specifically, the Experience A, also known as The A Street or "The Street of brothers." There "the brothers of the work" develop activities of Projeto Renascer. The CPPL II is presented through a careful description of the physical space and everyday ways-to-do of the inmates. In addition, the webs of relationships woven between the prisoners who makes part of "the work" and who are incarcerated in The A Street is analyzed in detail. Finally, I demonstrate how the prisoners of CPPL II demarcate its rules of proceeding from the native category "vacilo" and classify the subject that "vacila" (ie, who violates the rules) as "vacilÃo". Each of the "vacilos" is associated with possible sanctions, which consists basically of "vacilo de morte" and "vacilo de 1000Â". The specificity of the A Street, related to the prisons and the rest of the Streets of CPPL II, is in the action of the inmates of the Projeto Renascer as conflict mediators.
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Velhas práticas : seletividade e impunidade : a violência policial militar em Porto Alegre no início do século xxiRusso, Maurício Bastos January 2005 (has links)
Resumo não disponível.
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O beneficiamento do couro e seus agentes na capitania de Pernambuco (1710-1760)Moura, Alex Silva de 28 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-08-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Foi na tentativa de melhor compreender as dinâmicas de outros produtos na complexa capitania de Pernambuco que este trabalho se propôs a aprofundar questões sobre o beneficiamento, produção e o comércio dos couros. O objetivo desta investigação foi identificar os principais comerciantes de couro do Recife, suas estratégias de atuação e as rotas de circulação desta mercadoria na capitania de Pernambuco. Com a finalidade de demonstrar a importância do beneficiamento coureiro para o comércio e como indicativo da complexa dinâmica mercantil colonial. Vimos como, progressivamente, ao longo da primeira metade do século XVIII, essa atividade na Capitania de Pernambuco foi se fortalecendo. Os comerciantes, envolvidos no beneficiamento coureiro, buscaram controlar o contrato do subsídio das carnes para potencializar a produção de seus curtumes. Igualmente utilizaram-se do privilégio de construção de fábricas de atanados. Por meio da ocupação de espaços de poder, como as câmaras de vereadores, foi possível obliterar a ação de grupos rivais e controlar o comércio dos couros na Capitania de Pernambuco. O envolvimento no beneficiamento coureiro serviu como alternativa de inversão lucrativa dos capitais auferidos na capitania de Pernambuco. Para descrever a organização do beneficiamento coureiro, quantificação da produção e comércio do couro utilizamos os documentos avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino, os códices do Arquivo Histórico Ultramarino, a coleção do Conde dos Arcos, Documentos Históricos da Biblioteca Nacional relativos a Pernambuco e os Anais Pernambucano de Pereira da Costa. Metodologicamente, este trabalho se insere na linha de análise de trajetórias. Foram escolhidos indivíduos como exemplos para descrever o perfil do universo de curtidores.
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Som e fúria : uma etnografia da produção e consumo da música pelos jovens no centro histórico de João Pessoa/PBPontual, Rafael Rodrigues 26 April 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-12T12:34:08Z
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Previous issue date: 2013-04-26 / Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais ; Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho é um estudo etnográfico sobre a produção e o consumo da música pelos jovens
no centro histórico de João Pessoa/PB. A pesquisa tem como objeto as experiências concretas
dos mesmos em alguns espaços na cidade que permitem o consumo e a produção cultural, e o
lazer. Busca-se compreender como os sujeitos constroem e exercem seus estilos de vida
através da música e da sonoridade em geral, emitida tanto pelo humano quanto pelo nãohumano.
O recorte recai, mais especificamente, no contexto de alguns espaços públicos do
centro histórico que passaram por processos de gentrification (enobrecimento) através da
“revitalização” no sentido de preservar os bens patrimoniais inseridos, e de dar novas
dinâmicas socioculturais ao lugar, estas transformações atraíram grupos estrangeiros ávidos
por consumir e produzir cultura, e que contrapõem aos grupos que historicamente ocupam
aquele espaço. O foco da análise realizada são os eventos culturais realizados nestes espaços,
principalmente o “chorinho”, que acontece na mancha (MAGNANI, 2002) de lazer da Praça
Rio Branco. Neste evento, vários jovens e grupos estão presentes com as suas mais diversas
performances e percepções musicais, e formas de vivenciar o lazer. Entre os grupos se
destacam os “sambistas e/ou chorões”, os “roqueiros” e os que eu chamo de “parahybas”.
Existe também uma diferenciação e uma desigualdade em termos de classe social, entre
grupos de classe média e grupos populares. As experiências vividas pelos jovens através da
música no centro histórico de João Pessoa possibilitam tanto momentos sociabilidades quanto
situações de conflitos, que de maneira igual agem no sentido de criar nos jovens um
sentimento comum de pertencimento àquele lugar e a um grupo etário, apesar das diferenças.
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Ativismo judicial e federalismo fiscal : o comportamento do supremo tribunal federalVictor de Queiroz Barbosa, Leon 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A forma federativa de Estado ensejou uma série de teorias sobre a organização, dentro de um
mesmo território, de pelo menos duas esferas de governo. Dentro dessas teorias, algumas mais
específicas se dedicaram ao estudo fiscal e às relações intergovernamentais procurando mostrar
que o grande problema dessas relações é a questão do equilíbrio fiscal e orçamentário entre os
níveis de poder. Os estudos sobre o federalismo fiscal brasileiro evidenciaram uma forte disputa
entre os membros federativos tanto numa perspectiva horizontal quando vertical. Os dados
mostraram que o equilíbrio está nos mecanismos de equalização fiscal e transferência vertical.
Estudos empíricos sobre o Brasil mostraram que esses mecanismos falham, fazendo com que
cada Estado procure resolver de forma isolada seu problema de desequilíbrio fiscal. Esse
comportamento ensejou um conflito intergovernamental (conflito federativo) perante a Suprema
Corte brasileira. Neste trabalho analiso o comportamento do Supremo Tribunal Federal com base
nas teorias sobre judicialização da política e ativismo judicial, mostrando com apoio de
estatística descritiva como age a mais alta Corte Judicial do país em relação aos litígios
envolvendo os Estados entre si, e entre eles e a União. A hipótese principal é a de que o STF
procura não interferir, utilizando uma estratégia de não se envolver no conflito. A hipótese
secundária é a de que esse comportamento do Supremo é mais evidente nas causas em que a
União é ré (conflito federativo vertical), do que no conflito onde as partes são os Estadosmembros
(conflito horizontal)
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Conflitos socioambientais e participação social no Complexo Industrial Portuário de Suape, PernambucoSILVEIRA, Karla Augusta 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A discussão sobre conflitos socioambientais vem sendo uma questão chave para a
compreensão das diversas contradições existentes no atual modelo de desenvolvimento
global ancorado predominantemente no modo de produção capitalista. É nessa perspectiva
de estudo e reflexão que este trabalho trilha seus esforços na compreensão da temática dos
conflitos socioambientais aproximando a questão ambiental das ciências sociais. O trabalho
desenvolveu-se com base no conceito de Acselrad (1995) sobre conflito socioambiental.
Entende-se o conflito socioambiental como sendo um conflito social em torno do modo de
apropriação e uso dos elementos da natureza envolvendo relações de poder onde os
sujeitos envolvidos constroem uma dimensão ambiental para suas lutas. O Complexo
Industrial Portuário de Suape (CIPS) em Pernambuco, como referencial empírico, é um
exemplo relevante desta temática que surge na história do país entre as mais claras
evidências da abordagem que considera o meio ambiente como simples externalidade do
cálculo econômico. A partir desse tema foi possível demonstrar a influência dos valores
econômicos sobre os conflitos socioambientais em torno do uso e apropriação dos recursos
naturais. Essa dinâmica tem afetado, diretamente, comunidades localizadas no CIPS, a
maioria formada de populações tradicionais de pescadores e agricultores que vivem em
constante ameaça de perda da terra e da identidade cultural. Diante dessa conjuntura, este
estudo teve como objetivo analisar os conflitos socioambientais no espaço do CIPS,
identificando os atores envolvidos e as formas de participação social nesses conflitos. Parte
do pressuposto de que o uso e apropriação privada da terra e dos recursos naturais
interferem nas condições de trabalho e na qualidade de vida de comunidades nativas que
desenvolvem relações metabólicas com a natureza, provocando restrições de direitos e o
aparecimento de conflitos socioambientais. O estudo caracterizou o CIPS nos aspectos
geográfico, histórico e sócio-econômico; mapeou os conflitos socioambientais existentes
com identificação dos atores envolvidos; e identificou as formas de participação social nos
conflitos socioambientais existentes. A metodologia da pesquisa, dentro de um enfoque
dialético, se estruturou na Triangulação de Métodos (MINAYO, 1994) estabelecendo
abordagens qualitativas com enfoque interdisciplinar na análise e discussão dos resultados.
O estudo, de um modo geral, evidenciou que a produção social do espaço possui profundos
rebatimentos nos conflitos socioambientais. Demonstrou também, que a compreensão da
geograficidade dos conflitos socioambientais é importante no estudo desses conflitos, por
ser o espaço geográfico um elemento significativo nas relações conflituosas de apropriação
da natureza que caracterizam o conflito socioambiental. Os conflitos socioambientais
identificados demonstraram a existência de políticas socioambientais que atendem à classe
capitalista e aos ambientalistas conservacionistas , sem atender aos grupos sociais que
mantinham relações metabólicas com a natureza, mas que por conta do desenvolvimento
industrial-portuário, foram expropriados e tiveram seu modo de vida degradado de forma
irreversível. O estudo também apresenta os processos de participação social nos conflitos
socioambientais manifestos, demonstrando que os expropriados e excluídos das políticas
socioambientais vigentes, criaram seus espaços diferenciais mediante organização de
movimentos sociais, manifestando seus desacordos, suas dificuldades, suas revoltas e suas
reivindicações. Destaca-se colocando, também, como os atores envolvidos apresentam-se
como portadores de projetos políticos alternativos de interação com o meio ambiente, onde
a produção social do espaço não venha a servir como meios instrumentais de preservação
do poder político
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Defesa da concorrência em mercados regulados: soluções aos conflitos de competência entre o CADE e as agências reguladorasLeão, Gustavo Ramos Carneiro January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O presente trabalho se propõe a oferecer alternativa de desenho institucional no que toca à defesa da concorrência em mercados regulados. Em decorrência da reforma do Estado, a relação do Poder Público com a economia modificou-se sensivelmente, de maneira que a regulação passou a exercer papel de destaque no cenário contemporâneo. Por outro lado, a defesa da concorrência, instituto até então dedicado à iniciativa privada, começou a ser aplicado aos serviços públicos, agora privatizados. Em muitos momentos, há o choque entre a atuação da autoridade regulatória e a da autoridade de defesa da concorrência, sendo esse o problema enfrentado na pesquisa. A solução apresentada é a caracterização do CADE como entidade regulatória e a conseqüente prevalência de suas decisões frente às das agências reguladoras, ante sua especialidade
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Lutas e resistências nas “terras de preto”: o caso de Santiago do Iguape / Lutas e resistências nas “terras de preto”: o caso de Santiago do IguapeMACHADO, Milena Freitas 31 August 2015 (has links)
Submitted by Rafael Santana (rafael.silvasantana@ufpe.br) on 2017-12-19T18:23:28Z
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Previous issue date: 2015-08-31 / CNPQ / O objetivo desse trabalho é analisar os processos de organização sociopolítica que
decorrem da regularização fundiária na comunidade Quilombola de Santiago do
Iguape, no período de 2010 a 2013. A comunidade de Santiago do Iguape, lócus
dessa pesquisa, traz, na sua trajetória política, toda uma história de luta e resistência
para garantir a preservação do território quilombola e, ao mesmo tempo, luta por um
desenvolvimento que respeite as especificidades enquanto comunidade tradicional.
Atualmente, sofre ameaças no seu território, a exemplo da implantação de um
grande empreendimento na Reserva Extrativista Federal da Baía do Iguape
(RESEX), o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, localizado no entorno da Baía do
Iguape, mais precisamente no município de Maragogipe. Diante desse cenário, as
comunidades tradicionais que vivem no entorno da Baía do Iguape vivenciam
conflitos fundiários e territoriais, que são travados pelos interesses estabelecidos
entre o Estado e o grande capital, em detrimentos dos direitos dos povos e
comunidades tradicionais. O estudo é de caráter etnográfico, o que exigiu uma
imersão na comunidade de Santiago do Iguape durante o período de dois meses, no
qual observei a dinâmica da comunidade e registrei os relatos no diário de campo,
interagi e entrevistei os (as) interlocutores (as), membros das organizações da
comunidade e demais moradores e moradoras de Santiago do Iguape. / The aim of this study is to analyze the socio-political organization of processes
arising from the land regularization in Quilombola community of Santiago do Iguape,
from 2010 to 2013. The community Santiago do Iguape, locus of this research, brings
in his political career, all a history of struggle and resistance to ensure the
preservation of the quilombo territory and at the same time, the struggle for
development that respects the specific characteristics as a traditional community.
Currently, suffer threats in its territory, such as the deployment of a large enterprise in
the Extractive Reserve Federal Bay of Iguape - (RESEX), the Shipyard Cove do
Paraguaçu, located in the vicinity of Iguape Bay, more precisely in the city of
Maragogipe. In this scenario, the traditional communities living around the Bay of
Iguape, experience land and territorial disputes, which are caught by vested interests
between the state and big business, to the detriment of the rights of peoples and
traditional communities. The study is ethnographic, which required an immersion in
Santiago community of Iguape during the period of two months, during which I
observed the dynamics of the community and registered accounts in the diary,
interacted and interviewed them (as) partners (as), members of community
organizations and other residents and residents of Santiago do Iguape.
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