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Análise de conflitos do sistema de concessões florestais no Brasil

Albuquerque, Gabriela Pereira January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2009. / Submitted by Raquel Viana (tempestade_b@hotmail.com) on 2010-03-22T20:27:42Z No. of bitstreams: 1 2009_GabrielaPereiraAlbuquerque.pdf: 5416135 bytes, checksum: 8abe32bd36d53da393f81cb733423764 (MD5) / Approved for entry into archive by Carolina Campos(carolinacamposmaia@gmail.com) on 2010-05-11T13:05:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_GabrielaPereiraAlbuquerque.pdf: 5416135 bytes, checksum: 8abe32bd36d53da393f81cb733423764 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-05-11T13:05:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_GabrielaPereiraAlbuquerque.pdf: 5416135 bytes, checksum: 8abe32bd36d53da393f81cb733423764 (MD5) Previous issue date: 2009 / As políticas públicas, no caso em estudo a criação da Lei n°. 11.284/06, representam uma das maneiras que o poder público emprega para tentar mitigar conflitos sobre o acesso a recursos públicos. O estudo teve a intenção de analisar quais eram/são os principais conflitos relacionados à gestão florestal no Brasil; se os motivos de tais conflitos estavam presentes nos três períodos históricos que serão estudados; quais eram/são os atores sociais envolvidos com a gestão florestal que participaram do processo de discussão das propostas e; se os motivos que justificaram a aprovação da adoção do sistema de concessões florestais caracterizavam motivos reais de conflitos no Brasil. A teoria social em que se baseia este trabalho é a teoria dos processos sociais; os conflitos abordados neste trabalho serão tratados como embates que demandam soluções negociadas para viabilizar a gestão mais harmônica dos recursos em disputa. Tais embates são oriundos da multiplicidade de percepções sobre a forma de uso dos recursos naturais. A arena de interação dos atores no caso em estudo ocorre no âmbito político nacional, pois os atores que estão discutindo a ação política a ser implementada não estão envolvidos diretamente com o uso do recurso ou a execução da regulação, ou seja, não são beneficiários ou executores diretos. Todos os quesitos expostos pela EM Nº. 14/MMA/GM/2005 caracterizavam motivo de conflito enfrentados pelos gestores florestais. A concessão pode ser um instrumento eficaz de uso sustentável do recurso se o poder público for capaz de monitorar e fiscalizar de forma suficiente e eficiente as áreas de concessão. Os principais avanços foram a inclusão da sustentabilidade ambiental, social, cultural e econômica aos princípios da Lei; a participação social crescente e a criação da figura da floresta pública. Com exceção dos agentes de fomento, os demais segmentos descritos estiveram presentes nos três períodos estudados. Não houve mudança significativa de posicionamento entre os atores, o que houve foi seu apoio ao processo a partir do momento em que seus interesses foram contemplados. Não é consenso entre os atores que o sistema de concessões florestais seja capaz de garantir/atenuar os quesitos expostos pela EM Nº. 14/MMA/GM/2005. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Public policies, in this case the creation of the Law n°. 11.284/06, represent one of the ways that the government employs to try to mitigate conflicts over access to public resources. The study had the objective of examining what the main conflicts related to forest management in Brazil are, if the reasons for such conflicts were present in the three historical periods to be studied, who are the social stakeholders involved in forest management which have participated in the discussion process of proposals and if the reasons that legitimated the approval of the forest concession system adoption, characterized real reasons of conflict in Brazil. The conflict concept adopted by this work was described by George Simmel (1973). To the author, conflicts are forms of social interaction which are essential for the organization and construction of the society. Conflicts are essential because it is through them that the stakeholders associate themselves and extinguish their differences, opposite interests and conflicting points of view forming a unit. In this work, the conflict is situated at the idea’s field and the interaction arena is national, because it deals with conflict of interests and ideas concerning the adoption of the forest concession system in Brazil. All items displayed in the EM 14/MMA/GM/2005 characterized cause of conflict faced by forest managers. The concession can be an effective instrument for sustainable use of the resource if the government is able to track and supervise adequately and efficiently the areas of concession. The main progress achieved was the inclusion of environmental, social, cultural and economical sustainability to the principles of the law; the increasing social participation and the creation of the figure of the “public forest”. Except for the fomentation agents, all other segments were present on the three periods studied. There was no significant change of position among the stakeholders, what did happen was their support for the process from the moment that their interests were covered. There is no consensus among stakeholders that the forest concessions system is able to ensure/mitigate the issues exposed by the EM n°. 14/MMA/GM/2005.
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A cidade no rio : conflitos socioambientais na área estuarina do rio Capibaribe, Pernambuco, Brasil

Mendonça, Emmanuele Ribeiro de 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-05T12:28:45Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) erm.pdf: 3655954 bytes, checksum: 46ec8888f127bc432682c2312d3da415 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-05T12:28:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) erm.pdf: 3655954 bytes, checksum: 46ec8888f127bc432682c2312d3da415 (MD5) Previous issue date: 2012 / DAAD / A presente pesquisa pondera em torno da temática dos conflitos socioambientais. Esses conflitos são explicados por Martinez-Alier (2011) como lutas desempenhadas quando o ônus de determinada atividade danosa ao ambiente é direcionado aos pobres, que protestam e resistem. Nas áreas estuarinas urbanas se processam diversos conflitos socioambientais, dentre eles, estão os que envolvem o acesso e uso da água. Estes se manifestam numa dinâmica complexa, que implica num conjunto de relações sociais, como de classe e gênero. O objetivo deste trabalho é, portanto, analisar os processos que condicionam os conflitos socioambientais em torno da água na área estuarina do rio Capibaribe, na cidade do Recife, Estado de Pernambuco, Brasil. O estuário do rio Capibaribe é totalmente inserido na cidade do Recife, uma metrópole, sujeitando-se aos processos de degradação ambiental da urbanização brasileira. Isto afeta prioritariamente as populações de baixa renda que ocupam os manguezais na cidade, construindo seus territórios de vivência. As comunidades Caranguejo e Tabaiares são exemplos disto, uma vez que convivem desde meados do século XX com a precariedade do saneamento básico. Assim, essas comunidades compõem o referencial empírico deste trabalho. Para a realização da análise, foi realizada uma abordagem qualitativa de pesquisa, permeada pela interdisciplinaridade. Em vista disso, a pesquisa foi desenvolvida segundo a estratégia da Triangulação de Métodos, que permitiu a combinação de diversas técnicas de coleta e tratamento dos dados. Deste modo, foi analisado o contexto histórico e geográfico da área onde se processam os conflitos relacionados ao acesso e uso da água, bem como a identificação dos atores sociais, dos agentes naturais e do tipo de conflito (Latente ou Manifesto). Neste processo foi percebido que esses conflitos estavam encadeados a outros, numa rede complexa. Essa descoberta coloca em evidência o caráter dialético dos conflitos socioambientais, da mesma forma a dinâmica territorial na cidade capitalista. Isto foi possível mediante o enfoque dialético e politizador da análise, tendo em vista a totalidade dos fenômenos. A pesquisa revelou também aspectos importantes da dimensão das relações sociais de gênero nesses conflitos, tema que, até o momento, tem sido pouco desenvolvido no Brasil. A mulher tem destaque na dinâmica desses conflitos socioambientais, visto que a água é sua ferramenta de trabalho. Assim sendo, ela é atingida pela precariedade do saneamento básico de modo peculiar.
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Monumento Natural dos Pontões Capixabas : identidade pomerana na luta por direitos e território

Spamer, Helmar 12 May 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2017. / Submitted by Gabriela Lima (gabrieladaduch@gmail.com) on 2017-12-05T10:47:25Z No. of bitstreams: 1 2017_HelmarSpamer.pdf: 2397616 bytes, checksum: 0cc7752b8ee71c487eda90b11390eb02 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-01-24T11:34:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_HelmarSpamer.pdf: 2397616 bytes, checksum: 0cc7752b8ee71c487eda90b11390eb02 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-24T11:34:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_HelmarSpamer.pdf: 2397616 bytes, checksum: 0cc7752b8ee71c487eda90b11390eb02 (MD5) Previous issue date: 2018-01-24 / No ano de 2002 foi criado o Parque Nacional dos Pontões Capixabas nos municípios de Pancas e Águia Branca, noroeste do estado do Espírito Santo. Segundo o Sistema Nacional das Unidades de Conservação (SNUC), a categoria de Parque Nacional pertence ao grupo das áreas de preservação ambiental de proteção integral, não admite a presença humana e atividades de produção em seu interior. Desse modo, a criação do parque nos pontões capixabas implicaria na desapropriação de diversas famílias que residem na região, gerando um conflito socioambiental. A partir do risco iminente da perda das terras, ocorreu uma mobilização e organização por parte da comunidade pomerana local e esse processo de afirmação identitária e luta pelo território resultou no surgimento da Associação Pomerana de Pancas (APOP), na inserção dessa instituição na Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, no reconhecimento do Povo Pomerano na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) e na recategorização da referida Unidade de Conservação de Parque Nacional para Monumento Natural que, apesar de também classificar-se como uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, permite a presença de propriedades particulares em seu interior, garantindo, assim, a permanência da comunidade pomerana de Pancas em seu território tradicional. Contudo, devido a divergências de interesses entre o governo federal e a comunidade local, o Monumento Natural dos Pontões Capixabas não foi totalmente regulamentado e o processo encontra-se paralizado, ainda não foram criados o plano de manejo e nem o conselho gestor da unidade. Em outra direção, além do conflito com o Estado, os pomeranos enfrentam situações de divergências internas quanto às formas de organização do Povo Tradicional Pomerano no Brasil e por ocupação de espaços de representação na esfera política. Diante desse contexto, esse estudo discute a lógica operante de implementação e gestão de Unidades de Conservação no país que, por vezes, negligencia os direitos e inviabiliza os modos de viver, saberes e práticas dos povos e comunidades tradicionais, gerando situações de conflito e injustiças socioambientais. Sob a perspectiva da pesquisa-ação, esse estudo pressupõe um maior envolvimento do pesquisador no contexto estudado, desenvolvendo ações de intervenção e, por consequência, promove-se uma análise dessa inserção. Como pomerano pertencente à comunidade que protagoniza essa pesquisa, atuante na Associação Pomerana de Pancas e membro do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), pretendo desenvolver reflexões sobre os conflitos internos e identitários surgidos na história recente do Povo Pomerano a partir da apropriação da categoria de Povo Tradicional. / In 2002 the National Park of Pontões Capixabas was created in the municipalities of Pancas and Águia Branca, in the northwestern part of the state of Espírito Santo. According to the National System of Conservation Units (SNUC), the category of National Park belongs to the group of environmental protection areas of integral protection, it does not admit human presence and production activities within it. Thus, the creation of the park in the Pontões Capixabas would imply the expropriation of several families residing in the region, generating a socio-environmental conflict. From the imminent risk of loss of land, a mobilization and organization by the local Pomeranian community occurred and this process of identity affirmation and struggle for territory resulted in the emergence of the Pomeranian Association of Pancas (APOP), in the insertion of this institution in the National Commission Sustainable Development of Traditional Peoples and Communities, recognition of the Pomeranian People in the National Policy for the Sustainable Development of Traditional Peoples and Communities (PNPCT) and the reclassification of the National Park Conservation Unit for Natural Monument, which, although classified As a Conservation Unit of Integral Protection, allows the presence of private properties in its interior, thus guaranteeing the permanence of the Pomeranian community of Pancas in its traditional territory. However, due to divergences of interest between the federal government and the local community, the Pontões Capixabas Natural Monument has not been totally regulated and the process is paralyzed, the management plan and the unit management council have not yet been created. In another direction, in addition to the conflict with the state, Pomeranians face situations of internal divergence regarding the forms of organization of the Pomeranian Traditional People in Brazil and occupation of spaces of representation in the political sphere. Given this context, this study discusses the operative logic of implementation and management of Conservation Units in the country that sometimes neglects the rights and makes the traditional ways of living, knowledge and practices unfeasible, generating situations of conflict and injustice Socio-environmental. From the perspective of action research, this study presupposes a greater involvement of the researcher in the studied context, developing intervention actions and, consequently, an analysis of this insertion is promoted. As a Pomeranian belonging to the community that is the protagonist of this research, working in the Pomeranian Association of Pancas and member of the National Council of Traditional Peoples and Communities (CNPCT), I intend to develop reflections on the internal conflicts and identities that arose in the recent history of the Pomeranian People from the appropriation Of the category of Traditional People. / RESUM: Im Jår 2002 wur dai Nationalpark Pontões Capixabas in de Gemaind Pancas und Águia Branca, im Nordwest fon dai Staad Espirito Santo gründet. Nå dem national erhulungsystem höirt dai kategori fon dem Nationalpark tau dem Grup fon dem umwildschuts mit integral protektion, wou al meischlig ümgåen un produktionsaktiviteite forbåre sin. Sicherlig, mit dai schafung fon dem Park Pontões Capixabas, müste feel familche wat in dai region woonte, up anderer stele hentreeke. Weegen dai gefår an dat land forspeelen, hät ain mobilisijrung un organisation anfånge mit dai lokal Pomersich Gemeindschaft üm dai identiteitsbeståung un kampf üm dem Territorium, dun is uk dai Pomerisch Association fon Pancas (APOP) gründet woure. Doir dai insertion fon dai Institution in dai National Komission fon dai Nåhulig Uunerstütsung fon dai Traditionale Folker un Gemaindschafte, an dai ankeenung fon dai Pomerische Lüür in dai National Politik an dai Nåhulig Uunerstütsung for dai Traditionale Folker un Gemaidnschafte (PNPCT). Dai nijg kategorisijrung an dai Naturschutsheit fon dem Nationalpark is Naturmonument nent woure, trotsdem is dai uk klassifikijrt woure as ain Stel mit Integral Schutsheit un Protektion, wou uk erlaubt wäir dat dai pomerische lüür eer wirschaft wijre drijwe küüne, wäir uk garantijrt dat dai pomerisch gemaindschaft fon Pancas in dem traditionale territorium woone küne. Doch, weegen dem uunerscheid oiwer dai interesse tüschen dem federal regirung mit dai lokal gemaindschaft is dai Naturmonument fon Pontões Capixabas ni regulamentijrt woure un dai process is bet hüüt nog paralisijrt, dår is uk nog ni dai bedijnungsplån un dai amtråt måkt woure. In aine anderer richtung, oiwer dem konflikt mit de Staad, daue dai pomerer forschijdene situatione mitmåke, oiwerhaupt in dai organisationsform fon dem Traditional Pomerisch Folk im Brasil taum amtstele besijten un foirståen in dai politisch representation. In deisem kontext, besriwt deis leirforschung dai logik un operativ implementation un Schutserhulung in dem land, wou manchmål, dat echt gerecht an dai leewentsmour, un waitenschaft, un al måken fon dai traditionale folker, in konfliktsituatione koome mit dai ümwildsungerechtigkeite. Dai perspektiv mit dai aktionsforschung, oiwernimt de forscher mit groud un stark inlåten mit dem leirkontext, wou dai aktione doir dai interventione desenvolwijrt ware koine, doir konsekwens, enstäit ain analys mit dem insats. Dai Pomer wat tauhöirt an dai gemaindschaft wat deis forshung protagonisijrt, is uk air foirståe in dai Pomerisch Association fon Pancas, mitglijd in dem Nationalråd fon dai Traditionale Folker un Gemaindschafte (CNPCT), wou reflextione måkt ware oiwer identiteit un interkonflikte wat upkoome sin doir frisch geschite mit dem Pomerische Folk un apropriation fon dai kategori as Traditional Folk.
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Populações tradicionais e conflitos socioambientais no cerrado : o caso do complexo de unidades de conservação de Terra Ronca-GO

Trindade, Hiran de Gusmão 31 March 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-08-08T20:23:29Z No. of bitstreams: 1 2016_HirandeGusmãoTrindade.pdf: 4841573 bytes, checksum: 04b2b0f17fa3edb181f4107e6442dbd0 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2017-04-03T15:05:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_HirandeGusmãoTrindade.pdf: 4841573 bytes, checksum: 04b2b0f17fa3edb181f4107e6442dbd0 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-03T15:05:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_HirandeGusmãoTrindade.pdf: 4841573 bytes, checksum: 04b2b0f17fa3edb181f4107e6442dbd0 (MD5) / O Cerrado é um dos cinco biomas brasileiros, formado por ecossistemas de savanas, matas, campos e matas de galeria que ocorrem na região central do Brasil, ocupando aproximadamente 21% do território do país. Considerado a savana mais rica do mundo, o Cerrado é um dos hotspots mundiais. É também espaço de vida e de trabalho para inúmeras comunidades indígenas, remanescentes de quilombo e diversas outras populações tradicionais que historicamente ocupam as paisagens desse bioma, tendo a ele se adaptado ecologicamente. Os sistemas produtivos dessas populações tradicionais se caracterizam, em geral, pela combinação entre atividades agrícolas, a criação de animais (especialmente gado) e o extrativismo de espécies nativas - atividades que juntas integram o que é chamado agroextrativismo. Para essas populações, é vital a conservação tanto dos recursos naturais, como também de seus territórios sociais, necessários à sua reprodução física, social e cultural. No Brasil, uma das estratégias para garantir a conservação da sociobiodiversidade e a reapropriação de áreas historicamente ocupadas, sob a perspectiva de seu uso comum e sustentável, tem sido a criação de Unidades de Conservação (UCs). Entretanto, tal estratégia nem sempre é eficaz. O presente trabalho aborda a criação de duas Unidades de Conservação contíguas, uma de proteção integral e outra de uso sustentável, na região de Terra Ronca, um dos últimos remanescentes de Cerrado no estado de Goíás. Não obstante a importância ambiental da região, a criação dessas duas UCs confinou a população local entre elas, deflagrando o conflito socioambiental que é focalizado neste estudo. Os dados foram levantados por meio de pesquisa qualitativa descritiva, em chave antropológica, através de observação direta e de entrevistas semiestruturadas. Os resultados sugerem que a criação dessas UCs gerou impacto direto sobre os sistemas produtivos dos habitantes locais e apontam para lições sobre o ordenamento territorial para fins de conservação e suas interfaces com o agroextrativismo, no contexto específico do Cerrado. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Cerrado is one of five Brazilian biomes, consisting of savanna ecosystems, forests, fields and gallery forests that occur in the central region of Brazil, occupying approximately 21% of the country's territory. Considered the richest savanna in the world, Cerrado is one of the world's hotspots. It is also homeland for many indigenous communities, quilombo and several other traditional peoples that historically occupy the landscapes of this biome to which they have adapted ecologically. The production systems of these traditional peoples are characterized generally by the combination of agricultural, livestock (especially cattle) and the extraction of native species - activities that integrate what is called agroextractivism. For these peoples, conservation of natural resources and their social territories is vital since both are necessary for their physical, social and cultural reproduction. In Brazil, the creation of Conservation Units (CU’s) has been one of the strategies used to ensure the conservation of sociobiodiversity and the reappropriation of areas historically occupied by common and sustainable use. However, this strategy is not always effective. This study discusses the creation of two contiguous protected areas, a full protection CU and a sustainable use CU in the region of Terra Ronca, one of the last remnants of Cerrado in the state of Goias. Despite the environmental importance of the region, the creation of these two protected areas confined to the local population between them, triggering the environmental conflict that is focused on this study. The data were collected by descriptive qualitative research in anthropological key, through direct observation and semi-structured interviews. The results suggest that the creation of these protected areas has generated a direct impact on the productive systems of the locals and point to lessons on land use planning for conservation and their interfaces with agroextractivism in the specific context of Cerrado.
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Eletroestratégias como mecanismos de acumulação por espoliação : conflitos socioambientais nas bacias dos rios Ivaí e Piquiri / Electro strategies as accumulation by dispossession mechanisms : social-environmental conflicts in the basins of rivers Ivaí and Piquiri / Electroestrategias como mecanismos de acumulación por desposesión : conflictos socioambientaless en las cuencas de los ríos Ivaí y Piquiri

Albuquerque, Ralph de Medeiros 04 May 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-02-18T12:33:23Z No. of bitstreams: 1 2015_RalphdeMedeirosAlbuquerque.pdf: 7660054 bytes, checksum: b7f5257ff7cecb50fb9b85d1fd5bfe29 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-02-18T19:10:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_RalphdeMedeirosAlbuquerque.pdf: 7660054 bytes, checksum: b7f5257ff7cecb50fb9b85d1fd5bfe29 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-18T19:10:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_RalphdeMedeirosAlbuquerque.pdf: 7660054 bytes, checksum: b7f5257ff7cecb50fb9b85d1fd5bfe29 (MD5) / O setor elétrico brasileiro tem utilizado diversas estratégias para lograr vantagens nos mais diversos campos: políticos, ideológicos, financeiros e econômicos. Estas vantagens consistem nas chamadas eletroestratégias. Essas vão desde narrativas de sustentatiblidade, passando por alterações nas regulamentações, incluindo flexibilizações nas legislações ambientais, até a negação e/ou retirada de direitos de atores sociais historicamente invisibilizados, sempre visando obter vantagens e incentivos públicos para o setor nos processos de financeirização e acumulação capitalista. Uma das dimensões utilizadas pelas eletroestratégias para obter vantagens e demonstrar virtuosismo ambiental tem sido a apropriação da noção de sustentabilidade. O setor arrogou para si essa noção e, apesar de práticas altamente predatórias, tem difundido o discurso de que produz energia limpa, barata e sustentável. A partir de uma visão crítica das eletroestratégias, esta dissertação investiga e analisa os conflitos socioambientais relacionados aos empreendimentos hidrelétricos nas bacias dos rios Ivaí e Piquiri, no Estado do Paraná. Metodologicamente a perpectiva dos conflitos abordadas foi da etnografia dos conflitos objetivando dar ênfase aos conflitos na área de estudo, sem contudo, invisibilizar os atores envolvidos nesses processos. O que se verifica é que as eletroestratégias, a acumulação por espoliação e os conflitos socioambientais têm andado juntos, estes últimos em razão das injustiças sociais e ambientais impostas às populações do campo (camponeses, agricultores familiares, pescadores, assentados de reforma agrária, povos indígenas, quilombolas, etc). Esta realidade de conflitos e de disputas organiza atores, sendo a “ambientalização” uma estratégia utilizada pelos diversos atores, como forma real de justificar práticas ou meramente como táticas discursivas. / The Brazilian electricity sector has used severalstrategies to achieve advantages in manyfields: political, ideological, financial and economic. These advantages consists in the electroestrategies. These embracefrom sustainabilitynarratives, through changes in industry regulations, including flexibilities in environmental laws, to the denial and/or withdrawal of social actors rights historically invisible, always aiming to obtain advantages and public incentives for the sector in the financialization process and capitalist accumulation. One of the dimensions used by electroestrategiesto earnbenefits and to demonstrate environmental virtuosity has been the appropriation of the concept of sustainability. The sector arrogated to themself this notion and, although highly predatory, has spread the discourse that produces clean, cheap and sustainable energy. From a critical view of electroestrategies, this paper investigates and analyzes the environmental conflicts related to hydroelectric projects in the basins of Ivaí and Piquiri rivers, in the state of Paraná. Methodologically the prospect of conflicts addressed was the ethnography of conflicts aiming to emphasize the conflicts in the study area, without, however, invisible-the actors involved in these processes. What is happening is that the electroestrategies, accumulation by dispossession and environmental conflicts have been advancing together, in function of the social and environmental injustices imposed on rural populations (peasants, farmers, fishermen, agrarian reform settlers, indigenous peoples, “quilomolas”, etc.). This reality of conflicts and disputes organizes actors, and the "greening" has been usedby many actors as a strategy, like a real way to justify practices or merely as discursive tactics. / El sector industrial de energía en Brasil se ha utilizado de diversas estrategias para lograr ventajas en diversos ámbitos: políticos, ideológicos, económicos y financieros. Estas ventajas consisten en las llamadas electroestrategias. Estos van desde las narrativas de sostenibilidad, a través de cambios en las regulaciones de la industria, incluyendo la flexibilidad en la legislación ambiental, pasando a la negación y/o retirada de los derechos de los actores sociales históricamente invisibles, siempre con el objetivo de obtener ventajas y incentivos públicos para el sector en el proceso de financiarización y de la acumulación capitalista. Una de las dimensiones utilizadas por las electro estrategias para lograr beneficios y demonstrar el virtuosismo del medio ambiente ha sido la apropiación del concepto de sostenibilidad. El sector viene apropriandose de esta idea y, aunque altamente depredador, se ha ampliadoel discurso de que produce energía limpia, barata y sostenible. Desde un punto de vista crítico del electro estrategias, este trabajo investiga y analiza los conflictos ambientales relacionados con los proyectos hidroeléctricos en las cuencas de los ríos Ivaí y Piquiri, en el estado de Paraná. Metodológicamente la perspectiva de los conflictos abordados fue la etnografía de conflictos con el objetivo de destacar los conflictos en el área de estudio, sin invisible a los actores involucrados en estos procesos. Lo que está sucediendo es que las electro estrategias, la acumulación por desposesión y los conflictos ambientales han caminandojuntos, este último debido a las injusticias sociales y ambientales impuestas a la población rural (campesinos, agricultores, pescadores, pobladores de la reforma agraria, los pueblos indígenas, “quilombolas”, etc.). Esta realidad de los conflictos y disputas organiza actores, y el "reverdecimiento" es una estrategia utilizada por muchos actores como forma real de justificar prácticas o tácticas meramente discursivas.
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O que o homem proíbe na Terra, Deus traz pelo mar: conhecimento, conflito e mito na Vila da Barra do Superagüi

Schiocchet, Leonardo Augusto 04 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2005. / Submitted by Alexandre Marinho Pimenta (alexmpsin@hotmail.com) on 2009-10-26T12:18:51Z No. of bitstreams: 1 LEONARDO AUGUSTO SCHIOCCHET O Que o Homem Proíbe na Terra, Deus Traz Pelo Mar.pdf: 3502966 bytes, checksum: 1a22234899e3e20a0ea9c7add125a3a3 (MD5) / Approved for entry into archive by Gomes Neide(nagomes2005@gmail.com) on 2010-10-05T14:17:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 LEONARDO AUGUSTO SCHIOCCHET O Que o Homem Proíbe na Terra, Deus Traz Pelo Mar.pdf: 3502966 bytes, checksum: 1a22234899e3e20a0ea9c7add125a3a3 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-10-05T14:17:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LEONARDO AUGUSTO SCHIOCCHET O Que o Homem Proíbe na Terra, Deus Traz Pelo Mar.pdf: 3502966 bytes, checksum: 1a22234899e3e20a0ea9c7add125a3a3 (MD5) Previous issue date: 2005-04 / "Nativos" e "ambientalistas", de acordo com uma terminologia aceita com algumas considerações por ambos os grupos, são os termos englobantes que abrangem os principais atores sociais da vila da "Barra do Superagüi". Meu objetivo central nesta dissertação é portanto "re-apresentar" (Latour 2004) a forma como ambos os grupos constróem seu conhecimento sobre aquilo que definem como Natureza, sobre si mesmos e sobre os principais outros aos quais definem; para que, com isso, possa re-apresentar então um panorama sobre o conflito sócio-ambiental na vila - tendo como estratégia discursiva justamente o contraste e o embate entre ao dois modelos de conhecimento distintos que emergem da minha apresentação inicial -, para finalmente concluir com algumas considerações teórico-antropológicas sobre os atores, o conflito sócio-ambiental na Barra do Superagüi, e sobre os modelos analíticos antropológicos para lidar com o tema.
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Às margens da UHE Corumbá IV, Goiás, Brasil : desafios antropológicos entre redes, enclaves, cosmografias e moralidades

Assis, Luís Guilherme Resende de January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Departamento de Antropologia, 2007. / Submitted by Patrícia Nunes da Silva (patricia@bce.unb.br) on 2011-04-20T21:03:05Z No. of bitstreams: 1 2007_LuisGuilhermeResendeAssis.pdf: 2275442 bytes, checksum: d8376c806912ad02a2383fa538e056dd (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2011-04-25T19:52:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_LuisGuilhermeResendeAssis.pdf: 2275442 bytes, checksum: d8376c806912ad02a2383fa538e056dd (MD5) / Made available in DSpace on 2011-04-25T19:52:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_LuisGuilhermeResendeAssis.pdf: 2275442 bytes, checksum: d8376c806912ad02a2383fa538e056dd (MD5) / Esta dissertação trata e, ao mesmo tempo, resulta da relação do conhecimento antropológico com procedimentos Tecnoburocráticos que intentam prever, medir, mitigar e/ou compensar impactos socioculturais e econômicos de usinas hidrelétricas. Esses procedimentos são aqui tomados como arenas concretas de disputa de significados, direitos e deveres acerca dos custos e benefícios das barragens e reservatórios, concentrando-se, a maioria deles, no processo de licenciamento ambiental, no qual o antropólogo, em maior ou menor grau e com oscilante eficácia política, é chamado a atuar. O trajeto argumentativo que desenvolvo envolve a problematização dos conceitos de impactos e atingidos, resultantes, no mais das vezes, de disputas e decisões que ocorrem em locais onde os próprios impactados ou atingidos não participam ou o fazem deficientemente. À luz do licenciamento da UHE Corumbá IV, em Goiás, demonstro que há algumas estratégias estandardizadas mas sutis de exclusão moral das populações deslocadas ou às margens do reservatório, estampadas nas práticas dos atores que se relacionam no processo. A exclusão, operada sistematicamente ou em face da invisibilidade mesma das demandas, tomadas em seu aspecto moral, conduzem a um movimento em que os passivos socioculturais e econômicos são jogados para a “fase de operação” dos projetos de grande escala, naturalizando impactos e tornando ainda mais difícil seu dimensionamento. Argumento que as sutilezas dos padrões de exclusão moral são melhor captáveis por formas particulares de ver, ouvir e escrever consubstanciadas no ofício do antropólogo engajado em tal tarefa, pleiteando o exercício da prática etnográfica em todas as etapas do licenciamento ambiental. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation deals with, and at the same time is the result of, the relationship between anthropological knowledge and techno-bureaucratic practices that seek to identify, measure, mitigate and/or compensate the sociocultural and economic impacts of hydroelectrical dams. These practices are understood here as concrete arenas of dispute over meanings, rights and duties concerning the costs and benefits of dams and reservoirs, most of which are involved in the process of environmental licensing, where the anthropologist, to a greater or lesser degree and with shifting political efficacy, is called to act professionally. The argumentative trajectory that develop propose here involves the questioning of concepts such as impacts and impacted people [atingidos], which, in most cases, are the result of disputes and decisions that occur in places that are not easily accessed by the atingidos. Through an analysis of the environmental licensing of the Corumbá IV Dam, in the state of Goiás, I show that there are some standardized, yet subtle, strategies of moral exclusion of the populations displaced by dams or at their margins, strategies that reveal themselves in the practices of actors involved in the process. The exclusion, wheter intentional or a result of the invisibility of the demands themselves, particularly those of a moral order, produces a situation in which sociocultural and economic damages are only dealt with in the ‘operational phase’, of the large scale projects, thereby naturalizing impacts and making it ever more difficult to evaluate them. I argue that the subtleties of the patterns of exclusion are better understood by the particular ways of seeing, listening and writing embodied in the practice of the anthropologist engaged in the task, requiring the exercise of the ethnographic practice in all stages of environmental licensing processes.
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Conflitos socioambientais e participação social no Complexo Industrial Portuário de Suape, Pernambuco

SILVEIRA, Karla Augusta 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T16:30:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo801_1.pdf: 3680766 bytes, checksum: a374f37694b21e2c1a153427ebc7bde6 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A discussão sobre conflitos socioambientais vem sendo uma questão chave para a compreensão das diversas contradições existentes no atual modelo de desenvolvimento global ancorado predominantemente no modo de produção capitalista. É nessa perspectiva de estudo e reflexão que este trabalho trilha seus esforços na compreensão da temática dos conflitos socioambientais aproximando a questão ambiental das ciências sociais. O trabalho desenvolveu-se com base no conceito de Acselrad (1995) sobre conflito socioambiental. Entende-se o conflito socioambiental como sendo um conflito social em torno do modo de apropriação e uso dos elementos da natureza envolvendo relações de poder onde os sujeitos envolvidos constroem uma dimensão ambiental para suas lutas. O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS) em Pernambuco, como referencial empírico, é um exemplo relevante desta temática que surge na história do país entre as mais claras evidências da abordagem que considera o meio ambiente como simples externalidade do cálculo econômico. A partir desse tema foi possível demonstrar a influência dos valores econômicos sobre os conflitos socioambientais em torno do uso e apropriação dos recursos naturais. Essa dinâmica tem afetado, diretamente, comunidades localizadas no CIPS, a maioria formada de populações tradicionais de pescadores e agricultores que vivem em constante ameaça de perda da terra e da identidade cultural. Diante dessa conjuntura, este estudo teve como objetivo analisar os conflitos socioambientais no espaço do CIPS, identificando os atores envolvidos e as formas de participação social nesses conflitos. Parte do pressuposto de que o uso e apropriação privada da terra e dos recursos naturais interferem nas condições de trabalho e na qualidade de vida de comunidades nativas que desenvolvem relações metabólicas com a natureza, provocando restrições de direitos e o aparecimento de conflitos socioambientais. O estudo caracterizou o CIPS nos aspectos geográfico, histórico e sócio-econômico; mapeou os conflitos socioambientais existentes com identificação dos atores envolvidos; e identificou as formas de participação social nos conflitos socioambientais existentes. A metodologia da pesquisa, dentro de um enfoque dialético, se estruturou na Triangulação de Métodos (MINAYO, 1994) estabelecendo abordagens qualitativas com enfoque interdisciplinar na análise e discussão dos resultados. O estudo, de um modo geral, evidenciou que a produção social do espaço possui profundos rebatimentos nos conflitos socioambientais. Demonstrou também, que a compreensão da geograficidade dos conflitos socioambientais é importante no estudo desses conflitos, por ser o espaço geográfico um elemento significativo nas relações conflituosas de apropriação da natureza que caracterizam o conflito socioambiental. Os conflitos socioambientais identificados demonstraram a existência de políticas socioambientais que atendem à classe capitalista e aos ambientalistas conservacionistas , sem atender aos grupos sociais que mantinham relações metabólicas com a natureza, mas que por conta do desenvolvimento industrial-portuário, foram expropriados e tiveram seu modo de vida degradado de forma irreversível. O estudo também apresenta os processos de participação social nos conflitos socioambientais manifestos, demonstrando que os expropriados e excluídos das políticas socioambientais vigentes, criaram seus espaços diferenciais mediante organização de movimentos sociais, manifestando seus desacordos, suas dificuldades, suas revoltas e suas reivindicações. Destaca-se colocando, também, como os atores envolvidos apresentam-se como portadores de projetos políticos alternativos de interação com o meio ambiente, onde a produção social do espaço não venha a servir como meios instrumentais de preservação do poder político
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Narrativas de resistência : ensinamentos do caso Guarani e Kaiowá para uma educação ambiental intercultural

Zaks, Ana Júlia Barros Farias 07 April 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-07-05T13:05:35Z No. of bitstreams: 1 2017_AnaJúliaBarrosFariasZaks.pdf: 2598234 bytes, checksum: b799167b5525d3a929df005a316fdccb (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva (patricia@bce.unb.br) on 2017-07-09T12:52:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_AnaJúliaBarrosFariasZaks.pdf: 2598234 bytes, checksum: b799167b5525d3a929df005a316fdccb (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-09T12:52:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_AnaJúliaBarrosFariasZaks.pdf: 2598234 bytes, checksum: b799167b5525d3a929df005a316fdccb (MD5) Previous issue date: 2017-07-09 / Esta pesquisa tem por objetivo analisar o conflito territorial e socioambiental que afeta o povo Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul, buscando identificar seu potencial pedagógico para informar práticas de Educação Ambiental pautadas por reflexões, abordagens, orientações metodológicas e opções epistêmicas interculturais. A dimensão empírica será informada pelas narrativas dos indígenas Guarani e Kaiowá, que ao elucidarem o conflito ao qual estão submetidos, expressam uma cosmologia mais inclusiva na qual a agência não é prerrogativa exclusiva do humano. Tomando a narrativa dos Kaiowá como ponto de partida, explicitamos os tensionamentos entre a racionalidade instrumental (o modelo hegemônico de desenvolvimento) que desencadeia processos de etnocídio e ecocídio e a cosmologia comunicada pelos Kaiowá, na qual a natureza é uma alteridade (um sujeito, um parente). Assim, no primeiro movimento da dissertação apresentamos o conflito territorial e socioambiental que afeta os Guarani e Kaiowá e seus efeitos sobre a integridade física e a produção material e simbólica desse povo. Em seguida apresentamos a complexidade desse conflito, evidenciando como os problemas socioambientais contemporâneos, que conformam a crise ecológica e civilizacional em escala global, materializam-se, ganham vida e expressam uma cultura de morte em escala local. Em um terceiro movimento, buscamos demonstrar que é possível potencializar a dimensão política e renovar a abordagem epistêmica da educação ambiental, partindo-se do estudo de um caso emblemático no qual as externalidades e as contradições do desenvolvimento capitalista assumem proporções desumanas. A partir de uma abordagem decolonial, defenderemos duas perspectivas: a pertinência de experiências educativas socioambientais empiricamente fundamentadas, isto é, o estudo sistemático de conflitos territoriais e socioambientais, que explicitem a relação entre o progresso moderno e a crise ecológica; bem como, a necessidade de se acionar, para além dos fundamentos da Educação e da crítica socioambiental, conhecimentos outros, como a sabedoria Guarani e Kaiowá, que comunicam outros mundos possíveis e relações sociedade/natureza baseadas na cooperação e na reciprocidade, convertendo a Educação Ambiental em uma Educação Ambiental Intercultural. Assim, vislumbramos possibilidades revisitação das bases teóricas e metodológicas do campo da Educação Ambiental. / This study analisys the territorial and socio-environmental conflicts affecting the Guarani and the Kaiowá indigenous people from Mato Grosso do Sul, Brazil, seeking to identify potential lessons to derive Environmental Education practices based on intercultural reflextions, approaches, methodolgies and epistemic options. The empiric dimension of this research dealt with the Guarani and the Kaiowá indigenous people narratives about the conflicts they are involved involved in. Their narratives expressed a more inclusive cosmology in which the agency is not exclusively a human prerrogative. Taking into consideration the Guarani and the Kaiwá indigenous people narratives, this study stresses the tensions between the instrumental racionality (the hegemonic model of development), which triggers ethnocide and ecocide processes, and the Guarani and the Kaiwá cosmology, in which expresses and recognises otherness in nature (implying that nature is also a being, a relative). In this way, in the first part of the dissertation we introduce the territorial and socio-environmental conflicts that affect the Guarani and the Kaiwá indigenous people and the impact they bear upon their physical integrity, and their symbolic and material production. Subsequently, we introduce this conflict’s complexity showing how today’s socio-environmental problems, that constitute the ecological and civilizational crisis in a global scale, come to life expressing a death culture in a local scale. In the third part of the dissertation we seek to show that it is possible to potentialise the political dimention and update the environmental education epistemic approach through a study of an emblematic case in which the capitalist development’s externatilities and contraditions take unhuman proportions. From a decolonial standpoint, we defend two perspectives. First, the relevance of socioenvironmental educational experiences based on empiric studies. That is, the systematic study of territorial and socio-environmental conflicts that brings to surface the relationship between the western notion of progress and ecologic crisis. Second, the need to embrace other kinds of knowledge (such as the Kaiowá wisdom, that transmit other possible worlds and society/nature relationships based on cooperation and reciprocity) beyond the fundamentals of Education and socio-environmental critics, rendering Environmental Education an Intercultural Environmental education. In this way, we see possibilities to revisit the Environmental Education’s theoretical and methodological foundations.
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A terra (vivida) em movimento : nomeação de lugares e a luta Mẽtyktire-Mẽbêngôkre (Kayapó)

Oliveira, Ester de Souza 29 September 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-02-26T16:45:10Z No. of bitstreams: 1 2017_EsterdeSouzaOliveira.pdf: 5958345 bytes, checksum: 029006f342376b9347df75f20a15ce3b (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-02-26T20:54:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_EsterdeSouzaOliveira.pdf: 5958345 bytes, checksum: 029006f342376b9347df75f20a15ce3b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-26T20:54:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_EsterdeSouzaOliveira.pdf: 5958345 bytes, checksum: 029006f342376b9347df75f20a15ce3b (MD5) Previous issue date: 2018-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). / Os Mẽtyktire são um grupo Mẽbêngôkre (Kayapó), um povo falante de língua da família Jê, do tronco linguístico Macro-Jê. Essa pesquisa foi proposta junto a população da Terra Indígena Capoto/Jarina, em Mato Grosso, e pretende se desdobrar na aldeia Kapôt. Além de dar nome à aldeia, este termo significa “cerrado” e se refere também à uma rede de lugares nomeados – considerada o centro do território Mẽkrãgnõtire pelo menos desde o século XX. A partir das narrativas toponímicas do ancião Iobal, busco compreender a dinâmica de intensa mobilidade e de nomeação de lugares que marcaram o período pré-contato, observando as relações que se são com e na terra tal como é vivida. A partir do período pós-contato, retomo o processo de remoções, resistência e luta pela garantia da terra, que se desdobra até os dias de hoje. Pretendo assim refletir – de maneira alguma de forma conclusiva – a respeito das transformações que se deram na vivência mẽtyktire da terra. / The Mẽtyktire are a Mẽbêngôkre (Kayapó) group, speakers of a Jê language of the Macro-Jê linguistic family. The following thesis was proposed to the population of Terra Indígena Capoto/Jarina, of Mato Grosso state, and takes place at the village Kapôt. Other than serving as the name of the village, Kapôt also means “savana” and refers to a network of named places – considered the center of Mẽkrãgnõtire land at least since the 20th century. Using the toponymic narratives of the elder Iobal, I seek to understand the dynamic of intense mobility and place naming that characterized the pre-contact period, observing their relations with and through the land as it is experienced. I then analyze the process of removals, resistance, and struggle over land from the post-contact period to present-time. I wish to reflect on the transformations of the Mẽtyktire experience with land.

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