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Suplementação com carboidratos durante treinamento intensivo aumenta as concentrações de lipídios intramiocelulares e reduz os marcadores de lesão tecidual em corredores competitivos: interação hormonal e metabólica / Carbohydrate supplementation during training intensive increases the concentrations of lipids and intramyocellular reduces markers tissue injury in competitive runners: interaction hormonal and metabolic

Maysa Vieira de Sousa 29 November 2010 (has links)
O presente estudo objetivou avaliar os efeitos de um microciclo de treinamento intensivo (8 dias), associado ou não à suplementação com carboidratos (CHO), sobre parâmetros metabólicos, hormonais, marcadores de lesão tecidual e estoques de lipídios intramiocelulares em corredores de longa distância. Os efeitos cumulativos desse período de treinamento intensivo e da suplementação com CHO também foram analisados sobre uma sessão de exercício intermitente de alta intensidade e performance atlética (9º dia). Participaram do estudo 24 corredores de longa distância do sexo masculino com 28,0±1,3 anos de idade. Os corredores foram distribuídos em dois grupos (grupo CHO ou grupo controle - CON). No grupo CHO, após treinamento intensivo, foram aumentadas as concentrações dos lipídios intramiocelulares (+0,0061±0,0022 e +0,0008±0,0043 vs. CON: -0,0091±0,0053 e -0,0224±0,0151; dos músculos tibial anterior e sóleo, respectivamente), da testosterona total (694,0±54,6 ng/dL vs. CON: 610,8±47,9 ng/dL) e de sua fração livre (552,7±49,2 pmol/L vs. CON: 395,7±36,6 pmol/L). No 9º dia o protocolo consistiu em uma sessão de 10 séries de 800m (100%Vm3km), com pausa de 1min 30s entre as séries. Antes e após a sessão os atletas realizaram teste máximo de 1.000m. A queda no desempenho do 2º teste de 1.000m foi menor no grupo CHO (5,3±1,0%) vs. 10,7±1,3% no CON. As concentrações de glicose, lactato, epinefrina, cortisol e GH aumentaram após as 10x800m em ambos os grupos. No entanto, essa resposta foi atenuada no grupo CHO para cortisol (22,4±0,9 pmol/L vs. CON: 27,6±1,4 pmol/L) e GH (21,8±5,6 ng/mL vs. CON: 36,7±5,0 ng/mL). Ainda após as 10x800m, as concentrações de LDH e DNA livre foram menores no grupo CHO (509,2±23,1 U/L e 48.240,3±5.431,8 alelos/mL) quando comparadas às do grupo CON (643,3±32,9 U/L e 73.751,8±11.546,6 alelos/ mL, respectivamente). Durante o período de recuperação, a diminuição do cortisol, associada às maiores glicemias e insulinemias no grupo CHO, pode ter resultado em efeito anabólico e atenuação da resposta inflamatória. Conclui-se que a suplementação com CHO atenuou a supressão do eixo hipotalâmico-pituitáriogonadal, além de promover melhora do desempenho atlético, aumento dos estoques de lipídios intramiocelulares e menores respostas catabólicas e dos marcadores de dano tecidual / This study aimed to evaluate the effects of intensive microcycle training (8days), with and without CHO supplementation, on the metabolic and hormonal responses of long distance runners. Markers for tissue damage and intramyocellular lipid stores were also investigated, along with the cumulative effects of this kind of CHO supplementation on a further session of high intensity intermittent running and athletic performance (day9). The study included 24 male long distance runners with a mean age of 28.0±1.3 years. The runners were divided into two groups (CHO (supplementation) and CON (control)). In the CHO group, the intramyocellular lipids (+0.0061 ± 0.0022 + 0.0008 ± 0.0043 and vs. CON: -0.0091 ± 0.0053 and -0.0224 ± 0.0151; for the tibialis anterior and soleus muscles, respectively) total testosterone (694.0± 54.6 ng/dL vs CON: 610.8±47.9 ng/dL) and its free fraction (552.7±49.2 pmol/L vs CON: 395.7±36.6 pmol/L) were increased after intensive training. On the 9th day all participants ran 10X800m at 100% Vm3km intensity. An all-out 1000m run was performed before and after the 10X800m session and it was noted that the performance decrease for the second 1000m was lower for the CHO-group (5.3±1.0% vs. CON: 10.6±1.3%). Glucose, lactate, epinephrine, cortisol and GH concentrations increased after 10x800m in both groups, but an attenuated response was noted for the CHO group for cortisol (22.4±0.9 pmol/L vs. CON: 27.6±1.4 pmol/L) and GH (21.8±5.6 ng/mL vs. CON: 36.7± 5.0 ng/mL). Moreover, the LDH and free plasma DNA concentrations were lower in the CHO group (509,2±23,1 U/L e 48.240,3±5.431,8 Allels/mL) compared to the CON group ((643,3±32,9 U/L e 73.751,8±11.546,6 Allels / mL, respectively) after the 10X800m run. During the recovery period, the observed lower cortisol response in the CHO group as well as to the higher glucose and insulin concentrations may have resulted in better anabolic effects and attenuation of inflammantion response. This may be linked to. In conclusion CHO supplementation attenuates the suppression of the hypothalamic-pituitary-gonodal axis, and result in better physical performance, higher levels of intramyocellular lipid stores, and lower catabolic responses and levels of markers for tissue damage
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Suplementação com carboidratos durante treinamento intensivo aumenta as concentrações de lipídios intramiocelulares e reduz os marcadores de lesão tecidual em corredores competitivos: interação hormonal e metabólica / Carbohydrate supplementation during training intensive increases the concentrations of lipids and intramyocellular reduces markers tissue injury in competitive runners: interaction hormonal and metabolic

Sousa, Maysa Vieira de 29 November 2010 (has links)
O presente estudo objetivou avaliar os efeitos de um microciclo de treinamento intensivo (8 dias), associado ou não à suplementação com carboidratos (CHO), sobre parâmetros metabólicos, hormonais, marcadores de lesão tecidual e estoques de lipídios intramiocelulares em corredores de longa distância. Os efeitos cumulativos desse período de treinamento intensivo e da suplementação com CHO também foram analisados sobre uma sessão de exercício intermitente de alta intensidade e performance atlética (9º dia). Participaram do estudo 24 corredores de longa distância do sexo masculino com 28,0±1,3 anos de idade. Os corredores foram distribuídos em dois grupos (grupo CHO ou grupo controle - CON). No grupo CHO, após treinamento intensivo, foram aumentadas as concentrações dos lipídios intramiocelulares (+0,0061±0,0022 e +0,0008±0,0043 vs. CON: -0,0091±0,0053 e -0,0224±0,0151; dos músculos tibial anterior e sóleo, respectivamente), da testosterona total (694,0±54,6 ng/dL vs. CON: 610,8±47,9 ng/dL) e de sua fração livre (552,7±49,2 pmol/L vs. CON: 395,7±36,6 pmol/L). No 9º dia o protocolo consistiu em uma sessão de 10 séries de 800m (100%Vm3km), com pausa de 1min 30s entre as séries. Antes e após a sessão os atletas realizaram teste máximo de 1.000m. A queda no desempenho do 2º teste de 1.000m foi menor no grupo CHO (5,3±1,0%) vs. 10,7±1,3% no CON. As concentrações de glicose, lactato, epinefrina, cortisol e GH aumentaram após as 10x800m em ambos os grupos. No entanto, essa resposta foi atenuada no grupo CHO para cortisol (22,4±0,9 pmol/L vs. CON: 27,6±1,4 pmol/L) e GH (21,8±5,6 ng/mL vs. CON: 36,7±5,0 ng/mL). Ainda após as 10x800m, as concentrações de LDH e DNA livre foram menores no grupo CHO (509,2±23,1 U/L e 48.240,3±5.431,8 alelos/mL) quando comparadas às do grupo CON (643,3±32,9 U/L e 73.751,8±11.546,6 alelos/ mL, respectivamente). Durante o período de recuperação, a diminuição do cortisol, associada às maiores glicemias e insulinemias no grupo CHO, pode ter resultado em efeito anabólico e atenuação da resposta inflamatória. Conclui-se que a suplementação com CHO atenuou a supressão do eixo hipotalâmico-pituitáriogonadal, além de promover melhora do desempenho atlético, aumento dos estoques de lipídios intramiocelulares e menores respostas catabólicas e dos marcadores de dano tecidual / This study aimed to evaluate the effects of intensive microcycle training (8days), with and without CHO supplementation, on the metabolic and hormonal responses of long distance runners. Markers for tissue damage and intramyocellular lipid stores were also investigated, along with the cumulative effects of this kind of CHO supplementation on a further session of high intensity intermittent running and athletic performance (day9). The study included 24 male long distance runners with a mean age of 28.0±1.3 years. The runners were divided into two groups (CHO (supplementation) and CON (control)). In the CHO group, the intramyocellular lipids (+0.0061 ± 0.0022 + 0.0008 ± 0.0043 and vs. CON: -0.0091 ± 0.0053 and -0.0224 ± 0.0151; for the tibialis anterior and soleus muscles, respectively) total testosterone (694.0± 54.6 ng/dL vs CON: 610.8±47.9 ng/dL) and its free fraction (552.7±49.2 pmol/L vs CON: 395.7±36.6 pmol/L) were increased after intensive training. On the 9th day all participants ran 10X800m at 100% Vm3km intensity. An all-out 1000m run was performed before and after the 10X800m session and it was noted that the performance decrease for the second 1000m was lower for the CHO-group (5.3±1.0% vs. CON: 10.6±1.3%). Glucose, lactate, epinephrine, cortisol and GH concentrations increased after 10x800m in both groups, but an attenuated response was noted for the CHO group for cortisol (22.4±0.9 pmol/L vs. CON: 27.6±1.4 pmol/L) and GH (21.8±5.6 ng/mL vs. CON: 36.7± 5.0 ng/mL). Moreover, the LDH and free plasma DNA concentrations were lower in the CHO group (509,2±23,1 U/L e 48.240,3±5.431,8 Allels/mL) compared to the CON group ((643,3±32,9 U/L e 73.751,8±11.546,6 Allels / mL, respectively) after the 10X800m run. During the recovery period, the observed lower cortisol response in the CHO group as well as to the higher glucose and insulin concentrations may have resulted in better anabolic effects and attenuation of inflammantion response. This may be linked to. In conclusion CHO supplementation attenuates the suppression of the hypothalamic-pituitary-gonodal axis, and result in better physical performance, higher levels of intramyocellular lipid stores, and lower catabolic responses and levels of markers for tissue damage
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Prevalência dos sintomas de asma e alergia e avaliação dos mecanismos envolvidos no broncoespasmo induzido pelo exercício em corredores de longa distância / Prevalence of asthmatic and allergic symptoms and mechanism of exercise-induced bronchoconstriction in long distance runners

Teixeira, Renata Nakata 07 May 2014 (has links)
A prevalência de sintomas de asma, broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE), hiperresponsividade brônquica (HRB) e alergia em atletas que praticam modalidades de alto rendimento e longa duração tem aumentado nas últimas décadas e tem sido estudada principalmente em atletas de inverno e nadadores. No entanto, a prevalência de sintomas de asma e alergia e os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE que ocorre em corredores de longa distância permanecem pouco conhecidos. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de sintomas de asma e alergia em corredores de longa distância de elite e investigar os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE nos atletas sem histórico de asma. Casuística e Métodos: Este estudo foi realizado em duas fases: na Fase I, foi avaliada a prevalência de sintomas de asma e alergia em 201 corredores de longa distância, através da aplicação dos questionários ISAAC e AQUA©. Na Fase II, foram avaliados os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE de 40 corredores que não apresentaram sintomas de asma na Fase I e que foram selecionados aleatoriamente. Nesta fase, os atletas compareceram ao laboratório em três momentos, com intervalo máximo de duas semanas entre cada visita, e foram submetidos às seguintes avaliações 1º) escarro induzido e teste cardiopulmonar máximo, 2º) broncoprovocação por metacolina e, 3º) óxido nítrico no ar exalado (FeNO), metabólitos LTE4 e 9alfa, 11beta-PGF2 e teste de hiperventilação eucápnica voluntária (HEV). Resultados: A prevalência de sintomas de asma e alergia foi de 6,5% e 60,5%, respectivamente. Ao analisar as questões do AQUA©, observou-se alta frequência de sintomas de BIE (62,3%) e rinite (56,6%). Os sintomas de alergia não foram associados a variáveis como gênero, idade, experiência em corridas de longa distância, volume de treinamento semanal e desempenho em provas de meia maratona e maratona. Verificou-se ainda que a prevalência de BIE foi de 27,5%. Quando comparados os atletas BIE+ e BIE- não foram observadas diferenças nos valores de VEF1 absoluto, nas medidas antropométricas, nas características de treinamento e também no desempenho. Os atletas BIE+ relataram mais sintomas de alergia (p=0,03), se mostraram mais responsivos à metacolina (p=0,01), apresentaram maior porcentagem de eosinófilos no escarro (p=0,03) e níveis mais elevados de FeNO (p < 0,001*) quando comparados aos atletas BIE-. Os níveis urinários de LTE4 e 9alfa, 11beta-PGF2 basais e após 60 minutos do teste de HEV foram similares entre os grupos BIE+ e BIE-, no entanto, ao comparar os níveis destes mediadores antes e após o teste de HEV, observou-se uma diminuição nos níveis de LTE4, apenas nos atletas BIE- (p=0,04). Conclusões: Corredores de longa distância apresentam elevada prevalência de sintomas de alergia e BIE e baixa prevalência de sintomas de asma. Além disto, os atletas BIE+ referem mais sintomas de alergia, são mais hiperresponsivos à metacolina, apresentam um padrão inflamatório eosinofílico e elevados níveis de FeNO embora sem diferenças nos níveis basais dos metabólitos do mastócito / An increased prevalence of asthma and allergic symptoms, exercise-induced bronchoconstriction (EIB) and bronchial hyperresponsiveness (BHR) has been observed in elite and endurance athletes, especially winter sports athletes and swimmers. However, the occurrence of allergy symptoms and the inflammatory mechanisms involved in the EIB that occurs in long distance runners remains poorly known. Objectives: the aims of the present study were to assess the prevalence of symptoms of asthma and allergy in long distance runners and to investigate possible inflammatory mediators involved in the EIB that occurs in those without asthma history. Methods: This cross sectional study was performed in two phases. In Phase I, the prevalence of symptoms of asthma and allergy was assessed in 201 long distance runners using ISAAC and AQUA© questionnaires. In Phase II, 40 athletes were randomly selected among those who did not present asthma history and they performed the following measurements: induced sputum, cardiopulmonary exercise testing, methacholine bronchoprovocation challenge, exhaled nitric oxide (FeNO), urinary collection to quantify LTE4 and 9alfa, 11beta-PGF2 metabolites and eucapnic voluntary hyperventilation test (EVH). Results: The prevalence of asthma and allergy symptoms was 6.5% and 60.5%, respectively. In addition, we observed a high frequency of EIB symptoms (62.3%) and rhinitis (56.6%). Allergy symptoms were not associated with anthropometric characteristics, running experience, weekly training volume and best half-marathon and marathon performance. The prevalence of EIB was 27.5% and no difference in baseline lung function, anthropometric data as well as training and performance characteristics was observed between athletes with (EIB+) and without (EIB-) EIB. EIB+ athletes reported more allergy symptoms (p=0.03) and were more resposive to methacholine (p=0.01) than EIB- athletes. A higher percentage of eosinophils in the induced sputum (p=0.03) and levels of FeNO (p < 0.001*) were observed in EIB+ athletes. However, there was no difference in the urinary levels of LTE4 and 9alfa, 11beta-PGF2 either at baseline or after EVH test. Conclusions: Long distance runners have a high prevalence of allergy symptoms and EIB and a low prevalence of asthma symptoms. Moreover, EIB+ athletes report more symptoms of allergy and present airway hyperresponsiveness, eosinophilic inflammation and increased levels of exhaled nitric oxide, without difference in the baseline levels of mast cell metabolites
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Prevalência dos sintomas de asma e alergia e avaliação dos mecanismos envolvidos no broncoespasmo induzido pelo exercício em corredores de longa distância / Prevalence of asthmatic and allergic symptoms and mechanism of exercise-induced bronchoconstriction in long distance runners

Renata Nakata Teixeira 07 May 2014 (has links)
A prevalência de sintomas de asma, broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE), hiperresponsividade brônquica (HRB) e alergia em atletas que praticam modalidades de alto rendimento e longa duração tem aumentado nas últimas décadas e tem sido estudada principalmente em atletas de inverno e nadadores. No entanto, a prevalência de sintomas de asma e alergia e os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE que ocorre em corredores de longa distância permanecem pouco conhecidos. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de sintomas de asma e alergia em corredores de longa distância de elite e investigar os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE nos atletas sem histórico de asma. Casuística e Métodos: Este estudo foi realizado em duas fases: na Fase I, foi avaliada a prevalência de sintomas de asma e alergia em 201 corredores de longa distância, através da aplicação dos questionários ISAAC e AQUA©. Na Fase II, foram avaliados os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE de 40 corredores que não apresentaram sintomas de asma na Fase I e que foram selecionados aleatoriamente. Nesta fase, os atletas compareceram ao laboratório em três momentos, com intervalo máximo de duas semanas entre cada visita, e foram submetidos às seguintes avaliações 1º) escarro induzido e teste cardiopulmonar máximo, 2º) broncoprovocação por metacolina e, 3º) óxido nítrico no ar exalado (FeNO), metabólitos LTE4 e 9alfa, 11beta-PGF2 e teste de hiperventilação eucápnica voluntária (HEV). Resultados: A prevalência de sintomas de asma e alergia foi de 6,5% e 60,5%, respectivamente. Ao analisar as questões do AQUA©, observou-se alta frequência de sintomas de BIE (62,3%) e rinite (56,6%). Os sintomas de alergia não foram associados a variáveis como gênero, idade, experiência em corridas de longa distância, volume de treinamento semanal e desempenho em provas de meia maratona e maratona. Verificou-se ainda que a prevalência de BIE foi de 27,5%. Quando comparados os atletas BIE+ e BIE- não foram observadas diferenças nos valores de VEF1 absoluto, nas medidas antropométricas, nas características de treinamento e também no desempenho. Os atletas BIE+ relataram mais sintomas de alergia (p=0,03), se mostraram mais responsivos à metacolina (p=0,01), apresentaram maior porcentagem de eosinófilos no escarro (p=0,03) e níveis mais elevados de FeNO (p < 0,001*) quando comparados aos atletas BIE-. Os níveis urinários de LTE4 e 9alfa, 11beta-PGF2 basais e após 60 minutos do teste de HEV foram similares entre os grupos BIE+ e BIE-, no entanto, ao comparar os níveis destes mediadores antes e após o teste de HEV, observou-se uma diminuição nos níveis de LTE4, apenas nos atletas BIE- (p=0,04). Conclusões: Corredores de longa distância apresentam elevada prevalência de sintomas de alergia e BIE e baixa prevalência de sintomas de asma. Além disto, os atletas BIE+ referem mais sintomas de alergia, são mais hiperresponsivos à metacolina, apresentam um padrão inflamatório eosinofílico e elevados níveis de FeNO embora sem diferenças nos níveis basais dos metabólitos do mastócito / An increased prevalence of asthma and allergic symptoms, exercise-induced bronchoconstriction (EIB) and bronchial hyperresponsiveness (BHR) has been observed in elite and endurance athletes, especially winter sports athletes and swimmers. However, the occurrence of allergy symptoms and the inflammatory mechanisms involved in the EIB that occurs in long distance runners remains poorly known. Objectives: the aims of the present study were to assess the prevalence of symptoms of asthma and allergy in long distance runners and to investigate possible inflammatory mediators involved in the EIB that occurs in those without asthma history. Methods: This cross sectional study was performed in two phases. In Phase I, the prevalence of symptoms of asthma and allergy was assessed in 201 long distance runners using ISAAC and AQUA© questionnaires. In Phase II, 40 athletes were randomly selected among those who did not present asthma history and they performed the following measurements: induced sputum, cardiopulmonary exercise testing, methacholine bronchoprovocation challenge, exhaled nitric oxide (FeNO), urinary collection to quantify LTE4 and 9alfa, 11beta-PGF2 metabolites and eucapnic voluntary hyperventilation test (EVH). Results: The prevalence of asthma and allergy symptoms was 6.5% and 60.5%, respectively. In addition, we observed a high frequency of EIB symptoms (62.3%) and rhinitis (56.6%). Allergy symptoms were not associated with anthropometric characteristics, running experience, weekly training volume and best half-marathon and marathon performance. The prevalence of EIB was 27.5% and no difference in baseline lung function, anthropometric data as well as training and performance characteristics was observed between athletes with (EIB+) and without (EIB-) EIB. EIB+ athletes reported more allergy symptoms (p=0.03) and were more resposive to methacholine (p=0.01) than EIB- athletes. A higher percentage of eosinophils in the induced sputum (p=0.03) and levels of FeNO (p < 0.001*) were observed in EIB+ athletes. However, there was no difference in the urinary levels of LTE4 and 9alfa, 11beta-PGF2 either at baseline or after EVH test. Conclusions: Long distance runners have a high prevalence of allergy symptoms and EIB and a low prevalence of asthma symptoms. Moreover, EIB+ athletes report more symptoms of allergy and present airway hyperresponsiveness, eosinophilic inflammation and increased levels of exhaled nitric oxide, without difference in the baseline levels of mast cell metabolites

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