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Crescimento pró-pobre nos municípios nordestinos : evidências para o período de 1991 a 2000

GONÇALVES, Michela Barreto Camboim January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:21:52Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo6154_1.pdf: 1821252 bytes, checksum: e735e0f718b77e06faefb846f0e841f3 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A partir dos dados dos Censos Demográficos de 1991 e 2000, este trabalho busca fornecer evidências a respeito da qualidade do crescimento econômico dos municípios nordestinos, no sentido do seu impacto relativo sobre a renda dos mais pobres, ou seja, procura avaliar o quão pró-pobre tem sido o crescimento econômico da região no período recente. Os principais resultados obtidos mostraram que apenas 1,4% dos municípios nordestinos apresentou crescimento pró-pobre no período, indicando que, para esses municípios, a renda dos mais pobres cresceu relativamente mais rapidamente que a renda média da região. Entretanto, 16,9% dos municípios apresentaram crescimento não pró-pobre. Além disso, 10,9% apresentaram crescimento empobrecedor, em que há redução de renda per capita para pelo menos algum p% mais pobre (p=1,...,99). Tais resultados sugerem, sobretudo, que o crescimento econômico no Nordeste apresenta pouca efetividade como um mecanismo de combate à pobreza na região, uma vez que ele impacta relativamente menos na renda dos mais pobres. As evidências obtidas também indicam que a localização no semi-árido e o acesso à infra-estrutura aumentam a probabilidade de o município reduzir sua desigualdade através do crescimento econômico. Esses resultados são consistentes com o menor progresso na redução da pobreza nos maiores centros urbanos da região e do país, e além disso, sugerem que, em certo sentido, a exploração de atividades que utilizam dotações de recursos locais pode ter papel importante na elevação da renda dos mais pobres
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O papel da oferta de trabalho no comportamento dos retornos à educação no Brasil.

Alexandre Augusto Seijas de Andrade 13 November 2003 (has links)
A proporção de trabalhadores com ensino médio cresceu bastante nas duas últimas décadas. Já a proporção de trabalhadores com ensino superior está estagnada desde o início da década de 80. Simultaneamente, os prêmios salariais pelo ensino superior vêm aumentando para trabalhadores de todas as idades. No presente estudo, busca-se uma relação causal entre os prêmios salariais e a evolução das ofertas de trabalho. Utiliza-se um modelo teórico em que a função de produção depende apenas do fator trabalho. A estimação compreende dois estágios, em que no primeiro encontra-se uma estimativa para a elasticidade de substituição entre grupos de idade. No segundo estágio, recupera-se novamente a elasticidade de substituição entre grupos de idade, mas encontra-se também um valor para a elasticidade de substituição entre grupos de qualificação. Os valores para a elasticidade de substituição entre grupos etários encontrados no primeiro estágio foram muito altos, podendo-se considerá-los infinitos. Mesmo controlando as ofertas de trabalho por efeitos de idade, as estimativas encontradas continuaram sendo infinitas. Realizando um procedimento parecido com o de Katz e Murphy (1992), encontrou-se uma elasticidade de substituição entre grupos de qualificação de aproximadamente 1,5.
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O impacto da segregação de gênero nos cursos de graduação sobre o diferencial salarial entre homens e mulheres no Brasil

Galvão, Juliana de Castro 24 August 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2015. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-02-15T13:37:24Z No. of bitstreams: 1 2015_JulianaCastroGalvao.pdf: 1974608 bytes, checksum: 853bd42a8ed182e9bb77ff7054b1b998 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-02-15T19:04:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_JulianaCastroGalvao.pdf: 1974608 bytes, checksum: 853bd42a8ed182e9bb77ff7054b1b998 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-15T19:04:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_JulianaCastroGalvao.pdf: 1974608 bytes, checksum: 853bd42a8ed182e9bb77ff7054b1b998 (MD5) / O presente trabalho tem como objetivo geral analisar os determinantes do diferencial salarial entre homens e mulheres nos diferentes estratos de rendimentos. As mulheres constituem hoje no Brasil a maioria das pessoas com curso de graduação completo e apesar da maioria dos indivíduos ricos terem curso de graduação, as mulheres ainda são minoria nos estratos mais elevados de renda. Dessa forma, nesta pesquisa avalia-se duas hipóteses, a primeira é a de que a educação é uma condição necessária, porém não suficiente para as mulheres pertencerem aos estratos mais elevados de renda. A segunda hipótese é a de que uma parte importante da desigualdade salarial de gênero nos estratos mais elevados pode ser explicada pela segregação entre homens e mulheres nos cursos de graduação. Para testar essas hipóteses utilizou-se um método de decomposição tipo Oaxaca-Blinder a partir de regressões RIF (Recentered Influence Function), proposto por Firpo, Fortin e Lemieux (Firpo, Fortin e Lemieux, 2007), que permite que a decomposição seja efetuada para diferentes quantis da distribuição dos rendimentos. A decomposição foi realizada para os quantis 25, 50, 75, 90 e 99 da distribuição dos rendimentos totais. Foram estimados dois modelos, um para analisar a decomposição do diferencial salarial entre homens e mulheres de 25 a 64 anos e outro modelo para averiguar a decomposição do diferencial salarial apenas entre os indivíduos com curso de graduação completo. Primeiro os modelos foram estimados com os dados do Censo 2010 e, em seguida, computados com dados reponderados do Censo 2010 pelos dados da DIRPF. Os resultados sugerem que a educação é uma condição necessária, mas não suficiente para se pertencer aos estratos mais elevados de renda e que as diferenças em atributos explicam pouco da diferença salarial entre homens e mulheres. No entanto, entre os graduados, a segregação de gênero nos cursos de graduação explica uma parte expressiva do diferencial salarial entre homens e mulheres. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The main goal of the present research is to analyze the determinants of the wage gap between men and women at different income strata. Today women hold the majority of undergraduate diplomas in Brazil. Nevertheless, although most wealthy individuals have undergraduate degrees, women are still a minority in higher income strata. Thus, this research evaluates two hypothesis. The first is that for women to belong to the highest income groups, education is a necessary, but not sufficient condition. The second hypothesis is that an important part of the gender wage inequality among the rich can be explained by gender segregation in higher education. To test this hypothesis we used a Oaxaca-Blinder type decomposition method based in RIF (Recentered Influence Function) regressions, as proposed by Firpo, Fortin and Lemieux (Firpo, Fortin, & Lemieux, 2007). This allows us to perform decompositions for different quantiles of the income distribution. We carried out decompositions for the 25th, 50th, 75th, 90th and 99th quantiles of the distribution of total wages. We estimated two models, one that decomposed the gender wage gap for the entire population between 25 and 64 years old and another to investigate the decomposition of the gender wage gap only among individuals with undergraduate degrees. Initially we estimated the models with the 2010 Census data, and then compared these results with the results from a model based on Census data reweighted by personal income tax declaration data (DIRPF). The results suggest that education is a necessary, but not sufficient condition to belong to higher income levels and differences in skills explain only a small part of the gender wage gap. However, when we restrict our analysis to individuals with undergraduate degrees, gender segregation across fields of study explains a significant part of the gender wage gap.
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A violência social brasileira na obra de Carolina Maria de Jesus / The Brazilian social violence in the work of Carolina Maria de Jesus

Silva, Eliane da Conceição [UNESP] 20 December 2016 (has links)
Submitted by ELIANE DA CONCEIÇÃO SILVA null (sophiapedrop@yahoo.com.br) on 2017-04-26T15:09:28Z No. of bitstreams: 1 Tese.pdf: 1569710 bytes, checksum: db16adb138af0f19413d72c4654d558c (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-04-26T16:58:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 silva_ec_dr_arafcl.pdf: 1569710 bytes, checksum: db16adb138af0f19413d72c4654d558c (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-26T16:58:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 silva_ec_dr_arafcl.pdf: 1569710 bytes, checksum: db16adb138af0f19413d72c4654d558c (MD5) Previous issue date: 2016-12-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O presente trabalho discute a violência social brasileira através de uma análise da obra publicada de Carolina Maria de Jesus (1914-1977). O objetivo é compreender a violência social brasileira a partir da caracterização do imaginário da sociedade brasileira do século XX, que, guardadas as devidas proporções, aparece delineado nos escritos de Carolina Maria de Jesus. Para isso, foram selecionadas apenas as obras publicadas, uma vez que discutimos também nesta pesquisa questões relacionadas à recepção e à edição das obras, fundamentais para a compreensão da escrita de Carolina Maria de Jesus. As obras analisadas foram: Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960), Casa de Alvenaria: diário de uma ex-favelada (1961), Diário de Bitita (1986), Pedaços da fome (1963), Provérbios (1963) e Antologia Pessoal (1996). A partir da análise do seu trabalho, foi possível verificar que, por meio de sua obra literária, a escritora expôs aspectos da violência social brasileira, questionando ou reproduzindo ideias sobre problemas seculares ligados à desigualdade racial, social e de gênero. / This research discusses the Brazilian social violence through an analysis of the published work of Carolina Maria de Jesus (1914-1977). The goal is to understand the Brazilian social violence from the characterization of the imaginary of Brazilian society of twenty century that somehow is present in the writings of Carolina Maria de Jesus. The analysis focused only in the published works, since we also discussed in this research questions related to the reception and edition of the works, which are fundamental for the understanding of the writing of Carolina Maria de Jesus. The works analyzed were: Quarto de despejo: diário de uma favelada (Child of the dark: the diary) published in 1960; Casa de Alvenaria: diário de uma ex-favelada (I’m going to have a little house: the second diary of Carolina Maria de Jesus) published in 1961; Diário de Bitita (Bittita's Diary: the childhood Memoirs of Carolina Maria de Jesus) published in 1986 and also Pedaços da fome (1963), Provérbios (1963) and Antologia Pessoal (1996). Based on the analysis of her work, it was possible to verify that, through her literary work, the writer exposed aspects of Brazilian social violence, questioning or reproducing ideas about the secular problems related to racial, social and gender inequality.
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Institutions, inequality, and long-term development: a perspective from Brazilian regions / Instituições, desigualdade e desenvolvimento de longo prazo: uma perspectiva a partir de regiões brasileiras

Funari, Pedro Paulo Pereira 19 September 2014 (has links)
In this paper, we present evidence on the relationship between inequality and long-term development using data on different Brazilian regions. A new framework of analysis is provided in the sense that our empirical approach is developed within a constant de jure institutional environment - Brazil - accounting for possible differences in the de facto institutional environments (Brazilian regions) rooted in distinct colonial experiences within the same national territory. New inequality indicators are constructed from scratch for Brazilian municipalities in 1920 (using the Census of 1920, which, surprisingly, had thus far been ignored for such purposes). We find no significant relationship between economic (land) inequality (proxied by the Land Gini) and political concentration (proxied by the percentage of eligible voters) for Brazilian municipalities in the early twentieth century. And although our econometric analysis indicates a positive robust relationship between economic inequality and long-term development indicators for Southeastern states (São Paulo, the center of coffee production in the nineteenth and twentieth centuries and a state with a large influx of European immigrants, which became the most dynamic Brazilian region; and Minas Gerais, the gold cycle region, shaped also by cattle-farming and coffee production), we find no relationship for Pernambuco, a state in the Northeast region representative of the old agrarian structure of colonial sugar plantations; and a positive and robust relationship for Rio Grande do Sul, a Southern state with a colonial experience more similar to that of the United States and Canada. We found no evidence of a robust relationship between the percentage of eligible voters and long-term development, a surprising result in light of the results provided in development literature, but likely consistent with a politically captured system with very low levels of enfranchisement. These results are shown to hold even when controlling for proxies for structural changes that happened in this time span, namely: urbanization, industrialization, and immigration. Moreover, land inequality in 1920 is at most weakly related to contemporaneous income inequality for Minas Gerais and São Paulo, but significant for Pernambuco and Rio Grande do Sul. In other words, evidence suggests that the positive effects of inequality are associated to a particular structural organization at a specific time, in contrast to a more structural inequality, which, as exemplified by the cases of Pernambuco and Rio Grande do Sul, would have negative or no significant effects on long-term development. Finally, we find no robust relationship between the overall land Gini and long-term economic development. These results highlight the importance of the study of historical and social elements in their respective context, as the results are consistent with the picture of a rural Brazil dominated by agrarian elites within a complex institutional environment. / Este estudo apresenta novas evidências sobre a relação entre desigualdade e desenvolvimento de longo prazo a partir de dados de diferentes regiões brasileiras. A análise é realizada a partir de uma original estratégia de identificação: trabalhamos dentro de um ambiente institucional de jure constante - o Brasil - permitindo possíveis efeitos heterogêneos a partir de ambientes institucionais de facto (estados brasileiros) diferentes, resultantes de diferentes experiências coloniais. Novos indicadores de desigualdade são construídos a partir de dados primários para os municípios brasileiros em 1920 (usamos o Censo de 1920, que não foi sistematicamente utilizado para tais propósitos): o índice de Gini da distribuição de terras (entre donos de terras e considerando toda a população) e a porcentagem de potenciais eleitores. Primeiro, não encontramos uma relação significativa entre a desigualdade da distribuição de terras e a relativa concentração política para os municípios considerados no início do século XX. Segundo, e, de certo modo, surpreendente, encontramos, através de exercícios econométricos, relações entre desigualdade e desenvolvimento no longo-prazo particulares para cada conjunto de observações: (i) uma relação positiva entre desigualdade da distribuição de terras e desenvolvimento para os estados da região Sudeste, São Paulo (o centro da produção cafeeira nos séculos XIX e XX que recebeu um forte fluxo de imigrantes e que se tornou o estado brasileiro mais dinâmico) e Minas Gerais (estado particularmente influenciado pelo ciclo do ouro, moldado também pela atividade de criação e produção de café); (ii) uma ausência de relação significativa entre os indicadores de desigualdade no início do século XX e desenvolvimento contemporâneo para o estado de Pernambuco (estado da região Nordeste, representativo da antiga estrutura colonial de produção de açúcar); e (iii) uma relação negativa entre desigualdade e desenvolvimento para o Rio Grande do Sul (estado da região Sul, com colonização mais associada a países da América do Norte). Terceiro, não encontramos uma relação estatisticamente robusta entre nosso indicador de concentração política e desenvolvimento no longo-prazo. O que seria um resultado possivelmente contra-intuitivo à luz da literatura internacional, é provavelmente consistente com um sistema político capturado e níveis bastante baixos de acesso ao voto. Os resultados acima são mantidos mesmo após controlarmos para proxies de mudanças estruturais ocorridas no período, entre elas: urbanização, industrialização e imigração. Além desses resultados, apresentamos evidência de que a desigualdade da distribuição da terra em 1920 é, no máximo, fracamente relacionada à desigualdade contemporânea para Minas Gerais e São Paulo, enquanto é significante para o Rio Grande do Sul e Pernambuco. Em outras palavras, nossas evidências sugerem que os efeitos positivos da desigualdade no início do século estão associados a uma particular organização em um período histórico específico, em contraste com uma desigualdade mais estrutural, exemplificada pelos casos de Pernambuco e Rio Grande do Sul, no qual os efeitos da desigualdade são negativos ou insignificantes no desenvolvimento de longo prazo. Finalmente, não encontramos uma relação estatisticamente robusta entre o índice de Gini da distribuição de terras considerando toda a população e o desenvolvimento das regiões consideradas. Estes resultados ressaltam a importância do estudo de elementos históricos no seu respectivo contexto, uma vez que são consistentes com um Brasil rural dominado por elites agrárias em um complexo ambiente institucional.
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Análise da incidência de tuberculose em três municípios brasileiros e o Distrito Federal na perspectiva dos fatores climáticos e sociais / Analysis of the incidence of tuberculosis in three brazilian municipalities and Federal District from the perspective of climatic and social factors / Análisis de la incidencia de la tuberculosis en tres municipios brasileños y Distrito Federal en la perspectiva de los factores climáticos y sociales

Fernandes, Fernanda Monteiro de Castro 27 July 2018 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2018. / Indicadores de tuberculose (TB) no Brasil mostram disparidades entre as capitais brasileiras e a literatura mostra que fatores ambientais e sociais têm influencia na carga da doença. Objetivou-se analisar a incidência da tuberculose em três municípios brasileiros e o Distrito Federal na perspectiva de fatores climáticos e sociais, entre 2003 a 2014. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, realizado com 131.576 casos novos de tuberculose registrados no Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Utilizados dados ambientais (Worldclim e Shuttle Radar Topographic Mission; INMET e IBRAN) e socioeconômicos (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; CODEPLAN). Identificou-se maior incidência de tuberculose em homens com adoecimento no inverno (27,2%), a TB acometeu mais menores de 15 anos, no outono (28,6%). Jovens e adultos (15 a 64 anos) tiveram incremento de TB no inverno (44,3%) e em maiores de 64 anos, outono (27,1%). O adoecimento de TB no Distrito Federal (DF) predominou quando a radiação ultravioleta foi superior a 17MJ m² (67,8%) p=˂0,001; umidade relativa do ar entre 31,0 e 69,0% (95,8% dos casos) p=˂0,00; menos de 12 horas de luz solar diária (40,6%) p= 0,001 e temperatura entre 20ºC e 23ºC (72,4%), p= ˂0,001. A queda dos níveis de poluição no DF entre 2003 a 2012 foi de 15,2%, sendo que a fumaça, caiu 31,9% em Taguatinga, e em Sobradinho, as partículas foram menores em 13,1% e a fumaça, 19,3%, coincidindo com a diminuição dos coeficientes de incidência de TB no período. Também, observou-se maior incidência de TB na região central a sudoeste do DF (50 à ≥100 casos/100.000hab.), sendo que condições ambientais como a velocidade do vento e altitude apresentaram associação com a TB nas análises bivariada e multivariada, e a precipitação na multivariada. Adicionalmente, fatores socioeconômicos influenciaram no incremento da TB em domicílios com baixo acesso à rede de abastecimento de água, esgoto e na população analfabeta (análise bivariada), e também, nas áreas com maior densidade populacional e acesso a água potável (análise multivariada). Nos municípios de Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro (RJ) e o Distrito Federal, identificaram-se indicadores ambientais relacionados com TB (análise univariada), sendo a velocidade do vento (4,6 a 5,8 vezes maior) e pressão do vapor (4,6 a 5,4 vezes) os maiores riscos para o adoecimento de TB em comparação com o DF (p<0,001). O maior risco de adoecer por TB em Recife associou-se à variáveis sociais: “presença de banheiro” (153 vezes); ausência de “saneamento básico” (33 vezes); “coleta de lixo” (49,7 vezes) e falta de “água potável” (28 vezes) na comparação com o DF. Na análise multivariada, ao comparar dados ambientais e sociais do DF e Rio de Janeiro, o RJ apresentou maior número de variáveis associadas à TB, dentre eles a precipitação (p=0,002), radiação (p=0,020) e vapor de água (p=0,055), bem como foram fatores de proteção, a temperatura (p=0,003) e a velocidade do vento (p=0,033) um risco de 1,4 e 3,6 vezes maior, respectivamente. Presença de banheiro e água potável evidenciaram fator de proteção para o não adoecimento por TB (p<0,001) no Recife e Rio de Janeiro, e ausência de tratamento de esgoto no RJ apresentou risco de 13,5 vezes maior para adoecer dessa enfermidade (p<0,001), na comparação com o DF. Enfim, a incidência de TB nos três grandes municípios e o DF foi afetada por condições sociais e ambientais, mostrando a influência destes aspectos na variação da carga de TB nas diversas áreas do país, o que oportuniza orientações preventivas na vigilância para controle da doença em grandes aglomerados urbanos, além de subsidiar gestores nas políticas de urbanização e no planejamento ambiental das cidades. / Indicators of tuberculosis (TB) in Brazil show disparities between Brazilian capitals and the literature shows that environmental and social factors influence the burden of the disease. The objective of this study was to analyze the incidence of tuberculosis in three Brazilian municipalities and Federal District from the perspective of climatic and social factors between 2003 and 2014. This is an ecological, descriptive study carried out with 131,576 new cases of Tuberculosis of the Tuberculosis Control Program. Environmental data (Worldclim and Shuttle Radar Topographic Mission; INMET and IBRAN) and socioeconomic data (Brazilian Institute of Geography and Statistics, CODEPLAN) were used. In chapter I, a higher incidence of tuberculosis was identified in men with illness in winter (27.2%), the most frequent was in children under 15 years of age, in autumn (28.6%). Young people and adults (15 to 64 years) had an increase in tuberculosis in winter (44.3%) and over 64 years, autumn (27.1%). TB disease in the Federal District (DF) predominated when ultraviolet radiation exceeded 17MJ m² (67.8%) p = ˂0.001; relative air humidity between 31.0 and 69.0% (95.8% of the cases) p = 0.000; less than 12 hours of daily sunlight (40.6%), p = 0.001 and temperature between 20ºC and 23ºC (72.4%), p = 0.000. The fall in pollution levels in the Federal District between 2003 and 2012 was 15.2%, and smoke, 31.9% in Taguatinga, as well as in Sobradinho, the particles were lower in 13.1% and smoke, 19.3%, coinciding with the incidence of tuberculosis in the same period. In Chapter II, there was a higher incidence of tuberculosis in the central region south-west of the Federal District (50 to ≥100 cases / 100,000 inhab.). Environmental conditions such as wind speed and altitude were associated with tuberculosis in multi and bivariate analyzes; and multivariate precipitation. In the socioeconomic factors, there was an increase in tuberculosis in households with low access to the water, sewage and illiterate population (bivariate analysis), as well as in areas with higher population density and access to drinking water (multivariate analysis). The environmental indicators, wind velocity (4.6 to 5.8 times) and vapor pressure (4.6 to 5.8) were identified in the univariate analysis in the municipalities of Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro and Federal District. 5.4 times) the highest risks for illness in municipalities (p <0.001). Presence of bathroom and drinking water showed a protection factor for non-TB disease (p <0.001) in Recife and Rio de Janeiro, and lack of sewage treatment in RJ presented a risk of 13.5 times greater to get sick of this disease (p <0.001). Finally, the incidence of TB in the three large municipalities and the Federal District was affected by social and environmental conditions, showing the influence of these aspects on the variation of the burden of TB in the different areas of the country, which provides preventive guidance in surveillance for disease control in large urban agglomerations, besides subsidizing managers in urbanization policies and in the environmental planning of these cities. / Indicadores de tuberculosis (TB) en Brasil muestran disparidades entre las capitales brasileñas y la literatura muestra que factores ambientales y sociales tienen influencia en la carga de la enfermedad. Se objetivó analizar la incidencia de la tuberculosis en tres municipios brasileños y Distrito Federal en la perspectiva de factores climáticos y sociales, entre 2003 y 2014. Se trata de un estudio ecológico, descriptivo, realizado con 131.576 casos nuevos de tuberculosis del Programa de Control de la Tuberculosis. Se utilizaron datos ambientales (Worldclim y Shuttle Radar Topographic Mission, INMET e IBRAN) y socioeconómicos (Instituto Brasileño de Geografía y Estadística, CODEPLAN). En el capítulo I se identificó mayor incidencia de tuberculosis en hombres con enfermedad en el invierno (27,2%), la franja más frecuente fue en menores de 15 años, en el otoño (28,6%). Jóvenes y adultos (15 a 64 años) tuvieron incremento de tuberculosis en el invierno (44,3%) y arriba de 64 años, otoño (27,1%). La enfermedad de TB en el Distrito Federal (DF) predominó cuando la radiación ultravioleta fue superior a 17MJ m² (67,8%) p = ˂0,001; humedad relativa del aire entre 31,0 y 69,0% (95,8% de los casos) p = ˂0,00; (menos de 12 horas de luz solar diaria (40,6%) p = 0,001 y temperatura entre 20ºC y 23ºC (72,4%), p = ˂0,001. La caída de los niveles de contaminación en el DF entre 2003 a 2012 fue del 15,2% y el humo, el 31,9% en Taguatinga, así como en Sobradinho, las partículas fueron menores en el 13,1% y el humo, el 19,3%, coincidiendo con la disminución de los coeficientes de incidencia de tuberculosis en el mismo período. En el capítulo II, se observó mayor incidencia de tuberculosis de la región central al suroeste del Distrito Federal (50 a ≥100 casos / 100.000hab.). Las condiciones ambientales como la velocidad del viento y la altitud se asociaron con la tuberculosis en los análisis multi y bivariada; y la precipitación en la multivariada. En los factores socioeconómicos hubo incremento de la tuberculosis en domicilios con bajo acceso a la red de abastecimiento de agua, alcantarillado y en población analfabeta (análisis bivariada), y también en áreas con mayor densidad poblacional y acceso a agua potable (análisis multivariado). En el capítulo III, en los municipios de Recife, Porto Alegre, Río de Janeiro y Distrito Federal, se identificaron en la univariada los indicadores ambientales, velocidad del viento (4,6 a 5,8 veces) y presión del vapor (4,6 a 5,8 veces) 5,4 veces) los mayores riesgos para la enfermedad en los municipios (p <0,001). La presencia de baño y agua potable evidenció un factor de protección para el no enfermar por TB (p <0,001) en Recife y Río de Janeiro, y ausencia de tratamiento de aguas residuales en el RJ presentó riesgo de 13,5 veces mayor para enfermarse de esta enfermedad (p. <0,001). En fin, la incidencia de TB en los tres grandes municipios y el DF fue afectada por condiciones sociales y ambientales, mostrando la influencia de estos aspectos en la variación de la carga de TB en las diversas áreas del país, lo que oportuniza orientaciones preventivas en la vigilancia para control de la enfermedad en grandes aglomerados urbanos, además de subsidiar gestores en las políticas de urbanización y en la planificación ambiental de esas ciudades.
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Ensaios sobre converg??ncia, crescimento econ??mico e desigualdade entre os estados brasileiros

Almeida, Rubiane Daniele Cardoso de 26 February 2018 (has links)
Submitted by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2018-04-05T19:07:10Z No. of bitstreams: 1 RubianeDanieleCardosodeAlmeidaTese2018.pdf: 2952805 bytes, checksum: 4a88fdca452a0b3a9af4375487ae527e (MD5) / Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2018-04-05T19:07:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 RubianeDanieleCardosodeAlmeidaTese2018.pdf: 2952805 bytes, checksum: 4a88fdca452a0b3a9af4375487ae527e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-05T19:07:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RubianeDanieleCardosodeAlmeidaTese2018.pdf: 2952805 bytes, checksum: 4a88fdca452a0b3a9af4375487ae527e (MD5) Previous issue date: 2018-02-26 / This thesis provides a multidimensional view of the convergence for the Brazilian context. The first essay analyzes ??- and ??-convergence of per capita income among Brazilian states in the period from 2001 to 2014. It is important to accentuate that a set of models is estimated in a comparative framework in order to follow the most recent methodology for the dynamic equations. The empirical results indicate the presence of both types of convergence (?? and ??) among the states in the analyzed period. The speed of convergence is greater once the models control for specific factors of each state, ranging from 1.7% in the absolute version to 2.8% in the conditional version, which corroborates the relevance of a conditional convergence process. In addition, there is empirical evidence that current expenditures, financial aid from the federal government through a ???state participation fund??? and fertility negatively affect economic growth in this model. The second essay analyzes the concept of social convergence (?? and ??) among the states for the period from 1990 to 2010, using traditional and spatial econometric techniques for panel data. In most studies, economic growth is typically measured by the growth of the Gross Domestic Product (GDP). Thus, this indicator is often analyzed as a proxy for the social welfare of the inhabitants of a region. However, is economic growth really in line with human development? Does social convergence occur simultaneously to the income convergence? This essay seeks to fill this gap by analyzing convergence of variables that refer to conditions of life and welfare of the population in the context of the Brazilian states. Life expectancy at birth, literacy, mean years of schooling, infant survival rate, fertility rate, crime, GDP per capita and household income per capita are used as indicators here. In the scenario established through social and economic variables, the empirical evidence shows that economic convergence is accompanied by social convergence, with a peculiar behavior of non-murder and fertility rate variables. / Esta tese busca fornecer uma vis??o multidimensional da converg??ncia para o contexto brasileiro. O primeiro ensaio analisa a hip??tese de ?? e ??-converg??ncia de renda per capita entre os estados brasileiros no per??odo de 2001 a 2014. Vale salientar que se estimou um conjunto de modelos, em um quadro comparativo, a fim de seguir a metodologia mais recente em rela????o ??s equa????es din??micas. Os resultados emp??ricos indicam a presen??a de ambos os tipos de converg??ncia (?? e ??) entre os estados no per??odo analisado. A velocidade de converg??ncia ?? maior quando os modelos controlam fatores espec??ficos de cada estado, variando de 1,7% na vers??o absoluta para 2,8% na vers??o condicional, o que corrobora a relev??ncia de um processo de converg??ncia condicional. Al??m disso, h?? evid??ncias emp??ricas de que as despesas correntes, a ajuda financeira do governo federal atrav??s do Fundo de participa????o estadual - FPE e a fertilidade afetam negativamente o crescimento econ??mico neste modelo. O segundo ensaio analisa o conceito de converg??ncia social (?? e ??) entre os estados para o per??odo de 1990 a 2010, utilizando t??cnicas econom??tricas tradicionais e espaciais para dados de painel. Na maioria dos estudos, o crescimento econ??mico ?? tipicamente medido pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Assim, esse indicador ?? muitas vezes analisado como uma proxy para o bem-estar social dos habitantes de uma regi??o. No entanto, o crescimento econ??mico est?? realmente de acordo com o desenvolvimento humano? A converg??ncia social ocorre simultaneamente ?? converg??ncia de renda? Este ensaio procura preencher essa lacuna analisando a converg??ncia de vari??veis que se referem a condi????es de vida e bem-estar da popula????o no contexto dos estados brasileiros. S??o analisados os seguintes indicadores: expectativa de vida ao nascer, alfabetiza????o, anos de estudo, taxa de sobreviv??ncia infantil, taxa de fecundidade, criminalidade, PIB per capita e renda domiciliar per capita. No cen??rio estabelecido atrav??s de vari??veis sociais e econ??micas, a evid??ncia emp??rica mostra que a converg??ncia econ??mica ?? acompanhada pela converg??ncia social, com um comportamento peculiar das vari??veis n??o-homic??dios e taxa de fecundidade.
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Crescimento econômico e desigualdade social : o caso da ex-colônia Caxias - 1875-1910

Stormowski, Marcia Sanocki January 2005 (has links)
Este trabalho analisa o desenvolvimento socioeconômico do município de Caxias do Sul durante os primeiros 35 anos de existência, desde que surgiu como colônia do governo imperial. Ocorreu nessa localidade acelerado incremento das atividades econômicas, surgindo um mercado local, ao mesmo tempo em que Caxias inseria-se no círculo mercantil regional. O período coincide com o momento de constituição do capitalismo no Rio Grande do Sul. A pesquisa revelou que a produção não agrícola de Caxias era essencialmente artesanal até 1910, com unidades produtivas pouco diferenciadas e situadas em grande medida no meio rural. O comércio, não só de bens de consumo como também de terras, proporcionava as melhores oportunidades de enriquecimento. A alternativa de diversificar atividades, comerciais e de subsistência, favoreceu o estabelecimento de milhares de imigrantes, porém, a formação socioeconômica se caracterizou por profundas desigualdades que expulsaram, desde o início da colonização, grande número de imigrantes sem condições de se fixarem na colônia.
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Conexões sociológicas entre questão social e questão criminal : desigualdades, segregação sócio-espacial e delinqüência em Porto Alegre (2000-2003)

Medeiros, Alexandre da Silva January 2004 (has links)
A presente pesquisa tem como propósito objetivar uma análise acerca dos condicionantes objetivos, estruturais e institucionais que determinam a distribuição sócio-espacial de apenados, em Porto Alegre, entre os anos de 2000 e 2003. Desse modo, intenta-se construir uma reflexão sociológica que identifique os fatores que revelam maior influência no condicionamento da probabilidade de envolvimento dos indivíduos com a questão criminal. Nesta pesquisa são abordadas quatro modalidades de crime, a saber: tráfico de entorpecentes (art. 12), homicídio doloso (art. 121), furto qualificado (art.155) e roubo (art. 157). A análise é realizada a partir de uma tipologia sócio-espacial construída para Porto Alegre, em função das categorias sócio-ocupacionais predominantes nos diferentes espaços da cidade. Tal tipologia foi desenvolvida por pesquisadores do Núcleo de Estudo Regionais e Urbanos (NERU/FEE), para o estudo das desigualdades sócio-espaciais na região metropolitana e na capital. A pesquisa se justifica tanto do ponto de vista das políticas públicas de segurança, já que se propõe a fornecer uma visão mais acurada do problema do crime, quanto do ponto de vista teórico-metodológico, por abrir novas perspectivas de análise da questão criminal na cidade.
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Um estudo sobre a desigualdade de acesso a serviços de saúde na Região Sul

Palermo, Patrícia Ullmann January 2005 (has links)
Esse trabalho tem como objetivo verificar a eqüidade horizontal no acesso à saúde na Região Sul do Brasil. Analisou-se dois serviços de saúde em específico: consultas e internações. Para tanto, utilizou-se dados da PNAD98, e aplicou-se o modelo Hurdle Binomial Negativo que se adequa muito bem ao enfoque de agência. Essa técnica de estimação permite a diferenciação do processo de utilização de serviços de saúde em duas fases distintas. Na primeira etapa, estima-se a probabilidade de se estabelecer um primeiro contato. Na segunda, estima-se a incidência (consultas ou internações) decorrentes desse primeiro contato. Os resultados apontam para a existência de um gradiente que favorece a utilização de serviços de saúde para pessoas pertencentes a decis de renda mais altos no caso de consultas. Já no caso de internações, apesar da maior probabilidade de internação dos indivíduos de decis mais altos, o tempo de permanência foi maior entre os mais pobres.

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