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Estado nutricional de crianças: conhecimentos e práticas de educadoras de uma creche / Child nutritional status: knowledge and practice of child educators day-care centerPalombo, Claudia Nery Teixeira 31 August 2005 (has links)
O objetivo do trabalho foi caracterizar as condições de saúde e nutrição das crianças e identificar e analisar os conhecimentos e práticas das educadoras de uma creche quanto à desnutrição e anemia. O estado nutricional foi caracterizado utilizando-se dados antropométricos e de palidez palmar, além de resultados recentes de exames de sangue. Os dados sobre os conhecimentos e práticas das educadoras foram obtidos através de entrevistas gravadas e traanscritas na íntegra, submetidas a análise de conteúdo.Participaram do estudo 149 crianças de 0 a 5 anos; 86,4% freqüentavam a creche por mais de 6 meses; 2/3 pertenciam a famílias com renda per capita <0,5 salário mínimo e 84,9% estavam cadastradas em alguma unidade de saúde da família do bairro. Mais da metade das crianças haviam apresentado problema de saúde nos últimos 15 dias. A desnutrição foi pouco freqüente: 2,7% das crianças apresentaram déficit de peso/idade, 2,0% déficit de altura/idade e 0,7% déficit de peso/altura, porém a anemia foi encontrada em 43,3% das crianças. Foram entrevistadas 15 educadoras com idade média de 28 anos, todas com o segundo grau de escolaridade completo. A maioria não tinha experiência anterior de trabalho em creche e não havia recebido nenhum treinamento específico. Para a maioria das educadoras, desnutrição era representada por crianças pequenas, com atraso no desenvolvimento e sempre doentes; causada por má alimentação e falta de acompanhamento de saúde; tendo como principal conseqüência o retardo no desenvolvimento. A anemia foi definida como sangue fraco", crianças pálidas e hipoativas; causada por má alimentação; tendo como conseqüência a leucemia. Estimular a alimentação e a participação nas atividades foram as práticas relatadas para minimizar as conseqüências desses agravos. Na concepção das educadoras, informação, alimentação e acompanhamento de saúde são medidas fundamentais para o controle da desnutrição e da anemia. Evidenciou-se que os conhecimentos e as práticas foram adquiridos no dia a dia, pela vivência de cuidar de crianças na creche e em casa. Embora fossem capazes de identificar algumas crianças com problemas nutricionais e procurassem contribuir para a promoção da saúde, atribuíam aos profissionais e serviços de saúde a responsabilidade por tais ações, não sendo capazes de relacionar com as condições e práticas do cuidado cotidiano na creche, de sua competência. O estudo aponta a necessidade de se incluir conhecimentos sobre processo saúde-doença, especialmente anemia e práticas de cuidados com as crianças, tanto na formação inicial quanto continuada dos educadores infantis. Ao mesmo tempo indica a importância da parceria entre unidades locais de saúde e creches para a promoção da saúde da criança. / Food and nutrition constitute basic requisitions to the promotion, protection and rehabilitation of health. The day-care center is important social equipment for the promotion of the children´s health and, therefore, it can be an ally of the units of health to combat of nutrition deficiencies. The purpose of this study, approved by Research Ethic´s Committee, was subsidized intervention´s proposals to prevent, to detect and to control more common nutritional problems. The objective was to characterize the children health and nutritional conditions and to analyze the educators of a day-care center´s knowledge and practice relative to malnutrition and anemia. The indicators weight/age, height/age and weight/height were used to characterize the nutritional condition and to identify malnutrition (<-2 escore Z) and the palm´s pallor and/or Hb<11g/dL were used to identify anemia. The data about the knowledge and the practice ones of the educators have been gotten by interviews integrally transcribed and submitted to the content analysis. Hundred-forty-nine children between zero and five years old participated of the study: 86.4% frequented the day-care center for more than 6 months; 2/3 belonged to families with lesser per capita income than 1/2 wage and 84.9% were registered in some quarter´s family´s unit of health. More of half the children have been presented health´s problems in the last 15 days. The malnutrition was not very frequent: 2.7% of the children presented deficit of weight/age and 2.0% deficit of height/age. Just 0.7% of the children presented deficit of weight and height, but the anemia was found in 43.3% of the children. Fifteen educators with age around twenty-eight years participated of the study, all they with the complete scholar second rank. The majority had no anterior experience of working in a day-care center and did not have received any specific training. The malnutrition was represented by small children, with delay in the development and always sick; it is caused by bad alimentation and lack of health accompaniment; it has as main consequence the retard in the development. The anemia mentions to - weak blood -; pale and hypoactive children; it is caused by harm-feeding and it has as consequence the leukemia. The related practice to minimize the consequences of these problems was stimulating alimentation and participation in activities. In the educators´ conception, information, alimentation and accompaniment of health are fundamental steps for the control of the malnutrition and the anemia. It was proven that the practices and knowledge were originated from the common sense and the proper experience of the educators. Although were able to identify some children with nutritional problems and wanted contribute to health promotion, attribute to professionals and health´s services the responsable of that actions, has not been able to relate with the conditions and pratices of the everyday care in the child care. The study aim the necessity to include knowledge about the process health-disease, specially anemia and pratices of care with children, as initial education as continued of the child educators. At the same time aim the importance of the partnership among locals health´s units and day care centers to promote child´s health.
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Desnutrição infantil em Jordão, Estado do Acre, Amazônia Ocidental Brasileira / Child malnutrition in the municipal district of Jordão, Acre State, Brazilian AmazoniaAraújo, Thiago Santos de 12 March 2010 (has links)
Introdução - Apesar da melhoria do padrão nutricional infantil observada em vários países em desenvolvimento nas últimas décadas, a desnutrição infantil persiste como um problema de saúde pública no Brasil, especialmente nos municípios do interior da Amazônia. Inquéritos nutricionais de base populacional em povos Amazônicos são escassos, e em sua maioria restritos às cidades maiores e a populações indígenas residentes em áreas de reserva. Objetivo - Avaliar a prevalência e fatores associados à desnutrição infantil no município do Jordão, interior do Estado do Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Metodologia - Trata-se de um estudo transversal conduzido em 478 crianças menores de cinco anos da zona urbana (censo n=211) e rural (amostra n=267). As prevalências de déficits nutricionais para os indicadores altura para idade (A/I), peso para idade (P/I) e peso para altura (P/A) foram calculadas com o ponto de corte -2 escores Z e excesso de peso para altura (P/A) com o ponto de corte +2 escores Z, utilizando-se o padrão de crescimento infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2006. Para a coleta de informações foram utilizados questionários estruturados, aplicados aos pais ou responsáveis pelas crianças em entrevistas domiciliares. Foram calculadas as prevalências de desnutrição geral e segundo variáveis biológicas, socioeconômicas e ambientais. Para identificação de fatores associados à desnutrição (déficit de A/I) utilizou-se análise múltipla e hierarquizada de regressão de Poisson (erro-padrão robusto). Resultados - As prevalências dos déficits de A/I, P/I, P/A e excesso de peso foram de 35,8 por cento, 7,3 por cento, 0,8 por cento e 2,1 por cento, respectivamente. Déficits graves de A/I (escore Z < -3 DP) foram identificados em 11,5 por cento das crianças. Houve maior prevalência de déficit de crescimento com aumento da idade. As crianças com ascendência indígena residentes na área rural apresentaram as maiores prevalências de desnutrição (59,4 por cento; destes 20,1 por cento corresponderam a déficit grave). Após controle para sexo, idade e local de moradia (urbano/rural), os fatores associados ao déficit A/I foram: ascendência indígena (razão de prevalência [RP]: 2,10; intervalo de confiança [IC95 por cento]: 1,63- 2,71), menor terço do índice de riqueza domiciliar (RP: 1,57; IC95 por cento: 1,06; 2,33), morar em casa de madeira ou barraco (RP: 1,62; IC95 por cento: 1,09- 2,40), altura materna inferior ou igual a 146,4 cm (RP: 3,05; IC95 por cento: 1,87- 4,97), história de introdução de leite de vaca antes de 30 dias de idade (RP: 1,35; IC95 por cento: 1,03- 1,77), apresentar cartão de vacina em dia (RP: 0,66; IC95 por cento: 0,47-0,94). Conclusão - No presente estudo, a desnutrição infantil mostrou-se sério problema de saúde pública com prevalência de retardo de crescimento acima das estimativas para o Brasil em 2006 (7,0 por cento), chegando a valores próximos aos estimados pela OMS em 2007 para a África subsaariana (38,0 por cento). Intervenções para maior cobertura vacinal, promoção do aleitamento materno exclusivo e redução de iniqüidades sociais terão grande impacto na prevenção e controle da desnutrição infantil no município estudado / Despite the improvements in child nutrition in developing countries over recent decades, child malnutrition remains a serious public health issue in Brazil, particularly within Amazonia. Nutritional surveys on Amazonian populations are scarce and generally involve indigenous populations settled in reserves. Aim - To ascertain the prevalence and factors associated with child malnutrition in the municipal district of Jordão, Acre State, Brazilian Amazonia. Method - A cross-sectional study was conducted in 478 children aged less than five years from urban (census n=211) and rural (sample n=267) areas. The prevalence of nutritional deficits, for the indicators height for age (H/A), weight for age (W/A), and weight for height (W/H), were determined based on cut-off point - 2 Z scores, and overweight, for weight for height (W/H), based on cut-off point + 2 Z scores, using the standard child growth charts of the 2006 World Health Organization (WHO). Information was collected using structured questionnaires applied in domiciliary interviews with parents or guardians of the children. The prevalences of child malnutrition according to biological, socioeconomic and environmental variables were calculated. Multiple and hierarchical analysis of Poisson regression (robust standard error) was employed to identify factors associated with stunting (H/A deficit). Results - The prevalence of H/A, W/A, W/H deficits and overweight were 35.8 per cent, 7.3 per cent, 0.8 per cent and 2.1 per cent, respectively. Severe stunting (Z score < - 3 SD) were identified in 11.5 per cent of the children. Prevalence of stunting was higher with greater age. Children with Indigenous lineage residing in rural areas had the highest levels of stunting (59.4 per cent; 20.1 per cent of whom had severe deficit). After controlling for gender, age and dwelling (urban/rural), the factors associated with H/A deficit were: Indigenous lineage (Prevalence Ratio [PR]: 2.10; confidence interval [95 per cent CI]: 1.63- 2.71), lowest third on domiciliary wealth index (PR: 1.57;95 per cent CI: 1.06; 2.33), residing in wooden hut or shack (PR: 1.62;95 per cent CI: 1.09- 2.40), maternal height less than or equal to 146.4 cm (PR: 3.05; 95 per cent CI: 1.87- 4.97), history of introduction of cow milk in first 30 days of life (PR: 1.35; 95 per cent CI: 1.03- 1.77), holding up-to-date vaccination card (PR: 0.66; 95 per cent CI: 0.47-0.94). Conclusion - In the present study, child malnutrition was found to be a serious public health problem, with prevalence of stunted growth at levels above the 2006 national average (7.0 per cent), attaining values close to 2007 WHO estimates for Sub-Saharan Africa (38.0). Interventions to achieve greater vaccination coverage, promote breastfeeding exclusively on mother´s milk, and measures to narrow the gap in social inequality would have a major impact on the control and prevention of child malnutrition in the municipal district studied
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Estado nutricional de pacientes com lesão por pressãoOliveira, Niara Carla de 19 May 2017 (has links)
Submitted by Suzana Dias (suzana.dias@famerp.br) on 2018-10-31T16:19:22Z
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Previous issue date: 2017-05-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Inadequate nutrition is often associated with the loss of the damping effect of fat mass on bone prominence, physical weakness, dehydration and edema. It also reduces skin resistance, mobility and impairs the immune system, which contributes to the development of pressure injuries. Adequate dietary intake and assessment of food intake are significant preventive factors for LPP development. The objectives of the study were to evaluate the nutritional profile of patients with pressure injury and the relationship between nutritional parameters and the occurrence of pressure injuries in hospitalized and outpatient patients. Material and methods: In the first stage of the study, patients were monitored at home by teams of Family Health of São José do Rio Preto. In the second stage, the patient was evaluated at the Base Hospital and at the Wound Dressing and Wound Clinic of the Base Hospital. Where all patients were bedridden and had pressure injuries. Results: The majority had LPP stage 2, followed by stage 3 and 4. By ANSG 50% were considered at nutritional risk and the other 50% with malnutrition. According to the anthropometric indicators, 16.7% were eutrophic, 25% were at nutritional risk and 58.3% were undernourished. The patients ingested 1465.3 ± 459 (SD) calories / day and 54.1 + 26.9 (SD) g protein / day. In the second stage of the study, a prospective study was carried out in a school hospital and in the outpatient clinic of the same institution of São José do Rio Preto - SP, totaling 30 patients with pressure injury independent of the evolution stage. There was a predominance of LPP stage 3 (14 patients - 46.67%), with most lesions in the sacral region (24-80.00%), followed by trochanter (8- 26.67%). LPP predominated in female subjects (P <0.04). There were significant correlations between the total number of lesions and the BMI (P <0.04); subscapular skin fold (P <0.04) and sum of cutaneous folds (P <0.04). Conclusion: A poor nutritional status seems to be directly associated with the presence of LPP and, associated with other aggravating factors, is a risk factor for development. / A nutrição inadequada é frequentemente associada com a perda do efeito de amortecimento da massa de gordura sobre as proeminências ósseas, fraqueza física, desidratação e edema. Também reduz a resistência da pele, a mobilidade e a prejudica o sistema imunológico, o que contribui para o desenvolvimento de lesões por pressão. A ingestão dietética adequada e avaliação da ingestão alimentar são fatores significativamente preventivos para desenvolvimento de LPP. Os objetivos do trabalho foram avaliar o perfil nutricional de pacientes com lesão por pressão e a relação entre parâmetros nutricionais e a ocorrência de lesões por pressão em pacientes hospitalizados e ambulatoriais. Material e Métodos: Na primeira etapa do trabalho foram avaliados pacientes acompanhados no domicílio por equipes de Saúde da Família de São José do Rio Preto. Na segunda etapa foram avaliados paciente atendidos no Hospital de Base e no Ambulatório de Curativos e Feridas do Hospital de Base. Onde todos os pacientes era acamados e possuíam lesões por pressão. Resultados: A maioria apresentava LPP estágio 2, seguida por estágio 3 e 4. Pela ANSG 50% foram considerados em risco nutricional e os outros 50% com desnutrição. Pelos indicadores antropométricos 16,7% eram eutróficos, 25% em risco nutricional e 58,3% desnutridos. Os pacientes ingeriam 1465,3 ± 459 (DP) calorias/dia e 54,1 + 26,9 (DP) g de proteína/dia. Na segunda etapa do trabalho, foi realizado estudo prospectivo em um hospital escola e no ambulatório da mesma instituição de São José do Rio Preto - SP, totalizando 30 pacientes com lesão por pressão independente do estágio de evolução. Houve predomínio de LPP estágio 3 (14 pacientes - 46,67%), sendo a maioria de lesões em região sacral (24- 80,00%), seguida de trocânter (8- 26,67%). As LPP predominaram em pessoas do sexo feminino (P<0,04). Houve presença de correlações significativas entre o número total de lesões e o IMC (P<0,04); prega cutânea subescapular (P<0,04) e somatório das pregas cutâneas (P<0,04). Conclusão: Um estado nutricional ruim parece estar diretamente associado à presença de LPP e, associado a outros agravantes, é um fator de risco para o desenvolvimento.
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Avaliação da reparação e indicadores de desnutrição de ratos submetidos à fratura de côndilo mandibular e com desnutrição protéica / Evaluation of healing and undernutrition indicatives of rats submitted to mandibular condyle fracture and with protein undernutritionLucimar Rodrigues 10 February 2009 (has links)
Este trabalho avaliou a reparação e indicadores de desnutrição de ratos submetidos à fratura unilateral de côndilo mandibular e com desnutrição protéica (8% de proteína com suplemento de vitaminas e minerais). Foram utilizados 45 Rattus norvegicus Wistar, adultos machos, distribuídos em 3 grupos de 15 animais: grupo fraturado, submetido à fratura de côndilo, sem alteração de dieta (23% de proteínas); grupo fraturado desnutrido, submetido à dieta hipoprotéica por 30 dias e posterior fratura condilar; grupo desnutrido, com dieta hipoprotéica prévia por 30 dias e mantida até o final do experimento, sem fratura de côndilo. Foi documentada a quantidade de ingestão de ração e água, feita a avaliação do peso e obtido o coeficiente de eficácia alimentar (CEA). Os animais foram sacrificados nos períodos de 24 horas e 7, 15, 30 e 90 dias pós-operatório. Foram realizados os seguintes testes bioquímicos do sangue: proteínas totais, albumina sérica, cálcio sérico, fosfatase alcalina, ferro sérico e creatinina sérica; e o leucograma. A seguir, foram feitas mensurações cefalométicas por radiografias da maxila e da mandíbula. O estudo histológico compreendeu a avaliação do local da fratura e da articulação temporomandibular. Os valores numéricos foram submetidos a análises estatísticas. O consumo de ração e água foi maior no grupo fraturado desnutrido, na maioria dos períodos. Os valores do CEA foram baixos principalmente nos períodos iniciais, sendo mais significativos para o grupo fraturado desnutrido. Houve pouco ganho de peso nos períodos iniciais, exceto no grupo fraturado desnutrido que apresentou perdas significativas, havendo recuperação de peso nos demais períodos, significativamente menor neste grupo. Os testes de bioquímica do sangue mostraram queda, principalmente nos períodos iniciais, para os valores de proteínas totais e albumina, bem como para cálcio sérico em todos os períodos, significante para o grupo fraturado desnutrido. O leucograma mostrou aumento, principalmente nos períodos iniciais, de leucócitos, linfócitos e neutrófilos, mais significativo no grupo fraturado desnutrido. Houve desvio da linha média mandibular em relação à linha média maxilar, significante para o grupo fraturado desnutrido, bem como assimetria de maxila e mandíbula, em especial no período final do experimento. A análise histológica mostrou que a desnutrição protéica levou à atrofia da fibrocartilagem do côndilo. A fratura sob desnutrição comprometeu a formação do calo ósseo, bem como houve anquilose fibrosa. Foi concluído que a fratura de côndilo mandibular em ratos com desnutrição protéica promoveu alterações negativas nos valores de proteínas totais, albumina e cálcio sérico, leucocitose, bem como comprometeu a formação do calo ósseo e induziu atrofia da fibrocartilagem e anquilose fibrosa. / This study evaluated the healing and undernutrition indicatives of rats submitted to mandibular condyle fracture and with protein undernutrition (8% of protein with vitamin and minerals supplement). Forty-five adult male Wistar Rattus norvegicus were used and distributed in 3 groups of 15 animals: fracture group, submitted to condylar fracture with no changes in diet (23% of proteins); undernutrition fracture group, submitted to hypoproteic diet by 30 days and later to condylar fracture; undernutrition group, with previous hypoproteic diet by 30 days, kept until the end of experiment, without condylar fracture. The amounts of feed and water intake were registered, as well as body weight and food efficiency ratio (FER) were obtained. Animals were sacrificed at 24 hours and 7, 15, 30 and 90 days postoperatively. The following blood biochemical tests were made: total serum proteins, serum albumin, serum calcium, alkaline phosphatase, serum iron, and serum creatinine; and also white blood count. Subsequently, cephalometric mensurations by radiograms of the maxilla and mandible were made. Histological study comprised fracture site and temporomandibular joint evaluations. Numerical values were submitted to statistical analyses. Feed and water intake were higher in undernutrition fracture group, in most of periods. Values of FER were low, in special in the initial periods, being more significative to undernutrition fracture group. There was low gain of weight in the initial periods, but undernutrition fracture group which presented significative loss of weight, with recovering of weight in the remaining periods, significatively lower in this group. Blood biochemical tests showed decrease, mainly in the initial periods, of the values of total serum proteins and serum albumin, as well as serum calcium in all the periods, significative to undernutrition fracture group. White blood count showed increase, in special in the initial periods, of leukocytes, lymphocytes and neutrophils, more significative in undernutrition fracture group. There was deviation of the median line of the mandible relative to the median line of the maxilla, significative to undernutrition fracture group, as well as asymmetry of the maxilla and mandible, in special in the final period of experiment. Histological analysis showed that proteic undernutrition lead to atrophy of condylar fibrocartilage. Fracture in undernutrition impaired callus formation, as well as there was fibrous ankylosis. It was concluded that mandibular condyle fracture in rats with proteic undernutrition promoted negative alterations in values of total proteins, albumin and serum calcium, leukocytosis, as well as impaired callus formation, and induced atrophy of condylar fibrocartilage and fibrous ankylosis.
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Força de aperto de mão e estado nutricional de pacientes em hemodiálise / Hand grip strength and nutritional status of hemodyalysis patientsCAMPOS, Marta Isabel Valente Augusto Moraes 02 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-02 / BACKGROUND: Protein energy wasting commonly occur in patients with chronic
kidney disease. Changes in muscle function arise even before changes in
anthropometric and biochemical parameters.Thus, a method for evaluating muscle
function and strength becomes essential for these patients. OBJECTIVES: To
evaluate the handgrip strength (HGS) and its association with nutritional status of
patients with chronic kidney disease on hemodialysis. METHODS: A cross-sectional
study conducted between May and July/2011. The sample included 90 patients,
48.8% male and 51.2% female. The HGS was performed three times with a hydraulic
hand dynamometer (Takei) in the arm without fistula. For each patient were
considered the best strength measure. Values lower than percentile 10 were
considered as low HGS. The nutritional status diagnosis was given by Subjective
Global Assessment (SGA). RESULTS: The average age was 52 ± 14.7 years. The
hypertensive nephrosclerosis was the most frequent cause of chronic kidney disease
(31.1%). The average HGS was among 32.0 ± 8.7kgf in men and 20.7 ± 6.1kgf in
women (p<0.001). 11.3% of men and 21.7% of woman were classified as moderatey
malnourished by SGA, 31.8% and 34.8% of men and women, respectively, were
classified with low muscle function. Low HGS was associated with time on
hemodialysis for men and showed good sensitivity (73.3%) and specificity (74.7%)
for malnutrition diagnosis. In multiple logistic regression analysis, low-power handgrip
strength prevalence was two times higher (PR =2.00, 95% CI: 1.19 to 3.34) for
patients classified as moderate malnourished by SGA. CONCLUSION: This study
showed high prevalence of low muscle function and good association between HGS
and SGA in patients with chronic kidney disease on hemodialysis classified by
dynamometry. It is suggested that HGS, an inexpensive and noninvasive
measurement, can be used in clinical practice as a screening tool of nutritional
status. It is sensitive for malnutrition diagnosis. / INTRODUÇÃO: A desnutrição energética proteica é frequente nos pacientes com
doença renal crônica. As alterações da função do músculo surgem antes das
modificações dos parâmetros antropométricos e bioquímicos. Assim, torna-se
importante um método para avaliar a função e força muscular. OBJETIVOS: Avaliar
a força de aperto de mão e sua associação com estado nutricional de pacientes com
doença renal crônica em hemodiálise. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado em
maio a julho de 2011. Foram incluídos no total 90 pacientes. A Força de Aperto de
Mão (FAM) foi realizada três vezes com dinamômetro hidráulico no braço sem a
fístula. Considerou o melhor desempenho da medida da FAM. Os valores menores
que o percentil 10 foram considerados como baixa FAM, de acordo com ponto de
corte proposto para população para população de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. O
diagnóstico do estado nutricional foi realizado por meio da Avaliação Subjetiva
Global (ASG). RESULTADOS: Do total da amostra 48,8% eram do sexo masculino e
51,2% do sexo feminino. A média de idade foi 52±14,7 anos. A nefroesclerose
hipertensiva foi a causa mais frequente de doença renal crônica (31,1%). A FAM
média entre os homens foi de 32,0 ± 8,7kgf e entre as mulheres 20,7 ± 6,1kgf
(p=<0,001). Pela classificação da ASG, 11,3% dos homens e 21,7% das mulheres
foram classificados como desnutridos moderados; 31,8% e 34,8% dos homens e
mulheres, respectivamente, foram classificados com baixa força de aperto de mão.
Os homens com maior tempo em hemodiálise apresentaram baixa FAM. A
sensibilidade (73,3%) e especificidade (74,7%) da FAM para o diagnóstico de
desnutrição foi adequada. Na regressão logística múltipla a prevalência de baixa
força de aperto de mão foi duas vezes maior (RP=2,00; IC95%: 1,19-3,34) para os
pacientes classificados com desnutrição moderada pela ASG. CONCLUSÃO: Este
estudo mostrou alta frequência de baixa FAM e associação da FAM com a ASG em
pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Sugere-se que a FAM, uma
medida barata e não invasiva, possa ser usada na prática clínica como ferramenta
de triagem do estado nutricional, pois apresenta boa capacidade de predizer a
desnutrição.
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Prevalência e fatores associados à desnutrição e à obesidade abdominal em pacientes em hemodiálise na cidade de Goiânia-Go / Prevalence and factors associated with abdominal obesity and malnutrition in hemodialysis patients in Goiânia-GoFREITAS, Ana Tereza Vaz de Souza 24 November 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-11-24 / Introduction: parallel to the malnutrition, overweight, and especially abdominal fat, contribute to worse clinical outcomes in hemodialysis patients. Objective: To assess the prevalence and factors associated with malnutrition and abdominal obesity in hemodialysis (HD) patients. Methodology: cross sectional study with 344 patients over 18 years old. The dependent variables, malnutrition and abdominal obesity were obtained by the subjective global assessment (SGA) and waist circumference, respectively. The independent variables involved socioeconomic, demographic, lifestyle, medical history factors, energy and macronutrients intake. It was calculated the body mass index (BMI) and midarm muscle circumference (MAMC), body fat by the sum of four skinfolds (triceps, biceps, subscapular and suprailiac), serum albumin and creatinine. A statistical package Stata 8.0 was used. Student t test, Mann Whitney, chi-square and multiple Poisson regression, with a hierarchical model were used. The considered the level of significance was < 0.05. Results: the group was composed mostly by males (59,30%), with average age of 49.33 ± 13.76 years old and prevalence of moderate malnutrition in 22.4%, with no statistically significant difference between sexes (p=0,929). Malnourished patients had lower BMI, MAMC, % body fat, serum creatinine, p <0.001 and nPNA (p = 0.001). The following variables remained associated with malnutrition: age of 19 to 29 years (PR = 1.23, CI = 1.06 to 1.43), family income <2 minimum wages (PR = 1.13, CI = 1.01 -1.27), duration on HD ≥ 60 months (PR = 1.08, CI = 1.01 to 1.16), Kt / V ≥ 1.2 (RP = 1.12, CI = 1.03 1.22), caloric intake below 35 kcal / kg / day (PR = 1.22, CI = 1.10 - 1.34) and nPNA<1 (PR = 1.13, CI = 1.05 to 1.21). The prevalence of obesity was 44.77% (n=154). It was more prevalent in women (55.71%) than men (37.25%), p = 0.001. The end result of the multivariate analysis identified four factors independently associated with abdominal obesity in men: age over 40 years (PR = 1.22; 95%CI: 1.09 -1.37), economic class D/E (PR = 0.78, 95%CI: 0.68 - 0.90), duration on hemodialysis between 24 to 59 months (PR = 1.12; 95%CI: 1.001-1.26) and BMI ≥ 25kg/m² (PR = 1.52; 95%CI 1.40 -1.65) and three factors in women: age over 40 years (PR = 1.43; 95%CI:1.27-1.60), protein intake below 1,2 g/kg/day (PR= 1.21; 95%CI= 1.05 - 1.39) and BMI ≥ 25kg/m² (PR=1.37; 95%CI:1.26 1.49). Conclusion: There was a high prevalence of malnutrition and abdominal obesity in the population studied. The age below 29 years, low family income, longer hemodialysis period and inadequate protein and caloric intake were the factors associated with malnutrition. In the abdominal obesity, age over 40 years and overweight were associated in both men and women. In men belonging to lower socioeconomic classes and duration on hemodialysis between 2 and 5 years and women with protein intake below the recommended were also associated with abdominal obesity, emphasizing the importance of nutritional intervention because the inadequate food intake, a modifiable risk factor, was crucial in both situations. / Introdução: ao lado da desnutrição, o excesso de peso e, especialmente, a gordura abdominal, contribuem para piores desfechos clínicos em pacientes em hemodiálise. Objetivo: avaliar a prevalência e os fatores associados à desnutrição e à obesidade abdominal em pacientes em hemodiálise (HD). Metodologia: estudo transversal com 344 pacientes maiores de 18 anos. As variáveis dependentes, desnutrição e obesidade abdominal foram obtidas, respectivamente, pela avaliação subjetiva global (ASG) e pela circunferência da cintura. As independentes envolveram fatores socioeconômicos, demográficos, estilo de vida, história clínica, ingestão energética e macronutrientes. Foram calculados o índice de massa corporal (IMC), a circunferência muscular do braço (CMB) e a gordura corporal pelo somatório das quatro dobras cutâneas (triciptal, biciptal, subescapular e suprailíaca); Analisou-se os níveis séricos de albumina, creatinina, ureia pré e pós hemodiálise. Realizou-se teste t de Student, Mann Whitney, qui-quadrado e regressão de Poisson múltipla, a partir de modelo hierárquico, com nível de significância 5% pelo pacote estatístico Stata/SE, 8,0. Resultados: grupo composto por maioria do sexo masculino (59,30%), idade média de 49,33 ± 13,76 anos e prevalência de desnutrição moderada em 22,4%, sem diferença estatisticamente significativa entre os sexos (p=0,929). Pacientes considerados desnutridos apresentaram menor IMC, CMB, gordura corporal, creatinina sérica (p<0,001) e nPNA (p=0,001). As seguintes variáveis permaneceram associadas à desnutrição: idade de 19 a 29 anos (RP=1,23; IC=1,06-1,43), renda familiar < 2 salários mínimos (RP=1,13; IC=1,01-1,27), tempo em HD ≥ 60 meses (PR=1,08; IC=1,01-1,16), Kt/V ≥ 1,2 (RP=1,12; IC=1,03-1,22), ingestão calórica inferior a 35 kcal/kg/dia (RP=1,22; IC=1,10-1,34) e nPNA < 1 (RP=1,13; IC=1,05-1,21). Já a prevalência de obesidade abdominal foi de 44,77% (n=154) sendo mais prevalente nas mulheres (55,71%) em relação aos homens (37,25%), p= 0,001. O resultado final da análise multivariada identificou quatro fatores independentemente associados à obesidade abdominal em homens: idade superior a 40 anos (RP= 1,22; IC= 1,09 1,37), classe social D/E (RP= 0,78; IC= 0,68 0,90), tempo em hemodiálise entre 24 59 meses (RP=1,12; IC= 1,001 1,26) e IMC ≥ 25 kg/m² (RP= 1,52; IC 1,40 1,65) e três fatores nas mulheres: idade nas faixas superiores a 40 anos (RP= 1,43; IC=1,27 1,60), ingestão proteica inferior a 1,2 g/kg/dia (RP= 1,21; IC= 1,05 1,39) e IMC ≥ 25 kg/m² (RP= 1,37; IC= 1,26 1,49).Conclusão: observou-se alta prevalência de desnutrição e de obesidade abdominal na população estudada. Idade inferior a 29 anos, renda familiar baixa, maior tempo em tratamento de hemodiálise e ingestão calórica e proteica inadequadas foram os fatores associados à desnutrição. Na obesidade abdominal, a idade superior a 40 anos e o excesso de peso avaliado pelo IMC foram associados em homens e mulheres. Nos homens pertencer a classes econômicas mais baixas e tempo em tratamento de hemodiálise entre 2 e 5 anos e nas mulheres ingestão proteica inferior ao recomendado também associaram à obesidade abdominal, ressaltando a importância da intervenção nutricional, já que a ingestão alimentar inadequada, um fator de risco modificável, foi determinante nas duas situações.
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ESTADO NUTRICIONAL E DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS EM COMUNIDADE URBANA DE SÃO LUÍS - 2008 / STATUS AND NEUROPSYCHOMOTOR DEVELOPMENT CHILDREN IN URBAN COMMUNITY OF SAN LUIS - 2008Souza, Valeria Ferreira Pereira 24 September 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-19T17:47:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008-09-24 / Descriptive study to assess the nutritional condition of children aged between zero and six
years, accompanied by the Pastoral da Criança , through the anthropometric method by
weight / age, height / age and weight / height indicators, using as a reference the NCHS
standard. The development of children was investigated using the Denver Development
Screening Test II to evaluate the personal-social aspects, fine motor adaptive coordination,
language and rude motor coordination. In this survey took part 80 children aged between zero
and less than six years. Of the children studied 52.5% were eutrophic and 47.5% were
malnourished. Most of the malnourished children were between the 0 to 24 months age group.
The malnutrition in the weight / age indicator was 23.75%; in the height / age was 37.5% and
was 12.5% in the weight / height indicator, but some children were malnourished in more
than one indicator. Changes in development were present in 26 (32.5%) children, considering
there was a great evidence in malnourished children, because of among 38 (47.5%)
malnourished children, 24 showed changes, i.e. 63.15%, but among 42 (52.5%) eutrophic
children only 2 (4.76%) were lagging behind. As for the development assessed areas, it was
found that most of the delays encountered were in the fine motor-adaptive domain, 28 (35%),
followed by personal-social aspects, 25 (31.3%) and language, 19 (23, 8%). It was noted how
important is to measure when assessing the children s malnutrition, because the highest rate
of malnourished children was at the height / age indicator. The malnutrition was considered,
statistically, a significant risk factor for change in child development. / Estudo descritivo para a avaliação da condição nutricional de crianças com idade entre zero e
seis anos, acompanhadas pela Pastoral da Criança, através do método antropométrico pelos
indicadores peso/idade, altura/ idade e peso/ altura, seguindo como padrão de referência o
NCHS. Investigado o desenvolvimento das crianças a partir do Teste de Triagem de
Desenvolvimento de Denver II para avaliação dos aspectos pessoal-social, motor fino
adaptativo, linguagem e motor grosseiro. Participaram da pesquisa 80 crianças com idade
entre zero e menor de seis anos. Das crianças estudadas 52,5% encontravam-se eutróficas e
47,5% desnutridas. A maioria das crianças desnutridas encontrava-se entre a faixa etária de 0
a 24 meses. Apresentaram desnutrição no indicador peso/idade 23,75%, no critério altura
/idade 37,5% e 12,5% no indicador peso/altura, sendo que algumas crianças encontravam-se
desnutridas em mais de um indicador. As alterações no desenvolvimento estiveram presentes
em 26 (32,5%) crianças, sendo que houve grande evidência nas crianças desnutridas, pois das
38 (47,5%) desnutridas, 24 apresentaram alteração, ou seja, 63,15% e das 42 (52,5%)
eutróficas apenas 2 (4,76%) crianças encontravam-se com atraso. Quanto às áreas de
desenvolvimento avaliadas, verificou-se que a maioria dos atrasos encontrados correspondia
ao domínio motor fino-adaptativo, 28 (35%), seguido de pessoal-social, 25 (31,3%) e
linguagem, 19 (23,8%). Constou-se que é importante a medição das crianças quando se avalia
a desnutrição, pois o maior índice de crianças desnutridas encontra-se no indicador
altura/idade. A desnutrição foi considerada um fator de risco estatisticamente significativo
para alteração no desenvolvimento infantil.
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Relação entre índices nutricionais e a proteína-C- reactiva em doentes duma unidade de cuidados intensivosAntelo, Cristina Paula Barbosa Arteiro Romero January 2008 (has links)
Tese de Mestrado em Nutrição Clínica apresentada à Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto / Resumo da dissertação: São múltiplas as condições que originam a doença crítica e a complexidade das suas manifestações constitui um desafio para estabelecer os planos de cuidados clínicos e nutricionais. O suporte nutricional é importante para assegurar a vida, preservar e incrementar a função celular e acelerar a recuperação dos doentes, em particular dos que têm internamento longo. Na prática clínica são utilizados vários indicadores ou sistemas de avaliação que podem traduzir a resposta hipermetabólica sistémica e relacioná-la com a sobrevivência dos doentes. A complexidade clínica dos doentes críticos pressupõe frequentemente dificuldade na interpretação dos indicadores nutricionais convencionais e dos indicadores clínicos. O presente trabalho tem por objectivo principal estudar a relevância clínica e nutricional da proteína-C-reactiva, com outros parâmetros clínicos e bioquímicos, como biomarcador do prognóstico em doentes críticos. Desenvolveu-se um estudo retrospectivo no Serviço de Cuidados Intensivos do Hospital de Santo António do Porto, baseado na recolha de parâmetros da avaliação clínica diária de doentes internados: albumina, pré-albumina, transferrina, linfócitos totais, colesterol total, triacilglicerídeos, lactato e PCR. Foram ainda calculados para cada doente os sistemas SAPS II (Simplified Acute Physiology Score) e SOFA (Sequential Organ Failure Assessment). Consideraram-se dois períodos de avaliação correspondentes, respectivamente, a um dos três primeiros dias após a admissão e entre o sexto a oitavo dias. Foram avaliados 100 indivíduos do sexo masculino e 49 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 88 anos (mediana = 59) e com uma mediana de internamento de 15 dias. 36% dos doentes faleceram no Serviço de Cuidados Intensivos. / Dissertation abstract: Critical illness has multiple causes and its complexity is a challenge to define clinical and nutritional care plans. Nutritional support is important to ensure life, preserve and improve cellular function and to improve patient’s critical recovery, mainly when they have long stay hospital. The clinical practice uses a range of markers or assessment systems to evaluate the systemic hypermetabolic response and to associate it with patient’s outcome. Their complexity influences the nutritional and other biochemicals and clinical markers so the interpretation becomes difficult. The aim of this work was study: (i) the association between C-reactive protein (CRP) and other clinic and biochemical markers in intensive care unit patients during the first eight days after admission and (ii) their preditive value. A retrospective study was carried out in 149 patients admitted in an Intensive Care Unit of the Hospital de Santo António, Porto. The biochemical markers were measured in two different periods:during the first three days and sixteighth days after admission. The data were collected from the daily clinical records: serum albumin, prealbumin, transferrin, lymphocytes count, total cholesterol, triglycerides, lactate and CRP. SAPS II (Simplified Acute Physiology Score) and SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) were determined. The median age of the patients (100 males and 49 females) was 59 years (range 18-88 years) and the median length of stay in the ICU was 15 days. Overall, there were 53 patient deaths.
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Comparação entre método funcional com avaliação subjetiva global, antropometria, inquérito alimentar e análise bioquímica na estimativa do estado nutricional de pacientes com doenças de Crohn em remissão clínicaBin, Céres Maltz January 2007 (has links)
A Doença de Crohn (DC) pode levar à desnutrição protéico-calórica (DPC) devido ao comprometimento das funções digestivas e absortivas do intestino delgado, associadas à influência de tabus alimentares. O diagnóstico de DPC em estágios iniciais pode ter impacto favorável no controle da DC. Os objetivos deste estudo foram os de estudar os diferentes métodos de avaliação nutricional em pacientes portadores da DC e correlacioná-los às características da doença. Participaram do estudo 75 pacientes do Serviço de Gastroenterologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 37 do sexo masculino e 38 do sexo feminino, com média de idade de 38,2 anos (DP=13,3), em remissão (IADC <150) por mais de 3 meses, e que não estavam recebendo nutrição enteral ou parenteral. A avaliação nutricional foi realizada através de índice de massa corporal (IMC), prega cutânea do tríceps (PCT), circunferência do braço (CB), circunferência muscular do braço (CMB), avaliação subjetiva global (ASG), força do aperto da mão não dominante (FAM) e inquérito alimentar. Comparando os diferentes métodos de avaliação nutricional, 37,3% dos pacientes encontravam-se desnutridos pela PCT, 26,7% pela CB, 29,3% pela CMB, 18,7% pela ASG, 6,7% pelo IMC, enquanto que 73,3% deles em risco nutricional pela FAM. Os pacientes com sobrepeso e obesidade pelo IMC foram classificados como desnutridos pela PCT em 31,6% e 11,1%, e com risco nutricional em 73,7% e 77,8%, respectivamente. A prevalência de desnutrição é significativa em pacientes com DC, mesmo em remissão clínica. O IMC não deve ser utilizado como referência nesta população. A FAM detectou uma alta prevalência de risco nutricional em pacientes portadores de DC em remissão.Tornam-se necessários estudos que a correlacionem com métodos mais sensíveis, para avaliação do estado nutricional efetivo dos pacientes. / Crohn’s Disease (CD) may cause protein-calorie malnutrition (PCM) either due to small bowel malfunction than to other factors, as poor intake and food taboos. Recognizing PCM in its early stages may help to control the disease. This study aimed at studying different assessment methods of CD patients’ nutritional status, and to correlate these methods to the disease. Seventy five CD patients of the Gastroenterology Service of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA), Rio Grande do Sul, being 37 males, with an average age of 38.2 (DP=13.3), in clinical remission (CDAI <150) for more than 3 months, and not receiving enteral or parenteral nutrition, were included. It was done a food recall and nutritional status was assessed by body mass index (BMI), triceps skin fold (TSF), mid-arm circumference (MAC), mid-arm muscle circumference (MAMC), subjective global assessment (SGA), and handgrip strength (HG). When the different nutritional status assessment methods were compared, we have found 26, 7% of the patients undernourished by MAC; 29, 3% by MAMC; 18, 7% by SGA; 6, 7% by BMI; 6, 67% by albumin; 14, 67% by transferrin; 37.3% by TSF and 73.3% were in nutritional risk by HGS. Out of the overweight and obese patients by BMI, 31.6% and 11.1% were respectively classified as undernourished by TSF, whereas 73.7% and 77.8% were considered in nutritional risk by HGS. Prevalence of malnutrition is significant in CD patients in clinical remission. BMI should not be used as reference in this population. HG detected the higher prevalence of nutritional risk in this population.
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Baixa estatura, obesidade abdominal e fatores de risco cardiovascular em mulheres de baixa renda. / Short stature, abdominal obesity and cardiovascular risk factors in low-income women.Britto, Revilane Parente de Alencar 19 December 2007 (has links)
Population studies about nutritional status have demonstrated that
overweight is a serious public health problem in affluent societies and developing
countries alike, particularly for underprivileged urban women. Research has
upheld the hypothesis of an association between short stature (a marker of
undernutrition early in life) and obesity, thus suggesting that early undernutrition
might be a risk factor for morbidity in adult life. With the purpose of studying this
association in populations of low income, this study describes aspects about the
correlation among low stature, abdominal obesity and the emergence of risk
factors for cardiovascular disease in women residents in an area of low income of
Maceió-Al. To investigate this hypothesis a total of 160 women aged 18 to 45
years and who had abdominal obesity were divided into stature quartiles. They
were evaluated for socio-demographic, anthropometric, and biochemical
parameters. Comparisons were drawn between women in the first and fourth
quartiles. Data analysis was carried out using the SPSS 13.0 software. Woman
with short stature (SS), were a smaller education level (p < 0,05). Average WHR in
women with SS was significantly higher than in normal stature women (0.89±0.07
versus 0.86±0.06; p = 0.008). The risk of hypertension was 5 times greater for
women with SS than for those in the highest height quartile (odds ratio 5.27; IC
95% 1.05-26.4). A higher BMI led to an inverse and significant relationship
between SS and CRPhs, glycemia, insulinemia, and insulin resistance (HOMA IR),
and to a decline in beta cell function (HOMA %B). The prevalence of metabolic
syndrome was higher in these women when compared to overweight and normal
stature women. Women with short stature were a greater prevalence of
cardiovascular risk factors as overweight, hypertension, insulin resistance and
metabolic syndrome, as compared to women in the highest height quartile. / Estudos populacionais sobre estado nutricional demonstram que o excesso
de peso apresenta-se como grave problema de saúde pública nas sociedades
afluentes e nos países em desenvolvimento, particularmente em mulheres
pertencentes aos grupamentos menos privilegiados de populações urbanas.
Pesquisas sustentam a hipótese de associação entre baixa estatura (um
marcador de desnutrição no início da vida) e obesidade, sugerindo que a
desnutrição pregressa possa ser fator de risco para morbidades na fase adulta.
Com o propósito de estudar esta associação em populações marginalizadas, este
estudo descreve aspectos sobre a correlação entre baixa estatura, obesidade
abdominal e o aparecimento de fatores de risco para doença cardiovascular em
mulheres residentes em uma área de baixa renda de Maceió-AL.. Para investigar
esta hipótese, 160 mulheres com obesidade abdominal e idade entre 18 e 45
anos, foram categorizadas em quartis de estatura. Foram avaliados os
parâmetros sócio-demográficos, antropométricos e bioquímicos. As comparações
foram realizadas entre as mulheres situadas no primeiro quartil com as do quarto
quartil de estatura. A análise dos dados foi realizada com auxílio do SPSS versão
13.0. Verificou-se que as mulheres com baixa estatura (BE) apresentaram um
menor nível de escolaridade (p <0,05) e médias de RCQ significativamente
superiores (0,89±0,07 vs 0,86±0,06, p = 0,008) às mulheres com estatura normal.
Nas mulheres de BE a chance de ser hipertensa foi 05 vezes superior àquelas
situadas no maior quartil de estatura (odds ratio 5,27; IC 95% 1,05-26,4). A
medida em que o IMC aumentou a BE apresentou uma relação inversa e
significativa com PCRus, glicemia, insulinemia, resistência à insulina (HOMA IR) e
uma menor função das células beta pancreáticas (HOMA %B). A síndrome
metabólica foi mais prevalente nessas mulheres quando comparadas às mulheres
com excesso de peso e estatura normal. Concluindo-se, as mulheres de BE
apresentaram uma maior prevalência de fatores de risco cardiovascular como
excesso de peso, hipertensão, resistência à insulina e síndrome metabólica
quando comparado às mulheres situadas no quarto quartil de estatura.
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