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Estudo de parasitos intestinais e sanguíneos em Didelphisspp. Capturados em área urbana e em fragmentos de mata ciliar associados à bacia do rio Capivari no município de Monte Mor, São Paulo, Brasil / Study of intestinal parasites and blood Didelphisspp. captured in urban areas and riparian forest fragments associated with Capivari river basin in the city of Monte Mor, São Paulo, BrazilTeodoro, Anna Karollina Menezes, 1987- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Silmara Marques Allegretti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-23T21:11:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Os gambás do gênero Didelphis (Marsupialia, Didelphimorphia), são animais sinantrópicos, cuja dieta generalista os predispõe a infecções por endoparasitas. Tal fato, agravado pela presença cada vez mais frequente dos mesmos em área urbana e periurbana os torna potenciais hospedeiros e veiculadores de protozoários e helmintos. O gênero já foi descrito albergando diferentes tipos de parasitos, incluindo espécies potencialmente zoonóticas, sendo necessários novos estudos para uma melhor compreensão do mesmo e suas relações com os ciclos de vida dos parasitos. Para isso, a presente pesquisa teve por objetivo estudar os parasitos intestinais e sanguíneos em Didelphis spp. capturados em área urbana pelo Serviço de Controle de Zoonoses, de janeiro de 2010 a janeiro de 2013, e em fragmentos de mata ciliar associados à Bacia do Rio Capivari, no município de Monte Mor, São Paulo (22o56'48" latitude sul, 47o18'57" longitude oeste), de junho de 2011 a maio de 2012. Os espécimes capturados foram medidos, pesados, marcados, fotografados, avaliados clinicamente, registrados e identificados para verificar a duplicidade de capturas. Foram coletadas amostras de sangue e fezes para pesquisa de parasitos intestinais e sanguíneos, bem como fragmentos teciduais para avaliação biomolecular. Foram capturados pelo Serviço de Controle de Zoonoses de Monte Mor, 46 animais da espécie D. albiventris, dos quais 17 foram necropsiados. Neste período 02 animas foram recapturados, sendo 01 deles por 02 vezes, gerando assim um total de 49 capturas realizadas pelo serviço durante o estudo. Em coletas com armadilha, foram obtidos 02 animais da espécie D. aurita e 08 D. albiventris, sendo 01 deles recapturado uma vez, totalizando 11 capturas em área de mata. Em análise do conteúdo fecal, constatou-se que 77,6% das amostras foram positivas para parasitos do filo Nematoda, das quais Cruzia tentaculata foi o ovo mais comumente encontrado, 34,5% para parasitos da classe Trematoda e 32,7% para protozoários, não sendo encontrados parasitos da classe Cestoda. Dos animais necropsiados, 08 albergavam parasitos no sistema gastrintestinal, destaque para estômago e intestino, 08 não albergavam nenhum tipo de parasito e 01 não se pode determinar parasitismo devido ausência de algumas vísceras, decorrente de ataque por cão. Os helmintos adultos identificados foram Cruzia tentaculata, Rhopalias coronatus, Viannaia sp., Travassostrongylus sp., Turgida turgida e Aspidodera raillieti. Dois animais da espécie D. aurita foram encontrados naturalmente infectados por Trypanosoma cruzi, sendo as formas tripomastigotas visualizadas nos esfregaços sanguíneos e a positividade confirmada por meio de PCR dos fragmentos teciduais. Em análise molecular, um animal D. albiventris capturado em área de mata também foi identificado como positivo para DNA de Leishmania spp., demonstrando a necessidade de novos estudos no município / Abstract: Opossums of the genus Didelphis (Marsupialia, Didelphimorphia) are synanthropic animals, whose generalist diet predisposes to infections with endoparasites. This fact, exasperated by the even higher frequency in urban and periurban areas, makes them potential host and carriers of protozoans and helminths. The genus has been described harboring differents parasite, including potentially zoonotic species, and more studies are necessary for a better understanding of it and its relationship to the parasites life cycles. The present research aimed to study the intestinal and blood's parasites in Didelphis spp. captured in an urban area by the Zoonosis Municipal Control Service, January 2010 to January 2013, and fragments of riparian associated to the Capivari river basin, in the municipality of Monte Mor, São Paulo (22º56'48"south latitude, 47º18'57" west longitude), from June 2011 to May 2012. Captured specimens were measured, weighed, tagged, photographed, clinically evaluated, recorded and identified to verify duplicity catching. Blood and stool samples were collected for research of parasites and blood and tissue samples for biomolecular evaluation. Forty six animals of the species D. albiventris were captured by the Zoonoses Control Service of Monte Mor, which 17 were necropsied. Two animals were recaptured, and one of them twice, generating a total of 49 catches for the service during the study. Samples collected with trapping resulted in 02 animals of D. aurita and 08 species of D. albiventris, one of them being recaptured once, totaling 11 catches in the forest area. In fecal analysis, 77.6% of samples were positive for parasites of the phylum Nematoda, which Cruzia tentaculata was the most common egg found, 34.5% for the class Trematoda parasites and 32.7 % for protozoans, no parasites of the class Cestoda has been found. The necropsy results, 08 harbored parasites in the gastrointestinal system, especially stomach and intestine, 08 weren't harboring any sort of parasite and 01 could not be determined because of lack of some organs due to the attack by dogs. Helminths adults were identified as Cruzia tentaculata, Rhopalias coronatus, Viannaia sp., Travassostrongylus sp., Turgida turgida and Aspidodera raillieti. Two animals of the species D. aurita were found naturally infected by Trypanosoma cruzi, with trypomastigotes visualized in blood smears and confirmed positive by PCR technique from tissue samples. Molecular analysis in an animal D. albiventris captured in the forest area, was also identified positive for DNA of Leishmania spp., demonstrating the need for further studies in the municipality / Mestrado / Parasitologia / Mestra em Parasitologia
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Aparato trófico e variação nos hábitos alimentares de Philander opossum e Didelphis aurita (Didelphimorphia, Didelphidae) / Trophic apparatus and variation in food habits of Philander opossum and Didelphis aurita (Didelphimorphia, Didelphidae).Santori , Ricardo Tadeu 27 December 1995 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-06-15T19:15:38Z
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Previous issue date: 1995-12-27 / FINEP / FUJB / FAPERJ / CAPES / Foi testada a hipótese de uma diferenciação nos hábitos alimentares de Philander opossum
e Didelphis aurita. Para atingir este objetivo foram estudadas as dietas naturais, a preferência
alimentar em laboratório, e a relação destas com a morfofisiologia do aparato trófico. Os dois
marsupiais utilizaram invertebrados, pequenos vertebrados e frutos nas suas dietas naturais.
Philander opossum apresentou uma maior diversidade de vertebrados na dieta enquanto que
Didelphis aurita parece utilizar mais frutos e invertebrados. Em laboratório, os dois marsupiais
apresentaram sobreposição dos ítens preferidos da dieta experimental, mas Didelphis aurita
mostrou uma utilização mais ampla dos recursos oferecidos. A variação na morfometria da boca
entre as duas espécie se deve principalmente ao tamanho. Didelphis aurita apresentou
superioridade no comprimento relativo dos intestinos e do tubo digestivo total, enquanto que em
Philander opossum foram maiores o comprimento relativo do esôfago e o volume relativo do
estômago. Philander opossum foi mais eficiente na digestão de carne. Os resultados indicam que
Philander opossum é mais carnívoro que Didelphis aurita. / ln this study, the hypothesis of a differentiation on food habits of Philander opossum and
Didelphis aurita was tested. Were studied the diet in the field, food preference in laboratory, and
their relationships with morfofisiological traits of trophic apparatus. Both marsupiais feed on
invertebrates, small vertebrates and fruits. Philander opossum showed greater diversity of
vertebrates in field diet than Didelphis aurita, while the latter used more invertebrates and fruits.
The marsupiais overlap in the preferential diet, but Didelphis aurita showed a wider resource
utilization in laboratory than Philander opossum. ln Didelphis aurita the relative length of
intestines and the overall digestive tract were greater than Philander opossum. ln this latter were
greater the relative length of oesofagus and relative volume of stomach. Philander opossum was
more efficient in digesting meat. The results indicated that Philander opossum is more camivorous
than Didelphis aurita.
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Estudo da diversidade genética das subpopulações de Trypanosoma cruzi I isoladas do gênero Didelphis no Brasil baseado no Multilocus Sequênce Typing (MLST)Roman Maldonado, Irene Fabiola January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-10 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / O genótipo TcI é a subpopulação de Trypanosoma cruzi mais amplamente distribuída no Brasil e nas Américas, tanto em relação ao número de espécies hospedeiras quanto à sua distribuição geográfica. Classicamente considerado como sendo homogéneo, estudos mais recentes vem demostrando o contrário na medida em que na Colombia já se descreveu a heterogeneidade desta população. Inclusive uma subpopulação denominada TcDOM, associada ao ciclo doméstico naquele pais. Com o objetivo de estudar a variabilidade genética do T. cruzi I, trinta e três amostras isoladas de espécies do gênero Didelphis, provenientes de quatro biomas do Brasil, foram analisadas mediante árvores filogenéticas, usando quatro genes constitutivos e utilizando a técnica de Tipagem por Sequências de Multilocus (MLST). As espécies do gênero Didelphis se caracterizam por seus hábitos silvestres/sinantrópicas, por serem nómades, amplamente distribuídos por todos os biomas do Brasil e ecléticos, tanto em relação aos habitats que podem ocupar quanto à alimentação, ou seja expostos a todos os ciclos de transmissão
Por estas características e por ser um dos hospedeiros mais antigos deT. cruzi foi escolhido como espécie hospedeira para a análise. Os resultados mostraram a existência de uma micro heterogeneidade presente nos isolados examinados, onde a maior diversidade foi observada no bioma Amazônia e a menor diversidade no bioma Caatinga. Observou-se uma correspondência entre a diversidade genética de T cruzi I e a diversidade faunística das áreas onde foram realizadas as coletas correpondentes a cada bioma. O gene LYT1 apresentou o maior número de sitios polimórficos nos isolados de T cruzi I, corroborando que ele constitue um gene recomendável para estudar variabilidade em TcI. O gênero Didelphis confirmou sua competência como bioacumulador da diversidade da DTU TcI de T. cruzi / cI genotype is the most widespread subpopulation of
Trypanosoma cruzi
in
Brazil as well as in the Americas. This is so, in terms of the number of host species
as well as of its g
eographic distribution.
Traditionally considered as homogeneous,
this genotype has been shown by recent studies not to be so, since in Colombia its
heterogeneity of population has already been described. This includes the so called
Tc
DOM
, which is
linked t
o the domestic cycle in that country.
In order to study the
current genetic variability of
T. cruzi I
, thirty three samples isolated from species of
the
Didelphis
spp genus adquired from four different biomes of Brazil were analyzed
by means of phylogeneti
c trees using four constitutive genes and the Multilocus
Sequencing Typing (MLST) technique.
Species of the
Didelphis
genus are
characterized by their silvatic/sinanthropic habits, for being nomads that are widely
distributed across Brazil, and for being e
clectic in terms of their habitats as well as
their feeding; i. e. exposed to all the transmission cycles. Because of these traits and
also for being one of the most ancient hosts of
T. cruzi
they were selected as the
host species for analysis. Results sho
w the existence of a micro heterogeneity in the
examined isolates, where the highest diversity was observed in the Amazonia biome,
and the lowest in the Caatinga biome. A correspondence between the genetic
diversity of
T cruzi
I and the faunal diversity of
the areas where the corresponding
captures took place. The gene LYT1 displayed the highest number of polymorphic
sites in the
T cruzi
I isolates, corroborating that it constitutes an adequate gene for
studying the variability of
TcI. The
Didelphis
genus c
onfirmed its aptitude as a
bioacumulator for the diversity of the DTU TcI of
T. cruzi
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Participação dos gambás na epidemiologia da Leishmaniose na Mata Atlântica do Estado de Pernambuco, BrasilMONTEIRO, Sandra Regina Dias 25 February 2010 (has links)
Submitted by (edna.saturno@ufrpe.br) on 2016-11-04T13:50:31Z
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Previous issue date: 2010-02-25 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The occurrence of leishmaniasis has been expanding geographically in Brazil in recent years due mainly to socio-environmental changes. Due to their close association with human residences, infected marsupial species play an important role in the eco-epidemiology of leishmaniasis, especially regarding the maintenance of the parasite in the wild. The aim of the present study was to analyze the role of opossums (Didelphis sp) in metropolitan Recife and the Atlantic Forest of the state of Pernambuco, Brazil, as hosts for leishmaniasis. Blood and bone marrow samples were collected from 100 opossums from the genus Didelphis (Didelphimorphia: Didelphidae) – 74 white-eared opossum D. albiventris (36 males and 38 females) and black- eared opossum 26 D. aurita (10 males and 16 females). The animals were from seven sites of the Atlantic Forest (Estação Ecológica do Tapacurá, São Lourenço da Mata; Parque Estadual Dois Irmãos, Recife; Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, Paudalho; Parque Ecológico São José, Igarassu; Aldeia, Camaragibe; Estação Ecológica de Caetés, Abreu e Lima; and Reserva Biológica de Saltinho, Tamandaré) as well as the cities of Abreu e Lima, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes and Recife. The opossums were captured using Tomahawk and Sherman live traps arranged in a grid pattern on pre-existing trails. Each capture lasted six days and five nights and was carried out, on average, every two weeks, for a total catch effort of 25,231 traps/nights from January 2008 to February 2009. Blood samples were taken for the Indirect Immunofluorescence Test and a bone marrow biopsy was performed for the investigation of amastigote forms of Leishmania(L.) chagasi through a direct parasitological exam. DNA was also extracted from 29 bone marrow samples – 22 from D. albiventris (10 males and 12 females) and seven from D. aurita (1 male and 6 females). In the parasitological exam, all animals tested negative for the amastigote forms of Leishmania (L.) chagasi. The serologic exams revealed that, among the 100 opossums analyzed, only one (1%) D. albiventris (from the city of Abreu e Lima in metropolitan Recife) was positive for Leishmania (L.) chagasi and one (1%) D. aurita (from Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, Paudalho) was positive for Leishmania (L.) amazonensis. In the PCR, all opossums tested negative. Despite the low occurrence, this is the first report of Leishmania (L.) amazonensis in Didelphis aurita in the state of Pernambuco, which stresses the importance of these opossums as host for leishmaniasis in metropolitan region of Recife. Further studies are needed to clarify the role of opossums in the epidemiological chain of leishmaniasis in metropolitan Recife and the Atlantic Forest in Pernambuco, Brazil. / A ocorrência da leishmaniose vem se expandindo geograficamente no Brasil, ao longo dos últimos anos, devido principalmente às modificações sócio-ambientais. Em virtude da íntima associação com moradias humanas, espécies de marsupiais infectadas adquirem um importante papel na ecoepidemiologia da leishmaniose, especialmente pela manutenção do parasita na enzootia silvestre. O objetivo desta pesquisa foi analisar o papel dos gambás Didelphis sp, provenientes da Região Metropolitana do Recife e da Mata Atlântica do Estado de Pernambuco, como hospedeiros da leishmaniose. Amostras de sangue e medula óssea foram colhidas de 100 gambás do gênero Didelphi(Didelphimorphia: Didelphidae), sendo 74 gambás-de-orelha-branca D. albiventris (36 machos e 38 fêmeas) e 26 gambás-de orelha-preta D. aurita (10 machos e 16 fêmeas). Os animais foram provenientes de sete áreas de Mata Atlântica (Estação Ecológica de Tapacurá, São Lourenço da Mata; Parque Estadual de Dois Irmãos, Recife; Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, Paudalho; Parque Ecológico São José, Igarassu; Aldeia, Camaragibe; Estação Ecológica de Caetés, Abreu e Lima e Reserva Biológica de Saltinho, Tamandaré) e das cidades de Abreu e Lima, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Recife. Os gambás foram capturados em armadilhas do tipo Live trap Tomahawk e Sherman, dispostas na forma de Grid e em trilhas pré-existentes. Cada captura teve duração de seis dias e cinco noites e foi realizada a cada 15 dias, em média, totalizando um esforço de captura de 25.231 armadilhas/noite, no período de janeiro de 2008 a fevereiro de 2009. Foram colhidas amostras de sangue, dos 100 gambás capturados, para realização da Reação de Imunofluorescência Indireta – RIFI e realizada biópsia de medula óssea para pesquisa das formas amastigotas de Leishmania (L.) chagasi pelo exame parasitológico direto. Também foi extraído o DNA de 29 amostras de medula óssea, sendo 22 animais da espécie D. albiventris (10 machos e 12 fêmeas) e sete de D. aurita (um macho e seis fêmeas). No exame parasitológico, todos os animais foram negativos para a presença das formas amastigotas de Leishmania (L.) chagasi. Quanto aos resultados sorológicos, 1,0% (1/100) D. albiventris foi soropositivo para Leishmania (L.) chagasi procedente da Cidade de Abreu e Lima Região Metropolitana do Recife e 1,0% (1/100) D. aurita foi soropositivo para Leishmania (L.) amazonensis procedente do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, Paudalho. Na PCR todos os marsupiais Didelphis foram negativos. Apesar da baixa ocorrência, observada nestes dois achados, relata-se o primeiro resultado soropositivo de Leishmania (L.) amazonensis, em Didelphis aurita, no Estado de Pernambuco. Ressalta-se a importância destes gambás como possíveis hospedeiros das leishmanioses. Contudo, serão necessários novos estudos em busca da elucidação do papel dos gambás na cadeia epidemiológica das leishmanioses na Região Metropolitana do Recife e Mata Atlântica do Estado de Pernambuco.
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Comportamento de Didelphis albiventris em um remanescentede mata atlântica no nordeste do BrasilMartins Aléssio, Filipe January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Dois indivíduos machos adultos de Didelphis albiventris (Marsupialia, Didelphimorphia)
foram capturados, rádio-marcados e rastreados na Reserva Ecologica de Dois Irmãos,
Recife, Pernambuco, entre 05 de Setembro 2002 e 25 de Fevereiro 2003 com o objetivo de
estimar sua áreas de uso e estudar seus comportamentos. Os animais foram seguidos
individualmente através da técnica homing-in on the animal, entre 1800h-0000h ou 0000h-
0600h, alternadamente, empregando-se um rádio-receptor e uma antena direcional tipo
Yagi (Biotrack, UK). Todas as áreas de uso foram obtidas através do método Polígono
Mínimo Convexo. O macho M1 ocupou uma área de uso de 3,83 ha em 14 meias noites de
observação, deslocando-se em média 177,7 metros por noite (± 137 metros, N = 6). O
macho M3 também foi seguido por 6 meias noites, ocupando 6,83 ha e percorreu 424
metros por noite (± 319 metros, N = 3). Todos os animais utilizaram cavidades em árvores
como abrigo diurno e em 97,5% (n = 40) e em 80% (n = 22) das localizações noturnas, M1
e M3 estavam em árvores, respectivamente, sugerindo que o Didelphis albiventris em Dois
Irmãos, é escansorial e usa preferencialmente estratos arbóreos em suas atividades normais.
Apesar de poucas observações de comportamentos, foi possível registrar um evento de
hábito alimentar do macho M1 inédito na literatura relativo à alimentação de goma em duas
árvores da espécie Tapirira guianensis em uma mesma noite de observação
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Sarcocystis sp eliminados por Didelphis aurita e Didelphis albiventris (Gambás) de vida livre no Estado de São Paulo: infecção experimental em periquitos australianos (Melopsittacus undulatus) e camundongos Balb/c nude / Sarcocystis sp eliminated by free-ranging Didelphis aurita and Didelphis albiventris (opossum) in São Paulo: experimental infection in budgerigars (Melopsittacus undulatus) and Balb/c nude miceMarina de Oliveira Cesar 15 March 2011 (has links)
Didelphis virginiana (gambá) é hospedeiro definitivo do Sarcocystis falcatula, Sarcocystis neurona e Sarcocystis speeri. Os esporocistos de S. neurona, S. falcatula e S. speeri são similares morfologicamente, mas podem ser distinguidos por sua patogenicidade e infectividade em aves e camundongos imunodeficientes e métodos moleculares. Porém, há uma considerável controvérsia a respeito da identificação das espécies de Sarcocystis de gambás. A heterogeneidade genética das espécies de Sarcocystis dificulta a identificação definitiva destes parasitos. Utilizou-se D. aurita e D. albiventris (gambás) mortos provenientes de Zoológicos e Centros de Triagens do Estado de São Paulo. Após usar o método de centrífugo-flutuação em solução de sacarose, purificou-se 19 (31,25%) das 25 amostras positivas em duplicatas para realização de PCR e ensaios biológicos utilizando periquitos australianos (Melopsittacus undulatus) como modelo biológico do S. falcatula e camundongos Balb/c nude como modelo experimental para S. neurona. As amostras de esporocistos foram identificadas por PCR e sequenciamento de nucleotídeos de fragmentos codificadores de gene de proteína de superfície 2 (SAG-2) como S. falcatula. Os resultados das inoculações experimentais em periquitos australianos também demonstraram que as amostras continham esporocistos de Sarcocystis falcatula de alta patogenicidade e infectividade. Quinze animais inoculados vieram a óbito 10 dias pós-inoculação. As análises histopatológicas revelaram lesões severas principalmente em pulmão e fígado. Entretanto, não foram encontradas lesões em camundongos Balb/c nude inoculados com duas dessas amostras de esporocistos. Este trabalho demonstrou a importância desta enfermidade no Estado de São Paulo. / Didelphis virginiana (opossum of North America) is a definitive host of Sarcocystis falcatula, Sarcocystis neurona and Sarcocystis speeri. Sporocysts of S. neurona, S. falcatula and S. speeri are morphologically similar but can be distinguished by its pathogenicity and infectivity in immunodeficient mice and birds and molecular methods. However, there is considerable controversy regarding the identification of Sarcocystis species from opossums. The genetic heterogeneity of species of Sarcocystis hinders definitive identification of these parasites. We used dead D. aurita and D. albiventris (opossum) from Zoos and Trials Centers of São Paulo. After using the centrifugal flotation in sucrose solution, nineteen (31.25%) of 25 positive samples were purified in duplicate for PCR and biological assays using budgerigars (Melopsittacus undulatus) as a biological model of S. falcatula and Balb/c nude as a model for S. neurona. Samples of sporocysts were identified by PCR and sequencing of gene fragments encoding surface protein 2 (SAG-2) as S. falcatula. The results of experimental inoculations in budgerigars also showed that the samples contained high pathogenic and infective Sarcocystis falcatula sporocists. Fifteen infected animals died 10 days post-inoculation. The histopathological analysis showed severe lesions mainly in lung and liver. However, no lesions were found in Balb/c nude inoculated with two samples of sporocysts. This study demonstrated the importance of this disease in the state of São Paulo.
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Sarcocystis sp eliminados por Didelphis aurita e Didelphis albiventris (Gambás) de vida livre no Estado de São Paulo: infecção experimental em periquitos australianos (Melopsittacus undulatus) e camundongos Balb/c nude / Sarcocystis sp eliminated by free-ranging Didelphis aurita and Didelphis albiventris (opossum) in São Paulo: experimental infection in budgerigars (Melopsittacus undulatus) and Balb/c nude miceCesar, Marina de Oliveira 15 March 2011 (has links)
Didelphis virginiana (gambá) é hospedeiro definitivo do Sarcocystis falcatula, Sarcocystis neurona e Sarcocystis speeri. Os esporocistos de S. neurona, S. falcatula e S. speeri são similares morfologicamente, mas podem ser distinguidos por sua patogenicidade e infectividade em aves e camundongos imunodeficientes e métodos moleculares. Porém, há uma considerável controvérsia a respeito da identificação das espécies de Sarcocystis de gambás. A heterogeneidade genética das espécies de Sarcocystis dificulta a identificação definitiva destes parasitos. Utilizou-se D. aurita e D. albiventris (gambás) mortos provenientes de Zoológicos e Centros de Triagens do Estado de São Paulo. Após usar o método de centrífugo-flutuação em solução de sacarose, purificou-se 19 (31,25%) das 25 amostras positivas em duplicatas para realização de PCR e ensaios biológicos utilizando periquitos australianos (Melopsittacus undulatus) como modelo biológico do S. falcatula e camundongos Balb/c nude como modelo experimental para S. neurona. As amostras de esporocistos foram identificadas por PCR e sequenciamento de nucleotídeos de fragmentos codificadores de gene de proteína de superfície 2 (SAG-2) como S. falcatula. Os resultados das inoculações experimentais em periquitos australianos também demonstraram que as amostras continham esporocistos de Sarcocystis falcatula de alta patogenicidade e infectividade. Quinze animais inoculados vieram a óbito 10 dias pós-inoculação. As análises histopatológicas revelaram lesões severas principalmente em pulmão e fígado. Entretanto, não foram encontradas lesões em camundongos Balb/c nude inoculados com duas dessas amostras de esporocistos. Este trabalho demonstrou a importância desta enfermidade no Estado de São Paulo. / Didelphis virginiana (opossum of North America) is a definitive host of Sarcocystis falcatula, Sarcocystis neurona and Sarcocystis speeri. Sporocysts of S. neurona, S. falcatula and S. speeri are morphologically similar but can be distinguished by its pathogenicity and infectivity in immunodeficient mice and birds and molecular methods. However, there is considerable controversy regarding the identification of Sarcocystis species from opossums. The genetic heterogeneity of species of Sarcocystis hinders definitive identification of these parasites. We used dead D. aurita and D. albiventris (opossum) from Zoos and Trials Centers of São Paulo. After using the centrifugal flotation in sucrose solution, nineteen (31.25%) of 25 positive samples were purified in duplicate for PCR and biological assays using budgerigars (Melopsittacus undulatus) as a biological model of S. falcatula and Balb/c nude as a model for S. neurona. Samples of sporocysts were identified by PCR and sequencing of gene fragments encoding surface protein 2 (SAG-2) as S. falcatula. The results of experimental inoculations in budgerigars also showed that the samples contained high pathogenic and infective Sarcocystis falcatula sporocists. Fifteen infected animals died 10 days post-inoculation. The histopathological analysis showed severe lesions mainly in lung and liver. However, no lesions were found in Balb/c nude inoculated with two samples of sporocysts. This study demonstrated the importance of this disease in the state of São Paulo.
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USO DO HABITAT POR PEQUENOS MAMÍFEROS EM UM MOSAICO DE FLORESTA - CAMPO NO EXTREMO SUL DA FLORESTA ATLÂNTICA / HABITAT USE BY SMALL-MAMMALS IN A FOREST-FIELD MOSAIC IN THE EXTREME SOUTHERN OF ATLANTIC FORESTMachado, Renata Figueira 25 February 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The macro and microhabitat use by small-mammal was investigated in an Atlantic Forest- Pampa mosaic. A grid with 88 traps was used, being 27 installed in the understory every two traps placed on the ground, which were 70 m apart of each other. The fieldwork was carried out in 17 monthly phases, during five days, from June 2011 to October 2012, totalizing a sampling effort of 7480 trap-nights. An analysis of variance was used to verify differences in richness, total abundance and abundance of each species among grassland, edges and forest. The same analysis was performed to test if the body mass of each species differs between the vegetation types. Eleven environmental variables measured were summarized through a principal component analysis (PCA). Subsequently, a multiple linear regression analysis was performed between richness and total abundance of each species and the first two axes of PCA. The environmental variables were also correlated to the abundance of small mammal through an analysis of redundancy (RDA). Analysis of variance showed no difference in total abundance and richness for any vegetation types. However, abundance of Oligoryzomys nigripes differed significantly (Q = 1.88, P = 0.0009), being higher in grassland. Considering body mass, there was a significant difference for Akodon montensis (Q = 1824, P = 0.046) and O. nigripes (Q = 1262.1, P = 0.001). The first axis of the PCA, were associated Didelphis albiventris and O. nigripes (r = 0.06, P = 0.022, r = 006, P = 0.018, respectively), and related to variables that characterize forest environments (higher density of woody vegetation). Analysis of variance showed that environmental complexity is not the main factor influencing the richness and abundance of species in the studied area, but there were differences in the pattern of individual distribution according to age, since adults selected best environments than young. The PCA and RDA showed significant effect of microhabitat variables on species occurrence. The presence of A. montesis was influenced by zoochorous dispersion and number of epiphytes, while D. albiventris and O. nigripes were related to forested environments, with greater trees abundance, DAP and litter. The last ones were also correlated with open environments, being D. albiventris related to ferns and distance of water and O. nigripes related to grasses. / A distribuição macro e micro-espacial de pequenos mamíferos não-voadores em uma área de mosaico entre Floresta Atlântica e Pampa foi investigada. Foi utilizada uma grade com 88 armadilhas, 27 foram instaladas no sub-bosque a cada duas armadilhas instaladas no solo, as quais distavam 70 m uma da outra. Foram realizadas 17 fases mensais de campo, durante cinco dias, de junho de 2011 a outubro de 2012, totalizando um esforço amostral de 7480 armadilhas-noite. Uma análise de variância (ANOVA) foi utilizada para verificar se existem diferenças na riqueza, abundância total e abundância de cada espécie entre as fitofisionomias de campo, borda e interior de floresta. Também foi testada a existência de diferenças na massa corporal dos indivíduos para cada espécie, entre essas fitofisionomias. Onze variáveis ambientais mensuradas foram resumidas através de uma análise de componentes principais (PCA). Posteriormente, foi realizada uma análise de regressão linear múltipla entre a riqueza e a abundância total e de cada espécie e os dois primeiros eixos do PCA. As variáveis ambientais brutas foram relacionadas com a abundância de mamíferos por meio de uma análise de redundância (RDA). A análise de variância não mostrou diferença na riqueza e abundância total das espécies para nenhuma das fitofisionomias. Oligoryzomys nigripes foi mais abundante na fitofisionomia de campo (Q = 1,88, P = 0,0009). Quanto à massa corporal, houve diferença significativa para Akodon montensis (Q = 1824, P = 0,046) e O. nigripes (Q = 1262,1, P = 0,001). O primeiro eixo da PCA, associado com Didelphis albiventris e O. nigripes estiveram associadas (r = 0,06; P = 0,022; r = 006; P = 0,018, respectivamente), foi relacionado às variáveis que caracterizam ambientes florestais. A análise de variância mostrou que a complexidade ambiental não é o principal fator que influencia a riqueza e a abundância das espécies na área estuda, porém houve diferenças no padrão de distribuição dos indivíduos conforme a idade, com indivíduos adultos selecionando ambientes distintos dos jovens. A RDA mostrou que a abundância de A. montesis foi influenciada pela dispersão zoocórica e número de epífitas, já D. albiventris e O. nigripes foram relacionados a ambientes florestados, com maior número de árvores, DAP e folhiço. Esses últimos foram correlacionados também a ambientes campestres, com D. albiventris se relacionando a locais com presença de samambaias e distantes da água e O. nigripes a ambientes com alta abundância de gramíneas.
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AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL E REVISÃO SISTEMÁTICA DA TRANSMISSÃO DO Trypanosoma cruzi PELA CANA-DE-AÇÚCAR CONTAMINADA / Experimental assessment and systematic literature review of Trypanosoma cruzi transmission by contaminated sugarcaneSOUSA, Elieni Socorro Marques 25 May 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-05-25 / Introduction: The oral transmission of Chagas disease has been calling the
attention in the last few years, especially because of the occurrence of outbreaks due
to the ingestion of food such as sugar cane juice, with the possibility of contamination
by sylvatic reservoirs of Trypanosoma cruzi, such as Didelphis sp. Objectives: a)
Perform a systematic literature review on sugarcane (Saccharum spp) and/or
Didelphis sp contamination by T. cruzi; b) Verify the transmission of T. cruzi strains
collected from the secretion of the perianal glands of D. albiventris by direct
contamination of sugarcane; c) Try to elucidate T. cruzi potential of penetration in
sugarcane stalks; d) Assess possible penetration of T. cruzi through sugarcane roots
by examining histological sections of stalks inoculated in vivo with this protozoan.
Methodology: The study was carried out in two phases: 1) Systematic review of the
literature using scientific articles that address the contamination of sugarcane and/or
Didelphis sp by T. cruzi, searching for information in Cochrane Library, LILACS,
MEDLINE and SciELO, using as descriptors T. cruzi, Didelphis sp, and Saccharum
spp. We included in this review the articles published in the American continent from
1909 to October 2008 that presented at least two descriptors associated; 2)
Experimental assessment of sugarcane contamination by T. cruzi, in which
opossums were experimentally infected by intraperitoneal inoculation with a
suspension containing this protozoan and assessed by microhaematocrit technique,
culture in LIT (liver infusion tryptose) medium, and PCR. Fragments of sugarcane
were contaminated by direct inoculation of T. cruzi suspension collected from the
perianal glands of these marsupials. Sugarcane juice was extracted at different
intervals, using a manual grinder, and assessed by direct examination and
inoculation of mice. Also, histological sections of sugarcane contaminated in vitro and
in vivo were performed and analyzed using an optical microscope. Results: After
reading and discussing the articles selected, we confirmed the importance of
opossums and sugarcane in the transmission of Chagas disease. Nevertheless, only
one study approaches directly the object of this research since the others describe
experimental contamination of Didelphis sp with different strains of T. cruzi. Given the
Abstract xix
methods employed herein, this study showed the contamination of sugarcane
through the infection of mice up to 6 h after inoculation with strain Y of T. cruzi and up
to 4 h with sylvatic P12. This showed plant contamination when inoculated in the tips
but not on the surface. However, it was not possible to observe the potential of T.
cruzi penetration in sugarcane or the contamination through its roots with the method
used during this study, and no protozoan were visualized using an optical
microscope. Conclusion: A systematic review of the literature showed the lack of
studies on this theme. To the best of our knowledge, this is a pioneer relevant study
and lead to the conclusion that the transmission of T. cruzi by sugarcane
contaminated wit secretion of the perianal glands of opossums is possible. We
suggest the use of other methods for evaluating T. cruzi penetration in sugarcane,
and the contamination of this plant through the roots / Introdução: A transmissão oral da doença de Chagas destaca-se na atualidade pela
ocorrência de surtos da doença por ingestão de alimentos como caldo de cana, não
se descartando a possibilidade de contaminação através de reservatórios silvestres
do Trypanosoma cruzi, como os gambás. Objetivos: a) Fazer uma revisão
sistemática da literatura abordando a temática da contaminação da cana-de-açúcar
(Saccharum spp) e/ou Didelphis sp por T. cruzi; b) Verificar a transmissão de cepas
de T. cruzi provenientes das glândulas perianais de D. albiventris por contaminação
direta da cana-de-açúcar; c) Buscar elucidar o potencial de penetração de T. cruzi
nos tecidos do colmo da cana-de-açúcar; d) Avaliar a possível penetração de T. cruzi
através das raízes da cana-de-açúcar inoculada in vivo com este protozoário.
Metodologia: Estudo realizado em duas etapas: 1) Revisão sistemática da literatura
utilizando artigos científicos que abordam a temática da contaminação da cana-deaçúcar
e/ou Didelphis sp por T. cruzi, pesquisando nas bases de dados Biblioteca
Cochrane, LILACS, MEDLINE e SciELO, utilizando como descritores T. cruzi,
Didelphis sp e Saccharum spp. Participaram da revisão artigos publicados no
continente americano no período de 1909 até outubro de 2008 que apresentaram ao
menos dois descritores associados; 2) Avaliação experimental da contaminação da
cana-de-açúcar por T. cruzi, em que gambás foram infectados experimentalmente
por inoculação intraperitoneal de suspensão deste protozoário e avaliados por microhematócrito,
cultura em meio LIT (liver infusion tryptose) e PCR. Fragmentos de
cana-de-açúcar foram contaminados por inoculação direta de suspensão de T. cruzi
proveniente das glândulas perianais desses marsupiais. O caldo de cana foi extraído
em diferentes intervalos, com o uso de um moedor manual, e avaliado por exame
direto e inoculação em camundongos. Também foram realizados cortes histológicos
da cana-de-açúcar contaminada in vitro e in vivo e analisados por microscopia
óptica. Resultados: Mediante leitura e discussão dos artigos, observou-se a
importância dos gambás e da cana-de-açúcar na transmissão da doença de Chagas.
Porém, ao final da análise constatou-se que apenas um estudo tinha maior relação
com os objetivos da pesquisa. Nas condições metodológicas empregadas, o estudo
mostrou a contaminação da cana-de-açúcar por meio da infecção de camundongos
Resumo xvii
em até 6 h após a inoculação da cepa Y de T. cruzi e em até 4 h com a cepa P12
silvestre. Isso mostrou que a planta se contaminou quando inoculada na
extremidade, mas não quando inoculada na superfície. Entretanto, não foi possível
observar o potencial de penetração do T. cruzi na cana-de-açúcar ou a
contaminação por via radicular com o método utilizado, não tendo sido visualizados
esses protozoários por microscopia óptica nas lâminas confeccionadas. Conclusão:
A revisão sistemática da literatuta mostrou a carência de estudos a esse respeito. Os
resultados do estudo experimental são inéditos e permitiram concluir que a
transmissão de T. cruzi por cana-de-açúcar contaminada com secreção das
glândulas perianais de gambás é possível. Sugere-se o emprego de outros métodos
para avaliar a penetração de T. cruzi em cana-de-açúcar, bem como para a sua
contaminação via radicular
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Estudo complementar da glicose-6-fosfato desidrogenase eritrocitária do marsupial brasileiro Didelphis marsupialis / Complementary study of glucose-6-phosphate dehydrogenase erythrocyte of brazilian marsupial Didelphis marsupialisPinto, Sheila Serra Vieira 18 February 2009 (has links)
Sabe-se que a atividade da glicose-6-fosfato desidrogenase eritrocitária do marsupial brasileiro Didelphis marsupialis é cerca de 15 a 20 vezes a encontrada nos eritrócitos humanos. Pretendendo-se investigar se esta hiperatividade também se encontra ou não aumentada nas outras enzimas eritrocitárias, levou-se a efeito a dosagem das atividades das enzimas glicolíticas bem de outras enzimas relacionadas ao metabolismo óxido-redutor do eritrócito do marsupial. Alguns dados bioquímicos sorológicos, hematológicos e imunológicos foram também obtidos. Assim sendo, as seguintes enzimas eritrocitárias foram estudadas: hexoquinase, glicose fosfato isomerase, fosfofrutoquinase, aldolase, triose fosfato isomerase, gliceraldeido-3-fosfato desidrogenase, fosfogliceratoquinase, difosfoglicerato mutase, monofosfoglicerato mutase, enolase, piruvato quinase, lactato desidrogenase, glicose-6-fosfato desidrogenase, 6-fosfogliconato desidrogenase, glutationa redutase, glutationa peroxidase, glutationa S-transferase, nicotinamida adenina dinucleotideo fosfato diaforase, nicotinamida adenina dinucleotideo meta-hemoglobina redutase, superóxido dismutase, aspartato aminotransferase, adenilato quinase, adenosina desaminase e acetilcolinesterase. Embora a maioria das enzimas estudadas tenham revelado atividades semelhantes às encontradas nos eritrócitos humanos, foram observados aumentos significativos da hexoquinase, piruvato quinase e glutationa S-transferase. Entretanto, a atividade da glutationa peroxidase apresentou grande aumento de atividade, cerca de dez a doze vezes a encontrada nos eritrócitos humanos, talvez agindo em conjunto com a hiperatividade da glicose-6-fosfato desidrogenase da ordem de dez a quinze vezes já descrita nos eritrócitos humanos / It is known that erythrocyte glucose-6-phosphate dehydrogenase specific activity of Didelphis marsupialis is about 15-20 times higher than human red cells. In order to investigate whether this hyperactivity is extended or not to other red cell enzymes, it was proposed to ascertain the activity of the glycolytic enzymes as well as other related to the redox metabolism of the opossum erythrocyte. Some biochemical, hematological and immunological data were also assayed as well. That being so, the following red cell enzymes were assayed: hexokinase, glucose phosphate isomerase, phosphofructokinase, aldolase, triose phosphate isomerase, glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase, phosphoglycerate kinase, diphosphoglycerate mutase, monophosphoglycerate mutase, enolase, pyruvate kinase, lactate dehydrogenase, glucose-6-phosphate dehydrogenase, 6-phosphogluconate dehydrogenase, glutathione reductase, glutathione peroxidase, glutathione S-transferase, nicotinamide adenine dinucleotide phosphate diaphorase, nicotinamide adenine dinucleotide metahemoglobin reductase, superoxide dismutase, aspartate amino-transferase, adenylate kinase, adenosine deaminase and acetylcholinesterase . Although most of the enzymatic activities disclosed to be similar to humans, some enzymes exhibited high activities as the hexokinase, pyruvate kinase and glutathione-S-transferase, about three to four times in relation to human. However the glutathione peroxidase presented overwhelming activity, at the order of ten-twelve times the human enzyme, perhaps working together the glucose-6-phosphate dehydrogenase hyperactivity at the order of ten-fifteen times already described in the marsupial erythrocytes
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