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ModulaÃÃo imunolÃgica preventiva aplicada ao controle de infecÃÃes bacterianas por salmonella typhimurium pelo uso de lectinas / Preventive immune modulation applied to the control of bacterial infections by Salmonella typhimurium by the use of lectinsAyrles Fernanda BrandÃo da Silva 22 April 2014 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / DoenÃas infecciosas constituem a principal causa de morte em todo o mundo. Dentre estas, as causadas por infecÃÃes bacterianas se destacam devido à diversidade de bactÃrias e à sua capacidade evolutiva e adaptativa. Respostas inflamatÃrias inadequadas estÃo associadas a essas infecÃÃes e em detrimento de avanÃos cientÃficos, o diagnÃstico precoce e o tratamento de quadros de infecÃÃes bacterianas sistÃmicas permanecem um desafio à saÃde pÃblica. Neste contexto, este estudo avaliou a capacidade da lectina de Canavalia brasiliensis (ConBr) e Cratylia argentea (CFL) em modular a inflamaÃÃo sistÃmica causada por Salmonella enterica sorotipo Typhimurium. As lectinas foram purificadas por cromatografia de afinidade em coluna de Sephadex G-50 e ensaios de avaliaÃÃo toxicolÃgica e seguranÃa farmacolÃgica foram realizados. Ambas as lectinas nÃo demonstraram toxicidade atà a mÃxima dose de 2000 mg/kg. EntÃo, camundongos foram inoculados, por via intraperitoneal, com as lectinas (10 mg/kg), 72, 48 e 24 horas antes de serem infectados com a Salmonella (107 UFC/mL). Foi observada uma sobrevida de 100% e 90% dos animais tratados com a ConBr e CFL, respectivamente, avaliados no sÃtimo dia. Este protocolo reduziu significativamente o nÃmero de bactÃrias no sangue, fluÃdo peritoneal e nos principais ÃrgÃos da infecÃÃo (baÃo e fÃgado). Foi observado ainda reversÃo da falÃncia na migraÃÃo de neutrÃfilos, leucopenia, bem como, reduÃÃo nos nÃveis de citocinas (TNF-α, IL-1 e IL-10) e Ãxido nÃtrico no soro. Foi tambÃm verificado um aumento na concentraÃÃo de Ãxido nÃtrico no fluido peritoneal e do nÃmero de plaquetas no sangue. AnÃlises in vitro mostraram que ambas as lectinas nÃo apresentam atividade bactericida, reduzem o tempo de ativaÃÃo do sistema complemento e aumentam o tempo de coagulaÃÃo intrÃnseca e extrÃnseca. As lectinas nÃo apresentaram efeito curativo quando administradas apÃs a infecÃÃo e nÃo demonstraram efeito preventivo quando inoculadas por via endovenosa ou oral. AtravÃs da anÃlise proteÃmica, proteÃnas relacionadas à infecÃÃo e à aÃÃo moduladora das lectinas foram identificadas. Assim, as lectinas possivelmente atuam sobre os macrÃfagos/monÃcitos, controlando sua ativaÃÃo, e desta forma, atenuando o processo inflamatÃrio e protegendo os animais do choque sÃptico. Estes resultados representam uma interessante perspectiva para o controle de infecÃÃes, com uso independente ou associado a antibiÃticos de aÃÃo direta sobre microrganismos / Infectious diseases are a leading cause of death throughout the world. Among these, bacterial infections stand out due to the enormous diversity of bacteria and their evolutionary and adaptive abilities. Inappropriate inflammatory responses have been associated with these infections and despite contemporaneous scientific approaches, timely diagnosis and proper treatment of systemic bacterial infection are still a challenge for public health. Thus, this study evaluated the ability of Canavalia brasiliensis (ConBr) and Cratylia argentea (CFL) lectin in modulating systemic inflammation caused by Salmonella enterica serovar Typhimurium. The lectins were purified by affinity chromatography on Sephadex G50. Toxicology and the pharmacological security of lectins was evaluated. Both lectins exhibited no toxicity up to 2000 mg/kg. Mice were inoculated intraperitoneally with lectins (10 mg/kg) within 72, 48 and 24 h before infection with Salmonella (107 CFU/mL). Animals treated with ConBr and CFL, respectively, showed 100% and 90% survival, seven days after infection. This protocol significantly reduced the bacteria in blood, peritoneal fluid and in main organs such as liver and spleen. It was also observed a reversal of the neutrophil migration failure, leukopenia, as well as reduction of cytokine levels (TNF- α, IL- 1 and IL -10) and nitric oxide on the serum. In addition, elevated peritoneal fluid concentration of nitric oxide and increase in the number of platelets were found. In vitro analyzes identified that both lectins did not exhibit antibacterial activity, can decrease the time of activation of complement system and increase intrinsic and extrinsic clotting time. Lectins had no curative effect when administered after infection and none protective effect when inoculated either intravenously or orally. Through proteomic analysis, proteins related to infection and to modulating action of lectins were identified. According to our results, we found that lectins can act on macrophages/monocytes, controlling their activation and thereby influencing the inflammatory process, protecting the animals from septic shock. These results represent an interesting approach for the control of infections, using lectins independently or associated with antibiotics whose action is directly on microorganisms.
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Avaliação da geração de trombina nas fases inicias da sepse em pacientes com nenplasias hematológicas e netropenia febril / Evaluation of thrombin generation in the early stages of sepsis in patients with hematological malignancies and febrile neutropeniaQuaino, Susan Kelly Picoli, 1980- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Erich Vinicius de Paula / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T11:03:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Pacientes com neutropenia febril apresentam risco aumentado de infecções severas e complicações da sepse. A ativação descontrolada da coagulação é uma das características mais marcantes da sepse. O quadro clínico e laboratorial mais característico desta ativação é chamado de coagulação intra-vascular disseminada. Do ponto de vista da fisiopatologia, a coagulação intravascular disseminada é caracterizada por ativação da coagulação pela expressão anômala intravascular de fator tissular, pelo consumo de inibidores naturais da coagulação e pela liberação excessiva de PAI-1, levando a hipofibrinólise. O quadro resultante destes processos é a hipercoagulabilidade. Acredita-se que parte das complicações da sepse, entre elas a chamada falência de múltiplos órgãos, seja decorrente de trombose de microvasos e isquemia tecidual. Assim, o estudo da coagulação intravascular disseminada tem grande relevância clínica. A avaliação laboratorial da hemostasia em pacientes com sepse e coagulação intravascular disseminada é limitada pelo fato de os testes disponíveis não ilustrarem de forma global e completa o resultado de todos estes processos na hemostasia. Além disso, é reconhecido que esta avaliação só é relevante se feita em mais de um momento ao longo da evolução do quadro na medida em que mais importante do que medidas isoladas é a tendência de mudança de variáveis como tempo de protrombina, dímeros D e fibrinogênio. Por este motivo, os chamados testes globais da hemostasia, capazes de avaliar de forma mais completa a interação de todos os processos citados acima, vêm ganhando importância nos últimos anos. Em pacientes com sepse, o teste de geração de trombina já foi avaliado em medidas isoladas, mostrando resultados que indicam lentificação do processo de ativação da coagulação. Estes resultados são distintos daqueles classicamente aceitos de hipercoagulabilidade durante as fases iniciais da sepse. No entanto, o número de estudos realizados nestes pacientes é escasso, sendo que em nenhum deles foi avaliada a variação temporal deste parâmetro. Em nosso estudo avaliamos parâmetros do teste da geração de trombina em pacientes com sepse e neutropenia febril. A avaliação foi feita no tempo basal, no momento da febre e após 48 horas. Além disso, avaliamos os parâmetros clássicos da hemostasia.. Nossos resultados contrariam a hipótese de presença de hipercoagulabilidade nas fases iniciais da sepse. Nenhum parâmetro do teste de geração de trombina mostrou-se capaz de segregar pacientes com maior risco de evolução para choque séptico / Abstract: Patients with febrile neutropenia are at increased risk of severe infections and complications of sepsis. The uncontrolled activation of coagulation is one of the most striking features of sepsis. The clinical and laboratory most characteristic of this activation is called disseminated intravascular coagulation. The pathophysiology of disseminated intravascular coagulation is characterized by activation of coagulation by anomalous intravascular expression of tissue factor, the consumption of natural inhibitors of coagulation and excessive release of PAI-1, leading to hipofibrinolysis. The net resulting picture of these processes is the hypercoagulability. It is believed that some of the complications of sepsis, including the so-called multiple organ failure, is due to thrombosis of microvasculature and tissue ischemia. Thus, the study of disseminated intravascular coagulation has great clinical relevance. Laboratory evaluation of hemostasis in patients with sepsis and disseminated intravascular coagulation is limited because the available tests do not depict in a comprehensive and completely way the results of all these processes in hemostasis. Moreover, it is recognized that this assessment is only relevant if done in more than one time-point along during disease progression to capture the trends of variables such as prothrombin time, D dimers and fibrinogen. For this reason, the so-called global tests of hemostasis, able to assess more fully the interaction of all the above processes are gaining importance in recent years. In patients with sepsis, thrombin generation test has been evaluated on single measures, showing results that show slowing the process of coagulation activation. These results are distinct from those classically accepted which assume that hypercoagulability would be present in early phases of sepsis. However, the number of patients in these studies is scarce, and none of them evaluated the temporal variation of this parameter. In our study we evaluated the test parameters of thrombin generation in patients with sepsis and febrile neutropenia. The evaluation was performed at baseline, at the time of fever and 48 hours thereafter. In addition, we evaluated classical parameters of hemostasis. Our results contradict the hypothesis of the presence of hypercoagulabilit in the early stages of sepsis and deserve further evaluation in larger studies. No parameter of thrombin generation was able to segregate patients with higher risk to progress to septic shock / Mestrado / Ciencias Basicas / Mestre em Clinica Medica
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Les microparticules dans le choc septique, marqueurs pathogènes et cibles thérapeutiques potentielles / Microparticles in septic shock, pathogenic biomarkers and potential therapeutic targetsHelms, Julie 30 June 2014 (has links)
Le choc septique est caractérisé par une intense activation cellulaire marquée par une génération excessive de microparticules (MPs), libérées dans l’espace extracellulaire suite à un remaniement de la membrane plasmique. Les MPs participeraient à la dysfonction cardiovasculaire et à la coagulopathie du choc septique. Nous avons exploré l’intérêt des MPs circulantes comme marqueurs pathogènes, en étudiant l’effet d’acides gras exogènes sur le remodelage de la membrane plasmique et la genèse des MPs, in-vitro dans un modèle de cellules en culture stimulées par une endotoxine et in vivo chez le rat septique. Nous avons ensuite caractérisé l’activation cellulaire du choc septique chez l’homme, en utilisant les MPs circulantes comme témoins de la dysfonction du compartiment vasculaire, puis montré la place des MPs comme cibles thérapeutiques potentielles au cours du choc septique, par leur modulation pharmacologique dans un modèle de choc septique chez le rat.Nous montrons ainsi l’intérêt des MPs comme un nouvel outil dans l’exploration de nouvelles pistes physiopathologiques du choc septique et comme cibles pharmacologiquement modulables à des fins éventuellement thérapeutiques. / Septic shock is characterized by an intense cell activation marked by an excessive generation of microparticles (MPs), released into the extracellular space after plasma membrane remodeling. MPs take part in cardiovascular dysfunction and coagulopathy of septic shock. We investigated the role of circulating MPs as pathogenic markers, by studying the effects of exogenous fatty acids on plasma membrane remodeling and MP generation, in vitro with cultured cells stimulated by an endotoxin and and in vivo in septic rats. We have then characterized the cellular activation of septic shock in humans, using circulating MPs as evidence of vascular dysfunction and shown the place of MPs as potential therapeutic targets, through their pharmacological modulation in a rat model of septic shock.We have therefore shown the interest of MPs as a new tool to explore septic shock pathophysiology and as therapeutic targets than can be pharmacologically modulated.
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Case Report: ANXA2 Associated Life-Threatening Coagulopathy With Hyperfibrinolysis in a Patient With Non-APL Acute Myeloid LeukemiaRuhnke, Leo, Stölzel, Friedrich, Wagenführ, Lisa, Altmann, Heidi, Platzbecker, Uwe, Herold, Sylvia, Rump, Andreas, Schröck, Evelin, Bornhäuser, Martin, Schetelig, Johannes, von Bonin, Malte 28 March 2023 (has links)
Patients with acute promyelocytic leukemia (APL) often present with potentially lifethreatening
hemorrhagic diathesis. The underlying pathomechanisms of APLassociated
coagulopathy are complex. However, two pathways considered to be APLspecific
had been identified: 1) annexin A2 (ANXA2)-associated hyperfibrinolysis and 2)
podoplanin (PDPN)-mediated platelet activation and aggregation. In contrast, since
disseminated intravascular coagulation (DIC) is far less frequent in patients with non-
APL acute myeloid leukemia (AML), the pathophysiology of AML-associated hemorrhagic
disorders is not well understood. Furthermore, the potential threat of coagulopathy in non-
APL AML patients may be underestimated. Herein, we report a patient with non-APL AML
presenting with severe coagulopathy with hyperfibrinolysis. Since his clinical course
resembled a prototypical APL-associated hemorrhagic disorder, we hypothesized
pathophysiological similarities. Performing multiparametric flow cytometry (MFC) and
immunofluorescence imaging (IF) studies, we found the patient’s bone-marrow
mononuclear cells (BM-MNC) to express ANXA2 - a biomarker previously thought to be
APL-specific. In addition, whole-exome sequencing (WES) on sorted BM-MNC (leukemiaassociated
immunophenotype (LAIP)1: ANXAlo, LAIP2: ANXAhi) demonstrated high intratumor
heterogeneity. Since ANXA2 regulation is not well understood, further research to
determine the coagulopathy-initiating events in AML and APL is indicated. Moreover,
ANXA2 and PDPN MFC assessment as a tool to determine the risk of life-threatening DIC
in AML and APL patients should be evaluated.
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Envolvimento do fator de von Willebrand na plaquetopenia do envenenamento experimental pela serpente Bothrops jararaca: participação da botrocetina e metaloproteinases do veneno / Involvement of von Willebrand factor in the plaquetopenia of experimental poisoning by the Bothrops jararaca snake: participation of botrocetin and venom metalloproteinasesThomazini, Camila Martos 02 May 2018 (has links)
Pacientes envenenados pela serpente Bothrops jararaca manifestam uma tendência hemorrágica em que a plaquetopenia é um achado consistente. Manifestações clínicas sistêmicas, como sangramento de mucosas e microangiopatia trombótica em alguns pacientes, apresentam similaridades com sinais clínicos de doença de von Willebrand e púrpura trombocitopênica trombótica. Algumas proteínas do veneno - como a botrocetina (uma proteína relacionada às lectinas do tipo C) e as metaloproteinases do veneno (SVMP) - interferem direta ou indiretamente na interação entre plaquetas e o fator de von Willebrand (vWF) in vitro e in vivo. E dessa forma, podem contribuir para os sangramentos induzidos pelo envenenamento devido à importância que o vWF tem para a hemostasia primária. Pensando em compreender a participação do vWF do organismo e a botrocetina e as SVMP do veneno bruto de B. jararaca (BjV) na plaquetopenia induzida pelo envenenamento, utilizamos dois modelos experimentais: ratos Wistar heterogênicos e camundongos nocautes do gene Vwf (Vwf-/-). No modelo em ratos, o BjV foi pré-incubado com salina (controle positivo), um inibidor de metaloproteinases (Na2-EDTA), anticorpos policlonais anti-botrocetina, glicerol (veículo dos anticorpos), ou a combinação do Na2-EDTA e anticorpos anti-botrocetina; o grupo controle negativo foi injetado somente com salina. Após a administração subcutânea (s.c.) dos venenos tratados (1,6 mg/kg), amostras de sangue foram coletadas após 3, 6 ou 24 h, e analisaram-se a contagem de plaquetas, quantificação antigênica (vWF:Ag) e da atividade de ligação do vWF ao colágeno (vWF:CB), a atividade de ADAMTS13, a distribuição multimérica de vWF, e a atividade coagulante de fator VIII (FVIII). Para explorar a participação do vWF na plaquetopenia, camundongos nocautes de vWF (Vwf-/-) e camundongos controles (C57BL/6) foram injetados s.c. com BjV incubado com salina (grupo positivo do envenenamento) ou apenas salina (grupo controle negativo). As injeções dos tratamentos, bem como os períodos analisados foram idênticos aos dos ratos. Em nossos resultados, todos os ratos injetados com algum tratamento de BjV, inclusive nos animais que receberam veneno pré-tratado com anticorpo anti-botrocetina e/ou Na2-EDTA, apresentaram plaquetopenia, com maior intensidade em 6 h. Na avaliação do vWF foi encontrada uma grande variação individual nos grupos de tratamentos, porém ainda assim houve uma tendência a redução nos níveis de vWF:Ag em 3 e 6 h nos ratos que receberam BjV sem inibidores. A administração de BjV tratado somente com anticorpo anti-botrocetina promoveu uma maior redução nos níveis de vWF:Ag em 3 h, com retorno aos níveis semelhantes aos de controle negativo em 6 h e 24 h. A inibição sozinha das metaloproteinases não promoveu efeito importante, porém em 6 h, potencializou a ação do anticorpo anti-botrocetina na inibição conjunta do decréscimo de vWF:Ag e vWF:CB. A análise dos multímeros do vWF mostrou perfis bastante variáveis individualmente, porém os multímeros de alto peso molecular e intermediário tenderam a diminuir e os de baixo peso a aumentar nos animais que receberam algum tratamento com BjV, especialmente em 24 h. Na dosagem de FVIII, houve redução em 3 e 6 h em todos os ratos que receberam qualquer tratamento de BjV, sem grandes variações entre esses grupos. A atividade de ADAMTS13 apresentou uma redução dos valores em 3 e 6 h, que foi revertida pela inibição das metaloproteinases do veneno. Já nos camundongos, a plaquetopenia esteve presente em todos os animais nocautes e controles que receberam BjV, mostrando ser independente da presença de vWF. Nos camundongos controles (C57BL/6), não houve alterações evidentes em vWF:Ag durante o envenenamento, porém em 3 h houve uma tendência a sua diminuição. Em conjunto, nossos resultados mostram que a presença da botrocetina no veneno bruto não afeta a plaquetopenia desencadeada pelo envenenamento, porém influencia o vWF plasmático quantitativa e funcionalmente. As metaloproteinases do veneno têm forte efeito sobre a enzima fisiológica reguladora da atividade biológica do vWF, a ADAMTS13, que indiretamente pode afetar os níveis de vWF. Ademais, a intensidade da plaquetopenia durante o envenenamento de B. jararaca não depende da presença de vWF, e tendo em conta o caráter multifatorial do consumo plaquetário durante o envenenamento, sugerimos que outros mecanismos possam ser responsáveis pela plaquetopenia induzida pelo BjV. Com isso, concluímos que o consumo de vWF no envenenamento por B. jararaca é um fator contribuinte, porém não determinante, para as alterações da contagem plaquetária / Patients bitten by Bothrops snakes manifest a bleeding tendency in which thrombocytopenia is consistently observed. Systemic clinical manifestations, such as mucous bleeding and thrombotic microangiopathy in some patients, share similarities with symptoms of von Willebrand disease and thrombotic thrombocytopenic purpura. Some venom proteins - e.g. botrocetin (a C-type lectin-related protein) and snake venom metalloproteinases (SVMP) - disturbs, direct or indirectly, the interaction between platelets and von Willebrand factor (vWF) in vitro and in vivo, and may contribute thereby to snakebite-induced bleedings, once vWF is required for primary hemostasis. To better understand the relation between plasma vWF, and botrocetin and SVMPs from B. jararaca crude venom (BjV) in the thrombocytopenia induced by envenomation, we used two experimental models: Wistar heterogenic rats and vWF knockout mice (Vwf-/-). In the rat model, BjV was pre-incubated with saline (positive control), metalloproteinase inhibitor (Na2-EDTA), polyclonal anti-botrocetin antibodies, glycerol (antibody vehicle), or the combination of Na2-EDTA and anti-botrocetin antibodies; the negative control group was injected with saline only. After subcutaneous injection (s.c.) of treated venom (1.6 mg/kg), blood samples were collected after 3, 6 or 24 h, and platelet count, vWF antigen (vWF:Ag) and collagenbinding activity (vWF:CB), ADAMTS13 activity, vWF multimer distribution, and factor VIII (FVIII) coagulant activity were analyzed. To investigate the participation of vWF in thrombocytopenia, vWF knockout mice (Vwf-/-) and control mice (C57BL/6) were injected s.c. with saline only (negative control group) or BjV pre-incubated with saline (positive control group). The same protocols used for rats were accomplished in mice. Our results showed that all rats injected with any BjV treatment, including animals which received anti-botrocetin antibodies and/or Na2-EDTA-treated BjV, showed thrombocytopenia, with the nadir at 6h. vWF analysis exhibited a large individual variation among treatment groups, but there was a tendency to reduce vWF:Ag levels at 3 and 6 h in rats that received BjV pre-incubated with saline (without any inhibitor). Administration of BjV pre-incubated only with anti-botrocetin antibodies evoked a large reduction in vWF:Ag levels at 3 h, which returned to levels similar to those of the negative control group at 6 and 24 h. SVMP inhibition alone did not induce an important effect, but potentialized the activity of anti-botrocetin antibodies to inhibit the fall in both vWF:Ag and vWF:CB levels at 6 h. VWF multimer analysis had a large individual profile variation, although animals that received any BjV treatment tended to decrease the high and intermediate molecular weight multimers and to increase the low ones, especially at 24 h. FVIII showed diminished levels in all rats that received any BjV treatment at 3 and 6 h, without important variations among groups. Decreased levels of ADAMTS13 activity were noticed at 3 and 6 h, which were reverted by SVMP inhibition. In mice, thrombocytopenia was present in all control and knockout mice that received BjV, demonstrating independence of vWF presence. In control mice (C57BL/6), there were no relevant alterations in vWF:Ag during envenomation, although at 3 h there was a tendency to decrease it. Al together, our results showed that botrocetin present in crude venom does not affect thrombocytopenia induced by envenomation, but it changes the levels and function of plasma vWF. SVMP had a marked effect in ADAMTS13, the physiological enzyme that regulates vWF biological activity, which may affect vWF levels indirectly. In addition, thrombocytopenia during B. jararaca envenomation is independent of vWF, and considering the multifactorial features of platelet consumption during envenomation, we suggest that other mechanisms might account for BjV-induced thrombocytopenia. Therefore, we conclude that vWF consumption during B. jararaca envenomation is an ancillary mechanism, but not the main one to decrease platelet counts
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Marcadores de coagulação intravascular disseminada em pacientes graves internados em unidade de terapia intensiva.Lobo, Francisco Ricardo Marques 23 January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-01-23 / Disseminated intravascular coagulation (DIC) is a syndrome caused by systemic activation of clotting factors and it is frequently associated with several diseases such as sepsis, trauma, shock, cancer, and immune and vascular disorders. Sepsis is the main clinical condition associated to DIC. In some cases, the clinical outcome is very fast and severe, and an early management establishes a better outcome. Using a score suggested by the International Society of Thrombosis and Haemostasis to perform a DIC diagnosis, we were able to evaluate the frequency of its occurrence in patients admitted to the intensive care unit. The serum concentrations of coagulation and fibrinolysis markers within the first 72 hours of admission and the role of these markers as early predictors in the development of DIC were retrospectively estimated. Fifty clinical and surgical patients presenting sepsis, shock, and multiple traumas were included in the study. Of the 50 patients examined, 10 (20%) developed DIC within the first 48 hours of ICU admission. The logistic regression analysis showed that the decreased antithrombin level (p = 0.0355) on admission are predictive of DIC development. This result may have a relevant involvement in clinical outcome because the early intervention can change the DIC prognosis. / A Coagulação intravascular disseminada (CIVD) é uma síndrome causada por ativação sistêmica da coagulação e freqüentemente associada com diversas doenças como sepse, trauma, choque, câncer e anormalidades imunológicas e vasculares. A sepse é a principal condição clínica associada à CIVD. Em alguns casos, a evolução clínica é muito rápida e grave e o tratamento precoce determina melhor evolução. Com o uso do escore para diagnóstico de CIVD proposto pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia avaliamos a freqüência de ocorrências de CIVD em pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva. As concentrações séricas dos marcadores da coagulação e fibrinólise nas primeiras 72 horas da internação e o papel desses marcadores como preditores precoces do desenvolvimento de CIVD foram avaliados retrospectivamente. Cinqüenta pacientes (clínicos e cirúrgicos) apresentando sepse, choque e politrauma foram incluídos no estudo. Dos 50 pacientes avaliados, 10 pacientes (20%) desenvolveram CIVD durante as primeiras 48 horas de internação na UTI. A análise por regressão logística mostrou que o nível diminuído de antitrombina (p= 0,0355) na admissão é preditivo do desenvolvimento de CIVD. Esse resultado pode ter implicação relevante na evolução clínica, pois a intervenção precoce poderá mudar o prognóstico da CIVD.
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Envolvimento do fator de von Willebrand na plaquetopenia do envenenamento experimental pela serpente Bothrops jararaca: participação da botrocetina e metaloproteinases do veneno / Involvement of von Willebrand factor in the plaquetopenia of experimental poisoning by the Bothrops jararaca snake: participation of botrocetin and venom metalloproteinasesCamila Martos Thomazini 02 May 2018 (has links)
Pacientes envenenados pela serpente Bothrops jararaca manifestam uma tendência hemorrágica em que a plaquetopenia é um achado consistente. Manifestações clínicas sistêmicas, como sangramento de mucosas e microangiopatia trombótica em alguns pacientes, apresentam similaridades com sinais clínicos de doença de von Willebrand e púrpura trombocitopênica trombótica. Algumas proteínas do veneno - como a botrocetina (uma proteína relacionada às lectinas do tipo C) e as metaloproteinases do veneno (SVMP) - interferem direta ou indiretamente na interação entre plaquetas e o fator de von Willebrand (vWF) in vitro e in vivo. E dessa forma, podem contribuir para os sangramentos induzidos pelo envenenamento devido à importância que o vWF tem para a hemostasia primária. Pensando em compreender a participação do vWF do organismo e a botrocetina e as SVMP do veneno bruto de B. jararaca (BjV) na plaquetopenia induzida pelo envenenamento, utilizamos dois modelos experimentais: ratos Wistar heterogênicos e camundongos nocautes do gene Vwf (Vwf-/-). No modelo em ratos, o BjV foi pré-incubado com salina (controle positivo), um inibidor de metaloproteinases (Na2-EDTA), anticorpos policlonais anti-botrocetina, glicerol (veículo dos anticorpos), ou a combinação do Na2-EDTA e anticorpos anti-botrocetina; o grupo controle negativo foi injetado somente com salina. Após a administração subcutânea (s.c.) dos venenos tratados (1,6 mg/kg), amostras de sangue foram coletadas após 3, 6 ou 24 h, e analisaram-se a contagem de plaquetas, quantificação antigênica (vWF:Ag) e da atividade de ligação do vWF ao colágeno (vWF:CB), a atividade de ADAMTS13, a distribuição multimérica de vWF, e a atividade coagulante de fator VIII (FVIII). Para explorar a participação do vWF na plaquetopenia, camundongos nocautes de vWF (Vwf-/-) e camundongos controles (C57BL/6) foram injetados s.c. com BjV incubado com salina (grupo positivo do envenenamento) ou apenas salina (grupo controle negativo). As injeções dos tratamentos, bem como os períodos analisados foram idênticos aos dos ratos. Em nossos resultados, todos os ratos injetados com algum tratamento de BjV, inclusive nos animais que receberam veneno pré-tratado com anticorpo anti-botrocetina e/ou Na2-EDTA, apresentaram plaquetopenia, com maior intensidade em 6 h. Na avaliação do vWF foi encontrada uma grande variação individual nos grupos de tratamentos, porém ainda assim houve uma tendência a redução nos níveis de vWF:Ag em 3 e 6 h nos ratos que receberam BjV sem inibidores. A administração de BjV tratado somente com anticorpo anti-botrocetina promoveu uma maior redução nos níveis de vWF:Ag em 3 h, com retorno aos níveis semelhantes aos de controle negativo em 6 h e 24 h. A inibição sozinha das metaloproteinases não promoveu efeito importante, porém em 6 h, potencializou a ação do anticorpo anti-botrocetina na inibição conjunta do decréscimo de vWF:Ag e vWF:CB. A análise dos multímeros do vWF mostrou perfis bastante variáveis individualmente, porém os multímeros de alto peso molecular e intermediário tenderam a diminuir e os de baixo peso a aumentar nos animais que receberam algum tratamento com BjV, especialmente em 24 h. Na dosagem de FVIII, houve redução em 3 e 6 h em todos os ratos que receberam qualquer tratamento de BjV, sem grandes variações entre esses grupos. A atividade de ADAMTS13 apresentou uma redução dos valores em 3 e 6 h, que foi revertida pela inibição das metaloproteinases do veneno. Já nos camundongos, a plaquetopenia esteve presente em todos os animais nocautes e controles que receberam BjV, mostrando ser independente da presença de vWF. Nos camundongos controles (C57BL/6), não houve alterações evidentes em vWF:Ag durante o envenenamento, porém em 3 h houve uma tendência a sua diminuição. Em conjunto, nossos resultados mostram que a presença da botrocetina no veneno bruto não afeta a plaquetopenia desencadeada pelo envenenamento, porém influencia o vWF plasmático quantitativa e funcionalmente. As metaloproteinases do veneno têm forte efeito sobre a enzima fisiológica reguladora da atividade biológica do vWF, a ADAMTS13, que indiretamente pode afetar os níveis de vWF. Ademais, a intensidade da plaquetopenia durante o envenenamento de B. jararaca não depende da presença de vWF, e tendo em conta o caráter multifatorial do consumo plaquetário durante o envenenamento, sugerimos que outros mecanismos possam ser responsáveis pela plaquetopenia induzida pelo BjV. Com isso, concluímos que o consumo de vWF no envenenamento por B. jararaca é um fator contribuinte, porém não determinante, para as alterações da contagem plaquetária / Patients bitten by Bothrops snakes manifest a bleeding tendency in which thrombocytopenia is consistently observed. Systemic clinical manifestations, such as mucous bleeding and thrombotic microangiopathy in some patients, share similarities with symptoms of von Willebrand disease and thrombotic thrombocytopenic purpura. Some venom proteins - e.g. botrocetin (a C-type lectin-related protein) and snake venom metalloproteinases (SVMP) - disturbs, direct or indirectly, the interaction between platelets and von Willebrand factor (vWF) in vitro and in vivo, and may contribute thereby to snakebite-induced bleedings, once vWF is required for primary hemostasis. To better understand the relation between plasma vWF, and botrocetin and SVMPs from B. jararaca crude venom (BjV) in the thrombocytopenia induced by envenomation, we used two experimental models: Wistar heterogenic rats and vWF knockout mice (Vwf-/-). In the rat model, BjV was pre-incubated with saline (positive control), metalloproteinase inhibitor (Na2-EDTA), polyclonal anti-botrocetin antibodies, glycerol (antibody vehicle), or the combination of Na2-EDTA and anti-botrocetin antibodies; the negative control group was injected with saline only. After subcutaneous injection (s.c.) of treated venom (1.6 mg/kg), blood samples were collected after 3, 6 or 24 h, and platelet count, vWF antigen (vWF:Ag) and collagenbinding activity (vWF:CB), ADAMTS13 activity, vWF multimer distribution, and factor VIII (FVIII) coagulant activity were analyzed. To investigate the participation of vWF in thrombocytopenia, vWF knockout mice (Vwf-/-) and control mice (C57BL/6) were injected s.c. with saline only (negative control group) or BjV pre-incubated with saline (positive control group). The same protocols used for rats were accomplished in mice. Our results showed that all rats injected with any BjV treatment, including animals which received anti-botrocetin antibodies and/or Na2-EDTA-treated BjV, showed thrombocytopenia, with the nadir at 6h. vWF analysis exhibited a large individual variation among treatment groups, but there was a tendency to reduce vWF:Ag levels at 3 and 6 h in rats that received BjV pre-incubated with saline (without any inhibitor). Administration of BjV pre-incubated only with anti-botrocetin antibodies evoked a large reduction in vWF:Ag levels at 3 h, which returned to levels similar to those of the negative control group at 6 and 24 h. SVMP inhibition alone did not induce an important effect, but potentialized the activity of anti-botrocetin antibodies to inhibit the fall in both vWF:Ag and vWF:CB levels at 6 h. VWF multimer analysis had a large individual profile variation, although animals that received any BjV treatment tended to decrease the high and intermediate molecular weight multimers and to increase the low ones, especially at 24 h. FVIII showed diminished levels in all rats that received any BjV treatment at 3 and 6 h, without important variations among groups. Decreased levels of ADAMTS13 activity were noticed at 3 and 6 h, which were reverted by SVMP inhibition. In mice, thrombocytopenia was present in all control and knockout mice that received BjV, demonstrating independence of vWF presence. In control mice (C57BL/6), there were no relevant alterations in vWF:Ag during envenomation, although at 3 h there was a tendency to decrease it. Al together, our results showed that botrocetin present in crude venom does not affect thrombocytopenia induced by envenomation, but it changes the levels and function of plasma vWF. SVMP had a marked effect in ADAMTS13, the physiological enzyme that regulates vWF biological activity, which may affect vWF levels indirectly. In addition, thrombocytopenia during B. jararaca envenomation is independent of vWF, and considering the multifactorial features of platelet consumption during envenomation, we suggest that other mechanisms might account for BjV-induced thrombocytopenia. Therefore, we conclude that vWF consumption during B. jararaca envenomation is an ancillary mechanism, but not the main one to decrease platelet counts
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Molecular epidemiology of epidemic severe malaria caused by Plasmodium vivax in the state of Amazonas, Brazil /Santos-Ciminera, Patricia Dantas. Ciminera, Patricia Dantas Santos. Santos, Patricia. January 2005 (has links) (PDF)
Thesis (Ph. D.)--Uniformed Services University of the Health Sciences, 2005. / Typescript (photocopy).
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