361 |
A acurácia da Escala de Experiência Sexual do Arizona (ASEX) para identificar disfunção sexual em pacientes do espectro da esquizofrenia / The Accuracy of the Arizona Sexual Experience Scale (ASEX) to identify sexual dysfunction in patients of the schizophrenia spectrumNunes, Luciana Vargas Alves [UNIFESP] 27 February 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009-02-27. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:33Z : No. of bitstreams: 1
Publico-008.pdf: 1147299 bytes, checksum: c53fe718c40d4278be6155456942dfbe (MD5) / Contexto: a disfunção sexual é frequente entre pacientes com esquizofrenia, sendo relatada como um dos mais incômodos efeitos adversos dos antipsicóticos e esta diretamente relacionada com adesão ao tratamento. Objetivo: a) avaliar a frequência da disfunção sexual em uma amostra de pacientes do espectro da esquizofrenia em tratamento com antipsicóticos; b) investigar 0 efeito dos diferentes antipsicóticos na função sexual; e c) avaliar a acurácia da Escala de Experiência Sexual do Arizona (AS EX) para identificar disfunção sexual. Método: pacientes ambulatoriais com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo foram entrevistados através de questionários: ASEX e Escala Dickson-Glazer (DGSFi) para avaliação do funcionamento sexual, em uma única entrevista. Resultados: 137 pacientes foram entrevistados. A sensibilidade e especificidade da ASEX em relação a DGSFi foram: 80.8% ( 95% IC= 70.0%-88.5%) e 88.1 % (95% IC=76.5%-94.7%), e a taxa de classificação incorreta foi 9.5%. A curva ROC comparando a pontuação da ASEX e DGSFi revelou valor de 0.93 (IC=0.879¬0.970) com 0 ponto de corte da ASEX encontrando sendo 14/15. A disfunção sexual foi mais alta entre as mulheres (79.2%) do que nos homens (33.3%) (X2=27.41, gl=1, p<0.001). Conclusão: pacientes em tratamento com antipsicóticos mostraram alta frequência de queixas sexuais e ASEX provou ser um instrumento eficaz para identificar disfunção sexual em amostra de pacientes ambulatoriais do espectro da esquizofrenia. Mulheres mostraram frequência mais alta de disfunção, e desejo sexual e habilidade para alcançar orgasmo foram áreas mais afetadas. 0 uso de antipsicóticos, principal mente 0 uso de combinações, foi associado com piora do funcionamento sexual.. / Background: sexual dysfunction is frequent in patients with schizophrenia, it is reported as one of the most distressing antipsychotic’s adverse effects and it is directly related to treatment compliance. Objective: a) to assess the frequency of sexual dysfunction in a sample of outpatients with schizophrenia and schizoaffective disorder under antipsychotic therapy; b) to investigate the effect of different antipsychotics on sexual function; and c) to evaluate the accuracy of the Arizona Sexual Experience Scale (ASEX) to identify sexual dysfunction. Method: Outpatients with schizophrenia or schizoaffective disorder were asked to fulfill both the ASEX and the Dickson Glazer Scale for the Assessment of Sexual Functioning Inventory (DGSFi) at a single interview. Results: 137 patients were interwied. The sensitivity and specificity of the ASEX in relation to DGSFi were: 80.8%, (95% CI= 70.0%-88.5%) and 88.1% (95% CI= 76.5%-94.7%), and the misclassification rate was 9.5%. The ROC curve comparing the ASEX and the DGSFi scores revealed a value of 0.93 (CI= 0.879-0.970), with the optimum cut-off point of ASEX being 14/15. Sexual dysfunction measured was higher in females (79.2%) than in males (33.3%) (2 = 27.41, d.f.=1, p<0.001). Discussion: Patients under antipsychotic treatment showed a high level of sexual complaints, and the ASEX proved to be an accurate instrument to identify sexual dysfunction in an outpatient sample of patients with schizophrenia spectrum. Females showed a higher frequency of sexual dysfunctions and sexual drive and ability to reach orgasm were the most affected areas. The use of antipsychotics, especially the combinations, was more likely to impair sexual functioning. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
|
362 |
Custo Direto Médico-Hospitalar da recaída em esquizofrenia em três serviços na cidade de São Paulo no ano de 2006 / Direct Medical Costs Associated with Schizophrenia Relapses in Three Healthcare Services in the city of São Paulo in 2006Daltio, Claudiane Salles [UNIFESP] 26 November 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:49Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009-11-26 / A esquizofrenia apresenta elevado custo de doença e a recaída é um dos seus aspectos mais importantes. OBJETIVO: Avaliar o Custo Direto Médico- Hospitalar da recaída em esquizofrenia, em três diferentes serviços de admissão em saúde mental na cidade de São Paulo utilizados por pacientes quando da reagudização da doença: a) um hospital público estadual (HP); b) um hospital contratado conveniado com o SUS (HCC); e c) um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). METODOLOGIA: Foram revisados 90 prontuários de pacientes portadores de esquizofrenia atendidos durante o ano de 2006 em internação hospitalar ou atendimento intensivo no CAPS. Foram levantados e valorados os recursos utilizados durante a permanência nos serviços: medicação, exames e diárias – onde foram incluídos os custos com recursos humanos. RESULTADOS: o Custo Direto Médico-Hospitalar médio da recaída em esquizofrenia, por paciente foi de R{dollar} 8.167,58 no HP; R{dollar} 4.605,46 no CAPS e de R{dollar} 2.397,74 no HCC sendo o principal componente, o custo com diárias, a maior delas no HP. O custo com medicação diferiu quanto à utilização de antipsicóticos típicos ou atípicos, sendo os típicos mais utilizados no HCC e os atípicos no CAPS. Nos três serviços poucos exames complementares foram realizados. CONCLUSÃO: O investimento em medicações antipsicóticas e em estratégias que diminuam a recaída e a necessidade de diárias nos serviços, especialmente hospitalares, são justificáveis pela proporção dos custos que estas representam. O maior custo ocorreu no HP e o menor custo no HCC. Tratar a recaída no CAPS apresentou um custo intermediário com o benefício de não privar o paciente do convívio familiar, usando medicação com menor potencial de efeitos adversos e com impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes. / Aims: Significant cost is associated with schizophrenia and relapses are one significant cost element. Objective: Assess the direct medical costs associated with schizophrenia relapses at three mental health services in the city of São Paulo: a public state hospital (HP); a hospital affiliated with the Brazilian Unified Healthcare System -SUS (HCC); a Community Psychosocial Service Center (CAPS). Methods: We reviewed the charts of 90 patients with schizophrenia who had been i n services in 2006. We evaluated the r esources used dur ing the time these patients were in services. Results: The Mean Direct Medical Cost of schizophrenia relapses was, per patient, R{dollar} 8.167,58 i n HP; R{dollar} 4.605,46 at the CAPS and R{dollar} 2.397,74 in HCC ( R{dollar} 2 / 1 US{dollar}). The most significant component in all cases was the daily rate. The cost of medication differed depending on whether typical or atypical antipsychotics were used. CAPS making more use of atypical drugs. Conclusion: The costs associated with schizophrenia relapses justify investments in antipsychotic drugs and strategies to reduce the need for mental health services, especially hospitals. The cost associated with treating patients in a CAPS is intermediate and has the added benefit of not depriving patients from their family life. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
|
363 |
Esquizofrenia e síndrome da deleção 22q11.2: Caracterização de genes relevantes / Schizophrenia and 22q11 deletion syndrome: Characterization of relevant genesOta, Vanessa Kiyomi Arashiro [UNIFESP] 22 February 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:02Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2011-02-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Introdução: A esquizofrenia é o transtorno mental mais grave e incapacitante entre os distúrbios psiquiátricos. Ela é uma doença complexa e com fenótipo heterogêneo. Dentre os fatores genéticos que parecem ter um papel na etiologia da esquizofrenia está a deleção 22q11.2. Objetivos: Investigar alterações cromossômicas, polimorfismos dos genes UFD1L e ZDHHC8, mutações no gene TBX1 e variações no número de cópias na esquizofrenia e na síndrome da deleção 22q11.2, e correlacionar com achados de avaliações genético-clínicas, psiquiátricas, neuropsicológicas e de neuroimagem. Métodos: Um total de 200 portadores de esquizofrenia, 200 indivíduos controles e 10 portadores do fenótipo clínico da síndrome da deleção 22q11.2, mas sem a deleção, participaram do presente estudo. Os pacientes com esquizofrenia foram estudados por citogenética clássica e Multiplex Ligation-dependent probe amplification. Os polimorfismos rs5992403 (gene UFD1L) e rs175174 (gene ZDHHC8) foram investigados em pacientes com esquizofrenia e controles por meio de PCR em tempo real com sonda TaqMan. Outros polimorfismos do gene UFD1L foram analisados, rs5746744 e rs1547931, por Restriction Fragment Length Polymorphism. Mutações no gene TBX1 foram investigadas em portadores do fenótipo clínico da síndrome da deleção 22q11.2, mas sem a deleção, por meio de sequenciamento genômico. As variações no número de cópias foram analisadas por meio da metodologia de array em pools. Os pacientes com esquizofrenia também foram avaliados por testes neuropsicológicos e por neuroimagem estrutural. Resultados: Todos os cariótipos estudados foram normais. Foi encontrada um paciente com a deleção de 1,5 megabases na região 22q11.2. Os polimorfismos rs5992403 (UFD1L) e rs175174 (ZDHHC8) foram associados com a idade de acometimento da esquizofrenia. Além disso, todos os polimorfismos investigados parecem desempenhar um papel na morfologia cerebral e em habilidades cognitvas. Nenhuma mutação foi encontrada no gene TBX1, apenas polimorfismos, em portadores do fenótipo clínico da 22q11DS. Foram encontradas três regiões amplificadas em pools de DNAs de portadores de esquizofrenia: 1p36.32, 2q37.3 e 22q11.21. Conclusões: O estudo permitiu avaliar a participação de fatores genéticos em determinadas características da esquizofrenia, propiciando um melhor entendimento sobre a etiologia e fisiopatologia dessa doença complexa. / Background: Schizophrenia is a severe, persistent, debilitating and poorly understood psychiatric disorder. It is a complex disease with heterogeneous fenotype. Among the genetic factors that might have a role in schizophrenia, it is included 22q11.2 deletion. Objectives: We aimed to investigate chromosomal abnormalities, UFD1L and ZDHHC8 polymorphisms, TBX1 mutations and copy number variations in schizophrenia and 22q11.2 deletion syndrome and associate them with clinical genetics, psychiatric, neuropsychological and neuroimaging data. Methodology: A total of 200 schizophrenia patients, 200 healthy controls and 10 patients who have the 22q11.2 syndrome phenotype but no detectable deletion were selected. Schizophrenia patients were investigated through classical karyotyping by G-banding and Multiplex Ligationdependent probe amplification. UFD1L rs5992403 and ZDHHC8 rs175174 polymorphisms were genotyped in schizophrenia patients and healthy controls by Real Time PCR using TaqMan. UFD1L rs5746744 and rs1547931 polymorphisms were genotyped by Restriction Fragment Length Polymorphism. Tbx1 mutations were investigated in patients who have the 22q11.2 syndrome phenotype but no detectable deletion by sequencing. Affymetrix 6.0 microarrays in a pool of DNA samples was used to detect copy number variations. Schizophrenia patients were evaluated by neuropsychological tests and structural neuroimaging. Results: All karyotypes were normal. One patient presented a 1.5 megabases deletion in 22q11.2 region. UFD1L rs5992403 and ZDHHC8 rs175174 polymorphisms were associated with age at onset of schizophrenia. Moreover, all studied polymorphisms may have a role in brain morphology and cognition. No mutation, only polymorphisms, in TBX1 gene was found in 22q11.2 patients. Three regions were amplified in DNA pools of schizophrenia patients: 1p36.32, 2q37.3 e 22q11.21. Conclusion: This study evaluated the role of genetic factors in some schizophrenia fenotypes, providing a better understanding of its etiology and pathophysiology. / FAPESP: 2008/56464-7 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
|
364 |
Estudo transversal de dois anos das informações sobre esquizofrenia divulgadas no maior jornal diário brasileiro / A two-year cross-sectional study on the information about schizophrenia divulgated by a prestigious daily newspaperDubugras, Maria Thereza Bonilha [UNIFESP] 24 November 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010-11-24 / Objetivos: Descrever e analisar as informações sobre a esquizofrenia presentes em textos com temática relacionada à saúde e em textos sobre outros temas, publicados no jornal Folha de São Paulo (FSP), entre 1/1/2007 e 31/12/2008. Metodologia: Foi realizada uma busca eletrônica dos textos, utilizando-se os seguintes termos: esquizofrenia, esquizofrênico(a)(s), surto, psicose, psicótico(a)(s). Foi realizada a análise de conteúdo. As informações sobre a esquizofrenia presentes em textos relacionadas à área da saúde foram sintetizadas e comparadas com o conhecimento disseminado em revistas científicas. Foi determinado o uso popular dos termos em textos não relacionados á área da saúde. Adicionalmente, os textos foram avaliados em relação aos atributos de uma comunicação em saúde efetiva, examinou-se a presença de indicadores de uma cobertura jornalística inadequada e de mitos populares sobre a doença mental. Resultados: Foram identificados 687 textos, 219 deles preencheram os critérios de inclusão e exclusão: 75 textos relacionados à área da saúde e 144 em que os termos eram usados fora do contexto médico. As categorias temáticas com maior número de textos entre aqueles da área da saúde foram a distúrbio e violência e o tratamento. Entre os textos não relacionados à saúde, os termos foram identificados em resenhas de filmes cinematográficos, descrições populares do distúrbio (incluindo características que não corresponde à definição médica), expressões pejorativas, expressões humorísticas. O uso metafórico dos termos associou ao distúrbio as características de contradição, divisão/multiplicidade, falta de sentido e conflito, entre outras; 80% das metáforas tinham uma conotação negativa. Conclusão: A FSP divulgou informações sobre os fatores genéticos da esquizofrenia e sobre os benefícios da medicação psicotrópica o que pode contribuir para uma percepção mais favorável das intervenções psiquiátricas. Adicionalmente, descreveu histórias sobre portadores com vidas produtivas e inseridos na comunidade, entretanto, os relatos de crimes cometidos por supostos portadores superaram em número e em destaque os exemplos positivos, o que pode anular qualquer outra mensagem que poderia contribuir para o combate do estigma da esquizofrenia. Os resultados sugerem que a complexidade do distúrbio, os diversos fatores etiológicos, as diferenças individuais e as alternativas terapêuticas, não foram abordados. Os textos com uso popular dos termos associou a esquizofrenia à violência ou à criatividade, bem como divulgaram mitos e imagens estigmatizantes. O diálogo entre profissionais de comunicação, da saúde e associações de familiares e portadores pode melhor a qualidade da cobertura da imprensa sobre a doença mental. / Aim: To describe and analyze information on schizophrenia present in articles about health and non-health related issues, published between 1/1/2007 e 12/31/2008, by the largest Brazilian national newspaper, Folha de S.Paulo (FSP). Method: An electronic search of the FSP database was conducted using the terms: schizophrenia, schizophrenic(s), psychotic episode, psychosis and psychotic(s). A content analysis was performed. Descriptive information on the disease was extracted from health articles, synthesized and compared with the disorder description among the current scientific literature. Popular and metaphoric uses of the terms were analyzed. Articles were rated against health communication attributes; and against inappropriate coverage indicators. The presences of the common myths about mental disorders were examined. Results: The electronic search identified a total of 687 articles, 219 of them fulfilled the inclusion/exclusion criterious (75 texts on health and 144 about non-health related issues). The thematic categories with the highest number of health articles were: mental disorders and violence, treatment. Articles about treatment emphasized the benefits of antipsychotics, discussed health services, and described a new intervention. Schizophrenia terms were identified in texts about non-health related issues on fictional reviews, disorder description (including non pathological features described as schizophrenia), pejorative labels, and humoristic expressions. The metaphoric meanings identified included: contradiction, splitting/ multiplicity, lack of meaning and conflict, 80% of the metaphors presented a negative connotation. Conclusions: FSP divulgated information about the genetic factors, the risk of drug-induced psychosis and the benefits of antipsychotics, which may contribute to stigma-reducing toward pharmacological treatment. Additionally, the newspaper described stories of individuals with schizophrenia integrated into society; however, news about crimes allegedly committed by affected individuals surpassed positive stories both in number and emphasis. Articles presented inappropriate language and stigmatizing messages. Results suggest that the complexity of the disorder, its multifaceted etiology, individual differences and therapeutic alternatives were not widely discussed. Articles about non health related issues associated schizophrenia and violence or creativity, divulgated myths and stigmatized images. Dialogue among media and health professionals, affected individuals and their families may improve media coverage about schizophrenia. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
|
365 |
Experiências de vida de pacientes esquizofrênicos e seus familiares: uma perspectiva cultural da doença / Life experiences of schizophrenic patients and their family: a cultural perspective of the diseaseGuimarães, Patricia Neves [UNIFESP] 28 April 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:12Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010-04-28 / A esquizofrenia é um dos principais transtornos psiquiátricos, cujas causas são ainda amplamente desconhecidas. O objetivo deste estudo é descrever as concepções socioculturais relacionadas à experiência subjetiva de pacientes esquizofrênicos e seus familiares, nos seguintes aspectos: a) estudar modelos explicativos e significados formulados por pacientes, familiares e comunidade para entender a esquizofrenia; b) descrever comportamentos e práticas populares de familiares utilizadas no processo do cuidado do paciente esquizofrênico; c) explorar a interação entre a família, o paciente esquizofrênico e a comunidade próxima. Foi realizada uma etnografia utilizando a observação participante e entrevista semiestruturada em profundidade, abordando questões referentes às experiências e crenças de pacientes crônicos com diagnóstico de esquizofrenia e seus familiares, em tratamento no Ambulatório de Saúde Mental da cidade de Montes Claros. Foram entrevistados 46 indivíduos: 16 pacientes, 23 familiares e 07 membros da comunidade. Familiares e pacientes vivem em precárias condições socioeconômicas. Pacientes, familiares e a comunidade compartilham crenças semelhantes quanto à etiologia e curso da doença. A esquizofrenia, para pacientes e familiares, não é reconhecida como uma doença; ela é um transtorno de causa espiritual e tem como principais modelos explicativos o resguardo quebrado, os espíritos, o encosto e os feitiços. Os espíritos geracionais são vistos como responsáveis pela transmissão e manifestação da doença por hereditariedade. A doença passa de um membro para o outro por maldição. Pacientes e familiares buscam ajuda terapêutica, principalmente nos “curandeiros”, no espiritismo e nas igrejas evangélicas, o que nem sempre resulta em melhora. As “vozes” que os pacientes ouvem são interpretadas pelos familiares como vozes espirituais, possibilitando a perspectiva de um aspecto positivo na relação entre familiares e pacientes. A loucura, para pacientes, familiares e comunidade, está associada à inconsciência dos acontecimentos e atitudes em torno de si. Ser “louco” está relacionado ao uso de medicação antipsicótica, o que é uma barreira para a adesão ao tratamento. Não poder participar socialmente do mundo é uma fonte de sofrimento para os pacientes. O relacionamento familiar é permeado de agressividade e violência de ambos os lados. As famílias usam a violência: a) por medo; b) como defesa das agressões recebidas; c) para controle do comportamento do paciente; d) por acreditarem que as agressões dos pacientes são premeditadas; e) por não compreenderem o que acontece com os pacientes. O comportamento violento do paciente é visto como um problema de caráter moral. Na perspectiva da comunidade, o paciente esquizofrênico é perigoso e ameaçador. O contexto sociocultural deve ser considerado ao se pensar políticas de intervenção que priorizem a melhoria de vida para pacientes e familiares. As políticas públicas de saúde mental precisam lidar com os desafios das realidades locais, da dinâmica familiar e da violência, que estão inseridos no contexto do cuidado terapêutico. A etnografia realizada com pacientes, familiares e vizinhos mostrou a complexidade do cuidado do paciente esquizofrênico e necessária articulação de várias áreas do conhecimento para se ter uma aproximação mais realista da vida cotidiana dos participantes. / Schizophrenia is one of the major psychiatric disorders, whose causes are still largely unknown. The aim of this study is to describe the socio-cultural concepts related to the subjective experience of schizophrenic patients and their families in the following aspects a) to study the explanatory models and meanings formulated by patients, families and communities in order to understand schizophrenia b) to describe behaviors and popular practices of the patient’s family used in the process of the schizophrenic care c) to exploit the interaction between the schizophrenic patient, his family and the community. An ethnographic research was conducted using participant observation and semi-structured in-depth interview approaching issues related to experiences and beliefs of chronic patients with schizophrenia diagnosis and their families undergoing treatment at the Mental Health Clinic in the city of Montes Claros, Minas Gerais, Brazil. A total of 46 individuals were interviewed: 16 patients, 23 family members and 07 members of the community. Patients and their families live in poor socioeconomic conditions. Patients, families and the community share similar beliefs towards etiology and the course of the disease. Schizophrenia is not recognized as a disease both by patients and their families; it is considered a spiritual disorder and its main explanatory models are lack of post natal care, spirits, spells and spiritual obsession. Generational spirits are seen as responsible for the disease transmission and manifestation by inheritance. This disease is transmitted from one member of the family to the other by curse. Patients and family members seek therapeutic help mainly in "spiritualist healers" and evangelical churches which does not always bring improvement. The "voices" patients hear are interpreted as spiritual voices by the family, suggesting the prospect of a positive aspect in the relationship between family and patients. The concept of madness for the patients, their families and communities is associated with attitudes and unconsciousness towards what is happening around. Being "crazy" is related to the use of antipsychotic medication presenting a barrier to treatment adherence. The fact of not being able to participate socially in the world is a source of suffering for the patients. The family relationship is surrounded by aggressiveness and violence on both sides. Families use violence; a) for fear b) in order to defend from the aggression received, c) in order to control the patient’s behavior d) because they believe the attacks are premeditated e) because they do not understand what patients are going through. The patients’ violent behavior is seen as a moral character problem. Under the community view, the schizophrenic patient is dangerous and threatening. The sociocultural context must be considered when thinking of intervention policies that prioritize the patients’ and families’ life improvement. Mental health public policies have to deal with the challenges of local realities, family dynamics and violence, which are inserted in the context of therapeutic care. The ethnography with patients, family members and neighbors showed the complexity of the schizophrenic patient care and the articulation needed for several areas of knowledge in order to have a more realistic approach of the participants’ daily life. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
|
366 |
Estudo do efeito do derivado N-fenilpiperazínico LASSBio-579 em modelos animais de esquizofrenia e memória e sobre fatias hipocampais agudasAntonio, Camila Boque January 2011 (has links)
Este trabalho apresenta a continuidade da avaliação farmacológica do derivado Nfenilpiperazínico LASSBio-579 em busca de um novo candidato a antipsicótico de segunda geração. Em estudos anteriores, demonstramos que LASSBio-579 base livre é um potencial candidato a antipsicótico atípico capaz de modular três diferentes sistemas neurotransmissores envolvidos na patofisiologia da esquizofrenia: a neurotransmissão dopaminérgica, serotonérgica e glutamatérgica; entretanto, LASSBio-579 na forma de cloridrato apresenta baixa biodisponibilidade. Neste trabalho avaliamos inicialmente a ação de LASSBio-579.HCl. -ciclodextrina, proposto como alternativa para melhorar a biodisponibilidade. Porém, quando avaliado no modelo de escalada induzida por apomorfina, preditivo de atividade antipsicótica, essa preparação não foi efetiva. Assim, seguimos a avaliação farmacodinâmica com LASSBio-579 base livre, utilizando modelos preditivos de atividade antipsicótica, em camundongos. Neste trabalho foram realizados ainda ensaios in vitro, onde se avaliou a ação de LASSBio-579 sobre a viabilidade celular, captação de glutamato e secreção de proteína S100B, utilizando-se para isso fatias hipocampais de ratos tratadas de forma aguda com LASSBio-579 nas concentrações de 0,1; 1,0; 10 e 20μM. / This study presents the continuity of the pharmacological evaluation of the Nphenilpiperazine derivative LASSBio-579, searching a new second generation antipsychotic compound. In previous studies we have demonstrated that LASSBio- 579 in form of base is a potential atypical antipsychotic able to modulate three different neurotransmitter systems involved in the pathophysiology of schizophrenia: dopaminergic, glutamatergic and serotonergic. However, LASSBio-579 hydrochloride has low bioavailability. In this study we evaluated LASSBio-579.HCl. -cyclodextrin, prepared with the aim of increasing oral bioavailability, in the apomorphine induced climbing in mice, which is a model predictive of antipsychotic activity; and it was not effective. Thus, we continue the study with LASSBio-579 in form of base by testing it in others mice models predictive of antipsychotic activity. In this study, also were made in vitro studies performed in hippocampal acute slices which demonstrated that LASSBio-579 induced a glutamate uptake inhibition and also inhibited the S100B protein secretion.
|
367 |
Efeitos do resveratrol nos marcadores de risco cardiovascular e desempenho cognitivo em pacientes com esquizofrenia : um ensaio clínico randomizadoZortéa, Karine January 2016 (has links)
Introdução: Pacientes com esquizofrenia geralmente apresentam obesidade e diversos distúrbios metabólicos, como estresse oxidativo e inflamação. Esses pacientes tem expectativa de vida mais baixa e a principal causa de mortalidade são as doenças cardiovasculares Além disso, a função cognitiva é um dos determinantes mais críticos da qualidade de vida nesta patologia. Neste contexto, o resveratrol é um composto polifenólico natural que tem sido associado à diminuição do estresse oxidativo e da inflamação, bem como à ação neuro e cardioprotetora. No entanto, não existem estudos sobre o resveratrol em esquizofrenia. Por isso, o objetivo deste estudo foi determinar a eficácia da suplementação com resveratrol em fatores de risco cardiovasculares, estresse oxidativo e cognição em indivíduos com esquizofrenia. Métodos: Este estudo é um ensaio clínico randomizado que incluiu 19 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia (DSM-IV e CID-10) selecionados por conveniência, de acordo com os critérios de inclusão. Os pacientes foram randomizados para receber resveratrol (200mg/dia) ou placebo (200mg/dia) e orientados a utilizar a suplementação durante um mês. Todas as aferições foram realizadas no início e ao final do estudo. Os participantes tiveram suas medidas antropométricas aferidas (peso, altura, circunferência abdominal, percentual de gordura) e responderam verbalmente a um questionário de anamnese clínica e alimentar. Foram coletadas amostras de sangue para avaliação dos parâmetros de marcadores cardiovasculares (citocinas, proteína C-reativa - PRC), de estresse oxidativo (glutationa peroxidase - GPx, thiobarbituric acid reactive species - TBARS) e exames sanguíneos de rotina (perfil lipídico, glicose de jejum). Os pacientes participaram de uma entrevista psicológica para avaliação da cognição (testes Hopkins, Wais-R, Stroop) e de sintomas da doença (teste BPRS). Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e estavam em tratamento crônico com antipsicótico atípico (apenas clozapina). Resultados: Os participantes apresentaram características antropométricas e bioquímicas homogêneas no início do estudo. Após um mês de suplementação, observamos redução dos triglicerídeos no grupo resveratrol e piora significativa do perfil lipídico no grupo placebo. Em relação aos marcadores de estresse oxidativo, houve redução do TBARS e da PCR no grupo resveratrol e aumento do TBARS e da PCR no grupo placebo. Houve aumento da GPx no grupo resveratrol e redução no grupo placebo. Não houve melhora na performance cognitiva após suplementação com resveratrol. Conclusão: Este estudo traz evidências clínicas de grande importância na relação terapêutico-nutricional do paciente com esquizofrenia. Após um mês de suplementação com resveratrol (200 mg/dia), as variáveis e os marcadores analisados não melhoraram significativamente porém, pudemos observar diversas alterações relevantes na prática clínica. Dosagens do perfil lipídico pioraram no grupo placebo, mas não no grupo resveratrol. Embora não foram encontradas diferenças significativas, podemos assumir que o resveratrol pode prevenir danos no perfil lipídico. Além disso, a suplementação com resveratrol demonstrou uma tendência à diminuição da peroxidação lipídica, estresse oxidativo e inflamação. Não houve melhora na performance cognitiva dos participantes. Estes resultados indicam que o resveratrol merece atenção adicional para cuidados clínicos com esquizofrenia devido ao seu papel na prevenção de comorbidades, risco cardiovascular e estresse oxidativo. Há a necessidade de mais estudos para determinação de dose-efeito, duração do efeito, efeitos a curto e longo prazo. / Background: Patients with schizophrenia are generally obese and have several metabolic disorders, such as increased oxidative stress and inflammation. Additionally, such patients have a lower life expectancy and the main cause of their increased mortality is cardiovascular disease. Cognitive function is one of the most critical determinants of quality of life in this pathology. Resveratrol is a natural polyphenolic compound has been reported to decrease oxidative stress, attenuate inflammation, neuroprotective and cardioprotective action but there are no studies regarding resveratrol on schizophrenia. The objective of this study was to determine the efficacy of resveratrol supplementation on cardiovascular risk factors, oxidative stress and cognition in individuals with schizophrenia. Methods: This is a 1-month randomized, double-blind controlled trial in which 19 men with a diagnosis of schizophrenia were assigned to either a resveratrol supplement group (200 mg/day) or a placebo group (200 mg/day). All measurements were taken on the first and last day (day 1 and day 30) of the 1-month follow-up. Nutritional evaluation was conducted by anthropometric data (weight, height, waist and hip circumference, body fat percentage) and food intake was estimated through a 24-h Recall Survey. Clinical evaluation included thiobarbituric acid-reactive substances (TBARS), glutathione peroxidase (GPx), and Creactive protein (CRP), lipid profile and glucose levels. Trained psychologists with expertise in psychiatric disorders assessed psychopathology severity (BPRS) and neuropsychology performance (Hopkins, Wais-R, Stroop). All participants had been on a stable dose of clozapine (an atypical antipsychotic) for at least 6 months and provided signed informed consent. Results: The resveratrol and placebo groups were similar in baseline characteristics. Triglycerides decreased in the resveratrol group after 1 month of supplementation. In the placebo group, we found a significant worsened in lipid profile. TBARS and CRP show a clear increasing trend in the placebo group and a decreasing trend in the resveratrol group whereas GPx increased in the resveratrol group and decreased in the placebo group. There were no significant improvements in neuropsychology performance and psychopathology severity. Conclusion: We did not observe significant changes after 1- month of resveratrol supplementation (200 mg daily). It was possible to note that the lipid profile in the placebo group worsened and, although no significant differences were found, we can assume that resveratrol might prevent lipid profile damage. Resveratrol supplementation demonstrated a tendency to reduce lipid peroxidation, oxidative stress and inflammation. Resveratrol did not improve neuropsychology performance and psychopathology severity. These findings indicate that resveratrol deserves additional attention for the clinical care of schizophrenia due to its role in comorbidity and cardiovascular disease prevention. Further studies are needed to determine dose-effect, effect duration, short and long term effects.
|
368 |
Qualidade de vida em cuidadores de pacientes com transtorno de humor bipolar e esquizofreniaCohen, Mírian January 2015 (has links)
Introdução: A condição de ser um cuidador de um familiar com transtorno mental pode gerar sentimentos de sobrecarga, estresse e depressão. Entretanto, sabe-se que alguns cuidadores consideram esta situação como recompensadora ou satisfatória. A maior parte das pesquisas com esta população aborda esta experiência de forma dicotômica, utilizando instrumentos de avaliação que implicam em aspectos ou positivos ou negativos. Estudos que abordem conceitos mais neutros e abrangentes, como Qualidade de Vida, se fazem necessários. Objetivos: Comparar a qualidade de vida dos cuidadores de indivíduos com transtorno de humor bipolar (THB) com os cuidadores de indivíduos com esquizofrenia (ESQ). Comparar a qualidade de vida destes cuidadores com os escores normativos de qualidade de vida no Brasil. Identificar fatores sociodemográficos e clínicos tanto dos pacientes como dos cuidadores que estivessem associados com a qualidade de vida destes cuidadores. Métodos: Realizou-se um estudo transversal em ambulatórios especializados em transtornos de humor e esquizofrenia do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Foram entrevistados 125 cuidadores, 62 de indivíduos com transtorno de humor bipolar e 63 de indivíduos com esquizofrenia. Dados sociodemográficos e clínicos dos cuidadores e dos pacientes foram avaliados. Os questionários WHOQOL-Bref, o SF-36 e o Beck Depression Inventory foram aplicados nos cuidadores para avaliar o desfecho qualidade de vida e a presença de sintomas depressivos, respectivamente. A Escala Impressão Clínica Global foi utilizada para classificar a gravidade da doença do paciente e foi avaliada de 2 formas, pelo médico e pelo familiar. Resultados: Esta pesquisa sugere que cuidadores de esquizofrênicos apresentam escores mais baixos de QV do que cuidadores de indivíduos bipolares, com maiores diferenças nos domínios do WHOQOL-BREF: físico (ESQ média=55,83+19,57 THB média=67,45+21,18) e relações sociais (ESQ média=50,86+25,50 THB média=60,35+23,80); e no SF-36: aspectos físicos (ESQ md=41,14 THB md=65,16) e emocionais (ESQ md=37,83 THB md=58,06) (p<0,05). Os cuidadores desta amostra apresentaram escores menores de QV quando comparados aos escores normativos de qualidade de vida no Brasil, principalmente nos domínios de aspectos sociais do WHOQOL-BREF e do SF-36 e nos de aspectos emocionais e de saúde mental do SF-36. Quando os grupos de cuidadores foram comparados conforme a gravidade da doença do paciente indicada pelo médico, não houve diferença significativa em nenhum domínio. Entretanto, quando comparados utilizando a gravidade indicada pelo cuidador, houve diferença em quase todos os domínios, com exceção dos domínios físicos. Cuidadores de esquizofrênicos apresentaram maior presença de sintomas depressivos quando comparados com cuidadores de bipolares (66,7% vs. 27,4%) (p<0,001). Na análise de regressão, piores escores de qualidade de vida no cuidador estavam associados ao diagnóstico de esquizofrenia do paciente; gênero feminino, presença de doença clínica e, principalmente, de sintomas depressivos no cuidador. Conclusões: Este estudo demonstrou o prejuízo na QV dos cuidadores de indivíduos com transtorno mental, especialmente na de cuidadores de esquizofrênicos. A elevada prevalência de sintomas depressivos nestes cuidadores é impactante. Estes achados reforçam a relevância da criação e implementação de políticas de saúde que busquem identificar as necessidades específicas destes cuidadores. / Introduction: The condition of being a caregiver of a family member with a mental disorder can generate feelings of burden, stress and depression. However, it is known that some caregivers consider this as satisfactory or rewarding. Most research with this population addresses this experience dichotomously, using assessment tools that imply in aspects or positive or negative. Studies focusing in more neutral and broad concepts such as quality of life are necessary. Objectives: Compare quality of life between caregivers of individuals with bipolar disorder (BD) and caregivers of individuals with schizophrenia (ESQ). Compare quality of life of these caregivers with the normative data of quality of life in Brazil. Identify sociodemographic and clinical factors of patients and caregivers that were associated with quality of life of caregivers. Methods: A cross-sectional study in specialized clinics in mood disorders and schizophrenia at Hospital Psiquiátrico São Pedro. 125 caregivers were interviewed, 62 of individuals with bipolar disorder and 63 of individuals with schizophrenia. Sociodemographic and clinical data of caregivers and patients were evaluated. The WHOQOL-Bref questionnaire, SF-36 and Beck Depression Inventory were applied to the caregivers to assess the outcome quality of life and the presence of depressive symptoms, respectively. The Clinical Global Impression Scale was used to classify the severity of the patient's disease and was evaluated in 2 ways, through the physician and the caregivers. Results: This research suggests that schizophrenic caregivers have lower scores of quality of life than bipolar caregivers, with greater differences in WHOQOL-BREF domains: physical (ESQ mean=55,83+19,57 THB mean=67,45+21,18) and social relations (ESQ mean=50,86 +25,50 THB mean=60,35+23,80); and in SF-36 domains: physical (ESQ md=41,14 THB md=65,16) and emotional aspects (ESQ md=37,83 THB md=58,06) (p <0.05). Caregivers of this sample presented lower quality of life scores when compared to the normative data of quality of life in Brazil, mainly in the domains of social aspects of WHOQOL-BREF and SF-36 and in emotional aspects and mental health of SF-36. When caregivers groups were compared according to the severity of the patient's disease indicated by the physician, there was no significant difference in any domain. However, when compared using the severity indicated by the caregiver, there were differences in almost all domains, except for the physical domains. Caregivers of schizophrenics had more depressive symptoms when compared with bipolar caregivers (66.7% vs. 27.4%) (p <0.001). In the regression model, worse quality of life scores in caregivers were associated with the diagnosis of schizophrenia in patients; female gender, presence of clinical disease and especially of depressive symptoms in the caregiver. Conclusion: This study demonstrated the impairment in quality of life of caregivers of individuals with mental disorders, especially in caregivers of schizophrenics. The high prevalence of depressive symptoms in these caregivers is alarming. These findings reinforce the importance of developing and implementing health policies that seek to identify the specific needs of these caregivers.
|
369 |
Efeitos da estimulação magnética transcraniana para sintomas obsessivo-compulsivos em pacientes com esquizofreniaMendes Filho, Vauto Alves January 2016 (has links)
Em pacientes com esquizofrenia, sintomas obsessivo-compulsivos (SOC) são associados com taxas mais baixas de qualidade de vida e polifarmácia. Não há estudos controlados anteriores testando a eficácia da estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) para o tratamento de SOC nesta população. Este trabalho examinou os efeitos terapêuticos da EMTr aplicadas à Área Motora Suplementar (1 Hz, 20 min, 20 sessões) em SOC e sintomas gerais em pacientes com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo, e se esta intervenção pode produzir alterações nos níveis plasmáticos do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Inicialmente, foi realizado um relato de três casos, com o objetivo de fornecer uma evidência inicial de eficácia. Dois dos três pacientes que participaram apresentaram redução da Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown (Y-BOCS), com retorno aos valores iniciais 4 semanas após o término do tratamento. Foi realizado então um estudo duplo-cego randomizado controlado por placebo para confirmação dos efeitos terapêuticos. EMTr ativa e placebo foram entregues para 12 pacientes (6 em cada grupo). Os escores da Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown (Y-BOCS) e da Escala Breve de Avaliação Psiquiátrica (BPRS), bem como os níveis de BDNF, foram avaliados antes, depois, e 4 semanas após as intervenções. A EMTr não alterou significativamente os resultados após o tratamento e no follow-up (Y-BOCS: Χ2 = 3,172; p = 0,205; BPRS: X2 = 1.629; p = 0,443; BDNF: X2 = 2.930; p = 0,231). Parece haver uma tendência para a melhoria da pontuação BPRS 4 semanas após o tratamento no grupo ativo comparando com placebo (d de Cohen = 0,875, com 32,9% de poder estatístico). Não foram relatados efeitos colaterais. São necessários estudos futuros com amostras maiores. / In patients with schizophrenia, obsessive-compulsive symptoms (OCS) are associated with lower rates of quality of life and polypharmacy. No previous controlled studies have tested the efficacy of repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS) on the treatment of OCS in this population. The present study examined the therapeutic effects of rTMS applied to the supplementary motor area (1 Hz, 20 min, 20 sessions) on OCS and general symptoms in patients with schizophrenia or schizoaffective disorder, and whether this intervention can produce changes in plasma levels of brain-derived neurotrophic factor (BDNF). Initially, there was a report of three cases with the aim of providing initial evidence of efficacy. Two patients showed a reduction on the Yale-Brown Obsessive-Compulsive Symptoms Scale (Y-BOCS) scores, with return to baseline 4 weeks after completion of treatment. Then, a double-blind randomized controlled trial was conducted. Active and sham rTMS were delivered to 12 patients (6 on each group). Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS) and Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS) scores, as well as BDNF levels, were assessed before, after, and 4 weeks after treatment. rTMS did not significantly change the outcomes after treatment and on the follow-up (Y-BOCS: Wald’s Χ2=3.172; p=0.205; BPRS: X2=1.629; p=0.443; BDNF: X2=2.930; p=0.231). There seemed to be a trend towards improvement of BPRS scores 4 weeks after rTMS treatment comparing with sham (Cohen’s d=0.875, with 32.9% statistical power). No side effects were reported. Future studies with larger sample sizes are needed.
|
370 |
Trajetórias de transtornos mentais graves : contribuições da pesquisa em esquizofreniaCzepielewski, Letícia Sanguinetti January 2016 (has links)
Transtornos mentais graves são doenças crônicas altamente incapacitantes que geram um alto custo para a sociedade. Indivíduos acometidos por essas doenças apresentam maior morbidade e mortalidade. Dentre elas, a esquizofrenia parece possuir os piores desfechos. Portanto, estudar a esquizofrenia pode trazer contribuições importantes para o entendimento e manejo de transtornos mentais graves como a depressão maior e o transtorno bipolar. Esse trabalho buscou compreender mecanismos fisiopatológicos da esquizofrenia ao longo de quatro artigos que exploram aspectos de funcionamento cognitivo, funcionamento intelectual, de biomarcadores e de estrutura cerebral. O primeiro artigo investigou as alterações de performance de memória em indivíduos com esquizofrenia em estágios iniciais e tardios da doença comparadas ao transtorno bipolar e a sujeitos saudáveis. Os resultados mostraram que indivíduos com esquizofrenia apresentaram precoces prejuízos cognitivos de memória, diferentemente de indivíduos com transtorno bipolar quando comparados a controles. O segundo artigo investigou as influências das performances cognitiva e intelectual em estruturas cerebrais de indivíduos com esquizofrenia comparados a controles saudáveis. Os resultados indicaram que o funcionamento intelectual pré-morbido estava relacionado ao volume de estruturas globais, enquanto o funcionamento cognitivo estava relacionado ao volume e espessura de massa cinzenta cortical, sugerindo influências diferentes e complementares relacionadas a neurodesenvolvimento e neurodegeneração. O terceiro artigo investigou um biomarcador de envelhecimento precoce, um possível mecanismo para a neuroprogressão na esquizofrenia. Os resultados monstraram que indivíduos com esquizofrenia apresentaram encurtamento de telômero quando comparados a controles, mas não houveram diferenças entre o tamanho de telômero de pacientes e seus irmãos não afetados pela doença. Por fim, o quarto artigo buscou investigar a teoria do envelhecimentoa patológico acelerado na esquizofrenia, integrando os achados dos artigos anteriores. Os resultados demonstraram correlações entre comprimento de telômero, níveis de CCL11, performance de memória, volume de massa cinzenta e tempo de doença em indivíduos com esquizofrenia. Esses achados sugerem que a esquizofrenia seria uma doença do neurodesenvolvimento associada a uma carga adicional ao longo do curso da doença que levaria a um envelhecimento patológico precoce. A partir dos achados em esquizofrenia, pode-se ampliar a compreensão de alterações percebidas nas trajetórias de outras psicopatologias. Com adequado entendimento desses mecanismos, será possível o desenvolvimento de novos tratamentos e intervenções mais efetivas e eficazes. / Severe mental disorders are debilitating chronic diseases that have a high cost to society. Individuals affected by these diseases have increased morbidity and mortality. Among them, schizophrenia seems to have the worst outcomes. Therefore, studying schizophrenia may provide important contributions to the understanding and management of severe mental disorders such as major depression and bipolar disorder. The present study aimed to understand the pathophysiological mechanisms of schizophrenia over four articles that explore aspects of cognitive functioning, intellectual functioning, biomarkers and brain structure. The first article investigated changes in memory performance in individuals with schizophrenia in early and late stages of disease compared to bipolar disorder and healthy subjects. The results showed that subjects with schizophrenia had early cognitive deficits of memory, unlike individuals with bipolar disorder compared to controls. The second article investigated influences of cognitive and intellectual performances on brain structures of individuals with schizophrenia compared to healthy controls. The results indicated that premorbid intellectual functioning was related to volume of global structures, while cognitive functioning was related to volume and thickness of cortical gray matter, suggesting different and complementary influences related to neurodevelopment and neurodegeneration. The third article investigated an early aging biomarker, a possible mechanism of neuroprogression in schizophrenia. The results showed that individuals with schizophrenia had shortened telomeres when compared to controls, but there were no differences between the telometer length of patients and their siblings not affected by the disease. Finally, the fourth article sought to investigate the theory of pathological accelerated aging in schizophrenia, integrating the findings of the previous articles. The results demonstrated correlations between telometer length, CCL11 levels, memory performance, gray matter volume and illness duration in individuals with schizophrenia. These findings suggest that schizophrenia is a neurodevelopmental disorder associated with an additional burden over the course of the disease that leads to a pathological accelerated agig.
|
Page generated in 0.0231 seconds