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Elaboração psíquica de pacientes oncológicos: uma reflexão a partir da psicossomática psicanalítica e da contemporaneidade

Ramos, Josafá Lima 16 December 2016 (has links)
Submitted by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-04-10T14:57:44Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Josafá L. Ramos.pdf: 2009984 bytes, checksum: 475f6b494d930c915367e3cc399d2694 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-04-10T15:07:25Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Josafá L. Ramos.pdf: 2009984 bytes, checksum: 475f6b494d930c915367e3cc399d2694 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-04-10T15:28:14Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Josafá L. Ramos.pdf: 2009984 bytes, checksum: 475f6b494d930c915367e3cc399d2694 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-10T15:28:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Josafá L. Ramos.pdf: 2009984 bytes, checksum: 475f6b494d930c915367e3cc399d2694 (MD5) Previous issue date: 2016-12-16 / This work aims at understanding the psychic elaboration of leukemia patients based upon the concepts of both psychoanalytic Psychosomatic and contemporary subjectivity processes. Having as support the concept of health-disease process, Psychosomatic deals with the knowledge of the biological aspects of the disease and the knowledge of a set of ideas involving the approaches to human beings both as social and psychological beings. Therefore, the method that is proposed is interdisciplinary. It is guided by the principles of Psychosomatic and of Discourse Analysis. We do so in order to highlight the events as a complex process, articulated throughout the clinical and psychosocial dimensions, via language. In the realm of the discussion involving body and mind, many scholars, especially from Psychoanalysis, have made commitments to build a solid theoretical field in an attempt to elucidate psychosomatic knowledge. Thus, the ideas of psychosomatic profiles of Psychosomatic School of the Chicago School stand out, represented by Helen Flanders Dunbar, with her studies on psychogenic emotional conflicts, and Franz Alexander, when he first points out psychosomatic illnesses. In recent decades, the proposed psychotherapeutic treatment of somatic patients has allowed the emergence of the concept of operative functioning, developed by Psychoanalytic Psychosomatic School of Paris, represented by Pierre Marty. From a guiding question, we try to clarify how the affective experiences and the psychic development of leukemia patients happen when they have to cope with the outbreak and the treatment of the disease. For this purpose, five hospitalized patients with acute leukemia took part in the study, held at the Foundation of Hematology Hospital of Amazonas. Significant data have been found related to: the history of losses and not prepared bereavements, current aspects of life as determinants of the disease process, elaborative psychic failure, subjection relationship and suffering at work, psychosomatic compliance feature, abolition of desires and will. It was also identified affective deletion, which is commonly found in somatic patients facing the disease, its treatment and hospitalization. This dramatic process, made stronger by the fear of death, was named as "naked life", the original concept coined by Agamben (2002), here understood as the biological life interfacing with an increase of the death drive and the apparent lack of emotional constraints, experienced by the cancer patients involved in the research. / Este estudo tem como objetivo compreender a elaboração psíquica de paciente oncohematológico à luz dos conceitos da psicossomática psicanalítica e dos processos de subjetivação contemporâneos. Tendo como apoio a concepção do processo de saúde-doença, a abordagem Psicossomática abarca conhecimentos dos aspectos biológicos da doença e de um conjunto de saberes, envolvendo os enfoques do ser humano enquanto ser psicológico e social. Para tanto, o método que se propõe utilizar é interdisciplinar, orientado pela Psicossomática e pela Análise de Discurso. O intuito é ressaltar os acontecimentos como um processo complexo e articulado entre as dimensões clínica e psicossocial, por meio da linguagem. No percurso da discussão entre corpo e mente, vários estudiosos, sobretudo do campo da Psicanálise, têm feito empenhos para erguer um campo teórico sólido apropriado na tentativa de elucidar o saber psicossomático. Assim, ganham destaque as ideias dos perfis psicossomáticos da Escola de Psicossomática da Escola de Chicago, representadas por Helen Flanders Dunbar, nos estudos sobre os conflitos emocionais psicogênicos, e por Franz Alexander, quando da inauguração das doenças psicossomáticas. Nas últimas décadas, a proposta de tratamento psicoterápico de doentes somáticos, possibilitou o surgimento do conceito de funcionamento operatório, desenvolvido pela Escola de Psicossomática Psicanalítica de Paris, representada por Pierre Marty. Partindo de uma questão norteadora, buscamos clarificar como acontecem as vivências afetivas, a elaboração psíquica de pacientes onco-hematológicos frente à eclosão da doença e do tratamento. Nessa disposição, cinco pacientes com leucemia aguda, hospitalizados, participaram do estudo na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas. Foram achados dados significativos relacionados ao histórico de perdas e lutos não elaborados, aspectos atuais da vida como condicionantes do processo de adoecimento, insuficiência psíquica elaborativa, a relação de assujeitamento e sofrimento no trabalho, característica de complacência psicossomática, abolição dos próprios desejos e vontade, numa espécie de alheamento do corpo a serviço das demandas externas. Há indicação de potencializadores do apagamento afetivo, comumente apresentados por pacientes somáticos frente ao drama da doença, do tratamento e hospitalização. Esse processo dramático, potencializado pelo medo da morte, foi nomeado como “vida nua”, conceito original de Agamben (2002), aqui entendido como a vida biológica em jogo com incremento da pulsão de morte e a ausência aparente da restrição afetiva, vivenciados pelos pacientes desta pesquisa acometidos por câncer.
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O esquecimento do passado por refugiados africanos / The forgetting of the past by African refugees

Oliveira, Tania Biazioli de 03 May 2011 (has links)
Esta pesquisa trata do esquecimento do passado por refugiados africanos. As entrevistas foram recolhidas na Casa do Migrante, albergue que acolhe migrantes internos, imigrantes e refugiados recém-chegados em São Paulo. Foram entrevistados dois africanos: um angolano e outro congolês. Nosso objetivo de estudar o esquecimento emergiu nas entrevistas individuais e compartilhada entre estes refugiados, pois eles não queriam lembrar as cenas de guerra em África. Compreendemos o esquecimento, levantando a hipótese freudiana de que os refugiados querem esquecer o passado pois, ao tentarem dominar o golpe excessivo, repetem compulsivamente o trauma e a hipótese benjaminiana de que a dificuldade dos africanos em comunicar a experiência de guerra se deve ao declínio da narrativa e a experiência do choque após o avanço das forças produtivas. Porém, buscamos investigar se é possível elaborar o passado. Compreendemos as levas de refugiados ao redor do mundo como resultado da crise do capitalismo global, como nos mostrou Robert Kurz. Não se trata de povos obrigados a sair de sua pátria desde a antiga história religiosa da humanidade, tão pouco de vítimas de perseguição ou vítimas de violação dos direitos humanos, como concebe a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo no atendimento aos refugiados. Analisamos as entrevistas a partir de três categorias de análise a fuga da guerra, a educação e o trabalho. Então, refletimos sobre o esquecimento dos refugiados africanos, partindo de um teor religioso para alcançar algumas considerações psicológicas. Mas o que resta aos psicanalistas diante de refugiados africanos? Concluímos o estudo, investigando a metodologia psicanalítica mais adequada para a pesquisa com africanos sobreviventes de guerra. E decidimos recolher seus sonhos traumáticos, segundo nossa hipótese de que eles pudessem sonhar à noite com aquilo que querem esquecer à luz do dia / This study is about the forgetting of the past by African refugees. The interviews were collected at Casa do Migrante hostel that offers shelter for migrants, immigrants and newcomers refugees in São Paulo. Two Africans were interviewed: an Angolan and a Congolese. Our aim of studying the forgetting emerged from the individual and shared interviews with these refugees, because they did not want to remember the scenes of war in Africa. We understand the forgetting, considering the freudian hypothesis that the refugees want to forget the past, as they compulsively repeat the trauma, when they try to dominate the excessive coup and considering the benjaminian hypothesis that the difficulty of Africans to communicate the war experience is due to the decline of narrative and the shock experience after the development of productive forces. Nevertheless, we try to investigate whether it is possible to work through the past. We understand the waves of refugees around the world as a result of the crisis of global capitalism, as Robert Kurz showed us. It is not about people obliged to leave home since the ancient religious history of mankind, or about victims of persecution or victims of human rights violation, as conceived by the Cáritas Arquidiocesana de São Paulo in the attendance of refugees. We analyze the interviews according to three categories of analysis the flight from war, education and work. So, we thought about the forgetting of African refugees, starting from a religious content to achieve some psychological considerations. But what does it remain for psychoanalysts in the presence of African refugees? We conclude the study, investigating the more suitable psychoanalytic methodology for the research with Africans war survivors. And we decide to collect their traumatic dreams, according to our hypothesis that they might dream at night with what they want to forget at day light
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As formulações da elaboração psíquica (Verarbeitung e Durcharbeitung) no pensamento freudiano: dos estudos sobre a histeria aos artigos técnicos / The formulations of psychic elaboration (Verarbeitung and Durcharbeitung) in Freud\'s thought: the Studies on Hysteria to Technical Articles

Abrantes, Thiago da Silva 13 May 2016 (has links)
Esta dissertação pretende fazer uma discussão sobre o desenvolvimento da clínica freudiana e dos impasses que surgiram no percurso de Freud que o levaram a desenvolver diferentes formulações da elaboração psíquica, Verarbeitung e Ducharbeitung. Temos como objetivo circunscrever as condições históricas, teóricas e técnicas que conduziram à emergência e desdobramentos de duas formulações da elaboração psíquica (Verarbeitung e Durcharbeitung) na obra freudiana até 1918, apontar as relações destas com o manejo da transferência e da resistência na clínica psicanalítica a partir discussão dos casos clínicos freudianos Emmy, Miss Lucy, Katharina, Elisabeth Von R., Dora e Homem dos Ratos e apresentar a relação entre a perlaboração e a elaboração associativa, demonstrando que a superação de resistências leva à admissão afetiva. Realizamos uma leitura e análise histórico-conceitual dos textos freudianos, baseadas nas orientações laplanchianas. Na Comunicação Preliminar (1893), texto escrito por Breuer e Freud, encontramos a primeira formulação da elaboração psíquica (Verarbeitung). Ela é apresentada como o trabalho que o aparelho psíquico realiza com o intuito de integrar as excitações que chegam até ele, estabelecendo entre elas elos associativos. A partir dos casos freudianos Emmy, Miss Lucy, Katharina e Elisabeth Von R., apontamos que a definição e o objetivo da elaboração associativa não mudaram no pensamento freudiano, mas para fazer com que ela aconteça, Freud promoveu importantes alterações técnicas em sua clínica. A elaboração associativa (Verarbeitung) é um trabalho fundamentalmente intrapsíquico e está relacionada, no decorrer do desenvolvimento da obra freudiana, com a função de transmitir e ligar a energia oriunda da pulsão. Esta é um processo intrapsíquico de remoção do excesso de investimentos, promovendo o encadeamento representacional pela admissão de afetos conflituosos.A partir dos impasses transferenciais que Freud enfrentou com Dora, uma consequência dupla incidiu sobre a constituição de qualquer situação analítica: o próprio espaço clínico pode impor dificuldades nas associações e recordações do sujeito e será na maneira do analista intervir transferencialmente que a superação das resistências acontece e a rememoração de experiências traumáticas se torna possível. Já no caso do Homem dos Ratos, a transferência tornou-se o principal fator de uma análise, sendo ela o ponto de partida para qualquer intervenção do analista, buscando fazer com que o próprio sujeito supere suas resistências. A perlaboração (Durcharbeitung) surgiu no pensamento freudiano como o trabalho e o esforço que o sujeito precisa realizar para vencer as resistências, ela é um meio pelo qual é possível remeter as repetições em análise à recordação, estabelecendo possibilidades de integrar as excitações do psiquismo devido à dinâmica conflituosa oriunda do afeto. Por fim, discutimos que a elaboração associativa relaciona-se a um processo intrapsíquico e associativo. Já a perlaboração relaciona-se com a superação das resistências, sendo um processo transferencial e interpsíquico. Nossa hipótese é que a perlaboração leva a elaboração associativa, uma vez que é pela superação das resistências que a admissão de uma representação recalcada se torna possível / This master thesis intends to make a discussion of the development of Freud\'s clinical and impasses that have arisen in the course of Freud that led him to develop different formulations of psychic elaboration, Verarbeitung and Ducharbeitung. We aim to circumscribe the historical, theoretical and technical conditions that led to the emergence and developments of the two formulations of psychic elaboration (Verarbeitung and Durcharbeitung) in Freud\'s work until 1918, point their relations with the management of transference and resistance in the psychoanalytical clinic from discussion of Freudians clinical cases Emmy, Miss Lucy, Katharina, Elisabeth von R., Dora and the Rat Man and present the relationship between working-through and associative elaboration, demonstrating that overcoming resistance leads to affective admission. We performed a reading historical and conceptual analysis of the Freudian texts, based on laplanchians guidelines. In the \"Preliminary Communication\" (1893), text written by Breuer and Freud, we find the first formulation of psychic elaboration (Verarbeitung). It is presented as the work that the psychic apparatus performs in order to integrate the excitations coming to him, establishing associative links between them. From the Freudian cases Emmy, Miss Lucy, Katharina, Elisabeth von R., we pointed out that the definition and purpose of associative elaboration have not changed in the Freudian thought, but to make this happen, Freud promoted important technical changes in his clinic. Associative elaboration (Verarbeitung) is a fundamentally intrapsychic work and is related, in the course of the development of Freud\'s work, with the function of transmitting and turn the energy from the drive. This is an intrapsychic process of overinvestment removal, promoting representational chaining through admission of conflicting affects. From the transference impasses that Freud faced with Dora, a double result focused on the establishment of any analytic situation: any clinical space can impose difficulties in the associations and in the subject\'s memories and will be in the way the analyst intervene transferentially that overcoming resistance happens and recall of traumatic experiences becomes possible. In the case of the Rat Man, the transfer became the main factor of an analysis, it is the starting point for any intervention by the analyst, seeking to make the subject himself overcome their resistance. The working-through (Durcharbeitung) appeared in Freudian thought as the work and effort that the subject must perform to overcome resistance, it is a means by which to refer the repetitions in question to recall, establishing possibilities for integrating the excitations of the psyche due the conflictual dynamics coming from the affect. Finally, we discuss the associative elaboration relates to an intrapsychic and associative process. Already working-through relates to overcoming resistance and is a transferencial and interpsychic process. Our hypothesis is that working-through leads associative elaboration, since it is by overcoming the resistance that the admission of a repressed representation is possible
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As formulações da elaboração psíquica (Verarbeitung e Durcharbeitung) no pensamento freudiano: dos estudos sobre a histeria aos artigos técnicos / The formulations of psychic elaboration (Verarbeitung and Durcharbeitung) in Freud\'s thought: the Studies on Hysteria to Technical Articles

Thiago da Silva Abrantes 13 May 2016 (has links)
Esta dissertação pretende fazer uma discussão sobre o desenvolvimento da clínica freudiana e dos impasses que surgiram no percurso de Freud que o levaram a desenvolver diferentes formulações da elaboração psíquica, Verarbeitung e Ducharbeitung. Temos como objetivo circunscrever as condições históricas, teóricas e técnicas que conduziram à emergência e desdobramentos de duas formulações da elaboração psíquica (Verarbeitung e Durcharbeitung) na obra freudiana até 1918, apontar as relações destas com o manejo da transferência e da resistência na clínica psicanalítica a partir discussão dos casos clínicos freudianos Emmy, Miss Lucy, Katharina, Elisabeth Von R., Dora e Homem dos Ratos e apresentar a relação entre a perlaboração e a elaboração associativa, demonstrando que a superação de resistências leva à admissão afetiva. Realizamos uma leitura e análise histórico-conceitual dos textos freudianos, baseadas nas orientações laplanchianas. Na Comunicação Preliminar (1893), texto escrito por Breuer e Freud, encontramos a primeira formulação da elaboração psíquica (Verarbeitung). Ela é apresentada como o trabalho que o aparelho psíquico realiza com o intuito de integrar as excitações que chegam até ele, estabelecendo entre elas elos associativos. A partir dos casos freudianos Emmy, Miss Lucy, Katharina e Elisabeth Von R., apontamos que a definição e o objetivo da elaboração associativa não mudaram no pensamento freudiano, mas para fazer com que ela aconteça, Freud promoveu importantes alterações técnicas em sua clínica. A elaboração associativa (Verarbeitung) é um trabalho fundamentalmente intrapsíquico e está relacionada, no decorrer do desenvolvimento da obra freudiana, com a função de transmitir e ligar a energia oriunda da pulsão. Esta é um processo intrapsíquico de remoção do excesso de investimentos, promovendo o encadeamento representacional pela admissão de afetos conflituosos.A partir dos impasses transferenciais que Freud enfrentou com Dora, uma consequência dupla incidiu sobre a constituição de qualquer situação analítica: o próprio espaço clínico pode impor dificuldades nas associações e recordações do sujeito e será na maneira do analista intervir transferencialmente que a superação das resistências acontece e a rememoração de experiências traumáticas se torna possível. Já no caso do Homem dos Ratos, a transferência tornou-se o principal fator de uma análise, sendo ela o ponto de partida para qualquer intervenção do analista, buscando fazer com que o próprio sujeito supere suas resistências. A perlaboração (Durcharbeitung) surgiu no pensamento freudiano como o trabalho e o esforço que o sujeito precisa realizar para vencer as resistências, ela é um meio pelo qual é possível remeter as repetições em análise à recordação, estabelecendo possibilidades de integrar as excitações do psiquismo devido à dinâmica conflituosa oriunda do afeto. Por fim, discutimos que a elaboração associativa relaciona-se a um processo intrapsíquico e associativo. Já a perlaboração relaciona-se com a superação das resistências, sendo um processo transferencial e interpsíquico. Nossa hipótese é que a perlaboração leva a elaboração associativa, uma vez que é pela superação das resistências que a admissão de uma representação recalcada se torna possível / This master thesis intends to make a discussion of the development of Freud\'s clinical and impasses that have arisen in the course of Freud that led him to develop different formulations of psychic elaboration, Verarbeitung and Ducharbeitung. We aim to circumscribe the historical, theoretical and technical conditions that led to the emergence and developments of the two formulations of psychic elaboration (Verarbeitung and Durcharbeitung) in Freud\'s work until 1918, point their relations with the management of transference and resistance in the psychoanalytical clinic from discussion of Freudians clinical cases Emmy, Miss Lucy, Katharina, Elisabeth von R., Dora and the Rat Man and present the relationship between working-through and associative elaboration, demonstrating that overcoming resistance leads to affective admission. We performed a reading historical and conceptual analysis of the Freudian texts, based on laplanchians guidelines. In the \"Preliminary Communication\" (1893), text written by Breuer and Freud, we find the first formulation of psychic elaboration (Verarbeitung). It is presented as the work that the psychic apparatus performs in order to integrate the excitations coming to him, establishing associative links between them. From the Freudian cases Emmy, Miss Lucy, Katharina, Elisabeth von R., we pointed out that the definition and purpose of associative elaboration have not changed in the Freudian thought, but to make this happen, Freud promoted important technical changes in his clinic. Associative elaboration (Verarbeitung) is a fundamentally intrapsychic work and is related, in the course of the development of Freud\'s work, with the function of transmitting and turn the energy from the drive. This is an intrapsychic process of overinvestment removal, promoting representational chaining through admission of conflicting affects. From the transference impasses that Freud faced with Dora, a double result focused on the establishment of any analytic situation: any clinical space can impose difficulties in the associations and in the subject\'s memories and will be in the way the analyst intervene transferentially that overcoming resistance happens and recall of traumatic experiences becomes possible. In the case of the Rat Man, the transfer became the main factor of an analysis, it is the starting point for any intervention by the analyst, seeking to make the subject himself overcome their resistance. The working-through (Durcharbeitung) appeared in Freudian thought as the work and effort that the subject must perform to overcome resistance, it is a means by which to refer the repetitions in question to recall, establishing possibilities for integrating the excitations of the psyche due the conflictual dynamics coming from the affect. Finally, we discuss the associative elaboration relates to an intrapsychic and associative process. Already working-through relates to overcoming resistance and is a transferencial and interpsychic process. Our hypothesis is that working-through leads associative elaboration, since it is by overcoming the resistance that the admission of a repressed representation is possible
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O esquecimento do passado por refugiados africanos / The forgetting of the past by African refugees

Tania Biazioli de Oliveira 03 May 2011 (has links)
Esta pesquisa trata do esquecimento do passado por refugiados africanos. As entrevistas foram recolhidas na Casa do Migrante, albergue que acolhe migrantes internos, imigrantes e refugiados recém-chegados em São Paulo. Foram entrevistados dois africanos: um angolano e outro congolês. Nosso objetivo de estudar o esquecimento emergiu nas entrevistas individuais e compartilhada entre estes refugiados, pois eles não queriam lembrar as cenas de guerra em África. Compreendemos o esquecimento, levantando a hipótese freudiana de que os refugiados querem esquecer o passado pois, ao tentarem dominar o golpe excessivo, repetem compulsivamente o trauma e a hipótese benjaminiana de que a dificuldade dos africanos em comunicar a experiência de guerra se deve ao declínio da narrativa e a experiência do choque após o avanço das forças produtivas. Porém, buscamos investigar se é possível elaborar o passado. Compreendemos as levas de refugiados ao redor do mundo como resultado da crise do capitalismo global, como nos mostrou Robert Kurz. Não se trata de povos obrigados a sair de sua pátria desde a antiga história religiosa da humanidade, tão pouco de vítimas de perseguição ou vítimas de violação dos direitos humanos, como concebe a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo no atendimento aos refugiados. Analisamos as entrevistas a partir de três categorias de análise a fuga da guerra, a educação e o trabalho. Então, refletimos sobre o esquecimento dos refugiados africanos, partindo de um teor religioso para alcançar algumas considerações psicológicas. Mas o que resta aos psicanalistas diante de refugiados africanos? Concluímos o estudo, investigando a metodologia psicanalítica mais adequada para a pesquisa com africanos sobreviventes de guerra. E decidimos recolher seus sonhos traumáticos, segundo nossa hipótese de que eles pudessem sonhar à noite com aquilo que querem esquecer à luz do dia / This study is about the forgetting of the past by African refugees. The interviews were collected at Casa do Migrante hostel that offers shelter for migrants, immigrants and newcomers refugees in São Paulo. Two Africans were interviewed: an Angolan and a Congolese. Our aim of studying the forgetting emerged from the individual and shared interviews with these refugees, because they did not want to remember the scenes of war in Africa. We understand the forgetting, considering the freudian hypothesis that the refugees want to forget the past, as they compulsively repeat the trauma, when they try to dominate the excessive coup and considering the benjaminian hypothesis that the difficulty of Africans to communicate the war experience is due to the decline of narrative and the shock experience after the development of productive forces. Nevertheless, we try to investigate whether it is possible to work through the past. We understand the waves of refugees around the world as a result of the crisis of global capitalism, as Robert Kurz showed us. It is not about people obliged to leave home since the ancient religious history of mankind, or about victims of persecution or victims of human rights violation, as conceived by the Cáritas Arquidiocesana de São Paulo in the attendance of refugees. We analyze the interviews according to three categories of analysis the flight from war, education and work. So, we thought about the forgetting of African refugees, starting from a religious content to achieve some psychological considerations. But what does it remain for psychoanalysts in the presence of African refugees? We conclude the study, investigating the more suitable psychoanalytic methodology for the research with Africans war survivors. And we decide to collect their traumatic dreams, according to our hypothesis that they might dream at night with what they want to forget at day light
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As identificações entre analista e analisando: possibilidades e impossibilidades para o processo analítico

Scheuer, Anna Carolina de Almeida 28 October 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:37:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Anna Carolina de Almeida Scheuer.pdf: 994614 bytes, checksum: 156c6f00475c8a96e71d76d3ef2feb3e (MD5) Previous issue date: 2011-10-28 / There are some clinical cases that compel the analyst to write about them as a means of working through the events experienced with a certain analysand. Thus, the present paperwork is, above all, the result of the analytical work with a boy and his family, considering the encounters and conflicts that we went through. A boy with a robotic way of walking, with a look that ran through anyone who stared at him and with serious problems of social interaction. During the sessions there were activities of pure, meaningless discharge, a toy house invaded by enemy warriors, lying down on the couch and sleeping soundly. A family who loved war games and movies, admired major dictators and listened to neo-Nazi songs. A German descent analyst trying to understand and to make sense of all these things. In order to try to understand the psychic way of functioning of this analysand and, to some extent, his family‟s as well as the contents that emerged during the analytical process, various concepts elaborated by Melanie Klein and the so-called post-Klein authors are used here as theoretical foundation. Furthermore, a detailed reflection on the way our analytic work was interrupted is presented, taking into consideration the complex short-circuit that came about in the transference and in the counter-transference. If, in the beginning, the identifications between the analyst and the analysand favored the establishment of the transference, they ended up severely obstructing the counter-transference. If we were supposedly alike, we eventually turned out to be totally different, it was no longer possible to keep on walking together. From this estrangement experienced in the analytic relationship, we take a further step to think about the dangerous chaining up between anguish upon facing the different, fear of the stranger/foreigner and, finally, hatred and urge to destroy him. For this purpose, the events that took place in Germany before and during World War II are used as illustrative examples / Há certos casos clínicos que convocam o analista a escrever como forma de elaborar psiquicamente as vivências experimentadas no trabalho com determinado analisando. Assim, o presente trabalho é fruto, acima de tudo, do encontro-desencontro analítico vivido no atendimento de um garoto e de sua família. Um menino com andar robótico, com um olhar que atravessava quem o mirava e com sérios problemas de interação social. Nas sessões, o que havia eram atividades de pura descarga sem sentido, uma casa de brinquedo invadida por guerreiros inimigos e deitar no divã e dormir profundamente. Uma família que adorava jogos e filmes de guerra, admirava grandes ditadores e escutava músicas neonazistas. Uma analista descendente de alemães, buscando entender e dar um lugar para tudo isso. Para tentar compreender o modo de funcionamento psíquico desse analisando e, em alguma medida, de sua família e os conteúdos que emergiram durante o processo analítico são utilizados aqui como referencial teórico diversos conceitos elaborados por Melanie Klein e pelos chamados autores pós-kleinianos. Além disso, é feita uma minuciosa reflexão sobre a maneira como o trabalho analítico foi interrompido, considerando o curto-circuito complexo que se formou na transferência e na contratransferência. Se, no início, as identificações entre analista e analisando facilitaram o estabelecimento da transferência, por fim, elas dificultaram muito a contratransferência. Se éramos supostamente iguais, passamos a ser totalmente diferentes, tornou-se impossível continuar caminhando juntos... A partir desse estranhamento experienciado na relação analítica, é dado um salto para pensar no perigoso encadeamento entre angústia perante o diferente, medo do estranho/estrangeiro e, por fim, ódio e desejo de destruí-lo. Para isso, os fenômenos ocorridos na Alemanha antes e durante a Segunda Guerra Mundial são tomados como exemplos ilustrativos

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