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Influências do consumo de café em diferentes torras em variáveis cardiológicas de voluntários com doença coronariana crônica / Effects of two roasts of coffee consumption on cardiological parameters in volunteers with coronary artery disease

Mioto, Bruno Mahler 11 December 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Os efeitos do consumo de café na frequência e ritmo cardíaco, na pressão arterial e risco cardiovascular permanecem um assunto controverso. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do consumo de café filtrado nas torra escura e média na frequência cardíaca (FC), na frequência de extrassístoles, na variabilidade de frequência cardíaca (VFC), na pressão arterial, na tolerância ao exercício e em isquemia e angina em voluntários com doença arterial coronariana (DAC). MÉTODOS: Em um ensaio clínico randomizado e com crossover, comparamos o efeito do consumo de 450 a 600 ml de café nas torras escura e média em 41 voluntários com DAC, com idade média de 64,5 ± 6,7 anos, sendo que 33 eram do sexo masculino (80,5%). Após período de washout (período basal) e após cada período de quatros semanas de consumo de café (em ambas torras), os voluntários foram submetidos a teste ergométrico (TE), monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e eletrocardiografia dinâmica (Holter). RESULTADOS: O consumo contínuo de café não exerceu nenhum efeito deletério na isquemia miocárdica desencadeada por esforço no teste ergométrico. O tempo total de exercício (deltaT Exercício) foi de 566,59 ± 192,40, 599,39 ± 205,60 e 602,22 ± 210,24 segundos (s), respectivamente para o momento basal (após washout), após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média (média ± DP, p = 0,002). Na MAPA, as variáveis encontradas após período basal, após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média foram, respectivamente: pressão arterial sistólica (PAS) de 110,59 ± 12,05, 111,83 ± 12,89 e 114,32 ± 11,89 mmHg (média ± DP, p = 0,065); e pressão arterial diastólica (PAD) de 64,10 ± 8,99, 64,85 ± 9,31 e 66,27 ± 9,59 mmHg (média ± DP, p = 0,143). Os valores a seguir foram obtidos através do Holter após período basal, após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média, respectivamente: FC Média de 67,38 ± 8,44, 66,51 ± 8,11, e 67,44 ± 8,54 (média ± DP, p = 0,59); frequência de extrassístoles supraventriculares (ESV) de 21 (75), 22 (59), e 18 (85) [mediana (intervalo interquartil), p = 0,77]; frequência de extrassístoles ventriculares (EV) de 8 (426), 10 (123), e 8 (36) [mediana (intervalo interquartil), p = 0,17]; e desvio padrão de todos os intervalos RR normais (SDNN) de 129,87 ± 32,82, 134,74 ± 30,90, e 128,31 ± 28,12 (média ± DP, p = 0,16). CONCLUSÕES: Neste estudo, o consumo contínuo de café aumentou a tolerância ao exercício, não afetou de forma significativa a pressão arterial, o ritmo e a frequência cardíaca e não aumentou a frequência de extrassístoles ventriculares e supraventriculares. Com relação a presença de isquemia e/ou angina no TE, não ocorreram modificações relacionadas ao consumo de café em ambas torras / BACKGROUND: The effect of coffee on heart rate (HR), cardiac rhythm, blood pressure (BP) and cardiovascular risk has long been a controversial issue. The aim of this study was to compare the effects of dark roast (DR) and medium-dark roast (MDR) paper-filtered coffee on HR, premature complexes, heart rate variability (HRV), BP, total exercise time (deltaT Exercise) and exercise-induced angina pectoris in volunteers with coronary artery disease (CAD). METHODS: In a randomized crossover trial, we compared the effects of consuming three to four cups (150 mL) of DR and MDR coffee per day for 4 weeks in 41 volunteers with CAD, with 64.5 ± 6.7 years old, 33 men (80.5%). At baseline and after each 4-week period of drinking, the subjects were submitted to treadmill test, ambulatory blood pressure monitoring (24-h ABPM) and 24-hour Holter electrocardiograms (24-h Holter). RESULTS: The continuous coffee consumption had no deleterious effect on exercise-induced angina pectoris on treadmill test. The deltaT Exercise at baseline and after ingesting DR and MDR were 566.59 ± 192.40, 599.39 ± 205.60 and 602.22 ± 210.24 seconds, respectively (mean ± SD, p = 0.002). The analyzed parameters on 24-h ABPM at baseline and after 4 weeks of DR and MDR coffee consumption were, respectively: systolic BP of 110.59 ± 12.05, 111.83 ± 12.89 and 114.32 ± 11.89 mmHg (mean ± SD, p = 0.065); and diastolic BP of 64.10 ± 8.99, 64.85 ± 9.31 e 66.27 ± 9.59 mmHg (mean ± SD, p = 0,143). The following values were obtained on 24-h Holter at baseline and after 4 weeks of DR and MDR coffee consumption, respectively: average HRs of 67.38 ± 8.44, 66.51 ± 8.11, and 67.44 ± 8.54 (mean ± SD, p = 0.59); premature atrial complexes of 21 (75), 22 (59), and 18 (85) [median (IQR), p = 0.77]; premature ventricular complexes of 8 (426), 10 (123), and 8 (36) [median (IQR), p = 0.17]; and standard deviations of normal to normal R-R intervals (SDNNs) of 129.87 ± 32.82, 134.74 ± 30.90, and 128.31 ± 28.12 (mean ± SD, p = 0.16). CONCLUSIONS: In this study, continuous coffee consumption increased total exercise time, did not significantly affect blood pressure, HR or HRV and did not increase the frequency of premature complexes in volunteers with CAD. Furthermore, continuous coffee consumption had no deleterious effect on exercise-induced angina pectoris
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Estudo de parâmetros eletrocardiográficos e de pressão arterial durante procedimento odontológico restaurador sob anestesia local com e sem vasoconstritor em portadores de doença arterial coronária / Investigation of electrocardiographic and blood pressure parameters during restorative dentistry procedure under local anesthesia with and without vasoconstrictor in coronary artery disease patients

Neves, Ricardo Simões 12 December 2006 (has links)
Estudamos 62 pacientes, que com teste ergométrico positivo, manifestaram angina estável e estavam sob controle farmacológico. Todos apresentavam cinecoronariografia mostrando obstrução >70% em pelo menos uma das principais artérias coronárias. Objetivamos avaliar parâmetros eletrocardiográficos e de pressão arterial, durante procedimento odontológico restaurador sob anestesia local com e sem vasoconstritor em presença de doença arterial coronária. As idades variaram de 39 a 80, média de 58,7±8,8 anos, sendo 51 (82,3%) homens. Trinta pacientes foram randomizados para receber anestesia local com solução de lidocaína a 2% com adrenalina 1:100.000 e os demais para lidocaína a 2% sem vasoconstritor. Todos os pacientes foram submetidos à monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e eletrocardiografia dinâmica por 24 horas, iniciados 2 horas antes do procedimento odontológico. Consideramos 3 períodos de registro: (1) basal - os 60 minutos que antecederam ao procedimento odontológico; (2) procedimento - desde o início da anestesia até o final do procedimento odontológico restaurador; (3) subseqüente completar das 24 horas. A análise de variância com medidas repetidas mostrou que houve elevação significativa da pressão arterial sistólica e diastólica do período basal para o procedimento nos dois grupos estudados (aproximadamente 14mmHg e 5 a 7mmHg) respectivamente, quando analisados separadamente e quando confrontados não apresentaram diferença de comportamento entre si. A freqüência cardíaca não se alterou nos dois grupos estudados. Depressão do segmento ST >1mm ocorreu em 10 (17,9%) pacientes; todos os eventos ocorreram no mínimo 2 horas após o término do procedimento odontológico. Extra - sístoles supra-ventriculares e/ou extra-sístoles ventriculares em número maior do que 10/hora estiveram presentes em 17 (30,4%) pacientes durante as 24 horas e durante o período do procedimento em 7 (12,5%), sendo 4 (13,8%) do grupo que recebeu anestesia sem adrenalina e 3 (11,1%) do grupo que recebeu anestesia com adrenalina e o teste Exato de Fisher não mostrou diferença entre os grupos. Concluímos que não houve diferença em relação ao comportamento de pressão arterial, freqüência cardíaca, evidência de isquemia e arritmias entre os grupos. O uso associado de vasoconstritor mostrou-se, portanto, seguro dentro dos limites do estudo. / We enrolled 62 patients with positive exercise stress test who presented with stable angina and were receiving drug therapy. All had a coronary angiography screening showing >70% obstruction in at least one of the main coronary arteries. The study aimed to compare electrocardiographic and blood pressure parameters during restorative dentistry procedure under local anesthesia, both with and without vasoconstrictor, in the presence of coronary artery disease. Ages ranged from 39 to 80, (mean ± SD) 58.7±8.8 years, 51 (82.3%) of them were male. Thirty patients were randomly assigned to receive 2% lidocaine local anesthesia with 1:100,000 epinephrine, the others receiving 2% lidocaine without vasoconstrictor. All the patients underwent ambulatory blood pressure and 24-hour Holter monitoring, beginning two hours ahead of the dental procedure. Recording were made during (1) baseline - 60-minute period before dental procedure began; (2) procedure - from beginning of anesthesia until the end of the procedure; and (3) subsequent 24-hour period. Analysis of variance with repeat measures showed significant diastolic and systolic blood pressure increases from baseline to the period of the procedure, in the two study groups (approximately 14 mm Hg, and 5 to 7 mm Hg, respectively); both in a separate analysis and in a comparative analysis no significant difference between them could be confirmed. Heart rate did not change in neither of the two groups. ST-segment >1 mm depression was detected in 10 (17.9%) patients; all these events occurred at least two hours after the end of the dentistry procedure. Premature supraventricular systoles and/or premature ventricular systoles in a greater number than 10/hour were seen in 17 (30.4%) patients in the 24-hours period after the procedure; during the procedure they occurred in 7 (12.5%) patients, of whom 4 (13.8%) were in the group without, and 3 (11.1%) in the group with vasoconstrictor. The Fisher\'s exact test revealed no difference between the groups. We concluded that there was no difference of blood pressure, heart rate, evidence of ischemia or arrhythmia episodes between the groups. Thus, the associated use of vasoconstrictor proved to be safe within the limits of this study
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Influências do consumo de café em diferentes torras em variáveis cardiológicas de voluntários com doença coronariana crônica / Effects of two roasts of coffee consumption on cardiological parameters in volunteers with coronary artery disease

Bruno Mahler Mioto 11 December 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Os efeitos do consumo de café na frequência e ritmo cardíaco, na pressão arterial e risco cardiovascular permanecem um assunto controverso. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do consumo de café filtrado nas torra escura e média na frequência cardíaca (FC), na frequência de extrassístoles, na variabilidade de frequência cardíaca (VFC), na pressão arterial, na tolerância ao exercício e em isquemia e angina em voluntários com doença arterial coronariana (DAC). MÉTODOS: Em um ensaio clínico randomizado e com crossover, comparamos o efeito do consumo de 450 a 600 ml de café nas torras escura e média em 41 voluntários com DAC, com idade média de 64,5 ± 6,7 anos, sendo que 33 eram do sexo masculino (80,5%). Após período de washout (período basal) e após cada período de quatros semanas de consumo de café (em ambas torras), os voluntários foram submetidos a teste ergométrico (TE), monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e eletrocardiografia dinâmica (Holter). RESULTADOS: O consumo contínuo de café não exerceu nenhum efeito deletério na isquemia miocárdica desencadeada por esforço no teste ergométrico. O tempo total de exercício (deltaT Exercício) foi de 566,59 ± 192,40, 599,39 ± 205,60 e 602,22 ± 210,24 segundos (s), respectivamente para o momento basal (após washout), após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média (média ± DP, p = 0,002). Na MAPA, as variáveis encontradas após período basal, após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média foram, respectivamente: pressão arterial sistólica (PAS) de 110,59 ± 12,05, 111,83 ± 12,89 e 114,32 ± 11,89 mmHg (média ± DP, p = 0,065); e pressão arterial diastólica (PAD) de 64,10 ± 8,99, 64,85 ± 9,31 e 66,27 ± 9,59 mmHg (média ± DP, p = 0,143). Os valores a seguir foram obtidos através do Holter após período basal, após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média, respectivamente: FC Média de 67,38 ± 8,44, 66,51 ± 8,11, e 67,44 ± 8,54 (média ± DP, p = 0,59); frequência de extrassístoles supraventriculares (ESV) de 21 (75), 22 (59), e 18 (85) [mediana (intervalo interquartil), p = 0,77]; frequência de extrassístoles ventriculares (EV) de 8 (426), 10 (123), e 8 (36) [mediana (intervalo interquartil), p = 0,17]; e desvio padrão de todos os intervalos RR normais (SDNN) de 129,87 ± 32,82, 134,74 ± 30,90, e 128,31 ± 28,12 (média ± DP, p = 0,16). CONCLUSÕES: Neste estudo, o consumo contínuo de café aumentou a tolerância ao exercício, não afetou de forma significativa a pressão arterial, o ritmo e a frequência cardíaca e não aumentou a frequência de extrassístoles ventriculares e supraventriculares. Com relação a presença de isquemia e/ou angina no TE, não ocorreram modificações relacionadas ao consumo de café em ambas torras / BACKGROUND: The effect of coffee on heart rate (HR), cardiac rhythm, blood pressure (BP) and cardiovascular risk has long been a controversial issue. The aim of this study was to compare the effects of dark roast (DR) and medium-dark roast (MDR) paper-filtered coffee on HR, premature complexes, heart rate variability (HRV), BP, total exercise time (deltaT Exercise) and exercise-induced angina pectoris in volunteers with coronary artery disease (CAD). METHODS: In a randomized crossover trial, we compared the effects of consuming three to four cups (150 mL) of DR and MDR coffee per day for 4 weeks in 41 volunteers with CAD, with 64.5 ± 6.7 years old, 33 men (80.5%). At baseline and after each 4-week period of drinking, the subjects were submitted to treadmill test, ambulatory blood pressure monitoring (24-h ABPM) and 24-hour Holter electrocardiograms (24-h Holter). RESULTS: The continuous coffee consumption had no deleterious effect on exercise-induced angina pectoris on treadmill test. The deltaT Exercise at baseline and after ingesting DR and MDR were 566.59 ± 192.40, 599.39 ± 205.60 and 602.22 ± 210.24 seconds, respectively (mean ± SD, p = 0.002). The analyzed parameters on 24-h ABPM at baseline and after 4 weeks of DR and MDR coffee consumption were, respectively: systolic BP of 110.59 ± 12.05, 111.83 ± 12.89 and 114.32 ± 11.89 mmHg (mean ± SD, p = 0.065); and diastolic BP of 64.10 ± 8.99, 64.85 ± 9.31 e 66.27 ± 9.59 mmHg (mean ± SD, p = 0,143). The following values were obtained on 24-h Holter at baseline and after 4 weeks of DR and MDR coffee consumption, respectively: average HRs of 67.38 ± 8.44, 66.51 ± 8.11, and 67.44 ± 8.54 (mean ± SD, p = 0.59); premature atrial complexes of 21 (75), 22 (59), and 18 (85) [median (IQR), p = 0.77]; premature ventricular complexes of 8 (426), 10 (123), and 8 (36) [median (IQR), p = 0.17]; and standard deviations of normal to normal R-R intervals (SDNNs) of 129.87 ± 32.82, 134.74 ± 30.90, and 128.31 ± 28.12 (mean ± SD, p = 0.16). CONCLUSIONS: In this study, continuous coffee consumption increased total exercise time, did not significantly affect blood pressure, HR or HRV and did not increase the frequency of premature complexes in volunteers with CAD. Furthermore, continuous coffee consumption had no deleterious effect on exercise-induced angina pectoris
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Estudo de parâmetros eletrocardiográficos e de pressão arterial durante procedimento odontológico restaurador sob anestesia local com e sem vasoconstritor em portadores de doença arterial coronária / Investigation of electrocardiographic and blood pressure parameters during restorative dentistry procedure under local anesthesia with and without vasoconstrictor in coronary artery disease patients

Ricardo Simões Neves 12 December 2006 (has links)
Estudamos 62 pacientes, que com teste ergométrico positivo, manifestaram angina estável e estavam sob controle farmacológico. Todos apresentavam cinecoronariografia mostrando obstrução >70% em pelo menos uma das principais artérias coronárias. Objetivamos avaliar parâmetros eletrocardiográficos e de pressão arterial, durante procedimento odontológico restaurador sob anestesia local com e sem vasoconstritor em presença de doença arterial coronária. As idades variaram de 39 a 80, média de 58,7±8,8 anos, sendo 51 (82,3%) homens. Trinta pacientes foram randomizados para receber anestesia local com solução de lidocaína a 2% com adrenalina 1:100.000 e os demais para lidocaína a 2% sem vasoconstritor. Todos os pacientes foram submetidos à monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e eletrocardiografia dinâmica por 24 horas, iniciados 2 horas antes do procedimento odontológico. Consideramos 3 períodos de registro: (1) basal - os 60 minutos que antecederam ao procedimento odontológico; (2) procedimento - desde o início da anestesia até o final do procedimento odontológico restaurador; (3) subseqüente completar das 24 horas. A análise de variância com medidas repetidas mostrou que houve elevação significativa da pressão arterial sistólica e diastólica do período basal para o procedimento nos dois grupos estudados (aproximadamente 14mmHg e 5 a 7mmHg) respectivamente, quando analisados separadamente e quando confrontados não apresentaram diferença de comportamento entre si. A freqüência cardíaca não se alterou nos dois grupos estudados. Depressão do segmento ST >1mm ocorreu em 10 (17,9%) pacientes; todos os eventos ocorreram no mínimo 2 horas após o término do procedimento odontológico. Extra - sístoles supra-ventriculares e/ou extra-sístoles ventriculares em número maior do que 10/hora estiveram presentes em 17 (30,4%) pacientes durante as 24 horas e durante o período do procedimento em 7 (12,5%), sendo 4 (13,8%) do grupo que recebeu anestesia sem adrenalina e 3 (11,1%) do grupo que recebeu anestesia com adrenalina e o teste Exato de Fisher não mostrou diferença entre os grupos. Concluímos que não houve diferença em relação ao comportamento de pressão arterial, freqüência cardíaca, evidência de isquemia e arritmias entre os grupos. O uso associado de vasoconstritor mostrou-se, portanto, seguro dentro dos limites do estudo. / We enrolled 62 patients with positive exercise stress test who presented with stable angina and were receiving drug therapy. All had a coronary angiography screening showing >70% obstruction in at least one of the main coronary arteries. The study aimed to compare electrocardiographic and blood pressure parameters during restorative dentistry procedure under local anesthesia, both with and without vasoconstrictor, in the presence of coronary artery disease. Ages ranged from 39 to 80, (mean ± SD) 58.7±8.8 years, 51 (82.3%) of them were male. Thirty patients were randomly assigned to receive 2% lidocaine local anesthesia with 1:100,000 epinephrine, the others receiving 2% lidocaine without vasoconstrictor. All the patients underwent ambulatory blood pressure and 24-hour Holter monitoring, beginning two hours ahead of the dental procedure. Recording were made during (1) baseline - 60-minute period before dental procedure began; (2) procedure - from beginning of anesthesia until the end of the procedure; and (3) subsequent 24-hour period. Analysis of variance with repeat measures showed significant diastolic and systolic blood pressure increases from baseline to the period of the procedure, in the two study groups (approximately 14 mm Hg, and 5 to 7 mm Hg, respectively); both in a separate analysis and in a comparative analysis no significant difference between them could be confirmed. Heart rate did not change in neither of the two groups. ST-segment >1 mm depression was detected in 10 (17.9%) patients; all these events occurred at least two hours after the end of the dentistry procedure. Premature supraventricular systoles and/or premature ventricular systoles in a greater number than 10/hour were seen in 17 (30.4%) patients in the 24-hours period after the procedure; during the procedure they occurred in 7 (12.5%) patients, of whom 4 (13.8%) were in the group without, and 3 (11.1%) in the group with vasoconstrictor. The Fisher\'s exact test revealed no difference between the groups. We concluded that there was no difference of blood pressure, heart rate, evidence of ischemia or arrhythmia episodes between the groups. Thus, the associated use of vasoconstrictor proved to be safe within the limits of this study
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Monitorização materno-fetal da portadora de doença valvar reumática durante procedimento odontológico sob anestesia local / Maternal-fetal monitoring of patients with rheumatic heart disease during dental procedure under local anesthesia

Neves, Itamara Lucia Itagiba 15 February 2007 (has links)
Modificações na fisiologia do organismo da mulher ocorrem durante a gravidez em conseqüência às alterações hormonais, anatômicas e metabólicas. No sistema circulatório a modificação mais significativa é o aumento do débito cardíaco a partir do primeiro trimestre da gestação. Mulheres portadoras de cardiopatias podem apresentar graves complicações durante o período gestacional devido à inapropriada adaptação à sobrecarga hemodinâmica, mesmo em pacientes consideradas em capacidade funcional favorável, no início da gestação. A literatura carece de estudos dos efeitos dos anestésicos locais com ou sem vasoconstritor utilizados nos procedimentos odontológicos, sobre os parâmetros cardiovasculares de mulheres gestantes portadoras de valvopatias e seus conceptos. A escassez científica fez deste tema nosso objetivo de estudo: avaliar e analisar parâmetros da cardiotocografia, como freqüência cardíaca, motilidade fetal e contrações uterinas e de pressão arterial e eletrocardiográficos da gestante portadora de doença valvar reumática quando submetida à anestesia local com lidocaína, com e sem vasoconstritor, durante procedimento odontológico restaurador. Para tanto, a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e a eletrocardiografia ambulatorial (Holter) materna, ambas obtidas durante 24 horas e a cardiotografia (CTG) de 31 portadoras de cardiopatia reumática entre a 28ª e 37ª semana de gestação, nos períodos: (1) basal - 60 minutos antes do procedimento para MAPA e Holter e 20 minutos para CTG; (2) procedimento - 56+15,5minutos (média+desvio padrão); (3) pós-procedimento - 20 minutos; e (4) média das 24 horas para freqüência cardíaca e extra-sístoles e média da vigília e do sono para pressão arterial, permitiu a análise da variação desses parâmetros, utilizando-se lidocaína 2% sem vasoconstritor e lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000, compondo-as em dois grupos. Demonstrou-se redução significativa nos valores de freqüência cardíaca materna durante o procedimento somente quando comparado aos demais períodos (p<0,001). Quando comparados os dois grupos, não houve diferença (p>0,05). Houve ocorrência de arritmia cardíaca em 9 (29,0%) pacientes, sendo 7 (41,8%) do grupo que recebeu anestesia com adrenalina. A pressão arterial materna não apresentou diferença quando comparamos os períodos ou os grupos (p>0,05). O mesmo ocorreu (p>0,05) nas análises comparativas dos parâmetros fetais obtidos por meio da CTG - número de contrações, nível e variabilidade da linha de base, número de acelerações da freqüência cardíaca fetal e padrão de reatividade fetal. Concluiu-se que o uso da lidocaína 2% associado à adrenalina mostrou-se seguro em procedimento odontológico durante a gestação de mulheres com cardiopatia valvar reumática. / During pregnancy, the organic systems of a woman are subjected to physiological modifications consequential to hormonal, anatomic and metabolical alterations. The most significant modification in the circulatory system is an increased cardiac output from the first three months of gestation. Women with heart disease may present with severe complications during the gestational period, because of inappropriate adaptation of her body to this hemodynamic overload, even those patients who are thought to have an appropriate functional capacity during early pregnancy. There are scant studies in the literature on the effects of local anesthetics, with and without vasoconstrictor, used in dental procedures on the cardiovascular variables of pregnant women with valvar disease, as well as on their concepti. Driven by this shortage, we decided to have this subject studied, by assessing and analyzing cardiotachographic parameters, such as heart rate, fetal motility and uterine contractions, in addition to blood pressure and electrocardiographic variables, in pregnant women with rheumatic valvar disease who undergo local anesthesia with lidocaine, with and without vasoconstrictor, during restorative dental procedure. For this, 31 rheumatic heart disease patients who were in their 28th to 37th week of gestation, had 24-hour ambulatory monitoring of their blood pressure (BP) and Holter electrocardiography (Holter-ECG), and cardiotocography (CTG), performed during: (1) baseline - 60 minutes before the procedure for BP and Holter- ECG monitoring, and 20 minutes before the procedure for CTG; (2) procedure - 56±15.5 minutes (mean±SD); (3) post-procedure - 20 minutes; and (4) mean 24-hour heart rate and extrasystoles measurement, and mean wake and sleeping periods BP monitoring. Variation of the above variables was analyzed in two groups, one with infusion of a 2% solution of lidocaine with vasoconstrictor, and the other with infusion of a 2% solution of lidocaine with epinephrine 1:100.000. The maternal heart rate values obtained during the procedure showed a significant reduction only in comparison with the other time periods (P<0.001). The comparison of the two groups did not reveal any significant difference (P>0.05). Cardiac arrhythmia was detected in 9 (29.0%) patients, 7 of them (41.8%) from the group who received anesthetics with epinephrine. Maternal blood pressure did not show any significant difference neither between time periods, nor between groups (P>0.05). The same occurred in the comparative analysis of the fetal parameters obtained during CTG -number of contractions, level and variability from baseline, number of fetal heart rate accelerations and fetal reactivity pattern. Our conclusion was that the use of 2% solution of lidocaine in association with epinephrine proved safe during dental procedure in pregnant women with rheumatic valvar cardiopathy.
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Monitorização materno-fetal da portadora de doença valvar reumática durante procedimento odontológico sob anestesia local / Maternal-fetal monitoring of patients with rheumatic heart disease during dental procedure under local anesthesia

Itamara Lucia Itagiba Neves 15 February 2007 (has links)
Modificações na fisiologia do organismo da mulher ocorrem durante a gravidez em conseqüência às alterações hormonais, anatômicas e metabólicas. No sistema circulatório a modificação mais significativa é o aumento do débito cardíaco a partir do primeiro trimestre da gestação. Mulheres portadoras de cardiopatias podem apresentar graves complicações durante o período gestacional devido à inapropriada adaptação à sobrecarga hemodinâmica, mesmo em pacientes consideradas em capacidade funcional favorável, no início da gestação. A literatura carece de estudos dos efeitos dos anestésicos locais com ou sem vasoconstritor utilizados nos procedimentos odontológicos, sobre os parâmetros cardiovasculares de mulheres gestantes portadoras de valvopatias e seus conceptos. A escassez científica fez deste tema nosso objetivo de estudo: avaliar e analisar parâmetros da cardiotocografia, como freqüência cardíaca, motilidade fetal e contrações uterinas e de pressão arterial e eletrocardiográficos da gestante portadora de doença valvar reumática quando submetida à anestesia local com lidocaína, com e sem vasoconstritor, durante procedimento odontológico restaurador. Para tanto, a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e a eletrocardiografia ambulatorial (Holter) materna, ambas obtidas durante 24 horas e a cardiotografia (CTG) de 31 portadoras de cardiopatia reumática entre a 28ª e 37ª semana de gestação, nos períodos: (1) basal - 60 minutos antes do procedimento para MAPA e Holter e 20 minutos para CTG; (2) procedimento - 56+15,5minutos (média+desvio padrão); (3) pós-procedimento - 20 minutos; e (4) média das 24 horas para freqüência cardíaca e extra-sístoles e média da vigília e do sono para pressão arterial, permitiu a análise da variação desses parâmetros, utilizando-se lidocaína 2% sem vasoconstritor e lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000, compondo-as em dois grupos. Demonstrou-se redução significativa nos valores de freqüência cardíaca materna durante o procedimento somente quando comparado aos demais períodos (p<0,001). Quando comparados os dois grupos, não houve diferença (p>0,05). Houve ocorrência de arritmia cardíaca em 9 (29,0%) pacientes, sendo 7 (41,8%) do grupo que recebeu anestesia com adrenalina. A pressão arterial materna não apresentou diferença quando comparamos os períodos ou os grupos (p>0,05). O mesmo ocorreu (p>0,05) nas análises comparativas dos parâmetros fetais obtidos por meio da CTG - número de contrações, nível e variabilidade da linha de base, número de acelerações da freqüência cardíaca fetal e padrão de reatividade fetal. Concluiu-se que o uso da lidocaína 2% associado à adrenalina mostrou-se seguro em procedimento odontológico durante a gestação de mulheres com cardiopatia valvar reumática. / During pregnancy, the organic systems of a woman are subjected to physiological modifications consequential to hormonal, anatomic and metabolical alterations. The most significant modification in the circulatory system is an increased cardiac output from the first three months of gestation. Women with heart disease may present with severe complications during the gestational period, because of inappropriate adaptation of her body to this hemodynamic overload, even those patients who are thought to have an appropriate functional capacity during early pregnancy. There are scant studies in the literature on the effects of local anesthetics, with and without vasoconstrictor, used in dental procedures on the cardiovascular variables of pregnant women with valvar disease, as well as on their concepti. Driven by this shortage, we decided to have this subject studied, by assessing and analyzing cardiotachographic parameters, such as heart rate, fetal motility and uterine contractions, in addition to blood pressure and electrocardiographic variables, in pregnant women with rheumatic valvar disease who undergo local anesthesia with lidocaine, with and without vasoconstrictor, during restorative dental procedure. For this, 31 rheumatic heart disease patients who were in their 28th to 37th week of gestation, had 24-hour ambulatory monitoring of their blood pressure (BP) and Holter electrocardiography (Holter-ECG), and cardiotocography (CTG), performed during: (1) baseline - 60 minutes before the procedure for BP and Holter- ECG monitoring, and 20 minutes before the procedure for CTG; (2) procedure - 56±15.5 minutes (mean±SD); (3) post-procedure - 20 minutes; and (4) mean 24-hour heart rate and extrasystoles measurement, and mean wake and sleeping periods BP monitoring. Variation of the above variables was analyzed in two groups, one with infusion of a 2% solution of lidocaine with vasoconstrictor, and the other with infusion of a 2% solution of lidocaine with epinephrine 1:100.000. The maternal heart rate values obtained during the procedure showed a significant reduction only in comparison with the other time periods (P<0.001). The comparison of the two groups did not reveal any significant difference (P>0.05). Cardiac arrhythmia was detected in 9 (29.0%) patients, 7 of them (41.8%) from the group who received anesthetics with epinephrine. Maternal blood pressure did not show any significant difference neither between time periods, nor between groups (P>0.05). The same occurred in the comparative analysis of the fetal parameters obtained during CTG -number of contractions, level and variability from baseline, number of fetal heart rate accelerations and fetal reactivity pattern. Our conclusion was that the use of 2% solution of lidocaine in association with epinephrine proved safe during dental procedure in pregnant women with rheumatic valvar cardiopathy.

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