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Modulação do biofilme de Porphyromonas gingivalis pela associação com Streptococcus gordonii e com Prevotella intermedia. / Modulation of Porphyromonas gingivalis biofilm by association with Streptococcus gordonii and with Prevotella intermedia.

Higashi, Daniela 30 January 2015 (has links)
P. gingivalis é um dos principais patógenos da doença periodontal, é encontrado em biofilmes orais com S. gordonii e P. intermedia e em células endoteliais da artéria coronária in vivo. P. gingivalis necessita de ferro em seu metabolismo e pode usar certas proteínas do hospedeiro como fontes deste íon em ambientes limitantes. Assim, este estudo investigou o papel dos genes PGN0741/PG0637 (receptor dependente de TonB) e PGN0531/PG1380 (fvW) de P. gingivalis na formação de biofilme em diferentes concentrações de ferro, em biofilmes mistos com S. gordonii e P. intermedia, e na adesão e invasão de células endoteliais da artéria coronária. Os resultados mostraram divergências no papel dos genes TonB e fvW na formação dos monobiofilmes e mistos e em diferentes concentrações de ferro, demonstrando uma relação cepa-dependente. Na adesão, fvW se mostrou importante para ambas cepas, mas na persistência apenas para P. gingivalis W83. Este trabalho enfatiza, assim, a necessidade do uso de mais de uma cepa de P. gingivalis no estudo do papel de genes em ensaios experimentais. / P. gingivalis is one of the major pathogens of periodontal diseases. It is found in oral biofilms associated with S. gordonii and P. intermedia, and inside of coronary artery endothelial cells in vivo. P. gingivalis requires iron for growth and can exploit iron-carrying proteins of the host as sources in limiting environments. Thus, this work aimed to study the role of genes PGN0741/PG0637 (TonB-dependent receptor) and PGN0531/PG1380 (fvW) of P. gingivalis in biofilm formation under different iron concentrations, in mixed biofilms with S. gordonii and P. intermedia, and in the adhesion and invasion of coronary artery endothelial cells. Our data showed discordance for the role of TonB and fvW in homo- and heterotypic biofilm formation and in different iron concentrations. The relevance of both genes was strain-dependent. Gene fvW was relevant for adhesion to endothelial cells, but only for strain W83 during persistence. Therefore, our study emphasizes the importance of using different strains for a better understanding of the role of genes in experimental assays.
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Panfotocoagulação versus panfotocoagulação associada com ranibizumabe intravítreo para retinopatia diabética proliferativa com características de alto risco / Panretinal photocoagulation versus panretinal photocoagulation plus intravitreal ranibizumabe for high-risc proliferative diabetic retinopathy

Ramos Filho, José Afonso Ribeiro 18 December 2014 (has links)
Objetivo: Avaliar os efeitos da panfotocoagulação a laser (PRP) comparando com a PRP associada com injeção de 0,5 mg de ranibizumabe intravítreo (IVR) em pacientes com retinopatia diabética proliferativa (RDP) com características de alto risco. Métodos: Estudo prospectivo incluindo pacientes portadores de RDP de alto risco sem tratamento prévio, distribuídos aleatoriamente em dois grupos: grupo PRP e grupo PRPplus. Avaliações oftalmológicas padronizadas, incluindo melhor acuidade visual corrigida (MAVC), de acordo com o Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (ETDRS), medidas da área de vazamento de fluoresceína na angiofluoresceinografia (FLA), medida da espessura do subcampo macular (ESM) na Tomografia de Coerência Óptica (OCT) foram realizadas na visita inicial e nas semanas 16 (±2), 32 (±2) e 48 (±2), além de eletrorretinograma (ERG) de campo total, realizado na visita inicial e na semana 48 (±2). Resultados: Vinte e nove de 40 pacientes (n=29) completaram as 48 semanas do estudo. Na visita inicial, a média ± erro-padrão da média (EPM) de FLA (mm2) foi de 9,0 ± 1,3 e 11,7 ± 1,3 (p=0,1502); MAVC (logMAR), 0,31 ± 0,05 e 0,27 ± 0,06 (p=0,6645) e ESM (µm), 216,3 ± 10,7 e 249,4 ± 36,1 (p=0,3925), nos grupos PRP e PRPplus, respectivamente. Foi notada significativa (p<0,05) redução na FLA em todas as visitas do estudo em ambos os grupos; porém significativamente maior no grupo PRPplus, em relação ao grupo PRP, no final da visita 48 (PRP = 2.9 ± 1.3 mm2; PRPplus = 5.8 ± 1.3 mm2; p = 0.0291). Observou-se piora na MAVC em todas as visitas após o tratamento no grupo PRP (p<0,05), enquanto que no grupo PRPplus não foram encontradas mudanças na MAVC. Aumento significativo na ESM foi observado em todas as avaliações do estudo no grupo PRP e significativa diminuição na ESM foi detectada na semana 16 do grupo PRPplus, e não foi encontrada diferença significativa, em relação à visita inicial, nas semanas 32 e 48. Quanto ao ERG, foi notada significativa diminuição na amplitude da onda-b dos bastonetes para 46 ± 5% (p<0,05) do valor da visita inicial no grupo PRP e para 64 ± 6% no grupo PRPplus. Essa regressão foi significativamente maior no grupo PRP do que no grupo PRPplus (p=0,024). Resultados similares foram observados para resposta máxima combinada (MC) da amplitude da onda-b, com redução na semana 48, comparada com a visita inicial, de 45 ± 4% no grupo PRP e 62 ± 5% no grupo PRPplus. A diminuição deste parâmetro foi significativamente maior no grupo PRP do que no grupo PRPplus (p=0,0094). A MC da amplitude da onda-a, os potenciais oscilatórios (PO) e a resposta ao flicker de 30 Hz mostraram redução estatisticamente significativa na análise intragrupos, mas sem diferenças na análise entre os grupos. Conclusão: Após a PRP foi associado IVR com maior redução na FLA na semana 48, comparado com PRP isoladamente, em olhos com RDP de alto risco, sendo que o uso adicional de IVR à PRP parece proteger contra discreta perda de acuidade visual e espessamento macular observado em olhos tratados com PRP isoladamente. Na análise do ERG, resultados sugerem que o tratamento de RDP de alto risco com PRP associado com IVR é efetivo para o controle da RDP e permite menor uso do laser, que, consequentemente, leva à perda funcional menor da retina do que o tratamento com PRP isoladamente. / Objective: To evaluate the effects of panretinal photocoagulation (PRP) compared with PRP plus intravitreal injection of 0.5 mg of ranibizumab (IVR) in patients with high-risk proliferative diabetic retinopathy (PDR). Methods: Prospective study included patients with high-risk PDR and no prior laser treatment randomly assigned to receive PRP (PRP group) or PRP plus IVR (PRPplus group). Standardized ophthalmic evaluations including best-corrected visual acuity (BCVA) measured according to the methods used in the Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (ETDRS), fluorescein angiography to measure area of fluorescein leakage (FLA) and optical coherence tomography (OCT) for the assessment of central subfield macular thickness (CSMT), were performed at baseline and at weeks 16 (±2), 32 (±2) and 48 (±2). Eletroretinographic (ERG) was measured according to ISCEV standards at baseline and at week 48 (±2). Results: Twenty-nine of 40 patients (n = 29 eyes) completed the 48-week study follow-up period. At baseline, mean ± SE FLA (mm2) was 9.0 ± 1.3 and 11.7 ± 1.3 (p = 0.1502); BCVA (logMAR) was 0.31 ± 0.05 and 0.27 ± 0.06 (p = 0.6645); and CSMT (µm) was 216.3 ± 10.7 and 249.4 ± 36.1 (p = 0.3925), in the PRP and PRPplus groups, respectively. There was a significant (p < 0.05) FLA reduction at all study visits in both groups, with the reduction observed in the PRPplus group significantly larger than that in the PRP group at week 48 (PRP = 2.9 ± 1.3 mm2; PRPplus = 5.8 ± 1.3 mm2; p = 0.0291). Best-corrected visual acuity worsening was observed at 16, 32 and 48 weeks after treatment in the PRP group (p < 0.05), while no significant BCVA changes were observed in the PRPplus group. A significant CSMT increase was observed in the PRP group at all study visits, while a significant decrease in CSMT was observed in the PRPplus group at week 16, and no significant difference in CSMT from base- line was observed at weeks 32 and 48. ROD b-wave amplitude was significantly reduced to 46 ± 5 % (p<0.05) of baseline in the PRP group and 64±6% (p<0.05) in the PRPplus group. This reduction was significantly larger in the PRP group than in the PRPplus group (p=0.024). Similar results were observed for the dark-adapted Combined Response (CR) b-wave amplitude, with a reduction at 48 weeks compared to baseline of 45 ± 4 % in the PRP group and 62 ± 5 % in the PRPplus group; the reduction in CR b-wave amplitude was significantly larger in the PRP group than in the PRPplus group (p=0.0094). CR a-wave, oscillatory potentials, cone single flash, and 30 Hz flicker responses showed statistically significant within-group reductions, but no differences in between-group analyses. Conclusions: Intravitreal ranibizumab after PRP was associated with a larger reduction in FLA at week 48 compared with PRP alone in eyes with high-risk PDR, and the adjunctive use of IVR appears to protect against the modest visual acuity loss and macular swelling observed in eyes treated with PRP alone. In ERG analyses, the results suggest that treating high-risk PDR with PRP plus IVR is effective for PDR control, and permits the use of less extensive PRP which, in turn, induces less retinal functional loss, than treatment with PRP alone.
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Efeito relaxante do composto doador de óxido nítrico e inibidor de COX \"NCX2121\" na aorta de ratos hipertensos renais / Relaxation induced by the nitric oxide donor and COX inhibitor (NCX2121) in the renal hypertensive rat aorta.

Paula, Tiago Dal-Cin de 11 March 2014 (has links)
O endotélio vascular é responsável por várias funções como o controle do tônus vascular pela produção e/ou liberação de substâncias vasoconstritoras (EDCFs) e relaxantes (EDRFs). Na hipertensão arterial ocorre disfunção endotelial caracterizada pelo desequilíbrio entre EDCFs e EDRFs. Vários autores sugerem que essas alterações são decorrentes do aumento nas concentrações de espécies reativas de oxigênio (EROs). As EROs podem afetar a sinalização, produção e/ou biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), principal EDRF, assim como aumentar os níveis de prostanóides como prostaglandinas e tromboxanos, EDCFs produtos da COX. O principal alvo para o NO é a ativação da guanilil ciclase solúvel (GCs) no musculo liso vascular causando vasorelaxamento. No modelo de hipertensão arterial dois rins um clipe (2R-1C), ocorre aumento nos níveis de EROs e ativação da NADH/NADPH-oxidase, principal enzima produtora de EROs em células endoteliais. Em nosso estudo, utilizamos o composto NCX2121, que é estruturalmente formado por um doador de NO e inibidor da COX (indometacina). O estudo teve por objetivo caracterizar farmacologicamente a resposta relaxante do NCX2121 na aorta de ratos hipertensos 2R-1C e investigar a contribuição do endotélio vascular e das EROs para essa resposta. Verificamos que o composto NCX 2121 produz relaxamento da aorta de ratos 2R e 2R-1C, que é reduzido pela remoção do endotélio e inibição da enzima NO-Sintase (NOS). O relaxamento do composto NCX 2121 deve ser promovido pelo NO, uma vez que em aortas sem endotélio esse relaxamento foi abolido pelo ODQ. Porém, foi apenas reduzido em aortas com endotélio, isoladas de ratos normotensos (2R) e não foi alterado nas aortas com endotélio, isoladas de ratos 2R-1C. O NCX 2121 não alterou a fosforilação dos sítios de ativação ou inibição da eNOS. O NO não foi detectado em solução por análise amperométrica. O composto NCX2121 aumentou a concentração citosólica de NO, medida pela sonda fluorescente sensível a NO (DAF-2DA), por microscopia confocal. Na aorta de ratos 2R-1C, o relaxamento estimulado com o composto NCX2121 foi inibido pelas EROs e os níveis de EROs em células endoteliais isoladas, foi reduzido pelo composto NCX2121. O composto NCX 2121 reduziu os níveis de tromboxano na aorta de ratos 2R e 2R-1C. Os nossos resultados demonstram que o composto NCX2121 promove relaxamento pela liberação intracelular de NO e inibição da COX por reduzir a produção de prostanóides vasoconstrictores como o tromboxano. O composto NCX2121 não interfere com a ativação da NOS, mas reduz as EROs nas células endoteliais. / The vascular endothelium plays multiple roles on the tone control by the production and/or release of contractile factors (EDCFs) and relaxing factors (EDRFs). There is an imbalance between EDCFs and EDRFs in hypertension that is defined by endothelial dysfunction. In accordance to several authors, these alterations are due to increased production of reactive oxygen species (ROS). The ROS can affect the nitric oxide (NO) signaling, production and bioavailability that is the major EDRF. ROS can also increase the levels of prostaglandins and thromboxane (TX) that are EDCFs products of COX. The main target for NO is the activation of soluble guanylyl-cyclase (sGC) in the vascular smooth muscle cells causing vasorelaxation. In renal hypertensive rats (2K-1C), there is an increased production of ROS by NADH-NADPH-oxidase in the rat aorta endothelial cells. In the present study we used the compound NCX2121, in which chemical structure there is a NO donor and a non-selective COX inhibitor indomethacin. This study aimed to pharmacologically characterize the NCX2121 relaxing effect in 2K-1C rat aorta, and to investigate the contribution of the endothelial factors and ROS for this response. We verified that the relaxation-induced by NCX2121 was impaired by the endothelium removal and NO-synthase (NOS) inhibition. The relaxation induced by NCX2121 is due to NO, since sGC inhibition by ODQ completely abolished its effect in denuded endothelium 2K-1C rat aorta. However, in intact endothelium normotensive 2K rat aorta, the relaxing effect of NCX2121 was only partially inhibited whereas in 2K-1C it was not changed. NCX2121 did not change the phosphorylation sites of activation or inhibition of NOS. NO was not detected by amperometry in the organ bath during the relaxation induced by NCX2121, but it was measured in the cell cytoplasm by confocal microscopy. The vasorelaxation was inhibited by ROS, and NCX2121 decreased the ROS in isolated endothelial cells. NCX2121 reduced TX in 2K and 2K-1C rat aortas. Therefore, our results indicate that the compound NCX2121 induces relaxation by intracellular NO release and COX inhibition by the reduced production of contractile prostanoids such as TX. The compound NCX2121 does not modulate NOS, but it decreases ROS in the endothelial cells.
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Papel do inflamassoma NLRP3 nas alterações vasculares promovidas pelo diabetes tipo 1 em modelo induzido por estreptozotocina / Role of the NLRP3 inflammasome in the vascular alterations induced by type 1 diabetes in a streptozotocin-induced model

Camila André Pereira 10 August 2018 (has links)
O diabetes mellitus (DM) está associado a diversas complicações micro e macrovasculares diretamente relacionadas a doenças cardiovasculares. A prolongada exposição à hiperglicemia e a resistência a insulina são considerados os principais fatores envolvidos nestas complicações, as quais são exacerbadas pela disfunção endotelial. Mediadores inflamatórios contribuem potencialmente para o desenvolvimento de disfunção endotelial pela geração de espécies reativas de oxigênio (EROs) que, por sua vez, estimulam a transcrição de fatores pró- inflamatórios. Receptores específicos, como os NLRs (NOD-like receptors, receptores do tipo NOD) contribuem para instalação de processo inflamatório pela ativação do complexo inflamassoma. Este regula a ativação da caspase-1 e o processamento proteolítico dos precursores pró-IL-1? e pró-IL-18 nas citocinas maduras. Diversos mediadores podem ativar o inflamassoma NLRP3 como, por exemplo, EROs e DNA mitocondrial. Pouco é conhecido sobre o envolvimento de receptores NLRP3 e DNA mitocondrial na disfunção endotelial associada ao diabetes. Testamos a hipótese que a deficiência genética do receptor NLRP3 confere resistência à ativação de processo inflamatório na vasculatura de animais com diabetes tipo 1 (DM1) e, ainda, que DNA mitocondrial contribui para a ativação vascular do inflamassoma NLRP3 e para disfunção endotelial. Foram utilizados camundongos C57Bl/6 e deficientes para NLRP3, os quais foram tratados com veículo ou submetidos a protocolo para indução de DM1 com estreptozotocina. Parâmetros vasculares funcionais foram determinados em artérias mesentéricas de resistência. Células de músculo liso vascular (CMLV) e endoteliais foram utilizadas para avaliação da ativação do inflamassoma NLRP3 por DNA mitocondrial. A geração de EROs foi avaliada pela fluorescência para o dihidroetídio e pela quimiluminescência para lucigenina. A ativação de caspase-1 e IL-1? foi avaliada por western blot e o influxo de cálcio, por fluorescência. DNA mitocondrial foi avaliado pela expressão gênica de componentes da mitocôndria. O diabetes reduziu a vasodilatação dependente de endotélio, o que não ocorreu em artérias de animais deficientes de NLRP3. Animais diabéticos apresentaram aumento da expressão vascular do receptor NLRP3, da ativação de caspase-1 eIL-1? e da geração de EROs e peróxido de hidrogênio no leito mesentérico, eventos que ocorreram em menor intensidade em camundongos deficientes de NLRP3. Houve redução na expressão proteica vascular de Nox4 (NADPH oxidase 4), bem como na expressão gênica da molécula de adesão celular vascular-1 (VCAM-1, vascular cell adhesion molecule-1) e molécula de adesão intercelular-1 (ICAM-1, intercellular adhesion molecule-1) em animais deficientes de NLRP3. Houve aumento da liberação de DNA mitocondrial citosólico no pâncreas de animais diabéticos. A incubação com o DNA mitocondrial extraído do pâncreas de animais diabéticos promoveu ativação do inflamassoma em CMLV provenientes de animais C57Bl/6, mas não em CMLV provenientes de animais deficientes de NLRP3. Esta ativação foi associada ao aumento de EROs e influxo de cálcio. Essa mesma ativação também foi observada em células endoteliais. DNA mitocondrial de camundongos diabéticos também reduziu a dilatação dependente do endotélio em artérias mesentéricas, o que foi associado à geração de EROs e ativação do inflamassoma NLRP3. Pacientes diabéticos apresentaram aumento do DNA mitocondrial circulante e ativação de caspase-1 e IL-1? no soro. Os resultados demonstram que o DNA mitocondrial pancreático de animais diabéticos promove ativação, em CMLV e células endoteliais, do inflamassoma NLRP3 através do aumento no influxo de cálcio e da geração de EROs, contribuindo para o processo de disfunção endotelial. A deficiência de NLRP3 protege os animais diabéticos contra os danos vasculares inflamatórios e disfunção endotelial. / Diabetes mellitus (DM) is associated with several micro and macrovascular complications directly related to cardiovascular diseases. Prolonged exposure to hyperglycemia and insulin resistance are considered the main factors involved in these complications, which are exacerbated by endothelial dysfunction. Inflammatory mediators potentially contribute to the development of endothelial dysfunction by the generation of reactive oxygen species (ROS), which, in turn, stimulate the transcription of pro-inflammatory factors. Specific receptors such as NLRs (NOD-like receptors) contribute to the onset of inflammatory processes by the activation of a multiprotein complex called inflammasome. The NLRP3 inflammasome regulates the activation of caspase-1 and the proteolytic processing of pro-IL-1? and pro-IL-18 precursors into mature cytokines. Several mediators, such as ROS and mitochondrial DNA activate the NLRP3 inflammasome. Considering that it is not clear whether NLRP3 and mitochondrial DNA contribute to diabetes-associated endothelial dysfunction, we hypothesized that the genetic deficiency of the NLRP3 confers resistance to vascular inflammatory processes in animals with type 1 diabetes (T1D) and that mitochondrial DNA contributes to vascular activation of NLRP3 inflammasome and endothelial dysfunction. C57B1/6 and NLRP3 knockout mice were treated with vehicle or streptozotocin to induce T1D. Functional vascular parameters were determined in resistance mesenteric arteries. Cultured vascular smooth muscle cells (VSMC) and endothelial cells were used to determine NLRP3 inflammasome activation by mitochondrial DNA. ROS generation was evaluated by dihydroethidium fluorescence and by chemiluminescence for lucigenin. Caspase-1 and IL-1? activation was evaluated by western blot. Calcium influx was determined by fluorescence and mitochondrial DNA by mRNA expression of mitochondrial components. Diabetes reduced endothelium-dependent vasodilation in C57B1/6, but not in NLRP3 knockout mice. Diabetic mice presented increased vascular NLRP3 receptor expression, increased caspase-1 and IL-1? activation, as well as ROS and hydrogen peroxide generation, events that were mildly observed in NLRP3 knockout mice. There was a reduction in the vascular protein expression of Nox4 (NADPH oxidase 4) as wellas in the gene expression of VCAM-1 (vascular cell adhesion molecule-1) and ICAM-1 (intercellular adhesion molecule-1) in NLRP3 knockout animals. There was an increase in cytosolic mitochondrial DNA release in pancreas from diabetic animals. Mitochondrial DNA from the pancreas of diabetic mice induced NLRP3 inflammasome activation in VSMC from C57B1/6 mice, but not in VSMC from NLRP3 knockout mice. This activation was associated with increased levels of ROS and calcium influx and was also detected in endothelial cells. Mitochondrial DNA from diabetic mice also decreased endothelium-dependent dilation in mesenteric arteries, which was associated with ROS generation and NLRP3 inflammasome activation. Diabetic patients exhibited increased serum mitochondrial DNA and caspase-1 and IL-1? activation. The results demonstrate that pancreatic mitochondrial DNA from diabetic mice activates the NLRP3 inflammasome in VSMC and endothelial cells by increasing calcium influx and ROS generation, contributing to endothelial dysfunction. NLRP3 deficiency prevents diabetes-related vascular inflammatory damage and endothelial dysfunction.
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Relação entre biomarcadores inflamatórios, de adesão celular, de estresse oxidativo, de lesão endotelial, remodelamento tecidual e vascular e os diferentes estágios da doença venosa crônica primária (classes clínicas CEAP C0a, C2, C3, C4) / Relationship between biomarkers of inflammation, cell adhesion, oxidative stress, endothelial cell damage, vascular and tissue remodeling and the different stages of primary chronic venous disease (CEAP clinical classes C0a, C2, C3, C4)

Maria das Graças Coelho de Souza 20 August 2013 (has links)
A doença venosa crônica (DVC) é uma desordem complexa que compreende sinais e sintomas que variam das telangiectasias às úlceras ativas. A DVC é classificada de acordo com aspectos clínicos, etiológicos, anatômicos e fisiopatológicos (CEAP) em sete classes variando de C0 à C6. A principal causa da DVC é a hipertensão venosa que altera o fluxo venoso e, consequentemente, a força de cisalhamento que induz alterações fenotípicas nas células endoteliais que passam a expressar mediadores pró-inflamatórios e pró-trombóticos, que levam à adesão de leucócitos, ao aumento do estresse oxidativo, da permeabilidade vascular e do dano endotelial e ao remodelamento tecidual e vascular.Em virtude dos inúmeros mecanismos e da diversidade de moléculas envolvidas na patogênese e progressão da DVC, é essencial conhecer a interação entre elas e também saber quais são as moléculas (biomarcadores) que se correlacionam positivamente ou negativamente com a gravidade da doença. Foram avaliados os níveis de Interleucina-6 (IL-6), sL-selectina, sE-selectina, sP-selectina, molécula de adesão intercelular-1solúvel (sICAM-1), molécula de adesão das células vasculares-1 solúvel (sVCAM-1), ativador tecidual do plasminogênio (tPA), atividade do inibidor do ativador do plasminogênio-1 (PAI-1), trombomodulina solúvel (sTM), fator de von Willebrand (vWF), metaloproteinase de matriz (MMP)-2, MMP-3, MMP-9, inibidor tecidual das MMPs -1 (TIMP-1), angiopoietina-1 e -2, sTie-2 e s-Endoglina e fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) no sangue coletado da veia braquial de 173 mulheres com DVC primária divididas em grupos C2, C3, C4 e C4 menopausadas (C4m) e de 18 voluntárias saudáveis (grupo C0a). Foram também analisados os níveis urinários de ent-prostaglandina F2&#945; nesses grupos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas com relação às concentrações sanguíneas e urinárias de sE-selectina, sP-selectina, sICAM-1, atividade de PAI-1, MMP-3, razão TIMP-1/MMP-3, angiopoietin-2, razão angiopoietina-1/angiopoietina-2, s-Endoglina e ent-prostaglandina F2&#945; entre os grupos estudados, possivelmente devido à alta variabilidade na concentração desses biomarcadores entre as participantes do mesmo grupo. Entretanto, as concentrações sanguíneas de IL-6 sL-selectina, sVCAM-1, tPA, vWF, sTM, MMP2, MMP-9, TIMP-1, razão TIMP-1/MMP-2, razão TIMP-1/MMP-9, angiopoietina-1 e VEGF foram estatisticamente diferentes entre os grupos. Não foi identificado nenhum biomarcador que se correlacionasse diretamente ou inversamente com a progressão da DVC, provavelmente devido à diversidade de fatores envolvidos e à complexa interação entre eles durante o curso da doença. / Chronic Venous Disease (CVD) is a complex disorder, which encompasses signs and symptoms that vary from telangiectasias to active ulcers. The CVD is classified according Clinical, Etiologic, Anatomical and Pathophysiological (CEAP) aspects into seven classes varying from C0 to C6. The main cause of CVD is venous hypertension, which alters venous flow and consequently, shear stress. Abnormal shear stress induces phenotypic changes in endothelial cells that start to express pro-inflammatory and pro-thrombotic mediators that lead to leukocyte adhesion, oxidative stress, increased vascular permeability and endothelial cell damage and tissue and vascular remodeling. Due to several mechanisms and the diversity of molecules involved in the pathogenesis and progression of CVD, is essential to know the interplay between them and which are the molecules (biomarkers) that correlate positively and negatively with the severity of the disease. We investigated the levels of interleukin-6 (IL-6), sL-selectin, sE-selectin, sP-selectin, soluble intercellular adhesion molecule-1 (sICAM-1), soluble vascular cell adhesion molecule-1 (sVCAM-1), tissue plasminogen activator (tPA), plasminogen activator inhibitor-1 (PAI-1) activity, soluble thrombomodulin (sTM), von Willebrand factor (vWf), matrix metalloproteinase (MMP)-2, MMP-3, MMP-9, tissue inhibitor of metaloproteinases-1 (TIMP-1), angiopoietin-1 and -2, sTie-2, s-Endoglin, vascular endothelial growth factor (VEGF) in the blood taken from the brachial vein of 173 patients with primary CVD divided into C2, C3, C4 and menopaused C4 (C4m) groups and 18 healthy volunteers (C0a group).We also investigated the urinary levels of ent-prostaglandin F2&#945; in these groups. There was no statistically significant difference between groups with respect to blood or urinary levels of sE-selectin, sP-selectin, sICAM-1, PAI-1 activity, MMP-3, TIMP-1/MMP-3 ratio, angiopoietin-2, angiopoietin-1/angiopoietin-2 ratio, s-Endoglin and ent-prostaglandin F2&#945;, likely due to the high variability of these biomarkers concentration among participants within the same group. However, blood levels of IL-6, sL-selectin, sVCAM-1, tPA, vWF, sTM, MMP-2, MMP-9, TIMP-1, TIMP-1/MMP-2 ratio, TIMP-1/MMP-9 ratio, angiopoietin-1 and VEGF were statistically different between groups. It was not identified any biomarker that correlated directly or inversely with the progression of CVD, probably due to the diversity of factors involved and the complex interplay between them in the course of the disease.
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Estudo da função vascular em hipertensos com diabetes tipo 2 em uso de losartana ou anlodipino / Functional vascular study in hypertensive subjects with type 2 diabetes using losartan or amlodipine

Cesar Romaro Pozzobon 10 October 2013 (has links)
As doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte no mundo, e têm a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) como uns dos seus principais fatores de risco. Sabidamente, a HAS e o DM2 são doenças frequentemente associadas. A escolha dos fármacos anti-hipertensivos a serem utilizados no tratamento de pacientes hipertensos diabéticos tem como objetivo o controle da pressão arterial, a redução da morbimortalidade das complicações macro e microvasculares. Alterações na função endotelial precedem as alterações morfológicas do vaso e contribuem para o desenvolvimento das complicações macrovasculares. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação de alterações vasculares funcionais com o uso de losartana ou anlodipino em pacientes hipertensos e diabéticos tipo 2. Foi realizado um estudo transversal com coleta de dados prospectiva. Os pacientes incluídos foram randomizados e divididos em dois grupos, sendo avaliados na sexta semana da utilização de losartana 100 mg/dia ou anlodipino 5 mg/dia, com aferição da PA, realização de monitorização ambulatorial da pressão arterial e testes para avaliação de parâmetros vasculares como tonometria de aplanação, velocidade de onda de pulso (VOP) e dilatação mediada por fluxo (DMF) da artéria braquial. Foram incluídos 42 pacientes, 21 em cada grupo. A distribuição da amostra demonstrou uma predominância do sexo feminino (71%) nos dois grupos e uma semelhança na idade média dos pacientes (54,06,9 anos, no grupo losartana e 54,94,5 anos, no grupo anlodipino). A média dos valores de pressão arterial na sexta semana foram 15319/909 mmHg no grupo losartana e 14514/848 mmHg no grupo anlodipino, não havendo diferença estatística entre os grupos. O augmentation index (AIx; 309% vs. 368%, p=0,025), assim como a augmentation pressure (166 mmHg vs. 208 mmHg, p=0,045) foram menores no grupo anlodipino do que no grupo losartana. Os valores obtidos para VOP e DMF foram semelhantes nos dois grupos. Em pacientes hipertensos e diabéticos tipo 2, o tratamento com anlodipino em dose média comparado com losartana em dose máxima associou-se a menores níveis de pressão arterial casual. Menores valores de AIx foram observados no grupo anlodipino, com um padrão de reflexão da onda de pulso mais favorável neste grupo. Os valores da VOP e DMF encontrados foram semelhantes nos dois grupos podendo sugerir influências da losartana sobre os parâmetros vasculares independentes do efeito pressórico. / Cardiovascular diseases are still the leading cause of death worldwide, and hypertension and diabetes are among its major risk factors. It is well known that hypertension and type 2 diabetes are often associated diseases. The choice of antihypertensive drugs to be used in the treatment of hypertensive patients with diabetes aims to control blood pressure, reducing morbidity and mortality from macrovascular and microvascular complications. Changes in endothelial function precede morphological vascular changes and contribute to the development of macrovascular complications. The aim of this study was to evaluate the association of vascular function with the use of losartan or amlodipine in hypertensive type 2 diabetics. A cross-sectional study was conducted with patients randomly divided into two groups, being evaluated in the sixth week of using losartan 100 mg / day or amlodipine 5 mg / day, with BP measurement, performance of ambulatory blood pressure monitoring and tests to evaluate vascular parameters such as applanation tonometry, pulse wave velocity (PWV) and flow-mediated dilatation (FMD) of the brachial artery. We included 42 patients, 21 in each group. The distribution of the sample showed a female predominance (71%) in both groups and a similarity in the average age (54.0 6.9 years in the losartan group and 54.9 4.5 years in group amlodipine). At 6 weeks of antihypertensive treatment, the mean blood pressure values were 153 19/90 9 mmHg in the losartan group and 145 14/84 8 mmHg in the amlodipine group, with no statistical difference between the groups. The augmentation index (AIx; 30 9 vs. 8 36%, p=0.025) as well as augmentation pressure (16 6 vs. 8 20 mmHg, p=0.045) in the amlodipine group was lower than in group losartan. The values obtained for PWV and FMD were similar in both groups. In hypertensive patients with type 2 diabetes, treatment with amlodipine on average dose compared to maximum dose of losartan was associated with lower levels of casual blood pressure. Lower values of AIx were observed in the amlodipine group, with a more favorable standard pulse wave reflection in this group. The similar values of PWV and FMD in the two groups may suggest influences of losartan on vascular parameters independent of the blood pressure effect.
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Modulação da expressão de VEGF-C por mediador relacionado ao estresse em culturas de carcinomas espinocelulares de boca / Modulation of VEGF-C expression by stress related mediator in oral squamous cell carcinoma cell lines

Bruna Maria Rodrigues Vilardi 18 May 2011 (has links)
Os mediadores do estresse, epinefrina e norepinefrina, participam da modulação de diversos processos celulares como a proliferação, a migração celular e a apoptose durante a tumorigênese, influenciando assim, o crescimento e a progressão tumoral. A presença de receptores beta-adrenérgicos e sua expressiva resposta ao estímulo do neurohormônio norepinefrina foram identificadas em várias linhagens de células tumorais, incluindo o carcinoma espinocelular de boca. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da norepinefrina na expressão do fator de crescimento endotelial vascular do tipo C (VEGF-C) em cultura de células de carcinoma espinocelular de boca que continham receptores beta adrenérgicos. As linhagens celulares (SCC-9 e SCC-25) foram estimuladas com norepinefrina em diferentes concentrações (0,1; 1 e 10 M) e com 1M de propranolol, sendo analisadas após 1, 6 e 24 horas. A expressão gênica e proteica de VEGF-C foram avaliadas, respectivamente, por RT-PCR em tempo real e por ELISA. A produção de RNAm para VEGF-C teve um comportamento irregular, com tendências a variações da expressão gênica (aumento e inibição). A dosagem proteica nos sobrenadantes das culturas de células malignas não refletiu a expressão gênica de VEGF-C. Somente na linhagem SCC-25 ocorreu uma inibição significativa da produção de VEGF-C (p<0,001) pelas células neoplásicas no ensaio de 24 horas após o estímulo com 10M de norepinefrina. Estes resultados sugerem que a expressão de VEGF-C nas linhagens de carcinomas espinocelulares humanos de boca, parece não ser mediado pela norepinefrina, via receptores beta-adrenérgicos. / The mediators of stress, epinephrine and norepinephrine, are involved in modulation of many cellular processes such as proliferation, migration and apoptosis influencing the tumor growth and progression. The presence of beta-adrenergic receptors and their significant response to stimulation of neurohormone norepinephrine has been identified in various tumor cell lines, including oral squamous cell carcinoma. The aim of this study was to investigate the influence of norepinephrine on the expression of vascular endothelial growth factor type C (VEGF-C) in oral squamous carcinomas cell lines that contained beta-adrenergic receptors. Cell lines (SCC-9 and SCC-25) were stimulated with different concentrations of norepinephrine (0.1, 1 and 10 mM) and 1 M of propranolol, and analyzed after 1, 6 and 24 hours. Gene and protein expressions of VEGF-C were evaluated, respectively, by real time PCR and by ELISA. The results showed an irregular behavior of the oral squamous carcinoma cell lines, with trends to increase or to inhibit the VEGF-C gene expression. Dosage protein in supernatant cultures of malignant cells did not reflect the gene expression of VEGF-C. Only in the SCC-25 cell line was detected a significant inhibition of VEGF-C production by neoplastic cells, twenty-four hours after stimulation with 10M norepinephrine (p<0,001). These results suggest that VEGF-C expression in oral squamous carcinomas cell lines seems not to be mediated by norepinephrine through the beta adrenergic receptor pathway.
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Efeito do exercício aeróbico intervalado versus contínuo sobre o perfil hemodinâmico, metabólico e hormonal de mulheres jovens normotensas filhas de hipertensos / Effects of aerobic interval versus continuous aerobic exercise on hemodynamic, metabolic and hormonal profile in young normotensive women offspring of hypertensive parents

Emmanuel Gomes Ciolac 15 April 2010 (has links)
Histórico familiar de hipertensão está associado à anormalidades metabólicas e hemodinâmicas precoces. O exercício físico tem importante papel na prevenção e tratamento da hipertensão, mas as adaptações hemodinâmicas, metabólicas e hormonais em resposta ao treinamento físico não tem sido estudadas em indivíduos com histórico familiar de hipertensão. Nós comparamos os efeitos do treinamento com exercício intervalado (TI) e contínuo (CT) sobre variáveis hemodinâmicas, metabólicas e hormonais em normotensos filhos de hipertensos. Cinqüenta e nove mulheres saudáveis filhas de pais hipertensos, randomizadas para TI (n: 16; 24,4±3,8 anos), TC (n: 16; 26,6±4,9 years) ou grupo controle (CFH+; n: 12), e 15 mulheres jovens com pais normotensos tiveram a monitorização da pressão arterial ambulatorial (MAPA), velocidade de onda de pulso carótido-femoral (VOP), e bioquímica (colesterol total e frações, triglicérides, glicose, insulina e razão insulina/glicose) analisados antes e após 16 semanas de seguimento. Níveis de PA, nor-epinefrina (NE), endothelina-1 (ET-1) e nitrito/nitrato (NOx) também foram analisados durante um teste de esforço cardiopulmonar (TE). Treinamento físico foi realizado três vezes por semana durante 40 minutos à 65% do VO2PICO (TC) ou alternando 2 minutos à 55% com 1 minute à 85% VO2PICO (TI). MAPA, glicemia e níveis de colesterol foram similares entre os 4 grupos, mas os 3 grupos com histórico familiar positivo de hipertensão apresentaram maiores níveis de insulina e razão insulina/glicose, VOP, NE e ET-1, e menores níveis de NOx quando comparado com o grupo CFH-. Os dois tipos de exercício foram igualmente efetivos na melhora da MAPA, insulina e razão insulina/glicose; porém, TI foi mais efetivo para a melhora da VOP e condicionamento cardiorrespiratório, bem como para a melhora da resposta da PA, NE, ET-1 e NOx durante o TE. Após o seguimento, TI apresentou insulina e razão insulina/glicose, VOP, NE e ET-1 inferior e NOx superior ao de CFH+, enquanto apenas ET-1 do TC foi inferior à de CFH+. Concluindo, ambos os programas de treinamento melhoraram o perfil hemodinâmico, metabólico e hormonal de mulheres jovens normotensas filhas de hipertenso. Porém, o TI demonstrou-se mais efetivo para a melhora de algumas das variáveis analisadas. Estes achados podem ter importantes implicações para o desenho de programas exercício físico para a prevenção de hipertensão arterial hereditária. / Family history of hypertension is associated with early metabolic and hemodynamic abnormalities. Exercise training has an important role in the prevention and treatment of hypertension, but the hemodynamic, metabolic and hormonal adaptations to exercise training has not been studied in subjects with family history of hypertension. We compared the effects of aerobic interval (IT) and continuous exercise training (CT) on hemodynamic, metabolic and hormonal variables in offspring of hypertensive subjects. Fiftynine healthy women offspring of hypertensive subjects, randomized to IT (n: 16; 24.4±3.8 years), CT (n: 16; 26.6±4.9 years) or control group (CFH+; n: 12), and 15 young women with normotensive parents (CFH-) had their ambulatorial blood pressure (ABP), carotid-femoral pulse wave velocity (PWV), and biochemistry (total cholesterol and fractions, triglycerides, glucose, insulin and insulin-to-glucose ratio) analyzed before and after a 16- week follow-up. BP, nor-epinephrine (NE), endothelin-1 (ET-1) and nitrite/nitrate (NOx) levels were also analyzed during a graded exercise test (GXT). Exercise training was performed three times-a-week for 40 minutes at 65% of VO2PEAK (CT) or alternating 2 minutes at 55% with 1 minute at 85% VO2PEAK (IT). ABP, glucose and cholesterol levels were similar among all groups, but the 3 groups with positive family history of hypertension displayed increased insulin and insulin-to-glucose ratio, PWV, NE and ET-1, and decreased NOx when compared to CFH-. The 2 exercise groups were equally effective in improving ABP, insulin and insulin-to-glucose ratio; however, IT was superior to CT at improving PWV and cardiorespiratory fitness, as well as the BP, NE, ET-1 and NOx during the GXT. After the follow-up, IT group displayed insulin and insulin-to-glucose ratio, PWV, NE and ET-1 decreased and NOx increased than the CFH+, but only ET-1 was decreased in CT than CFH+. In conclusion, both exercise training programs improved hemodynamic, metabolic and hormonal profile in healthy young women offspring of hypertensive subjects. However, IT was more efficient for improving several of the analyzed variables. These findings may have important implications for exercise training programs for the prevention of an inherited hypertensive disorder.
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Efeitos da hidroquinona sobre atividades funcionais da célula endotelial e de neutrófilos / Effect of hydroquinone in the functional activity of endothelial cells and neutrophils

Fernanda Júdice Pinedo 11 August 2009 (has links)
A hidroquinona (HQ) é um composto fenólico obtido a partir da metabolização endógena do benzeno, está presente no cigarro, medicamentos, reveladores fotográficos, alimentos e plantas medicinais. Temos demonstrado que a intoxicação experimental de ratos à HQ compromete a migração de leucócitos para o pulmão na vigência de resposta inflamatória alérgica ou inespecífica. O presente trabalho visou avaliar os efeitos da HQ sobre atividades da célula endotelial e de neutrófilos envolvidas na inflamação. Culturas primárias de células endoteliais da rede microcirculatória obtidas do músculo cremaster de ratos Wistar, machos, foram tratadas com HQ (10 ou 100 µM, 2 horas) e posteriormente incubadas ou não com LPS de E. coli (LPS; 2 µg/mL). Neutrófilos obtidos da cavidade peritoneal de ratos Wistar, 4 horas após a injeção local de glicogênio de ostra (10 mL, 1%) , foram tratados com HQ (5 ou 10 µM, 1 hora) e, em seguida, foram incubados ou não com LPS (5 µg/mL). Células controles receberam volumes equivalentes dos veículos da HQ e do LPS. Os dados obtidos mostram que o tratamento com a HQ não induziu necrose ou apoptose em ambos os tipos celulares; reduziu a produção de NO pela célula endotelial e por neutrófilos, por bloqueio das atividades das óxido nítrico sintases; reduziu a expressão gênica e protéica de TNF-&#945;, IL-6 e IL-1&#946; induzida pelo LPS em neutrófilos, possivelmente decorrente de redução da translocação nuclear do NF&#954;B; por outro lado aumentou a expressão gênica e protéica basal de TNF-&#945;, IL-1&#946;, ICAM-1, PECAM-1 e VCAM-1, bem como a translocação nuclear do NF-&#954;B; reduziu a atividade fagocítica e microbicida de neutrófilos frente a Candida albicans; não afetou a expressão gênica da CYP2E1 em ambos os tipos celulares, mas aumentou a expressão gênica de MPO em neutrófilos. Em conjunto, os dados permitem concluir que a HQ atua diferentemente nos dois tipos de células estudadas, ativando e inibindo propriedades inflamatórias na célula endotelial e nos neutrófilos, respectivamente. É possível as ações sobre os neutrófilos possam contribuir, pelo menos em parte, pela redução da migração celular durante a resposta inflamatória observada após exposição in vivo à HQ. / Hydroquinone (HQ) is a fenolic compound obtained after benzene metabolism, it is a component of cigarette, medicines, photographic developer, and it is also finding in some foods and medicinal herbs. Our research group has been shown that rats in vivo exposed to HQ present impaired leukocyte migration into lung during allergic or non-specific inflammation. In the present study, we investigate the effects of HQ on functional activities of neutrophils and endothelial cells (EC) involved in inflammation. Primary cultured EC was obtained from microcirculatory network of male Wistar rats, and treated with HQ (10 or 100 µM, two hours). After the treatments, EC was incubated in presence or absence of lipopolissacharide of E. coli (LPS; 2 µg/mL). Peritoneal neutrophils obtained four hours after local injection of oyster glycogen (10 mL, 1%) were incubated with HQ (5 or 10 µM, one hour) and in sequence it was incubated in presence or absence of LPS (5 µg/mL) .Control cells were cultured with equivalent volumes of HQ and LPS vehicle. Results obtained showed that treatment with HQ did not induce apoptosis or necrosis in both types of cells; impaired NO production by endothelial cells and neutrophils dependent on blockade of Ca+2-dependent and independent NOS activity; decreased gene and protein expression of TNF-&#945;, IL-6 and IL-1&#946; in neutrophils induced by LPS, possibly due to reduced nuclear translocation of the NF-&#954;B. On the other hand, HQ treatment enhanced basal protein and gene expression of TNF-&#945;, IL-1&#946; , ICAM-1, PECAM-1 and VCAM-1 and the nuclear translocation of NF-&#954;B; impaired Candida albicans phagocytic and killing indexes; did not affect the gene expression of CYP2E1 in both types of cell, but increased the gene expression of MPO in neutrophils. Taken together, results obtained show that HQ acts differently in the two types of cells studied, activating and inhibiting inflammatory properties in endothelial cells and neutrophils, respectively. Actions on neutrophils may contribute, at least in part, on the reduced leukocyte recruitment during in vivo HQ exposure.
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Modulação da expressão de VEGF-C por mediador relacionado ao estresse em culturas de carcinomas espinocelulares de boca / Modulation of VEGF-C expression by stress related mediator in oral squamous cell carcinoma cell lines

Vilardi, Bruna Maria Rodrigues 18 May 2011 (has links)
Os mediadores do estresse, epinefrina e norepinefrina, participam da modulação de diversos processos celulares como a proliferação, a migração celular e a apoptose durante a tumorigênese, influenciando assim, o crescimento e a progressão tumoral. A presença de receptores beta-adrenérgicos e sua expressiva resposta ao estímulo do neurohormônio norepinefrina foram identificadas em várias linhagens de células tumorais, incluindo o carcinoma espinocelular de boca. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da norepinefrina na expressão do fator de crescimento endotelial vascular do tipo C (VEGF-C) em cultura de células de carcinoma espinocelular de boca que continham receptores beta adrenérgicos. As linhagens celulares (SCC-9 e SCC-25) foram estimuladas com norepinefrina em diferentes concentrações (0,1; 1 e 10 M) e com 1M de propranolol, sendo analisadas após 1, 6 e 24 horas. A expressão gênica e proteica de VEGF-C foram avaliadas, respectivamente, por RT-PCR em tempo real e por ELISA. A produção de RNAm para VEGF-C teve um comportamento irregular, com tendências a variações da expressão gênica (aumento e inibição). A dosagem proteica nos sobrenadantes das culturas de células malignas não refletiu a expressão gênica de VEGF-C. Somente na linhagem SCC-25 ocorreu uma inibição significativa da produção de VEGF-C (p<0,001) pelas células neoplásicas no ensaio de 24 horas após o estímulo com 10M de norepinefrina. Estes resultados sugerem que a expressão de VEGF-C nas linhagens de carcinomas espinocelulares humanos de boca, parece não ser mediado pela norepinefrina, via receptores beta-adrenérgicos. / The mediators of stress, epinephrine and norepinephrine, are involved in modulation of many cellular processes such as proliferation, migration and apoptosis influencing the tumor growth and progression. The presence of beta-adrenergic receptors and their significant response to stimulation of neurohormone norepinephrine has been identified in various tumor cell lines, including oral squamous cell carcinoma. The aim of this study was to investigate the influence of norepinephrine on the expression of vascular endothelial growth factor type C (VEGF-C) in oral squamous carcinomas cell lines that contained beta-adrenergic receptors. Cell lines (SCC-9 and SCC-25) were stimulated with different concentrations of norepinephrine (0.1, 1 and 10 mM) and 1 M of propranolol, and analyzed after 1, 6 and 24 hours. Gene and protein expressions of VEGF-C were evaluated, respectively, by real time PCR and by ELISA. The results showed an irregular behavior of the oral squamous carcinoma cell lines, with trends to increase or to inhibit the VEGF-C gene expression. Dosage protein in supernatant cultures of malignant cells did not reflect the gene expression of VEGF-C. Only in the SCC-25 cell line was detected a significant inhibition of VEGF-C production by neoplastic cells, twenty-four hours after stimulation with 10M norepinephrine (p<0,001). These results suggest that VEGF-C expression in oral squamous carcinomas cell lines seems not to be mediated by norepinephrine through the beta adrenergic receptor pathway.

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