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A duração do efeito analgésico da crioterapia na dor perineal no pós-parto: ensaio clínico randomizado / The duration of the analgesic effect of cryotherapy in postpartum perineal pain: a randomized controlled trialFrancisco, Adriana Amorim 11 September 2015 (has links)
Introdução: A bolsa de gelo, principal método não medicamentoso de alívio da dor perineal, é efetiva, se aplicada por 10, 15 ou 20 minutos. Mas, seu uso não está padronizado, pois faltam evidências robustas sobre o melhor tempo e o intervalo das aplicações, dificultando o emprego efetivo e seguro dessa terapia, na prática obstétrica. Objetivo: Avaliar a eficácia de bolsa de gelo no alívio da dor perineal no pós-parto e sua manutenção até 2 horas após a aplicação por 10 minutos. Método: Ensaio clínico controlado, randomizado com cegamento do avaliador do desfecho, realizado em uma maternidade em São Paulo. Foram incluídas 69 puérperas com idade 18 anos, sem parto vaginal anterior, 6-24 horas, após o parto normal, com dor perineal 3 na escala numérica, que não receberam anti-inflamatório após o parto ou analgésico nas 3 horas prévias à inclusão no estudo. A amostra foi estratificada conforme a condição perineal após o parto em períneo íntegro ou laceração de 1º grau e laceração de 2º grau ou episiotomia. A alocação aleatória ocorreu, separadamente, em cada estrato, em grupo experimental, composto por participantes que receberam uma única aplicação de bolsa de gelo no períneo por 10 minutos e grupo controle, constituído de participantes que não usaram bolsa de gelo. O desfecho primário foi a redução de 30% na intensidade da dor perineal, imediatamente após a intervenção e o secundário, a manutenção da analgesia até 2 horas, após a terapia. A dor perineal foi avaliada pela escala numérica (0-10, zero é ausência de dor e dez, a pior dor imaginável), em três momentos: antes, imediatamente após e 2 horas depois da intervenção. Resultados: Antes da intervenção, não houve diferença significativa entre os grupos experimental e controle quanto às características sociodemográficas, relacionadas ao parto e intensidade de dor perineal. Imediatamente após a intervenção, a redução da média de intensidade da dor perineal foi maior no grupo experimental (4,0 versus 0,7; p<0,0001) e a proporção de mulheres cuja dor perineal diminuiu 30% ou mais também foi maior no grupo experimental (82,9% versus 17,6%; p<0,001). Em 2 horas, não houve diferença significativa na redução da média da dor perineal entre os grupos. Contudo, a proporção de mulheres cuja a intensidade da dor diminuiu, pelo menos, 30% foi maior no grupo experimental (82,9% versus 44,1%; p=0,002). O número necessário para tratar foi igual a 3 (Intervalo de Confiança- IC 95% 2-7). Além disso, o percentual de mulheres cuja intensidade da dor perineal não aumentou desde a aplicação do gelo foi de 61,9% e 89,3% para o grupo experimental e o controle, respectivamente. Para as demais puérperas, o tempo médio de aumento da intensidade da dor perineal foi 1h45 (IC95% 1h34-1h57) e 1h56 (IC95% 1h51-2h01), para os grupos experimental e controle, respectivamente, com diferença significativa. Conclusão: Aplicação de bolsa de gelo por 10 minutos é eficaz para aliviar a dor perineal após o parto em primíparas e continua a ser eficaz de 1h45 a 2 horas. Além disso, é um método bem aceito pelas mulheres e permite um melhor desempenho de suas atividades diárias / Introduction: The ice pack, the main non-pharmacological method for relieving perineal pain, seems to be effective if applied for 10, 15 or 20 minutes. But its use is not standardized, once it lacks robust evidence on timing and frequency of applications, which hinders the effective and safe use of this therapy in obstetric practice. Aim: To evaluate if a 10 minutes ice pack application is relieving postpartum perineal pain and if its analgesic effect is maintained for up to 2 hours. Method: A single-blinded randomized controlled trial was performed in a birth center in Sao Paulo, Brazil. The sample size consisted of 69 primiparous women 18 years old, within 6-24hrs after spontaneous vaginal birth with perineal pain 3 by use of a numeric rating scale, who had neither received anti-inflammatory medication after childbirth nor analgesics within the previous 3hrs. The sample was stratified according to the perineal condition after childbirth into intact perineum or 1st degree laceration and 2nd degree laceration or episiotomy. Random allocation into experimental and control group occurred separately in each stratum. In the experimental group, women received a single ice pack application to the perineum for 10 minutes. In the control group, women did not receive an ice pack. The primary outcome was a reduction by at least 30% in perineal pain intensity, immediately after the application and the secondary, was the maintenance of the analgesic effect for up to 2hrs. Perineal pain was measured using the numeric rating scale (0-10, 0 = no pain and 10 = worst pain imaginable), at three points of time: before, immediately after and 2hrs after applying an ice pack. Findings: Before the intervention, there were no significant differences between the experimental and control group regarding sociodemographic characteristics, facts related to childbirth and perineal pain intensity. Immediately after the intervention, pain intensity was more reduced in the experimental group (4.0 vs. 0.7, p <0.0001), and the proportion of women whose perineal pain decreased by 30% or more was also higher in this group (82.9% vs. 17.6%; p <0.001). Within two hours, there was no significant difference in the mean pain levels in both groups. However, the proportion of women whose mean pain intensity decreased by at least 30% was higher in the experimental group (82.9% vs. 44.1%; p = 0.002). The number needed to treat was 3 (95% CI 2-7). Furthermore, the percentage of women whose perineal pain intensity has not increased since the application of ice was 61.9% for the experimental group and 89.3% for the control group, respectively. For the remaining participants, levels of perineal pain were increasing after an average time of 1hr45 (95% CI 1hr34-1hr57) and 1hr56 (95% CI 1hr51-2hr01) for the experimental and control groups, respectively, with significant difference. Conclusion: Application of an ice pack for 10 minutes is effective for relieving postpartum perineal pain for 1hr45 to 2hrs. Moreover, it is a well-accepted method by women and allows them to better perform their daily activities
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Análise da força muscular perineal na gestação e no puerpério / Analysis of perineal muscle strength during pregnancy and postpartum periodCosta, Adriana de Souza Caroci da 12 December 2008 (has links)
Introdução: A gestação e o parto exercem influência sobre musculatura do soalho pélvico e podem ocorrer morbidades do trato genito-urinário, de forma transitória ou definitiva. Objetivos: 1. Comparar as médias da Força Muscular Perineal (FMP) na gestação e no pós-parto segundo a idade materna, cor da pele, situação conjugal, dispareunia, estado nutricional, características das fezes, tipo de parto, condições do períneo e peso do recém-nascido; 2. Comparar os valores da FMP pelos métodos da perineometria e palpação digital vaginal. Método: Foi constituída uma coorte prospectiva, incluindo-se 226 primigestas, que procuraram cinco unidades básicas de saúde do município de Itapecerica da Serra, São Paulo, Brasil. As participantes foram seguidas em quatro etapas: 1. até 12 semanas de gestação; 2. entre 36 e 40 semanas de gestação; 3. até 48 horas após o parto; 4. entre 42 e 60 dias após o parto. A coleta de dados foi realizada entre fevereiro de 2007 e agosto de 2008. Nas etapas 1, 2 e 4 foi realizada a avaliação da FMP pela perineometria e palpação digital vaginal. A amostra final, com as participantes que cumpriram as quatro etapas do estudo, foi de 110 mulheres. A pesquisa teve aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A FMP das mulheres não variou significativamente durante a gestação e no puerpério (ANOVA: p=0,78). Nas três etapas, prevaleceu a FMP de fraca intensidade (em mmHg: etapa 1 = 15,9; etapa 2 = 15,2; etapa 4 = 14,7), com graus 0 a 3 na escala de Oxford. Não houve diferença estatisticamente significante entre as médias da perineometria, em mmHg, nas etapas 1, 2 e 4. A FMP não diferiu em relação à idade materna, cor da pele, situação conjugal, dispareunia, estado nutricional, características das fezes, tipo de parto, condições do períneo e peso do recém-nascido. A análise da correlação entre os valores da FMP, avaliada por ambos os métodos, indicou correlação positiva e estatisticamente significante (Coeficiente de Spearman: p=0,0001), nas três etapas. Conclusão: A gestação e o parto não reduziram significativamente a FMP. A perineometria e palpação digital vaginal são métodos válidos para avaliar a FMP, com boa aceitação pelas mulheres. A palpação digital vaginal é um método simples, que não exige equipamento especial, mas requer que o profissional que o utiliza seja adequadamente preparado para avaliar a FMP. Na prática clínica, esse método é eficaz para auxiliar no diagnóstico de disfunções urinárias, intestinais e sexuais. Quanto à perineometria, o uso é mais importante para realizar exercícios perineais com biofeedback, no tratamento dessas disfunções / Introduction: Pregnancy and childbirth can have an influence on the muscles and pelvic floor and can cause morbidities of the genito-urinary tract, either transient or permanent. Objectives: 1. To compare the average strength of pelvic floor muscle (SPFM) during pregnancy and postpartum period according to maternal age, race, marital status, dyspareunia, nutritional status, characteristics of the stool, type of delivery, conditions of the perineum and weight of the newborn; 2. To compare the values of SPFM by the methods of perineometry and digital vaginal palpation. Method: We formed a prospective cohort, including 226 primigravidae, who were attended by five basic health units of the city of Itapecerica da Serra, Sao Paulo, Brazil. The participants were followed in four stages: 1. up to 12 weeks of gestation; 2. between 36 and 40 weeks of gestation; 3. until 48 hours after birth; 4. between 42 and 60 days after delivery. Data collection was conducted between February 2007 and August 2008. In stages 1, 2 and 4 the SPFM was evaluated by perineometry and digital vaginal palpation. The final sample were 110 women, who completed the four stages of the study. The research was approved by a Research Ethics Committee. Results: The SPFM of the women did not change significantly during pregnancy and postpartum period (ANOVA: p = 0.78). In all the three stages, prevailed a low intensity SPFM (in mmHg: stage 1 = 15.9; stage 2 = 15.2, stage 4 = 14.7), with 0 to 3 degrees on the Oxford scale. There was no statistically significant difference between average perineometry, in mmHg, in stages 1, 2 and 4. The SPFM did not differ in relation to maternal age, race, marital status, dyspareunia, nutritional status, characteristics of the stool, type of delivery, conditions of the perineum and weight of the newborn. The analysis of the correlation between the SPFM values, evaluated by both methods, indicated a significant positive correlation (Spearman coefficient: p = 0.0001), in the three stages. Conclusion: Pregnancy and childbirth did not reduce significantly the SPFM. The perineometry and digital vaginal palpation are valid methods to assess the SPFM, with good acceptance by women. Digital vaginal palpation is a simple method, which does not require special equipment, but the professional, who uses it, must be adequately prepared to assess the SPFM. In clinical practice, this method is effective to support the diagnosis of urinary, intestinal and sex dysfunctions. Regarding perineometry, its use is more important to perform perineal exercises with biofeedback, for treating these disorders
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Analgesia perineal pela bolsa de gelo após o parto normal: ensaio clínico randomizado / Perineal analgesia with ice packs after vaginal delivery: randomized clinical trialLeventhal, Lucila Coca 04 December 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade da aplicação da bolsa de gelo na dor perineal após o parto normal. Trata-se de um ensaio clínico, randomizado e controlado, realizado no Centro de Parto Normal do Amparo Maternal, na cidade de São Paulo. A população foi dividida em três grupos Experimental, que utilizou bolsa de gelo no períneo; Placebo, bolsa de água na temperatura ambiente e Controle, sem bolsa. Os critérios de inclusão foram: idade 18 anos, nulíparas de termo, com apresentação cefálica, estar entre 2 e 48 horas de após parto normal, referir dor perineal 3, sem intercorrências clínicas ou obstétricas e com recém-nascido (RN) em boas condições. Os critérios de exclusão foram: síndrome de Raynaud, recusar ou retirar a bolsa. As bolsas foram aplicadas por 20 minutos. Nos três grupos foram controladas as temperaturas perineais, da bolsa, ambiental e axilar. Para avaliação da dor, foi utilizada a escala numérica de zero a dez, sendo zero ausência de dor e dez, dor insuportável. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da USP, deu-se a coleta de dados em janeiro e fevereiro de 2008. Foram elegíveis ao estudo 117 mulheres, com a recusa de três, restando 114; 38 em cada grupo. A média de idade das mulheres foi de 22,2 anos; 83,3% tinham ensino médio; 89,5% possuíam companheiro com co-habitação; 49,1% tinham trabalho remunerado; 84,2% não eram pretas e 50,9% tiveram o marido como acompanhante no parto. O trauma perineal ocorreu em 94,4% das mulheres, sendo 64,0% com episiotomia. Quanto às variáveis numéricas, as médias observadas foram: 20,6 h tempo de pós-parto com dor perineal, 3.254 g o peso do RN, 3,4 cm de comprimento do trauma perineal, 36,5°C de temperatura axilar, 26,9°C de temperatura ambiental e 32,7°C de temperatura inicial do períneo. Nos três grupos houve semelhança em todas as variáveis de caracterização estudadas. A temperatura inicial média da bolsa de água foi de 27,2°C, e a do gelo de 3,8°C. A média de temperatura perineal, após os 20 minutos de intervenção, foi 34°C no grupo controle, 30,9°C no placebo e 12,6°C no experimental. Comparando-se a média de dor inicial após 20 minutos intragrupo, observou-se que nos três grupos (controle, placebo e experimental) ocorreu redução significativa da dor (p<0,001). Na comparação entre os grupos, verificou-se que o experimental apresentou média de dor inferior ao controle (1,6 versus 3,3; p=0,032). Houve diferença significativa (p=0,003) na porcentagem de melhora da dor perineal entre os três grupos. O grupo experimental foi o que mais referiu alívio da dor, com 22 (57,9%) puérperas apresentando melhora acima de 50% e 13 (34,2%) que informaram melhora entre 30% e 50%. Ao se comparar as médias de dor entre 20 e 40 minutos e entre 40 e 60 minutos não foram constatadas diferenças estatísticas intragrupo e entre os grupos controle, placebo e experimental. Concluiu-se que o uso da bolsa de gelo por 20 minutos foi eficaz para o alívio da dor perineal após o parto normal / The purpose of this study was to evaluate the effectiveness of ice pack application in perineal pain after vaginal delivery. It is a randomized clinical trial controlled and was held at the Birth Center of the Amparo Maternal, in Sao Paulo. The population was divided in three groups - Experimental, which used ice packs on the perineum, Placebo, which used water packs at room temperature, and Control, which did not use any treatment. The inclusion criteria were: age 18 years, nulliparous women, cephalic presentation, time between 2 and 48 hours after normal birth, noting perineal pain 3, no medical or obstetric complications and newborn (NB) in good condition.The exclusion criteria were: Raynaud\'s syndrome and refusal or withdrawal of the packs. The packs were applied during twenty minutes. In all three groups the temperature of perineum, pack, environment and armpit were controlled. For pain assessment a numerical scale from 0 to 10 was used, zero for no pain and ten for unbearable pain. After approval by the Research Ethics Committee of the School of Nursing of the University of São Paulo, the data was collected in January and February 2008. For this study, 117 women were considered eligible but 3 refused to participate; the remaining 114 were divided in three groups of 38. The average age of the women was 22.2 years, 83.3% had high school education, 89.5% lived with a partner, 49.1% had paid jobs, 84.2% were not Afro-descendants and 50.9% had their husband as companion in childbirth.The perineal trauma occurred in 94.4% of the women, 64.0% of them with episiotomy. As numerical variables the averages were: 20.6 h time of postpartum perineal pain, 3254 g weight of newborns, 3.4 cm length of perineal trauma, 36.5 °C armpit temperature, 26.9 °C temperature of environment and 32.7 ° C perineum initial temperature. There were similarities in all groups, in all the variables studied for characterization. The average initial temperature was 27.2 °C for water packs and 3.8 °C for ice packs. Twenty minutes after intervention, the average perineal temperature was 34 °C in the control group, 30.9 °C in the placebo group and 12.6 °C in the experimental group. Comparing the pain average at the beginning and after 20 minutes, it was observed that in the three groups (control, placebo and experimental) there had been a significant reduction of pain (p <0.001). In the comparison between groups it was found that the experimental group had a lower pain average than the control group (1.6 versus 3.3, p = 0.032). There was a significant difference (p = 0.003) in the percentage of improvement in perineal pain among the three groups. The experimental group reported the greatest pain relief, with 22 (57.9%) mothers showing improvement above 50% and 13 (34.2%) reporting improvement between 30 and 50%. When comparing the average pain between 20 and 40 minutes and between 40 and 60 minutes no statistical difference was found within each group and among the control, placebo and experimental groups. It follows that the use of ice packs for twenty minutes was effective for perineal pain relief after vaginal delivery
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Sintomas depressivos em gestantes de baixo risco / Depressive symptoms in pregnant women at low riskMurata, Marcella 29 November 2012 (has links)
Introdução: A gravidez é um período de importantes alterações emocionais para a mulher, levando a um maior risco para ocorrência de transtornos depressivos na gestação, sobretudo no pós-parto e desfechos obstétricos adversos que podem influenciar o desenvolvimento da criança. Objetivo: Avaliar a ocorrência de sintomas depressivos ao longo da gestação. Método: Estudo longitudinal, com amostra composta por 272 gestantes de baixo risco obstétrico, matriculadas em serviços públicos de pré-natal da zona sul do Município de São Paulo no período entre 2008 a 2010. Foram utilizados dois instrumentos: um formulário para obtenção de dados de caracterização da gestante e a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) para avaliação de sintomas depressivos. A EPDS foi aplicada em três momentos, nas 20ª, 28ª e 36ª semanas de gestação; o escore 13 foi considerado como presença de sintomas depressivos. O estudo fez parte do Projeto Qualidade de vida de mulheres com sintomas depressivos no período gestacional, financiado pelo CNPq (Processo nº 479016/2007-0) e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (Parecer nº 154/08). Resultados: Os dados da gestante indicaram idade média 25,3 (±5,46) anos, 52,1% de etnia caucasiana, escolaridade média 9,5 (±2,52) anos, 91,0% com companheiro fixo, 37,5% primigestas, 90,1% referiram queixas, 11,8% afirmaram ter sofrido violência física e 29,8% violência emocional, 19,8% fumantes, 28,7% consumiam bebida alcoólica e 4,8% eram usuárias de drogas ilícitas. Os níveis de consistência interna verificados pelo Alpha de Cronbach 0,83, 0,84 e 0,84 mostraram-se satisfatórios nos três momentos. A proporção de mulheres que apresentou sintomas depressivos variou nos três momentos, sendo 27,2% nas 20ª, 21,7% nas 28ª e 25,4% nas 36ª semanas de gestação. Conforme o Teste de Friedman, não houve diferença significante entre os escores da EPDS e EPDS 13 dos três momentos. Ao longo da gestação 54,5% das mulheres foram consideradas sem sintomas depressivos, 7,0% delas com sintomas em todos os momentos e 14,4% apenas no primeiro. No modelo multivariado, observou-se que as variáveis associadas maior escolaridade, religião evangélica, maior renda familiar, ter planejado e aceito a gravidez foram fatores de proteção para a presença de sintomas depressivos e que a violência emocional e ter mais queixas relacionadas à gestação foram fatores de risco. Conclusão: As mulheres grávidas acompanhadas nos serviços públicos apresentaram prevalências de sintomas depressivos relativamente altas, evidenciando a necessidade de constante avaliação das variáveis que podem afetar a saúde mental, como parte do cuidado pré-natal. / Introduction: Pregnancy is a period of important emotional changes for women, leading to a higher risk for occurrence of depressive disorders in pregnancy, postpartum and obstetric outcomes in particular adverse events that can influence the child´s development. Objective: To evaluate the occurrence of depressive symptoms during pregnancy. Methods: Longitudinal study, with a sample composed of 272 pregnant women with low obstetrics risk, enrolled in antenatal services in the southerm area the city of São Paulo in the period from 2008 to 2010. We used two instruments: a form for obtaining maternal characterization data and the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) for assessment of depressive symptoms. The EPDS was applied in three moments in the 20th, 28th and 36th weeks of gestation, the score 13 was considered as the presence of depressive symptoms. The study was a part of the project Quality of life of women with depressive symptoms during pregnancy, and approved by the Ethics in Research Committee nº 154/08/CEP/SMS. Results: Data from pregnant women indicated mean age 25.3 (±5,46) years, 52.1% caucasians, mean education 9.5 (±2,52) years, 91,0% with steady partner, 37.5% first pregnancy, 90.1% reported complaints, 11.8% reported having experienced physical and emotional violence 29.8%, 19.8% were smokers, 28.7% consumed alcohol and 4.8% were users of illicit drugs. The levels of internal consistency checked by Cronbach´s Alpha 0.83, 0.84 and 0.84 proved satisfactory in the three moments. The proportion of women who had depressive symptoms varied in the three moments, being 27.2% in the 20th, 21.7% in the 28th and 25.4% in the 36th. According to the Friedman test, there was no significant difference between the scores of the EPDS and EPDS 13. Throughout pregnancy 54.6% of women were considered without depressive symptoms, 7.0% had symptoms at all moments and only 14.4% in the first. In the multivariate model showed that the variables associated with higher education, evangelical religion, higher family income, have planned and accepted pregnancy were protective factors for depressive symptoms and emotional violence and have more complaints were related to pregnancy risk factors. Conclusion: Pregnant women monitored in the public services showed relatively high prevalence of depressive symptoms, suggesting the need for constant evaluation of variables that can affect mental health as part of prenatal care.
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Estudo comparativo dos resultados maternos e perinatais em centro de parto normal peri-hospitalar e hospital - São Paulo (SP) / Comparative study of maternal and perinatal outcomes in an alongside birth centre and hospital maternity ward - Sao Paulo (SP)Schneck, Camilla Alexsandra 17 December 2009 (has links)
O modelo de assistência ao parto em ambientes extra ou peri-hospitalares foi implantado no Brasil há dez anos. Conduzido por enfermeiras obstétricas e obstetrizes, constitui uma política do Ministério da Saúde direcionada a mulheres com gestação de baixo risco. Os estudos mostram que este modelo pode promover o parto fisiológico e reduzir o uso de intervenções desnecessárias, com bons resultados maternos e perinatais. O objetivo deste estudo foi comparar os resultados maternos e perinatais em mulheres de baixo risco atendidas em um centro de parto normal peri-hospitalar e hospital, considerando: 1. características sociodemográficas e obstétricas das mulheres; 2. utilização de intervenções durante o parto e nascimento entre mulheres e recém-nascidos; 3. condições maternas e perinatais no parto e no pós-parto. Trata-se de um estudo comparativo, observacional, analítico, de tipo transversal, sobre os resultados maternos e perinatais de mulheres de baixo risco, realizado no Centro de Parto Normal Casa de Maria (CPN-CM) e no Hospital Geral do Itaim Paulista (HGIP), na cidade de São Paulo. A população do estudo foi composta pelas 18.488 mulheres atendidas por estes serviços, entre 2003 e 2006. O cálculo do tamanho da amostra foi realizado com a intenção de se detectar uma diferença de, no mínimo, 10% na taxa de mulheres com episiotomia entre o HGIP (35%) e CPNCM (25%) com =0,05 e poder do teste de 90%. Foram incluídas na amostra 991 mulheres que tiveram o parto no CPN-CM e 325 que deram à luz no HGIP e que atendiam aos mesmos critérios estabelecidos para o parto no CPN-CM. As fontes de dados foram os registros dos prontuários das mulheres e seus respectivos recém-nascidos. A análise inferencial foi realizada pelos testes t-Student, Qui-quadrado e exato de Fisher, sendo considerados estatisticamente significantes os valores de p<0,05. Os dados indicaram que 45,4% eram nulíparas e 54,6% tinham um ou mais partos anteriores, sem diferença estatisticamente significante entre os locais de parto. Não houve caso de morte materna ou perinatal. Os resultados mostraram diferença estatisticamente significante entre as características sociodemográficas situação conjugal e realização de consulta de pré-natal e entre as condições na admissão dilatação cervical, estado das membranas e realização de monitorização eletrônica fetal. Quanto às intervenções obstétricas, as mulheres do hospital receberam mais restrição de dieta, amniotomia e ocitocina durante o primeiro período do parto e mais ergometrina e analgésico no pós-parto. Os resultados relacionados com os recém-nascidos mostraram diferenças estatisticamente significantes nas seguintes variáveis: Apgar no primeiro minuto, bossa serossanguínea; fratura de clavícula; desconforto respiratório; aspiração de vias aéreas superiores e gástrica; lavagem gástrica; administração de oxigênio nasal e com pressão positiva; entubação orotraqueal; internação em unidade neonatal. Os resultados maternos e neonatais da assistência no CPN são seguros em comparação com os do hospital. A assistência no CPN foi realizada com menos intervenções e com resultados maternos e neonatais semelhantes aos do hospital. Estes resultados podem subsidiar a ampliação deste modelo com a finalidade de melhorar os índices de morbidade materna e perinatal, além de promover o parto fisiológico / The model of childbirth care in free-standing and alongside birth centres was implemented in Brazil ten years ago. Led by obstetric nurse-midwives and midwives, it is a policy of the Ministry of Health proposed to assist low-risk pregnant women. Studies show that this model promotes natural birth, reducing the use of unnecessary interventions, and that maternal and perinatal outcomes are favourable. The objective of this study was to compare maternal and perinatal outcomes among low-risk women attended to at an alongside birth centre versus a hospital maternity ward, considering: 1. the sociodemographic and obstetric characteristics of the women; 2. the use of interventions during labour and birth in women and in their newborns; 3. the maternal and perinatal conditions during labour and postpartum. This is a comparative, observational, analytical cross-sectional study of maternal and perinatal outcomes for low-risk women, which was conducted at the Casa de Maria alongside Birth Centre (CPN-CM) and at the Itaim Paulista General Hospital (HGIP), in the city of Sao Paulo. The study population was composed of 18,488 women who were assisted in these services during childbirth between 2003 and 2006. The sample size was calculated with the intent to detect at least a 10% difference in the rate of women with episiotomy among the HGIP (35%) and the CPN-CM (25%) with an =0.05 and test power=90%. The sampling included 991 women who had given birth at the CPN-CM, and 325 who had given birth at the HGIP and who met the same labour criteria as the CPN-CM. The data source was the collection of the womens and their respective newborns medical records. Students t-test, chi-square test and Fishers exact test were used for the inferential analysis, with the threshold p-value for statistical significance being p<0.05. The data showed that 45.4% were nulliparous and 54.6% had had one or more previous births, without any statistically significant difference between the birth places. There were no cases of maternal or perinatal death. In terms of the women, the sociodemographic outcomes that presented statistically significant differences were marital status and number of pre-natal medical appointments; while the outcomes related to conditions at the time of hospital entry statistically significant were: cervical dilation; status of ovular membrane; electronic foetal monitoring (EFM). In terms of obstetric interventions, women in the hospital received a more restricted diet, performance of amniotomy and administration of oxytocin during the first stage of labour; and administration of higher doses of ergometrine and pain relievers postpartum. In terms of the newborn, the outcomes that presented statistically significant differences were: Apgar score at the first minute; caput succedaneum; clavicle fracture; respiratory discomfort; airways and gastric aspiration; gastric lavage; administering supplemental oxygen through a nasal cannula with pressure transducer; orotracheal intubation; admittance to the neonatal care. Maternal and neonatal outcomes in CPN-CM demonstrate safety when compared to those of the hospital. Care provided in CPN-CM entailed fewer interventions and demonstrated similar maternal and neonatal outcomes to those in the hospital. These outcomes support expansion of this model in order to lower maternal and perinatal morbidity rates and to promote natural birth
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Uso da hialuronidase na prevenção do trauma perineal no parto normal: ensaio clínico aleatório placebo-controlado duplo-cego / Use of hyaluronidase in the prevention of perineal trauma in spontaneous delivery: a randomized clinical trial placebo-controlled double-blindColacioppo, Priscila Maria 18 December 2009 (has links)
A hialuronidase (HAase) é um complexo enzimático que age sobre o tecido conjuntivo frouxo. Existem vários estudos sobre a aplicação da HAase na região perineal, com a finalidade de reduzir a ocorrência de episiotomia e lacerações espontâneas. Apesar dos resultados positivos, as limitações metodológicas destes estudos justificam a controvérsia sobre os benefícios de sua utilização no parto normal. O objetivo do presente estudo foi comparar a frequência de trauma perineal e o grau de laceração perineal espontânea no parto normal, com e sem uso da HAase injetável no períneo. Trata-se de um ensaio clínico aleatório, placebo-controlado e duplo-cego, realizado em 2008, no Centro de Parto Normal do Amparo Maternal, na cidade de São Paulo. A amostra foi de 156 parturientes, alocadas aleatoriamente nos grupos experimental (n=76) e controle (n = 80). Foram incluídas apenas mulheres com feto único e gestação a termo, sem partos vaginais anteriores, que tiveram parto normal na posição semissentada, sem anestesia por bloqueio intra ou extradural. No segundo período do parto, as mulheres do grupo experimental receberam injeção de HAase na região perineal posterior e as do grupo controle, injeção de placebo. Os frascos com a solução foram previamente mascarados e identificados por código numérico. A avaliação do desfecho perineal também foi realizada de forma mascarada por uma enfermeira-juíza. Para a análise inferencial dos dados o teste exato de Fisher foi realizado de forma monocaudal, sendo considerados estatisticamente significantes os valores de p < 0,025. Os resultados mostraram que a integridade perineal (ausência de laceração de qualquer grau na região posterior do períneo ou episiotomia) ocorreu em 34,2% das mulheres do grupo experimental e em 32,5% do grupo controle, sem diferença estatisticamente significante entre os grupos (p = 0,477). O trauma perineal grave (lacerações de 2º e 3º graus e episiotomia) ocorreu em 28,9% das mulheres do grupo experimental e em 38,8% do grupo controle, sem diferença estatisticamente significante (p = 0,131). A profundidade da laceração de 2º grau nos grupos experimental e controle, avaliada com a Peri-Rule®, foi de 1,9 e 2,3 cm, respectivamente. A episiotomia foi realizada em 11 parturientes e quatro mulheres do grupo controle tiveram laceração de 3º grau. Entre as mulheres de ambos os grupos, o trauma mais frequente na região perineal posterior foi a laceração de primeiro grau (56% e 42,6% nos grupos experimental e controle, respectivamente). As únicas alterações perineais observadas, entre 24 a 48 horas após o parto, foram edema ou equimose, presentes em 14,7% e 32,5% das mulheres dos grupos experimental e controle, respectivamente. A média do perímetro cefálico dos recém-nascidos foi maior entre as mulheres com episiotomia e laceração de 3º grau, com valores do IC de 95% não coincidente para os casos de integridade perineal e laceração de 1º e 2º graus, sugerindo que a medida do perímetro cefálico dos recém-nascidos de mães submetidas a episiotomia era maior que dos demais bebês. A quase totalidade dos recém-nascidos apresentou Apgar maior ou igual a sete nos primeiro e quinto minutos de vida (94,2% e 99,4%, respectivamente), indicando a boa vitalidade ao nascer. Todos os bebês permaneceram internados com a mãe no Alojamento Conjunto. Concluiu-se que a utilização da HAase injetável não aumentou a proporção de períneo íntegro nem reduziu a proporção de trauma perineal grave na amostra estudada / Hyaluronidase (Haas) is a complex enzyme that acts on the connective tissue. There are several studies on the implementation of Haas in the perineal area in order to reduce the incidence of episiotomy and spontaneous lacerations Despite positive results, methodological limitations of these studies justify the controversy about the benefits of its use in spontaneous delivery. The aim of this study was to compare the frequency of trauma and the degree of perineal lacerations in vaginal deliveries, with and without the use of injectable Haase in the posterior region of the perineum. This is a randomized clinical trial, placebo-controlled, double-blind study, conducted in 2008 in the Amparo Maternal Birth Center located in São Paulo city. The sample of 156 pregnant women were randomly allocated to experimental groups (n = 76) and control (n = 80). We included only women with singleton pregnancies, pregnancy to term without previous vaginal deliveries and who had spontaneous delivery in semi-sitting position without anesthesia by intra or extra-dural. In the second stage of labor, women in the experimental group received injections of Haas in the posterior perineal area and those of the control group received injections of placebo. The vials of solution were previously masked and identified by code number. The assessment of perineal outcome was also performed under masked by a nurse-judge. For the inferential analysis of data, we performed the Fisher exact test, so tailed and were considered statistically significant p values <0.025. The results showed that the perineal integrity (absence of any laceration in the posterior region of the perineum or episiotomy) occurred in 34.2% of women in the experimental group and 32.5% in the control group, no statistically significant difference between groups (p = 0.477). The severe perineal trauma (second and third degree lacerations and episiotomy) occurred in 28.9% of women in the experimental group and 38.8% in the control group, no statistically significant difference (p = 0.131). The depth of the perineal laceration of 2nd degree in experimental and control groups measured by the Peri-Rule ®, was 1.9 and 2.3 cm, respectively. Episiotomy was performed in 11 pregnant women and four women in the control group had 3rd degree lacerations. Among women in both groups, the most common trauma in the posterior region of the perineum was the first degree (56% and 42.6% in the experimental and control groups, respectively). The only perineal changes observed between 24 to 48 hours after delivery, were swelling or bruising, present in 14.7% and 32.5% of women in the experimental and control groups, respectively. The average head circumference of newborns was higher among women with episiotomy and 3rd degree tears, with CI of 95% not matched to the cases of integrity and perineal laceration at 1st and 2nd degrees, suggesting that the extent head circumference of newborns whose mothers undergo episiotomies was larger than the other babies. Almost all of the newborns had Apgar scores greater than or equal seven in the first and fifth minutes of life (94.2% and 99.4%, respectively), indicating good vitality at birth. All babies roomed-in with the mother during hospital stay. It was concluded that the use of injectable Haase did not increase the proportion of intact perineum and did not reduce the proportion of severe perineal trauma in our sample
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Entre o planejado e o imprevisível: processo decisório sobre o momento de ir para o hospital em busca de assistência ao parto / Between the planned and the unpredictable: decision process about the time to go to the hospital to search for childbirth careReis, Jéssica Gallante 17 December 2013 (has links)
Introdução: A assistência ao parto passou por diversas e intensas modificações ao longo do tempo. A mais evidente foi a mudança de seu local de realização, que passou do ambiente domiciliar para o hospitalar. Esta mudança implicou na necessidade da parturiente reconhecer o momento ideal de sair de casa e dirigir-se ao hospital em busca de assistência. Objetivos: Explorar quais fatores influenciam o processo decisório da gestante sobre o momento de sair de casa em busca de assistência ao parto e entender como são exercidas tais influências. Identificar quais pessoas interferem nesta decisão. Reconhecer quais são as demandas por suporte social e por assistência profissional das gestantes em relação ao referido processo decisório. Metodologia: Neste estudo foi utilizada abordagem qualitativa de pesquisa. Optou-se pela utilização de análise de narrativa como método de estudo. Os dados foram coletados junto a 30 puérperas internadas no setor de alojamento conjunto de um hospital público localizado na Cidade de São Paulo. Foi realizada análise temática das narrativas produzidas, agrupamento das unidades de significado de cada uma delas, identificação dos elementos temáticos comuns às mesmas, elaboração de categorias temáticas e validação das categorias com as participantes do estudo. Resultados: Foram elaboradas duas categorias descritivas para expressar a experiência coletiva: Recebendo orientações, suporte social e fazendo escolhas: o planejamento da ida para o hospital no momento do parto e Entre o planejado e o imprevisível: o processo decisório sobre o momento de ir para o hospital em busca de assistência ao parto. Considerações finais: O processo decisório das mulheres é fundamentado, sobretudo, na rede de suporte social e nas orientações recebidas de profissionais de saúde. Os profissionais atuantes no pré-natal devem desenvolver ações mediante consideração do contexto social das gestantes e integração da família no atendimento. Isto é fundamental para a qualidade da assistência / Introduction: The childbirth care has passed through several different and intense modifications over time, of which the most evident was the change of the place where it is performed, which has passed from the home context to the hospital. This change resulted in the need of the pregnant woman recognize the ideal moment to leave home and go to the hospital searching for childbirth care. Objectives: To explore what are the factors that influence decision process related to the moment to go to the hospital searching for the childbirth care and how these influences are exerted, identify people who interfere this decision and identify the demands for social support and professional support for pregnant women in relation to the decision process regarding to leave home to search for the childbirth care. Method: The theme was approached through qualitative research. The narrative analysis was the research method. Data were collected from 30 women in the rooming-in setting of a public hospital located in the City of São Paulo. The thematic analysis of the narratives was performed, meaning units of each narrative was grouped, thematic elements common to narratives were identified, and the elaborated categories were validated by the study participants. Findings: Two descriptive categories that express the collective experience were elaborated: \"Receiving guidance, social support and making choices: planning the going to the hospital at the moment of childbirth\" and \"Between the planned and the unpredictable: decision process about the time to go to the hospital searching for childbirth care\". Final Considerations: The decision-making process of women is reasoned especially in the social support network and also in the orientation received from health care providers. The professionals involved in prenatal care should develop actions considering the pregnant womens social context and the family members should be integrated in the provision of prenatal care. The adoption of these measures is essential for the improvement of the quality of care
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O ensino da prevenção e reparo do trauma perineal nos cursos de especialização em enfermagem obstétrica / The education of nurses and midwives for the prevention and healing of perineal traumaSilveira, Joyce da Costa 25 May 2007 (has links)
Este estudo teve como objetivo descrever os elementos que fundamentam o ensino da assistência ao parto normal na prevenção e reparo do trauma perineal nos cursos de especialização em enfermagem obstétrica. Para isso, o estudo foi desenvolvido seguindo uma abordagem qualitativa de caráter descritivo, para identificar aspectos do processo de formação profissional que se interpõem à prática assistencial da enfermagem obstétrica. Tal perspectiva teórico-metodológica mostrou-se adequada para esta investigação, pois possibilitou identificar aspectos relativos ao processo de ensino-aprendizagem na assistência ao parto normal, prevenção e reparo do trauma perineal nos cursos de especialização em enfermagem obstétrica, a fim de conhecer a contribuição da especialização para a prática baseada em evidências científicas. O estudo foi realizado no Município de São Paulo. Fizeram parte da amostra dez instituições de ensino superior (universidades, centros universitários e faculdades) que têm cursos de graduação em enfermagem e oferecem ou ofereceram a especialização em enfermagem obstétrica. O período compreendeu os anos de 1995 a 2005. Foram entrevistados nove coordenadores, e dez professores dessas instituições. As entrevistas seguiram um roteiro específico para os coordenadores e outro aos professores. As falas dos entrevistados foram agrupadas em: \"O trauma perineal e sua prevenção\" e \"Elementos que fundamentam o ensino da assistência ao parto e do cuidado perineal\". Constatou-se que o conhecimento científico, teórico e prático é indispensável e que ensino não pode estar desvinculado à pratica. Esta prática deve ser feita em laboratório, com todo o equipamento necessário para que o aluno adquira habilidade na reparação do trauma perineal e, também, deve propiciar a experiência no cuidado da mulher durante o parto / This study describes the elements for prevention and healing of perineal trauma during childbirth learned in obstetric nursing courses. Using a qualitative approach, the objective was to identify aspects of the obstetrician nursing training process and its intersection with the nursing practice. Such perspective, theoretical-practical, is adequate for this research, making possible to identify aspects of the teaching-learning process in the education on prevention and healing of the perineum traumas during childbirth in the obstetric nursing courses, in order to know how the theory can affect the nursing practice based in scientific evidence. The study was carried out in the city of São Paulo. Ten institutions of higher education were part of the sample (universities and colleges). They have curriculum for nursing and offer or have offered a specialization in obstetrical nursing between 1995 and 2005. Nine coordinators and ten professors of those institutions were interviewed. The interviews followed a script, different for coordinators and professors. The answers were categorized in \"Perineal trauma and its prevention\" and \"Educational base for professional intervention in normal delivery and perineum care\". Scientific, theoretical and practical knowledge are indispensable and theory and practice cannot be disassociated. Practical knowledge must be developed in a laboratory with all the necessary equipment, so the student can acquires skills in healing of perineum trauma and gains experience in taking care of women during labor and delivery
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Tempo de analgesia perineal pela crioterapia após o parto normal: ensaio clínico não controlado / Time of perineal analgesia by cryotherapy after vaginal delivery: uncontrolled clinical trialPaiva, Caroline de Souza Bosco 28 May 2014 (has links)
Introdução: A dor perineal é uma morbidade frequente no pós-parto vaginal. A crioterapia, aplicação de frio para fins terapêuticos, é eficaz para seu alívio, além de ser uma prática de baixo custo, fácil preparo e compatível com a amamentação. No entanto, ainda não se conhece a duração do efeito analgésico da crioterapia quando aplicada à região perineal. Objetivo: Avaliar a duração da analgesia perineal em multíparas, após a aplicação de bolsa de gelo por 20 minutos no pós-parto normal. Método: Trata-se de ensaio clínico não controlado, realizado no Alojamento Conjunto de uma maternidade de São Paulo. Foram incluídas 50 mulheres com idade igual ou maior que 18 anos com, pelo menos, um parto vaginal prévio ao atual, sem intercorrências clínicas ou obstétricas, sem ter recebido anestesia peridural, anti-inflamatório ou analgésico nas últimas 3 horas antes da inclusão no estudo e com dor perineal igual ou maior que 3 pontos, entre 6 e 24h do pós-parto. A intervenção foi realizada por meio de uma única aplicação da bolsa de gelo na região perineal por 20 minutos, sendo controladas as temperaturas perineais, da bolsa de gelo, do ambiente e da axila. As participantes foram avaliadas em três momentos: 1) antes da crioterapia (T0); 2) imediatamente, após a crioterapia (T20); 3) 120 minutos após o término da crioterapia (T120). Para avaliação da dor, foi utilizada a escala numérica de zero a dez, sendo zero ausência de dor e dez dor insuportável. Resultados: A idade média foi 27,1 anos (dp=5,4); 52% tinham ensino médio; 40% eram pardas; 90% possuíam companheiro com coabitação; 52% tinham trabalho remunerado e 62% tiveram o companheiro como acompanhante no parto. O trauma perineal ocorreu em 58,0% das participantes, destes, 44,0% foram laceração espontânea de primeiro grau e 14,0% laceração de segundo grau ou episiotomia. Quanto às variáveis numéricas, as médias observadas foram: a queixa de dor perineal ocorreu com 11,6h (dp=0,2) de pós-parto, temperatura axilar de 36,3ºC (dp=0,6), temperatura ambiental de 25,8°C (dp=1,6), temperatura inicial do períneo de 33,2°C (dp=0,8) e peso do RN de 3.305g (dp=454). As médias de intensidade da dor apresentaram diferenças significativas ao longo do tempo (teste de Friedman p<0,0005). Entre T0 e T20, houve uma redução estatisticamente significante da dor perineal (5,4 e dp=1,8 versus 1,0 e dp=1,7). Comparando a intensidade da dor perineal entre T20 e T120 constatou-se que não houve diferença significante (1,0 e dp=1,7 versus 1,6 e dp=2,4), o que corresponde à manutenção do efeito analgésico. O tempo médio foi avaliado para o retorno da dor perineal, após a crioterapia, sendo de 94,6 minutos (IC 95%: 84,8; 104,5 minutos), estimado pela curva de sobrevida. Conclusão: A aplicação de bolsa de gelo por 20 minutos no períneo de multíparas no pós-parto normal promove o alívio da dor, com redução significativa de sua intensidade e manutenção de efeito analgésico por até 120 minutos, sendo necessária reavaliação, após este período. A crioterapia foi considerada pelas puérperas como um procedimento confortável, gerador de satisfação por diminuir a dor e promover o bem-estar. / Introduction: Perineal pain is a common morbidity after vaginal delivery. The cryotherapy, application of cold for therapeutic purposes, is effective for its relief, besides being a low cost practice, easy preparation and compatibility with breastfeeding. However, one still does not know the duration of the analgesic effect of cryotherapy when applied to the perineal region. Objective: To evaluate the duration of perineal analgesia in multiparous, after applying ice pack for 20 minutes in normal postpartum. Method: This is an uncontrolled clinical trial conducted in the rooming at a maternity hospital in São Paulo. The study included 50 women aged 18 years or above, who had experienced at least one prior vaginal delivery free of clinical or obstetric complications, who did not receive epidural anti-inflammatory nor analgesic over the past 3 hours prior to study entry and who experienced perineal pain equal to or greater than 3 points, between 6 and 24 hours of postpartum. The intervention, in which the temperature of the perineum, ice pack, environment and armpit were controlled, was performed by a single application of ice packs on the perineal region for 20 minutes. Participants were assessed at three moments: 1) before cryotherapy (T0); 2) immediately after cryotherapy (T20); 3) 120 minutes after the cryotherapy (T120). For the assessment of pain, the numerical scale from zero to ten was used, zero and ten representing no pain and excruciating pain respectively. Results: The mean age was 27.1 years (sd=5.4); 52% had completed high school; 40% were brown; 90% lived with a partner; 52% had paid job and 62% had as companion during childbirth. The perineal trauma occurred in 58.0% of participants, of whom 44.0% suffered first degree spontaneous laceration and 14.0% second degree laceration or episiotomy. As for numerical variables, the averages observed were: the complain of perineal pain occurred with 11.6 hours (sd=0.2) of postpartum, axillary temperature of 36.3ºC (sd=0.6), environmental temperature of 25.8°C (sd=1.6), perineum initial temperature of 33.2°C (sd=0.8) and birth weight of 3.305g (sd=454). The means of pain intensity showed significant differences over time (Friedman test p < 0.0005). Between T0 and T20, there was a statistically significant reduction in perineal pain (5.4 and sd=1.8 versus 1.0 and sd=1.7). Comparing the intensity of perineal pain between T20 and T120, one could find that there was no statistically significant difference (1.0 and sd=1.7 versus 1.6 and sd=2.4), corresponding to the maintenance of the analgesic effect. The average time for the return of perineal pain was evaluated, after cryotherapy, as 94.6 minutes (95% CI: 84.8, 104.5 minutes), estimated by the survival curve. Conclusion: The application of ice packs for 20 minutes in the perineum of normal multiparous in the postpartum promotes pain relief with significant reduction of its intensity and maintenance of analgesic effect for up to 120 minutes, requiring reassessment after this period. Cryotherapy was considered by the women as a comfortable procedure, generating satisfaction by reduction of pain and promotion of well-being.
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A contribuição das tecnologias não-invasivas de cuidado de enfermagem para o empoderamento feminino na gravidez e no parto: adaptação do modelo de promoção da saúde de Nola Pender / The contribution of non-invasive technology of nursing care for the empowerment female during pregnancy and childbirth: adaptation of the model of health promotion of Nola PenderNatália Magalhães do Nascimento 01 March 2011 (has links)
Trata-se de um estudo do tipo estudo de caso, na abordagem qualitativa, que visa a analisar as vivências das mulheres que utilizaram as tecnologias não-invasivas de cuidado de enfermagem durante a gravidez e o parto e discutir quais e como essas tecnologias estimularam o empoderamento nelas. Para isso foram utilizadas referências que abordem conceitos de gênero, empoderamento e tecnologias. Como referencial teórico foi utilizado a de Promoção da Saúde de Nola Pender que, a partir da identificação dos fatores biopsicossociais do indivíduo, busca influenciar comportamentos saudáveis, visando ao bem-estar como proposta de promoção da saúde. O cenário do estudo foi a Casa de Parto David Capistrano Filho, localizada no município do Rio de Janeiro, e contou com a participação de dez mulheres que pariram na Casa. Para a coleta de dados, foi elaborado um diagrama semelhante ao de Pender, contendo alguns aspectos biopsicossociais das mulheres que pudessem ter influência na vivência de empoderamento delas. As entrevistas aconteceram entre os meses de março e maio de 2010. Os dados produzidos foram analisados e transformados em três categorias: características e vivências individuais da mulher; conhecimentos, sentimentos e influências, na gravidez e no parto, a partir do uso das tecnologias; e o resultado do empoderamento. A tecnologia relacional, como o acolhimento, o vínculo e a escuta sensível, influenciou de forma benéfica as mulheres desde o momento que elas iniciaram o pré-natal na Casa, já que no início da gravidez algumas tinham receio com as mudanças do corpo e com as responsabilidades da maternidade. A dor do parto também foi outra preocupação citada por desconhecerem a fisiologia do processo. Mas, através de tecnologias como a de informação, de apoio, de potencialização de expressão corporal, de favorecimento da presença do acompanhante e de respeito de escolha delas, o parto acabou sendo calmo, tranqüilo, acolhedor e prazeroso. Com isso, as tecnologias contribuíram para as vivências de fortalecimento do vínculo com o bebê, na maior autoconfiança em parir e no preparo da maternidade que despertou nelas um desejo de serem pessoas de opiniões próprias e de terem uma formação profissional para garantir um bom futuro para o filho. Percebeu-se, nesse estudo, que as tecnologias favoreceram o empoderamento delas em parir numa Casa de Parto sendo assistidas por enfermeiras obstetras. No entanto, elas ainda se mostram passivas à dominação masculina quando valorizam a capacidade feminina em conquistar o espaço público masculino, mesmo em detrimento de suas reais necessidades, mostrando a importância de mais discussão sobre a temática a fim de vislumbrar novas tecnologias que auxiliem às mulheres a transpor esse empoderamento, adquirido durante a gravidez e o parto, para o seu dia a dia. / It is a study of the type case study, in the qualitative approach, that aims to analyse the experiences of women who used the technologies non-invasive nursing care during pregnancy and childbirth and to discuss which and as these technologies have stimulated the empowerment them. For that, references wich approach concepts of gender, of empowerment and of technologies were used. As the theoretical framework was used the of promotion the health of Nola Pender that seek from the identification of the individual's biopsychosocial factors influence healthy behaviors aiming the well-being as a proposal for health promotion. The scenario of the study was the House of Childbirth David Capistrano Filho, located in the municipality of Rio de Janeiro, and attended by ten women who calved in the House. For the data collection was adapted a diagram, such as of the Pender, containing some biopsychosocial aspects of women who could have an influence in the experience of empowerment theirs. The interviews took place between the months of march and may 2010. The data produced were analyzed and processed into three categories: characteristics and experiences individual of women; knowledge, feelings and influences, in pregnancy and childbirth, from the use of technologies and the result of empowerment. The technology relational, as the reception, the bond and the sensitive listening, influenced the women of beneficial form from the moment they began the pre-christmas in the House, since at the beginning of pregnancy they had some fear with changes in body and with the responsibilities of maternity. Labor pain was also another concern mentioned by unknowledge of the physiology of the process. But, through technologies such as information, support, potentiation of body expression, of favoring of the partner's presence, and of respect the choice of them, the childbirth ended being calm, tranquil, cozy and pleasurable. With this, the technologies contributed to the experiences of strengthening of the link with the baby, in greater self-confidence in calve and in the prepare of motherhood which triggered them a desire to be people of own opinions, and to have a vocational training to ensure a good future for the child. It was perceived, in this study, that the technologies favored their empowerment in calve in the House of Childbirth, being assisted by nurses obstetricians. However, they still shows themselves passive to male domination when they valorize the female capacity in conquer the public space male, even at the detriment of their real needs, showing the importance of more discussions on the theme in order to glimpse new technologies to help women to transpose this empowerment acquired during the pregnancy and childbirth, for its day to day.
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