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Plantas alimentícias não convencionais em comunidades ribeirinhas na Amazônia / Unconventional food plants in riverside communities in the AmazonChaves, Mariane Sousa 10 May 2016 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2016-07-26T17:22:13Z
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Previous issue date: 2016-05-10 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas / Plantas alimentícias não convencionais (PANC) são aquelas que possuem uma ou mais partes com importância alimentar, mesmo que atualmente em desuso pela maior parte da população. Com o objetivo de registrar o conhecimento sobre as plantas alimentícias não convencionais em comunidades tradicionais no baixo Tapajós foi realizado por meio da observação participante e de entrevistas semiestruturadas um levantamento etnobotânico com 47 famílias, distribuídas em três comunidades da Reserva Extrativista Tapajós- Arapiuns. Foram identificadas 80 espécies, pertencentes a 64 gêneros e 33 famílias botânicas. A maioria das espécies são árvores frutíferas nativas da Amazônia. Os produtos são, oriundos de florestas de terra-firme, capoeiras, fragmentos florestais, quintais, roças e florestas de igapó, consumidos in natura ou preparados de formas variadas e disponíveis para o consumo, principalmente de fevereiro a agosto, durante a estação chuvosa. O índice de importância relativa da bacaba (Oenocarpus bacaba) foi 100%, citada por todos os informantes. Os dados obtidos indicaram que a população desta região, possui uma forte relação com as PANC e detêm de um conhecimento importante para a sobrevivência e conservação da biodiversidade. / Unconventional food plants (PANC), known in English as forgotten vegetable, are those that have one or more parties importante as food, even if they are currently not used for most of the population. In order to register the knowledge of unconventional food plants in traditional communities in the lower Tapajós it was carried out an ethnobotanical survey using participant observation and semi-structured interviews. The survey using 47 families distributed in three communities, located in the Extractive Reserve (Resex) called Tapajós-Arapiuns. We identified 80 species, belonging to 64 genera and 33 botanical families. Most species are fruit trees native of the Amazon Biome. The products are mainly collected in upland forests, secondary forests, forest fragments, backyards, gardens and igapó forests and they are eaten raw or prepared in various ways and available for consumption, especially February-August, during the rainy season. The relative importance index of bacaba (Oenocarpus bacaba) was 100%, cited by all respondents. The data indicated that the population of this region has a strong relationship with the forgotten vegetable and hold an important knowledge for the survival and conservation of biodiversity.
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"nessas matas tem folhas": uma análise sobre 'plantas' e 'ervas' a partir da Umbanda paulista / "In these forests has leaves": an analysis of 'plants' and 'herbs' from the São Paulo city's UmbandaCarlessi, Pedro Crepaldi [UNIFESP] 29 April 2016 (has links)
Submitted by Pedro Crepaldi Carlessi (pccarlessi@gmail.com) on 2016-12-23T15:56:02Z
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Previous issue date: 2016-04-29 / Não recebi financiamento / Esta dissertação é composta por uma coleção de três artigos, elaborados a partir de um
trabalho de campo de caráter etnográfico associado a atividade de coleta botânica realizado em um terreiro de umbanda da cidade de São Paulo-SP-Brasil. Embora cada artigo tenha objetivos, resultados e conclusões específicos, nesta pesquisa procura-se evidenciar o protagonismo do universo vegetal na umbanda paulista a partir de um estudo em interface com as ciências botânicas e a antropologia. Primeiramente apresenta-se o inventário das plantas que puderam ser conhecidas durante os nove meses de trabalho de campo, composto por setenta e sete espécies botânicas, coletadas majoritariamente no interior do próprio terreiro e utilizadas no preparo de banhos de ervas, amacís, chás e defumações. Em seguida são grifadas algumas dissensões entre o termo sintético planta e a categoria nativa utilizada pelos membros do terreiro para se referir aos vegetais (mas não só) utilizados em suas praticas religiosas, ervas, condição que se faz acompanhada por uma análise do próprio estatuto
ontológico deste material. Ao passo que as diferenças que particularizam plantas e ervas se evidenciam, abre-se espaço para pensar na importância de se criar modelos analíticos comprometidos em resguardá-las, condição que torna esta dissertação, em suas entrelinhas, um exercício reflexivo a respeito dos modos científicos de produção de conhecimento.
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Estudo etnobotânico e morfoanatômico de espécies de Orchidaceae utilizadas por grupos GuaraniBlanco, Graziela Dias January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2017 / Made available in DSpace on 2017-09-19T04:10:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Os remanescentes de floresta de Mata Atlântica, localizados na região Sul do Brasil, são habitados por povos indígenas, como os Mbyá-Guarani, que extraem recursos vegetais para a sua sobrevivência. O objetivo do presente trabalho foi estudar a relação dos Mbyá-Guarani com as espécies de Orchidaceae presentes na Mata Atlântica e a importância desta família botânica para seu modo de vida, assim como descrever anatomicamente as espécies de maior importância para os Mbyá-Guarani, a fim de destacar as características adaptativas ao modo de vida epifítico, a fim de auxiliar em trabalhos futuros de manejo destas espécies, tanto para os Gurani como para auxiliar na conservação das espécies. Foram realizadas três entrevistas semi-estruturadas e duas turnês guiadas com 10 entrevistados. Os indivíduos das espécies citadas como as mais importantes para os Mbyá-Guarani foram coletados para identificação, num total de 26 espécies coletadas, distribuídas em 22 gêneros, entre estas, 14 espécies pertencentes a 10 gêneros, foram utilizadas para o estudo morfoanatômico. O critério utilizado na seleção foi considerar as espécies/gêneros mais comercializados pelos Guarani. Todas as espécies coletadas são de hábito epífito. As espécies pertencem a duas tribos da família Orchidaceae: Epidendreae e Cymbidieae, e seu manejo e cultivo seguem uma lógica, a fim de assegurar a conservação das espécies na mata. A partir das entrevistas foi observado que a comercialização de espécies de Orchidaceae não são a principal fonte de renda das famílias, mas esta prática está associada a outra atividade como, por exemplo, a comercialização de artesanato. Além disso, a pesar de ser uma atividade mais recente, ela se baseia na cultura Guarani. O estudo anatômico forneceu informações importantes sobre a estrutura interna das folhas e raízes das espécies de Orchidaceae analisadas, ressaltando principalmente as estruturas adaptativas ao hábito epifítico como presença de parênquima aquífero, fibras extraxilemáticas no mesofilo, velame, tilossomos, idioblastos traqueoidais. Tais informações são relevantes para futuros trabalho de manejo das espécies tanto no ambiente quanto em viveiros. As informações foram repassadas para a Terra Indígena através de um curso de manejo, para auxiliar no manejo e conservação das espécies em viveiros. / Abstract: The remnants of Atlantic Forest, located in southern Brazil, are inhabited by indigenous people such as the Mbyá-Guarani, who extract plant resources for survival. The objective of this research was to study the relationship between the Mbyá-Guarani and the Orchidaceae species present in the Atlantic Forest and the importance of this botanical family for their livelihood. We also aimed to anatomically describe the important species of Orchidaceae for the Mbyá-Guarani, in order to highlight the adaptive characteristics to the epiphytic way of life, to assist in future initiatives of species management, both for the Gurani and helping in the conservation of species. Three semi-structured interviews and two guided tours were conducted with 10 interviewees. The individuals of eachspecies cited as most important for the Mbyá-Guarani were collected for identification, in a total of 26 species collected, distributed in 22 genera. Fourteen species belonging to 10 genera were used for the morpho-anatomical study. The criterion used in the selection was to consider thespecies / genera more commercialized by Guarani. All species collected have epiphytic habit. The species belong to two tribes of the family Orchidaceae: Epidendreae and Cymbidieae; their management and cultivation follow a logic to ensure a conservation of the species in the forest. From the interviews we observed that the commercialization of Orchidaceae species is not a main source of income for the families, and this practice is associated with another activity, such as, for example, the commercialization of handicrafts. In addition, despite being a more recent activity, it is based on the Guarani culture. The anatomical study provided important information about the internal structure of the leaves and roots of the Orchidaceae species analyzed, emphasizing mainly the adaptive structures for the epiphytic habit such as hypodermis, non-mesophilic extraxilem fibers, canopy, tilosomes and tracheoid idioblasts. Such information is relevant for future management of the species both in the environment and in nurseries. The informations were transferred to the indigenous land through a management course, in order to assist non-management and conservation of species in nurseries.
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Saúde eco-cultural e resiliênciaZank, Sofia January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-04-19T04:05:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / O conceito de sistemas sócio-ecológicos considera a complexidade dos sistemas humano-natureza e a inter-relação entre as diferentes partes. Os Sistemas Tradicionais de Saúde (STS) podem ser investigados no âmbito dos sistemas sócio-ecológicos. Os STS são mediados por especialistas locais de saúde e os ecossistemas naturais e o uso de plantas medicinais desempenham um papel importante na saúde das pessoas. Algumas das abordagens de pesquisas vinculadas aos sistemas sócio-ecológicos que podem ser utilizados para o estudo dos STS são a abordagem de saúde eco-cultural, de resiliência e de análise de redes. A abordagem da saúde eco-cultural considera a interação dinâmica entre humanos e ecossistemas, enfatizando as implicações da saúde dos ecossistemas para a saúde e bem-estar humano. A abordagem de resiliência considera que a cada grande perturbação ambiental ou social, a relação do humano-ambiente é alterada, e um novo equilíbrio se desenvolve. A análise de redes pode ser uma ferramenta complementar para os estudos de resiliência, já que estas focam na estrutura das interações entre os componentes do sistema sócio-ecológico e na forma em que esta estrutura afeta o funcionamento do sistema. Através do estudo de caso em duas regiões brasileiras (comunidades rurais da Chapada do Araripe no Ceará e comunidades quilombolas do litoral de Santa Catarina), nós buscamos analisar: 1) a influência da saúde do ambiente na saúde humana; 2) o uso combinado da medicina tradicional e biomedicina; 3) a prática das benzeduras e os conhecimentos, aprendizados e relações sociais associadas a mesma; 4) a resiliência e capacidade de adaptação dos sistemas tradicionais de saúde. O primeiro artigo desta tese trata da compreensão sobre o processo de saúde em três comunidades rurais da região do Araripe, a partir da análise das opiniões de 66 especialistas locais de saúde sobre elementos que influenciam a saúde humana, e como o ambiente contribui para isso. Entre as influências do ambiente na saúde humana foram reportadas as condições climáticas, qualidade da água e do ar, recreação, recursos medicinais e alimentícios. Foram identificadas 192 espécies de plantasmedicinais, a maioria extraída de ecossistemas naturais, revelando a importância dos ambientes conservados pela Floresta Nacional do Araripe para a saúde e bem estar das populações humanas. O segundo artigo objetivou investigar a relação entre a saúde humana e saúde do ambiente em comunidades quilombolas do litoral de Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas com 184 adultos sobre elementos que influenciam a saúde humana e sobre as plantas medicinais conhecidas. Também foi realizado um mapeamento participativo de ambientes que trazem benefícios para a saúde. A qualidade da água/ar e recreação/lazer foram os benefícios mais reconhecidos das áreas florestais para a saúde humana. Foram identificadas 152 espécies de plantas medicinais, sendo que as espécies mais citadas são plantas cultivadas. O mapeamento de serviços ambientais revela áreas prioritárias para a saúde, que estão localizadas em florestas e próximo aos corpos d?água e demonstram a importância de manter o acesso a estes benefícios através da demarcação do território destas comunidades. No terceiro artigo investigamos o uso combinado da medicina tradicional e da biomedicina, a partir de entrevistas com 66 especialistas locais do Araripe e 22 de comunidades quilombolas. Nas comunidades quilombolas é maior o número de especialistas que percebem a diminuição no número e na procura por benzedeiras, bem como no uso de plantas medicinais. O conhecimento de plantas medicinais e o uso de medicamentos ocorre de forma complementar nas duas regiões. As plantas medicinais são utilizadas para o tratamento de problemas gastrointestinais, dores em geral, gripe, resfriados, vermes intestinais e os medicamentos são utilizados principalmente para problemas de pressão e doenças como a diabetes mellitus. No quarto artigo abordamos os conhecimentos vinculados a prática das benzeduras e as relações sociais entre os benzedores do Araripe, a partir de entrevistas com 40 benzedores. Os benzedores tratam cerca de 20 doenças e conhecem várias plantas medicinais, sendo que seis plantas são mais importantes para o ritual das benzeduras. A transmissão do conhecimento sobre as benzeduras e sobre as plantas medicinais ocorre principalmente através de pessoas que possuem grau de parentesco. Ao analisarmos as relações sociais entre os benzedores, concluímos que a popularidade dos benzedores não foi13influenciada pelo número de plantas conhecidas e pelo número de doenças que tratam através das benzeduras. Além disso, nas comunidades de Macaúba e Cacimbas os benzedores mais conhecidos são também os mais procurados pelos demais benzedores para troca de informação e de benzeduras, já em Cacimbas existe uma benzedeira que se destaca, sendo uma referência para os demais para a troca de informações e de benzeduras. O quinto artigo articula os demais artigos dentro da perspectiva da resiliência sócio-ecológica de sistemas tradicionais de saúde, identificando quais são os principais condicionantes de mudança que influenciaram os STS e analisando os atributos relacionados à sociobiodiversidade, à organização social e à aprendizagem que contribuem para a resiliência sócio-ecológica e adaptabilidade destes sistemas. Os principais condicionantes de mudanças nos STS estão vinculados às mudanças nos modos de vida, ao acesso facilitado à medicina moderna, mudanças nas doenças mais incidentes, ao estabelecimento da Floresta Nacional do Araripe e ao processo de reconhecimento das comunidades quilombolas. Os atributos da sociobiodiversidade, organização social e aprendizagem registradas nas comunidades garantem a resiliência e a adaptabilidade destes sistemas. Os atributos mais críticos para a resiliência dos STS nas comunidades estão relacionados à organização social, pois estes podem favorecer a co-gestão, valorizando o conhecimento e as práticas tradicionais e os processos locais de aprendizagem. As informações reunidas neste estudo demonstram que os STS continuam desempenhando um papel fundamental na saúde e no bem-estar das comunidades estudadas e ressaltam, também, a importância de buscar alternativas para o seu fortalecimento, através da valorização dos conhecimentos tradicionais e dos especialistas locais que atuam como guardiões deste conhecimento.<br> / Abstract : The concept of socio-ecological systems considers the complexity of human-nature systems and the interrelationship between the different parties. The Traditional Health Systems (THS) can be investigated in the context of socio-ecological systems. The THS are mediated by local health experts and natural ecosystems and the use of medicinal plants play an important role in health. Some research approaches linked to socio-ecological systems that can be used to study the THS are the eco-cultural health, resilience and network analysis. The approach of eco-cultural health considers the dynamic interaction between humans and ecosystems, emphasizing the implications of ecosystem health for the health and human well being. The resilience approach considers that every major environmental or social disturbance, the human-environment relationship is changed, and a new equilibrium develops. Network analysis can be a complementary tool for studies of resilience, as they focus on the structure of the interactions between the components of the socio-ecological system and the way in which this structure affects system performance. Through the case study in two Brazilian regions (rural communities of the Araripe in Ceara and maroon communities of Santa Catarina), we seek to assess: 1) the influence of environmental health on human health; 2) complementarity between traditional medicine and biomedicine; 3) the practice and knowledge of benzeduras, learning and social relations associated with it; 4) the resilience and adaptability of traditional health systems. The first article deals with the understanding of the health process in three rural communities in the Araripe region, from the analysis of the opinions of 66 local health experts on elements that influence human health, and how the environment contributes to this. Among the influences of the environment on human health have been reported weather conditions, water and air quality, recreation, food and medicinal resources. They identified 192 species of medicinal plants, most of them extracted of natural ecosystems, revealing the importance of the environment preserved by the National Forest Araripe for the health and well being ofhuman populations. The second article aimed to investigate the relationship between human health and environmental health in maroon communities of the Santa Catarina coast. Interviews were conducted with 184 adults on elements that influence human health and the well-known medicinal plants. It was also conducted a participatory environments mapping that bring health benefits. The quality of the water / air and recreation / leisure were the most recognized benefits of forests to human health. 152 species of medicinal plants have been identified, and the most cited species are cultivated plants. The mapping of environmental services reveals priority areas for health, which are located in forests and near the water bodies, demonstrating the importance of maintaining access to these benefits through the demarcation of the territory of these communities. In the third article we investigate the combined use of traditional medicine and biomedicine, from interviews with 66 local experts in Araripe and 22 in maroon communities. The maroon communities have a greater number of experts who realize the decrease in the number and search for healers as well as the use of medicinal plants. The knowledge of medicinal plants and the use of drugs occurs in a complementary manner in the two regions. The medicinal plants are used for the treatment of gastrointestinal disorders, pains in general, flu, cold, intestinal worms and drugs are mainly used for pressure problems and diseases such as diabetes mellitus. In the fourth article we discuss the knowledge linked to the practice of benzeduras and social relations between the healers of Araripe, from interviews with 40 healers. The healers treat about 20 diseases and know several medicinal plants. Six plants are most important to the ritual of benzeduras. The transmission of knowledge on the benzeduras and about medicinal plants occurs mainly through people who have kinship. In assessing the social relations among healers, we conclude that the popularity of healers was not influenced by the number of known plants and the number of diseases dealing through benzeduras. Moreover, in Macaúba and Cacimbas communities the best known healers are also the most sought by other healers to exchange information and benzeduras, but in Cacimbas there is a healer that stands out, being a reference for the other to exchange information and benzeduras. The fifth article articulates the17others articles from the perspective of socio-ecological resilience of traditional health systems, identifying what are the main changes of conditions that influenced the THS and evaluating the attributes related to social biodiversity, governance and learning that contribute to resilience and adaptability of these systems. The main determinants of changes in THS are linked to changes in lifestyles, easier access to modern medicine, changes in more incidents diseases, the establishment of the National Forest Araripe and the recognition of the Quilombo communities process. The attributes of social biodiversity, social organization and learning logged in communities ensure the resilience and adaptability of these systems. The most critical attributes to the resilience of THS in communities are related to the governance, as these may favor the management-adaptive, valuing the knowledge and traditional practices and local learning processes. The information compiled in this study demonstrate that the THS continue to play a key role in health and well-being of the communities studied and emphasized also the importance of seeking alternatives to its strengthening, through the enhancement of traditional knowledge and of local experts that act as guardians of this knowledge.
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Estudo etnobotânico de plantas alimentares cultivadas por moradores da periferia de Santo Antonio de Leverger, MTCultrera, Mirella [UNESP] 06 August 2008 (has links) (PDF)
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cultrera_m_me_botfca.pdf: 689308 bytes, checksum: 964dc88de2251ab72a18d9d37a11eedf (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Este estudo teve como objetivo investigar se moradores da periferia de uma pequena cidade de interior cultivam plantas alimentares e em que medida mantêm relações com as áreas rurais. Para tanto, foi feito um levantamento etnobotânico das plantas alimentares cultivadas por moradores de cinco bairros da periferia de Santo Antonio do Leverger, MT, identificando a origem dos materiais de plantio e doações dos mesmos, as áreas de cultivo estabelecidas pelos moradores, bem como os aspectos sócio-econômicos relacionados com a prática agrícola. Foram feitas duas amostragens: a primeira aleatória, de 135 domicílios, e a segunda através da Análise por Julgamento, onde 30 unidades familiares foram escolhidas por terem alguma área sendo constantemente manejada. Verificou-se que os moradores cultivam plantas alimentares em quintais, terrenos, roças na “praia” e roças em “campo fora”, sendo comum o cultivo em mais de uma área por família, principalmente pelos entrevistados da segunda amostra (50%). Foram encontradas pelo menos 93 espécies de plantas pertencentes a 38 famílias botânicas, sendo as mais freqüentes: Anacardiaceae e Rutaceae. As plantas alimentares encontradas em maior número de domicílios foram a mandioca (Manihot esculenta Crantz.) (n=30) e a banana (Musa spp) (n=27). Foram citadas mais plantas perenes (68%) para quintais, ao contrário dos terrenos e roças, onde as anuais foram mais citadas (56% e 81,3%, respectivamente). A maioria das plantas cultivadas nas unidades familiares (n=696) teve origem externa e foram obtidas principalmente através da rede social (n=353) e mercado (n=208); outras foram originadas de plantas já cultivadas pelas famílias (n=246). A maior parte das aquisições (84,5%, n=583) e das doações (85%, n=205) ocorreram dentro do município, principalmente dentro da área urbana, mas houve trocas com a área rural... / The goal of this study was to investigate if outskirts residents of a small interior city cultivate food plant and how is the relation that they keep with rural areas. For this was carried out an inventory of the food plants used by the residents of five districts of Santo Antonio de Leverger-MT, identifying the origin and the destiny of the plant material donated, the cultivated areas and the socioeconomic aspects related with the local agriculture. For this, in a first moment, it was used a random sample composed of 135 households. After this, a judgment sample was conducted, where 30 households having managed areas, were selected. The results indicated that the outskirt’s residents maintain food plants in their homegardens, unoccupied land areas, cultivated fields on the lowland and dryland. A family usually has more than one cultivated area, specially the ones interviewed in the second sample. Ninety three species and 38 botanical families were identified, being Anacardiaceae and Rutaceae, the most found botanical families. Cassava (n=30) and banana (n=27) were the most encountered plants. Perennial plants were commonly found in homegardens (68%). In “terrenos” and “roças” the annual plants were dominant (56% and 81.3%, respectivally). Considering the origin of the plants, we found that the greater number of cultivated ones were obtained from external sources (n=696); specially throught social network (n=353) and market source (n=208). A total of 246 plants were originated by plants already cultivated by the families. The majority of this material was obtained in the urban zones of the municipality, besides existing exchanges with the rural zone. The people who most exchange and receive this plant material have some characteristics in commum: they are usually from rural areas, cultivate the greatest amount of plants in their properties and maintain...(Complete abstract click electronic access below)
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Plantas utilizadas no tratamento de malária e males associados por comunidades tradicionais de Xapuri, AC e Pauini, AMFerreira, Almecina Balbino [UNESP] 22 January 2015 (has links) (PDF)
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000842400.pdf: 1898096 bytes, checksum: 4596e4503c7566a0d2cc0451cdaa4524 (MD5) / A malária é uma doença parasitária, sendo causada por parasitas do gênero Plasmodium. Cerca de 400 espécies de Anopheles foram descritas, das quais 60 implicadas na transmissão da malária em diferentes partes do globo. O primeiro caso de malária autóctone no Brasil data do século XVI e surge como uma consequência natural da colonização europeia. A partir do início da exploração da borracha na Região Amazônica, a malária torna-se um grande problema de saúde pública, uma vez que muitos imigrantes provenientes do Nordeste foram dizimados por esta doença. Ao longo dos rios Acre e Purus, as populações ribeirinhas fazem uso de muitas espécies vegetais, nativas e exóticas, para tratar a malária e seus sintomas, conhecendo os modos de uso e os ambientes de ocorrência dessas espécies. Neste trabalho estudou-se o manejo das plantas silvestres e cultivadas para o tratamento da malária e de seus males associados por comunidades ribeirinhas dos municípios de Pauini e Xapuri, nos Estados do Amazonas e Acre, respectivamente. Durante o ano de 2013 foram entrevistadas 86 pessoas de nove comunidades rurais de Pauini e Xapuri, reconhecidas pelo uso de plantas medicinais. Foram indicadas 86 plantas para o tratamento da malária e para os sintomas associados reconhecidos pelos seringueiros e ribeirinhos. Foram indicadas 25 espécies para o tratamento da malária, sendo duas plantas não possuem nenhuma referência na literatura com esta indicação de uso. Também foram indicadas plantas para o tratamento do fígado, dores de cabeça; dores no corpo, inflamações no estômago e para o tratamento de anemias. Foram descritas cinco formas de preparo das partes utilizadas. 45% das plantas indicadas têm... / Malaria is a parasitic disease caused by organisms in the genus Plasmodium. Approximately 400 species of Anopheles have been described, of which 60 are implicated in the transmission of malaria in different parts of the globe. The first autochthonous case of malaria in Brazil dates to the 16th Century and arose as a natural consequence of European colonization. Beginning at the outset of Pará rubber exploration in the Amazon region, malaria became a serious public health problem, considering that many immigrants coming from Northeastern Brazil were decimated by this disease. Along the Acre and Purus rivers, ribeirinho (riverside) populations make use of numerous plant species, both native and exotic, to treat malaria and its symptoms; these populations are familiar with the plants' modes of use and habitats. The present study examined the management of wild and cultivated plants used to treat malaria and associated ailments by ribeirinho communities in the municipalities of Pauini and Xapuri in Amazonas and Acre states, respectively. During the year 2013 the present study interviewed 86 persons in nine rural communities in Pauini and Xapuri that were known for their use of medicinal plants. A total of 86 plant species were indicated by seringueiros and ribeirinhos for the treatment of malaria and for associated symptoms, while 25 species were indicated for the treatment of malaria, of which two had no previous indication of use for that purpose. Other species were indicated for the treatment of liver ailments (closely associated with malaria), headaches, body pains, inflammation of the stomach, and anemia. Collaborators described five distinct modes of preparation of the plant parts used: for 45% the leaves were used, for 30% te bark, for 10% the root, for 8% the entire plant, and for smaller percentages the bulb ...
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Etnobotânica e práticas agroecológicas na comunidade rural Rio dos Couros, Cuiabá, MT, Brasil / Ethnobotany and agroecological practices in the rio dos Couros rural community, MT, Cuiabá, BrazilCosta, Ineilian Bruna Correa da [UNESP] 24 February 2015 (has links) (PDF)
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000842928.pdf: 1870495 bytes, checksum: e6b3cf70683d219cb3a84ceeabc4c5c9 (MD5) / Objetivou-se neste estudo realizar o levantamento socioeconômico e cultural da comunidade e de seu etnoconhecimento acerca da diversidade vegetal nas unidades de paisagem, bem como identificar os métodos agroecológicos aplicados na dimensão produtiva da comunidade rural Rios dos Couros, Cuiabá, MT. A metodologia adotada foi a denominada bola de neve. A coleta de dados ocorreu mediante entrevista semi-estruturada, observação direta, diário de campo e formulário agroecológico, aplicados durante caminhadas livres (Walk-in-The-Woods). Foram entrevistados 50 indivíduos entre 25 a 74 anos (50% do sexo masculino e 50% do feminino) sendo a maioria de origem da comunidade com boa parte dos migrantes residindo no local a mais de 50 anos. A maioria também possui o ensino fundamental incompleto. A renda por entrevistado varia de 300 a 2.712 reais e a principal religião citada foi a católica. Dados como diferença de idade, tempo de moradia e renda foram elementos que interferiram no nível de conhecimento etnobotânico e agroecológico. No levantamento etnobotânico no quintal foram registradas 144 espécies distribuídas em 52 famílias, categorizadas com uso alimentar (42%), medicinal (40%), ornamental (10%), outros (6%) e religioso (2%). As famílias mais representativas foram a Fabaceae (14 espécies) e Asteraceae (10 espécies). O hábito de crescimento arbóreo e herbáceo foram os mais característicos. Na mata foram registradas 82 espécies distribuídas em 38 famílias, categorizadas como alimentar (13%), medicinal (58%), ornamental (4%), outros (23%) e religioso (2%). A família mais representativa foi a Fabaceae (15 espécies) e a maioria das espécies apresenta hábito arbóreo, seguido do arbustivo. Nas espécies medicinais em geral a folha (51%) é a parte mais utilizada e o principal modo de preparo é o chá (decocção) com 33% das indicações. Na roça ... / The objective of this study was to perform the socioeconomic and cultural survey of the community and of your ethnic knowledge about the plant diversity in the landscape units, as well as identify the agroecological methods applied in productive dimension of rural community Rio dos Couros, Cuiabá, MT. The methodology adopted was the so-called snowball. Data collection occurred through semi-structured interviews, direct observation, field diary and agroecological form, applied during free walking (Walk- In-The-Woods). Fifty individuals were interviewed between 25-74 years (50% male and 50% female) with the majority of origin in the community with a good part of migrants residing in more than 50 years site. Most also have incomplete elementary school. The rent of the interviewed varies from 300 to 2712 real coin and the main relion cited was the Catholic. Data as age difference, residence time and income were elements that interfered in the level of ethnobotanical and agroecological knowledge. In ethnobotanical survey in the yard were registered 144 species distributed in 52 families, categorized with feed (42%), medical (40%), ornamental (10%), other (6%) and religious (2%). The most representative were the families Fabaceae (14 species) and Asteraceae (10 species). The arboreal and herbaceous growth habit were the most characteristic. In the woods were recorded 82 species distributed in 38 families, categorized as feed (13%), medical (58%), ornamental (4%), other (23%) and religious (2%). The most representative family was Fabaceae (15 species) and most species presents arboreal habit, followed by the shrubby. Medicinal species in general the leaf (51%) is the most used part and the main method of preparation is tea (decoction) with 33% of the votes. On the farm, the most cited species were cassava, corn and pumpkin / squash being the Curcubitaceae the most cited family. Regarding the adopted ...
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Uso e conservação de plantas medicinais nativas por comunidades quilombolas no município de Alcântara, Maranhão / Use and medical plant conservation in native quilombolas communities in Alcântara municipality, MaranhãoLinhares, Jairo Fernando Pereira [UNESP] 13 May 2015 (has links) (PDF)
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000844545.pdf: 10941963 bytes, checksum: dd4385f49b8b96fbf29f66f0009faf80 (MD5) / O município de Alcântara-MA foi uma importante região agrícola na época colonial. Após o declínio da agricultura de exportação, foram constituídos os quilombos. O objetivo geral da pesquisa é o de resgatar o conhecimento dos quilombolas do município de Alcântara no Estado Maranhão, acerca das plantas medicinais, contribuindo para a conservação dos territórios quilombolas, para a garantia do saber local e uso sustentável da biodiversidade regional. Mais especificamente, busca-se: 1) Resgatar e sistematizar o conhecimento de comunidades quilombolas sobre as plantas medicinais. 2) Identificar botanicamente as plantas coletadas. 3) Identificar usos passados e atuais das plantas medicinais. 4) Gerar informações que contribuam para a implementação de futuros planos de manejo. 5) Avaliar as mudanças ambientais, culturais e sociais ocorridas. Das 55 espécies medicinais usadas na atualidade, 58% estão em fase de desuso. As plantas mais usadas na atualidade são Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel), Cecropia sp., Hymenaea courbaril L., Parahancornia sp. Croton urucurana Baill., Myracrodruon urundeuva Allemão e Bauhinia glabra Jacq. As partes vegetais mais usadas foram: casca, com 34 (27,42%) e o látex, com 43 (35%), que juntas representam 62,42% das partes vegetais mais usadas. As matas secundárias são a principal tipologia de ocorrência das plantas medicinais, com histórico de uso agrícola variando de 15-30 anos de pousio, CAP médio de 29,27 cm, altura média de 7,6 m, 69,76% dos indivíduos é jovem, as árvores e palmeiras são os principais hábitos de crescimento com 65,41% e 26,86%, cada. Os tensores ambientais que mais comprometem os ecossistemas florestais na atualidade são o sistema de roça no toco, falta de aceiros na formação dos roçados, extração indiscriminada de madeira, produção de carvão, substituição de pastagem nativa por cultivada nas áreas de baixa ... / The municipality of Alcântara-MA was an important agricultural region in colonial times. After the decline of export agriculture, quilombos were recorded. The overall objective of the research is to rescue the knowledge of the Maroons in the municipality of Alcântara in Maranhão State, about medicinal plants, contributing to the conservation of quilombo territories, to guarantee the local knowledge and sustainable use of local biodiversity. Specifically, it seeks to: 1) Rescue and systematize knowledge of quilombo communities about medicinal plants. 2) Identify the botanically collected plants. 3) Identify past and current uses of medicinal plants. 4) Generate information to assist in the implementation of future management plans. 5) Assess the environmental, cultural and social changes. Of the 55 medicinal plants used at present, 58% are in disuse phase. The plants most commonly used today are Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel), Cecropia sp., Hymenaea L., Parahancornia sp. Croton urucurana Baill., Myracrodruon urundeuva Allemão and Bauhinia glabra Jacq. The most plant parts were used: bark, 34 (27.42%) and latex, with 43 (35%), which together account for 62.42% of the plant parts used. Secondary forests are the main type of occurrence medicinal plants, with a history of agricultural use ranging from 15-30 years of fallow, medium CAP 29.27 cm, average height of 7.6 m, 69.76% of individuals is young trees and palm trees are the main growth habits with 65.41% and 26.86% each. Environmental tensioners that most compromise forest ecosystems today are the plantation system in play, lack of firebreaks in the formation of clearings, wood indiscriminate extraction, charcoal production, replacement of native pasture by cultivated in the areas of low and the consequent installment, practice of vandalism, variation in rainfall causing an increase in salinity in areas of shallow water during periods of ...
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Etnobotânica de plantas antimaláricas em comunidades indígenas da região do Alto Rio Negro – Amazonas – BrasilKffuri, Carolina Weber [UNESP] 05 May 2014 (has links) (PDF)
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000791371.pdf: 3073551 bytes, checksum: dded436ea0083dc798d48e48c50222f1 (MD5) / Mais de 3,3 milhões de pessoas no mundo estão expostas a malária. Os medicamentos utilizados no combate à doença já apresentam sinais de resistência. No Brasil 99% dos casos acontecem na Amazônia legal. É uma doença endêmica da região do Alto rio Negro, considerada uma região cultural sui generis, onde mais de 90% dos habitantes são indígenas, falantes de 23 línguas, e a floresta é preservada e pouco conhecida pela ciência acadêmica. É o primeiro trabalho etnobotânico sobre plantas antimaláricas na região. As negociações para obtenção de autorização de pesquisa foram intensas entre os anos de 2010 e 2013, a pesquisa de campo foi realizada entre setembro de 2011 e julho de 2012 e setembro a novembro de 2013 em cinco comunidades indígenas. Foram registradas 46 espécies utilizadas no tratamento da malária pertencentes a 24 famílias botânicas, a maioria nativa do domínio fitogeográfico da Amazônia. As percepções culturais acerca da doença foram registradas, assim como o nome de algumas plantas nas principais línguas da região e foi feito um estudo de fitonímia da Língua Geral Amazônica. Das 46 espécies 14 possuem estudos científicos comprovando sua atividade antimalárica e 25 podem ser consideradas interessantes para estudos científicos futuros. Apenas cinco espécies apresentaram consenso de uso. O grande número de espécies nativas utilizadas, os fatores históricos e as percepções culturais dos participantes a cerca da doença demonstram que há conhecimento local e sua aplicação, assim com a necessidade de proteção ambiental e cultural da área, e a urgência de programas que promovam a cultura medicinal local e auxiliem o entendimento intercultural / More than 3.3 million people worldwide are exposed to malaria. The drugs used in combating the disease already show signs of resistance. In Brazil 99% of cases occur in Legal Amazônia. It is an endemic disease in the Upper Negro River considered a sui generis cultural region, where more than 90 % of inhabitants are native speakers of 23 languages, and the forest is preserved and unknown to science. It is the first ethnobotanical work on antimalarial plants in the region. Negotiations for obtaining research permission were intense between 2010 and 2013. And the fieldwork was carried out between September 2011 and July 2012 and September and November 2013, in five indigenous communities . 46 species are used to treat malaria were recorded belonging to 24 botanical families, most native of the Amazon phytogeographical area. Cultural perceptions of the disease were recorded, as well as the name of some plants in the two major languages of the region and a study of fitonímia in Língua Geral Amazônica was made. 14 of the 46 species have scientific studies proving its antimalarial activity and 25 can be considered interesting for future scientific studies. Only five species showed consensus in use. The large number of native species used and cultural perceptions of the participants about the disease demonstrate that there is local knowledge and its application as the need for environmental and cultural protection of these area, and the urgency of programs that promote the local medical culture and assist intercultural understanding.
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Estudo etnobotânico das plantas utilizadas como medicinais por moradores do bairro Ponta Grossa, Porto Alegre,Rio Grande do SulVendruscolo, Giovana Secretti January 2004 (has links)
Este trabalho foi realizado com o intuito de estudar as plantas utilizadas como medicinais pelos moradores do bairro Ponta Grossa e pelos Agentes Comunitários de Saúde relacionados ao Posto de Saúde da Família do bairro Ponta Grossa, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Como metodologia, foram realizadas entrevistas estruturadas, na forma de questionários, para obtenção dos dados socioculturais e semi-estruturadas para o levantamento dos dados sobre as plantas. Foram coletadas 150 espécies utilizadas pela população, sendo 9 delas identificadas somente até gênero, pertencentes a 59 famílias botânicas. As famílias mais representadas em número de espécies foram Asteraceae e Lamiaceae. As partes das plantas mais utilizadas foram folhas e partes aéreas, sendo o chá a principal forma de utilização. As doenças e/ou sintomas mais mencionados foram os relacionados aos aparelhos digestório e respiratório. Em uma análise dos nomes populares foram encontradas 56 espécies com etnohomônimos e 73 espécies com etno-sinônimos verdadeiros ou falsos. Também foi realizada uma revisão bibliográfica comparativa entre as indicações de uso originais e as indicações atuais referidas no estado do Rio Grande do Sul e países limítrofes. Esta revisão teve como objetivo verificar se houve alterações do conhecimento popular. Uma espécie apresentou equivalência entre as indicações de usos originais e atuais e 140 apresentaram alteração do conhecimento popular. Para 16 espécies foi detectada alteração total do conhecimento, 61 apresentaram ampliação do conhecimento e 21 redução do conhecimento popular. Ferramentas quantitativas foram utilizadas, como Valor de Uso (UV) e a porcentagem de Concordância corrigida quanto aos Usos Principais (CUPc), para verificar quais as espécies mais importantes para a população e as mais promissoras para a realização de estudos biológicos posteriores. Para as 21 espécies mais importantes foram feitas revisões na literatura científica com o objetivo de reunir dados químicos e biológicos, que resultarão na elaboração de um manual didático, o qual será devolvido como um retorno para a população estudada. / An ethnobotany study was done to search for medicinal plants used by residents and the Community Health Agents of the Family Health Office of Ponta Grossa neighborhood, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. The social and cultural information of all interviewers were established using structured interviews. The information about medicinal plants and their therapeutic uses were obtained by semi-structured interviews. The community people make use of 150 species, nine of them identified only until the genera, distributed in 59 botany families. Most species are included in the Asteraceae and Lamiaceae families. Leaves and aerial parts are the parts of the plants more used and tea is the main used form. The diseases or symptoms more cited are those related to digestive and nervous system. The folk names were analyzed, and 56 species have ethno-homonyms and 73 have a true or false ethnosynonymous. We also compared the original and the current indications of medicinal plants, in a literature review published in the Rio Grande do Sul state and bordering countries. The objective of this study was to verify alterations on the folk knowledge about the medicinal plants mentioned in the ethnobotany research. For 16 species we detected total knowledge change, for 61 species some knowledge amplification and for 21 species a knowledge reduction. Quantitative tools, such as Use Value (UV) and the corrected percentage of Agreement related to the Main Uses (cAMU), was utilized to verify the most important species to the community and the most promising of them to posterior biological studies. We have accomplished a bibliographical review for the 21 most important species, finding studies about the main chemical constitution and some biological activity of them in order to make a didactic manual. This manual will be given to the studied population as a return to the acquired knowledge.
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