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Variabilidade genética da hemostasia como fator de risco para as complicações micro e macrovasculares do diabetes mellitus tipo 2

Rieger, Alexandre January 2009 (has links)
Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) representa cerca de 90% dos tipos de diabetes e vem atingindo de forma cada vez mais intensa a população adulta e atualmente também jovens e até crianças. Uma dieta hipercalórica, aliada ao sedentarismo tem sido junto com a predisposição genética os principais desencadeantes das complicações crônicas associadas com o DM2. Infelizmente, são essas complicações que levam ao grande aumento da morbidade e mortalidade que pode chegar até 80% nesta doença, sendo que as principais são as de natureza micro e macrovascular. Complicações microvasculares compreendem a retinopatia diabética (RD), a nefropatia diabética (ND) e a neuropatia periférica (NP), enquanto que as complicações macrovasculares compreendem a doença cardiovascular (DCV), a doença arterial periférica (DAP) e o acidente vascular cerebral (AVC). Pacientes com DM2 em sua fase inicial já podem apresentar um quadro protrombótico que só tende a piorar com a progressão da doença. Esse quadro protrombótico é resultante principalmente do processo inflamatório e da disfunção endotelial. Polimorfismos genéticos relacionados com as diferentes fases da hemostasia podem contribuir para o aumento ou diminuição no risco de formação de trombos arteriais e venosos que podem afetar a micro e macrovasculatura destes indivíduos. Objetivos: Investigar a influência de polimorfismos envolvidos com a hemostasia como fatores de risco para o desenvolvimento de complicações crônicas micro e macrovasculares em pacientes com DM2. Metodologia: Foi realizado um estudo de caso controle aninhado em uma coorte de pacientes DM2 não relacionados provenientes de um estudo multicêntrico no sul do Brasil. Os pacientes DM2 foram divididos em 2 grupos de estudo. Para o grupo com complicação macrovascular estudou-se 404 pacientes DM2. Casos para a complicação macrovascular foram definidos como tendo cardiopatia isquêmica (CI), acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) ou DAP enquanto que controles foram definidos como pacientes com pelo menos 5 anos de DM2 e sem a respectiva complicação. Para o estudo das complicações microvasculares 393 pacientes com DM2 foram estudados. Os casos foram definidos como tendo RD, ND ou neuropatia sensório distal (NSD). Controles para a complicação microvascular foram pacientes com pelo menos 10 anos de DM2 e sem a respectiva complicação. Os polimorfismos estudados foram testados em duplicata utilizando-se a PCR seguida de RFLP quando necessário. Foram investigados nove polimorfismos assim distribuídos: Na fase da coagulação foram estudados cinco polimorfismos (FGB rs1800790, F2 rs1799963, FV rs6025 F7 rs5742910 e F13A rs5985); dois (PLAT rs4646972 e PAI-1 rs1799768) na fase da fibrinólise e um (ITGB3 rs5918) na fase plaquetária. O polimorfismo da MTHFR rs1801133 envolvido com a hiperhomocisteínemia é considerado um fator de risco para DCV e por isso foi incluído. Para a análise estatística foi utilizado o teste do χ2 para a comparação das frequências genotípicas e alélicas. Os polimorfismos com diferença significativa foram testados na regressão de Poisson com variância robusta ajustado pelas variáveis de confusão. Para as complicações microvasculares também foi utilizado o teste do χ2 com análise de resíduo ajustado. Resultados: O polimorfismo do receptor plaquetário ITGB3 rs5918 apresentou associação com os desfechos AVCI e DAP. Para o desfecho AVCI o genótipo 176TC mostrou associação significativa [(PR = 2.04(1.11-3.73); P = 0.021], enquanto que para a DAP a associação foi com o genótipo 176CC [PR = 1.90(1.29-2.81); P = 0.001]. Em relação às complicações microvasculares o único polimorfismo que mostrou associação foi o PAI-1 rs1799768. Neste caso, o polimorfismo demonstrou ter uma associação inesperada para o alelo 4G como um fator de proteção quando comparamos pacientes com e sem ND [PR = 0.71(0.57-0.89); P = 0.003]. Porém, quando foi estratificado o grupo de pacientes com ND de acordo com a severidade, foi possível demonstrar usando a análise de resíduo ajustado do teste do χ2 que havia uma diminuição significativa na frequência do alelo 4G somente no estágio mais avançado da doença renal (P = 0.009; AR = -2.95) o que sugere o seu envolvimento com uma maior taxa de mortalidade na ND. Também foi possível mostrar que o alelo de risco 4G está significativamente associado com a cardiopatia isquêmica nos indivíduos com ND (P = 0.03; AR = 2.5). Conclusões: Os pacientes com DM2 portadores do alelo de risco 176C do polimorfismo ITGB3 rs5918 apresentam um risco significativamente aumentado de desenvolver AVCI e DAP, enquanto que os portadores do alelo de risco 4G do polimorfismo PAI-1 rs1799768 provavelmente apresentem maior risco de desenvolver ND. Além disso, os portadores do alelo 4G e que tem ND apresentaram um risco significativamente aumentado de desenvolverem CI. / Introduction: Type 2 diabetes mellitus (T2DM) represents approximately 90% of the diabetes types, increasingly affecting the adult population and nowadays also occurring in young adults and children. Hypercaloric diets, sedentarism and genetic predisposition are the main triggering factors of chronic complications associated to T2DM. Unfortunately, these are the complications that lead to a considerable increase in morbidity and mortality, which may reach 80%, with the main complications being of micro- and macrovascular nature. The microvascular complications are diabetic retinopathy (DR), diabetic nephropathy (DN) and peripheral neuropathy (PN). The macrovascular complications include cardiovascular disease (CVD), peripheral arterial disease (PAD) and stroke. In the initial T2DM stage, patients may present a prothrombotic state that tends to worsen as the disease evolves. This prothrombotic state results mainly from the inflammatory process and from the endothelial dysfunction. Genetic polymorphisms related to the different stages of hemostasis may play a role in the increase or decrease of the risk of arterial and venous thrombus, which may affect the micro- and the macrovasculature of these individuals. Objectives: To investigate the influence of the polymorphisms related to hemostasis as risk factors for the development of micro- and macrovascular complications in T2DM patients. Methods: A nested case-control study was conducted with a cohort of unrelated T2DM patients from a multicenter study made in southern Brazil. T2DM patients were divided in two groups. The macrovascular complication group included 404 T2DM patients. Macrovascular complications were defined according to the presence of the following criteria: ischemic heart disease (IHD), ischemic stroke (IS) or PAD. The control group was formed by patients who had had T2DM for at least five years but without the respective complications. The microvascular complication group included 393 T2DM patients. Microvascular complications were defined based on the presence of the following criteria: DR, DN, or distal sensory neuropathy (DSN). The controls used in the investigation of the microvascular complications were patients who had T2DM for at least 10 years, without the respective complications. The polymorphisms investigated were analyzed by PCR with RFLP, when necessary. In total, nine polymorphisms were studied. Five polymorphisms (FGB rs1800790, F2 rs1799963, FV rs6025, F7 rs5742910 and F13A1 rs5985) were investigated for the coagulation stage, two (PLAT rs4646972 and PAI-1 rs1799768) for the fibrinolysis stage, and one (ITGB3 rs5918) for the platelet stage. The polymorphism MTHFR rs1801133, associated to hyperhomocysteinemia, which is considered a risk factor for IHD, was also investigated. The statistical analysis used the χ² test to compare genotypic and allelic frequencies. The polymorphisms presenting significant differences were tested using the Poisson regression with robust variance adjusted for the confounding variables. The χ² test with the analysis of adjusted residues was also used for microvascular complications. Results: The polymorphism of the platelet receptor ITGB3 rs5918 was associated with the outcomes IS and PAD. Considering IS, the genotype 176TC exhibited significant association [(PR = 2.04(1.11-3.73); P = 0.021], while considering PAD the association was with genotype 176CC [PR = 1.90(1.29-2.81); P = 0.001]. Regarding the microvascular complications, the only polymorphism that presented association was PAI-1 rs1799768. In this case, the polymorphism demonstrated an unexpected association with allele 4G as a protection factor when patients with and without DN [PR = 0.71(0.57-0.89); P = 0.003]. However, when the group of patients with DN was stratified in terms of severity, it was possible to demonstrate a significant decrease in 4G allele frequency only n the more advanced stage of the renal disease, using the adjusted residue of the χ2 test (P = 0.009; AR = -2.95), which suggests its involvement with a higher mortality rate in DN. It was also possible to show that the risk allele 4G is significantly associated with ischemic cardiopathy in individuals with DN (P = 0.03; AR = 2.5). Conclusions: The T2DM patients carriers of the risk allele 176C of the polymorphism ITGB3 rs5918 present a significantly increased risk of developing IS and PAD, while carriers of the risk allele 4G of the polymorphism PAI-1 rs1799768 probably present higher risk of developing DN. Apart from this, this group of subjects also presented a significant risk of developing IHD.
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Variabilidade genética da hemostasia como fator de risco para as complicações micro e macrovasculares do diabetes mellitus tipo 2

Rieger, Alexandre January 2009 (has links)
Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) representa cerca de 90% dos tipos de diabetes e vem atingindo de forma cada vez mais intensa a população adulta e atualmente também jovens e até crianças. Uma dieta hipercalórica, aliada ao sedentarismo tem sido junto com a predisposição genética os principais desencadeantes das complicações crônicas associadas com o DM2. Infelizmente, são essas complicações que levam ao grande aumento da morbidade e mortalidade que pode chegar até 80% nesta doença, sendo que as principais são as de natureza micro e macrovascular. Complicações microvasculares compreendem a retinopatia diabética (RD), a nefropatia diabética (ND) e a neuropatia periférica (NP), enquanto que as complicações macrovasculares compreendem a doença cardiovascular (DCV), a doença arterial periférica (DAP) e o acidente vascular cerebral (AVC). Pacientes com DM2 em sua fase inicial já podem apresentar um quadro protrombótico que só tende a piorar com a progressão da doença. Esse quadro protrombótico é resultante principalmente do processo inflamatório e da disfunção endotelial. Polimorfismos genéticos relacionados com as diferentes fases da hemostasia podem contribuir para o aumento ou diminuição no risco de formação de trombos arteriais e venosos que podem afetar a micro e macrovasculatura destes indivíduos. Objetivos: Investigar a influência de polimorfismos envolvidos com a hemostasia como fatores de risco para o desenvolvimento de complicações crônicas micro e macrovasculares em pacientes com DM2. Metodologia: Foi realizado um estudo de caso controle aninhado em uma coorte de pacientes DM2 não relacionados provenientes de um estudo multicêntrico no sul do Brasil. Os pacientes DM2 foram divididos em 2 grupos de estudo. Para o grupo com complicação macrovascular estudou-se 404 pacientes DM2. Casos para a complicação macrovascular foram definidos como tendo cardiopatia isquêmica (CI), acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) ou DAP enquanto que controles foram definidos como pacientes com pelo menos 5 anos de DM2 e sem a respectiva complicação. Para o estudo das complicações microvasculares 393 pacientes com DM2 foram estudados. Os casos foram definidos como tendo RD, ND ou neuropatia sensório distal (NSD). Controles para a complicação microvascular foram pacientes com pelo menos 10 anos de DM2 e sem a respectiva complicação. Os polimorfismos estudados foram testados em duplicata utilizando-se a PCR seguida de RFLP quando necessário. Foram investigados nove polimorfismos assim distribuídos: Na fase da coagulação foram estudados cinco polimorfismos (FGB rs1800790, F2 rs1799963, FV rs6025 F7 rs5742910 e F13A rs5985); dois (PLAT rs4646972 e PAI-1 rs1799768) na fase da fibrinólise e um (ITGB3 rs5918) na fase plaquetária. O polimorfismo da MTHFR rs1801133 envolvido com a hiperhomocisteínemia é considerado um fator de risco para DCV e por isso foi incluído. Para a análise estatística foi utilizado o teste do χ2 para a comparação das frequências genotípicas e alélicas. Os polimorfismos com diferença significativa foram testados na regressão de Poisson com variância robusta ajustado pelas variáveis de confusão. Para as complicações microvasculares também foi utilizado o teste do χ2 com análise de resíduo ajustado. Resultados: O polimorfismo do receptor plaquetário ITGB3 rs5918 apresentou associação com os desfechos AVCI e DAP. Para o desfecho AVCI o genótipo 176TC mostrou associação significativa [(PR = 2.04(1.11-3.73); P = 0.021], enquanto que para a DAP a associação foi com o genótipo 176CC [PR = 1.90(1.29-2.81); P = 0.001]. Em relação às complicações microvasculares o único polimorfismo que mostrou associação foi o PAI-1 rs1799768. Neste caso, o polimorfismo demonstrou ter uma associação inesperada para o alelo 4G como um fator de proteção quando comparamos pacientes com e sem ND [PR = 0.71(0.57-0.89); P = 0.003]. Porém, quando foi estratificado o grupo de pacientes com ND de acordo com a severidade, foi possível demonstrar usando a análise de resíduo ajustado do teste do χ2 que havia uma diminuição significativa na frequência do alelo 4G somente no estágio mais avançado da doença renal (P = 0.009; AR = -2.95) o que sugere o seu envolvimento com uma maior taxa de mortalidade na ND. Também foi possível mostrar que o alelo de risco 4G está significativamente associado com a cardiopatia isquêmica nos indivíduos com ND (P = 0.03; AR = 2.5). Conclusões: Os pacientes com DM2 portadores do alelo de risco 176C do polimorfismo ITGB3 rs5918 apresentam um risco significativamente aumentado de desenvolver AVCI e DAP, enquanto que os portadores do alelo de risco 4G do polimorfismo PAI-1 rs1799768 provavelmente apresentem maior risco de desenvolver ND. Além disso, os portadores do alelo 4G e que tem ND apresentaram um risco significativamente aumentado de desenvolverem CI. / Introduction: Type 2 diabetes mellitus (T2DM) represents approximately 90% of the diabetes types, increasingly affecting the adult population and nowadays also occurring in young adults and children. Hypercaloric diets, sedentarism and genetic predisposition are the main triggering factors of chronic complications associated to T2DM. Unfortunately, these are the complications that lead to a considerable increase in morbidity and mortality, which may reach 80%, with the main complications being of micro- and macrovascular nature. The microvascular complications are diabetic retinopathy (DR), diabetic nephropathy (DN) and peripheral neuropathy (PN). The macrovascular complications include cardiovascular disease (CVD), peripheral arterial disease (PAD) and stroke. In the initial T2DM stage, patients may present a prothrombotic state that tends to worsen as the disease evolves. This prothrombotic state results mainly from the inflammatory process and from the endothelial dysfunction. Genetic polymorphisms related to the different stages of hemostasis may play a role in the increase or decrease of the risk of arterial and venous thrombus, which may affect the micro- and the macrovasculature of these individuals. Objectives: To investigate the influence of the polymorphisms related to hemostasis as risk factors for the development of micro- and macrovascular complications in T2DM patients. Methods: A nested case-control study was conducted with a cohort of unrelated T2DM patients from a multicenter study made in southern Brazil. T2DM patients were divided in two groups. The macrovascular complication group included 404 T2DM patients. Macrovascular complications were defined according to the presence of the following criteria: ischemic heart disease (IHD), ischemic stroke (IS) or PAD. The control group was formed by patients who had had T2DM for at least five years but without the respective complications. The microvascular complication group included 393 T2DM patients. Microvascular complications were defined based on the presence of the following criteria: DR, DN, or distal sensory neuropathy (DSN). The controls used in the investigation of the microvascular complications were patients who had T2DM for at least 10 years, without the respective complications. The polymorphisms investigated were analyzed by PCR with RFLP, when necessary. In total, nine polymorphisms were studied. Five polymorphisms (FGB rs1800790, F2 rs1799963, FV rs6025, F7 rs5742910 and F13A1 rs5985) were investigated for the coagulation stage, two (PLAT rs4646972 and PAI-1 rs1799768) for the fibrinolysis stage, and one (ITGB3 rs5918) for the platelet stage. The polymorphism MTHFR rs1801133, associated to hyperhomocysteinemia, which is considered a risk factor for IHD, was also investigated. The statistical analysis used the χ² test to compare genotypic and allelic frequencies. The polymorphisms presenting significant differences were tested using the Poisson regression with robust variance adjusted for the confounding variables. The χ² test with the analysis of adjusted residues was also used for microvascular complications. Results: The polymorphism of the platelet receptor ITGB3 rs5918 was associated with the outcomes IS and PAD. Considering IS, the genotype 176TC exhibited significant association [(PR = 2.04(1.11-3.73); P = 0.021], while considering PAD the association was with genotype 176CC [PR = 1.90(1.29-2.81); P = 0.001]. Regarding the microvascular complications, the only polymorphism that presented association was PAI-1 rs1799768. In this case, the polymorphism demonstrated an unexpected association with allele 4G as a protection factor when patients with and without DN [PR = 0.71(0.57-0.89); P = 0.003]. However, when the group of patients with DN was stratified in terms of severity, it was possible to demonstrate a significant decrease in 4G allele frequency only n the more advanced stage of the renal disease, using the adjusted residue of the χ2 test (P = 0.009; AR = -2.95), which suggests its involvement with a higher mortality rate in DN. It was also possible to show that the risk allele 4G is significantly associated with ischemic cardiopathy in individuals with DN (P = 0.03; AR = 2.5). Conclusions: The T2DM patients carriers of the risk allele 176C of the polymorphism ITGB3 rs5918 present a significantly increased risk of developing IS and PAD, while carriers of the risk allele 4G of the polymorphism PAI-1 rs1799768 probably present higher risk of developing DN. Apart from this, this group of subjects also presented a significant risk of developing IHD.
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Variabilidade genética da hemostasia como fator de risco para as complicações micro e macrovasculares do diabetes mellitus tipo 2

Rieger, Alexandre January 2009 (has links)
Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) representa cerca de 90% dos tipos de diabetes e vem atingindo de forma cada vez mais intensa a população adulta e atualmente também jovens e até crianças. Uma dieta hipercalórica, aliada ao sedentarismo tem sido junto com a predisposição genética os principais desencadeantes das complicações crônicas associadas com o DM2. Infelizmente, são essas complicações que levam ao grande aumento da morbidade e mortalidade que pode chegar até 80% nesta doença, sendo que as principais são as de natureza micro e macrovascular. Complicações microvasculares compreendem a retinopatia diabética (RD), a nefropatia diabética (ND) e a neuropatia periférica (NP), enquanto que as complicações macrovasculares compreendem a doença cardiovascular (DCV), a doença arterial periférica (DAP) e o acidente vascular cerebral (AVC). Pacientes com DM2 em sua fase inicial já podem apresentar um quadro protrombótico que só tende a piorar com a progressão da doença. Esse quadro protrombótico é resultante principalmente do processo inflamatório e da disfunção endotelial. Polimorfismos genéticos relacionados com as diferentes fases da hemostasia podem contribuir para o aumento ou diminuição no risco de formação de trombos arteriais e venosos que podem afetar a micro e macrovasculatura destes indivíduos. Objetivos: Investigar a influência de polimorfismos envolvidos com a hemostasia como fatores de risco para o desenvolvimento de complicações crônicas micro e macrovasculares em pacientes com DM2. Metodologia: Foi realizado um estudo de caso controle aninhado em uma coorte de pacientes DM2 não relacionados provenientes de um estudo multicêntrico no sul do Brasil. Os pacientes DM2 foram divididos em 2 grupos de estudo. Para o grupo com complicação macrovascular estudou-se 404 pacientes DM2. Casos para a complicação macrovascular foram definidos como tendo cardiopatia isquêmica (CI), acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) ou DAP enquanto que controles foram definidos como pacientes com pelo menos 5 anos de DM2 e sem a respectiva complicação. Para o estudo das complicações microvasculares 393 pacientes com DM2 foram estudados. Os casos foram definidos como tendo RD, ND ou neuropatia sensório distal (NSD). Controles para a complicação microvascular foram pacientes com pelo menos 10 anos de DM2 e sem a respectiva complicação. Os polimorfismos estudados foram testados em duplicata utilizando-se a PCR seguida de RFLP quando necessário. Foram investigados nove polimorfismos assim distribuídos: Na fase da coagulação foram estudados cinco polimorfismos (FGB rs1800790, F2 rs1799963, FV rs6025 F7 rs5742910 e F13A rs5985); dois (PLAT rs4646972 e PAI-1 rs1799768) na fase da fibrinólise e um (ITGB3 rs5918) na fase plaquetária. O polimorfismo da MTHFR rs1801133 envolvido com a hiperhomocisteínemia é considerado um fator de risco para DCV e por isso foi incluído. Para a análise estatística foi utilizado o teste do χ2 para a comparação das frequências genotípicas e alélicas. Os polimorfismos com diferença significativa foram testados na regressão de Poisson com variância robusta ajustado pelas variáveis de confusão. Para as complicações microvasculares também foi utilizado o teste do χ2 com análise de resíduo ajustado. Resultados: O polimorfismo do receptor plaquetário ITGB3 rs5918 apresentou associação com os desfechos AVCI e DAP. Para o desfecho AVCI o genótipo 176TC mostrou associação significativa [(PR = 2.04(1.11-3.73); P = 0.021], enquanto que para a DAP a associação foi com o genótipo 176CC [PR = 1.90(1.29-2.81); P = 0.001]. Em relação às complicações microvasculares o único polimorfismo que mostrou associação foi o PAI-1 rs1799768. Neste caso, o polimorfismo demonstrou ter uma associação inesperada para o alelo 4G como um fator de proteção quando comparamos pacientes com e sem ND [PR = 0.71(0.57-0.89); P = 0.003]. Porém, quando foi estratificado o grupo de pacientes com ND de acordo com a severidade, foi possível demonstrar usando a análise de resíduo ajustado do teste do χ2 que havia uma diminuição significativa na frequência do alelo 4G somente no estágio mais avançado da doença renal (P = 0.009; AR = -2.95) o que sugere o seu envolvimento com uma maior taxa de mortalidade na ND. Também foi possível mostrar que o alelo de risco 4G está significativamente associado com a cardiopatia isquêmica nos indivíduos com ND (P = 0.03; AR = 2.5). Conclusões: Os pacientes com DM2 portadores do alelo de risco 176C do polimorfismo ITGB3 rs5918 apresentam um risco significativamente aumentado de desenvolver AVCI e DAP, enquanto que os portadores do alelo de risco 4G do polimorfismo PAI-1 rs1799768 provavelmente apresentem maior risco de desenvolver ND. Além disso, os portadores do alelo 4G e que tem ND apresentaram um risco significativamente aumentado de desenvolverem CI. / Introduction: Type 2 diabetes mellitus (T2DM) represents approximately 90% of the diabetes types, increasingly affecting the adult population and nowadays also occurring in young adults and children. Hypercaloric diets, sedentarism and genetic predisposition are the main triggering factors of chronic complications associated to T2DM. Unfortunately, these are the complications that lead to a considerable increase in morbidity and mortality, which may reach 80%, with the main complications being of micro- and macrovascular nature. The microvascular complications are diabetic retinopathy (DR), diabetic nephropathy (DN) and peripheral neuropathy (PN). The macrovascular complications include cardiovascular disease (CVD), peripheral arterial disease (PAD) and stroke. In the initial T2DM stage, patients may present a prothrombotic state that tends to worsen as the disease evolves. This prothrombotic state results mainly from the inflammatory process and from the endothelial dysfunction. Genetic polymorphisms related to the different stages of hemostasis may play a role in the increase or decrease of the risk of arterial and venous thrombus, which may affect the micro- and the macrovasculature of these individuals. Objectives: To investigate the influence of the polymorphisms related to hemostasis as risk factors for the development of micro- and macrovascular complications in T2DM patients. Methods: A nested case-control study was conducted with a cohort of unrelated T2DM patients from a multicenter study made in southern Brazil. T2DM patients were divided in two groups. The macrovascular complication group included 404 T2DM patients. Macrovascular complications were defined according to the presence of the following criteria: ischemic heart disease (IHD), ischemic stroke (IS) or PAD. The control group was formed by patients who had had T2DM for at least five years but without the respective complications. The microvascular complication group included 393 T2DM patients. Microvascular complications were defined based on the presence of the following criteria: DR, DN, or distal sensory neuropathy (DSN). The controls used in the investigation of the microvascular complications were patients who had T2DM for at least 10 years, without the respective complications. The polymorphisms investigated were analyzed by PCR with RFLP, when necessary. In total, nine polymorphisms were studied. Five polymorphisms (FGB rs1800790, F2 rs1799963, FV rs6025, F7 rs5742910 and F13A1 rs5985) were investigated for the coagulation stage, two (PLAT rs4646972 and PAI-1 rs1799768) for the fibrinolysis stage, and one (ITGB3 rs5918) for the platelet stage. The polymorphism MTHFR rs1801133, associated to hyperhomocysteinemia, which is considered a risk factor for IHD, was also investigated. The statistical analysis used the χ² test to compare genotypic and allelic frequencies. The polymorphisms presenting significant differences were tested using the Poisson regression with robust variance adjusted for the confounding variables. The χ² test with the analysis of adjusted residues was also used for microvascular complications. Results: The polymorphism of the platelet receptor ITGB3 rs5918 was associated with the outcomes IS and PAD. Considering IS, the genotype 176TC exhibited significant association [(PR = 2.04(1.11-3.73); P = 0.021], while considering PAD the association was with genotype 176CC [PR = 1.90(1.29-2.81); P = 0.001]. Regarding the microvascular complications, the only polymorphism that presented association was PAI-1 rs1799768. In this case, the polymorphism demonstrated an unexpected association with allele 4G as a protection factor when patients with and without DN [PR = 0.71(0.57-0.89); P = 0.003]. However, when the group of patients with DN was stratified in terms of severity, it was possible to demonstrate a significant decrease in 4G allele frequency only n the more advanced stage of the renal disease, using the adjusted residue of the χ2 test (P = 0.009; AR = -2.95), which suggests its involvement with a higher mortality rate in DN. It was also possible to show that the risk allele 4G is significantly associated with ischemic cardiopathy in individuals with DN (P = 0.03; AR = 2.5). Conclusions: The T2DM patients carriers of the risk allele 176C of the polymorphism ITGB3 rs5918 present a significantly increased risk of developing IS and PAD, while carriers of the risk allele 4G of the polymorphism PAI-1 rs1799768 probably present higher risk of developing DN. Apart from this, this group of subjects also presented a significant risk of developing IHD.
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Avaliação de alguns parametros da fibrinolise e do fator XIII em pacientes com trombose venosa profunda espontanea e doença hemorragica / Evaluation of fibrinolysis and factor XIII some parameters in patients with spontaneous deep venous trombosis and hemorrhagic disease

Araujo, Graziela Silveira 13 March 2008 (has links)
Orientador: Joyce Maria Annichino-Bizzacchi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-11T06:35:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Araujo_GrazielaSilveira_M.pdf: 2289744 bytes, checksum: 6cde67a2a95fde59c04e1240833b9c41 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: Em uma parcela de pacientes com quadro clínico hemorrágico ou trombótico, nenhum diagnóstico etiológico é estabelecido. Os pacientes com doença hemorrágica, muitas vezes importante, podem apresentar todos os exames de triagem e dosagem específica de fatores da coagulação dentro dos valores da normalidade. OBS.: O resumo na integra poderá ser visualizado no link ou texto completo da tese digital / Abstract: In a parcel of patients with hemorrhagic or thrombotic clinical picture, none etiologic diagnosis is established. The patients with hemorrhagic desorder, many times important, can present all inside the screening tests and specific dosage of factors of the coagulation of the values of normality. Note: the complete abstract is avaiable with the link or full eletronic digital theses or dissertations / Mestrado / Biologia Estrutural, Celular, Molecular e do Desenvolvimento / Mestre em Fisiopatologia Médica
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Trombólise intravenosa para o acidente vascular cerebral isquêmico agudo em um hospital brasileiro, público e acadêmico: caracterização de casuística / Intravenous thrombolysis for acute ischemic stroke at a brazilian, public and academic hospital

Pedro Telles Cougo Pinto 19 April 2013 (has links)
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS. O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade no mundo, e é a principal causa de morte no Brasil. Atualmente, o único tratamento clínico para o AVC é a trombólise intravenosa com o ativador de plasminogênio tecidual recombinante. Este tratamento não é isento de complicações, e é necessária a adesão rigorosa a protocolos de tratamento. Por isso, sua disseminação no mundo foi condicionada à realização de estudos de fase 4 em diversos países, especialmente voltados para averiguar desfechos eficácia e segurança. Recentemente, tem havido esforços para disseminar o uso de terapia trombolítica para o AVC no Brasil. Entretanto, são escassos os dados sobre a aplicação deste tratamento no nosso país. Este estudo pretendeu relatar a experiência com este tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto um hospital terciário, público, universitário, que recebe pacientes encaminhados por um sistema de regulação médica do Sistema Único de Saúde , e comparar nossa casuística com aquela do um dos maiores estudos de fase 4 sobre este tema (Safe Implementation of Thrombolysis for Stroke, SITS). MÉTODOS. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, baseado em revisão de registros hospitalares, da casuística de pacientes com AVC tratados com trombólise intravenosa no nosso hospital. O desfecho primário de interesse foi a ocorrência de transformação hemorrágica sintomática (THS). Foram descritas características demográficas, comorbidades, uso prévio de medicações, gravidade clínica do AVC e períodos entre início dos sintomas, admissão e tratamento. RESULTADOS. Estudamos 209 pacientes com AVC tratados em nosso centro. Verificamos que estes pacientes apresentaram elevada frequência de comorbidades e défices neurológicos mais graves, e receberam tratamento mais tardiamente quando comparados à população do estudo SITS. A pontuação mediana na escala National Institutes of Health Stroke Scale foi de 14 (intervalo interquartil: 9 a 19), e a mediana do período entre o início dos sintomas e o tratamento foi de 200 minutos (intervalo interquartil: 165 a 247). Ao longo dos anos observamos um aumento do número de pacientes tratados em janelas tardias e da proporção de pacientes tratados em até 60 minutos da admissão. Observamos 16 THS (7,7%), frequência similar àquela descrita no ensaio SITS (4,7%; P=0,09). Na análise univariada, a ocorrência de THS esteve associada à gravidade clínica do AVC, ao período sintoma-agulha e ao uso prévio de estatinas. Em análise multivariada, a gravidade clínica do AVC e o uso prévio de estatinas foram preditores independentes de THS. CONCLUSÕES. A trombólise intravenosa para o AVC foi aplicada de forma segura em um hospital brasileiro, público e acadêmico, embora em uma casuística de pacientes com elevada frequência de comorbidades, quadros clínicos mais graves e janelas terapêuticas mais tardias em comparação com aquelas descritas em casuísticas de países desenvolvidos. São necessários aprimoramentos do fluxo de encaminhamento de pacientes com AVC agudo, com qualificação do atendimento pré-hospitalar e do sistema e regulação médica, com o objetivo de reduzir o tempo para chegada ao hospital e de ampliar o acesso à terapia trombolítica para todo o espectro de pacientes com AVC. A gravidade clínica do AVC e o uso prévio de estatinas parecem estar associados a maior chance de transformação hemorrágica sintomática relacionada à trombólise intravenosa. / BACKGROUND AND AIMS. Stroke is one of the leading causes of disability in the world, and is the leading cause of death in Brazil. Intravenous thrombolysis with tissue plasminogen activator is the only treatment for stroke with proved benefit. Intravenous thrombolysis is associated with significant risks, and strict adherence to treatment protocols is necessary. The dissemination of this treatment has been conditioned in many countries to the conduction of phase 4 studies, specifically designed to verify safety outcome measures. Recently, there has been important initiatives for the national dissemination of intravenous thrombolysis in Brazil. Nevertheless, there is scarce data about the use of this treatment in our country. This study aimed to describe one decade of experience with intravenous thrombolysis for stroke in our institution, and to compare our sample with one of the largest international phase 4 stroke registry on stroke thrombolysis (Safe Implementation of Thrombolysis for Stroke, SITS). METHODS. This is an observational, retrospective study, involving all patients treated with intravenous thrombolysis for acute stroke at our hospital. The primary endpoints were symptomatic intracranial hemorrhage and in-hospital death. We also describe the demographics, medical history, clinical severeness and the timeline from symptom onset to treatment. RESULTS. We studied 209 patients with acute stroke treated with intravenous thrombolysis at our institution. We found a severe clinical profile, with more frequent comorbidities, more severe neurological deficits and a rather late treatment window, when compared with the SITS registry. Median NIHSS score was 14 (interquartile range: 9 a 19). Median onset-to-treatment time was 200 minutes (interquartile range: 165 a 247). Through the study period, the number of patients receiving thrombolysis in later treatment windows increased, and the there was an increase of the proportion of patients treated within 60 minutes of hospital admission. There were 16 symptomatic intracranial hemorrhage (7.7%), which was similar to the global cohort of the SITS registry (4.8%; P=0.09). In univariate analysis, symptomatic intracranial hemorrhage was associated with admission clinical severeness, prior use of statins, and onset-to-treatment. In multivariate analysis, clinical severeness and statin use were independently associated with symptomatic hemorrhage. CONCLUSIONS. Intravenous thrombolysis was safely performed in a brazilian, public, academic hospital, in spite of a severe clinical profile and a rather late treatment window. More efforts are necessary to improve stroke recognition, dispatch and delivery of acute stroke patients in Brazil, in order to decrease time to hospital arrival and to improve access to intravenous thrombolysis. Patients with more severe strokes and with prior use of statin therapy may have increased risk of symptomatic intracranial hemorrhage after thrombolysis for acute stroke.
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Avaliação da hemostasia primária, coagulação e fibrinólise em pacientes com complicações hemorrágicas da dengue / Evalution of primary hemostasis, coagulation and fibrinolysis in patients with dengue and bleeding complications

Orsi, Fernanda Loureiro de Andrade, 1975- 23 August 2018 (has links)
Orientadores: Joyce Maria Annichino-Bizzacchi, Rodrigo Nogueira Angerami / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T02:16:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Orsi_FernandaLoureirodeAndrade_D.pdf: 6021232 bytes, checksum: e409b42632a9af01efbd442e6f2db91f (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Os casos de dengue são classificados em dengue clássica (DC) e febre hemorrágica da dengue (FHD). Embora a DC seja considerada uma manifestação não grave da dengue, algumas complicações clínicas podem ser encontradas neste grupo, em particular as complicações hemorrágicas. Entretanto, as causas de sangramentos na DC não estão esclarecidas. Desta forma, o objetivo deste estudo foi realizar uma avaliação abrangente dos possíveis mecanismos fisiopatológicos que podem contribuir para a tendência hemorrágica da dengue. Este é um estudo de caso-controle que incluiu adultos com dengue durante o período de defervescência da doença e controles saudáveis. Foram avaliadas as células do sangue periférico, os marcadores da resposta inflamatória, da permeabilidade microvascular, da ativação de células endoteliais e da fibrinólise e a geração de trombina nos pacientes e controles. Foram incluídos 26 adultos com DC e sangramento, 33 adultos com DC sem complicações, 8 adultos com FHD e 67 controles saudáveis. A gravidade e extensão dos sangramentos foram semelhantes entre os pacientes classificados como DC e os classificados como FHD. Pacientes com DC com sangramento e FHD tinham menor contagem de plaquetas em comparação aos com DC sem sangramento. Fator de necrose tumoral (TNF-?), trombomodulina (TM) e fator de von Willebrand (FVW) estavam aumentados nos grupos de dengue em relação aos controles. A atividade e antígeno da ADAMTS 13 estavam diminuídos, em particular nos pacientes com DC não complicada. Houve tendência ao aumento do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF-A) apenas nos pacientes com FHD, mas a diferença não foi estatisticamente significativa. Houve, porém, alterações significativas dos receptores solúveis do VEGF-A (sVEGF-R1 e sVEG-R2). Os níveis plasmáticos do sVEGF-R1 estavam aumentados e de sVEGF-R2 estavam diminuídos nos pacientes, principalmente nos com FHD. A relação VEGF-A/VEGF-R2 estava significativamente elevada nos casos de FHD em relação aos controles e aos outros grupos de dengue. Os níveis plasmáticos do ativador tecidual do plasminogênio (tPA) e dímero-D (DD) estavam significativamente elevados em pacientes com DC e sangramento e nos com FHD; sendo que os níveis séricos de PAI-1 não diferiram entre os grupos. Os pacientes com DC com sangramento e FHD apresentaram também menor geração de trombina. Estes resultados permitem concluir que a DC pode manifestar-se com hemorragias espontâneas associadas a diversos distúrbios da hemostasia, na ausência de sinais clínicos ou laboratoriais de aumento da permeabilidade vascular. Os principais distúrbios da hemostasia encontrados foram trombocitopenia, hiperfibrinólise e hipocoagulabilidade. Desta forma, a DC compreende um grupo heterogêneo de doentes que podem apresentar uma coagulopatia complexa e potencialmente grave / Abstract: Dengue has been classified according to disease severity into dengue fever (DF) and dengue hemorrhagic fever (DHF). Although DF is considered a non-severe manifestation of dengue, it represents a heterogeneous group of patients with varied clinical complications, particularly, bleeding complications. However, the causes of bleedings in DF have not been fully addressed. Thus, the aim of this study was to perform a comprehensive evaluation of possible pathophysiological mechanisms that could contribute to the bleeding tendency in DF and DHF. This is a case-control study that enrolled adults with DF without bleeding, DF and bleeding complications and DHF during the defervescence period. Healthy controls were also included. Peripheral blood counts, inflammatory, microvascular permeability, fibrinolysis, endothelial cell activation markers, and thrombin generation were evaluated in patients and controls. We included 26 adults with DF and bleeding, 33 adults with DF without complications, 8 adults with DHF and 67 healthy controls. The severities of the bleeding episodes were similar between patients with DC and DHF. Patients with DF with bleedings and DHF had lower platelet counts than DF without bleeding. Levels of the tumoral necrosis factor (TNF)-?, thrombomodulin (TM) and von Willebrand factor (VWF) were significantly increased in dengue groups than in healthy controls, but similar among patients. Plasma levels of the soluble receptor 1 of the vascular endothelial growth factor (sVEGR-R1) were increased and plasma levels of sVEGF-R2 were decreased in patients with DF and bleedings and in patients with DHF. In DHF patients presented a non-significant increased in vascular endothelial growth factor (VEGF-A) serum levels and a significantly higher VEGF/sVEGF-R2 ratio. Plasma levels of tissue plasminogen activator (tPA) and D-dimer (DD) were significantly increased in patients with bleedings, regardless of the dengue classification, while PAI-1 was similar between groups. Patients with DHF and DF with bleeding complications had reduced thrombin formation. In conclusion, DF can manifest with spontaneous bleedings without clinical and laboratory signs of increased vascular permeability. Spontaneous bleeding was associated with thrombocytopenia, excessive fibrinolysis and reduced thrombin in both DF with bleeding and DHF groups. These coagulopaties were not significantly present in DF without bleeding. DF is a heterogeneous group of patients that may present with a complex and potentially severe coagulation disorders / Doutorado / Clinica Medica / Doutora em Clínica Médica
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Marcadores do sistema hemostático e sua associação com parâmetros clínicos e laboratoriais em mulheres com síndrome dos ovários policísticos = Markers of the hemostatic system and their association with clinical and laboratory parameters in women with polycystic ovary syndrome / Markers of the hemostatic system and their association with clinical and laboratory parameters in women with polycystic ovary syndrome

Mendonça-Louzeiro, Maria Raquel Marques Furtado de, 1976- 10 March 2012 (has links)
Orientadores: Cristina Laguna Benetti Pinto, Joyce Maria Annichino-Bizzacchi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-21T06:46:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mendonca-Louzeiro_MariaRaquelMarquesFurtadode_M.pdf: 1924432 bytes, checksum: 662032611d6d778ba5a4f7f7764ce617 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Introdução: Os distúrbios hemostáticos são pouco estudados na Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Mulheres com SOP manifestam frequentemente fatores de risco tromboembólico como obesidade, hiperandrogenismo e resistência insulínica, representando evidências indiretas que sugerem maior probabilidade de alterações na coagulação. Objetivo: Avaliar alguns marcadores do sistema hemostático e sua associação com parâmetros clínicos e laboratoriais em mulheres com SOP. Sujeitos e Método: Estudo transversal para avaliação de 45 mulheres com SOP atendidas no Ambulatório de Ginecologia Endócrina do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP, e de 45 mulheres com função gonadal normal, pareadas por idade em anos completos (± 2 anos) e IMC (± 2kg/m2). Foram avaliados parâmetros clínicos [circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ), relação cintura-quadril (C/Q), índice Ferriman-Gallwey (IFG)] e laboratoriais [glicemia de jejum, insulina de jejum, testosterona total (TT) e livre (TL)], e dosados os marcadores de hemostasia: inibidor do ativador do plasminogênio do tipo 1 (PAI-1), inibidor da fibrinólise ativado pela trombina (TAFI), D-dímero e teste de geração de trombina (TGT). Os dados foram comparados entre os grupos através dos testes t Student pareado ou Mann-Whitney. A correlação entre os marcadores de hemostasia e alguns parâmetros clínicos e laboratoriais de mulheres com SOP foi avaliada pelo índice de Pearson. O nível de significância foi de 5%. Resultados: As mulheres do grupo SOP e controles eram jovens (26,13 ± 4,31 e 26,22 ± 4,28 anos, respectivamente) e com sobrepeso (29,32 ± 6,37 e 29,25 ± 6,32kg/m2), tendo sido pareadas para estas variáveis (idade e IMC). Mulheres com SOP apresentaram maior relação C/Q (0,79 ± 0,08 e 0,76 ± 0,05, p=0,03), IFG (9,42 ± 5,32 e 0,62 ± 0,83, p<0,01), TT (0,53 ± 0,30 e 0,30 ± 0,29ng/ml, p<0,01) e TL (1,42 ± 1,00; 0,88 ± 0,32pg/ml, p=0,02) quando comparadas ao grupo-controle. Os grupos não diferiram quanto às dosagens de glicemia, insulina e HOMA-IR. Dentre os marcadores hemostáticos, observou-se que o tempo para o início da geração de trombina (T lag) do TGT apresentou diferença significativa entre os grupos SOP e controle (25,65 ± 2,61 e 26,76 ± 2,11 s, p=0,03, respectivamente) significando que, nas mulheres com SOP, a geração de trombina ocorre mais rapidamente, sugerindo maior risco de hipercoagulabilidade. Nas mulheres com SOP, os níveis séricos dos marcadores fibrinolíticos PAI-1 e D-dímero correlacionaram-se positivamente com os parâmetros clínicos idade, IMC, CC, CQ e relação C/Q, enquanto que o TAFI correlacionou-se positivamente com IMC, CC e relação C/Q, ressaltando o papel da obesidade como fator de risco tromboembólico. Dentre os parâmetros laboratoriais, observou-se correlação direta do PAI-1 com insulina e HOMA-IR, e do TAFI, com glicemia. Nas mulheres com SOP, a idade correlacionou-se diretamente com PAI-1 e D-dímero e inversamente ao T lag e ao tempo para o pico de geração de trombina (Tmáx) do TGT, sugerindo que, com o avançar da idade, ocorra elevação dos níveis de PAI-1 e D-dímero (aumentando o risco de hipofibrinólise), e redução tanto do tempo até a primeira explosão de trombina ocorrer, quanto do tempo para o pico de geração de trombina, levando a um estado de hipercoagulabilidade. Os parâmetros IMC, CC e TL apresentaram correlação positiva direta com a concentração máxima de trombina (Cmáx) e com a área sob a curva (AUC) ou potencial de trombina endógena (ETP) do mesmo teste. Conclusão: Mulheres jovens com SOP geram trombina mais rapidamente que mulheres jovens de mesmo IMC sem a presença de SOP. A distribuição de gordura androide, o avanço da idade, a resistência insulínica e a testosterona livre podem influenciar diretamente alguns marcadores de hemostasia, elevando o risco tromboembólico / Abstract: Introduction: Few studies have been conducted on hemostatic disorders in polycystic ovary syndrome (PCOS). In women with PCOS, thromboembolic risk factors such as obesity, hyperandrogenism and insulin resistance are often present, indirectly suggesting a greater probability of coagulation disorders. Objective: To evaluate some markers of the hemostatic system and their association with the clinical and laboratory parameters of women with PCOS. Subjects and Methods: A cross-sectional study was conducted to evaluate 45 women with PCOS receiving care at the Gynecological Endocrinology Outpatient Clinic of the Department of Obstetrics and Gynecology, School of Medical Sciences, University of Campinas (UNICAMP) and 45 women with normal ovarian function, paired for age (± 2 years) and body mass index (BMI) (± 2kg/m2). The following clinical parameters were evaluated: waist circumference (WC), hip circumference (HC), waist/hip ratio (W/H ratio) and the Ferriman-Gallwey index (FGI), as well as the following laboratory parameters: fasting glucose, fasting insulin, total testosterone (TT) and free testosterone (FT). In addition, the hemostatic markers plasminogen activator inhibitor-1 (PAI-1), thrombin-activatable fibrinolysis inhibitor (TAFI) and D-dimer were measured and the thrombin generation test (TGT) was performed. The groups were compared using Student's paired t-test or the Mann-Whitney test. The correlation between the hemostatic markers and some clinical and laboratory parameters of women with PCOS was evaluated using Pearson's correlation coefficient. Significance level was defined at 5%. Results: Since the women in the PCOS group were paired with those in the control group according to age and BMI, the women in both groups were young (26.13 ± 4.31 and 26.22 ± 4.28 years, respectively) and overweight (29.32 ± 6.37 and 29.25 ± 6.32kg/m2, respectively). However, the women with PCOS had a higher W/H ratio (0.79 ± 0.08 and 0.76 ± 0.05; p = 0.03), FGI (9.42 ± 5.32 and 0.62 ± 0.83; p<0.01), TT (0.53 ± 0.30 and 0.30 ± 0.29ng/ml; p<0.01) and FT levels (1.42 ± 1.00 and 0.88 ± 0.32pg/ml; p = 0.02) compared to those in the control group. There were no statistically significant differences between the two groups with respect to glucose or insulin levels or the homeostasis model of assessment - insulin resistance (HOMA-IR). With respect to the hemostatic markers, the only statistically significant difference between the PCOS and the control group was in the thrombin generation lag-time (25.65 ± 2.61 and 26.76 ± 2.11 s, respectively, p = 0.03), meaning that thrombin generation was faster in the women with PCOS, suggesting a higher risk of hypercoagulability. In the women with PCOS, serum levels of the fibrinolytic markers PAI-1 and D-dimer correlated positively with the following clinical parameters: age, BMI, WC, HC and W/H ratio, whereas TAFI correlated positively with BMI, WC and with the W/H ratio, emphasizing the role of obesity as a risk factor for thromboembolism. Of the laboratory parameters, a direct correlation was found between PAI-1 and insulin and HOMA-IR and between TAFI and glucose. In the women with PCOS, age correlated positively with PAI- 1 and D-dimer and inversely with the lag time and the time to peak thrombin generation (Tmax) of the TGT, suggesting an increase in PAI-1 and D-dimer levels with increasing age (elevating the risk of hypofibrinolysis), as well as a reduction both in the time until the initial thrombin burst and in the time to peak thrombin generation, leading to a state of hypercoagulability. In addition, BMI, WC and FT correlated positively with the maximum concentration of thrombin (Cmax) and with the area under the thrombin generation curve (AUC) or the endogenous thrombin potential (ETP) in the same test. Conclusion: Thrombin generation is faster in young women with PCOS compared to young women with the same BMI but without PCOS. Android fat distribution, increasing age, insulin resistance and free testosterone may directly affect some hemostatic markers, increasing the risk of thromboembolism / Mestrado / Fisiopatologia Ginecológica / Mestra em Ciências da Saúde
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AVALIAÇÃO DE BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS, OXIDATIVOS E VASCULARES EM PACIENTES COM HIPERCOLESTEROLEMIA / EVALUATION OF INFLAMMATORY, OXIDATIVE, AND VASCULAR BIOMARKERS IN PATIENTS WITH HIPERCHOLESTEROLEMIA

Pereira, Renata da Silva 21 March 2011 (has links)
Hypercholesterolemia is a determining factor for the development of atherosclerosis, which is considered the main cause of cardiovascular diseases. In Brazil, as in most developed countries, cardiovascular diseases are the leading cause of death. Several mechanisms are involved in the development of atheromatous plaque thus the purpose of this study was to evaluate the association between hypercholesterolemia and inflammatory, vascular, and oxidative biomarkers as well as to develop and validate an analytical method for the automated measurement of nitrite, a metabolite of the oxide oxide (NO) in plasma samples. In the first phase of this study an analytical method for automated measurement of plasma nitrite was developed and validated. This method was precise (r2=0,9998, P<0,001), linear, simple, inexpensive, and applicable to routine monitoring. In phase 2, inflammatory, vascular and oxidative markers were assessed. The groups were: group with hypercholesterolemia (LDL-C ≥ 160 mg / dl) and normocholesterolemic group (LDL-C ≤ 130 mg / dL). Results showed that levels of total cholesterol, LDL-C, HDL-C, triglycerides, apolipoprotein A, apolipoprotein B, advanced oxidation protein products (AOPP), interleukin-6 (IL-6) and D-dimer were significantly higher in hypercholesterolemic patients, while levels of thiol grouping (-SH) and nitrate / nitrite (NOx) were lower in this group. There were also significant correlations for LDL-C and IL-6 (r = 0.693, P <0.0001), LDL-C and NOx (r = -0.314, P <0.05) and LDL-C and - SH (r = -0.327, P <0.05). Thus, hypercholesterolemia promotes increased oxidative stress, inflammation, and fibrinolysis in atherosclerosis. / A hipercolesterolemia é um fator determinante para o desenvolvimento da aterosclerose, que é considerada a principal causa de doenças cardiovasculares. No Brasil, assim como na maior parte dos países desenvolvidos, as doenças cardiovasculares representam a principal causa de morbimortalidade. Vários mecanismos estão envolvidos no desenvolvimento da placa de ateroma, assim o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre a hipercolesterolemia e biomarcadores inflamatórios, oxidativos e vasculares, bem como desenvolver e validar um método analítico automatizado para a mensuração de nitrito, um metabólito do óxido nítrico (NO), em amostras de plasma. Na fase 1 deste estudo, foi desenvolvido e validado um método analítico automatizado para dosagem de nitrito plasmático. Este método foi preciso, linear (r2=0,9998, P<0,001), simples, de baixo custo e aplicável a rotina laboratorial. Na fase 2, foram avaliados marcadores inflamatórios, oxidativos e vasculares. Os grupos estudados foram: grupo hipercolesterolêmicos (LDL-C ≥ 160 mg/dL) e normocolesterolêmicos (LDL-C ≤ 130 mg/dL). Os resultados demonstraram que níveis de colesterol total, LDL-C, HDL-C, triglicérides, apoliproteína A, apoliproteína B, produtos protéicos da oxidação avançada (AOPP), interleucina-6 (IL-6) e D-dímero foram significativamente maiores nos pacientes hipercolesterolêmicos, enquanto os níveis de grupamento tiol (-SH) e nitrato/nitrito (NOx) foram inferiores neste grupo. Foram ainda observadas correlações significativas para o LDLC e IL-6 (r = 0,693, P <0,001), LDL-C e de NOx (r = -0,314, P <0,05) e LDL-C e SH (r = - 0,327, P <0,05). Dessa forma, a hipercolesterolemia promove o aumento do estresse oxidativo, inflamação e fibrinólise durante a aterosclerose.

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