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Para além da essência: racionalidade ética e subjetividade no pensamento de Emmanuel LevinasFarias, André Brayner de January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Le travail recherche la possibilité de rencontrer dans le thème de la subjectivité une nouvelle façon de concevoir la racionalité, l’éthique. Totalité et infini (1961) et Autrement qu’être (1974), les deux chefs-d’oeuvre de la pensée levinasienne, sont les bases de développement du travail – deuxième et troisième parties. Dans la deuxième partie, dédié à l’oeuvre de 1961, on essaye d’entendre le problème du langage que le projet de l’éthique comme philosophie prémière apporte comme conséquénce, quand soutient le privilège de l’éthique sans l’approfondissement critique nécessaire du langage ontologique, que la thèse exige, au même temps qu’elle n’arrive pas à se libérer d’un logos référé à l’être. On a parcouru les grandes thèmes de cet oeuvre: l’idée de l’infini, la transcendance, le visage, le désir métaphysique, le langage comme discours, le temps comme altérité. La troisième partie, où on arrive au noyau du travail, on l’a dédié à l’étude d’Autrement qu’être ou au-delà de l’essence à partir des ses deux plus importantes thèmes: le langage comme dire et la subjectivité comme substituition. Autrement qu’être représente la grande maturité de la pensée de Levinas en ce qui concerne la critique du langage ontologique qui, dans l’histoire de la pensée occidendale, devient le langage philosophique proprement dit et, par conséquénce, on s’est habitué à penser au problème de l’être comme le problème philosophique proprement dit. On arrive, donc, à la thèse: la conception de subjectivité, la substituition, qui constitue le coeur de la philosophie levinasienne, à cause d’un langage qui suspend l’essence du dit au révéler la responsabilité éthique comme la verbalité pure du dire dans l’accentuation de l’adverbe – autrement qu’être – décrit une nouvelle conception de racionalité qu’on appele éthique. La racionalité éthique signifie une nouvelle possibilité de lire la philosophie en essayant d’écuter l’ordre pré-originaire de la responsabilité humaine que l’interrogation par l’être présuppose mais n’arrive pas à dire. / O trabalho investiga a possibilidade de encontrar no tema da subjetividade uma nova maneira de conceber a racionalidade, a ética. Totalité et infini (1961) e Autrement qu’être (1974), as duas obras mais fundamentais do pensamento levinasiano, são as bases de desenvolvimento do trabalho – segunda e terceira partes. Na segunda parte, dedicada à obra de 1961, procuramos entender o problema de linguagem que o projeto da ética como filosofia primeira traz como conseqüência, ao sustentar a primazia da ética sem o devido aprofundamento crítico da linguagem ontológica, que a tese exige, ao mesmo tempo que não consegue se livrar de um logos referido ao ser. Percorremos os grandes temas dessa obra: a idéia de infinito, a transcendência, o visage, o desejo metafísico, a linguagem como discurso, o tempo como alteridade. A terceira parte, onde chega-se ao núcleo do trabalho, dedicamos ao estudo de Autrement qu’être ou au-delà de l’essence, a partir dos dois temas mais importantes da obra: a linguagem como dizer e a subjetividade como substituição. Autrement qu’être é o momento de maior maturidade do pensamento de Levinas no que diz respeito ao enfrentamento crítico da linguagem ontológica que, ao longo da história do pensamento ocidental, se confundiu com a própria linguagem da filosofia, nos habituando com a idéia de que pensar é se ocupar do problema do ser. Chegamos, então, à tese: a concepção de subjetividade, a substituição, que constitui o coração da filosofia levinasiana, devido a uma linguagem que suspende a essência do dito ao revelar a responsabilidade ética como a verbalidade pura do dizer na relevância do advérbio – outramente que ser – descreve uma nova concepção de racionalidade, que chamamos de ética.A racionalidade ética significa uma nova possibilidade de ler a filosofia, procurando escutar a ordem pré-originária da responsabilidade humana que a pergunta pelo ser pressupõe, mas não chega a dizer.
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Discurso da historicidade como crítica do discurso da metafísica: dominação do discurso da visão em relação à subordinação do discurso da miscigenaçãoNienov, Christian Otto Muniz January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / The Archaeology of Knowledge is arguably the methodological, theoretical book in whic Foucault seeks to establish contact between philosophy and history. Roughly speaking, this book seeks to outline the relationship between the analysis of discursive formations and the description of statements. Quite apart from the explicit proposal of the author, our study sets out to show how the scope of the constitution of the historical discourse as domination over the discourse of vision in relation to the subordination of the discourse of miscegenation, eliminating the discourse of metaphysics (or discourse of the invisible) due to the possibility of solidarity with the discourse of miscegenation, is the fundamental support of The Archaeology of Knowledge. The discourse of historicity is the discourse of vision as an epistemological ideal of the solidary vision, perceptual and sovereign (which dismisses the hearing and allows for the touch) and pedagogic, argumentative ideal of absolute or total (which removes the invisible). Speaking of vision is the inseparable presence of need and demand for space (whose job is to stay in the visible) that leads to the description of specificity (whose function is to fix the view). Discourse of historicity is the opposite of the discourse of metaphysics (or the discourse of metaphysics reveals the underside of the historicity of the discourse), hence the criticism of the absence of utopia and the mainstream (whose function is to eliminate the invisible). The discourse of miscegenation is the relationship between harmony, variety, time and war. The historicity of discourse dominates the discourse of miscegenation (through the discourse of vision), hence the control of the relationship, multiplicity, time and war through presentification, spatial and specification: the mobility of multiplicity, for example, can take is to the infinitive or the unlimited, or unity (domination of the discourse of metaphysics as speech invisible), so his detention (through specificity and uniqueness, of individuality ownership, accuracy and thoroughness of the separation of distinction) for setting the vision (domination of the discourse of speech as the historicity of vision). Accompanying explanation of the constitution of the historicity of discourse using the metaphor of the alien as their preferred model of intelligibility: the will of the foreigner, the glorification of history through the defense of the historicity of discourse is the transposition of their contradictory philosophical inheritance, the assertion of epistemology through praise of the discourse of vision, and the denial of metaphysics through the critique of the discourse of the invisible. / A arqueologia do saber é o livro reconhecidamente metodológico ou teórico de Foucault que procura estabelecer contato entre filosofia e história. Grosso modo, este livro pretende dar conta da relação entre análise das formações discursivas e descrição dos enunciados. Ora, independentemente da proposta explícita do autor, nosso estudo tem por escopo mostrar como a constituição do discurso da historicidade, como dominação do discurso da visão em relação à subordinação do discurso da miscigenação, que é eliminação do discurso da metafísica (ou discurso do invisível) devido à possibilidade de solidariedade do discurso da miscigenação com o discurso da metafísica, como dominação do discurso da metafísica em relação à subordinação do discurso da miscigenação, é a sustentação fundamental de A arqueologia do saber. O discurso da historicidade é discurso da visão como busca do ideal epistemológicoperceptivo da visão solitária e soberana (que descarta a audição e subordina o tato) e ideal pedagógico-argumentativo da visão absoluta ou total (que elimina o invisível). O discurso da visão é a indissociabilidade entre necessidade da presença e exigência do espaço (cuja função é a permanência no visível) que leva à descrição da especificidade (cuja função é a fixação da visão).O discurso da historicidade é o avesso do discurso da metafísica (ou o discurso da metafísica revela o avesso do discurso da historicidade), por isso a crítica da ausência, da utopia e da generalidade (cuja função é a eliminação do invisível). O discurso da miscigenação é a harmonia entre relação, multiplicidade, tempo e guerra. O discurso da historicidade domina o discurso da miscigenação (através do discurso da visão), por isso o controle da relação, da multiplicidade, do tempo e da guerra mediante presentificação, espacialização e especificação: a mobilidade da multiplicidade, por exemplo, pode levá-la ao infinito ou ilimitado, ou à unidade (dominação do discurso da metafísica como discurso do invisível), por isso sua imobilização (através da especificidade como singularidade: propriedade da individualidade, precisão da minúcia e separação da distinção) para a fixação da visão (dominação do discurso da historicidade como discurso da visão). Acompanha a explicação da constituição do discurso da historicidade a utilização da metáfora do estrangeiro como seu modelo de inteligibilidade privilegiado: a vontade do estrangeiro, a apologia da história mediante a defesa do discurso da historicidade, é o transporte das suas heranças filosóficas contraditórias, a afirmação da epistemologia através do elogio do discurso da visão, e a negação da metafísica mediante a crítica do discurso do invisível.
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Fundamentos do pensamento democratico de Jacques MaritainPozzebon, Paulo Moacir Godoy 28 February 1996 (has links)
Orientador: João C. K. Quartim de Moraes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-20T23:30:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1996 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia
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A ideia de conceito segundo Gilles DeleuzeRocha, Jorge Alberto da Costa 13 December 1999 (has links)
Orientador: Luiz Benedicto Lacerda Orlandi / Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-26T07:44:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: O presente estudo é uma tentativa de compreender, segundo a concepção do filósofo francês Gilles Deleuze, o que seria para ele um conceito filosófico. Para trabalhar este tema tomou-se como fio condutor um texto de sua autoria, escrito juntamente com Félix Guattari ¿ O que é a Filosofia? - e a partir disso duas metas precisas foram demarcadas: 1) uma investigação acerca das características básicas do conceito 2) e um último confronto, sugerido pelo próprio Deleuze, entre filosofia, ciência e arte, tentando reservar ao conceito um lugar distinto do functivo científico e do afecto e percepto na arte.
Fez-se ainda um adendo após os dois capítulos desenvolvidos, no qual se tentou mostrar uma série de críticas do autor
endereçadas à conjuntura da contemporaneidade, fundamentalmente corroída pelas más influências dos meios de comunicação.
Assim, essa situação seria um entrave geral à livre criação de conceitos que, como o disse Deleuze, só seria peculiar ao labor filosófico. A conclusão do trabalho, que quis em seu conjunto ser apenas uma introdução ao tema, enfatizou dois pontos capitais: em primeiro lugar criar é situar o conceito num plano de imanência, plano este independente de qualquer espécie de Modelo
transcendente ou de referência a estado de coisas (o conceito diz o "acontecimento"); segundo, restaurar devidamente a idéia de conceito filosófico é identificar nele todo um conjunto de traços expressivos, tal como a relação a uma imagem de pensamento, plano "pré-filosófico", e a uma "estrutura problemática", élan vital do conceito / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Voltaire e a historia do estado civilizadorMiranda, Luiz Francisco Albuquerque de 14 October 2003 (has links)
Orientador: Roberto Romano da Silva / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-03T16:36:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: O presente trabalho trata do papel do Estado nas obras filosóficas e historiográficas de Voltaire. O texto discute as relações que ele estabelece entre a legitimidade do poder político e a noção de processo civilizador. A partir do estudo dos textos do filósofo sobre a organização do império chinês e a história da monarquia francesa, analisa-se a maneira como- ele- apresenta a centralização estatal como forma eficaz de controle das paixões e resposta aos conflitos políticos, econômicos e religiosos que ameaçam a ordem pública. Nessa perspectiva, o Estado, quando consolida sua autoridade e limita o arbítrio dos governantes, é pensado como agente civilizador / Abstract: This present work discourses on the role of the state in the philosophical and historiographical writings of Voltaire. It discusses the links he establishes between the legitimacy of the political power and the concept of civilizing process. Being rooted in Voltaire's writings upon the organization of the Chinese empire and the French monarchy, this work analyzes how the philosopher presents the state's centralization as an effective form of controlling the passions and responding to the political, economic and religious conflicts that threatens the public order. From this perspective, the state, when it consolidates its authority and restricts- the- tyranny of the rulers, is thought of as a civilizing agent / Doutorado / Doutor em Filosofia
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Processo historico e noção de vida civilizada em VoltaireMiranda, Luiz Francisco Albuquerque de 01 September 1998 (has links)
Orientador: Roberto Romano da Silva / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-24T04:19:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1998 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia
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O ensino da filosofia no limiar da contemporâneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de filosofiaGelamo, Rodrigo Pelloso [UNESP] 13 February 2009 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2009-02-13Bitstream added on 2014-06-13T20:45:06Z : No. of bitstreams: 1
gelamo_rp_dr_mar.pdf: 698211 bytes, checksum: 26f19383531b000497dc16bf428efd5e (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A presente tese analisa o tema do ensino da filosofia no ensino superior, tendo em vista discutir o problema do ofício do filósofo quando sua tarefa é ensinar a filosofia. Nesse sentido, o tema analisado e o problema discutido na tese têm como ponto de partida as questões suscitadas no exercício da docência da disciplina Filosofia em cursos de graduação de outras áreas, objetivando contribuir tanto para buscar outros sentidos a essa prática quanto para os estudos sobre o ensino da filosofia no Brasil. Por meio de uma revisão bibliográfica sobre o ensino da filosofia no Brasil, e da leitura de autores clássicos (Kant e Hegel), procuramos encontrar ressonância de nosso problema na literatura sobre o assunto. Essa revisão além de não responder ao problema, ampliou-o, pois, pudemos notar que os questionamentos sobre o ensino da filosofia se agrupavam em três grupos: sobre a importância, sobre o conteúdo e sobre o método para se ensinar a filosofia. Com o objetivo de escapar dessas formas de problematização, recorremos a Gilles Deleuze e Michel Foucault para propor uma outra maneira de encaminhar uma problematização de modo que o problema do ensino da filosofia não recaísse nesse mesmo registro. Com Deleuze pudemos compreender que existem mecanismos, chamados por ele de imagens dogmáticas do pensamento, que aprisionam os problemas a respostas preestabelecidas. A partir disso, fizemos a relação dessa noção com os problemas que eram colocados pelo ensino da filosofia, os quais funcionavam como essas imagens dogmáticas do pensamento. Com Foucault procuramos um modo de problematizar no qual pudéssemos estar, simultaneamente, como elemento e ator desse problema. Com isso, circunscrevemos um problema presente no ensino da filosofia que se plasma no empobrecimento da experiência, causado pela excessiva preocupação com a transmissão de conhecimentos através da... / This thesis analyses the teaching of philosophy in undergraduate courses in order to discuss the problem of the philosopher’s work when his task is to teach philosophy. Thus, the issue analyzed and the problem discussed in the thesis have as a starting point the matters raised in teaching the discipline of philosophy in undergraduate courses of different areas, aiming to contribute to seek other senses both to this practice and to the studies on the teaching of philosophy in Brazil. Through a literature review on the teaching of philosophy in Brazil, and reading classic authors (Kant and Hegel), we tried to find resonance of our problem in the literature about the issue. This review not only did not answer to the problem, but also increased it, because we could note that the questions on the teaching of philosophy were divided into three groups: concerning the importance, the content and the method to teach philosophy. Aiming to avoid these ways of problematization, we turned to Gilles Deleuze and Michel Foucault in order to propose another manner of conducting a problematization so that the problem of teaching of philosophy did not remain in that same scope. Together with Deleuze, we could understand that there are mechanisms, named images of thought, which enclose the problems to pre-established answers. From that, we set a relation of this notion with the problems that were put by the teaching of philosophy, which worked as those images of thought. With Foucault, we sought a way of problematizing in which we could be both a part and an actor of that problem. Thus, we circumscribed an existing problem in the teaching of philosophy that takes place in the impoverishment of experience, which is caused by the excessive concern with the transmission of knowledge through the explanation. Looking for ways that we would allow us to think of a teaching of philosophy which assured the... (Complete abstract click electronic access below)
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Rosto e ?tica no pensamento de Emmanuel LevinasTahim, Demetrius Oliveira 06 March 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-03-06 / O presente trabalho tem por objetivo descrever, a partir do pensamento de Emmanuel Levinas (1906-1995), a rela??o com o rosto de outrem como ?tica. O fio condutor deste trabalho ? a leitura levinasiana da id?ia de infinito na qual ? vislumbrada a possibilidade de descrever um evento n?o pautado na abertura do ser nem como representa??o do eu transcendental. A descri??o da id?ia do infinito indica a rela??o com algo absolutamente exterior ?quele que o pensa, assim como atesta uma abissal dist?ncia entre o pensador e o pensado. Levinas utiliza-se da estrutura formal desta id?ia para descrever a rela??o com outrem, a concretude da id?ia do infinito produz-se na rela??o social que ? mantida com o rosto de outrem. O delineamento dessa rela??o apresenta o eu como acolhedor deste rosto descrito como absolutamente outro. Apenas a presen?a de outrem interpela o eu, confrontando o seu livre e arbitr?rio movimento de apropria??o e posse. Esta impugna??o da liberdade do eu por outrem ser? chamada de ?tica e afirma a anterioridade da justi?a em rela??o ? liberdade e, destarte, a ?tica como anterior ? ontologia. Os desdobramentos dessa rela??o primeira face a face ser?o discutidos no texto tendo como ponto de partida a hist?ria da filosofia dando ?nfase, principalmente, ? cr?tica a ontologia fundamental proposta por Heidegger. Pretende, com isso, mostrar que a rela??o com o rosto n?o se engloba na abertura do ser e, al?m disso, ? fonte de sentido e capaz de promover a justi?a na humanidade como acolhimento da diferen?a.
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Para al?m da ess?ncia : racionalidade ?tica e subjetividade no pensamento de Emmanuel LevinasFarias, Andr? Brayner de 13 January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-01-13 / O trabalho investiga a possibilidade de encontrar no tema da subjetividade uma nova maneira de conceber a racionalidade, a ?tica. Totalit? et infini (1961) e Autrement qu ?tre (1974), as duas obras mais fundamentais do pensamento levinasiano, s?o as bases de desenvolvimento do trabalho segunda e terceira partes. Na segunda parte, dedicada ? obra de 1961, procuramos entender o problema de linguagem que o projeto da ?tica como filosofia primeira traz como conseq??ncia, ao sustentar a primazia da ?tica sem o devido aprofundamento cr?tico da linguagem ontol?gica, que a tese exige, ao mesmo tempo que n?o consegue se livrar de um logos referido ao ser. Percorremos os grandes temas dessa obra: a id?ia de infinito, a transcend?ncia, o visage, o desejo metaf?sico, a linguagem como discurso, o tempo como alteridade. A terceira parte, onde chega-se ao n?cleo do trabalho, dedicamos ao estudo de Autrement qu ?tre ou au-del? de l essence, a partir dos dois temas mais importantes da obra: a linguagem como dizer e a subjetividade como substitui??o. Autrement qu ?tre ? o momento de maior maturidade do pensamento de Levinas no que diz respeito ao enfrentamento cr?tico da linguagem ontol?gica que, ao longo da hist?ria do pensamento ocidental, se confundiu com a pr?pria linguagem da filosofia, nos habituando com a id?ia de que pensar ? se ocupar do problema do ser. Chegamos, ent?o, ? tese: a concep??o de subjetividade, a substitui??o, que constitui o cora??o da filosofia levinasiana, devido a uma linguagem que suspende a ess?ncia do dito ao revelar a responsabilidade ?tica como a verbalidade pura do dizer na relev?ncia do adv?rbio outramente que ser descreve uma nova concep??o de racionalidade, que chamamos de ?tica. A racionalidade ?tica significa uma nova possibilidade de ler a filosofia, procurando escutar a ordem pr?-origin?ria da responsabilidade humana que a pergunta pelo ser pressup?e, mas n?o chega a dizer.
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Reconhecimento, intersubjetividade e vida ?tica : o encontro com a filosofia de Paul RicoeurCor?, Elsio Jos? 16 November 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-11-16 / A quest?o do sujeito e a sua "crise", a intersubjetividade e o reconhecimento, a ?tica e a sabedoria pr?tica est?o no centro do debate filos?fico contempor?neo e constituem o tema/objeto da presente pesquisa de doutorado. Al?m disso, analisaram-se as liga??es entre o sujeito e a intersubjetividade, tendo em vista o estabelecimento da chamada "pequena ?tica", que foi tecida nas densas p?ginas do "Soi-m?mme comme un autre" de Paul Ricoeur (1913-2005). Observou-se que o sujeito ? constitu?do ao mesmo tempo como leitor e como escritor de sua vida e que a dial?tica da identidade (idem - ipse) expressa a temporalidade pr?pria do ser do homem. Por tal raz?o, a identidade pode ser entendida, narrativamente, como hist?ria de uma vida. Nesse sentido, foi poss?vel verificar, tamb?m, que compreender ? sempre se compreender em face do texto e que n?o h? apropria??o direta de si, o cogito intuitivo ? uma certeza sem verdade. Ainda, existe uma reflex?o sobre a vida moral em todos os seus n?veis, o que permite ao autor estabelecer uma distin??o, embora conceitual, entre ?tica e moral. H? um apelo ? singularidade das situa??es concretas, e ? neste n?vel que reside a sabedoria pr?tica ou, dito de outra maneira, a sabedoria pr?tica ? um retorno ao desejo ?tico, ao fundamento da ?tica, ap?s a passagem pelo conflito normativo. A exig?ncia de uma sabedoria pr?tica surge precisamente no interior da conflitualidade. Cada ser humano est? obrigado a um projeto pessoal inalien?vel que n?o pode atribuir a outro. O ?tico, portanto, ? o que faz refer?ncia ? consecu??o dos fins a que a pessoa se prop?e, mediante os aspectos teleol?gicos da a??o. Em troca, a moral ser? a obedi?ncia a uma norma, a um preceito e a uma lei. Tanto na vida individual quanto na vida coletiva convive-se, realmente, em respeito e em reconhecimento quando se atua em conjunto, e, ainda, ? pela narra??o que o homem percebe a alteridade do outro, ou seja, o outro como um outro si-mesmo ou outro-eu e s? ent?o o homem ? pessoa. O ideal da pessoa ? viver uma vida boa, com e para os outros, em institui??es justas, ideal que se mostra, simultaneamente, ?tico e pol?tico. Assim, a fenomenologia da pessoa, elaborada pelo autor, ? constitu?da com base em quatro premissas centrais: linguagem, narra??o, a??o e vida ?tica. Segundo essa perspectiva, a alteridade est? implicada em um n?vel origin?rio e profundo no processo de constitui??o de si. Assim, a identidade n?o constitui um dado imediato, origin?rio de autodetermina??o do eu, mas o resultado da dial?tica incessante entre o si e o outro. Identificada dessa maneira, a identidade implica um modo constitutivo, modo no qual o reconhecimento da alteridade "conhecer a si-mesmo" para o ser humano significa sempre se reconhecer por meio da media??o da alteridade: signo, s?mbolo, texto, tu, contexto hist?rico de pertencimento, a linguagem e a institui??o. Diante disso, comprovou-se que a proposta ?tica ser? constru?da em di?logo com Arist?teles e Kant. Por fim, o que se evidenciou ? que o autor realiza um referimento expl?cito a Hegel na elabora??o da sua reflex?o sobre a subjetividade, no momento em que afronta o tema da vida ?tica. Para isso, define o conceito de estima de si como uma figura do reconhecimento em sentido estrito e, acentuadamente, hegeliano. Isso possibilitou entender que o reconhecimento ? uma estrutura do si refletindo sobre o movimento que coloca a estima de si versus a solicitude, e esta versus a justi?a. E, ainda, que o reconhecimento introduz a d?ade e a pluralidade na constitui??o mesma do si.
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