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A linguagem em Merleau-PontyScarpa, Mariana Cabral Tomzhinsky January 2017 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Luiz Damon Santos Moutinho / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa: Curitiba, 23/02/2017 / Inclui referências : f. 228-232 / Área de concentração: História da Filosofia / Resumo: Neste trabalho buscamos apresentar o tema da linguagem ao longo das obras de Merleau-Ponty, perseguindo os diferentes deslocamentos sofridos na abordagem dessa problemática. Em um primeiro momento, tratamos das obras dos anos 1940 a fim de apresentar a gênese da linguagem como uma das expressividades possíveis do corpo no mundo. No momento seguinte, início dos anos 1950, passamos a mostrar como a noção de diacriticidade dos signos, inspirada na linguística de Saussure, permite a Merleau-Ponty uma reformulação e ampliação do escopo do papel da linguagem. Em seguida, por meio desta virada linguística, exploramos os ganhos advindos da noção de instituição na problematização da linguagem. E, por fim, nos últimos escritos do filósofo, expomos o modo como a abordagem da linguagem lança a reflexão filosófica de Merleau-Ponty numa atmosfera de negatividade e permanente criação. Palavras-chave : linguagem; diacriticidade; instituição; fenomenologia; Merleau-Ponty. / Résumé: Dans ce travail nous présentons le thème du langage au long des oeuvres de Merleau Ponty, ceci en suivant les différents déplacements trouvés dans l'approche de cette thématique. Premièrement, nous nous occupons des oeuvres des années 1940, de sorte à montrer la genèse du langage em tant qu'une des expressivités possibles du corps dans le monde. À partir des oeuvres du début des années 1950, nous présentons la notion de la diacriticité des signes, qui est calquée sur le modèle de la linguistique de Saussure. Cette notion permets à Merleau Ponty une reformulation et un élargissement du rôle du langage dans ces ouvres. En suite, grace au tournant linguistique, nous étudions les gains théoriques permis par la notion de l'institution. Pour conclure, à partir des derniers écrits du philosophe, nous exposons la façon à travers laquelle le langage conduit la réflexion de Merleau-Ponty à une atmosphère de négativité et création permanent. Mots-clés : langage; diacriticité; institution; phénoménologie; Merleau-Ponty.
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O sentido da fé em PascalGarcia, Carlos Frederico Lauer January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Pascal’s theory of faith involves a constant conflict between, on the one hand, the craving of a created being for an eternal state of glory and, on the other, the present state of sin wherein this creature finds himself abandoned to his own resources. In the absence of grace, man wants and does nothing that could actually approximate him to God, but continues enclosed in himself; whereas the influence of grace dispenses human being from deciding between the good and the bad use of it, leading man to desire and act according to God’s will without expecting any reward for it. Although the relationship between God and man might be described in these terms, Pascal does not so restrict his thinking. On the contrary, the Jansenist philosopher searches for the manifestation of sin through all orders of human constitution, that is, body, intellect and will, showing what are the new forms of desiring, deciding and behaving of a being who no longer possesses a clear and sound view of God’s and his own nature. Pascal thereafter tries to understand the role of grace in face of human confusion with his misery and endurance. This study attempts to answer what, according to Pascal, is the status of faith in human life. For such, the relation between the three human constitutive orders, both in state of sin and in state of grace, needs to be elaborated on, with an emphasis on the order of will in manifestations of pride and charity. This investigation is deepened through an enquiry not only into the sinner and the convert, but especially into those undergoing a conversion process. / A teoria da fé de Pascal envolve um constante conflito entre, de um lado, os anseios de um ser criado para um eterno estado de glória e, de outro, o atual estado de pecado desse mesmo ser largado às suas próprias forças. Neste estado, o homem sem auxílio da graça nada faz e nada quer que o aproxime verdadeiramente de Deus, mas segue encerrando-se em si mesmo, ao passo que a atuação da graça dispensa a decisão humana acerca de seu bom ou mau uso, levando o homem a desejar e fazer a vontade de Deus sem qualquer legítima pretensão de mérito. Apesar, porém, da relação entre homem e Deus poder ser descrita em tais termos, Pascal não limita assim seu pensamento. Ao contrário, o jansenista busca dar conta da manifestação do pecado em todos os níveis da constituição humana, isto é, em nível do corpo, em nível do intelecto e em nível da vontade, mostrando quais as novas formas de desejar, deliberar e se comportar de um ser que não possui mais uma visão clara e justa da natureza e de si mesmo e de Deus. Feito isso, busca compreender a atuação da graça justamente face à confusão humana, com suas angústias e resistências. A pergunta que buscaremos responder ao longo deste trabalho é seguinte: para Pascal, qual o estatuto da fé na vida do homem? Para tanto, será necessário compreender a relação das três ordens em pecado e também em estado de graça, enfatizando a ordem da vontade, nas manifestações de orgulho e caridade. Todavia, procuraremos aprofundar a questão investigando não apenas o pecador e o convertido, mas principalmente aquele que está se convertendo.
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Foucault: o mundo como linguagem e como representaçãoSouza, Richer Fernando Borges de January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Cette étude présente, à partir de l’oeuvre Les mots et les choses: une archéologie des sciences humaines, la recherche de Michel Foucault sur la connaissance produite au cours de la Renaissance et l’Âge Classique. Initialement, on a le but de mettre en évidence quelques singularités de la méthodologie archéologique, dont l'horizon est celui d’établir les conditions historiques de possibilité de la connaissance. Ensuite, on prend les descriptions de l'auteur de chacun des domaines qu'il a étudiés, afin de montrer qu'en plus du sujet, Foucault retrouve dans la langue et le système des signes la véritable origine de la production théorique développée dans notre culture. Au-delà d'une histoire qui décrirait les progrès de nos connaissances, l'archéologie de Foucault met en lumière un événement de la discontinuité entre ces deux périodes, dans laquelle le monde, jusque-là objectivé comme langue devient alors simplement la représentation. fre / O trabalho apresenta, a partir da obra As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas, a investigação de Michel Foucault acerca do conhecimento produzido ao longo do Renascimento e da Idade Clássica. Inicialmente, objetiva destacar algumas das singularidades da metodologia arqueológica, cujo horizonte é o de traçar as condições históricas de possibilidade do conhecimento. Em seguida, toma as descrições do autor de cada um dos domínios por ele analisados, a fim de evidenciar que, para além do sujeito, Foucault encontra na linguagem e no regime dos signos a verdadeira origem da produção teórica desenvolvida em nossa cultura. Em lugar de uma história que descreveria o progresso de nosso conhecimento, a arqueologia foucaultiana traz à luz um acontecimento de descontinuidade entre essas duas épocas, no qual o mundo, até então objetivado como linguagem, passa a ser tão somente representação.
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O sujeito é de sangue e carne: a sensibilidade como paradigma ético em Emmanuel LevinasSantos, Luciano Costa January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Une lecture qui parcourt la pensée de Emmanuel Levinas permet de refaire et d’articuler ses traits et moments principaux, et par ce cheminement nous cherchons d’approfondir le sens éthique de la subjectivité comme responsabilité pour l’Autre ou l’un-pourl’Autre, et de montrer que l’humain s’ouvre par la possibilite extraordinaire du fait que l’altérité de l’Autre puisse intervenir dans le sujet avant même de sa propre identité pour soi-même. Le point aigu de cette thèse cherche à soutenir que le sens éthique de la subjectivité n’apparaît pas suffisamment sans une exhaustive référence à sa sensibilité et son incarnation. Cette articulation nodale entre éthique et incarnation ou entre responsabilité et sensibilité se montre avec patence à partir des descriptions de l’arc de constitution de la subjectivité, soit comme être pour-soi par la jouissance et l’appropriation économique des choses du monde, soit comme l’un-pour-l’Autre susceptible d’être affecté par l’altérité d’autrui et de lui répondre par le don de ses ressources et, en dernière instance, par le don de soi-même, compte tenu du fait que le sujet se constitue en premier chef par la jouissance et la possession. Cette affectabilité inscrite dans la sensibilité humaine comme responsabilité qui la rend non-indifférente à la différence de l’Autre avant même son propre pouvoir de décision, est décrite par Levinas comme “vulnérabilité” et trouve dans la maternité son analogon par excellence. fre / Numa leitura itinerante do pensamento de Emmanuel Levinas, que refaz e articula seus principais momentos, intentamos aprofundar o sentido ético da subjetividade enquanto responsabilidade pelo Outro ou um-para-o-Outro, mostrando que o humano se abre com a possibilidade extraordinária de que a alteridade do Outro venha a contar para o sujeito antes que a sua própria identidade para si mesmo. O ponto agudo deste projeto é sustentar que o sentido ético da subjetividade não emerge de modo suficiente sem uma exaustiva referência à sua dimensão sensível e encarnada. Esta articulação nodal entre ética e encarnação, ou responsabilidade e sensibilidade, torna-se patente à medida em que se descreve o arco de constituição da subjetividade, quer como ser para-si, no gozo sensível e na apropriação econômica das coisas do mundo, quer como um-para-o-Outro, na suscetibilidade a ser afetado pela alteridade de outrem e responder por ela com o dom dos próprios recursos ou, em última instância, com o dom de si mesmo, uma vez que o sujeito primariamente se constitui a partir do que ele frui e tem. Esta afetabilidade responsiva inscrita na sensibilidade humana, que a torna não-indiferente à diferença do Outro antes de seu próprio poder de decisão, é descrita por Levinas com o termo “vulnerabilidade” e encontra na maternidade o seu analogon por excelência.
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Grandeza e falsidade da arte: a questão estética na obra de Emmanuel LevinasCastro, Mauro César de January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / The present work has as its aim to investigate the constitution of the aesthetic question in the Levinas’ work. Levinas presents a precise antiaesthetic critic from the association between arts, exotism and idolatry. Arts would be the field of silence, of image, of the return to the same, what leads to a denial of the subject and of ethics. On the other hand, Levinas suggests a kind of “redemption” of arts throughout the criticism, converging aesthetics and ethics. The present works aims to investigate the recurrences, continuities, unfoldings and ruptures in the dealing with the aesthetic question in several texts by Levinas, taking as an hypothesis the interpretation that the positive and negative approaches towards aesthetics converge in Levinas’ work. In the first chapter, it is emphasized the musicality of the work of art and the phenomenon of exotism; in the second its plasticity and the phenomenon of idolatry; in the third, the concepts of work and art criticism as the possibility of convergence between ethics and aesthetics. / O presente trabalho tem por objetivo investigar a constituição da questão estética na obra de Levinas. Levinas apresenta uma austera crítica antiestética a partir da associação entre arte, exotismo e idolatria. A arte seria o campo do silêncio, da imagem, da estátua e do retorno ao mesmo, o que se traduz em negação do sujeito e da ética. Por outro lado, Levinas sugere uma certa “redenção” da arte através da crítica, fazendo convergir estética e ética. O presente trabalho pretende averiguar as recorrências, continuidades, desdobramentos ou rupturas no trato da questão estética nos diversos textos de Levinas e toma como hipótese a interpretação de que as valorações positiva e negativa convivem ao longo de toda sua obra. No primeiro capítulo, enfatiza-se o caráter de musicalidade da obra de arte e o fenômeno do exotismo; no segundo, sua plasticidade e o fenômeno da idolatria; no terceiro, os conceitos de obra e de crítica da arte como possibilidade de convergência entre estética e ética.
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Biopolítica e liberalismo: a crítica da racionalidade política em Michel FoucaultDanner, Fernando January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / The objective of this thesis is to analyze the relationship among genealogy, biopolitics and liberalism in Michel Foucault. The concept of biopolitics (or biopower) appeared, in Foucault’s political thought, in conclusion of his researches around genealogy of disciplinary power– notably regarding his work Discipline and Punish (1975), and lectures at the Collège de France in the first half of decade of 1970 – mainly in the course Society Must be Defended (1975-1976) and in the last chapter of his work History of Sexuality I: The will of know (1976), “Right of Death and Power Over Life”. In this works, the biopolitics is developed in opposition to the sovereign power of life and of death. Already in the courses Security, Territory, Population (1977-1978) and The Birth of Biopolitics (1978-1979), Foucault develops the concept of biopolitics linking it to “genealogy of modern State”. The research interest of Foucault turns, now, to the study of modern’s market economy of post-War, particularly of German Ordoliberalism and of American Neo-liberalism of Chicago School and yours Theory of Human Capital, in order to realize the reformulation of the biopolitics question within the framework of neoliberal governmentality. My thesis, in this sense, wants to appoint to threes central elements of analysis developed by Michel Foucault around de relationship among genealogy, biopolitics and liberalism. (a) One of the fundamental features of neoliberalism is the increasing economization of processes related to the life of individuals and of the populations: in others words, the widespread application of economic grid to others phenomena of social life (the issue of crime, of education, of genetic engineering etc. ) that are not merely phenomena economics.(b) The problem of freedom, precisely because the freedom is a fundamental element of the exercise of political power, of neoliberal governmentality: the neoliberalism is a producer of freedoms, in that it requires them to the proper functioning of the market economy; in compensation – and here reside its paradox-, it creates managements mechanism of this same freedom, appointed by Foucault as security mechanisms. The paradox is that, at the same time that liberalism produces a certain number of freedoms, it is required to create mechanisms that block these freedoms. (c) The individual, according to the liberal perspective, is thought essentially as Homo Oeconomicus, as competitive and producer individual: and therefore the process of subjectification and socialization of individuals, as our understanding, is fundamentally permeated by the dynamics of economic rationality. / Esta tese tem por objetivo analisar a relação entre genealogia, biopolítica e liberalismo em Michel Foucault. O conceito de biopolítica (ou biopoder) apareceu, no pensamento político de Foucault, como conclusão de suas pesquisas em torno da genealogia dos micropoderes disciplinares – notadamente no que se refere à sua obra Vigiar e Punir (1975) e aos cursos no Collège de France na primeira metade dos anos de 1970 – principalmente no curso Em Defesa da Sociedade (1975-1976) e no último capítulo de sua obra História da Sexualidade I: A Vontade de Saber (1976), “Direito de Morte e Poder Sobre a Vida”. Nestas obras, a biopolítica é desenvolvida em oposição ao poder soberano de vida e de morte. Já nos cursos Segurança, Território, População (1977-1978) e Nascimento da Biopolítica (1978-1979), Foucault desenvolve o conceito de biopolítica articulandoo à “genealogia do Estado moderno”. O interesse de pesquisa de Foucault volta-se, agora, ao estudo das modernas economias de mercado do pós-guerra, em particular do Ordoliberalismo alemão e do neoliberalismo americano da Escola de Chicago e sua Teoria do Capital Humano, com o intuito de perceber a reformulação da questão da biopolítica nos marcos da governamentalidade neoliberal. Minha tese, nesse sentido, quer apontar para três elementos centrais das análises desenvolvidas por Michel Foucault em torno da relação entre genealogia, biopolítica e liberalismo.(a) Uma das características fundamentais do neoliberalismo é uma crescente economização dos processos relacionados à vida dos indivíduos e das populações: trata-se, sobretudo, da aplicação generalizada da grade econômica a outros fenômenos da vida social (a questão da criminalidade, da educação, da engenharia genética, etc. ) que não meramente fenômenos econômicos. (b) O problema da liberdade, justamente porque a liberdade é um elemento fundamental do exercício do poder político, da governamentalidade neoliberal: o neoliberalismo é produtor de liberdades, na medida em que ele necessita delas para o bom funcionamento da economia de mercado; em compensação – e aqui reside seu paradoxo –, ele cria mecanismos de gestão dessa mesma liberdade, nomeados por Foucault como mecanismos de segurança. O paradoxo está em que, ao mesmo tempo que o liberalismo produz certo número de liberdade, ele é obrigado a criar mecanismos que bloqueiam essas mesmas liberdades. (c) O indivíduo, segundo a ótica neoliberal, é pensado essencialmente enquanto homo oeconomicus, enquanto indivíduo competitivo e produtor: e, por isso, o processo de subjetivação e de socialização dos indivíduos, conforme nosso entendimento, é perpassado fundamentalmente pela dinâmica da racionalidade econômica.
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Ética e política em Levinas: um estudo sobre alteridade, responsabilidade e justiça no contexto geopolítico contemporâneoCosta, José André da January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Le travail étudie la relation entre l’éthique et la politique à partir de la catégorie de l’Alterité chez Levinas. Dans les oeuvres : «Entre Nous, Totalité et Infinit, Autrement qu’être ou au – delà de l’essence et Difficile liberté apparaissent l’Éthique, la Politique et la Sociabilité comme des thèmes articulés. Dans ces oeuvres le «face-à-face» est vu pas en soi même. S’il était vu de lui - même, il ne viabiliserait pas le penser avec l’autre et aussi ne serait pas possible penser l’édification d’une société humaine. L’Éthique prescrit une politique et un droit. Le principe pour cette réalisation est la philosophie de l’alterité. L’éthique comme philosophie première est le respect à l’alterité de l’autre. La responsabilité par l’autre exige replacer l’autonomie dans un nouveau palier de la pensée. Le Moi n’a jamais existé ni existera dans une indépendance absolue d’autonomie totale. Le sujet est historique et social ; nait toujours dans une relation pluriel. C’est l’alterité qui rend possible la constitution du Moi. Se l’autre n’existait pas, le Moi perdrait la condition de possibilité de son exister en tant que sujet historique. L’éthique est vue, alors, comme la dimension capable de restruturer les relations humaines à partir du respect alterité de chaque membre de la relation. L’éthique moderne de l’autonomie ferme les portes pour l’alterité. Dans l’analyse de Levinas, un des problèmes soulevé, à propos de la critique au sujet autonome de la modernité, c’est que l’alterité se présenté à lui en étant identique aux autres choses, il n’y a pas de differensation entre autri et les autres objets. L’Autre n’est pas une position du Moi – mais une interpellation permanente. La présence de l’autre devant le Moi, dans la perspective de l’autonomie moderne, c’est une présence subjuguée et dominée. Levinas a fait une alerte dans l’oeuvre Totalité et Infinit, en disant que le face à face, de lui-même, il ne rendrait pas possible le penser, l’édification de la sociabilité humaine. C’est dans cet aspect que l’éthique proposée par Levinas a une prescription politique. Après identifier les conditions dans lesquelles se donne l’opposition et l’actualisation de l’éthique, de la politique et de la sociabilité, plus facilement on comprend comment on justifie l’éthique et la politique chez Levinas. La symétrie qui marque la relation avec l’alterité d’Autrui exige repenser les notions de régulation égalitarisme, sociabilité et émancipation. La pluralité objective est la marque des relations humaines et les caractérise comme rencontre pluriel. La politique «se passe» avec l’arrivée du tiers, sur les paramètres en ce qui concerne l’organisation de la Pluralité humaine. La justice arrive avec la nécessité de comparer l’Autre au tiers. La rencontre polarise dans l’être, mais dans le mouvement de ce qui va vers l’Autre pour instaurer la paix et la justice. Pour Levinas celle-ci serait la source de légitimé de l’État ; et si l’État n’accomplissait pas cette vocation, s’il ne permettait pas les relations interpersonnelles ou s’il occupait leurs place, il serait illégitime. La politique est le moment en que le Moi s’ouvre à l’alterité de l’autre, en restant en garde de la responsabilité par l’Autre dans la relation du face-à-face. La politique commence dans l’instant où la subjectivité humaine pleinement alerte de sa responsabilité par l’autre, par le face-à-face, prend la conscience du tiers. Cela signifie faire une déposition du sujet autonome de la modernité de son pouvoir de légiférer les principes qui gouvernent la dimension de la justice. / O trabalho investiga a relação entre ética e política a partir da categoria de Alteridade em Levinas. Nas obras Entre Nós, Totalidade e Infinito, De Otro modo que ser o más allá de la Esencia e a Difícil Liberdade aparecem a Ética, a Política e a Sociabilidade como temas articulados. Nestas obras o “face a face” é visto não em si mesmo. Se fosse visto por si só, não possibilitaria o pensar com o outro e também não seria possível pensar a edificação de uma sociedade humana. A Etica prescreve uma política e um direito. A proposta para esta realização é a filosofia da alteridade. A ética como filosofia primeira é o respeito à alteridade do outro. A responsabilidade pelo outro exige reposicionar a autonomia num novo patamar do pensamento. O Eu nunca existiu nem existirá numa independência absoluta de autonomia total. O sujeito é histórico e social nasce sempre numa relação plural. É a alteridade que possibilita a constituição do Eu. Se o Outro não existisse, o Eu perderia a condição de possibilidade de seu existir enquanto sujeito histórico. A ética é vista, então, como a dimensão capaz de reestruturar as relações humanas a partir do respeito pela alteridade de cada membro da relação. A ética moderna da autonomia fecha as portas para a alteridade. Na análise de Levinas um dos problemas levantados, a propósito da crítica ao sujeito autônomo da modernidade, é que a alteridade se apresenta a ele como sendo idêntica às outras coisas, não há diferenciação entre o Outro e os demais objetos. O Outro não é uma posição do Eu – mas uma interpelação permanente. A presença do Outro diante do Eu, na perspectiva da autonomia moderna, é uma presença subjugada e dominada. Levinas fez um alerta na obra Totalidade e Infinito, dizendo que o face a face, por si só, não possibilitaria o pensar a edificação da sociabilidade humana, é neste aspecto que a ética proposta por Levinas tem uma prescrição política. Após identificar as condições nas quais se dá o confronto e a atualização da ética, da política e da sociabilidade, mais facilmente compreende-se como se justifica a ética e a política em Levinas. A assimetria que marca a relação com a alteridade do Outro exige repensar as noções de regulação, igualitarismo, sociabilidade e emancipação. A pluralidade concreta é a marca das relações humanas e as caracteriza como encontro plural. A política “acontece” com a chegada do Terceiro, sobre os parâmetros que dizem respeito à organização da Pluralidade humana.A justiça acontece com a necessidade de comparar o Outro ao Terceiro. O encontro tem sentido como realização da Justiça. A significância que motiva o agir ético não está mais polarizado no ser, mas no movimento do que vai em direção ao Outro para instaurar a paz e a justiça. Para Levinas esta seria a fonte de legitimidade do Estado; e se o Estado não cumprisse esta vocação, se não permitisse as relações interpessoais ou ocupasse o lugar delas ele seria ilegítimo. A política é o momento em que o Eu se abre à alteridade do outro, ficando em alerta da responsabilidade pelo Outro na relação do face a face. A política começa no instante em que a subjetividade humana plenamente alerta de sua responsabilidade pelo outro, pelo face a face, toma consciência da presença do Terceiro. Isto significa fazer uma destituição do sujeito autônomo da modernidade do seu poder de legislar os princípios que regem a dimensão da justiça.
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A armação de ferro : história, historiografia e filosofia da história em Michel FoucaultRüdiger, Francisco January 1987 (has links)
Resumo não disponível
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Simone Weil : pensamento moderno e razão supranaturalMaia, Thaïs Lemos de Oliveira 18 September 2009 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasilia, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2009. / Submitted by Raquel Viana (tempestade_b@hotmail.com) on 2011-06-16T20:43:03Z
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2009_ThaisLemosOliveiraMaia.pdf: 359704 bytes, checksum: d373fc10867c375964470c39bf5ce899 (MD5) / Este trabalho analisa as considerações de Simone Weil no tocante à relação entre o pensamento moderno e os movimentos totalitários do início do século XX e apresenta a proposta da filósofa para o desenvolvimento de uma nova cultura, inspirada nos ideais clássicos e fundada sobre as noções de equilíbrio e harmonia. Considerando a cultura européia do período entre as duas guerras mundiais uma cultura da força, que privilegia o poder em detrimento do humano, Weil postula que é preciso rever os valores ocidentais modernos e que é preciso que os intelectuais intervenham na criação e desenvolvimento de estruturas sociais que promovam as condições de possibilidade para ampla realização do homem. Nesse sentido, o pensamento weiliano perscruta a condição mesma do ser humano e reencontra a razão supranatural, que relaciona o homem ao universo, aos outros homens e a ele mesmo, condição necessária ao estabelecimento da harmonia e da ordem no mundo. A partir dessa constatação, Weil entenderá que o desenvolvimento de uma nova cultura que se oponha à força e à opressão exige a reunião do pensamento natural com a razão supranatural, o que se pretende mostrar neste trabalho. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work analyses Simone Weil’s considerations regarding the relations between the modern thought and the totalitarian movements of the beginning of the 20th century. It presents the philosopher’s proposal for the development of a new culture, inspired by the ideals developed by the classical Greek period, based on concepts of balance and harmony. Considering the European culture of the period between the two world wars as a culture of force, that emphasizes power at the expenses of humanity, Weil argues that we must review the values of modern civilization, we need the intellectuals put in the process of creating and developing social structures to promote the conditions of possibility for the broad fulfillment of the human being. Accordingly, Weil’s thought scan the human condition and finds in this process the supernatural reason, which relates man to the universe, to other men and to himself, as the necessary condition for the establishment of the principles of balance and order in the world. From these considerations, as we intend to show here, Weil concludes that the development of a new culture that opposes to the culture of force and oppression demands that natural thought be united again to the supernatural reason. _______________________________________________________________________________ RESUMÉ / Ce travail analyse les considérations de Simone Weil en ce qui concerne la relation entre la pensée moderne et les mouvements totalitaires du début du XX ème siècle et présente la proposition de la philosophe pour le développement d'une nouvelle culture, inspirée dans les idéaux classiques et fondée sur les notions d'équilibre et d'harmonie. Weil considère la culture européenne de l'entre-deux-guerres une culture de la force, qui privilégie le pouvoir plutôt au détriment de l'humain et postule qu’ il faut revoir les valeurs occidentales modernes, qu'il est nécessaire que les intellectuels interviennent dans la création et le développement de strutures sociales qui promeuvent les conditions de possibilité pour une ample realization de l'homme. Dans ce sens, la pensée weilienne cherche avec minutie la condition même de l'etre humain et retrouve la raison surnaturelle que rapporte l'homme à l'univers, à d'autres hommes et à luimême, condition nécessaire a l'établissement de l'harmonie et de l'ordre dans le monde. De cette constatation, Weil comprendra que le développement d'une nouvelle culture que s'oppose à la force et à l'oppression exige la réunion de la pensée naturelle avec la raison surnaturelle, comme on a l'intention de montrer dans ce travail.
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As objeções de Pierre Bayle no Dictionnaire Historique et Critique à hipótese espinosista de uma só substânciaNegrão, Andréa de Faria Franco January 2006 (has links)
Resumo não disponível
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