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Polyploid origin and karyotype evolution in Myrsine L.CARVALHO, R. F. 29 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-29 / A poliploidia desempenha um papel relevante na diversificação e especiação das Angiospermas, incluindo a família Primulaceae. Espécies diploides, tetraploides e octaploides são reportadas para os gêneros Cyclamen, Dodecatheon e Primula, mas os aspectos evolutivos que conduzem às mudanças cromossômicas são pouco compreendidos. Para expandir o conhecimento sobre esse assunto em Primulaceae, nós estudamos três espécies de Myrsine (M. coriacea, M. umbellata e M. parvifolia) que mostram diferentes habilidades para ocupar os variados tipos de vegetação dentro da Mata Atlântica brasileira. A caracterização citogenética evidenciou indivíduos com 2n = 45 cromossomos para M. parvifolia e M. coriacea, com a maioria dos indivíduos das três espécies tendo 2n = 46. Os cariogramas apresentaram pares de cromossomos morfologicamente semelhantes e distintos, sugerindo uma origem monofilética e alopoliploide verdadeiro para as três espécies. Além disso, um evento de pós-poliploidização relacionado a rearranjos cromossômicos estruturais foi evidenciado a partir de diferenças no valor médio nuclear 2C e morfometria dos cromossomos encontrados entre as espécies. Assim como tem sido feito para outras espécies, abordagens de citogenética e de tamanho do genoma acuradas representam um ponto de partida para o entendimento da origem e influência da poliploidização e mudanças pós-poliploidização no cariótipo das espécies de Myrsine. Além disso, a ocupação diversa das espécies de Myrsine em ambientes distintos pode ser atribuída à alopoliploidia e seus efeitos. Portanto, este estudo pioneiro de Myrsine fornece informações sobre o papel relevante da poliploidia na evolução do cariótipo e diversificação em Primulaceae.
Palavras-chave: Citogenética, citometria de fluxo, Floresta Atlântica, Myrsinaceae, poliploidia, Rapanea.
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Pteridófitas da Floresta Atlântica ao Norte do Rio São Francisco: florísitca, biogeografia e conservaçãoSANTIAGO, Augusto César Pessôa January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Floresta Atlântica é reconhecida como um dos 25 hotspots para a conservação da
biodiversidade mundial, abrigando um número elevado de animais e vegetais, além de outros
organismos e contribuindo de forma significativa para o status de megadiversidade do Brasil. Apesar
de séculos de estudos na região, o conhecimento de muitos táxons ainda é escasso e isto é essencial nas
estratégias de conservação a serem tomadas. Isto é de extrema importância, já que apesar da crescente
atividade conservacionista no país, muito ainda deve ser feito para preservar a biodiversidade local. A
porção nordestina da Floresta Atlântica sofreu grande redução e é um dos ecossistemas mais
degradados no território brasileiro. Um dos grupos que se destaca na megadiversidade do Brasil é o das
pteridófitas, com cerca de 1.200 espécies, correspondendo a aproximadamente 30% do registrado para
as Américas e 10% do total mundial. Estas plantas ocorrem normalmente em florestas úmidas e
chuvosas, sendo bem representativas na Floresta Atlântica brasileira, que abriga também um dos
centros de endemismo e especiação do grupo (nas regiões Sul-Sudeste). O presente trabalho teve os
seguintes objetivos: (1) avaliar a riqueza de pteridófitas na Floresta Atlântica ao norte do Rio São
Francisco, considerando a distribuição geográfica e altitudinal das espécies, bem como a raridade do
grupo na região e sua distribuição nos Estados analisados; (2) verificar as relações biogeográficas desta
floresta com a Floresta do Sudeste e com a Floresta Amazônica, considerando a distribuição da
pteridoflora e (3) avaliar o status de conservação do grupo em Pernambuco visando elaborar uma lista
de espécies ameaçadas de extinção. Dentre os Estados abrangidos no presente estudo, Pernambuco é o
mais bem estudado em relação às pteridófitas e a maior parte das espécies está distribuída na Floresta
Atlântica. Os Estados selecionados para a presente pesquisa foram Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio
Grande do Norte. No intuito de conhecer as espécies ocorrentes na região foram visitados os principais
herbários do Nordeste, foi feita uma revisão bibliográfica dos estudos desenvolvidos com as
pteridófitas e foram realizadas coletas em remanescentes locais. Para avaliar as relações biogeográficas
entre a Floresta Atlântica ao norte do Rio São Francisco (considerando os Brejos Nordestinos > 600m e
o Centro Pernambuco < 600m) com a Floresta Atlântica do Sudeste e a Floresta Amazônica foi
utilizada a Análise de Parcimônia de Endemismo (PAE), a partir do programa Winclada 0.9.99m24.
Também foi verificado se a distribuição da pteridoflora entre as unidades biogeográficas da Floresta
analisada (Brejos Nordestinos e Centro Pernambuco) seria mais semelhante entre as áreas de uma
mesma unidade. Para este propósito foi construído um dendograma, baseado no Índice de Similaridade
de Sorensen e com o método de ligação UPGMA, através do programa NTSYS 2.01t. A elaboração da lista das espécies de pteridófitas ameaçadas de extinção foi baseada nos parâmetros da IUCN. Os dados
encontrados revelaram uma riqueza de 254 espécies e cinco variedades ocorrentes na Floresta
Nordestina, onde 25% destes táxons infra-genéricos podem ser considerados raros e apenas duas
espécies são restritas à região. No estado de Pernambuco, cerca de 1/3 da pteridoflora pode ser
considerada ameaçada de extinção. A maioria das espécies registradas para a região é amplamente
distribuída nos Neotrópicos e dentro do território brasileiro. A maioria das espécies se mostrarou
indiferente à variação altitudinal, mas 39 foram exclusivas de terras baixas e 66 só ocorreram em áreas
acima de 600m. Duas novas referências são registradas para a região (Pteris sp. e Pecluma recurvata
(Kaulf.) M.G. Price). Muitas das espécies citadas para o estado da Paraíba ainda não haviam sido
referidas em publicações, como o caso de Metaxya rostrata (Kunth) C. Presl., coletada no
desenvolvimento do presente trabalho e que possui interessantes características de distribuição no
território brasileiro e raridade na Floresta Atlântica. Os dados encontrados mostram a importância da
pteridoflora local e também a sua fragilidade, indicando que deve ser dada atenção para a conservação
de áreas onde se concentram a diversidade e raridade de espécies, com a criação de Unidades de
Conservação ou implementação daquelas que não funcionam adequadamente. Os resultados obtidos
com a PAE não corroborou as hipóteses que sugerem uma maior relação entre as áreas dos Brejos
Nordestinos + Florestas do Sudeste e Centro Pernambuco + Floresta Amazônica e também não foi
observada uma maior similaridade entre as áreas de uma mesma unidade biogeográfica da Floresta
Nordestina. Isto provavelmente ocorre pela ausência de barreiras geográficas na região que impedem a
migração das pteridófitas nos fragmentos dentro da região, já que este grupo possui alta capacidade de
dispersão
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Florística, aspectos ecológicos e distribuição altitudinal das pteridófitas em remanescentes de Floresta Atlântica no estado de Pernambuco, BrasilLOPES, Marcelo Sousa January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Os fragmentos de
Floresta Atlântica presentes no nordeste do brasil, ainda apresentam uma flora rica e
diversificada, abrangendo muitos grupos taxonômicos. Com o objetivo de ampliar o
conhecimento florístico e ecológico para o grupo das pteridófitas, foi selecionado um
remanescente florestal situado na Zona da Mata Sul, no estado de Pernambuco, entre os
municípios de Jaqueira e Lagoa dos Gatos. Realizou-se estudo florístico, ecológico e de
distribuição altitudinal, abrangendo cinco matas de um fragmento contínuo, classificado
como Floresta Estacional Semidecidual Montana, conhecido localmente como Serra do
Urubu e que corresponde a aproximadamente 500ha de floresta. O estudo indicou a
presença de 145 espécies, distribuídas em 52 gêneros e 18 famílias, sendo o nível altitudinal
600-713m o mais representativo qualitativamente. Grupos como Grammitidaceae e
Elaphoglossum Sm. foram encontrados apenas nessa faixa altitudinal, a qual está sujeita a
maior nebulosidade e pluviosidade. O estudo realizado corresponde a 46,6% da flora
pteridofítica conhecida para Pernambuco, evidenciando 17 novas referências para o
Nordeste do Brasil e 10 para Pernambuco. Quanto aos aspectos ecológicos observados nas
pteridófitas das áreas estudadas, a maioria das espécies apresentou hábito herbáceo (82%),
sendo terrícolas (45%), no interior da mata (38%), ocorrendo preferencialmente como
ciófilas e mesófilas (32%). A forma de vida predominante foi a hemicriptófita (58%)
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A floresta atlântica e a educação ambientalSouza, Cristina 01 October 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-10-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Uno de los patrimonios naturales brasileros que vine sufriendo más degradaciones hace años, es la Floresta Atlântica. Su exuberância y biodiversidad llaman la atención no solamente de los encuestadores, y si de todas lãs personas procupadas con la vida de diferentes espécies.La Idea de este trabajo es como el bioma de la Floresta Atlântica, a peasr de ser tan complejo y diverso y 120 millones de brasileros vivan em este domínio (Schäffer e Prochnow 2002),puede pasar desapercebido por la educación escolar. Lãs ciudades expandem sus limites y la Floresta Atlântica se fragmenta, transformandose em verdaderas islas, donde quedan isoladas algunas espécies de animales y plantas. Estos fragmentos florestales son limitados por edifícios e condomínios cerrados, que desequilibran los recursos hídricos, la flora, la fauna y la biodiversidad, lo que nos lleva inevitablemente a um porceso de pobreza y degradación biológica inminente. La presión ejercida sobre los ecosistemas asociados de la Floresta Atlantica es enorme, principalmente aquella que proviene de la especulación inmobiliaria y de la expación urbana. Partiendo Del pricípio que para preservar es necesário conocer, este estúdio verifico, através de los alumnos de quarto grado de la Escuela Provincial Amadio Dallago, em la ciudad de Camboriú/SC, las concepciones que los alumnos tienen de la floresta; que acurrió para que tengan estas concepciones; sobre cual contexto la Floresta Atlântica es conocida por los alumnos; y interpretando hasta que punto el profesor es determinante delante de estas concepciones de la floresta que los alumnos de cuatro grado Del primário tienen / Um dos patrimônios naturais brasileiro que mais vêm sofrendo degradações ao longo dos anos é a Floresta Atlântica. Sua exuberância e biodiversidade chamam atenção não somente dos pesquisadores, mas de todas as pessoas preocupadas com a vida das variadas espécies. A idéia desse trabalho é como o ecossistema Floresta Atlântica, apesar de ser tão complexo e diverso e 120 milhões de brasileiros viverem nesse domínio, pode passar despercebido pelaeducação escolar. As cidades vão expandindo seus limites e a Floresta Atlântica fragmentando-se, tornando-se verdadeiras ilhas, onde ficam isoladas algumas espécies de animais e plantas. Esses "fragmentos florestais" são limitados por prédios e condomínios, desequilibrando ainda mais os recursos hídricos, a flora, a fauna e a biodiversidade, que conduz inexoravelmente a um processo de empobrecimento e degradação biológica iminente. A pressão exercida sobre os ecossistemas associados da Floresta Atlântica é enorme, notadamente aquela decorrente da especulação imobiliária e da expansão do tecido urbano. Partindo do princípio que para preservar é preciso conhecer, o presente estudo verificou, através dos alunos de quarta série da Escola Estadual Amadio Dallago, na cidade de Camboriú/SC, as concepções que os alunos têm de floresta; o que ocorreu para terem essas concepções; em que contexto a Floresta Atlântica é conhecida por esses alunos; e interpretando até que ponto o professor é determinante diante dessas concepções de floresta que os alunos de quarta série do Ensino Fundamental Séries Iniciais possuem.
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Análise do componente regenerativo e atributos funcionais do sub bosque de plantios arbóreos antigosMalysz, Marcelo January 2016 (has links)
A fragmentação e a redução das Florestas naturais vem ocorrendo em muitas partes do mundo. Enquanto isso, as plantações de árvores para fins de silvicultura aumentam em extensão, muitas vezes substituindo áreas anteriormente cobertas pela vegetação natural. Considerando a situação florestal atual, as tentativas de aumentar a cobertura florestal natural são metas importantes no mundo todo. Este trabalho tem como principais objetivos: Avaliar a estrutura arbórea e regenerativa em monoculturas de espécies arbóreas (sem manejo) e áreas nativas. Avaliar a semelhança da regeneração nativa com as áreas de plantio. Estimar a influência de fatores ambientais sobre a regeneração de espécies nativas. Descrever a estrutura funcional do componente arbóreo adulto e regenerativo. Avaliar a diferenciação dos atributos funcionais entre as áreas e a influência dos fatores ambientais sobre esta variação. Este estudo foi realizado na Floresta Nacional de Passo Fundo, localizada no município de Mato Castelhano, Rio Grande do Sul, Brasil. Para tanto, foram selecionadas aleatoriamente cinco unidades amostrais para cada área. Dentro de cada uma das unidades amostrais foram demarcadas 10 subunidades para o levantamento do componente arbóreo adulto e regenerativo. O levantamento da vegetação mostrou que, além das áreas de Floresta Nativa, os plantios apresentaram um recrutamento de espécies tanto em fase regenerativa quanto adulta. No entanto, os plantios, no decorrer do tempo, causaram diferenças nas características do solo. Isto implicou em diferenças notáveis em termos de composição. Apesar destas diferenças, o estabelecimento de espécies nas áreas de plantio foi abundante, apresentando diversas famílias ocorrentes na Floresta Nativa. O componente adulto apresentou diferenças significativas para os traits entre as comunidades, enquanto o regenerativo apresentou apenas pequenas diferenças. A análise RLQ demonstrou a separação das áreas para ambos os componentes indicando diferenças na composição específica, funcional, edáfica e de incidência de luz. Nosso estudo mostra que devido ao componente regenerativo bem desenvolvido das áreas de plantios é possível a transformação dessas áreas em florestas naturais. Também podemos concluir que a ação das plantações como filtros ambientais influenciam diretamente o recrutamento e a riqueza de espécies assim como a diversidade funcional.
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Interações e funções ecológicas desempenhadas por Scarabaeinae (Coleoptera: Scarabaeidae) e térmitas (isoptera) em áreas de pastagem e fragmentos de Mata Atlãntica no sul de Minas Gerais, BrasilALVES, Frederico Resende 27 August 2015 (has links)
Besouros rola-bosta e cupins são insetos de grande importância ecológica devido aos serviços ambientais que realizam nos sistemas de solo em que vivem. A destruição do habitat causa mudanças na diversidade em ambos os grupos e algumas espécies conseguem se beneficiar desta nova realidade, tendo sua abundancia aumentada. Mesmo com a destruição do habitat esses insetos continuam a realizar a remoção de fezes, mas de maneira não tão eficiente como em seus habitats preservados. Este trabalho visou analisar o efeito da fragmentação da Mata Atlântica na diversidade e na remoção de fezes de cupins coprófagos facultativos e escarabeídeos. O estudo foi conduzido na região sul - mineira próxima ao município de Alfenas, em dois sistemas de uso de solo diferentes: fragmentos florestais de Mata Atlântica e pastagens. Para coletar escarabeídeos, pitfalls foram utilizados e arenas de avaliação foram montadas para verificar a taxa de remoção de fezes. Os cupins foram capturados por coleta direta em placas de excremento nos pastos e por meio de armadilhas com malhas com aberturas diferentes, que também foram utilizadas para avaliar a taxa de remoção de fezes pelos cupins.Os resultados mostraram que os besouros rola-bosta foram mais abundantes durante a estação chuvosa. Adicionalmente, a remoção de fezes realizada por esses insetos foi maior durante o período de chuvas e nos fragmentos de bosque. Já nos cupins, a remoção de fezes foi maior durante a estiagem e nas pastagens. Térmitas coprófagas mostraram preferência por fezes secas, enquanto que os besouros preferiram fezes úmidas. Esses resultados sugerem que a inversão da preferência por fezes leva a uma competição indireta entre besouros rola-bosta e cupins. Os escarabeídeos utilizam as fezes úmidas, já que eles se alimentam do liquido rico em nutrientes e microrganismos. Quando a perda de água torna-se mais acentuada, os escarabeídeos que abandonam as massas fecais, mesmo não sendo totalmente consumidas. Já as fezes secas são exploradas pelas térmitas durante a estiagem. Neste contexto, cupins coprófagos facultativos são mais eficientes na remoção de fezes durante a estiagem. Desta maneira ocorre uma competição indireta entre eles, pois os cupins só conseguirão fazer uso das fezes em áreas e períodos onde a diversidade de besouros é menor. / Dung beetles and termites are insects of great ecological importance due to the environmental services that they provide. Habitat fragmentation has a negative effect on both insect groups but some species can benefit by increasing their abundance. Even in degraded habitats, these insects continue to perform their environmental services, but not as efficient as occur in preserved areas. This study aimed to analyze the effect of habitat fragmentation on the diversity and feces removal of facultative coprophagous termites and dung beetles. The study was conducted in two different land use systems located in Alfenas-MG, southeastern Brazil: forest fragments of Atlantic rain forest and pastures. Dung beetles were collected by using pitfall traps and termites were captured directly from excrement plates. Feces removal was evaluated in artificial arenas (beetles) and with traps (termites) with different mesh openings. The results showed that dung beetles were more abundant during the rainy season. Additionally, the removal of feces was higher in the forest fragments during this season. On the other hand, termites removed more feces in the pastures during the dry season. Termites showed preference for dried feces whereas beetles were observed exploiting humid feces since they feed on the liquid rich in nutrients and microorganisms. The results suggest a tradeoff between food preference and removal of feces through the seasons leading to an indirect competition among these insects. When the loss of water becomes more pronounced, the dung beetles leave fecal masses which are then exploited by the termites. This effect is more pronounced in the pastures during the dry season. In this context, termites were more efficient in feces removal in degraded areas were the diversity of dung beetles is low. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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Estratégias funcionais das espécies dominantes na sucessão florestal na Amazônia CentralFernandes Neto, José Guedes 28 May 2015 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2015-12-15T15:40:14Z
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Previous issue date: 2015-05-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The study of the functions performed by species in plant communities makes an important contribution to understanding the dynamics of communities and their effects on ecosystem functioning. Thus, community assembly patterns may be better understood in this functional perspective when compared to a strictly taxonomic perspective and comparisons between regions and biomes become feasible through the functional traits. The functional traits dynamics along secondary succession is a good opportunity to analyze the communities’ assemblies in face the ecological factors that cause these forests. The role of dominant species is crucial in this process because they reflect the responses to disturbances and contribute to the initial dynamics of ecosystem functioning. Thus, this study analyzed the functional traits dynamics of the dominant species in two successional trajectories in secondary forests north of Manaus. For this, the data collected over 14 years by Projeto Pioneiras at Biological Dynamics of Forest Fragments Project were used to calculate the dominant species in basal area in the forests converted to pasture (FCP) and the clear-cut vegetation forest (FCR). Leaf area, Leaf Dry Mass Content, Specific Leaf Area and Wood Density were the functional traits collected for 167 individuals of 26 species and had their community weighted mean (CWM) calculated according to basal area in the year evaluated for each transect. The height and diameter at breast height were also collected and the Seed Weight was obtained through literature. In FCP was obtained only one significant relationship to the succession of time: the CWM – Wood Density. For FCR CWM - Leaf Area, Leaf Dry Mass Content, Specific Leaf Area and Seed Weight had significant relationships varying with the line slope. The functional trajectory of transects shows that clear cut forests have a greater extent than the forest derived from pasture and an apparent directionality in succession. The functional richness (FRic) showed no significant difference between the areas, but this is marginally significant (t = 2.0504, p = 0.0659). These results corroborate other studies on the possibility of succession lying arrested in forests derived from agricultural activity, which can result in loss of species and functional diversity, forest's resilience to support future impacts and its ecosystem services declining in quality. / O estudo das funções desempenhadas pelas espécies nas comunidades vegetais traz uma importante contribuição na compreensão da dinâmica das comunidades e seus efeitos no funcionamento do ecossistema. Deste modo, padrões de organização das comunidades podem ser melhor compreendidos nesta perspectiva funcional quando comparados com uma perspectiva estritamente taxonômica, e comparações entre regiões e biomas tornam-se factíveis através dos atributos funcionais. A dinâmica de atributos funcionais ao longo da sucessão secundária é uma boa oportunidade para analisar a organização de comunidades frente aos fatores ecológicos que originam estas florestas. O papel das espécies dominantes é fundamental neste processo, pois, estas refletem as respostas aos distúrbios e contribuem na dinâmica inicial do funcionamento do ecossistema. Sendo assim, este trabalho analisou a dinâmica de atributos funcionais das espécies dominantes em duas trajetórias sucessionais em florestas secundárias ao norte de Manaus. Para isso, os dados coletados ao longo de 14 anos pelo Projeto Pioneiras do Projeto de Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais foram utilizados para calcular as espécies dominantes em área basal nas florestas convertidas a pastagem (FCP) e nas florestas de corte raso da vegetação (FCR). Área Foliar, Teor de Massa Seca da Folha, Área Foliar Específica e Densidade da Madeira foram os atributos funcionais coletados para 167 indivíduos de 26 espécies e tiveram suas médias ponderadas da comunidade (CWM) calculadas conforme a área basal no ano avaliado para cada transecto. A Altura e Diâmetro a Altura do Peito também foram coletados e o Peso das Sementes foi obtido através de dados da literatura. Para as FCP foi obtida apenas uma relação significativa com o tempo de sucessão: o CWM – Densidade da Madeira. Para as FCR o CWM – Área Foliar, Teor de Massa Seca da Folha, Área Foliar Específica e Peso das Sementes tiveram relações significativas variando conforme a inclinação da reta. A trajetória funcional dos transectos demonstra que as florestas de corte raso possuem uma maior extensão do que as florestas derivadas de pastagem e uma aparente direcionalidade na sucessão. A riqueza funcional (FRic) não apresentou diferença significativa entre as áreas, porém este valor é marginalmente significativo (t = 2,0504, p = 0,0659). Estes resultados corroboram com outros estudos sobre a possibilidade da sucessão encontrar-se estagnada em florestas derivadas da atividade agropecuária, o que pode resultar em perda da diversidade de espécies e funcional, da capacidade da floresta em suportar impactos futuros e que os seus serviços ecossistêmicos decaiam em qualidade.
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Ecofisiologia de espécies arbóreas no dossel e sub-bosque de uma floresta ombrófila densa na Amazônia central em ano de el niñoSantos , Victor Alexandre Hardt Ferreira dos 09 March 2016 (has links)
Submitted by Gizele Lima (gizele.lima@inpa.gov.br) on 2016-08-29T13:15:09Z
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Previous issue date: 2016-03-09 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The reduction of water availability in severe drought conditions, e.g. El Niño, can influence the photosynthesis of tree species in the canopy and understory of tropical forests through changes in steps associated with the assimilation of CO2 (e.g. diffusive and photochemical step). However, it is also known that changes in the availability of irradiance along the vertical profile of rainforests can lead to tree species develop different mechanisms of harvesting and use of this resource. Were investigated in trees species of canopy and understory of a Central Amazonian rain forest the seasonality effects in an El Niño year over photosynthetic leaf traits (Chapter 1) and, the mechanisms of irradiance harvesting and use which allowing complementarity in use of this resource in canopy and understory (Chapter 2). In the chapter 1 were investigated photosynthetic leaf traits related to gas exchange (PNmax - light saturated photosynthesis; gs - stomatal conductance; E - leaf transpiration e Rd - leaf dark respiration), leaf chlorophyll concentration, photochemical performance (Fv/Fm - maximal quantum yield of photosystem II; PIABS - performance index, PItotal - total performance index) and leaf contents of nitrogen, phosphorus and potassium, during four seasonal precipitation periods, wet (April), wet/dry transition (July), dry (September) and dry/wet transition (November) in the 57 plants belonging to 52 tree species in the forest canopy and understory environments. PNmax reduced during the dry season due to a strong stomatal limitation. The maintenance of photochemical performance and chlorophyll concentration may have favored the PNmax recuperation during the rainfall events in dry/wet transition season. With respect to leaf nutrients contents, the phosphorus was more related to photosynthesis, while higher potassium accumulation was observed in the understory during the dry season. In the chapter 2, the canopy and understory tree species were compared with respect to mechanisms of irradiance harvesting and use. Therefore, were investigated morphoanatomical (LMA – leaf mass area, leaf tissue thickness) and functional leaf traits (leaf chloroplastid pigments, phosphorus and nitrogen content, chlorophyll a fluorescence parameters and gas exchange). Higher photosynthesis values were related with higher leaf mass area, palisade thickness, leaf nitrogen and phosphorus content and photochemical performance in electron transport steps associated with photosystem I. In the other hand, in the understory a higher chloroplastid pigment concentration, chlorophyll nitrogen partition and maximal quantum efficiency for primary photochemistry improve the irradiance harvesting. These traits together with a reduced leaf dark respiration, provided low light compensation point. In summary, the chapter 1 highlights the dry season photosynthesis reduction primarily provided by stomatal conductance limitation and the maintenance of photosynthetic apparatus even in severe dry conditions. The chapter 2 provides evidence for concluding that tree species in the canopy efficiently use the high available irradiance, while in the understory the irradiance harvesting efficiently and reduced leaf dark respiration ensure the positive carbon budget maintenance. / A redução da disponibilidade hídrica em condições de seca severa, por exemplo El Niño, pode influenciar a fotossíntese em espécies arbóreas no dossel e sub-bosque de florestas tropicais mediante alterações em etapas associadas à assimilação de CO2 (e.g. etapa difusiva e fotoquímica). Mas, sabe-se também que a variação na disponibilidade de irradiância ao longo do perfil vertical de florestas tropicais pode levar as espécies arbóreas a desenvolverem diferentes mecanismos de captação e uso desse recurso. Assim, foram investigados em espécies arbóreas no dossel e sub-bosque de uma floresta ombrófila densa na Amazônia Central os efeitos da sazonalidade, em ano de ocorrência de El Niño, sobre as características fotossintéticas (Capítulo 1) e os mecanismos de captação e uso da irradiância que permitem a complementariedade no uso desse recurso nos ambientes dossel e sub-bosque (Capítulo 2). No capítulo 1 foram investigadas as características fotossintéticas foliares relacionadas às trocas gasosas (PNmax - fotossíntese máxima; gs - condutância estomática; E - transpiração e Rd - respiração foliar no escuro), concentração foliar de clorofila, desempenho fotoquímico (Fv/Fm - eficiência quântica máxima do fotossistema II; PIABS - índice de desempenho na base ABS, PItotal - índice de desempenho total) e os conteúdos foliares de nitrogênio, fósforo e potássio, durante quatro períodos sazonais de precipitação, chuvoso (abril), transição chuvoso/seco (julho), seco (setembro) e transição seco/chuvoso (novembro) em 57 plantas pertencentes a 52 espécies arbóreas nos ambientes de dossel e sub-bosque florestal. PNmax reduziu durante o período seco em função de uma forte limitação estomática. A manutenção do desempenho fotoquímico e concentração de pigmentos cloroplastídicos, ao longo do período seco, pode ter favorecido a recuperação dos valores de PNmax após o retorno da precipitação durante o período de transição seco/chuvoso. O fósforo esteve mais relacionado à fotossíntese ao longo dos períodos investigados, enquanto o maior acúmulo de potássio foi observado no sub-bosque durante o período seco. No capítulo 2, os mecanismos de captação e uso da irradiância foram comparados em espécies arbóreas no dossel e sub-bosque. Para tanto, foram investigadas características morfoanatômicas (MFE - massa foliar específica; espessura de tecidos foliares) e funcionais foliares (teores foliares de pigmentos cloroplastídicos, fósforo e nitrogênio; parâmetros do transiente polifásico de fluorescência da clorofila a e trocas gasosas). Maiores valores de fotossíntese no dossel foram relacionados com maiores valores de massa foliar específica, espessura do parênquima paliçádico, conteúdo foliar de nitrogênio e fósforo e, principalmente, eficiência fotoquímica nas etapas do transporte de elétrons associadas ao fotossistema I. Por sua vez, no sub-bosque uma maior concentração de pigmentos cloroplastídicos, alocação de nitrogênio para clorofilas e eficiência quântica máxima do fotossistema II aprimoraram a captação da irradiância. Essas características, juntamente com reduzida respiração foliar no escuro, proporcionaram menores valores de irradiância no ponto de compensação. Em síntese, o capítulo 1 destaca a redução na fotossíntese durante o período seco em ano com ocorrência de forte El Niño primariamente proporcionada pela redução na condutância estomática, mas com a manutenção da funcionalidade e estrutura do aparato fotossintético mesmo em condições de seca severa. O capítulo 2 fornece evidências que permitem concluir que espécies arbóreas no dossel possuem traços anatômicos e funcionais associados a eficiente utilização da elevada irradiância disponível, enquanto no sub-bosque a eficiência na captação da irradiância dispersamente disponível e a reduzida respiração foliar asseguram a manutenção do balanço positivo de carbono.
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Distribuição e intensidade de derrubadas de floresta causadas por vento na Amazônia em janeiro de 2005Araujo, Raquel Fernandes de 05 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / A large number of blowdowns occurred in Amazonia in mid-January of 2005 when a squall
line traversed 4.6 million km2 of forest, propagating from SW to NE. This paper describes the
spatial distribution of blowdown forest damage and tree mortality across Amazonia attributed
to that event, considering disturbance patches > ~3 ha in size. In Landsat images, blowdowns
associated with the January 2005 squall line exhibit a distinct geometry. They are either
diffuse or have SW to NE directed lineaments. Thirty sample polygons were allocated across
the Amazon region, each containing 15,000 km2 of continuous forest. These were visually
inspected at 1:80,000 scale in Landsat TM RGB images (bands 5-4-3) from the 2005 dry
season. All blowdown footprints <~1y old and >~3 ha were recognized by spectral pattern
and geometry. After linear spectral unmixing with CLASLite, the disturbed pixels were
identified within each blowdown by a threshold of the pure vegetation fraction (≤85%) then
summed within each 15,000 km2 sample. The percent of forest damaged and attributed to this
single squall line was then interpolated between the 30 sample centroids. Based on field dates,
the mortality was estimate to the study area. As verified by field visits, diffuse blowdowns
observed on Landsat images were caused by January 2005 squall line. Damage was found to
be highly concentrated near Central Amazonia, not widespread. Nonetheless, blowdowns
attributed to this single squall line contributed over half of all annual blowdown area detected
in 30 samples across Amazonia for that year. The total number of dead trees in squall line
forest area was ~11 million trees. The major mortality occurred at Manaus region, with
~440,000 dead trees. Leaving a single Landsat scene out of the sample would cause a large
difference in the estimate of total damage. / Um grande número de distúrbios causados por vento (blowdowns) ocorreu na Amazônia em
janeiro de 2005, quando uma linha de instabilidade sentido sudoeste-nordeste percorreu 4,6
milhões de km2 de floresta. O presente trabalho descreve a distribuição espacial de dano
florestal e a mortalidade de árvores causadas por esse evento, considerando distúrbios maiores
que ~3 ha. Em imagens Landsat, blowdowns associados com a linha de instabilidade de
janeiro de 2005 exibiram uma geometria distinta. Eles podem ser difusos ou ter lineamentos
no sentido sudoeste-nordeste. Trinta amostras de ~15.000 km2 de floresta contínua foram
alocadas ao longo da região de passagem da linha de instabilidade. Essas foram inspecionadas
visualmente em uma escala de 1:80.000 em composições coloridas RGB 543 de imagens
Landsat TM da estação seca de 2005. Todos os blowdowns com idades menores que ~1 ano e
tamanho maior que 3 ha foram reconhecidos pelo padrão espectral e geometria. Depois de
realizado um modelo linear de mistura espectral usando o software CLASlite, os pixels de
dano foram classificados como blowdowns por meio de um limiar de fração de vegetação pura
(PV) menor ou igual a 85%. Os pixels de dano foram somados para cada amostra de ~15 mil
km2. A porcentagem de floresta danificada e atribuída à linha de instabilidade de janeiro de
2005 foi então interpolada entre os centróides das 30 amostras. A mortalidade foi estimada
para a área de estudo com base em dados de campo. Também com verificação em campo, foi
possível observar que os blowdowns atribuídos nas imagens como difusos foram causados
pela linha de instabilidade de janeiro de 2005. O dano atribuído a essa linha de instabilidade
esteve concentrado na região da Amazônia Central. No entanto, esse contribuiu com mais da
metade da área afetada nas 30 amostras analisadas para a Amazônia naquele ano. O número
de árvores mortas para a área de floresta por onde passou a linha de instabilidade foi de ~11
milhões. A maior mortalidade ocorreu na cena de Manaus, com ~440 mil árvores mortas. Se a
cena de Manaus fosse tirada da amostragem, haveria uma grande diferença na estimativa total
de dano.
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Ecologia histórica de florestas da bacia do rio Içana, alto rio Negro, Amazonas: um legado Baniwa nas paisagensMoraes, Juliano Franco de 19 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-19 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The Amazon rainforest is the largest rainforest of the world and is home to
a large proportion of the planet's biodiversity. Indigenous peoples live with this
biodiversity for thousands of years and it acquire their livelihood through a precise
knowledge about the biotic and abiotic relations of the forest. For a long time it
was believed that in pre-Columbian times these people would not have adapted
to forest conditions - such as poor and acid soils, and low amount of protein
available - and that this environment, considered hostile by modern man, would
have imposed major difficulties to people, making them mere passive animals
amid the "green hell" and not allowing large populations establish themselves.
However, this scenario has been modified since research has shown that large
pre-Columbian indigenous population lived in the Amazon rainforest and altered
it through changes in soil, species composition and landscape to the forest
environment became suitable to meet their demands. Information about the way
these people changed the landscapes without changing the forest resilience and
preserving biodiversity, as well as the extent to which these changes occurred,
remain poorly known, particularly in interfluvial forests. Our goal in this study was
to assess the human impact of centuries ago in interfluvial forests of Içana river
basin, upper Negro river, Brazil, and to verify if it has relation with the current
floristic composition. Floristic inventories were carried out in 12 plots located in
old management forests and 4 plots located in immemorial forests to the Baniwa
as regards the management. Soil samples were collected for analysis of sand,
ECEC, phosphorus, carbon and pH. Interviews were performed with indigenous
to obtain oral information about the management of landscapes. Interfluvial
forests from the historical territory Baniwa, located in the basin of Içana river,
which are up to 750 m of any water courses, contain about 1 4.7% of abundance
of managed tree species and are formed by a mosaic of cultural landscapes (old
inhabited areas abandoned by Baniwa over 200 years) and imemorial ancient
landscapes (areas that Baniwa refer to as intact for hundreds of years, not
knowing whether or not managed). In cultural landscapes the abundance of
managed species reached up to 57% and the average total basal area was 41.4
m² ha-1, 40% of biomass belonging to the species managed. Immemorial ancient
landscapes contain average 7.7% of abundance of managed species and
avarage total basal area of 35.1 m² ha-1 - with only 8% belonging to managed
species. The historical management Baniwa in landscapes became soil less
acidic through controlled burns that left large amounts of charcoal. Charcoal data
associated with biolinguísticos and historical data, allow us to suggest that the
management occurs in the region for over 4000 years, a time when the ancestors
of the Aruwak Baniwa arrived in the region. Old indigenous roundhouses located
amid the forest, and old management areas amid forest contained in the past
large amounts of managed species that were under care of the Baniwa. Once
abandoned, these areas became mature forests with abundance of managed
species - one Baniwa legacy left in the forests through the landscape
domestication. As the domestication of forests interfluvial the basin Içana river,
large portions of interfluvial Amazon forests may have been domesticated in preColumbian times. Currently, many of these forests are distributed in many
indigenous territories and keep them protected is crucial to prevent thousands of
species become extinct. Front to agricultural expansion and logging, protection of these forests is one of the greatest environmental challenges and must take
place with the help of people who managed them for centuries / A floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo e abriga uma
enorme proporção da biodiversidade do planeta. Povos indígenas convivem com
essa biodiversidade há milhares de anos e dela adquirem seu sustento por meio
de um preciso conhecimento acerca das relações bióticas e abióticas. Durante
muito tempo acreditou-se que em períodos pré-Colombianos esses povos não
teriam se adaptado às condições da floresta - como solos pobres e ácidos, e
baixa quantidade de proteína disponível - e que esse ambiente, considerado
hostil pelo homem moderno, teria imposto grandes dificuldades aos povos,
tornando-os meros animais passivos em meio ao “inferno verde” e não
permitindo que grandes populações se firmassem. Entretanto, esse cenário tem
sido modificado uma vez que pesquisas tem demonstrado que grandes
populações indígenas pré-Colombianas viveram na floresta Amazônica e a
alteraram por meio de mudanças em seu solo, sua composição de espécies e
sua paisagem para que o ambiente florestal se tornasse adequado para atender
suas demandas. Informações a respeito da maneira como esses povos
modificaram as paisagens sem alterar a resiliência da floresta e preservando sua
biodiversidade, assim como da extensão com que essas modificações
ocorreram, permanecem pouco conhecidas, principalmente em florestas de
interflúvio. Nosso objetivo nesse estudo foi avaliar o impacto antrópico, de
séculos atrás, nas florestas de interflúvio da bacia do rio Içana, alto rio Negro,
Brasil, e verificar se ele possui relação com a composição florística atual.
Inventários florísticos foram realizados em 12 parcelas localizadas em florestas
de áreas de antigo manejo Baniwa e 4 parcelas localizadas em florestas
imemoriais para os Baniwa quanto ao manejo. Amostras de solo foram coletadas
para análises de areia, ECEC, fósforo, carvão e pH. Entrevistas foram feitas com
os indígenas para obtermos informações orais sobre o manejo das paisagens.
As florestas de terra firme do território histórico Baniwa, localizado na bacia do
rio Içana, que estão a até 750 m de quaisquer cursos d’água, contêm cerca de
14,7% de abundância de espécies arbóreas manejadas e são formadas por um
mosaico de paisagens culturais (áreas habitadas abandonadas pelos Baniwa a
mais de 200 anos) e paisagens antigas imemoriais (áreas que os Baniwa se
referem como intactas há centenas de anos, não sabendo se foram ou não
manejadas). Em paisagens culturais a abundância de espécies manejadas
chegou a até 57% e a área basal total média foi de 41 ,4 m² ha-1, sendo 40%
dessa biomassa pertencente às espécies manejadas. Paisagens antigas
imemoriais contêm em média 7,7% de abundância de espécies manejadas e
área basal total média de 35,1 m² ha-1 - com somente 8% pertencente a espécies
manejadas. O manejo histórico Baniwa nas paisagens tornou os solos da região
menos ácidos por meio de queima controlada que deixou grandes quantidades
de carvão nos solos. Os dados de carvão, associados a dados biolinguísticos e
históricos, nos permitem sugerir que o manejo ocorre na região há mais de 4000
anos, época em que os ancestrais Aruak dos Baniwa chegaram à região. Antigas
malocas localizadas em meio as matas e antigas áreas de manejo em meio a
floresta continham, no passado, grandes quantidades de espécies manejadas
que estavam sob cuidados dos Baniwa. Uma vez abandonadas, essas áreas se
transformaram em florestas maduras com abundância de espécies manejadas um legado Baniwa nas florestas deixado por meio da domesticação da
paisagem. Assim como a domesticação das florestas de interflúvio da bacia do rio Içana, grandes porções de florestas de interflúvio da Amazônia podem ter
sido domesticadas em períodos pré-Colombianos. Atualmente, muitas destas
florestas estão distribuídas em muitos territórios indígenas, e mantê-las
protegidas é fundamental para se evitar que milhares de espécies sejam extintas.
Frente à expansão agrícola e à exploração madeireira, a proteção dessas
florestas é um dos maiores desafios ambientais e deve ocorrer com auxílio dos
povos que as manejam há séculos.
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