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Glândula frontal dos soldados de Syntermitinae (Termitidae): uma abordagem ultraestrutural e comportamental dessa nova subfamília de cupins

MOREIRA, Edimar Agnaldo 27 August 2015 (has links)
A glândula frontal dos soldados de cupins produz compostos que atuam na defesa da colônia contra inimigos naturais. Morfologicamente os soldados são os responsáveis pela defesa do ninho, porém outros fatores como densidade de indivíduos e aspectos ambientais, podem modificar o comportamento de defesa dessa casta. Os soldados de Syntermitinae apresentam características morfológicas que os definem, no caso a presença de nasus – projeção da caixa cefálica fortemente esclerotizada que abriga a glândula frontal – e mandíbulas desenvolvidas e funcionais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o repertório comportamental de defesa de soldados de Syntermitinae em condições laboratoriais. Foram utilizadas as seguintes espécies: Cornitermes cumulans, Embiratermes festivellus, Procornitermes araujoi, Silvestritermes euamignathus e Syntermes obtusus. Soldados e operários das espécies atuaram na defesa utilizando dos comportamentos de ataque e ameaça, além do comportamento de alarme que foi significativo para alguns bioensaios. Durante os confrontos, as agressões resultavam na mutilação e ou morte dos invasores devido ao o ataque mecânico resultante do pinçar das mandíbulas contra o inimigo inserido. Adicionalmente foram observadas divergências nas respostas comportamentais das espécies, onde os soldados modularam suas respostas comportamentais de acordo com o tipo de agressor. A resposta dos soldados e operários na interação com inimigos naturais foi diferente. Espécies morfologicamente similares apresentaram padrões comportamentais semelhantes. Por outro lado, a secreção da glândula frontal foi capaz de induzir o comportamento de alarma apenas em C. cumulans e P. araujoi. Os resultados mostraram que o comportamento de defesa não está restrito aos soldados, mas sim com a casta que sofre a invasão, além de que essas respostas são variáveis a partir do contexto social envolvido. / The frontal gland of termite soldiers produces compounds that act in the defense of the colony. Morphologically, soldiers are responsible for defending the nest against natural enemies, but factors such as density and environmental issues can modify the defensive behavior of this caste. Soldiers of Syntermitinae have morphological characteristics that define the subfamily: presence of a nasus (projection of the head) and functional jaws. The objective of this study was to evaluate the behavioral defense repertoire of Syntermitinae soldiers in the social context under laboratory conditions. The following species were used in this study: Cornitermes cumulans, Embiratermes festivellus, Procornitermes araujoi, Silvestritermes euamignathus and Syntermes obtusus. Both soldiers and workers participated in the defense of the colony. Attacks by both castes resulted in injuries or death of intruders and morphologically related species showed similar behavioral patterns. Additionally, our results suggest that soldiers modulate their behavioral responses according to the type of intruder. On the other hand, the frontal gland secretion was able to induce alarm behavior only in C. cumulans and P. araujoi. The results suggested that the defensive behavior is not restricted to soldiers and the responses varied according the social context involved. / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG
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Interações e funções ecológicas desempenhadas por Scarabaeinae (Coleoptera: Scarabaeidae) e térmitas (isoptera) em áreas de pastagem e fragmentos de Mata Atlãntica no sul de Minas Gerais, Brasil

ALVES, Frederico Resende 27 August 2015 (has links)
Besouros rola-bosta e cupins são insetos de grande importância ecológica devido aos serviços ambientais que realizam nos sistemas de solo em que vivem. A destruição do habitat causa mudanças na diversidade em ambos os grupos e algumas espécies conseguem se beneficiar desta nova realidade, tendo sua abundancia aumentada. Mesmo com a destruição do habitat esses insetos continuam a realizar a remoção de fezes, mas de maneira não tão eficiente como em seus habitats preservados. Este trabalho visou analisar o efeito da fragmentação da Mata Atlântica na diversidade e na remoção de fezes de cupins coprófagos facultativos e escarabeídeos. O estudo foi conduzido na região sul - mineira próxima ao município de Alfenas, em dois sistemas de uso de solo diferentes: fragmentos florestais de Mata Atlântica e pastagens. Para coletar escarabeídeos, pitfalls foram utilizados e arenas de avaliação foram montadas para verificar a taxa de remoção de fezes. Os cupins foram capturados por coleta direta em placas de excremento nos pastos e por meio de armadilhas com malhas com aberturas diferentes, que também foram utilizadas para avaliar a taxa de remoção de fezes pelos cupins.Os resultados mostraram que os besouros rola-bosta foram mais abundantes durante a estação chuvosa. Adicionalmente, a remoção de fezes realizada por esses insetos foi maior durante o período de chuvas e nos fragmentos de bosque. Já nos cupins, a remoção de fezes foi maior durante a estiagem e nas pastagens. Térmitas coprófagas mostraram preferência por fezes secas, enquanto que os besouros preferiram fezes úmidas. Esses resultados sugerem que a inversão da preferência por fezes leva a uma competição indireta entre besouros rola-bosta e cupins. Os escarabeídeos utilizam as fezes úmidas, já que eles se alimentam do liquido rico em nutrientes e microrganismos. Quando a perda de água torna-se mais acentuada, os escarabeídeos que abandonam as massas fecais, mesmo não sendo totalmente consumidas. Já as fezes secas são exploradas pelas térmitas durante a estiagem. Neste contexto, cupins coprófagos facultativos são mais eficientes na remoção de fezes durante a estiagem. Desta maneira ocorre uma competição indireta entre eles, pois os cupins só conseguirão fazer uso das fezes em áreas e períodos onde a diversidade de besouros é menor. / Dung beetles and termites are insects of great ecological importance due to the environmental services that they provide. Habitat fragmentation has a negative effect on both insect groups but some species can benefit by increasing their abundance. Even in degraded habitats, these insects continue to perform their environmental services, but not as efficient as occur in preserved areas. This study aimed to analyze the effect of habitat fragmentation on the diversity and feces removal of facultative coprophagous termites and dung beetles. The study was conducted in two different land use systems located in Alfenas-MG, southeastern Brazil: forest fragments of Atlantic rain forest and pastures. Dung beetles were collected by using pitfall traps and termites were captured directly from excrement plates. Feces removal was evaluated in artificial arenas (beetles) and with traps (termites) with different mesh openings. The results showed that dung beetles were more abundant during the rainy season. Additionally, the removal of feces was higher in the forest fragments during this season. On the other hand, termites removed more feces in the pastures during the dry season. Termites showed preference for dried feces whereas beetles were observed exploiting humid feces since they feed on the liquid rich in nutrients and microorganisms. The results suggest a tradeoff between food preference and removal of feces through the seasons leading to an indirect competition among these insects. When the loss of water becomes more pronounced, the dung beetles leave fecal masses which are then exploited by the termites. This effect is more pronounced in the pastures during the dry season. In this context, termites were more efficient in feces removal in degraded areas were the diversity of dung beetles is low. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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Uso de frequencias sonoras no controle de cupins de madeira seca Cryptotermes sp. (Isoptera: Kalotermitidae)

Giovanella, Rodrigo, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Florestal 11 June 2013 (has links)
Este trabalho teve como objetivo estudar a eficiência do uso de freqüências sonoras no controle de cupins da espécie Cryptotermes sp. (Isoptera: Kalotermitidae) em peças de madeira visando uso em obras de arte e patrimônios de madeira. Para isso foram desenvolvidas e analisadas diversas freqüências sonoras, com amplitudes e tempo de exposições diferentes. Estas análises foram desenvolvidas a partir de quatro ensaios diferentes com o intuito de determinar se as freqüências sonoras eram capazes de afetar os cupins e de que forma isto ocorreu. Os testes partiram de características mais gerais das propriedades do som e, a partir dos resultados obtidos em cada experimento, foi-se diminuindo as faixas de freqüências utilizadas para a construção dos sons com melhores resultados. A partir destes, verificou-se que algumas das freqüências sonoras testadas, dentro do limite audível do homem, foram capazes de influenciar o comportamento dos cupins de maneira a levá-los a estados de letargia ou agitação, havendo um aumento de agressividade entre indivíduos (fazendo-os se atacarem) ou causando-lhes danos permanentes. Percebeu-se também que as freqüências sonoras, independente do tipo de alteração comportamental, foram capazes de causar distúrbios nas funções motoras dos cupins. Como resultados disto, esses insetos apresentaram fortes sinais de desorientação, desequilíbrio, atordoamento e, por vezes, paralisia. Entretanto, quando o efeito estava associado à agitação as freqüências sonoras foram capazes de desencadear os fenômenos de taxia, positiva e/ou negativa, de forma moderada a intensa, variando de acordo com o tratamento. Ressalta-se que alguns dos tratamentos realizados, constituindo-se de freqüências puras ou de arranjos, foram capazes de matar alguns cupins, sendo indiferente o ambiente no qual se encontravam. O isolamento acústico dos cupins os levou a um estado permanente de letargia associado a problemas nas atividades motoras, sendo que, quanto maior o período de tempo do isolamento, mais forte foram os efeitos observados, chegando à morte de alguns em um período relativamente curto de tempo.
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Estruturas de madeira

Teles, Carlos Dion de Melo January 2002 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. / Made available in DSpace on 2012-10-19T14:26:37Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-26T01:36:14Z : No. of bitstreams: 1 183562.pdf: 25220851 bytes, checksum: 807d544e3a40aaecf4155ff912c0f27f (MD5) / As edificações com estruturas de madeira apresentam um grande destaque na arquitetura brasileira, inclusive do ponto de vista histórico. Este trabalho apresenta uma revisão sobre a conservação de carpintarias (estruturas de madeira) e sobre técnicas de ensaios não destrutivos para a avaliação da madeira como estrutura. É proposta uma metodologia de inspeção de carpintarias acompanhada de aplicação a um caso prático. Este trabalho também estudou a variação da velocidade de ultra-som em corpos-de-prova íntegros e após deterioração por cupins em laboratório. A pouca perda de massa causada não alterou significativamente as propriedades mecânicas dos corpos-de-prova, não permitindo a identificação de correlações com o ultra-som.
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Comportamiento al biodeterioro de madera de pino radiata (Pinus radiata D.Don) tratado con cobre-azol (CA-B), contra hongos de pudrición y termita subterránea

Ramírez Farfán, Álvaro Felipe January 2017 (has links)
Memoria para optar al Título Profesional de Ingeniero Forestal / La madera de pino radiata, principal recurso maderero del país, es de baja durabilidad. Hongos e insectos, entre otros factores de su deterioro, son usualmente los más relevantes. Del grupo de los insectos, en particular la termita subterránea “Reticulitermes flavipes”, representa hoy la mayor preocupación, por su agresividad y avance permanente en áreas pobladas del país. El arseniato de cobre cromado (CCA) fue, por décadas, el preservante más utilizado en todo el mundo para proteger la madera, sin embargo, preocupaciones medioambientales, hace más de diez años, dieron paso a un cambio hacia otros productos. El uso de cobreazoles (CA) y en particular el de tipo B, junto con cobreazol micronizado, han sido los cambios más importantes desde entonces a nivel mundial. Su incorporación al mercado local, sin embargo, ha sido muy lenta, básicamente por costo y por no existir un marco legal que regule el uso de madera tratada con CCA. Sobre la base de los requisitos exigidos por la Australian Standard®, AS 1604.1-2012, para madera tratada con CA-B, el objetivo del estudio fue evaluar el comportamiento de madera de Pino radiata tratada con CA-B, a retenciones menores a las exigidas por la Norma Chilena, frente al ataque de hongos de pudrición y termita subterránea. Los métodos empleados fueron; “Standard Test Method for Wood Preservatives by Laboratory Soil-Block Cultures”, descrito en la ASTM Designation: D1413 − 07ɛ1 y la Norma Chilena NCh 3060.Of 2007, para el estudio con hongos y termita subterránea respectivamente. En el estudio con Lentinus lipideus, todos los grupos de retención presentaron efecto positivo en el control del hongo y diferencias estadísticamente significativas respecto a las probetas testigo. En el caso de Coriolus versicolor, solo los grupos de retención 1,4 y 1,8 kg/m3 se diferenciaron estadísticamente del testigo en el control del hongo. En el estudio contra termita subterránea, la retención necesaria de CA-B para el control de Reticulermes flavipes se ubicó entre las retenciones 1,4 y 1,8 kg/m3 (concordante con la Norma NCh 819:2012). Una retención menor en pino radiata tratado con CA-B, no pudo ser validada para el control de termita subterránea, Reticulermes flavipes.
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El genoma de una ciudad: Valencia. (Bioarquitectura, orígenes hasta época foral)

MARTÍ MATIAS, MIQUEL RAMÓN 27 October 2014 (has links)
Hace 13.800 millones empezó el Universo teniendo como origen el Bing Bang. Todo tiene ahí su principio, el tiempo, el espacio y el material del que está todo formado también. Compartimos con las estrellas el material que forma nuestro cuerpo. Empezó con una Arquitectura inorgánica, que pasó a orgánica, en lo que hemos acuñado como “Arquitectura somática”, la que forma un cuerpo (por muy diminuto que sea).Pero el siguiente paso fue la “Arquitectura exosomática”, la que se realiza fuera del cuerpo. En este sentido, hubo una revolución arquitectónica y social hace 130 millones de años, la revolución realizada por los insectos sociales en el Cretácico. He aportado un aspecto hasta hoy no realizado, equivalencias culturales humano-insectos. El Paleolítico, de cazadores-recolectores humanos, equivale al género de hormigas Eciton que viven de una forma semejante. Pero he acuñado un nuevo término, el Paleolítico Superior Cerámico, ya que ha aparecido en China cerámica 8000 años antes que en Próximo Oriente (que tomamos como referente), ahí entraría la avispa alfarera que es cazadora pero fabrica su cerámica. Un Neolítico Precerámico A (8000- 7000) con los géneros de hormigas Lasius Feliginosus y Atta, con sus campos de “hongos”, su agricultura subterránea. Un Precerámico B (7000-6000) con la ganadería y sus establos de las hormigas del género Crematogaster pilosa y Acropyga maribensis. Puede aducirse que no hay edad de los metales, pero la araña puede realizar material más duro que el acero sin fusión. Seguidamente, la civilización egipcia y mesopotámica, tan recientes en el tiempo, las primeras muestras de avance social humano de grandes proporciones, quedan atrás en muchos aspectos comparados con el mundo de las abejas, avispas y termitas que abruman con su arquitectura, jerarquía y organización social, pero todo en armonía con su ecosistema, perdurabilidad durante millones de años, al contrario que la frágil sociedad humana. Estas últimas, por su lapso de tiempo existente como tales, su éxito de dispersión y sus características como sociedades son un rival, cuestionan nuestro liderazgo como especie. Las hormigas esclavistas del Amazonas del género Polyergus y las españolas de Sierra Nevada, del género Rossomyrmex minuchae, que ataca los nidos de Proformica longiseta, recuerdan a la sociedad esclavista que llega al siglo XVIII pero que tiene en las épocas de la Antigüedad sus más claros ejemplos. He añadido más términos arquitectónicos, Arquitectura “genética” y Arquitectura “cerebral”. Estas sociedades de insectos complejas, como la abeja melífera (Apis mellifera), no estudian arquitectura ni agricultura,etc, cosa que en los humanos “que pueden estudiar” absorve mucho tiempo vital. Estos insectos, tienen un corto tiempo de vida, y suplen eso, naciendo con lo más importante aprendido. Se sabe que el “cuerpo central” existente en la cabeza del insecto, es el “disco duro” de estos insectos, por lo que puedo decir que desde que nacen, lo hacen aprendidos, su arquitectura y sociedad, es genética. El cuerpo seta del insecto, corpora pedunculata en latín también en la cabeza, se centraría en el comportamiento y el aprendizaje, un equivalente de córtex en los humanos y otros vertebrados, algo secundario, pero que en nosotros es el cerebro, de este modo, nuestra arquitectura es “cerebral”, aprendida por unos pocos durante mucho tiempo, algo que supone realmente una desventaja. En los alrededores de Valencia, los primeros restos de “Arquitectura exosomática” serían los nidos que tuvieron los hadrosaurios de Tous, hace 70 millones de años. Para los humanos, debemos esperar a un humanoide, el homo erectus, cuyos restos aparecen a 25 km al sur de Valencia, en Sueca, en la parte del lago de l'Albufera, que empleó cuevas y que pudo realizar estructuras perecederas vegetales, hace más de medio millón de años. Hubo gente de la edad del bronce en Valencia y en el siglo VII-VI a.C, recibieron contactos comerciales por parte de griegos y fenicios, como prueban las cerámicas importadas, tanto de territorio griego como fenicio. El fragmento cerámico del pintor de Aqueloos,encontrado en l'Almoina (centro de Valencia) que se encuentra entre los más destacados del “Grupo de Leagros”, el último y más destacado grupo de pintores de grandes vasos de figuras negras entre el 520 y el 500 a.C o la máscara fenicia de la orilla norte del río, son prueba de ello. Estas importaciones hablan de dos santuarios en Valencia, uno en la orilla sur y otro en la norte, donde indígenas y foráneos intercambian productos y ideas. Edeta, centro político y económico más cercano a Valencia, utiliza Valencia como su puerto. El solar de Valencia sería aprovechado como campos de silos de grano, como sucede en toda la costa catalana y del sur de Francia, alrededor de la órbita de Ibiza, portaviones económico del control fenicio-púnico que hace girar como satélites las poblaciones ibéricas del litoral. En Valencia, alrededor de la mitad del siglo III a.C, se construye el templo-santuario ibérico. Este templo domina el entramado portuario y ideológico. La empalizada de la calle cisneros, también debemos relacionarla con este siglo, pero en época alrededior de la Guerra Púnica . Arse-Saguntum, lleva la delantera comercial y acuña moneda, teniendo incluso armadores que comercian con los griegos ampuritanos. Edeta se siente amenazada en sus intereses y choca en el siglo IV a.C, como demuestra el Tos Pelat fortaleza arrasada en este momento, en el que Arse- Sagunt se fortifica. Este malestar llegará al siglo III a.C, en el que he aportado un elemento clave, el que Edeta fue la ciudad que Anibal ayudó (y no una ciudad lejana ciudad indígena andaluza), para que con sus agravios manipulados, poder destruir Arse-Sagunt. En el 205 a.C (cosa hasta ahora nunca dicha tampoco), es destruida Edeta como venganza. Los edetanos ibéricos son obligados a bajar a Valencia, de ahi su nombre de Valencia de los edetanos. Algo destacable también son las tres necropolis ibéricas de Valencia, junto con sus ustrina para quemar los huesos. También he reconstruido el ritual, la evolución y las creencias funerarias ibéricas desde la prehistoria gracias a la iconografía y los restos materiales, que también aparecen en Valencia ciudad. La guerra en Italia contra Aníbal termina y vienen a nuestro territorio gente de allí, de dos ciudades, Valentia y Turia, que darán nombre a nuestra ciudad y río, así como la iconografía de las monedas republicanas de Valencia. Esta iconografía se relaciona además con Quintus Máximus Fabius Cunctator, que expulsó a Anibal de Italia, defendió a Arse-Sagunt ante el senado cartaginés antes de su destrucción, y después recibió a la embajada saguntina que agradeció la destrucción de su enemiga, Edeta. Los que ayudaron a Aníbal en Italia fueron traidores, y sus cadáveres aparecen echados como perros en la necrópolis de Valencia, y los gratos a Roma los encontramos en hipogeos ricos en ofrendas. De este modo, las cerámicas, tesoros de monedas ibéricas en la ciudad que muestran temor, y los hechos históricos muestran que los itálicos que se establecieron en Valencia, lo hicieron en la década del 180 a.C, no en el 138 a.C que tan dañino ha sido para la historia de Valencia por su errónea interpretación. Sin olvidar el paralelo como asentamiento que es Ca l'Arnau en Cataluña, que ofrece unas termas gemelas de Valencia de la primera mitad del siglo II a.C y un urbanismo equivalente al nuestro, asentamiento que no prosperaría. En el 146 a.C con la destrucción de Cartago, coincide con la destrucción del templo ibérico cuyas piedra serán reaprovechadas para convertirlo en lo que hoy se considera granero (horreum). También se aportan los datos de la verdadera localización del muelle romano imperial de Valencia , de su puente, y del cardo (o eje principal que recorría la ciudad de Norte a sur hasta hoy también equivocado). Destaca también la reconstrucción y rectificación de los recorridos de los acueductos romanos de Valencia y Saguntum, aportándose pruebas hasta hoy olvidadas, algunas de ellas monumentales, como la del nacimiento del acueducto sur de Sagunt que empezaba en el río Túria, concretamente en Vilamarxant (Valencia) y que es el precedente de la Acequia Real de Moncada. Es decir, los romanos, crearon el sistema hidráulico valenciano, que los musulmanes adaptaron a sus propias necesidades, seguidos por los cristianos. Relacionado con esto, la destrucción de estos acueductos, vitales para la vida de las ciudades romanas, como razón de gran peso, provocaron la huida de la población saguntina en el siglo V d.C hacia un nuevo lugar, Almenara, donde hay agua fresca, creando el Punt del cid, la nueva Sagunt, donde se acuña moneda con el nombre de Saguntum y se levantan murallas con restos de la desaparecida Saguntum romana , ahora Murus veteris o muros antiguos. Al mismo tiempo se levanta un lugar religiosos en los Estanys d'Almenara. Valencia, con la llegada bizantina, se recupera en el siglo VI momentáneamente, saliendo un tiempo de una crisis brutal que se observa en la arqueología de la ciudad. Ese siglo ofrece la creación de edificios religiosos monumentales, abase del saqueo d ellos mejores bloques de edificios romanos abandonados y también vemos la presencia del rey visigodo Leovigildo , en el 583 d.C, que arrebata Valencia a los bizantinos y hace matar a su hijo, autoproclamado rey católico, Hermenegildo, en Cullera (Valencia) donde se ha refugiado con su mujer e hijo pequeño, confundiéndose esto con el mito de San Vicente Martir, cuyo cadáver se dice apareció también en Cullera. De todo esto se ofrece la reconstrucción de los hechos. También de esta cronología de la segunda mitad del siglo VI d.C, vemos la aparición de una nueva ciudad amurallada, Valencia la vella, en Ribarroja del Túria, 24 km al este de Valencia cauce arriba del río. La antigua Valencia no tiene murallas en esta época, la gente vive entre escombros romanos y hacinados en la única muralla existente, el circo romano abandonado. Se decide desplazarse cerca de donde nacen los acueductos, hay defensa, comida y vías naturales ganaderas. El abandono de Valencia ciudad, coincide con el abandono bizantino de la Península (620). En la segunda mitad del siglo VII d.C, Valencia es un cadáver solo acompañado de un puñado de familias marginales, y así, en este siglo vemos aparecer la sustituta de la Valencia religiosa, el Plà de Nadal, un edificio que aglutina la mayor colección d piezas de época visigoda valenciana y de carácter religioso, también en Riba-rroja. La presencia musulmana evita las nuevas ciudades de desplazados del Punt del Cid y Valencia la Vella. Abd-al-Rahman al-Balansí (el valenciano), con la construcción de una Ruzafa en el casco abandonado de Valencia a finales del siglo VIII, ofrece los primeros síntomas de recuperación del casco urbano. El siglo IX es el momento cuando se construye un nueva acequia de agua (primero desde la caída de la ciudad, la acequia de Rovella), un molino (el más antiguo musulmán hasta ahora catalogado en España, una noria, empezando así a recuperarse el sistema hidráulico . En el 929-920, el punt del Cid y Valencia la Vella, son destruidos por Abd-al-Rahman III, obligando a esa población cristiana (o conversa ya), a desplazarse a los nuevos centros islámicos, esto es, a la nueva ciudad de Almenara, y a la antigua ciudad de Valencia, viéndose ya la recuperación de Valencia (la del llano) como ya se observa en elementos de lujo como el capitel de marmol valenciano encontrado en el Palacio Real de Valencia. De época cristiana, un adn perfecto para poder reconstruir ese período a nivel constructivo lo tenemos el Archivo de la ciudad de Valencia, que puede competir con los mejores del mundo en el tema de la construcción medieval, gracias al detallismo con que se encuentran escritos todos los materiales y personas. Las canteras de diferentes tipos de piedra con sus importantes particularidades también quedan señaladas, así como las procedencias de otros materiales como la cal, esparto (para capazos y cuerdas), etc, y los nombres de miles de personas, su sexo, religión y procedencia, así como los días de trabajo, descubriéndose que la mayoría de la gente que trabajaba en una obra, especialmente los obreros sin otra preparación, solo estaban un dia o pocos más . Se puede reconstruir la población masculina de las morerías de muchos pueblos valencianos, o de canteros de piedra de diferentes lugares de la Península incluso extranjeros. Aportándose además, como en el año 1380, las trabajadoras en la obra como obreras cobraron lo mismo que los hombres, algo que cuestiona la imagen de discriminación de la mujer que teníamos y que muestra signos de mayor modernidad en ese aspecto. Acaba la tesis con las esférulas, concreciones minerales que he hallado en el río Palancia de hace 250 millones de años, del triásico inferior y que tienen sus paralelos más cercanos en Utah (EEUU) y el planeta Marte. Estas aparecen también como piedra de construcción en construcciones romanas y medievales al norte de Valencia, especialmente alrededor de Sagunt, y es el material más antiguo en nuestro territorio, ofreciendo relaciones paralelas geológcas con otros lugares del planeta y situándose, por ahora, como las esférulas más antiguas del planeta Tierra, emparentadas en muchos aspectos con las encontradas en el planeta Marte. Así, empieza la tesis en el espacio infinito y acaba en él. / Martí Matias, MR. (2014). El genoma de una ciudad: Valencia. (Bioarquitectura, orígenes hasta época foral) [Tesis doctoral]. Universitat Politècnica de València. https://doi.org/10.4995/Thesis/10251/43591

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