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Entre as ruínas do muro: a história da geografia crítica sob a ótica da ideia de estrutura / Among the ruins of the wall: the history of the critical geography under the perspective of the idea of structurePedrosa, Breno Viotto 02 September 2013 (has links)
Esta tese busca analisar a história da geografia crítica na França e nos Estados Unidos, principalmente através da concepção de estrutura. A partir de uma compreensão preliminar dos geógrafos anarquistas do século XIX, seguimos para a análise do marxismo e do debate sobre o materialismo geográfico entre geopolíticos e intérpretes do pensamento marxiano na geografia. Após a limitação da possibilidade histórica do desenvolvimento de uma geografia de esquerda na Alemanha, nos voltamos para a análise da geografia francesa que interage com o marxismo devido à resistência ao nazismo e à necessidade de emancipar-se de algumas concepções do pensamento vidaliano. Acompanhamos, então, o rico desenvolvimento da geografia de esquerda como as análises de geografia urbana e econômica, assim como a introdução da temática do subdesenvolvimento. A geografia de esquerda desacelera-se com a crise do marxismo e a ascensão da nova geografia. Contudo, pouco tempo depois, o descrédito da geografia quantitativa, o contexto mundial de lutas revolucionárias e os eventos de maio de 68 fazem surgir a geografia crítica. No caso francês, exploramos as relações entre a geografia de esquerda e o surgimento da geografia crítica; para os Estados Unidos, tentamos demonstrar como alguns de seus desenvolvimentos originam-se da nova geografia quantitativa. Através do estruturalismo althusseriano e os intelectuais que o atacaram, surge o processo de transformação epistemológica e de instituicionalização em que geógrafos outrora marginalizados começam a integrar a academia e desfrutar de um grande capital cultural. No entanto, a institucionalização representa a normatização e a desradicalização. A ascensão do pós-modernismo conjuntamente ao esmorecimento do marxismo em âmbito internacional faz com que o projeto da geografia crítica altere-se profundamente, abrindo precedentes para a consolidação cada vez mais intensa do pós-estruturalismo no final da década de 1980. / This thesis analyzes the history of critical geography in France and the United States, primarily through the conception of the structure. Our approach will preliminary understand the nineteenth-century anarchist geographers followed by the analysis of marxisms rise and geographical materialism debate among geopoliticals and interpreters of Marxian thought in geography. After the impossibility to develop a left geography in Germany, we turn to the analysis of French geography interacts with marxism tied to the resistance to nazism and the need to emancipate itself from some conceptions of Vidal de la Blache thought. We see the rich development of left geography in his urban and economic analysis, as well in introducting the theme of underdevelopment. The left geography decelerates with the crisis of marxism and the rise of new geography. However, shortly after the discrediting of quantitative geography, the global context of revolutionary struggles and the events of May 68 give rise to critical geography. In the french case, we explore the relations between the left geography and the emergence of critical geography, and explaning about United States we tried to demonstrate how some of their new developments came from quantitative geography. Through the althusserian structuralism and his criticals is possible to see the epistemological and institutional transformations in which geographers formerly marginalized begin to integrate the university and enjoy a great cultural capital. However, institutionalization is normalization and deradicalization. The insurgency of postmodernism with the demise internationally marxism makes changes in critical geography setting precedents for increasingly consolidation of post-structuralism in the late 1980s.
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Currículo crítico? Uma investigação acerca do currículo paulista de geografia no Enisno Médio / Is this a critical curriculum? An investigation about the high school geography curriculum of São Paulo state.Lomardo, Juan 31 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-31 / Não recebi financiamento / The main object of this research is the geography curriculum of the public High School system of Sao Paulo, more precisely its theoretical reference. Based on the analysis of such curriculum, the aim is to check the accuracy of the categories of Critical Geography, in order to test how the concept of criticism is applied, as well as unveil politics questions that come up in the shape of such investigation. Its theoretical background are the subsidies offered by Critical Theory and by scientific developing of this way of thinking, to the educational and curriculum area. / A presente pesquisa tem como objeto o currículo de geografia do Ensino Médio da rede pública estadual paulista, mais especificamente do seu referencial teórico. Com base na análise dos documentos que compõem o referido currículo, pretende-se aferir o rigor da utilização de categorias da Geografia Crítica, tendo por objetivo verificar como o conceito de crítica, associado a um ideal de autonomia e liberdade, é propugnado no discurso curricular. A hipótese trabalhada é a de que, através de uma disputa dos significados, se estabelece um processo de reconceituação de concepções progressistas de educação – processo que se evidencia no desvelar de questões políticas obtusas, vindas à tona no decorrer da investigação. A pesquisa se desenvolve teoricamente à luz dos subsídios oferecidos pela Teoria Crítica e pelos desdobramentos científicos dessa corrente do pensamento para a área da educação, mais especificamente para a pesquisa em currículo escolar.
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Entre as ruínas do muro: a história da geografia crítica sob a ótica da ideia de estrutura / Among the ruins of the wall: the history of the critical geography under the perspective of the idea of structureBreno Viotto Pedrosa 02 September 2013 (has links)
Esta tese busca analisar a história da geografia crítica na França e nos Estados Unidos, principalmente através da concepção de estrutura. A partir de uma compreensão preliminar dos geógrafos anarquistas do século XIX, seguimos para a análise do marxismo e do debate sobre o materialismo geográfico entre geopolíticos e intérpretes do pensamento marxiano na geografia. Após a limitação da possibilidade histórica do desenvolvimento de uma geografia de esquerda na Alemanha, nos voltamos para a análise da geografia francesa que interage com o marxismo devido à resistência ao nazismo e à necessidade de emancipar-se de algumas concepções do pensamento vidaliano. Acompanhamos, então, o rico desenvolvimento da geografia de esquerda como as análises de geografia urbana e econômica, assim como a introdução da temática do subdesenvolvimento. A geografia de esquerda desacelera-se com a crise do marxismo e a ascensão da nova geografia. Contudo, pouco tempo depois, o descrédito da geografia quantitativa, o contexto mundial de lutas revolucionárias e os eventos de maio de 68 fazem surgir a geografia crítica. No caso francês, exploramos as relações entre a geografia de esquerda e o surgimento da geografia crítica; para os Estados Unidos, tentamos demonstrar como alguns de seus desenvolvimentos originam-se da nova geografia quantitativa. Através do estruturalismo althusseriano e os intelectuais que o atacaram, surge o processo de transformação epistemológica e de instituicionalização em que geógrafos outrora marginalizados começam a integrar a academia e desfrutar de um grande capital cultural. No entanto, a institucionalização representa a normatização e a desradicalização. A ascensão do pós-modernismo conjuntamente ao esmorecimento do marxismo em âmbito internacional faz com que o projeto da geografia crítica altere-se profundamente, abrindo precedentes para a consolidação cada vez mais intensa do pós-estruturalismo no final da década de 1980. / This thesis analyzes the history of critical geography in France and the United States, primarily through the conception of the structure. Our approach will preliminary understand the nineteenth-century anarchist geographers followed by the analysis of marxisms rise and geographical materialism debate among geopoliticals and interpreters of Marxian thought in geography. After the impossibility to develop a left geography in Germany, we turn to the analysis of French geography interacts with marxism tied to the resistance to nazism and the need to emancipate itself from some conceptions of Vidal de la Blache thought. We see the rich development of left geography in his urban and economic analysis, as well in introducting the theme of underdevelopment. The left geography decelerates with the crisis of marxism and the rise of new geography. However, shortly after the discrediting of quantitative geography, the global context of revolutionary struggles and the events of May 68 give rise to critical geography. In the french case, we explore the relations between the left geography and the emergence of critical geography, and explaning about United States we tried to demonstrate how some of their new developments came from quantitative geography. Through the althusserian structuralism and his criticals is possible to see the epistemological and institutional transformations in which geographers formerly marginalized begin to integrate the university and enjoy a great cultural capital. However, institutionalization is normalization and deradicalization. The insurgency of postmodernism with the demise internationally marxism makes changes in critical geography setting precedents for increasingly consolidation of post-structuralism in the late 1980s.
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O trabalho nas fissuras da crítica geográfica / Labor in the gaps of geographical criticismMenezes, Sócrates Oliveira 27 November 2015 (has links)
O objetivo da presente pesquisa é analisar as formas com que o trabalho, tomado como categoria da análise social, foi inserido na crítica do movimento de renovação da Geografia no Brasil. Tal movimento se inicia na década de 1970, mas se mantém vivo em suas principais perspectivas ainda atuantes. Buscou-se identificar no processo de incorporação do trabalho seu papel na mediação entre a crítica social e a crítica geográfica que se montava, primeiro como denúncia capitalista, depois como consolidação epistemológica. A tese é que, na urdidura da crítica tensionada pelo movimento de renovação (que se pretendera como Geografia Crítica), o trabalho se estabeleceu como importante elemento de transição para a abertura crítica da análise geográfica, mas que, em seu processo de afirmação teórico-epistemológico, não o fora tomado em sua totalidade contraditória e dialética, significando, simultaneamente, sua própria negação. É, por isso, um estudo sobre a afirmação/negação do trabalho na gênese da crítica da Geografia em seu movimento de renovação a partir de suas principais perspectivas teóricas. Considerou-se, para tanto, as proposições teóricas que, de forma direta ou indireta, central ou apenas tangencial, adotaram o trabalho como objeto, tema ou perspectiva política para suas formulações. Essas perspectivas são aqui denominadas como geografias do trabalho. Dentre os objetivos específicos que comporão a argumentativa da presente tese, aponta-se: (1º) o papel fundamental da teoria do valor para a formulação de uma crítica que se volta contra o desenvolvimento e a expansão capitalista. Observou-se como o trabalho fora tomado como cristalização valor para subsidiar uma leitura que, pelo espaço, procurava desvendar os mecanismos de dominação e exploração do capital a partir de sua instrumentalização no território. Nota-se nesse momento, uma forte vinculação à interpretação concreticista confundida como leitura propriamente geográfica; (2º) a montagem de uma leitura geográfica que se pretendia ontológica teve no trabalho uma de suas principais referências. Mas se notou que as formulações, muitas delas por sistemas de montagem ou de fusão teórica, não foram pautadas pela autocrítica, o que levou a um discurso ontológico remoto e, consequentemente, confundido com a gnosiologia e com a própria epistemologia geográfica, dada a manutenção da interpretação concreticista que se conservara; (3º) a natureza da crítica geográfica e sua expressão teórica. Neste último ponto da análise se observou como o problema da contradição foi interpretado e inserido na crítica geográfica; constatou-se, em última análise, sua ausência. Tomando o trabalho como referência, constatou-se ainda que a dialética envolvida em sua formulação tendeu a ser mais um instrumento de conciliação teórica do que uma crítica social. Concluiu-se que, tomando a argumentativa da tese que se pretendeu partir do trabalho como referencial para análise da crítica geográfica, esta apresenta fissuras no interior de suas próprias formulações, fissuras essas que tendem a se desenvolver como autocontradição, deixando ainda incompleta sua efetividade como crítica social emancipatória. / The aim of the present research is analyzing the ways labor, as a category of social analysis, was inserted in the criticism of renewal movement of Geography in Brasil. Such movement has its beginning in the 1970s, but it remains alive in its most active perspective. It was sought to identify, in the process of insertion of labor, its role in mediation between social and geographic criticism which has been coming up; first as a capitalist denunciation, afterwards as epistemological consolidation. The theory is that, in the warp intended by the renewal movement, labor settled as an important element of transition to the critical opening for the geographic analysis, but, in its process of theoretical-epistemological affirmation, it was not considered in its conflicting and dialectical entirety, meaning, simultaneously, its own negation. That is why it is a study concerning the affirmation/negation of labor in the genesis of criticism in Geography in its renewal movement from its main theoretical perspectives. For this purpose, the theoretical proposals which, directly or indirectly, centrally or simply tangentially, have adopted labor as object, core or political perspective for its formulation were considered. Those perspectives are denominated as labor geographies. Among the specific aims which compose the argumentation in this thesis, it is remarkable to mention: (1st) the essencial role of value theory to the formulation of a critique against development and capitalism expansion. It was observed how labor was taken as value crystallization to subsidize a view that, by space, intended to reveal mechanisms of domination and exploitation of capital from its territory instrumentalization. At this moment, a strong linking to a concreticist interpretation, misunderstood as a properly geographical reading is remarkable; (2nd) the construction of a geographical reading supposed to be ontological had one of its main references in labor. But it was noticed the formulations, many of them through assembly or theoretical fusion systems, were not guided by self-criticism, which led to a remote ontological discourse and, consequently, mistaken as the gnosiology and geographical epistemiology itself, considering the remaining of concreticist interpretation. (3rd) the nature of geographical criticism and its theoretical expression. At this latter point of analysis, it was able to observe how the issue of contradiction was interpreted and inserted in the geographical criticism. Its absence was, after all, concluded. In addition, taking labor as reference, it was observed that the dialectics involved in its formulation tended to be more like an instrument of theoretical conciliation than for a social critique. It could be concluded that, considering the argumentation in the thesis, intended to be from labor as a reference to the analysis of geographical criticism, the present thesis presents some fissures in its own formulations, those ones which tend to develop as a self-contradiction, leaving its effectiveness as an emancipatory social critique still incomplete.
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Geografia, militância e marxismo: a trajetória de Horieste Gomes e sua participação no Movimento de Renovação da Geografia Brasileira / Geography, activism and marxismo: the course of Horieste Gomes and his participation in the Brasilian Geography Renewal MovementFreitas, Weder David de 29 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-29 / This study aims to understand the participation of teacher Horieste
Gomes in the Brazilian Geography Renewal Movement. So, we used the
contextual approach method proposed by Berdoulay ([1981] 2003) to help
our research. Based on this methodological perspective, we investigated
geography development specifically, the so-called Critical Geography and
Horieste Gomes participation in the Renewal Movement. We understand
that science develops from two important factors: the first is the social
context in which it is and the second is the theoretical and methodological
bases that will support scientific thinking. In Brazilian Geography, in the
1960s, 1970s and 1980s, there was a meeting between these two factors,
providing a moment of epistemological rupture and the formation of a
new geographical science conception. This meeting enabled a
reinterpretation of Geography and its social function, both in the social
context, particularly the military dictatorship actions, and the politicalacademic setting, with the possibility of a pure Marxist reading, with no
interference. However, to go only to the original Marxism in a political
framework developer was not enough. There was a difficult task to be
done: join Marxist theory to geographical science. How could that be,
since Geography traditionally dealt better with physical aspects than with
humans? How to include Marxism in a science that for several years, had
only as a method the description? These issues, although secondary in
this research, are a difficult mission to the authors, who are the
protagonists of Geography Renewal Movement, as Horieste Gomes, with
a clearly Leninist conception, he can solve in their own way, all of these
problems. First by understanding that the scientific neutrality should not
exist for this geographical thinking, which means that the researcher
must adhere the worker group, carry out a research focusing on this
concept. With this argument, he strongly criticizes the previous currents,
Traditional and Quantitative Geography. It is also possible to understand
that the geographer can contribute to the formation of a society with
transformative consciousness, so, to adopt a dialectical and historical
materialism is what best contributes to this process. So, this method is
the only one that is able to provide a totalizing and emancipatory
analysis. From this point of view, he makes his considerations about
geographical knowledge with no dichotomy between Physical and Human
Geography. To understand that there is a relationship between human
and that it is mediated through work and to understand this, from the
historical and dialectical materialism, it is possible to realize that nature
is historicized and that man is naturalize, as this relationships gets
narrow. Finally, he clarifies that only the socialist mode of production is
able to harmonize the relationship between human and nature, since this
perspective, nature would not be seen only as a resource and the
socialization of contemplation could generate a environmental
consciousness. / Esse trabalho tem como objetivo entender a participação do professor
Horieste Gomes no Movimento de Renovação da Geografia Brasileira. Para
tanto, lançamos mão do método da abordagem contextual proposto por
Berdoulay ([1981] 2003) para subsidiar nossa pesquisa. Ao se pautar nessa
perspectiva metodológica, investigamos o desenvolvimento da Geografia, em
especial, a chamada Geografia Crítica e a participação de Horieste Gomes no
Movimento de Renovação. Entendemos que a ciência se desenvolve a partir
de dois fatores importantes: o primeiro é o contexto social, em que está
presente e o segundo são as bases teórico-metodológicas que vão alicerçar o
pensamento científico. Na Geografia brasileira, nas décadas de 1960, 1970
e 1980, houve o encontro entre esses dois fatores, propiciando um momento
de ruptura epistemológica e a formação de uma nova concepção de ciência
geográfica. Este encontro possibilitou uma releitura da Geografia e de sua
função social, tanto no contexto social, notadamente pelas ações da ditadura
militar, como no cenário político-acadêmico, com a possibilidade de uma
leitura marxista na fonte – sem intermediações. Todavia, somente ir aos
originais do marxismo dentro de um quadro político revelador, não foi o
suficiente. Havia a necessidade de realizar uma difícil tarefa: casar a teoria
marxista com a ciência geográfica. De que modo isso poderia ocorrer, já que
tradicionalmente a Geografia lidou melhor com os aspectos físicos do que
com os humanos? Como incorporar o marxismo numa ciência que, por
vários anos, tinha como método apenas a descrição? Essas questões, apesar
de secundárias nesta pesquisa, dão o tom da difícil missão dos autores, que
são protagonistas do Movimento de Renovação da Geografia, como é o caso
de Horieste Gomes. Ele, com uma concepção claramente leninista, consegue
resolver, de seu modo, todos esses problemas. Primeiro pelo entendimento
de que a neutralidade científica não deve existir para essa corrente do
pensamento geográfico, isto é, o pesquisador deve tomar partido pela classe
trabalhadora, realizar sua pesquisa com enfoque nessa concepção. Com esse
argumento, critica veementemente as correntes anteriores, a Geografia
Tradicional e a Quantitativa. Também entende que o geógrafo pode
contribuir para a formação de uma consciência transformadora da
sociedade, por isso, a adoção do materialismo histórico e dialético é o que
melhor contribui para tal processo. Pois, este é o único método capaz de
produzir uma análise totalizante e emancipadora. A partir deste ponto de
vista, faz suas considerações acerca do conhecimento geográfico sem que
haja a dicotomia entre a Geografia Física e a Humana. Compreende que há
uma relação entre o homem e a natureza mediada pelo trabalho e que ao
entender esta, a partir do materialismo histórico e dialético, percebe que a
natureza é historicizada e o homem é naturalizado, conforme ela se estreita.
Por fim, esclarece que somente o modo de produção socialista é capaz de
harmonizar a relação entre homem e natureza, visto que nessa perspectiva,
a natureza não seria vista apenas como recurso e a socialização de sua
contemplação poderia gerar uma consciência socioambiental.
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O trabalho nas fissuras da crítica geográfica / Labor in the gaps of geographical criticismSócrates Oliveira Menezes 27 November 2015 (has links)
O objetivo da presente pesquisa é analisar as formas com que o trabalho, tomado como categoria da análise social, foi inserido na crítica do movimento de renovação da Geografia no Brasil. Tal movimento se inicia na década de 1970, mas se mantém vivo em suas principais perspectivas ainda atuantes. Buscou-se identificar no processo de incorporação do trabalho seu papel na mediação entre a crítica social e a crítica geográfica que se montava, primeiro como denúncia capitalista, depois como consolidação epistemológica. A tese é que, na urdidura da crítica tensionada pelo movimento de renovação (que se pretendera como Geografia Crítica), o trabalho se estabeleceu como importante elemento de transição para a abertura crítica da análise geográfica, mas que, em seu processo de afirmação teórico-epistemológico, não o fora tomado em sua totalidade contraditória e dialética, significando, simultaneamente, sua própria negação. É, por isso, um estudo sobre a afirmação/negação do trabalho na gênese da crítica da Geografia em seu movimento de renovação a partir de suas principais perspectivas teóricas. Considerou-se, para tanto, as proposições teóricas que, de forma direta ou indireta, central ou apenas tangencial, adotaram o trabalho como objeto, tema ou perspectiva política para suas formulações. Essas perspectivas são aqui denominadas como geografias do trabalho. Dentre os objetivos específicos que comporão a argumentativa da presente tese, aponta-se: (1º) o papel fundamental da teoria do valor para a formulação de uma crítica que se volta contra o desenvolvimento e a expansão capitalista. Observou-se como o trabalho fora tomado como cristalização valor para subsidiar uma leitura que, pelo espaço, procurava desvendar os mecanismos de dominação e exploração do capital a partir de sua instrumentalização no território. Nota-se nesse momento, uma forte vinculação à interpretação concreticista confundida como leitura propriamente geográfica; (2º) a montagem de uma leitura geográfica que se pretendia ontológica teve no trabalho uma de suas principais referências. Mas se notou que as formulações, muitas delas por sistemas de montagem ou de fusão teórica, não foram pautadas pela autocrítica, o que levou a um discurso ontológico remoto e, consequentemente, confundido com a gnosiologia e com a própria epistemologia geográfica, dada a manutenção da interpretação concreticista que se conservara; (3º) a natureza da crítica geográfica e sua expressão teórica. Neste último ponto da análise se observou como o problema da contradição foi interpretado e inserido na crítica geográfica; constatou-se, em última análise, sua ausência. Tomando o trabalho como referência, constatou-se ainda que a dialética envolvida em sua formulação tendeu a ser mais um instrumento de conciliação teórica do que uma crítica social. Concluiu-se que, tomando a argumentativa da tese que se pretendeu partir do trabalho como referencial para análise da crítica geográfica, esta apresenta fissuras no interior de suas próprias formulações, fissuras essas que tendem a se desenvolver como autocontradição, deixando ainda incompleta sua efetividade como crítica social emancipatória. / The aim of the present research is analyzing the ways labor, as a category of social analysis, was inserted in the criticism of renewal movement of Geography in Brasil. Such movement has its beginning in the 1970s, but it remains alive in its most active perspective. It was sought to identify, in the process of insertion of labor, its role in mediation between social and geographic criticism which has been coming up; first as a capitalist denunciation, afterwards as epistemological consolidation. The theory is that, in the warp intended by the renewal movement, labor settled as an important element of transition to the critical opening for the geographic analysis, but, in its process of theoretical-epistemological affirmation, it was not considered in its conflicting and dialectical entirety, meaning, simultaneously, its own negation. That is why it is a study concerning the affirmation/negation of labor in the genesis of criticism in Geography in its renewal movement from its main theoretical perspectives. For this purpose, the theoretical proposals which, directly or indirectly, centrally or simply tangentially, have adopted labor as object, core or political perspective for its formulation were considered. Those perspectives are denominated as labor geographies. Among the specific aims which compose the argumentation in this thesis, it is remarkable to mention: (1st) the essencial role of value theory to the formulation of a critique against development and capitalism expansion. It was observed how labor was taken as value crystallization to subsidize a view that, by space, intended to reveal mechanisms of domination and exploitation of capital from its territory instrumentalization. At this moment, a strong linking to a concreticist interpretation, misunderstood as a properly geographical reading is remarkable; (2nd) the construction of a geographical reading supposed to be ontological had one of its main references in labor. But it was noticed the formulations, many of them through assembly or theoretical fusion systems, were not guided by self-criticism, which led to a remote ontological discourse and, consequently, mistaken as the gnosiology and geographical epistemiology itself, considering the remaining of concreticist interpretation. (3rd) the nature of geographical criticism and its theoretical expression. At this latter point of analysis, it was able to observe how the issue of contradiction was interpreted and inserted in the geographical criticism. Its absence was, after all, concluded. In addition, taking labor as reference, it was observed that the dialectics involved in its formulation tended to be more like an instrument of theoretical conciliation than for a social critique. It could be concluded that, considering the argumentation in the thesis, intended to be from labor as a reference to the analysis of geographical criticism, the present thesis presents some fissures in its own formulations, those ones which tend to develop as a self-contradiction, leaving its effectiveness as an emancipatory social critique still incomplete.
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Produção geográfica e ruptura crítica: a geografia uspiana entre 1964 e 1985 / Geographical production and critical rupture: USPs Geography between 1964 and 1985Verdi, Elisa Favaro 19 January 2016 (has links)
Esta dissertação de Mestrado analisa a produção acadêmica do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo como momento fundamental do movimento de ruptura crítica da Geografia brasileira na segunda metade do século XX. A partir da hipótese de que os antecedentes da renovação podem ser encontrados na produção geográfica do referido departamento e nos periódicos da Associação dos Geógrafos Brasileiros (SILVA, 1983), empreendeu-se o levantamento e a análise das dissertações de Mestrado, teses de Doutorado, Livre-Docência e Cátedra defendidas no Departamento de Geografia da USP entre 1964 e 1985. Tal recorte temporal refere-se ao período da ditadura civil-militar no Brasil e constitui o contexto sócio-histórico de desenvolvimento da renovação crítica na ciência geográfica brasileira. Compreendemos que o estabelecimento da relação entre texto a produção acadêmica - e contexto a ditadura civil-militar - (CANDIDO, 1981) revela as determinações da produção e consolidação de um pensamento crítico em um momento de repressão. A análise das dissertações e teses demonstrou a existência de um diálogo entre a Geografia brasileira e a Escola Francesa de Geografia, a qual fundamentou diversas perspectivas teóricas e metodológicas nos trabalhos analisados a partir, essencialmente, da obra de três geógrafos franceses: Pierre Monbeig, Pierre George e Yves Lacoste. Neste trabalho analisamos também o diálogo entre a produção acadêmica do Departamento de Geografia da USP e a obra destes três autores. Compreendemos que a renovação crítica se consolidou como uma ruptura em relação à perspectiva da Escola Francesa de Geografia, construindo uma Geografia baseada no materialismo histórico que analisa a relação entre sociedade e espaço dialeticamente. As dissertações e teses analisadas, portanto, revelam um movimento de ruptura metodológica, fruto de um processo de ruptura crítica em relação à tradição herdada da Escola Francesa de Geografia e de ruptura política em relação à ditadura civil-militar, constituindo assim o chamado movimento da Geografia Crítica no Brasil. / This dissertation analyzes the academic production of the Department of Geography at the University of São Paulo as a fundamental moment of the critical rupture movement of the Brazilian Geography in the second half of the twentieth century. From the hypothesis that the antecedents of this movement can be found in the geographical production of that department and in the journals of the Associação dos Geógrafos Brasileiros (SILVA, 1983), it was undertaken the survey and analysis of the Master\'s dissertations, Doctoral, Post-Doctoral and Chair theses presented at USPs Department of Geography between 1964 and 1985. Such a time frame refers to the period of the civil-military dictatorship in Brazil and constitutes the socio-historical context of the critical renewal movement in the Brazilian geographic science. We understand that the establishment of the relationship between text - the academic production - and context - the civil-military dictatorship - (CANDIDO, 1981) reveals the determinations of the production and the consolidation of a critical thinking during a time of repression. The analysis of the academic production demonstrated the existence of a dialogue between the Brazilian Geography and the French Geography School, which had based different theoretical and methodological perspectives in the analyzed production, especially the work of three French geographers: Pierre Monbeig, Pierre George and Yves Lacoste. In this dissertation we analyze the dialogue between the academic production of USPs Department of Geography and the work of these three authors. We understand that the critical renewal was consolidated as a rupture with the perspective of the French School of Geography, building a Geography based on historical materialism that examines the relationship between society and space dialectically. The analyzed dissertations and theses therefore reveal a methodological rupture movement, the result of a process of critical rupture with the tradition inherited from the French Geography School and political rupture with the civil-military dictatorship, thus constituting the so-called Critical Geography movement in Brazil.
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"A geografia escolar na prática docente: a utopia e os obstáculos epistemológicos da geografia crítica" / School geography in teaching practice: utopia and epistemological obstacles in Critical geographyKaercher, Nestor André 14 March 2005 (has links)
Esta tese apresenta dois focos principais de interesse: o ensino de Geografia no Ensino Fundamental e Médio (EFM) e a formação de professores de Geografia. Nos interessamos, particularmente, em saber como o movimento de renovação da Geografia, genericamente denominado Geografia Grítica (GC), chegou no EFM. Os objetivos principais desta tese foram averiguar como a efervescência e renovação da Geografia Acadêmica pós-1978 chegaram ao ensino de Geografia do EFM, qual a contribuição do movimento denominado GC na renovação do ensino desta disciplina e quais as concepções de Educação e de Geografia que os licenciados estão construindo com e para seus alunos do EFM. Para alcançar estes objetivos observamos dez licenciados em Geografia, nos anos de 2002 e 2003, que lecinavam no EFM, em treze escolas distinas nos turnos da manhã, tarde e noite, na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, perazendo um total de 154 (cento e cinqüenta e quatro) observações que totalizaram 212 (duzentas e doze) horas/aula. Constatamos a dificuldade de se renovar as práticas pedagógicas, bem como de se construir um bom embasamento teórico que promova um ensino de Geografia atual, dinâmico, plural, instigante, reflexivo e radicalmente democrático. Este trabalho nao teve a pretensão de ser prescritivo do "bem ensinar Geografia", mas desejou servir de pretexto para que a comunidade de professores discuta e questione os seus referenciais de ciência, de Educação e de Geografia para fomentar a busca de um ensino que auxilie o fortalecimento da autonomia intelectual do educando e a construção de uma noção de cidadania que priorize a luta coletiva pela democracia, pela liberadade e pela justiça social através da apropriação e da reflexão sobre o espaço geográfico e suas categorias de análise. Enfim, uma Geografia que pense a ontologia do ser humano a partir do espaço vivido. / This thesis has two mains focuses: Geography teaching at primary and secondary schools and training of Geography teacher. Particularly, we are interested in how the movement of renewal of Geography - generally called Critica Geography - has arrived to primary and secondary teaching. The main targets of the tehesis were to verify how the effervescence and renewal of post-1978 Academica Geography arrived to geography teaching at primary and secondary schools; the contribution of the so-called critical Geography movement to the renewal of that teaching, and the Education anda Geography conceptions that geographyu teaching graduates are building with and for their students at the primary anda secondary teaching. In order to reach those goals, we have observed ten such Geography graduates in 2002 and 2003. They taught at 13 distinct primary anda secondary schools at morning, afternoon and evening classes in the city of Porto Alegre, in the southern Brazilian State of Rio Grande do Sul, totaling 154 observation session anda 212 class-hours. We identified the difficulty to renew pedagogical practices as well as to build a good theoretical basis able to promote Geography teaching that is updates, dynamic, plural, encouraging, reflexive , anda radically democratic. This work did not intend to prescribe "good Geography teaching". It rather wanted to serva as a pretext for the teacher community to discuss and question its references about science, Education, and Geography, in order to foster the search for teaching that helps to strengthen the intellectual autonomy of the student and the construction of a notion of citizenship that focuses on collettive struggle for democracy, freedom and social justice through appropriation and reflection over the geographic space and its analytical categories. That is, geography that thinks human being´s ontology based on the lived space.
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O sentido da ontologia do espaço para a dissolução da dicotomia geografia física geografia humana: estudo sobre o caso da geografia crítica brasileira a partir do pensamento de Martin HeideggerCalçavara, Reginaldo Alex 26 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A pesquisa articula os temas da ontologia do espaço e a dicotomia entre a Geografia Física e a Geografia Humana no âmbito do movimento de renovação crítica da geografia brasileira.
Busca demonstrar que há um nexo entre a posição assumida por esta vertente da geografia brasileira frente à referida dicotomia e a reflexão ontológica acerca do objeto da disciplina, diretamente influenciada pelo pensamento marxista. Indica como campo alternativo de reflexão ontológica a abordagem do filósofo alemão Martin Heidegger em torno da questão do ser, destacando, dentro da amplitude e centralidade deste assunto na obra do referido filósofo, a perspectiva da questão da técnica que, redimensionando a noção de produção, permitiria oferecer um horizonte alternativo para a ontologia na geografia capaz, sugere-se, de abrir a questão do ser enquanto questão a ser pensada / The study articulates the themes of ontology of space and the dichotomy between Physical Geography and Human Geography in the renewal movement critical of Brazilian geography. Seeks to demonstrate that there is a link between, on the one hand, the position taken by this part of Brazilian geography forward that dichotomy, and on the other hand, the ontological reflection about the object of discipline, directly influenced by Marxism. Indicates how alternative field of ontological thinking approach of the German philosopher Martin Heidegger on the question of being, especially within the scope and centrality of this issue in the work of that philosopher s perspective the question of technique, redefining the notion of production, would provide a horizon alternative ontology in geography capable, it is suggested, opening the question of being as a question to be thought
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"A geografia escolar na prática docente: a utopia e os obstáculos epistemológicos da geografia crítica" / School geography in teaching practice: utopia and epistemological obstacles in Critical geographyNestor André Kaercher 14 March 2005 (has links)
Esta tese apresenta dois focos principais de interesse: o ensino de Geografia no Ensino Fundamental e Médio (EFM) e a formação de professores de Geografia. Nos interessamos, particularmente, em saber como o movimento de renovação da Geografia, genericamente denominado Geografia Grítica (GC), chegou no EFM. Os objetivos principais desta tese foram averiguar como a efervescência e renovação da Geografia Acadêmica pós-1978 chegaram ao ensino de Geografia do EFM, qual a contribuição do movimento denominado GC na renovação do ensino desta disciplina e quais as concepções de Educação e de Geografia que os licenciados estão construindo com e para seus alunos do EFM. Para alcançar estes objetivos observamos dez licenciados em Geografia, nos anos de 2002 e 2003, que lecinavam no EFM, em treze escolas distinas nos turnos da manhã, tarde e noite, na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, perazendo um total de 154 (cento e cinqüenta e quatro) observações que totalizaram 212 (duzentas e doze) horas/aula. Constatamos a dificuldade de se renovar as práticas pedagógicas, bem como de se construir um bom embasamento teórico que promova um ensino de Geografia atual, dinâmico, plural, instigante, reflexivo e radicalmente democrático. Este trabalho nao teve a pretensão de ser prescritivo do "bem ensinar Geografia", mas desejou servir de pretexto para que a comunidade de professores discuta e questione os seus referenciais de ciência, de Educação e de Geografia para fomentar a busca de um ensino que auxilie o fortalecimento da autonomia intelectual do educando e a construção de uma noção de cidadania que priorize a luta coletiva pela democracia, pela liberadade e pela justiça social através da apropriação e da reflexão sobre o espaço geográfico e suas categorias de análise. Enfim, uma Geografia que pense a ontologia do ser humano a partir do espaço vivido. / This thesis has two mains focuses: Geography teaching at primary and secondary schools and training of Geography teacher. Particularly, we are interested in how the movement of renewal of Geography - generally called Critica Geography - has arrived to primary and secondary teaching. The main targets of the tehesis were to verify how the effervescence and renewal of post-1978 Academica Geography arrived to geography teaching at primary and secondary schools; the contribution of the so-called critical Geography movement to the renewal of that teaching, and the Education anda Geography conceptions that geographyu teaching graduates are building with and for their students at the primary anda secondary teaching. In order to reach those goals, we have observed ten such Geography graduates in 2002 and 2003. They taught at 13 distinct primary anda secondary schools at morning, afternoon and evening classes in the city of Porto Alegre, in the southern Brazilian State of Rio Grande do Sul, totaling 154 observation session anda 212 class-hours. We identified the difficulty to renew pedagogical practices as well as to build a good theoretical basis able to promote Geography teaching that is updates, dynamic, plural, encouraging, reflexive , anda radically democratic. This work did not intend to prescribe "good Geography teaching". It rather wanted to serva as a pretext for the teacher community to discuss and question its references about science, Education, and Geography, in order to foster the search for teaching that helps to strengthen the intellectual autonomy of the student and the construction of a notion of citizenship that focuses on collettive struggle for democracy, freedom and social justice through appropriation and reflection over the geographic space and its analytical categories. That is, geography that thinks human being´s ontology based on the lived space.
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