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Avaliação de pacientes hemodialisados, quanto ao estresse oxidativo e estado nutricional - HUBAlmeida, Simone Gonçalves de January 2008 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008. / Submitted by Suelen Silva dos Santos (suelenunb@yahoo.com.br) on 2009-10-05T17:43:08Z
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Previous issue date: 2008 / Introdução: Devido a seu potencial redox, o ferro tornou-se o metal mais comumente utilizado na maioria dos sistemas biológicos. Entretanto, devido a essa versatilidade química, o ferro pode transferir elétrons para o oxigênio molecular, capaz de promover a oxidação de diversas moléculas e danos oxidativos celulares. Assim, tanto a deficiência quanto o excesso de ferro no organismo são responsáveis por um amplo espectro de doenças, variando desde a anemia até a sobrecarga. A suplementação com ferro parenteral e a administração de eritropoetina humana recombinante (rHuEPO) é à base do tratamento da anemia nos pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) terminal em tratamento dialítico. A administração intravenosa repetida de ferro aumenta o estresse oxidativo nesse grupo de indivíduos. Objetivos: Verificar possíveis correlações e/ou associações entre os níveis de estresse oxidativo em pacientes renais, submetidos ou não a ferroterapia; além do estado nutricional. Metodologia: Foram utilizadas as bases de dados Medline, Scielo e Lilacs, além de documentos governamentais e não-governamentais e sites na Internet para a revisão publicada sobre ferro. Para a pesquisa de campo, foram incluídos 35 dos 54 pacientes assistidos no programa de hemodiálise do Hospital Universitário de Brasília, foi realizado um estudo transversal, não probabilístico, com caráter analítico e descritivo. Os níveis séricos de malondialdeído (MDA) e de proteína carbonilada foram utilizados como biomarcadores de estresse oxidativo. O estado oxidativo e de ferro dos pacientes com DRC foi comparado ainda com um grupo controle, constituído de 35 indivíduos saudáveis, pareados pela idade, sexo e situação sócio-econômica. O estado nutricional dos pacientes foi avaliado por meio de parâmetros antropométricos [índice de massa corporal (IMC), adequação da circunferência muscular do braço (CMB) e adequação da prega cutânea tricipital (PCT)], exames bioquímicos (albumina sérica, ferro sérico, transferrina e ferritina séricas) e avaliação do consumo da dieta por meio de recordatório alimentar 24 horas de três dias. Resultados: Anemia e sobrecarga de ferro foi observada nos pacientes hemodialisados, apesar do consumo médio de ferro dietético estar acima da recomendação e da utilização de rHuEPO e de ferro i.v em 80% e 25,70% dos pacientes, respectivamente. Pacientes com ferritina sérica (125,7 ± 21,0 ng/mL) apresentaram níveis mais baixos de proteína carbonilada sérica em relação aos pacientes com ferritina sérica alta (318,5 ± 37,6 ng/mL). Os pacientes renais apresentaram maiores níveis de ferritina sérica, de MDA e de proteína carbonilada sérica em relação a indivíduos sadios. Os resultados evidenciaram prevalência de 34% de desnutrição nos pacientes hemodializados (PCT e/ou CMB ? 5 percentil do padrão de referência). A média do percentual de peso ideal, IMC e da CMB estavam adequados, entretanto, a adequação da PCT indicou desnutrição moderada, evidenciando uma perda de gordura corporal em ambos os sexos dos pacientes. Com relação à dieta, os achados desta pesquisa revelaram consumo de energia de 27,9 ± 8,8 Kcal/kg/d. Quanto aos dados hematimétricos e a idade dos pacientes conforme o estado nutricional; não foi observada diferença significativa entre as variáveis hematimétricas avaliadas neste estudo. Conclusão: Indubitavelmente, a anemia é um dos principais problemas de saúde pública no mundo, que precisa ser combatida. Porém, considerando-se o papel adverso do ferro no organismo e o fino equilíbrio alcançado através do controle de sua absorção e excreção, bem como, da multiplicidade de fatores e nutrientes envolvidos nesta homeostase, estratégias de combate à anemia devem ser pontuais, direcionadas apenas para grupos de risco. Quanto a positiva correlação entre PC e ferritina sérica sugere-se uma relação entre estresse oxidativo e e estado de desnutrição em pacientes hemodialisados.
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Avaliação do estado de humor, da função sexual e da qualidade de vida em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos a hemodiáliseGarcia, Thales Weber January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2006. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-11-17T22:20:45Z
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Previous issue date: 2006 / Introdução: A prevalência da doença renal crônica tem aumentado nos últimos
anos, tornando-se um problema de saúde pública no mundo. O tratamento
dialítico, empregado na fase mais avançada da doença, aumenta a sobrevida
dos pacientes e é necessário que essa tenha boa qualidade. Alterações no
estado de humor parecem ser muito comuns nos pacientes hemodialisados e
permanecem sub-diagnosticadas nesse grupo de pacientes. O estado
depressivo parece prejudicar a qualidade de vida e a função sexual.
Objetivos: O objetivo geral foi de avaliar parâmetros relacionados ao estado
emocional, sexualidade e qualidade de vida em doentes portadores de doença
renal crônica recebendo tratamento de hemodiálise. Os objetivos específicos
foram estabelecer se há alteração do humor; identificar possível disfunção
erétil; avaliar qualidade de vida nesses pacientes; correlacionar alteração do
humor com a qualidade de vida referida; correlacionar alteração do humor e
disfunção erétil.
Métodos: Quarenta e sete pacientes adultos, masculinos, submetidos ao
procedimento de hemodiálise há mais de seis meses, foram avaliados em
relação ao estado de humor, empregando-se a escala de depressão de
Hamilton. A qualidade de vida foi avaliada utilizando o questionário Kidney
Disease and Quality of Life Short Form (KDQOL-SF™) e a função sexual o
Índice Internacional de Função Erétil (IIEF). Dados clínico-laboratoriais como
hemoglobina, hematócrito, albumina, ferritina e dose de diálise (Kt/v) foram
obtidas nos prontuários dos pacientes. As análises estatísticas foram
realizadas pelo teste exato de Fisher para comparação entre freqüências e o
teste de correlação de Spearman para analisar as correlações entre as
pontuações obtidas na escala de Hamilton, nos domínios do KDQOL-SF™ e do
IIEF. O nível de significância de p<0.05 foi adotado.
Resultados: Em relação à escala de depressão de Hamilton, 32 (68 %)
pacientes tinha alteração no humor (escore ≥ 7) e 15 (32 %) não apresentaram
esta alteração. (escore ≤ 6). Encontramos correlação, significativa e negativa,
entre o escore de depressão de Hamilton e os seguintes parâmetros da escala
KDQOL-SF™: Lista de “sintomas e problemas” (rs=-0.399, p=0.005) “qualidade
da interação social” (rs= -0.433, p = 0.002), “sono” ( rs= -0.585,p = 0.000),
“saúde geral” (rs= -0.475,p = 0.000), “bem-estar emocional” (rs= -0.582, p =
0.000), “função social” (rs= -0.354,p = 0.015) e “energia/fadiga” (rs= -0.518,p =
0.000). Os valores obtidos na Escala de Hamilton não apresentaram
correlações significativas com os domínios do IIEF (p>0.05). Os escores
obtidos nos domínios do IIEF mostraram correlações positivas e significativas
com os seguintes domínios do KDQOL-SF™: A função erétil correlacionou-se
com “efeitos da doença renal” (rs=0.340,p=0.019), com a “qualidade da
interação social” (rs= 0.328, p=0.024), com a “função sexual
“(rs=0.583,p=0.000), com “sono” (rs=0.343,p=0.018), com o “funcionamento
físico” (rs=0.391,p=0.006), com “saúde geral “ (rs=0.362,p=0.012), com a
“função emocional” (rs=0.286,p=0.005) e com a “energia/fadiga”
(rs=0.365,p=0.011). A função orgástica apresentou correlações com a
“sobrecarga da doença renal” (rs=0.321,p=0.028), com “função sexual”
XI
(rs=0.508,p=0.000), com “funcionamento físico” (rs=0.384,p=0.007) com a
“função física” (rs=0.363,p=0.012) com a “saúde geral” (rs=0.349,p=0.016),
com o “bem-estar emocional” (rs=0.324,p=0.026), com “função emocional”
(rs=0.321,p=0.028) e com “energia/fadiga” (rs= 0.281,p=0.005). O domínio
desejo sexual do IIEF apresentou correlação com “ efeitos da doença renal”(rs=
0.312,p=0.033), com “função sexual” (rs= 0.394,p= 0.006), com “sono” (rs=
0.393,p=0.006), com “funcionamento físico” (rs=0.422,p=0.003), com “saúde
geral” (rs= 0.302,p=0.038), com “bem-estar emocional” (rs=0.422,p=0.003) e
com “energia e fadiga” (rs=0.398,p=0.005). O domínio satisfação na relação
sexual do IIEF apresentou correlação significativa e positiva com “lista de
sintomas e problemas” (rs=0.326,p=0.025), com “efeitos da doença renal” (rs=
0.369,p=0.010), com “função sexual”(rs= 0.696,p=0.000), com “funcionamento
físico”( rs=0.414,p=0.003), com “saúde geral” (rs=0.412,p=0.004), com “ bemestar
emocional” (rs=0.334,p=0.022), com “função emocional” (rs= 0.299,p=
0.041) e com “energia/fadiga” (rs=0.370,p=0.010). O domínio satisfação com a
vida sexual do IIEF apresentou correlações positivas e significativas com “ lista
de sintomas e problemas” (rs= 0.403,p=0.005), com “efeitos da doença renal”
(rs=0.345,p=0.017), com “sobrecarga da doença renal” (rs=0.343,p=0.018) ,
com “qualidade da interação social”(rs=0.302,p=0.039), com “função sexual”
(rs=0.695,p=0.000), com o “sono”(rs=0.288,p=0.049), com “funcionamento
físico” (rs=0.331,p=0.023), com “saúde geral” (rs=0.444,p=0.001) , com “bemestar
emocional” (rs=0.306,p=0.036) , com “energia e fadiga”
(rs=0.314,p=0.032). A soma da pontuação de todos os domínios do IIEF
refletindo a função sexual como um todo apresentou correlações positivas e
significativas com a “lista de sintomas e problemas” (rs=0.329,p=0.024), com
“efeitos da doença renal” (rs=0.369,p=0.010), com “qualidade de interação
social” (rs=0.288,p=0.049), com a “função sexual” (rs=0.670,p=0.000) , com o
“sono”(rs= 0.336,p=0.21), com “funcionamento físico”(rs=0.429,p=0.002), com a
“saúde geral” (rs=0.454,p=0.001) , com o “bem-estar emocional” (rs=0.371 ,
p=0.010), com a”função emocional”(rs=0.302,p= 0.039), e com “energia/fadiga”
( rs= 0.405,p= 0.004)
Utilizando o domínio erétil do IIEF observou-se que 38 dos 47 pacientes
apresentaram disfunção erétil (80,8%). Apesar do grande número de pacientes
que apresentaram disfunção erétil e alteração no estado de humor pela escala
de Hamilton, não houve associação entre depressão e disfunção erétil. (p>
0.05, Teste exato de Fisher)
Conclusões: Observamos alto índice de alteração do estado de humor e de
disfunção sexual nos pacientes em hemodiálise crônica. As pontuações obtidas
na escala de Hamilton apresentaram correlações negativas com vários
domínios do questionário de qualidade de vida relacionada à saúde (KDQOLSF
™), sugerindo que o estado depressivo está associado com menores
escores de qualidade de vida nos pacientes hemodialisados. Por outro lado, a
função sexual, avaliada pelos diferentes domínios do questionário internacional
de função erétil (IIEF) apresentou correlações positivas com diferentes
domínios do KDQOL-SF™, sugerindo que a disfunção sexual está
correlacionada com escores mais baixos de qualidade de vida nos pacientes
estudados. Os principais domínios do KDQOL-SF™ que apresentaram
relações mais fortes e significativas com a função sexual avaliada pelo IIEF
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foram: função sexual, sono, funcionamento físico, saúde geral, bem estar -
emocional e energia/fadiga. Podemos concluir que os pacientes com
insuficiência renal crônica, em hemodiálise, apresentam: alto índice de
alteração do humor, a maioria na faixa de depressão leve e distimia; alto índice
de disfunção erétil e deterioração da qualidade de vida. Devemos encorajar
novos estudos que busquem quantificar a presença de alterações do estado de
humor e da disfunção sexual nos pacientes com insuficiência renal crônica,
buscando realizar intervenções que visem atenuar esses fatores, tendo em
vista as possíveis influências que estas alterações provocam na qualidade de
vida dos indivíduos, contribuindo para maior morbidade e mortalidade. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: The prevalence of chronic renal disease has increased in recent
years,and disease has become a public health issue worldwide. The dialysis
treatment, used in the most advanced stage of the disease, increases the
patients’ life expectancy and improves their quality of life. Patients under
hemodialysis treatment commonly have mood swings, but these changes are
not properly diagnosed. Depressive appears to affect their quality of life and
sexual function.
Objectives: The general objective was to evaluate parameters related to
emotional state, sexuality and quality of life in chronic renal disease patients
receiving hemodialysis treatment. The specific objectives were: to determine if
there were mood swing; to identify possible erectile dysfunction; to evaluate
quality of life in these patients; to correlate mood shift with quality of life; and to
correlate mood swings with erectile dysfunction.
Methods: Forty seven adult male patients who underwent hemodialysis
procedure for over six months were evaluated in relation to mood state, using
the Hamilton depression scale. The life quality was evaluated using the
questionnaire “Kidney Disease and Quality of Life Short Form” (KDQOL-SF™)
questionnaire, and the sexual function was assessed using the “International
Index of Erectile Function” (IIEF). Laboratorial data, such as hemoglobin,
hematocrit, albumin, ferritin and dialysis dose of (Kt/v), were obtained from the
patients files. Statistical analyses were conducted using Fisher’s test for
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comparison frequencies, and the Spearman’s correlation test was used to
evaluate the correlation among the results obtained from Hamilton scale over
the KDQOL-SF™ and the IIEF domains. The significance level p<0.05 was
adopted
Results: Based on the Hamilton Depression Scale, 32 (68%) patients had
mood shifts and swings (score ≥ 7) and 15 (32%), didn’t (score ≤ 6). We found
significant negative correlations among the scores obtained from theHamilton
Depression Scale and the following parameters of KDQOL-SF™ scale: “list of
symptoms and problems” (rs=-0.399 , p=0.005) “quality of social interaction”
(rs= -0.433, p = 0.002), “sleep” (rs= -0.585, p = 0.000), “general health” (rs= -
0.475, p = 0.000), “emotional well-being” (rs= -0.582, p = 0.000), “social
function” (rs= -0.354, p = 0.015 ) and “energy/fatigue” (rs= -0.518, p = 0.000).
We did not find a significant correlation between the score obtained from the
Hamilton Depression Scale and the IIEF domains (p>0.05). However, we found
a significant positive among IIEF domains and the following KDQOL-SF™
domains: erectile function was correlated with "effects of renal disease" (rs=
0.340, p=0.019), with "quality of social interaction" (rs= 0.328, p=0.024), with
"sexual function" (rs=0.583, p=0.000), with "sleep" (rs=0.343, p=0.018), with
"physical functioning" (rs=0.391, p=0.006), with "general health "(rs=0.,362, p=
0.012), with "emotional function" (rs=0.286, p=0.005) and with "energy/fatigue"
(rs=0.365, p=0.011). The orgasmic function showed correlations with "overload
of renal disease" (rs=0.321, p=0.028), with "sexual function" (rs= 0.508,
p=0.000), with "physical functioning" (rs=0.384, p=0.007) with "physical
function" (rs=0.363, p=0.012) with "general health" (rs=0.349, p=0.016), with
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"emotional well-being” (rs=0.324, p=0.026), with "emotional function" (rs= 0.321,
p=0.028) and with "energy/fatigue" (rs= 0.281, p=0.005). The sexual domain
desire of the IIEF was correlated with "effect of renal disease" (rs= 0.312,
p=0.033), with "sexual function" (rs= 0.394 , p= 0,006), with "sleep" (rs= 0.393,
p=0.006), with "physical functioning" (rs= 0.422, p=0.003), with "general health"
(rs= 0.302, p=0.038), with "emotional well-being" (rs= 0.422, p=0.003), and with
"energy/fatigue" (rs= 0.398, p=0.005). The satisfaction in the sexual intercourse
domain of the IIEF showed a significant positive correlation with "list of
symptoms and problems" (rs= 0.326, p=0.025), with "effect of renal disease"
(rs= 0.369 , p=0.010), "sexual function" (rs= 0.696, p=0.000), "physical
functioning" (rs=0.414, p=0.003),"general health" (rs=0.412, p=0.004),
"emotional well-being" (rs=0.334, p=0.022), "emotional function" (rs= 0.299, p=
0.041) and with "energy /fatigue" (rs=0.370, p=0.010). The satisfaction with
sexual life domain of the IIEF had significant positive correlations with "list of
symptoms and problems" (rs= 0.403, p=0.005 ), "effect of renal disease"
(rs=0.345, p=0.017), “overload of the renal disease" (rs=0.343, p=0.018),
"quality of the social interaction" (rs=0.302, p=0.039), "sexual function"
(rs=0.695, p=0.000), "sleep" (rs= 0.288, p=0.049), "physical functioning"
(rs=0.331, p=0.023), "general health" (rs=0.444, p=0.001), "emotional wellbeing"
(rs=0.306, p=0.036), and with "energy/fatigue" (rs=0.314, p=0.032). The
IIEF total score reflecting the sexual function as a whole had significant positive
and correlations with the "list of symptoms and problems" (rs=0.329, p=0.024),
"effect of renal disease" (rs= 0.369, p=0.010), "quality of social interaction"
(rs=0.288, p=0.049), "sexual function" (rs=0.670, p=0.000), "sleep" (rs= 0.336,
p=0.21), "physical functioning" (rs=0.,429, p=0.002), "general health" (rs=
XVII
0.454, p=0.001), "emotional well-being" (rs=0.371, p=0.010), " emotional
function" (rs=0.302, p= 0.039), and with "energy/fatigue" (rs= 0.405, p= 0.004).
The erectile domain of the IIEF showed that 38 of the 47 patients (80.8%) had
erectile dysfunction. Although most patients presented erectile dysfunction and
mood shift and swings according to the Hamilton Scale, no correlation between
depression and erectile dysfunction was found. (p> 0.05, accurate Fisher ‘s
test).
Conclusions: We found a high index of mood shift and sexual dysfunction in
patients with chronic renal disease under hemodialysis treatment. The scores
obtained in the Hamilton Scale showed a negative correlations with some
domains of the questionnaire of quality of life related to health (KDQOL-SF™).
This suggests that the depressive is associated with a lower score in quality of
life for patients under hemodialysis treatment. In contrast sexual function,
evaluated by different domains of the international questionnaire of erectile
function (IIEF), showed positive correlations with different domains of the
KDQOL-SF™, suggests that the sexual dysfunction is correlated with lower
scores in quality of life of the patients studied. The main domains of the
KDQOL-SF™ that showed stronger correlations with the mood state were:
sleep, general health, emotional well-being and energy /fatigue. The main
domains of the KDQOL-SF™ that had stronger and more significant
correlations with the sexual function evaluated by the IIEF were: sexual
function, sleep, physical functioning, general health, emotional well-being and
energy/fatigue We can conclude that the patients with chronic renal
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insufficiency, under hemodialysis treatment, present: high index of mood shifts,
and swings, most having mild depression and dysthymia; high index of erectile
dysfunction and poor life quality. These data suggest that these patients life
quality is negatively affected by depression.
Further studies should be encouraged to measure the degree of conditions
such as mood shifts and swings and sexual dysfunction in the patients with
chronic renal insufficiency. Well-thought-of interventions seeking to minimize
patients’ morbidity and-mortality, may be to minimize the harmful effects of
those conditions and consequently improve the patients’ quality of life.
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Variabilidade genética do vírus da hepatite C em pacientes em hemodiálise no Brasil centralAmorim, Regina Maria Santos de January 2009 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2009. / Submitted by Allan Wanick Motta (allan_wanick@hotmail.com) on 2010-04-08T13:43:12Z
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Previous issue date: 2009 / A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) ocorre com freqüência elevada em
pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) em hemodiálise. O objetivo deste
estudo foi caracterizar a variabilidade genética do HCV circulante em pacientes em
hemodiálise no Brasil Central. Na primeira etapa deste estudo, os genótipos e subtipos
do HCV foram identificados em pacientes em hemodiálise no Distrito Federal. Para tal
as regiões 5’ UTR e NS5B do genoma viral foram amplificadas e sequenciadas.
Cinqüenta e uma amostras de soro foram RNA HCV positivas para 5’ UTR e, destas,
42 (82,3%) para NS5B. Pelo seqüenciamento da região 5’ UTR, os genótipos 1 e 3
foram encontrados, sendo o subtipo 1a o mais prevalente (82,3%), seguido dos
subtipos 1b (5,9%), 1a/1b (2,0%) e 3a (9,8%). O subtipo 1a também foi o mais
freqüente (90,5%) para a região NS5B, seguido do subtipo 3a (9,5%). A concordância
da genotipagem para as duas regiões foi de 100% para os genótipos, e de 92,5% para
os subtipos. Na segunda etapa deste trabalho, foi comparada a variabilidade genética
da região hipervariável (HVR1) do HCV em um grupo de pacientes em hemodiálise
anti-HCV negativos, RNA HCV positivos (grupo IRC) e em um grupo de pacientes com
hepatite C crônica anti-HCV e RNA HCV positivos, sem tratamento (controle). Para
isso, 10 amostras de cada grupo foram amplificadas para a região HVR1, clonadas e
seqüenciadas. O grupo controle apresentou uma maior freqüência de sítios variáveis
em HVR1 (83,9% x 59,3%, p<0,05), bem como uma maior diversidade entre as
amostras e entre as quasispecies (intra-paciente), comparadas ao grupo IRC. Além
disso, foi verificada uma maior variabilidade dos aminoácidos nas posições 1(384),
3(386), 8(391), 11(394), 14(397), 15(398), 17(400), 22(405) e 27(410) no grupo
controle, em relação ao grupo IRC, que mostrou maior variabilidade somente na
posição 5(388) (p<0,05). Por outro lado, não houve diferença estatisticamente
significante entre a razão das taxa de substituições não sinônimas e sinônimas dos
grupos IRC e controle, sugerindo uma pressão seletiva similar pelo sistema imune
sobre as populações virais nestes grupos. O perfil hidropático dos aminoácidos de
HVR1 do HCV nos dois grupos analisados revelou-se similar, e as variações nas
cargas foram limitadas a sítios específicos. Concluindo, estes dados mostram uma
menor variabilidade genética na HVR1 do HCV em pacientes em hemodiálise anti-
HCV negativos e RNA positivos (grupo IRC), quando comparados aos indivíduos do
grupo controle, que pode estar associada à imunossupressão. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Hepatitis C virus (HCV) infection occurs with high frequency in chronic renal failure
(IRC) patients on hemodialysis. The aim of this study was to characterize the genetic
variability of circulating HCV in hemodialysis patients in Central Brazil. In the first part
of this study, HCV genotypes and subtypes were determined in hemodialysis patients
in the Federal District. For this, 5' UTR and NS5B regions of viral genome were
amplified and sequenced. Fifty-one serum samples were HCV RNA positive for 5 'UTR,
and of these, 42 (82,3%) for NS5B. By the sequencing of the 5’ UTR region, genotype
1 and 3 were found, being subtype 1a the most prevalent (82,3%), followed by
subtypes 1b (5,9%), 1a/1b (2,0%) and 3a (9,8%). The subtype 1a was also the most
frequent (90,5%) for the NS5B region, followed by subtype 3a (9,5%). The
concordance of genotyping for the two regions was of 100% for the genotypes, and of
92,5% for the subtypes. In the second part of this study, the genetic variability within
hypervariable region 1 (HVR1) of the HCV was compared in a group of hemodialysis
patients who were anti-HCV negative and HCV RNA positive (group IRC) and a group
of untreated patients with HCV chronic infection who were anti-HCV and HCV RNA
positive (control). For this, 10 samples from each group were amplified for the HVR1
region, cloned and sequenced. The control group had a higher frequency of variable
sites in HVR1 (83,9% x 59,3%, p<0,05) as well as a greater diversity within (intra -
patient) and among the samples, compared to the IRC group. Moreover, it was
observed a greater variability of amino acids in positions 1 (384), 3 (386), 8 (391), 11
(394), 14 (397), 15 (398), 17 (400), 22 (405) and 27 (410) in the control group, than in
the IRC group, which showed a greater variability only in position 5 (388) (p <0,05). On
the other hand, there was no statistically significant difference between the ratio of the
rates of non-synonymous and synonymous substitutions of the IRC and control groups,
suggesting a similar selective pressure by the immune system on viral populations in
the groups. The hydropathic profile of the amino acids in the HVR1 of HCV in the two
analyzed groups revealed to be similar, and variations in charges were limited to
specific sites. In conclusion, these data show a lower genetic variability within the
hypervariable region 1 (HVR1) of HCV in the hemodialysis patients who were anti-HCV
negative and HCV RNA positive (group IRC), when compared with individuals in the
control group, which may be associated to their immunosuppression.
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Avaliação da atenção ao paciente renal crônico em tratamento hemodialítico, no estado do MaranhãoCoutinho, Nair Portela Silva 21 March 2011 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2011. / Submitted by Gabriela Ribeiro (gaby_ribeiro87@hotmail.com) on 2011-09-13T17:13:26Z
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2011_NairPortelaSlvaCoutinho.pdf: 4660416 bytes, checksum: dbadafe69541c25a8b2ae7671ce0abda (MD5) / Introdução. A doença renal crônica é uma condição clínica de alto impacto epidemiológico que produz elevado custo. Assim, a avaliação da atenção aos pacientes com doenças crônicas interessa ao sistema de saúde, aos seus profissionais e aos seus usuários. Objetivos. 1) Avaliar as condições de atenção aos pacientes com doença renal crônica em processo de hemodiálise nos oito serviços de diálise do Estado do Maranhão; 2) Descrever as características sociodemográficas dos pacientes em tratamento dialítico; 3) Verificar a percepção dos pacientes em relação a essas condições; e 4) Avaliar a sua qualidade de vida. Método. Estudo transversal descritivo, realizado com 350 pacientes e 8 responsáveis técnicos dos Serviços de Diálise. Dois instrumentos foram construídos, submetidos à avaliação de conteúdo, sendo um deles utilizado para avaliação dos serviços pelos profissionais e o outro para avaliação da percepção dos pacientes. A versão brasileira do Kidney Disease and Quality of Life – Short Form (KDQOL-SFTM1.3) foi aplicada para avaliar a qualidade de vida dos pacientes. A análise dos dados foi feita por meio dos softwares Excel® 2003 para Windows® e SPSS® 13 para Windows®. Resultados.1) Conforme o número de pontos obtidos por cada unidade, os resultados da avaliação referentes à Estrutura Física, Equipamentos, Recursos Humanos, Organização e Qualidade da Água variaram de 73% a 100%; 2) Quanto ao perfil sociodemográfico, os pacientes eram, na maioria, do sexo masculino (57,7%), tinham idade média de 57 anos. Dentre eles, 39,1% possuíam ensino fundamental enquanto que 17,3% eram analfabetos, 82,9% recebiam de 1 a 2 salários mínimos, 45,1% tinham benefício do INSS e 34,3% da aposentadoria. 3) A avaliação dos serviços por parte dos pacientes indicou que do total de pacientes 33,4% procediam de unidades de urgência e emergência, 49,4% tiveram como problema inicial hipertensão arterial, 15,1% diabetes, e 81,7% dos pacientes informaram não ter realizado tratamento para a doença renal anteriormente à hemodiálise. Outros 72,3% afirmaram ter transporte garantido por seu município de origem e 92,0% dos pacientes recebiam alimentação pelo serviço; 44,9% constataram necessidade de descentralização dos serviços; 42,5% informaram que os serviços de diálise estão atendendo às suas expectativas. 4) As dimensões Função Física, Função Emocional, Função Sexual, Papel Profissional e Sobrecarga da Doença Renal obtiveram os 9 menores valores médios, abaixo de 50, valor limite estabelecido para uma boa qualidade de vida. As dimensões Estímulo por Parte da Equipe de Diálise, Qualidade da Interação Social e Função Cognitiva apresentaram os maiores escores. Conclusões. As unidades de diálise foram caracterizadas com conceitos excelente, muito bom, e bom. Considerando os baixos níveis de escolaridade e renda familiar é necessário garantir o transporte gratuito, o diagnóstico precoce e a implantação de novos serviços para melhor distribuição regional da atenção ao paciente. A Doença Renal Crônica Terminal e o tratamento hemodialítico se relacionam com a qualidade de vida dos pacientes. As unidades de diálise bem como os profissionais de saúde têm potencial para intervir, com planejamento estratégico e ações multiprofissionais, para promoverem melhoria das dimensões afetadas. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction. Chronic kidney disease is a clinical condition of high impact and cost from an epidemiological point of view. Thus, care evaluation of patients with chronic diseases is an important variable for the health system, healthcare professionals and users. Objectives. 1) To evaluate the conditions of patients care with chronic renal failure disease on hemodialysis in eight dialysis centers of Maranhão; 2) to describe the sociodemographic variables of patients on dialysis; 3) to verify patients’ perception about these conditions, and 4) to evaluate the patients’ quality of life. Methods. Descriptive cross-sectional study, which sample was consisted of 350 patients and 8 technicians responsible for the dialysis services. We used two instruments that were structured and validated for assessment of the dialysis services by the professionals and another for patients’ perception. The Brazilian version of Kidney Disease and Quality of Life - Short Form (KDQOL-SFTM1.3) was used for assessing the patients’ quality of life. The data analysis was performed using the software Excel ® 2003 for Windows ® and SPSS ® 13 for Windows ®. Results. 1) The evaluation results regarding the physical installations, equipments, human resources, organization and water quality ranged from 73% to 100%, according to the number of points obtained per each dialysis unit. 2) Regarding the sociodemographic profile, most patients were male (57.7%) with a mean age of 57 years. Among these patients, 39.1% had elementary school and 17.3% were illiterate. 82.9% of the individuals had an income of 1 to 2 minimum wages, 45.1% received benefits provided by the INSS and 34.3% of retirement. 3) Evaluation of the services by the patients showed that 33.4% of patients came from urgent and emergency care units, 49.4% and 15.1% patients had as primary manifestations hypertension and diabetes, respectively. 81.7% of patients reported not having been treated for kidney disease before the hemodialysis. 72.3% individuals said to have the transportation provided by their city of origin and 92.0% were supplied with food by the service. Less than half 44.9% suggested the need for services decentralization, and 42.5% patients reported that dialysis services are meeting their expectations. 4) The domains physical functioning, emotional function, sexual function, professional role and burden of renal disease had the lowest mean values, below 50, which is the limit value 11 for a good quality of life. Dialysis staff encouragement, quality of social interaction and cognitive function, had the highest scores. Conclusion. The dialysis units were characterized as excellent, very good and good grades. Patients have low levels of education and family income and so that they need the guarantee of free transportation, early diagnosis and establishment of new services for better regional distribution of patient care. The end-stage chronic kidney disease and the hemodialysis treatment were associated with patients’ quality of life. The dialysis units as well as the professionals should act through strategic management and multiprofessional actions in order to promote improvement of the affected dimensions.
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Efeito da música sobre o estresse em pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico: estudo quase-experimental / Effect of music on stress in chronic renal patients under hemodialysis treatment: quasi-experimental studyLucimara Moreli 25 April 2014 (has links)
Trata-se de um estudo quase-experimental que teve como propósito avaliar o efeito da música como terapia complementar sobre variáveis de expressão do estresse em pacientes renais crônicos, durante o tratamento hemodialítico. Como objetivos específicos o estudo buscou comparar as variáveis fisiológicas (cortisol salivar, frequência cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória e temperatura cutânea) e escores de ansiedade mensurados pela forma estado do Inventário de Ansiedade Traço - Estado (IDATE), em dois momentos (dia 1: observação da linha de base; dia 2: observação antes e após intervenção). Outros objetivos complementares foram: a avaliação de presença de ritmo circadiano do cortisol, a correspondência entre o cortisol salivar e plasmático e a avaliação da aceitação da intervenção. A variável de manipulação foi a audição da seleção musical de preferência dos sujeitos por 30 minutos. O estudo foi realizado em dois momentos distintos: no primeiro houve a determinação do perfil das variáveis de interesse em um procedimento padrão de hemodiálise, sem intervenção; no segundo momento foi observado o efeito de uma intervenção musical no perfil das variáveis de interesse, em um procedimento padrão de hemodiálise. Participaram do estudo 55 pessoas, 52,7% do sexo masculino, com idade média de 49,6 anos (DP=15,7 anos), com média de tempo de tratamento de 47,9 meses (DP= 47,5 meses), a maioria em primeiro tratamento de substituição renal (83,6%). Não houve diferença entre as médias de concentração do cortisol salivar dos sujeitos do estudo nos dois momentos (dias 1 e 2) e nas duas fases do dia de intervenção (antes e após intervenção), nos três turnos de HD. O primeiro e segundo turnos de HD apresentaram curva gráfica do cortisol com subida acentuada ao final da hemodiálise, enquanto no terceiro turno a curva apresentou-se em discreto declínio do início até o término da sessão de HD. Apesar de a maioria dos sujeitos ter apresentado baixo nível de ansiedade, em todas as fases do estudo, verificou-se diferença significativa (p<0,001) entre as médias de ansiedade nas fases pré e pós intervenção. Não se observou diferença estatística para as variáveis frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura e pressão arterial sistólica entre os momentos pré e pós intervenção. A pressão arterial diastólica apresentou diferença entre as médias dos momentos pré e pós intervenção (p=0,0006). Foi verificado presença de correlação entre o cortisol plasmático e o cortisol salivar (r = 0,722 e p < 0,0001), além disso, observou-se presença de ritmo circadiano do cortisol em 85,4% dos participantes do estudo. Os participantes mostraram boa aceitação da intervenção com música. Conclui-se que nas variáveis sinais vitais e cortisol não se observou diferença com a intervenção empregada, entretanto, pelos escores do IDATE, foi evidenciado um efeito redutor da ansiedade por meio da música, nos três turnos de HD, o que reforça o uso desta intervenção / The objective in this quasi-experimental study was to assess the effect of music as complementary therapy on stress expression variables in chronic renal patients during hemodialysis treatment. As specific objectives, the study aimed to compare the physiological variables (salivary cortisol, cardiac frequency, arterial pressure, respiratory frequency and cutaneous temperature) and anxiety scores measured using the State-Trait Anxiety Inventory (STAI) at two moments (day 1: observation of baseline; day 2: observation before and after the intervention). Other complementary objectives were: evaluation of the presence of circadian rhythm of cortisol, correspondence between salivary and plasmatic cortisol and assessment of the acceptance of the intervention. The manipulation variable was the hearing of the music selection the subjects preferred during 30 minutes. The study was undertaken at two distinct moments: first, the profile of the variables of interest was determined in a standard hemodialysis procedure, without intervention; second, the effect of a music intervention on the profile of the variables of interest was observed in a standard hemodialysis procedure. Fifty-five persons participated in the study, 52.7% male, with a mean age of 49.6 years (SD=15.7 years), with a mean length of treatment of 47.9 months (SD=47.5 months), mostly undergoing the first renal replacement treatment (83.6%). No difference was found between the mean concentration levels of the study subjects\' salivary cortisol at the two moments (days 1 and 2) and in the two phases of the intervention day (before and after the intervention), in the three HD shifts. The first and second HD shifts showed a graphic cortisol curve with a steep rise at the end of the hemodialysis while, in the third shift, the curve showed a slight decline from the start until the end of the HD session. Although most subjects showed low anxiety levels in all study phases, a significant difference was observed (p<0.001) between the mean anxiety levels in the pre and post-intervention phases. No statistical difference was observed for the variables: cardiac frequency, respiratory frequency, temperature and systolic blood pressure between pre and post-intervention. The diastolic blood pressure showed a difference between the mean levels at pre and post-intervention (p=0.0006). The presence of correlation between plasmatic and salivary cortisol was verified (r = 0.722 and p < 0.0001). In addition, the presence of a circadian rhythm of cortisol was observed in 85.4% of the study participants. The participants showed good acceptance of the music intervention. In conclusion, in the variables vital signs and cortisol, no difference was observed as a result of the intervention employed, but the STAI scores evidenced that music reduces anxiety, in the three HD shifts, which reinforces the use of this intervention
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Contaminação microbiana de hemodialisadores processados pelo método automatizado e manual após o número máximo de reusos / Microbiological contamination of reprocessed dialyzers after maximal number of reusesAlexandra do Rosario Toniolo 04 December 2014 (has links)
Introdução: A hemodiálise é um procedimento invasivo, para pacientes em falência renal onde se realiza a filtração do sangue continuamente, utilizando-se circulação extracorpórea em um filtro hemodialisador. No Brasil, a prática do reuso de hemodialisadores atinge quase 100% nos serviços de diálise. Uma das justificativas para o reuso são os limitados recursos para a assistência à saúde. No entanto, esta prática, causa questionamentos relacionados à segurança. Erros técnicos no reprocessamento, qualidade da água e alteração da integridade da membrana do hemodiliasador podem afetar a qualidade do processamento expondo os pacientes ao risco de bacteriemia e sepse. Objetivo: Avaliar a contaminação microbiana dos hemodialisadores após o número máximo de reusos permitidos, comparando os resultados conforme tipo de processamento: manual e automatizado. Método: Esta pesquisa caracterizou-se como estudo de campo, transversal, de caráter exploratório comparativo em dois serviços de diálise. A composição da amostra foi por conveniência conforme a disponibilidade destas, pelas instituições doadoras, sendo os grupos experimentais compostos por 11 hemodialisadores processados pelo método automatizado e quatro hemodialisadores processados manualmente. As amostras foram coletadas após o processamento obedecendo ao número máximo de reusos permitidos pela RDC ANVISA nº 11/2014, sendo 12 reusos para processamento manual e 20 reusos para processamento automatizado. Em Cabine de Proteção Biológica a solução salina e dialisadora foram drenadas dos compartimentos de sangue e dialisato, respectivamente, e injetados 150 mL de meio de cultura Tioglicolato de Sódio Fluido em cada compartimento. As amostras foram incubadas em estufa microbiológica por 14 dias, a temperatura de 35 ºC ±2ºC. Após esse período alíquotas do meio de cultura foram semeadas em meios de ágar sangue, anaerinsol e sabouraud, capazes de recuperar a maioria dos microrganismos aeróbios, anaeróbios, bolores e leveduras. As placas foram incubadas por 48 horas a 35 ºC ±2ºC, e procedida a identificação de gênero dos micorganismos. Realizados controles positivos com hemodialisadores contaminados intencionalmente e controles negativos, com novos esterilizados. Resultados: Das amostras submetidas ao processamento automatizado três amostras (3/11-27,3%) apresentaram crescimento microbiano no compartimento de sangue, sendo identificados dois diferentes microrganismos: de Sphingomonas paucimobilis (66,67%) e de Penicillium sp. (33,33%). Todas as amostras 11/11 (100%) apresentaram crescimento microbiano no compartimento de dialisato, sendo identificados 5 diferentes microrganismos: Sphingomonas paucimobilis (43,75%), Strenotrophomonas maltophilia (25%), Pseudomonas aeruginosa (18,75%), Acinectobacter baumannii (6,25%) e Candida sp (6,25%). Dos quatro hemodialisadores submetidos ao processamento manual, uma amostra (25%) apresentou crescimento de bacilo Gram-positivo no compartimento de sangue e uma amostra (25%) apresentou crescimento no compartimento do dialisato contaminados por três microrganismos distintos: de Bacillus sp, Rhizobium radiobacter, Burkholderia sp. Comparando os resultados da contaminação microbiana segundo os dois métodos de processamento analisados não houve diferença estatisticamente significante (p=1) para o compartimento de sangue. Para o compartimento do dialisato o método automatizado apresentou maior número amostras positivas em relação ao manual (p=0,008791). Conclusão: Os resultados demonstraram que o reuso dos hemodialisadores não é uma prática recomendada, podendo causar bacteriemia e sepse em pacientes em tratamento hemodialítico. Ressalta-se que a pesquisa foi conduzida no pior cenário após o número máximo de reusos permitidos sem determinar em qual número de reusos a contaminação aconteceu. / Introduction: Hemodialysis is an invasive procedure for patients with kidney failure in which blood is continuously filtered using a dialyzer filter through extracorporeal blood flow. In Brazil dialyzers are nearly 100% reused in dialysis facilities. One of the main justifications to reuse dialyzers is economical. However, this practice often leads to concerns related to patient safety. Technical errors in reprocessing, water quality and the membrane dialyzer degradation may lead to different risks including bacteremia and sepsis. Objective: To evaluate dialyzers regarding microbiological contamination after maximal number of reuses, comparing results in accordance with the type of reprocessing: manual and automated. Method: This research was characterized as a transversal, exploratory and comparative in two dialysis facilities. The sample was composed as convenience according to the availability of the facilities which donated the samples. The experimental groups were composed of 11 automated reprocessed dialyzers and four manually reprocessed dialyzers. The samples were collected after reprocessing in dialysis facilities according to the maximal number of reuses permited by law (12 in manual reprocessing and 20 in automated reprocessing) and prepared in Biosafety Cabinets. Saline Solution and dialysate solution were drained from both the blood and the dialysate chambers, respectively, by applying suction and filled with 150 mL of culture medium sodium thioglicolato fluid in each chamber and they were incubated at a temperature of 35 º C + or -2 ° C for 14 days. After this period, the samples were cultured in medium adequate for the growth of aerobic and anaerobic organisms as well as fungi and yeasts.The samples were incubated for 48 hours at 35 º C + or -2 ° C and identification of microorganisms was carried. Results: The analyzed samples which were automated reprocessed, 3/11(27.3%) showed microbiological growth in the blood chamber, of this total, we identified two different microorganisms: S.paucimobilis (66,67%) and Penicillium sp. (33,33%). In the dialysate chamber 11/11 (100%) of microbiological growth was identified, of this total we identified five different microorganisms: S.paucimobilis (43,75%) , S. maltophilia (25%) , P. aeruginosa (18,75%) , A. baumannii (6,25%) and Candida sp. (6,25%). The four analyzed samples which were manually reprocessed, 1/4(25%) showed microbiological growth in the blood chamber. One sample with Gram-positive Bacillus was identified in the dialysate chamber and contaminated by Bacillus sp, R. Radiobacter and Burkholderia sp. Comparing the results related to microbiological growth according to the two methods in the blood chamber, we concluded that there was no statistically significant difference (p=1) and in the dialysate chamber, there was a higher number of positive samples among those which were automated reprocessed compared to manually reprocessed (p = 0.008791) Conclusion: The results showed that dialyzers reuse is not a recommended practice and may cause bacteremia and sepsis for patients with chronical kidney disease. We highlight that this study was carried out considering the worst case scenario ,i.e. after the maximal number of reuses permitted by law, without specifying in which number of reuses the contamination occurred.
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Qualidade da água tratada para hemodiálise e intercorrências clínicas apresentadas pelos pacientes em tratamento: enfoque para metais e agentes microbiológicos / Quality of treated water for hemodialysis and clinical intercurrences presented by patients in treatment: a focus on metals and microbiological agentsMeire Nikaido Suzuki 28 November 2016 (has links)
A contaminação por metais e agentes microbiológicos na água de hemodiálise pode ocasionar manifestações clínicas nos pacientes em tratamento, como anemia, dor óssea, picos hipertensivos, distúrbios neurológicos, episódios de hipotensão, náuseas e vômitos. Avaliar e garantir níveis mínimos de contaminação por metais e micro-organismos na água de hemodiálise pode, assim, aumentar a segurança do paciente. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a qualidade da água tratada para hemodiálise e as intercorrências clínicas apresentadas pelos pacientes. Foi utilizado um questionário para a coleta de informações referentes aos aspectos demográficos e hábitos de consumo, e um instrumento de registro mensal de intercorrências clínicas e parâmetros clínico-laboratoriais; tais informações foram obtidas por meio de entrevista e no prontuário do paciente, respectivamente. As dosagens de metais em sangue foram realizadas por EAA (Chama/ Forno de Grafite) no Setor de Metais do HCFMRP/USP, e em água por ICP/MS no Laboratório de Toxicologia e Saúde Ambiental da Universidade Rovira i Virgili, Espanha. A quantificação de bactérias heterotróficas foi realizada pelo Método \"Pour Plate\", a de Coliformes totais e E. coli por Tubos Múltiplos e a detecção de fungos filamentosos por Membrana Filtrante no Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental da EERP/USP. A quantificação de endotoxina foi realizada pela técnica cromogênica do lisado de Limulus Amebocyte, no Laboratório de Vacinas Gênicas da FMRP/USP. Para a análise dos dados foi aplicado o teste Wilcoxon- Mann Whitney bilateral ou Teste t bilateral no software R®, o teste de Kruskal-Wallis no software GraphPad Prism 6®, e ajustados modelos de regressão no software SAS/STAT®. Verificou-se que a concentração de Pb sérico entre os pacientes que exercem/exerciam atividades relacionadas à maior exposição a metais foi significativamente maior (p-valor = 0,0208) que aqueles que nunca realizaram tais atividades. A concentração média de Cu, Pb e Zn na água após filtração por osmose reversa (AFOR) foi inferior ao preconizado na RDC nº 154/2004 e RDC nº 11/2014 da ANVISA, somente o Al (15,35 ± 14,53 µg/L) apresentou concentração média superior a tais normativas. Não foi detectado presença, durante todo o período do estudo, de Cd, coliformes totais, E. coli e endotoxina na água AFOR. A contagem de bactérias heterotróficas foi significativamente maior (p-valor <0,0001) na água após a pré- filtração (APF) do que na água potável (AP) e na água AFOR. As concentrações de cloro total e nitrato foram significativamente maiores (p-valor <0,0001) na AP em relação à água APF e na água AFOR. A contagem de bactérias heterotróficas e a concentração de nitrato na água AFOR foi inferior ao preconizado nas normativas, o cloro total apresentou concentração média superior ao estabelecido na RDC nº 11/2014, mas dentro do limite preconizado pela RDC nº 154/2004. Foi verificado presença de fungos filamentosos em todos os pontos de coleta. Constatou-se que a diminuição da concentração de Cu e nitrato em água de hemodiálise foram significativos (p-valor = 0,001 e 0,0354, respectivamente) para explicar o aumento da concentração de hemoglobina em sangue. Embora a água utilizada no preparo do dialisato tenha apresentado excelente qualidade microbiológica e físico-química é importante o monitoramento contínuo para garantia dos parâmetros de qualidade e prevenção de intercorrências clínicas / The contamination by metals and microbiological agents in hemodialysis water can cause clinical manifestations in hemodialysis patients, such as anemia, bone pain, hypertensive peaks, neurological disturbances, hypotension episodes, nausea and vomiting. Evaluating and assuring minimum levels of contamination by metals and microorganisms in hemodialysis water can improve patient safety. The aim of the study was assess the relationship between the quality of treated water for hemodialysis and the clinical intercurrences presented by patients. A questionnaire was used to collect information about demographic characteristics and consumer habits, and an instrument was applied for monthly recording of clinical intercurrences and clinical laboratorial parameters. The data were obtained by interviews and from clinical records, respectively. Concentrations of metals in blood were determined by AAS (flame/graphite furnace) in the Metals Sector of HCFMRP/USP, and in water by ICP/MS in the Laboratory of Toxicology and Environmental Health of University Rovira i Virgili, Spain. The quantification of heterotrophic bacteria was performed by the pour plate method, the total coliforms and E. coli by multiple tubes, and filamentous fungi by the membrane filter at the Laboratory of Ecotoxicology and Environmental Parasitology of the EERP/USP. The quantification of endotoxin was performed by the chromogenic technique of Limulus Amebocyte lysate, at the Gene Vaccine Laboratory of the FMRP/USP. For data analysis, the bilateral Wilcoxon-Mann-Whitney or bilateral t-test was applied using the R® software, the Kruskal-Wallis test using GraphPad Prism 6®, and adjusted regression models with SAS/STAT®. The results showed that patients who reported having or having had job activities with high exposure to metals showed serum concentrations of Pb significantly higher (p-value = 0.0208) than patients without job exposure to metals. The mean concentrations of Cu, Pb and Zn in the water after reverse osmosis (ARO) were below the threshold limits set by RDC nº 154/2004 and RDC nº 11/2014 from the ANVISA; only Al (15.35 ± 14.53 µg/L) was present in average concentration higher than resolutions. The presence of Cd, total coliforms, E. coli and endotoxins in the water ARO during the study was not detected. The counting of heterotrophic bacteria was significantly higher (p-value <0.0001) in the water after the pre-filtration (APF) than the potable water (PW) and the wate ARO. The concentrations of total chlorine and nitrate were significantly higher (p-value <0.0001) in the PW than the water APF and the water ARO. The counting of heterotrophic bacteria and concentration of nitrate in the water ARO were below the reference limits, while the total chlorine was present in higher concentration than the established in RDC nº 11/2014 but lower than that in RDC nº 154/2004. Filamentous fungi were detected at all sampling points. The decrease in the levels of Cu and nitrate in hemodialysis water were significant (p value = 0.001 and 0.0354, respectively) to explaining the increase of hemoglobin concentration in the blood samples. Although the water used for dialysis showed excellen microbiological and physicochemical quality, it is important to monitor it regularly to assure the quality parameters and prevent clinical intercurrences
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Onicomicose em pacientes dialíticos e transplantados renais: prevalência, etiologia e perfil de suscetibilidade a antifúngicos em pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo / Onychomycosis in dialysis patients and kidney transplant recipient: prevalence, etiology and antifungal susceptibility profile in patients treated at the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São PauloAntonio Marques dos Santos Filho 30 August 2016 (has links)
Onicomicose é uma infecção crônica das unhas provocadas por fungos. É a doença mais comum das unhas em todo o mundo e constitui cerca de metade de todas as alterações ungueais em indivíduos imunocompetentes e imunossuprimidos. Nos últimos anos, vários estudos tem demonstrado aumento na prevalência de onicomicose. Esse aumento pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo o aumento da expectativa de vida, e propagação do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Nesse sentido, o número de pacientes renais crônicos vem aumentando em todo mundo. No entanto, a literatura relata poucos estudos sobre a prevalência e as características das onicomicoses nestes pacientes. Diante disso, nossos objetivos foram determinar a prevalência, etiologia e perfil de suscetibilidade das onicomicoses provenientes de pododáctilos de pacientes dialíticos (DL), receptores de transplante renal (RTR) e pacientes grupo controle. Foram examinados 510 pacientes, sendo 336 provenientes da Unidade de Transplante Renal (149 DL e 187 RTR), e 174 pacientes do Ambulatório de Clínica Geral, sem histórico de doença associada à imunossupressão (Grupo controle). Os isolados foram identificados por testes fenotípicos e moleculares. O perfil de suscetibilidade foi realizado pelo método de microdiluição em caldo frente aos fármacos fluconazol, itraconazol, voriconazol e terbinafina. A prevalência de onicomicose foi de 23,4% nos pacientes DL e 23,0% nos RTR, significativamente maior que no grupo controle (13,2%). Nos pacientes DL, onicomicose foi associada com diabetes, mas não com o tempo de diálise e sexo. Nos pacientes RTR, onicomicose foi mais prevalente em homens, mas não houve associação com duração do transplante, diabetes e protocolo de tratamento imunossupressor. Trichophyton rubrum foi a agente mais prevalente (45,9%), seguido por T. mentagrophytes (24,5%) e Candida parapsilosis (18%). Todos antifúngicos foram eficazes frente aos isolados de dermatófitos, sendo terbinafina o mais eficiente. Os isolados de C. parapsilosis foram todos sensíveis aos quatro antifúngicos de acordo com os atuais \"end-points\". Nossos achados permitiram concluir que pacientes renais (DL e RTR) tem risco aumentado de desenvolver onicomicose. Nossos dados também revelaram que a etiologia e a suscetibilidade das espécies isoladas são comparáveis aos encontrados em outros grupos de pacientes não renais descritos na literatura. / Onychomycosis is a chronic fungal infection of the nail. It is the most common disorder of nails worldwide and constitutes about 50% of all nail changes of the immunosuppressed and healthy patients. In recent years, several reports have shown increased prevalence of onychomycosis. This increase can be attributed to several factors, including increased life expectancy, and to the human immunodeficiency virus (HIV) epidemics. In this regard, the number of chronic renal patients is also increasing worldwide. However, the literature reports few studies on onychomycosis in these patients. Therefore, our objectives were to determine the prevalence, etiology and susceptibility profile of onychomycosis of the toenail of patients undergoing hemodialysis treatment (HD), kidney transplant recipients (KTR) and control patients. Were examined 510 patients, 336 attending the Renal Transplantation Unit (187 KTR e 149 HD) and 174 patients attending an internal medicine outpatient service with diseases other than renal disease (control group). The isolates were identified by phenotypic and molecular tests. Antifungal susceptibility tests were performed using a broth microdilution method against the antifungal drugs voriconazole, itraconazole, fluconazole and terbinafine. The prevalence of onychomycosis in HD patients (23.4%) and KTR (23.0%) was significantly higher than control group (13.2%). In HD patients, onychomycosis was associated with diabetes but not duration of dialysis and gender. In KTR, onychomycosis was more prevalent in males, but not associated with duration of transplantation, diabetes or immunosuppressive protocols. Trichophyton rubrum was the most prevalent species (45.9%) followed by T. mentagrophytes (24.5%) and Candida parapsilosis (18%). While all antifungals were efficient against the dermatophyte isolates, terbinafine was the most effective. All C. parapsilosis isolates were sensitive to the antifungals according to the current end-points. In conclusion, this study shows that HD patients and KTR are at high risk of contracting onychomycosis. Our data also show that the etiology and susceptibility of the species are comparable with those found in other groups of non-renal patients described in the literature.
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Disfunção endotelial na insuficiência renal terminal e no diabetes tipo 2 / Endothelial dysfunction in end-stage renal disease and type 2 diabetesSilva, Antônio Marcos Vargas da January 2008 (has links)
Vários estudos envolvendo a avaliação da função endotelial em pacientes com insuficiência renal terminal (IRT) e em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) têm sido apresentados objetivando um melhor entendimento dos mecanismos fisiopatológicos e das condições que cercam essas patologias. As sessões de hemodiálise (HD) em pacientes com IRT e a microalbuminúria em pacientes com DM2 influenciam as respostas endoteliais e, diante disso, este trabalho constitui-se de dois estudos independentes com ambas as populações, sendo: o Estudo 1 objetivou avaliar a influência de uma sessão de HD na função endotelial venosa e no estresse oxidativo de nove pacientes com IRT comparados a um grupo controle (n=10). A função endotelial foi avaliada pela técnica de Dorsal Hand Vein e o estresse oxidativo pelas medidas de capacidade antioxidante total (TRAP) e de dano oxidativo à proteínas (Carbonilas). Antes da HD, os pacientes apresentaram reduzida venodilatação dependente do endotélio (VDE) na comparação com o controle (65,6 ± 10,5% vs. 109,6 ± 10,8%; P = 0,010). Após a HD houve um aumento na VDE (106,6 ± 15,7%; P = 0,045). A venodilatação independente do endotélio foi similar em todas as comparações realizadas. A HD reduziu o TRAP (402,0 ± 53,5 vs 157,1 ± 28,3 U of Trolox/μL plasma; P = 0,001) e não alterou as carbonilas (P = 0,389). O delta de VDE foi negativamente correlacionado com o delta de TRAP (r = -0,70; P = 0,037). Esses resultados sugerem que a sessão de HD melhora a função endotelial venosa associada a menor redução de antioxidantes. No Estudo 2 foram avaliados 28 pacientes com DM2, subdivididos em grupo normoalbuminúrico (n=16) e microalbuminúrico (n=12), com o objetivo de comparar entre os grupos a função endotelial no leito venoso e arterial. As funções endotelial venosa e arterial foram avaliadas pela técnica de Dorsal Hand Vein (venodilatação) e pela dilatação mediada pelo fluxo (FMD) da artéria braquial através de ultrasonografia de alta resolução, respectivamente. Pacientes microalbuminúricos apresentaram reduzida venodilatação (32,9 ± 17,4% vs. 59,3 ± 26,5%, respectivamente; P = 0,004) e FMD (1,8 ± 0,9% vs. 5,1 ± 2,4, respectivamente; P < 0,001), quando comparados a normoalbuminúricos. A venodilatação se correlacionou negativamente com albuminúria (r = -0,53; P = 0,004) e com HbA1c (r = -0,41; P = 0,032). O mesmo foi observado entre FMD e albuminúria (r = -0,49; P = 0,007) e HbA1c (r = -0,44; P = 0,019). Foi observada uma correlação positiva entre venodilatação e FMD (r = 0,50; P = 0,007). Assim, a função endotelial em ambos os leitos vasculares está prejudicada em pacientes com DM2 e microalbuminúria. Os dois métodos utilizados para avaliação da função endotelial se correlacionaram positivamente. Mesmo em um grupo de pacientes com bom controle metabólico, as respostas de vasodilatação se correlacionaram negativamente com HbA1c. / Several studies were shown, involving endothelial function assessment in patients with endstage renal disease (ESRD) and in patients with type 2 diabetes (T2D), aiming a better understanding of physiopathological mechanisms and conditions surrounding these pathologies. Hemodialysis (HD) sessions in patients with ESRD and microalbuminuria in patients with T2D influence the endothelial responses and, therefore, this work was based on two independent studies, namely: Study 1 aimed at evaluating the influence of an HD session in venous endothelial function and oxidative stress of nine patients with ESRD compared to a control group (n=10). Endothelial function was assessed by dorsal hand vein technique and oxidative stress by total radical trapping antioxidant potential (TRAP) and protein oxidative damage (carbonyls). Before HD, the patients showed a reduced endothelium-dependent venodilation (EDV) compared with controls (65.6 ± 10.5% vs. 109.6 ± 10.8%; P = 0.010). After HD there was an increase in EDV (106.6 ± 15.7%; P = 0.045). The endotheliumindependent venodilation was similar in all comparisons performed. HD decreased TRAP (402.0 ± 53.5 vs 157.1 ± 28.3 U of Trolox/μL plasma; P = 0.001) and did not change the carbonyls (P = 0.389). The delta in EDV was negatively correlated with the delta in TRAP (r = -0.70; P = 0.037). These results suggest that an HD session improves endothelial venous function, in association with an antioxidant effect. In Study 2 28 patients with T2D were evaluated, subdivided into normoalbuminuric (n=16) and microalbuminuric group (n=12), aiming to compare the endothelial function in venous and arterial bed between the groups. Venous and arterial endothelial function were assessed by the dorsal hand vein technique (venodilation) and brachial artery flow-mediated vasodilation (FMD) by high-resolution ultrasonography, respectively. Microalbuminuric patients presented impaired venodilation (32.9 ± 17.4% vs. 59.3 ± 26.5%, respectively; P = 0.004) and FMD (1.8 ± 0.9% vs. 5.1 ± 2.4, respectively; P < 0.001), as compared to normoalbuminuric patients. Venodilation was negatively correlated with microalbuminuria (r = -0.53; P = 0.004) and HbA1c (r = -0.41; P = 0.032). The same was observed between FMD and albuminuria (r = -0.49; P = 0.007) and HbA1c (r = -0.44; P = 0.019). Venodilation was positively correlated with FMD (r = 0.50; P = 0.007). Thus, both venous and arterial endothelial function are impaired in patients with T2D and microalbuminuria. The two methods used for endothelial function evaluation were positively correlated. Even though patients had good metabolic control as a group, vasodilation responses were negatively correlated with HbA1c.
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Efeito da redução do sódio do dialisato na pressão arterial de pacientes em hemodiálise / EFFECT OF REDUCTION OF SODIUM IN BLOOD PRESSURE DIALYSATE IN HEMODIALYSIS PATIENTS.Coelho, Raissa da Mota 10 February 2011 (has links)
Effect of dialysate sodium reduction on blood pressure in hemodialysis patients, Coelho, R. M., Aracaju, 2011. Most hemodialysis patients have systemic hypertension and blood pressure levels are not controlled. One factor that may contribute to elevate blood pressure in hemodialysis patients is the increased concentration of sodium in the dialysate. Unlike the blood pressure measured in pre and post-hemodialysis, the ambulatory blood pressure monitoring is a reproducible method and includes the entire interdialytic period. A randomized cross-over trial was performed to evaluate the low sodium prescription of through a 44-hour ambulatory blood pressure monitoring in 18 patients in hemodialysis with uncontrolled hypertension who complete all phases of the study. Patients were submitted to two periods of four weeks with different sodium prescriptions separated by an equal period of interval. The sodium prescription of the standard period was 138 mEq/L and low sodium prescription was 134 mEq/L. This value was set to the mean of the pre- hemodialysis serum sodium levels by decreasing of 4 mEq/L using a direct electrode ion selective method. In the period of prescription of low sodium there was significantly sodium post-hemodialysis decreasing (138.1 + 2.0 mEq/L to 133.3 + 2.5 mEq/L, p <0.001). The average of systolic blood pressure decrease from 151.5 + 16.3 mmHg to 141.7 + 13.3 mmHg and diastolic from 99.0 + 11.0 mmHg to 92.3 + 10.2 mmHg in 44 hours and awake, but there was no reduction in diastolic blood pressure during sleep. Pulse pressure and nocturnal dipping were not altered by the intervention as well as the blood pressure measurements before and after hemodialysis, interdialytic weight gain and ultrafiltration. There was a decrease in systolic and diastolic blood pressure only in the sleep period when compared the standard and low sodium on the first interdialytic day. The trial suggests that a low sodium prescription decreased the blood pressure, assessed by ambulatory blood pressure monitoring, in hemodialysis patients with uncontrolled hypertension. / Efeito da redução do sódio do dialisato na pressão arterial de pacientes em hemodiálise, Coelho, R. M., Aracaju, 2011. A maioria dos pacientes em hemodiálise tem hipertensão arterial sistêmica e mantém níveis pressóricos não controlados. Um dos fatores que podem contribuir para elevação da pressão arterial de pacientes em hemodiálise é a concentração aumentada de sódio no dialisato. Diferente da pressão arterial aferida na pré e pós-hemodiálise, a avaliação da pressão arterial feita pela monitorização ambulatorial da pressão arterial é um método reprodutível e contempla todo o período interdialítico. Foi realizado um estudo randomizado tipo cross-over para avaliação da prescrição reduzida de sódio através da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 44 horas em 18 pacientes hipertensos não controlados em hemodiálise que concluíram todas as fases do estudo. Os pacientes foram submetidos a dois períodos de quatro semanas com diferentes prescrições de sódio separadas por um intervalo de igual período. A prescrição de sódio do período padrão foi de 138 mEq/L e do período de sódio reduzido foi de 134 mEq/L. Este valor foi determinado pela diminuição de 4 mEq/L da média dos valores de sódio sérico obtidos na pré-hemodiálise através da técnica eletrodo íon seletivo direto. No período de prescrição de sódio reduzido, houve diminuição significativa do sódio pós-hemodiálise (138,1 + 2,0 mEq/L para 133,3 + 2,5 mEq/L, p < 0,001), da média da pressão arterial sistólica de 151,5 + 16,3 mmHg para 141,7 + 13,3 mmHg e diastólica de 99,0 + 11,0 mmHg para 92,3 + 10,2 mmHg nas 44 horas e na vigília, mas sem redução da pressão arterial diastólica no sono. A pressão de pulso, o descenso noturno, as medidas da pressão arterial pré e pós-hemodiálise, o ganho de peso interdialítico e a ultrafiltração, não foi modificado pela intervenção. Houve queda apenas da pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica no sono quando comparado o período de sódio padrão e de sódio reduzido no primeiro dia interdialítico. A prescrição reduzida de sódio resultou em diminuição da pressão arterial, avaliada através da monitorização ambulatorial da pressão arterial, em pacientes hipertensos não controlados em hemodiálise.
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