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No soy um aculturado: identidade nacional e indigenismo nas obras de José María ArguedasJESUS, G. M. 22 October 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-10-22 / O debate sobre a identidade nacional peruana, iniciado no século XIX, teve como ponto central a discussão do papel dos indígenas, considerado por alguns um problema e, por outros, a verdadeira fonte da cultura nacional. Nesse contexto, destacou-se o pensamento do escritor e etnógrafo José Maria Arguedas, conhecido por representar em suas obras a cultura andina e os conflitos sociais na relação entre brancos e índios. Por essa característica, seus trabalhos foram considerados como parte da corrente literária Indigenista. Em nossa pesquisa temos como objetivo analisar a construção da identidade nacional peruana nos textos de Arguedas, partindo do pressuposto que sua concepção é em um primeiro momento filiada a concepção indigenista, para em seguida apresentar-se como um projeto político baseado na mestiçagem cultural. Nossas fontes serão, em sua maioria, os romances do autor.
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A identidade nacional brasileira em discursos jurídicos : entre memória, narrativa histórica e ConstituiçãoSousa, Joelma Melo de 05 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2010. / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-04-06T18:53:33Z
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2010_JoelmaMelodeSousa.pdf: 531837 bytes, checksum: bc6eec8ba2e7fe64d0270cb613eb53be (MD5) / Made available in DSpace on 2011-04-11T23:32:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2010_JoelmaMelodeSousa.pdf: 531837 bytes, checksum: bc6eec8ba2e7fe64d0270cb613eb53be (MD5) / O presente estudo apresenta uma reflexão sobre o fato de que a noção de identidade nacional brasileira que repercute nos discursos jurídicos funda-se, basicamente, nas mesmas ideias difundidas no início do processo de formação do Estado brasileiro, a despeito do reconhecimento das injustiças decorrentes desse processo. A partir da descrição das implicações entre a dinâmica de construção da identidade nacional e a narrativa da história oficial brasileira, a ideia defendida é a de que a persistência e o apego à perspectiva da identidade nacional no discurso jurídico mostram-se deslocados e inadequados ao paradigma do Estado Democrático de Direito. Diante disso, o reconhecimento, a participação e a distribuição são apresentados como pressupostos de justiça e democracia que, em princípio, superam a leitura fundada na perspectiva da identidade nacional. A pretensão é sensibilizar para o fato de que somos produto de uma narrativa histórica, mas não condenados a ela (ou confinados nela), no sentido de favorecer uma leitura das questões sociais, no âmbito jurídico, de acordo com direitos e garantias constitucionais. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study presents a reflection on the fact that the standpoint of Brazilian national identity reflected in legal discourse is basically founded on the same widespread ideas of the beginning of the process of construction of the Brazilian STATE, despite the recognition of the injustices resulting from this process. Taking into consideration the description of the implications between the dynamics of the construction of national identity and the narrative of the official Brazilian history, the idea defended is that the persistence and commitment to the standpoint of national identity in legal discourse appear to be inappropriate and out of place in a Democratic State of Law paradigm. Thus, recognition, participation and distribution are presented as democratic assumptions that, in principle, surpass their understanding based on the perspective of national identity. The intention is to raise awareness to the fact that we are the product of a historical narrative, but not sentenced to it (or confined in it), in order to encourage an understanding of social issues, within the legal framework, in accordance with constitutional rights and guarantees.
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De Jeca a Bento: Identidade Nacional nos Quadrinhos de Mauricio de SousaD'OLIVEIRA, Gêisa Fernandes January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / É possível ou não falar de uma identidade nacional a partir de uma figura de
Histórias em Quadrinhos? Em seu livro As palavras e as Coisas (1999),o
filósofo Michel Foucault defende a tese de que a relação entre as
representações e as coisas às quais estas se referem se transforma conforme a
configuração de saber de determinada época a episteme, nas palavras do
autor. As maneiras de narrar esta relação entre as imagens do mundo e seus
correspondentes na realidade, a partir da qual estas se modificam, é o tema
deste trabalho. Analisamos as histórias em quadrinhos do quadrinista Mauricio
de Sousa, mais especificamente seu personagem Chico Bento, e a relação
deste tipo de representação com o sentimento de identidade nacional
brasileiro. Interessa-nos saber se o Chico é, de fato, a manifestação de algo
tipicamente brasileiro , sendo igualmente um conceito em formação. A partir
do caminho trilhado neste trabalho, nos foi possível determinar até que ponto
pode-se afirmar quer o Chico congrega elementos que podem ser entendidos
como próprios de uma brasilidade e como estes se relacionam com as
potencialidades e os limites da representação da imagem
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Deus é brasileiro e só voa com a VARIG!: cultura, identidade e nação numa época de incertezas e de rápidas transformaçõesValéria De Almeida Rodrigues, Madiana January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese apresenta os resultados da pesquisa etnográfica, realizada sobre uma empresa aérea.
Trata do processo de mudanças organizacionais ocorrido, nos últimos anos, naquela que foi a
maior empresa aérea privada, da América Latina, a VARIG. O trabalho de campo foi
realizado no período compreendido entre o início do ano de 2002 e final do ano de 2006.
Depoimentos de funcionários e análise de documentos obtidos na empresa, nas bases
operacionais de Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Paris, como também em
sindicatos e associações de classe, além de jornais e revistas constituem o material aqui
estudado. Tem como objetivo mostrar a importância do desenvolvimento aeroviário
relacionado aos processos de constituição de identidades sociais e de nacionalidades na
formação do Estado-Nação brasileiro. As hipóteses fundamentais da tese são as de que: a) as
práticas e as representações dos agentes sociais, que configuram a cultura da empresa, vêm
revelando formas de organização matizadas por variáveis identitário-nacionais; b) a
identidade, numa época de globalização, constitui mais propriamente um processo infindável
de identificações relacionado ao desejo de reconhecimento de direitos. Os principais
resultados da tese demonstram que, no universo simbólico da aviação civil, a empresa aérea
Varig, fornece, não apenas trabalho e renda, mas sobretudo elementos para a construção de
identidades sociais e da própria identidade nacional brasileira. Entre as principais evidências
sobre essa construção, estão a valorização positiva do serviço, o modo de organização
econômica e social da empresa, o lugar reservado às atividades aéreas na economia brasileira,
o modo de integração das cidades atendidas na sociedade mais ampla e o caráter simbólico
das relações com o vôo, propriamente dito. Especial atenção mereceu o fato de que desde o
ano de 2000, quando a Fundação Ruben Berta, controladora da companhia, vinha
promovendo mudanças que resultaram numa nova onda de reestruturação da empresa,
especialmente, numa profunda ruptura dos valores que norteavam as relações até então
estabelecidas entre a empresa e seus funcionários e entre a empresa e agentes sociais com
mais poder dentro do mercado aéreo brasileiro. Ao final, a companhia foi comprada por um
fundo norte-americano Matlin Patterson, em julho de 2006. Desta forma, assim como muitos
objetos da antropologia, o paradigma do objeto em-vias-de-extinção é bem apropriado para a
aparente irreversibilidade dos processos de mudança sofridos pela empresa. A tese chama
atenção, em especial, para as idéias que impregnam os discursos dos dirigentes e funcionários,
sobretudo, na utilização e na forma como conceitos de nação, de identidade e de globalização,
criam realidades
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Sobre a na(rra)ção em Oliveira Lima: Uma leitura de formação histórica da nacionalidade brasileiraVictor Silva, Lucas January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / No dia 15 de março de 1911, no anfiteatro Turgot da Faculdade de Letras da Sorbonne, o então
Ministro do Brasil em Bruxelas, Manoel de Oliveira Lima, iniciaria uma série de 12 conferências que
comporiam curso chamado Formação Histórica da Nacionalidade Brasileira, e que
posteriormente seriam transformadas em livro homônimo. Com o Formação , Oliveira Lima
escreveria o primeiro livro que, de forma sintética, forneceria um amplo painel da história do
Brasil. percebemos a possibilidade de se investigar o historiador Manoel de Oliveira Lima como
o construtor de uma identidade nacional brasileira. O historiador é aqui inserido nas redes
institucionais e discursivas da Primeira República. Nossa opção foi a de entender como,
simultaneamente, Oliveira Lima participava dos debates acerca dos caminhos da América Latina
e da República brasileira. Tentou-se perscrutar as representações limasianas a cerca da identidade
nacional, da América Latina e da República. A escrita da história atua decisivamente na
construção da narrativa nacional ao fornecer imagens, cenários, símbolos e heróis que conferem
sentido a nação. Uma história instituída a partir das descobertas e construções lusitanas rejeitase
o negro e o índio como elementos constitutivos da nação e eleva o conquistador a artífice
exclusivo da nacionalidade. Descobrimos uma nacionalidade brasileira constituída como branca,
lusitana, latina, européia e francófila. A partir de Michel Foucault, pretendeu-se também
compreender como a escritura limasiana relaciona-se com das condições de possibilidade
discursiva da epistémê moderna
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Os selvagens da ópera: José de Alencar e Carlos Gomes, a criação literária e musical no romantismo brasileiroRODRIGUES, Ingrid Fernanda 12 March 2015 (has links)
Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-10-08T22:33:27Z
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Previous issue date: 2015-03-12 / CAPES / O Romantismo brasileiro foi uma era de reconhecimento da identidade nacional e a libertação criativa de vários artistas brasileiros. Na literatura, José de Alencar e seu índio Peri, anunciavam ao mundo um selvagem brasileiro com a bravura de qualquer homem branco civilizado. Na música, o mesmo Pery, representado na ópera de Carlos Gomes tornou-se símbolo da “selvageria” e talento musical do Brasil. Essa “Selvageria” aqui representada não está ligada ao primitivo ou ao incivilizado, nos referimos a busca do homem romântico brasileiro as suas próprias raízes, a exclusão do racionalismo copista, em virtude da espontaneidade dos afetos que libertam o que há de mais verdadeiro no homem. Trazemos também análise do libreto da ópera genuinamente Brasileiro, Noite de São João, que sintetiza figuras do nosso folclore e tem a leveza do amor romântico puro e inocente. Utilizando o romance O Selvagem da ópera, de Rubem Fonseca como roteiro, traçamos um paralelo criativo entre música e literatura como artes irmãs na criação da ópera Il Guarany. E um paralelo entre o próprio Peri/Pery um com a liberdade de criação literária e o outro com a responsabilidade dos palcos ao redor do mundo. Reacendendo o mito do “selvagem brasileiro”, com exemplo na literatura modernista do insurgente Macunaíma, este trabalho é um estudo sobre a identidade nacional durante o romantismo, a recusa da cópia, a liberdade criativa e a formação do caráter do povo brasileiro através da literatura e da ópera como gênero híbrido e transcendental. / The Brazilian Romanticism was an era of recognition of national identity and the creative release of several Brazilian artists. In the literature, José de Alencar and his Indian Peri, announced to the world a Brazilian wild with the bravery of any civilized white man. In music, the same Pery, represented in the opera of Carlos Gomes became a symbol of "savagery" and musical talent of Brazil. This "Savagery" represented here is not linked to the primitive or uncivilized, refers to the pursuit of Brazilian romantic man their own roots, deleting the copyist rationalism, because of the spontaneity of affection releasing what is most true in man. Also brings analysis of genuinely Brazilian opera libretto, Noite de São João, which summarizes figures of our folklore and has the lightness of romantic pure and innocent love. Using the novel O Selvagem da ópera, of Rubem Fonseca as the script, we draw a parallel between creative music and literature as sister arts in the creation of the opera Il Guarany. And a parallel between Peri / Pery the first one with freedom of literary creation and the other with the responsibility of stages around the world. Reigniting the myth of the "Brazilian wild" with example in modernist literature of Macunaíma insurgent, this work is a study on national identity during the romanticism, the refusal of the copy, the creative freedom and the formation of the character of the Brazilian people through literature and opera as hybrid and transcendental genre.
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As ciências sociais e as etnias africanas no Brasil: análise crítica da construção do projeto de identidade nacional / Social sciences and African ethnic groups in Brazil: a critical analysis of the construction of the project of national identityVieira, Francisco Sandro da Silveira 26 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-26 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / There is a consensus on the Social Sciences literature, being it
Anthropology, Sociology or History, that Africans were of great importance on
the social construction of Brazil. Those who were brought here from the 16th
century as enslaved people belonged to two main ethnic linguistic groups:
Sudaneses and Bantos. However, when the subject is the "Negro" influence on
Brazilian society it is mainly the Sudanese contribution that is considered
relevant as they are seen as being culturally superior to the Banto. This study
has two objectives. The first one is to take the works of Nina Rodriques and
Arthur Ramos, the founders of African Brazilian studies, and from this starting
point investigate the African American studies in order to problemitize the
alleged Sudanese superiority. The second point is find out the reasons for the
maintenance of this belief among intellectuals who greatly vary not only in
academic training, but algo in their theoretical frameworks. Thus, our analysis
looks to unmask the process of construction of the nation that passes through
an invented tradition with the purpose to legitimize the status of an african ,
ethnic linguistic group (the Sudaneses) as superior in relation to the others
(Bantos) and admit it not only as part of the brazilian national identity, but also
as the positive part of the national identity / É consenso na literatura das ciências sociais - antropologia, sociologia e história - a importância do africano negro na formação social do Brasil. Trazidos ao "novo mundo" como escravizados desde o século XVI, os africanos aqui aportados pertenciam a dois grupos etno-linguísticos: os Sudaneses e os Bantos. No entanto, quando o tema é a influência do "negro" na sociedade brasileira, os estudiosos referem-se principalmente à contribuição do grupo etno-linguistico sudanês, considerados pelos especialistas como portador de uma cultura superior em relação ao grupo etno-linguístico bento. O objetivo desse trabalho tem uma dupla finalidade. Primeiro, partindo das obras de Nina Rodrigues e Arthur Ramos, os fundadores dos estudos afro-brasileiros, rever essa bibliografia, a partir de um referencial teórico mais amplo: os estudos afro-americanos. Segundo, saber quais as razões de tal argumento perpetuar-se nas gerações posteriores aos dois autores citados, independentemente de sua formação intelectual, de sua problematização científica e de seus referenciais teóricos na abordagem do objeto. Assim, nossa análise procura desvendar o processo de construção da nação que passa por uma tradição inventada com a finalidade de legitimar o status de um grupo étnico-linguistico africano (os Sudaneses) como superior em relação aos outros (Bantos) e admiti-lo não só como parte integrante da identidade nacional brasileira, mas também como a parte positiva para a formação da identidade nacional
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As ciências sociais e as etnias africanas no Brasil: análise crítica da construção do projeto de identidade nacional / Social sciences and African ethnic groups in Brazil: a critical analysis of the construction of the project of national identityVieira, Francisco Sandro da Silveira 26 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-26 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / There is a consensus on the Social Sciences literature, being it
Anthropology, Sociology or History, that Africans were of great importance on
the social construction of Brazil. Those who were brought here from the 16th
century as enslaved people belonged to two main ethnic linguistic groups:
Sudaneses and Bantos. However, when the subject is the "Negro" influence on
Brazilian society it is mainly the Sudanese contribution that is considered
relevant as they are seen as being culturally superior to the Banto. This study
has two objectives. The first one is to take the works of Nina Rodriques and
Arthur Ramos, the founders of African Brazilian studies, and from this starting
point investigate the African American studies in order to problemitize the
alleged Sudanese superiority. The second point is find out the reasons for the
maintenance of this belief among intellectuals who greatly vary not only in
academic training, but algo in their theoretical frameworks. Thus, our analysis
looks to unmask the process of construction of the nation that passes through
an invented tradition with the purpose to legitimize the status of an african ,
ethnic linguistic group (the Sudaneses) as superior in relation to the others
(Bantos) and admit it not only as part of the brazilian national identity, but also
as the positive part of the national identity / É consenso na literatura das ciências sociais - antropologia, sociologia e história - a importância do africano negro na formação social do Brasil. Trazidos ao "novo mundo" como escravizados desde o século XVI, os africanos aqui aportados pertenciam a dois grupos etno-linguísticos: os Sudaneses e os Bantos. No entanto, quando o tema é a influência do "negro" na sociedade brasileira, os estudiosos referem-se principalmente à contribuição do grupo etno-linguistico sudanês, considerados pelos especialistas como portador de uma cultura superior em relação ao grupo etno-linguístico bento. O objetivo desse trabalho tem uma dupla finalidade. Primeiro, partindo das obras de Nina Rodrigues e Arthur Ramos, os fundadores dos estudos afro-brasileiros, rever essa bibliografia, a partir de um referencial teórico mais amplo: os estudos afro-americanos. Segundo, saber quais as razões de tal argumento perpetuar-se nas gerações posteriores aos dois autores citados, independentemente de sua formação intelectual, de sua problematização científica e de seus referenciais teóricos na abordagem do objeto. Assim, nossa análise procura desvendar o processo de construção da nação que passa por uma tradição inventada com a finalidade de legitimar o status de um grupo étnico-linguistico africano (os Sudaneses) como superior em relação aos outros (Bantos) e admiti-lo não só como parte integrante da identidade nacional brasileira, mas também como a parte positiva para a formação da identidade nacional
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A formação da identidade brasileira a partir de uma leitura de Macunaíma de Mário de Andrade.Souza Júnior, José Antônio de 08 May 2012 (has links)
Submitted by Deise Lorena Araújo (deiselorena@uepb.edu.br) on 2016-08-26T19:16:00Z
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Previous issue date: 2012-05-08 / Universidade Estadual da Paraíba / Viendo la importancia de la definición de una identidad nacional en especial de textos literarios de algunos escritores brasileños, se quiere en esta disertación, leer el proceso de formación de la identidad brasileña a través de la obra Macunaíma de Mário de Andrade. Para realizarla, se decidió hacer un recorte histórico del proceso de formación de identidad en el Brasil. Para ello, se tomó como punto de partida la llegada de la corte de Don Juan VI y en seguida pasó la primera fase del modernismo literario brasileño, enfatizando la urgencia de la construcción de una identidad propia. En este sentido, se observó que en el siglo XIX, exactamente durante el romanticismo, la preocupación con la brasilidad se registró, inicialmente, en oposición a la influencia extranjera y paralelamente a la afirmación de las raíces nacionales o de color local. Se observó, en la investigación, un proceso de distanciamiento y aproximación del romanticismo en el texto marioandradino, se justifica este movimiento pendular al hecho de la obra estar incluida en un nuevo contexto histórico y mantener puntos de contacto con la antropofagia oswaldiana, permitiendo a la rapsodia un doble camino: el primero se caracteriza por mantener un estrecho dialogo entre tradición y modernidad en la cultura brasileña, mientras que el segundo promueve una desgeograficalización del país a partir de los sincretismos cultural y religioso presente en la rapsodia. Eso es probado a partir de los episodios relacionados a la macumba, en que se representa la propia identidad brasileña por la valorización de la diversidad cultural. Delante de este panorama, se encontró, en esta investigación que el autor de Macunaíma, no cae en la trampa de buscar la identidad nacional mientras se agarra al color local, que supone la idea de origen, como pasó con algunos autores del romanticismo literario brasileño. Pero, sí él busca establecer una identidad nacional, como concepción universalista de la cultura, y específicamente, de la literatura brasileña. / Tendo em vista a importância da definição de uma identidade nacional a partir, sobretudo, de textos literários de alguns escritores brasileiros, pretendeu-se nesta dissertação ler o processo de formação da identidade brasileira através da obra Macunaíma de Mário de Andrade. Para realizar essa leitura, decidiu-se fazer um recorte histórico do processo de formação identitária no Brasil. Para tanto, tomou-se como ponto de partida a chegada da corte de Dom João VI e, em seguida, percorreu-se a primeira fase do modernismo literário brasileiro, enfatizando a urgência da construção de uma identidade própria. Nesse sentido, observou-se que no século XIX, mais precisamente durante o romantismo, a preocupação com a brasilidade registrou-se, inicialmente, em oposição à influência estrangeira e, paralelamente, à afirmação das raízes nacionais ou da cor local. Por isso, constatou-se, na pesquisa, um processo de afastamento e aproximação do texto marioandradino em relação ao romantismo. Justifica-se este movimento pendular no fato da obra estar inclusa em um novo contexto histórico e manter pontos de contato com a antropofagia oswaldiana, permitindo à rapsódia um duplo viés: o primeiro se caracteriza por ela manter um estreito diálogo entre tradição e modernidade na cultura brasileira, enquanto o segundo promove uma desgeograficalização do país a partir dos sincretismos cultural e religioso presentes no texto. Isso é comprovado a partir dos episódios ligados à macumba, em que se representa a própria identidade brasileira pela valorização da diversidade cultural. Diante deste panorama, constatou-se, nesta pesquisa, que o autor de Macunaíma não cai na armadilha de buscar a identidade nacional enquanto apego à cor local, que supõe a ideia de origem, como aconteceu com alguns autores do romantismo literário brasileiro. Mas, sim, ele busca estabelecer uma identidade nacional, enquanto concepção universalista da cultura, e, mais especificamente, da literatura brasileira.
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Ãfrica "Na Pasagen": Identidades e Nacionalides Guienenses e Cabo- Verdianas / Ãfrica "na pasajen": identities and nationalities capeverdians and guineans.Daniele Ellery MourÃo 23 August 2006 (has links)
O objetivo desta dissertaÃÃo foi realizar uma reflexÃo sobre os conceitos de identidades e nacionalidades a partir das concepÃÃes formuladas por quadros profissionais guineenses e cabo-verdianos, formados no Brasil pelos programas PEC-G e PEC-PG . Do ponto de vista teÃrico privilegiou-se o conceito de identidade formulado por Manuela Carneiro da Cunha, como uma estratÃgia de diferenÃa, numa perspectiva relacional, situacional e de manipulaÃÃo das prÃprias diferenÃas. No que se refere Ãs nacionalidades, tomo o conceito de naÃÃo como nÃo restrita a territÃrio, lÃngua, religiÃo ou raÃa, embora todos esses referenciais sejam considerados construtores de identidades nacionais. Como referido por Benedict Anderson, a nacionalidade à o sentimento que os indivÃduos tÃm de pertencer a uma determinada naÃÃo, por meio de costumes, valores, crenÃas e prÃticas cotidianas partilhadas coletivamente. Por meio das entrevistas realizadas com os quadros profissionais guineenses e cabo-verdianos formados no Brasil foram constatados distintos processos de ressignificaÃÃo de identidade cultural (Ãtnica) e nacional, em ambos os paÃses, possibilitando a eles adoÃÃo de diferentes estratÃgias de inserÃÃo no âmodelo democrÃticoâ de Estado-naÃÃo. GuinÃ-Bissau e Cabo Verde sÃo muito prÃximos geograficamente e tÃm histÃrias de lutas polÃticas comuns. Mas a forma de ocupaÃÃo colonial nos paÃses foi diferente uma da outra, o que permitiu a construÃÃo de distintas identidades nacionais. O colonizador estabeleceu muitas distinÃÃes entre guineenses, âindÃgenasâ, e cabo-verdianos, âassimiladosâ pela coroa. Isso gerou diversos conflitos entre eles, que seriam apaziguados apenas durante o processo de independÃncia. Para tornarem-se independentes de Portugal, idealizaram a constituiÃÃo de um estado bi-nacional englobando os dois paÃses. Por algum tempo, tiveram o mesmo partido e hino nacional. A favor da uniÃo, guineenses e cabo-verdianos, manipularam suas identidades amenizando diferenÃas entre etnias, religiÃes, tradiÃÃes culturais, valores e crenÃas diversas. Mas as divergÃncias e distinÃÃes entre eles prevaleceriam à uniÃo, separando definitivamente os paÃses, por meio de conflitos entre suas elites no poder. O trabalho reforÃa a desconstruÃÃo de uma idÃia do continente africano como um todo homogÃneo. Desnaturaliza a idÃia de naÃÃo e nacionalidade posta pelo ocidente, revelando as intenÃÃes polÃticas e econÃmicas subjacentes a essa idÃia, mostrando que sÃo construÃdas socialmente por determinados grupos com interesses estratÃgicos. E, no caso estudado, mostra como o sistema educacional foi fundamental para disseminar os valores ocidentais associados à idÃia de naÃÃo moderna nas colÃnias europÃias. / The goal of this work is to comment the concepts of identity and nationality as they have been formulated by guineans and cape verdians professionals taking part at PEC-G e PEC-PG programs in Brazil. From a theoretical point of view, focus has been given to the identity concept formulated by Manuela Carneiro da Cunha, as a strategy of difference, from relational and situational perspectives, as well as of manipulation of its own differences. In terms of nationality, the concept of nation is considered as not restricted to territory, language, religion or race, even if all these reference points contribute in building a national identity. Quoting Benedict Anderson, nationality is the feeling of belonging to a certain nation, trough shared customs, values, beliefs and daily practices with the collectivity. By interviewing guineans and cape verdians professionals trained in Brazil, distinctive processes of renewed significations of cultural (ethnic) and national identities have been identified in both African countries, allowing them different approaches in entering the âdemocratic modelâ of nation-state. Guinea and Cape Verde are very close to each other geographically speaking, and share a history of political struggle. But the two countries were subjected to different models of colonization, which promoted the building of distinct national identities. The colonizer established many distinctions between guineans ânativesâ and âcolonizedâ cape verdians. It produced several conflicts between them, to be ended only during the independency process from Portugal, when a bi-national state was formed embracing both countries. For some time, they shared the same party and national anthem. To favour the union, guineans and cape verdians manipulated their own national identities to reduce their differences in race, religion, cultural tradition, values and beliefs. But differences and disagreements would prevail to this union, with conflicts between the ruling classes finally separating the two countries. This work emphasizes the deconstruction of the notion of the African continent considered as a homogeneous whole. It questions the concepts of nation and nationality presented by the West, revealing political and economical intentions underneath these ideas, showing that they are socially built by certain groups with strategic interests in the matter. Finally, within the case under study, it shows how the educational system played a crucial role in disseminating western values linked to the modern concept of nation in European colonies.
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