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Moral, educação e religião na civilização da infância no Segundo Reinado (1854-1879) /

Narita, Felipe Ziotti. January 2016 (has links)
Orientador: Ivan Aparecido Manoel / Coorientadora: Marcia Regina Capelari Naxara / Banca: Marisa Saenz Leme / Banca: Dora Isabel Paiva da Costa / Banca: Sergio Cesar da Fonseca / Banca: André Luiz Paulilo / Resumo: Neste trabalho pretendo analisar o lugar da educação, da moral e da religião na construção de imagens e de saberes sobre a infância na Corte imperial (Rio de Janeiro), especificamente no período compreendido entre as duas importantes reformas do ensino: a reforma do ministro Couto Ferraz, em 1854, e a do ministro Leôncio de Carvalho, em 1879. Trata-se de um momento em que a infância era efetivamente objetivada nas atenções do Império a partir de processos de educação específicos, já que, além da produção livresca destinada àquele público (tanto livros de leitura quanto livros didáticos), os grupos letrados debatiam dimensões da instrução/educação em congressos e periódicos, apoiando, inclusive, a formulação de preocupações intitucionalizadas para a educação da infância (escolas, conferências públicas, institutos para crianças cegas e surdas, asilos para crianças desvalidas e sociedades de instrução). A pesquisa está fundamentada, sobretudo, em relatórios oficiais do Império, documentos de instituições de ensino e de caridade, livros escolares, periódicos e pareceres manuscritos de professores. Instruir, educar e moralizar: três fundamentos para que os jovens engenhos fossem inseridos no conjunto da sociedade imperial - momento em que a infância era construída, sobretudo, no horizonte político do Império, estabelecendo alguns importantes nexos entre uma nascente esfera educacional e a coerência de sua forma social estruturada a partir da rotinização de valores do campo da mora... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: In this thesis, my purpose is to analyze how education, morals and religion constitute structural relations in the formation of images and knowledge on childhood in nineteenthcentury Rio de Janeiro. I analyze this problem between two important political reforms in education: the first was conducted by minister Couto Ferraz in 1856, and the second was implemented by minister Leôncio de Carvalho in 1879. In formulating this cronological approach, I would like to emphasize this period as an important moment in the emergence of childhood on the political horizon of the Brazilian Empire, taking into account important social processes that took place in Imperial Brazil from the 1850s through the 1870s: schoolbooks publication, institutionalized attentions on the education of children (schools, public lessons, asylums) and debates concerning instruction and education. The research is based on official reports, schoolbooks, newspapers and manuscripts. Instruction, education and moralization are understood in terms of structuration process of an educational sphere which gives a definite form to a society through the prism of the routinization of values from the realm of morality / Resumé: Dans cette thèse, j'analyse le rôle de l'éducation, de la morale et de la religion dans la construction des images et des savoirs sur l'enfance à Rio de Janeiro au XIXe siècle. Cette démarche est delimité par des réformes importantes concernant l'enseignement primaire: la réforme du ministre Couto Ferraz en 1854 et la réforme du ministre Leôncio de Carvalho en 1879. Il s'agit d'une période où l'enfance est effectivement apparu à l'horizon politique de l'Empire brésilien à partir de processus sociaux d'éducation spécifiques: la publication des manuels scolaires, les débats des élites culturelles sur l'instruction et l'éducation et la formation des préoccupations institutionalisées à l'égard de l'enfance (écoles, conférences publiques, instituts d'enseignement, etc.). La recherche est basée sur rapports officiels de l'Empire, documents des institutions d'enseignement et charité, manuels scolaires, journaux et documentation manuscrite. Dans l'ordre politique impérial, instruction, éducation et moralisation forment un ensemble pour la structuration de l'enfance dans la mesure où cette dynamique constitue les rélations entre une sphère de l'éducation et sa cohérence dans une forme sociale fondée sur la routinisation des valeurs du champ de la moralité / Doutor
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Voyage en Égypte : as representações do antigo Egito na narrativa de Gustave Flaubert durante o imperialismo francês do século XIX /

Junqueira, Nathalia Monseff. January 2007 (has links)
Orientador: Margarida Maria de Carvalho / Banca: Tania da Costa Garcia / Banca: Pedro Paulo Abreu Funari / Resumo: O Antigo Egito, ao longo do tempo, sempre atraiu a atenção de outras civilizações. A partir do final do século XVIII, o Ocidente, principalmente Inglaterra e França, volta o seu olhar, desta vez com mais interesse, para o Oriente, visando adquirir um maior conhecimento sobre essas civilizações e articulando um discurso denominado Orientalismo. Essa pesquisa procura demonstrar como este discurso esteve presente na sociedade européia, influenciando as relações entre orientais e ocidentais, valendo-se da obra literária produzida por Gustave Flaubert intitulada Voyage en Egypte: octobre 1849-juillet 1850. Com base nessa fonte, juntamente com a discussão bibliográfica proposta, pretendo analisar as representações idealizadas sobre o Antigo Egito, provenientes do discurso orientalista difundido no Ocidente ao longo do século XIX, que constrói o Oriente com o objetivo de justificar a dominação exercida nesta região / Abstract: The Ancient Egypt has always attracted the attention of other civilizations. Since the end of the 18th century, the West, mainly England and France, turns its eyes more carefully to the East in order to acquire a greater knowledge about those civilizations, articulating a discourse called Orientalism. Based on the literary work of Gustave Flaubert entitled Voyage en Egypte: octobre 1849-juillet 1850, the aim of this paper is to demonstrate how this discourse was present in European society, influencing the relationships among western and eastern peoples. An analysis of the representations that derived from the orientalist discourse idealized about the Ancient Egypt along the 19th century was carried out with the objective to show that such discourse created an image of the East in order to justify the domination exerted in that region / Mestre
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A estrutura de atitudes e referências do imperialismo Romano em Sagunto (II a.C I d.C) / The structure of attitudes and references of the roman imperialism in Sagunt (II b.C - I a.C.)

Carlos Eduardo da Costa Campos 08 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O eixo temático se desenvolveu a partir do questionamento sobre como foi o processo de reconstrução de Sagunto, que foi promovido por Roma. A região de Sagunto configura como o motivo central para o embate entre romanos e cartagineses. Todavia, com o término da Segunda Guerra Púnica (218-202 a.C.), a cidade estava destruída e uma embaixada saguntina foi enviada para Roma, a fim de solicitar ao Senado sua reorganização. O pedido aparece como sendo bem aceito pelos senadores romanos. Contudo, a partir desse momento, começa o silenciamento. A escassez de informações sobre a temática foi o primeiro problema encontrado ao longo da pesquisa. Sendo assim, foi necessário recorrer à documentação arqueológica da cidade, à numismática e à epigrafia para conseguir preencher as lacunas referentes ao tema de pesquisa. Os indícios possibilitaram não somente compreender a cidade de Sagunto e seus vários estatutos jurídicos perante Roma, como também lançar outro olhar sobre as práticas imperialistas. Ao evocar Edward Said como teórico deste trabalho, elemento de inovação da pesquisa, é possível construir a estrutura de atitudes e referências que os romanos, entre os séculos II a.C. e I d.C., aplicaram na região saguntina para consolidar o seu poder. Assim, por meio do estudo das entidades geográficas, compreende-se o espaço físico da cidade e, pelo conceito de entidades culturais, analisam-se o sistema administrativo e os colégios sacerdotais atuantes em Sagunto, no século I d.C. Logo, o imperialismo romano pode ser visto como um mecanismo que se vale de diversos elementos, os quais não se limitam à força no processo de ocupação. Em suma, política e cultura são peças centrais no processo de preservação do poder romano no espaço provincial. / The main theme of this paper evolved from questioning how was the process of reconstruction of Sagunt, which was promoted by Rome. The region of Sagunt configured as the central reason for the clash between the Romans and Carthaginians. However, with the end of the Second Punic War (218-201 B.C.), the city was destroyed and a Saguntine embassy was sent to Rome in order to ask the Senate for its reorganization. The request seemed to be well accepted by Roman senators. From that moment, silence began. The shortage of information about the subject was the first problem found during the research. Therefore, it was necessary to resort to archaeological documentation of the city, as well as to numismatics and epigraphy, in order to fill in the gaps regarding the research topic. The evidence enabled us to not understand the city of Sagunt and its various juridical statutes faced to Rome, but also look afresh at the imperialist practices. When Edward Said is evoked as theoretical reference, the aspect of innovation of this research, it is possible to build the structure of attitudes and references that Romans implemented in the Saguntine region, between the centuries II B.C. and I A.D., to consolidate their power. So, the study of geographic entities allows the understanding of the citys physical space . The concept of cultural entities enables an analyses of the administrative system and the priestly colleges operating in Sagunt in the first century A.D. Roman imperialism can be seen as a mechanism that draws on several elements, which are not limited to force in the occupation process. In short, politics and culture are central in the process of preservation of Roman power in the provincial area.
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O legado imperialista do direito internacional : um estudo crítico sobre o imperialismo e a constituição da ordem legal internacional contemporânealatino-americanos

Leichtweis, Matheus Gobbato January 2018 (has links)
Trata-se de um estudo crítico e interdisciplinar acerca da relação histórica entre os processos de formação, universalização, modernização e institucionalização do direito internacional e o fenômeno do imperialismo, compreendido no contexto das diferentes fases de desenvolvimento do sistema capitalista mundial moderno. A partir da articulação de um arcabouço teórico-metodológico crítico, o estudo busca compreender a evolução e o desenvolvimento histórico do direito internacional (suas normas, práticas, princípios e instituições) no contexto das diferentes fases de expansão geográfica do capitalismo, ou seja, das atividades comerciais, financeiras e militares das potências imperialistas sobre os territórios periféricos da economia mundial. O objetivo primário é investigar a natureza desta relação histórica, buscando identificar de que modo o direito internacional contribuiu, no passado, para dar forma e legitimidade às práticas (diretas e indiretas, formais e informais, coloniais e neocoloniais) do imperialismo. Uma vez constatado o passado imperialista da disciplina, o objetivo secundário passa a ser analisar, de forma crítica, o “novo” direito internacional estabelecido no século XX, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, com o intuito de compreender em que medida esta nova estrutura legal internacional continuou a legitimar e a permitir as práticas do imperialismo, a despeito de sua nova retórica universalista, baseada nos direitos humanos, no desenvolvimento, e na cooperação internacional. Em outras palavras, busca-se compreender em que medida as principais transformações do direito internacional do século XX representaram uma ruptura com o passado imperialista da disciplina. Assim, a partir da articulação das principais teorias críticas da história do direito internacional, concluiu-se que a relação entre direito internacional imperialismo é estrutural, mútua e constante; que transcende a forma colonial, e que continua presente nas formas contemporâneas do capitalismo global e nas práticas contemporâneas do direito internacional (principalmente do direito internacional econômico). / This is a critical interdisciplinary research on the historical relationship between international law and imperialism. More specifically, it is a study on the historical relationship between the correlated processes of formation, universalization, modernisation and institutionalisation of international law and the different phases of development of the world capitalist system. The dissertation seeks to comprehend the historical development and evolution of modern international law (its norms, practices, principles and institutions, from 16th century naturalism to 20th century pragmatism) in the light of the different phases of the economic and geographical expansion of capitalism over the peripheral territories of the world economy. The primary goal is to investigate the nature of such relationship, with an aim to identify in which ways international law has contributed to the shaping and legitimation of (either formal or informal, colonial or neo-colonial) imperialist practices. The secondary goal is to analyse, from a critical standpoint, the “new” international law established in the 20th century with a view to understand to what extent this new international legal structure has continued to shape and legitimise imperialist practices, in spite of the new universalist rhetoric based on human rights, development and cooperation. In other words, the study seeks to comprehend to what extent the main 20th century transformations in international law represented or not a break from the discipline’s imperialist past. That is, to what extent they have changed the nature of the historical linkage between international law and imperialism. With the articulation of the most recent and important critical international legal scholarship the dissertation concluded that the relationship between international law and imperialism is structural, mutual and constant; that it transcends the colonial form; and that it remains present in the contemporaneous forms of global capitalism as well as in the contemporaneous practices of international law (specially international economic law).
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Uma Paixão no Deserto : o conto de Balzac como metáfora do choque de culturas no colonialismo

Barbosa, Maria Braga 08 July 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2011. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2011-11-21T11:45:09Z No. of bitstreams: 1 2011_MariaBragaBarbosa.pdf: 993204 bytes, checksum: 4b72d8368c3db0e2d28eb26d655b93e7 (MD5) / Approved for entry into archive by Leila Fernandes (leilabiblio@yahoo.com.br) on 2011-12-14T11:00:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_MariaBragaBarbosa.pdf: 993204 bytes, checksum: 4b72d8368c3db0e2d28eb26d655b93e7 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-12-14T11:00:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_MariaBragaBarbosa.pdf: 993204 bytes, checksum: 4b72d8368c3db0e2d28eb26d655b93e7 (MD5) / O conto Uma paixão no deserto de Honoré de Balzac, publicado em 1832, está carregado de elementos estruturais que o associam à história do colonialismo no tocante ao comportamento das culturas em choque. Sua peculiaridade está na relação que ele apresenta com o realismo do autor, o que permite verificar um tratamento estético ou um questionamento do colonialismo, em certa medida, diferente do que era feito até então, apesar de este tema ter sido exaustivamente explorado pela literatura de todo o período colonial e pós-colonial. A partir das considerações sobre o realismo literário moderno colocadas por Lukács e por Auerbach, é possível demonstrar que o realismo balzaqueano é responsável por uma abordagem muito mais grave do tema, discutindo o Outro dentro da complexidade do universal humano. Este realismo e a eficiência na representação literária conduzem uma narrativa extremamente tensa e carregada de significado histórico e social, não obstante a brevidade do texto. O conto também oferece uma abertura para o diálogo entre diferentes narrativas (não europeias, inclusive), pois vários de seus aspectos estão presentes de formas peculiares em outros textos literários. Na tentativa de apresentar uma abordagem histórica e dialética do conto de Balzac, o curso desta discussão enfatiza as relações existentes entre produção literária e modelo econômico, considerando a obra de arte literária como peça importante para se entender a evolução da sociedade capitalista. Interessa a este trabalho a identificação dos elementos sociais e históricos, bem como suas contradições, que são captados pela obra de arte em forma de representação literária. Para tanto, tomaremos o conto de Balzac como ponto de partida para traçar uma cadeia de argumentações com base na constatação de que, entre os universais humanos, sempre haverá um lugar para a negação do Outro. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The tale A passion in the desert of Honoré de Balzac, published in 1832, is loaded structural elements that relate to the history of colonialism for the crop behavior in shock. Its peculiarity is in the relationship she has with the author, for verifying a treatment or discussion of colonialism than that was done so, despite this theme have been exhaustively explored literature throughout the colonial and post-colonial period. From considerations of the modern literary realism placed by Lukács and Auerbach, cannot demonstrate that realism of Balzac is responsible for a much more serious topic, discussing the other within the complexity of the universal human. This realism and efficiency in literary representation is leading a narrative extremely tense and full of historical and social significance, despite the brevity of the text. The story also provides an opening for the exploration of intertextuality that can be established among the narratives (non-European, inclusive), for various aspects of their dialogue with those moments. In an attempt to present a historical and dialectical approach to Balzac's tale, the course of this discussion emphasizes the relationship between literary production and economic model, whereas the literary work of art as important to understanding the evolution of capitalist society. Interest for this work, the identification of social and historical reflections, as well as its contradictions, which are captured by the artwork in the form of literary representation. For both, take the short story by Balzac as a foothold around which we will to trace a chain of reasoning based on the observation that, among human universals, there will always be a place for denial of the Other.
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Discursos imperiales: Clements R. Markham, sus viajes y obras en torno al Perú

Fernández, Christian January 2016 (has links)
En este artículo, se estudia la producción más importante del geógrafo, historiador y viajero inglés Clements R. Markham desde una perspectiva interdisciplinaria y poscolonial. Se consideran sus dos libros, producto de susviajes al Perú a mediados del siglo XIX, sus traducciones de crónicas delperiodo colonial relacionadas con el Perú, así como sus estudios originales sobre la cultura inca. Todo esto en el contexto de la era imperial victoriana de Gran Bretaña.
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Fascínio e repulsa por sereias de metal: determinantes acústicas, psíquicas e biográfico-culturais - ou, necessidade e contigência - na musicologia de Hermann von Helmholtz / On metal sirens, their allure and horror: necessary and contingent determinants of the musicological thought of Hermann von Helmholtz

Lucas Carpinelli Nogueira da Silva 22 February 2017 (has links)
Entre 1855 e 1862 o físico e fisiologista Hermann von Helmholtz dedicou-se primariamente a questões relativas à física e fisiologia acústicas, e à aplicação dos resultados obtidos à epistemologia da música e à estética musical. Ainda que tais investigações tenham sido desenvolvidas por período restrito, seus principais frutos cuja apresentação mais completa se encontra na obra de 1863 Die Lehre von den Tonempfindungen als physiologische Grundlage für die Theorie der Musik (que traduziríamos por A doutrina das sensações tonais como uma base fisiológica para a teoria da música) tiveram impacto imediato e duradouro sobre a musicologia ocidental. Em um primeiro momento, o presente trabalho objetiva analisar os antecedentes filosófico-científicos que orientaram tal empreitada, bem como a metodologia empregada na mesma; isso a fim de podermos, em um segundo momento, abordar criticamente a forma como Helmholtz aplica seus resultados ao âmbito da estética musical. Afinal, ao fixar deterministicamente causas físicas e fisiológicas para noções eurocêntricas de musicalidade, não estaria Helmholtz operando certa naturalização dos sistemas de organização tonal imperantes em sua conjuntura histórico-cultural em detrimento de sistemas oriundos de outros períodos e culturas, amiúde dotados de critérios distintos de ordenação sonora? O trabalho proposto ganha em complexidade na medida em que a musicologia de Helmholtz, particularmente em sua dimensão epistemológica, não se mostra inteiramente insensível a riscos dessa espécie. Assim, figura entre nossos objetivos avaliarmos em que medida tal musicologia, de grande rigor científico, é capaz de coexistir com sistemas musicais que escapem às diretrizes estéticas que busca naturalizar. Seríamos mesmo racionalmente compelidos a adotar, como parece tacitamente sugerir a obra de Helmholtz, uma espécie de hierarquia valorativa no que toca aos sistemas musicais de diferentes períodos e culturas? Dentre tais sistemas, seriam alguns verdadeiramente mais aptos que os demais em plasmar uma suposta musicalidade universal? Acreditamos que, por meio de investigação renovada do nó epistêmico presente na percepção musical na qual se veem entretecidas considerações de natureza física, fisiológica, psicológica e filosófica , algumas distinções possam ser esboçadas entre fatores determinantes necessários (físicos e fisiológicos e, portanto, transculturais) e contingentes (biográfico-culturais) da mesma, e o problema devidamente atacado. / In the second half of the nineteenth century, German physicist and physiologist Hermann von Helmholtz devoted himself to the investigation of questions pertaining to physical and physiological acoustics, and to the application of the results of said research to the epistemology of music and musical aesthetics. While such endeavors represent a relatively brief part of his career, the chief innovations they brought forth the most thorough presentation of which may be found in On the Sensations of Tone as a Physiological Basis for the Theory of Music (originally published in 1863) have had a lasting impact on the whole of Western musicology. An analysis of the philosophical and scientific foundations and methodological principles his investigations rested upon occupies the opening chapters of the present work. Subsequent chapters present, in addition, a critical assessment of the scientists problematic attempt to extend the reach of his results to the sphere of musical aesthetics. The following two questions are central to our efforts: by establishing material and physiological traits as an ultimate, deterministic ground for the criteria for sound classification and ordering prevalent in nineteenth-century European art music, was Helmholtz not arguing for the naturalization of the musical systems prevalent in his own historical and cultural juncture? And, should this indeed be the case, would such a naturalization not be accomplished to the detriment of musical systems employed in other cultures and/or historical periods, often based on distinct modes of classification and ordering? Ultimately, then, the central aim of the present work is to evaluate and discuss to what an extent the rigorous scientific component of a musicology such as Helmholtzs is able to coexist with musical systems that obey aesthetic principles other than the ones said musicology espouses. Are we indeed rationally compelled to adopt a value-based hierarchy in regards to the systems of different cultures and/or historical periods, as the scientists work appears to suggest? Are certain musical systems indeed more apt than others to actualize human musicality? We believe an investigation of the epistemic knot which characterizes musical perception a phenomenon in which physical, physiological, psychological and philosophical strands are intricately intertwined may allow us to advance a few preliminary distinctions between its necessary (physical and physiological, which is to say transcultural) and its contingent (cultural and biographical) determinants, and thus properly attack the problem.
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O Brasil diante da ALCA: integração ou perda de soberania?

Fernando de Morais Neri, David January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:52:59Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo5066_1.pdf: 5190752 bytes, checksum: 49664b75dc65bc92c71ecaa237ceee61 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / A presente pesquisa tem como objeto de análise as prováveis conseqüências da política externa brasileira para o desenvolvimento nacional diante da possibilidade da formação da Área de Livre Comércio das Américas-ALCA, projeto de formação de uma zona de livre comércio entre todos os países do continente americano, exceto Cuba, lançado por proposta do governo dos Estados Unidos, na I Cúpula das Américas, em 1994. As fundamentações teóricas se localizam nas análises do processo da globalização, etapa do capitalismo iniciada com o aprofundamento da liberalização dos mercados financeiros, a partir do último quartel do Século XX, cuja dinâmica é dada pelas grandes corporações internacionais, redefinindo o papel e a configuração do Estado Nação a partir da formação dos blocos econômicos regionais, dinamizando zonas de livre comércio, uniões aduaneiras e mercados comuns entre países. No contexto específico da América Latina desenvolve-se o papel da consolidação dos Estados Unidos da América como potência hegemônica imperialista, localizando historicamente as relações externas do Brasil numa bilateralidade dependente formatada ao longo do Século XX, sem desconsiderar os conflitos conjunturais, em cada período distinto do desenvolvimento nacional, reflexo das movimentações sócio-políticas domésticas. Tratando propriamente da formação da ALCA e dos documentos que envolvem o processo negociador, enquadram-se as negociações na égide da predominância do neoliberalismo, sob as coordenadas do Consenso de Washington, cujas implicações ao Estado brasileiro e ao modelo de desenvolvimento econômico são o aprofundamento da dependência em relação aos países desenvolvidos. Ressalta-se, porém a evidência das conseqüências sociais negativas diante dos crescentes questionamentos organizados pelos movimentos sociais à escala internacional e nacional, na década de 1990. Há ainda uma reflexão sobre o papel do novo governo eleito no Brasil, em 2002, e as incidências sobre o processo negociador. Por fim, conclui-se sobre os impactos da formação da ALCA para soberania nacional num cenário da busca pela composição de uma nova ordem mundial no sistema mundial de Estados sob estratégia da hegemonia unilateralista estadunidense
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O agir da multidão e a construção do comum : uma leitura ético política a partir de Negri e Hardt

Silvestrin, Darlan 19 December 2014 (has links)
O objetivo desta dissertação é analisar, por um viés etico-político, o pensamento dos autores contemporâneos Antonio Negri e Michael Hardt a partir da trilogia Império, Multidão e Comum. A questão filosófica subjacente a toda investigação é como o agir da multidão e a construção do comum contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e solidária? A partir de uma pesquisa bibliográfica, o presente trabalho dissertativo está articulado em três capítulos: I) O Império: uma nova governança mundial; II) A Multidão: um novo sujeito éticopolítico; III) O agir ético da multidão: a construção do comum. Com a referida estrutura, tratase, pois, de apresentar a hegemonia do capital como o novo poder soberano, pois a soberania imperial, de acordo com a análise feita por Negri e Hardt, à luz das considerações de Foucault, procura exercer um domínio biopolítico sobre as pessoas, criando subjetividades baseadas no individualismo e no consumismo, capazes de alimentar o próprio sistema capitalista hegemônico e de enfraquecer as formas cooperativas de vida e de trabalho. Nesse cenário, por meio da tecnologia, o trabalho material parece se tornar cada vez mais imaterial, baseado na troca de informações em modelos de rede. Dessa nova configuração e maneira de refletir sobre o trabalho surge a multidão, um movimento de movimentos no qual as singularidades agem de forma cooperativa, trocando saberes e afetos para reconstruir a sociedade, trocando a competição pelo princípio ético da cooperação, inventando novas formas de vida e enchendo de significado os espaços que foram esvaziados pela cultura do individualismo e da competição. O agir ético da multidão procura construir o comum, isto é, distribuir de forma mais equitativa e justa o que é produzido por todos. No eixo filosófico formado por Maquiavel, Espinosa e Marx, Negri e Hardt encontram o fundamento para pensar o ser a partir de sua imanência e realidade histórica e política, aberta e em constante construção, e, por conseguinte, liberta de dogmatismos e de transcendentalismos. Um ser sempre aberto e em potência para agir diante de tudo o que possa impedir a conservação de sua existência. Por fim, tenta-se, portanto, mostrar como, para Negri e Hardt, o princípio ético da cooperação, que marca o agir da multidão, compreende um ser com uma subjetividade liberta de qualquer determinação e capaz de criar uma sociedade mais justa e solidária. / This thesis aims analyzing, in an ethical-political line, the thought of the modern authors Antonio Negri and Michael Hardt through the trilogy Empire, Multitude and Commonwealth. The implicit philosophical question in every inquiry is how the multitude acting and the construction of the common contribute for constructing a society more fair and supportively? After a bibliographic research, this work was divided in three chapters: I) The Empire: a new global governance; II) The Multitude: a new ethical-political individual; III) The multitude ethical acting: building the common. With the referred structure, the capital hegemony is presented as the new sovereign power, as the imperial sovereignty, according to Negri and Hardt’s analysis, in light of Foucault’s considerations, seeks exerting a biopolitical domain over people, creating subjectivities based on individuality and consumerism, capable of feeding the hegemonic capitalist system itself and decreasing the cooperative forms of living and working. In this scenery, through technology, material work seems to become even more immaterial, based on information sharing at network models. From this new arrangement and way of reflecting about working emerges multitude, a move of movements in which singularities act cooperatively, sharing knowledge and warmth to reconstruct society, replacing competition with the cooperation ethical principle, creating new ways of life and filling in spaces emptied by individualism culture and competition with meanings. Multitude ethical acting seeks for constructing the common, i. e., sharing by the equal and fairest way what all produce. In a philosophical line formed by Maquiavel, Espinosa and Marx, Negri and Hardt find basis to think about the being from its immanence and political historical reality, open and in a continual construction, and, thus, free from dogmatisms and transcendentalisms. An always open being with power to act in face of anything that might restrain preserving its existence. Finally, it's tried, thus, to show how, for Negri and Herdt, the cooperation ethical principle, which sets the multitude acting, comprehends a being with subjectivity free from any determination and capable of creating a fairer and more supportive society.
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Declínio do Estado-Nação / Decline of Nation-state

Bugiato, Caio, 1983- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Armando Boito Junior / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-18T01:06:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Bugiato_Caio_M.pdf: 608714 bytes, checksum: 7445395ac9738b0afbd7893eac0365e3 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: Nessa pesquisa bibliográfica apresentamos primeiramente as teses sobre o declínio do Estado-nação. Teses que giram em torno de três idéias principais: a ineficácia do Estado para o desenvolvimento econômico dos países, pois o mercado sem entraves políticos seria o motor do desenvolvimento material dos povos; a perda da capacidade do Estado de resolver problemas globais, que fogem da sua jurisdição, daí a formação de entidades supranacionais - como a União Européia - para a qual os Estados cedem parte de sua soberania; e o compartilhamento da soberania dos Estados com organizações internacionais - ONU, OTAN, OMC, FMI, Banco Mundial, entre outras -, que formariam uma espécie de rede na qual não só os Estados teriam a prerrogativa da autoridade. Posteriormente, desenvolvemos críticas sobre tais teses. Procuramos questionar o conceito de globalização, uma vez que este freqüentemente é associado a um processo de constituição de uma economia global sem fronteiras, na qual o mercado se coloca em conflito com o Estado. Para tal, trazemos algumas teses sobre o imperialismo. Assim, na economia mundial marcada pela estrutura imperialista, o Estado-nação, mais precisamente o Estado capitalista assume papel central. Analisamos, portanto, a necessidade do Estado para as sociedades capitalistas e do sistema de Estados para a economia capitalista mundial, explicando que um aparato tão importante para o capitalismo está longe de declinar. Por fim, trazemos para nossa discussão as classes dominantes e seu projeto neoliberal de restauração de poder de classe, o que nos permite chegar, em linhas gerais, ao conceito de Estado neoliberal e afirmar que o Estado-nação, longe do declínio, é imprescindível para a dominação e exploração das classes dominantes / Abstract: In this bibliographic research we introduce first the thesis of the decline of the nation state. Thesis which are based on three main ideas: ineffectiveness of the state for the economic development of the countries, because a market without political barriers would be the engine for material development of the peoples; the loss of the capacity of the state in solving global problems, which flee its jurisdiction, therefore the constitution of supranational entities, as the European Union, to which states concede part of its sovereignty; and the share of the sovereignty of the states with international organizations, such as UN, NATO, WTO, IMF, World Bank, among others, that would constitute a kind of net in which not only the states would have the prerogative of authority. Later, we develop critics on such thesis. We question the concept of globalization, once it is often associated to a process of constitution of a global economy without boundaries, in which the market is in conflict against the state. For such task, we bring some thesis about the imperialism. Thus, in a world economy characterized by the imperialist frame, the nation state, more precisely the capitalist state, has a central hole. So we analyze the necessity of the state for the capitalist society and of the states' system for the world capitalist economy, explaining that such important apparatus for the capitalism is not about to decline. At last we bring to our discussion the ruling classes and its neoliberal project of restoration of class power, which enable us to reach, overall, the concept of neoliberal state and assert that the nation state, not in decline, in indispensable for the domination and exploitation of the ruling classes / Mestrado / Relações Internacionais / Mestre em Ciência Política

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