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Imunomodulação in vitro das células tronco mesenquimais em cães da raça golden retriever sadios e afetados pela distrofia muscular / Immunomodulation in vitro of mesenchymal stem cells in dogs breed golden retriever healthy and affected by muscular dystrophyAbreu, Dilayla Kelly de 25 September 2014 (has links)
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma alteração neuromuscular hereditária e progressiva que afeta humanos do sexo masculino. O modelo canino Golden Retriever Muscular Dystrophy (GRMD) é considerado modelo experimental para estudos de novas propostas terapêuticas e melhor entendimento da fisiopatogênica da DMD. O processo progressivo da distrofia está relacionado com alterações nas populações celulares que compõe o sistema imune dos pacientes, pois devido a ausência da proteína distrofina na membrana sarcoplasmática, o músculo fica mais susceptível à lesões, ocorrendo liberação de citocinas, que recrutam e estimulam células do sistema imune, principalmente macrófagos e linfócitos T. A longo prazo, essa resposta inflamatória contínua e persistente, leva a uma série de reações que culminam com danos cada vez maiores, a ponto de ocorrer um esgotamento de células satélites e fibrose do tecido muscular. Uma das propriedades mais estudadas das células tronco mesenquimais (MSCs) é sua capacidade imunomoduladora, fazendo com que essas células se tornem promissoras na utilização da terapia celular. Neste contexto, esta ferramenta imunomoduladora pode atuar como uma estratégia interessante na manipulação do sistema imune. O estudo proposto foi elaborado com a finalidade de trazer subsídios para viabilização de experimentos de terapia celular na distrofia muscular, por meio do conhecimento sobre a imunomodulação durante o tratamento in vitro, contribuindo para uma possível aplicação terapêutica em humanos. Para tanto, foram estudados dois grupos de cães, um grupo controle (GR; n=5) e um grupo de cães afetados (GRMD; n=9), compostos por machos e fêmeas. O estudo consistiu na avalição da proliferação de linfócitos na presença de MSC em diferentes concentrações, bem como da proliferaçao de linfócitos específicos como o Tauxiliar (CD4+FoxP3-) e Tregulatórios (CD4+FoxP3+) com as MSCs. Adicionalmente, realizamos a dosagem de nitrito com o intuito de quantificar a produção de óxido nítrico (NO) através do cocultivo de macrófagos com as MSCs. Neste estudo foi possível observar que as MSCs estimularam a proliferação significativa de linfócitos T regulatórios. Adicionalmente, essa porcentagem de divisão aumentou em cocultivos que utilizaram maiores concentrações de MSC. Maior concentração de nitrito também foi encontrada no cocultivos de MSC e macrófagos estimulado com LPS. Estas informações geram incrementos no entendimento de como as MSCs podem agir no organismo distrófico e como poderemos explorar essa fonte para promover um retardamento no processo inflamatório e consequentemente melhorar a qualidade de vida do paciente. / The Duchenne muscular dystrophy (DMD) is a progressive hereditary neuromuscular disorder that affects human males. The canine model Golden Retriever Muscular Dystrophy (GRMD) is considered experimental model for studies of new therapies and better understanding of the DMD. The process of progressive dystrophy is related to changes in cell populations that comprise the immune system of patients, because due to the absence of the protein dystrophin in the sarcoplasmic membrane, the muscle is more susceptible to injury, occurring release of cytokines that recruit and stimulate cell immune, mainly macrophages and T lymphocytes in the long term, this continuous and persistent inflammatory response, the system takes a series of reactions that culminate with increasing damage to the point of exhaustion of satellite cells of muscle tissue and fibrosis occur. One of the most studied properties of mesenchymal stem cells (MSCs) is their immunomodulatory capacity, making these cells become promising in the use of cell therapy. In this context, this immunomodulatory can act as an interesting strategy in manipulating the immune system. The proposed study was designed in order to provide support for the feasibility of cell therapy trials in muscular dystrophy, through the knowledge of immunomodulation during treatment in vitro, contributing to a possible therapeutic application in humans. In this purpose, two groups were studied, a group of affected dog (GRMD, n=9) and a control group (GR, n=5 GR). The study consisted of rating of lymphocyte proliferation in the presence of MSCs in different concentrations as well as the proliferation of specific lymphocytes as Thelper (CD4+FoxP3-) and Tregulatory (CD4+FoxP3+) to MSCs. In addition, the dosage of nitrite performed in order to quantify the production of nitric oxide (NO) by coculture with macrophages MSCs. In this study we observed that MSCs stimulated significant proliferation of regulatory T lymphocytes. Additionally, this percentage split increased cocultivos that used higher concentrations of MSC. Highest concentration of nitrite was also found in cocultivos of MSC and macrophages stimulated with LPS. This information generates increments in understanding how MSCs may act in the body dystrophic and how we exploit this source to promote a delay in the inflammatory process and consequently improve the quality of life of patients
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Função da galectina-1 na resistência do hospedeiro contra a infecção experimental por Neospora caninum / The function of Galectin-1 on host resistance against experimental Neospora caninum infectionFerreira, Isabel Cristina Costa Vigato 17 February 2017 (has links)
Neospora caninum (Nc) é um protozoário Apicomplexa, parasita intracelular obrigatório, causador da neosporose, uma doença clínica indicada como uma das principais causas de aborto, morte neonatal e infertilidade em bovinos, representando um importante problema de saúde veterinária com grande impacto econômico no mundo todo. Galectina-1 (gal-1), uma proteína ligante de ?-galactosídeos, exibe diversas atividades biológicas em muitas doenças inflamatórias, mas nada foi descrito até o momento sobre a gal-1 na infecção por Nc. Este trabalho foi desenvolvido para avaliar o efeito da gal-1 (tanto endógena quanto exógena) na infecção experimental murina por N. caninum e o efeito da gal-1 exógena sobre a invasão celular de N. caninum em ensaios in vitro. Primeiramente, foram realizados ensaios para investigar a capacidade de ligação da gal-1 com taquizoítas de Nc e seu papel na invasão in vitro por Nc em diferentes modelos celulares. Nesses ensaios, gal-1 mostrou ligar-se aos taquizoítas de Nc via CRD (domínio de reconhecimento de carboidrato) de maneira dose-dependente. Tanto células VERO, quanto macrófagos e esplenócitos mostraram ser modelos eficazes para o estudo in vitro do processo de invasão e proliferação de Nc, porém, gal-1 não interfere no processo de invasão. Para os ensaios in vivo, camundongos C57BL/6 machos selvagens (WTgal-1+/+) e geneticamente deficientes de gal-1 (KOgal-1-/-) foram infectados com taquizoítas de Nc1-lacZ, por via intraperitoneal, e tratados com gal-1 exógena por 7 dias. Aos 5, 8 e 15 dias pós-infecção, foram avaliados diversos parâmetros imunológicos, como carga parasitária peritoneal e produção de óxido nítrico por células da cavidade peritoneal, perfil celular do peritônio e baço, produção de citocinas por células T, quantificação de anticorpos específicos anti-Nc e quantificação de citocinas nos sobrenadantes de cultura de células esplênicas. A ausência de galectina-1 endógena levou ao aumento da produção de óxido nítrico (NO), da população de macrófagos F4/80+ peritoneais e da secreção de IL-6. Porém, essa deficiência de gal-1 levou à redução da população de linfócitos T (CD4+ e CD8+) produtores de IFN- ?, diminuição da ativação de linfócitos B e da secreção de IFN-? e IL-10. Com relação aos camundongos WTgal-1+/+, foi destacada a contribuição da gal-1 exógena para estimular a produção de NO, promover o aumento do número de células F4/80+, induzir a secreção de IFN- ?, IL-10, IL-4 e IL-6, além de aumentar a produção de IgG e IgM. Em animais KOgal-1-/-, em contrapartida, foi observado um efeito imunorregulatório dessa galectina exógena sobre a resposta à infecção, caracterizado pelo aumento da carga parasitária peritoneal e diminuição da população de macrófagos (F4/80+) produção de NO na cavidade peritoneal. Além disso, e em conformidade com o perfil regulatório da resposta, foi possível observar a diminuição da população de linfócitos TCD8+ produtores de IFN-? e aumento das células T (CD4+ e CD8+) produtoras de IL-10 nos animais infectados e tratados, que corroborou com a secreção destas citocinas por células esplênicas. Com base nestes resultados, sugerimos que a gal-1 endógena medeia perfis imunológicos da resposta do hospedeiro, inibindo mecanismos efetores da resposta inata e estimulando a resposta adaptativa contra o parasita N. caninum e que a suplementação com gal-1 exógena gera uma imunorregulação na reposta do hospedeiro contra o parasita N. caninum. Nosso trabalho é pioneiro no estudo da interação da gal-1 na infecção com Nc e, embora seja um investigação inicial dos mecanismos imunológicos envolvidos nesse processo, sugere uma ação da gal-1 na modulação da resposta imunológica contra N. caninum. / Neospora caninum (Nc) is an apicomplexa protozoan, an obligate intracellular parasite that causes neosporosis, a clinical disease indicated as one of the main causes of abortion, neonatal death and infertility in cattle, representing an important veterinary health problem with great economic impact worldwide. Galectin-1 (gal-1), a ?-galactosidase binding protein, exhibits several biological activities in many inflammatory diseases. This work was aimed to evaluating the effect of gal-1 (both endogenous and exogenous) on N. caninum infection and the effect of exogenous gal-1 on the in vitro cellular invasion of N. caninum. Firstly, assays were developed to investigate the binding capacity of gal-1 with Nc tachyzoites and the role of this lectin in in vitro invasion process by Nc. Different cell models were used and VERO cells, macrophages and splenocytes proved to be effective models for the study of the Nc invasion and proliferation process. However, although galectin-1 has the ability to bind to Nc via CRD in a dose-dependent manner, this lectin does not interfere with the invasion process. For the in vivo assays, wild-type (WTgal-1+/+) and genetically deficient gal-1 mice (KOgal-1-/-) were intraperitoneally infected with Nc1-lacZ tachyzoites and treated with gal-1 for 7 days. At 5, 8 and 15 days post infection, various immunological parameters were evaluated, such as peritoneal parasite load and nitric oxide production by peritoneal cells, peritoneal and spleen cell profile, cytokine production by T cells, quantification of specific anti-Nc and quantification of cytokines in splenic cell culture supernatants. The absence of endogenous galectin-1 led to increased nitric oxide, peritoneal F4/80+ macrophage population and IL-6 secretion. However, gal-1 deficiency decreased the population of T cells (CD4+ and CD8+) producing IFN-?, the B lymphocyte activation and the secretion of IFN-? and IL-10. With respect to WTgal-1+/+ mice, we can highlight a contribution of exogenous gal-1 to stimulating NO production, promoting the increase of F4/80+ cells, inducing the secretion of IFN-?, IL-10, IL-4 and IL-6, in addition to increasing the production of IgG and IgM. In contrast, an immunoregulatory effect of this galectin in response to infection was observed in the KOgal-1-/- animals. It was observed an increased peritoneal parasite burden, decreased macrophage (F4/80+) population and NO production by these cells in the peritoneal cavity. In addition, in agreement with the regulatory profile of the response, it was observed a decrease of the CD8+ T cells population producing IFN-? and increased T cells (CD4+ and CD8+) producing IL-10, which corroborated with the secretion of these cytokines by the splenic cells. Based on these results, we suggest that endogenous gal-1 mediates immunological profiles of host response by inhibiting innate effector mechanisms and stimulating an adaptive response against N. caninum. Furthermore, exogenous gal-1 immunoregulate the host immune response against the parasite. Our work is a pioneer in studying the interaction of gal-1 in Nc infection and, although it is an initial investigation of the immunological mechanisms, our data suggests role of gal-1 in the modulation of the immune response against N. caninum
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Papel do HLA-G na endometriose / Role of HLA-G in endometriosisRached, Marici Rached 27 June 2017 (has links)
A endometriose é uma doença inflamatória crônica, estrógeno-dependente e de etiologia multifatorial, caracterizada pela implantação e crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina e associada à dor pélvica e infertilidade. A doença é classificada de acordo com os estádios e sítios de acometimento nos órgãos pélvicos. Variantes genéticas, endócrinas e ambientais podem contribuir para a geração de uma deficiência na resposta imune local permitindo a implantação das células ectópicas na cavidade pélvica. Alterações constatadas no padrão de citocinas presentes no microambiente pélvico poderiam promover um ambiente imunossupressor, justificando a diminuição da resposta imune efetora verificada na endometriose. Dentre os possíveis fatores imunomoduladores, está o antígeno leucocitário humano-G (HLA-G), cuja expressão se dá intensamente nas células trofoblásticas, sendo reconhecido por induzir a tolerância materno-fetal. A proteína HLA-G pode ser expressa na membrana celular ou ser secretada na forma solúvel. HLA-G encontra receptores inibitórios nas células do sistema imune inato e adaptativo e tem sua expressão induzida sob condições não fisiológicas, como em transplantes alogênicos, doenças inflamatórias ou neoplasias malignas. Assim, a hipótese deste estudo é a de que a proteína HLA-G seria produzida em níveis superiores nas mulheres com endometriose, o que poderia contribuir para a imunossupressão no microambiente da doença. Para testar esta hipótese, a proteína solúvel foi mensurada no soro e no fluido peritoneal de mulheres com e sem endometriose, por ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Além disto, a expressão gênica de HLA-G foi avaliada nos tecidos de endométrio, por qRT-PCR, bem como a expressão da proteína, avaliada por imunohistoquímica, nos tecidos de endométrio e de lesão de endometriose, em mulheres com e sem a doença. Como resultados, verificaram-se maiores níveis da proteína solúvel no soro de mulheres que apresentavam endometriose em estádios avançados, especialmente naquelas com endometriose ovariana. Entretanto, na comparação entre os fluidos peritoneais, não houve diferença significativa entre os grupos com e sem endometriose. A expressão do transcrito gênico (mRNA) se mostrou maior no endométrio de mulheres sem a doença, mas a presença da proteína foi semelhante entre os endométrios de mulheres com e sem endometriose. Por outro lado, a expressão da proteína HLA-G nos tecidos de lesão de endometriose avançada se mostrou superior à do endométrio de mulheres sem a doença, indicando que a expressão de HLA-G seria induzida ectopicamente, no microambiente pélvico da doença. Portanto, os resultados apontam para um aumento da expressão de HLA-G em endometriose avançada / Endometriosis is a chronic inflammatory, estrogen-dependent disease of multifactorial etiology characterized by implantation and growth of endometrial tissue outside the uterine cavity, and associated with pelvic pain and infertility. Endometriosis is classified according to the stages and sites of the disease. Genetic, endocrine and environmental factors may contribute to the deficit on local immune response, allowing ectopic implantation of endometrial cells into the pelvic cavity. Changes in cytokines pattern in the pelvic microenvironment might promote an immune suppressor environment and explain the decreased immune effector cells response verified in endometriosis. Among possible immunomodulatory factors is the human leucocytary antigen-G (HLA-G) which is intensively expressed in trophoblasts and recognized by inducing maternal-fetal tolerance. HLA-G protein is expressed in both membrane-bound and soluble forms. HLA-G binds inhibitory receptors on innate and adaptive immune cells surface and its expression is induced in non-physiological conditions, such as allogeneic transplants, inflammatory diseases or neoplastic malignancies. Thus, this study hypothesizes that the HLA-G protein would be overexpressed in women with endometriosis, and could contribute to the immunosuppression in the disease microenvironment. To test this hypothesis soluble HLA-G protein was measured in serum and peritoneal fluid of women with and without endometriosis. Moreover, HLA-G gene expression were evaluated on endometrial tissue using RT-qPCR, and HLA-G protein expression were evaluated in matched ectopic and eutopic endometrium of women with and without endometriosis. As results, higher levels of soluble HLA-G were found in serum of women with advanced endometriosis, especially in those with ovarian endometriosis. However, soluble HLA-G levels in peritoneal fluid did not show significant differences between women with and without endometriosis. HLA-G mRNA expression were higher in eutopic endometrium of women without endometriosis, but the HLA-G protein expression were similar in eutopic endometrium of women with and without endometriosis. On the other hand, HLA-G protein expression in ectopic endometrium of women with advanced endometriosis was higher than in eutopic endometrium of women without endometriosis, suggesting that HLA-G expression was induced ectopically, in the pelvic microenvironment of the disease. In conclusion, the results point to an upregulation of HLA-G expression in advanced endometriosis
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Caracterização e função imunomoduladora de células-tronco de membrana amniótica canina / Characterization and immunomodulatory function of canine amniotic membrane stem cellsAlessandra de Oliveira Pinheiro 06 December 2018 (has links)
A membrana amniótica é uma das membranas fetais presentes no período gestacional e que é considerada uma ferramenta potencial no tratamento de diversas patologias, como na cicatrização de feridas de pele e córnea, hérnias, cirurgias reconstrutivas e prevenção de aderências. As células-tronco (CT) obtidas de membrana amniótica apresentam alta taxa de proliferação e plasticidade, além de propriedades imunomoduladoras que participam no processo de tolerância materno-fetal. Devido à dificuldade e a escassez de estudos envolvendo a membrana amniótica humana em diferentes estágios gestacionais, optamos pela escolha do modelo canino, pois pode ser considerado um modelo ideal devido às semelhanças genéticas e fisiológicas com humanos. Baseado no potencial das CT de membrana amniótica, os objetivos deste trabalho foram caracterizar as CT de membrana amniótica canina (MAC) em diferentes estágios gestacionais e avaliar a expressão de genes relacionados à imunomodulação. Para tanto, foram utilizados 20 fetos caninos, sem raça definida com três idades gestacionais, terço inicial (20-30 dias) (n=7), terço médio (31-45 dias) (n=7) e terço-final (46-63 dias) (n=6), oriundos de programas de castrações. As células das MAC foram caracterizadas por meio de testes de viabilidade celular, curva de crescimento, unidade formadora de colônia (UFC-F), diferenciação in vitro, imunofenotipagem celular e potencial pluripotente. Para avaliação dos aspectos imunomoduladores, as células foram submetidas a RT-qPCR, com intuito de determinar a expressão gênica de IDO, HGF, EGF, PGE2, IL-6 e IL10. Como resultados, as células de MAC apresentaram morfologia fibroblastóide e aderência ao plástico com viabilidade celular de 83,3% em terço inicial, 80,1% em terço médio e 75,22% em terço final. Na análise da curva de crescimento, as células apresentaram pico de crescimento em segunda passagem, com posterior queda e uma tendência estacionária. Na UFC-F, obtivemos uma média de 145 colônias em terço inicial, 142,3 colônias em terço médio e 127,3 colônias em terço final. Na diferenciação in vitro, as células se diferenciaram em linhagens adipogênicas, osteogênicas e condrogênicas após 21 dias de cultivo celular. Na imunofenotipagem celular, as células de terço inicial obtiveram marcação de CD90 (31,7%), CD105 (5,6%), CD34 (0,3%) e CD45 (0,4%), terço médio de CD90 (36,7%), CD105 (6,3%), CD34 (0,2%0 e CD45 (0,4%), terço final CD90 (67,1%), CD105 (96,4%), CD34 (4,4%) e CD45 (2,0). Na avaliação imunomoduladora, observamos a expressão qualitativa dos genes IDO, HGF, EGF, PGE2 e a não expressão dos genes IL-6 e IL-10. Na expressão quantitativa, houve somente a expressão do gene IDO, com maior expressão em terço médio e final. Neste contexto, concluímos que as células de MAC de diferentes estágios gestacionais apresentam características compatíveis com CT mesenquimais e que a idade gestacional de terço final apresentou melhores resultados. / The amniotic membrane is one of the fetal membranes present during gestation and it is considered a potential tool to treat many pathologies. Stem cells (SC) from the amniotic membrane present a high proliferation and plasticity ratio, in addition to immunomodulatory properties that participate in the mother-fetus tolerance process. Due to high difficulty and lack of research involving human amniotic membrane at different gestational stages we chose to use a canine model, as it can be considered an ideal model due to genetic and physiological similarities to humans. Based on the potential properties of the amniotic membrane SC, the purpose of this research was to characterize the SC from the canine amniotic membrane (CAM) in different gestational stages and determine its immunomodulatory potential in vitro. To do so, we studied 20 canine fetuses with no established race in the first third of gestational stage (20-30 days) (n-7), second third (31-45 days) (n=7) and final third (46-63 days) (n=6), from local castration programs. CAM cells were characterized through cellular viability tests, growth curve, colony-forming unit (CFU), in vitro differentiation and cellular immunophenotyping. To assess the immunomodulatory aspects the cells were submitted to RT-qPCR to determine genic expressions from IDO, HGF, EGF, PGE2, IL-6 and IL-10. As a result, CAM cells presented fibroblastoid morphology, adherence to plastic and cell viability of 83,3% in the first third, 80,1% in the second third and 75,22% in the final third of the gestational stage. In the growth curve analysis, the cells presented a higher growth in the second passage, with subsequent drop and stationary tendency. In the CFU we obtained an average of 145 colonies in the first third, 142,3 in the second third and 127,3 colonies in the final third of the gestational stage. In in vitro differentiation the cells differentiated in adipogenic, osteogenic and chondrogenic strains after 21 days of cellular culture. In cellular immunophenotyping, the cells from the first gestational stage expressed the following markers: CD90 (31,7%), CD105 (5,6%), CD45 (0,4%) and CD34 (0,3%); cells from the second gestational stage expressed CD90 (36,7%), CD 105 (6,3%) CD45 (0,4%) and CD34 (0,2%) and lastly cells from the final gestational stage expressed CD105 (96,4%), CD90 (67,1%), CD34 (4,4%) and CD45 (2,0%). In the immunomodulator evaluation we observed qualitative expression of genes IDO, HGF, EGF, PGE2 and no expression of genes IL-6 and IL-10. In the quantitative expression, we only found IDO gene expressed, with higher expression in the second and final thirds. In this context we can conclude that MAC cells from different gestational stages present characteristics consistent with mesenchymal SC and that the final gestational stage presented better results. We also concluded that gestational age is a key factor that can influence the functional and immunomodulatory properties of cells in cell therapy.
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Atividades in vitro e in vivo de microesferas biodegradáveis contendo leucotrieno B4 e/ou antígenos livres de células de Histoplasma capsulatum / In vitro and in vivo activities of biodegradable microspheres containing leukotriene B4 and/or cell-free antigens from Histoplasma capsulatumDaiane Fernanda dos Santos 14 June 2010 (has links)
O Histoplasma capsulatum é um fungo dimórfico responsável por infecções pulmonares graves caracterizadas por reação granulomatosa. Sua incidência vem aumentando nos últimos anos devido principalmente às alterações imunológicas relacionadas ao comprometimento da imunidade celular. Anteriormente, nosso grupo de pesquisa demonstrou o envolvimento dos leucotrienos (LTs) nos mecanismos de defesa do hospedeiro durante a histoplasmose. Além disso, demonstrou que antígenos livres de células (CFAgs, do inglês cell-free antigens), derivados de H. capsulatum, quando empregados na imunização de animais, conferem proteção eficiente aos mesmos e controle da infecção, uma vez que ativam a imunidade celular, e aumento da produção de LTs nos pulmões dos animais imunizados. Assim, nosso grupo desenvolveu microesferas (MS) biodegradáveis, constituídas de ésteres derivados dos ácidos láctico e glicólico (PLGA), contendo LTB4. Estas MS foram avidamente fagocitadas por macrófagos in vitro e aumentaram o recrutamento de leucócitos para os pulmões, quando administradas intratraquealmente. Diante do papel dos LTs na histoplasmose e dos potenciais terapêutico e profilático dos CFAgs, o objetivo deste estudo foi avaliar as atividades biológicas in vitro e in vivo de MS contendo LTB4 e/ou CFAgs. Assim, foram desenvolvidas MS (PLGA) contendo LTB4 e/ou CFAgs através do processo de simples ou dupla emulsão seguido pela extração do solvente. Este método permitiu uma eficiente encapsulação tanto do mediador lipídico quanto dos antígenos protéicos e um perfil de liberação sustentada ao longo dos dias avaliados. O potencial zeta e a morfologia das MS não foram alterados com o processo de microencapsulação; da mesma forma, a integridade dos CFAgs não foi interferida. Para estudos in vitro, empregamos macrófagos diferenciados de medula óssea murina (BMDM). O tamanho adequado das MS contribuiu para sua eficiente fagocitose pelos BMDM e as MS contendo LTB4 e/ou CFAgs modularam a produção de TNF-, IL-1, IL-6 e IL-12, quimiocinas (KC, MCP-1 e RANTES), e nitrito, sendo que as MS-CFAgs mostraram-se mais potentes. O estímulo com as diferentes MS induziu discreto aumento na expressão de CD86 na superfície de BMDM. Neste contexto, verificamos o envolvimento do fator de transcrição NF-B durante a ativação de BMDM induzida pelas MS. Apesar da eficiente ativação dos BMDM induzida pelas MS, não foi possível evidenciar uma resposta imune celular em animais imunizados com as MS-LTB4+CFAgs ou MS-CFAgs. Portanto, futuros experimentos deverão ser realizados a fim de investigar o potencial profilático das MS contendo LTB4 e/ou CFAgs na histoplasmose. / Histoplasma capsulatum is a dimorphic pathogenic fungus that causes a pulmonary disease characterized by chronic granulomatous reaction. In the last years, the incidence of histoplasmosis has increased, mainly as a result of the immunological alterations involved with deficiency of the cellular immunity. Previously, our research group demonstrated the involvement of leukotrienes (LTs) on host defense mechanisms during the histoplasmosis. Cell-free antigens (CFAgs) derived from H. capsulatum, when employed for animals´ immunization, can confer efficient protection and control of the infection, since they activate the cellular immunity. Furthermore, the protection of CFAgs-immunized mice was associated with increased LTB4 generation in the lungs. Based on these results, our group developed biodegradable microspheres (MS) based on PLGA containing LTB4. We showed that these MS were phagocytosed by macrophages in vitro and increased the leukocyte recruitment into the lungs, when administrated via intratracheal. Because the role of leukotrienes in the histoplasmosis and therapeutic and profilatic effects of CFAgs, the aim of this study was evaluate the in vitro and in vivo biological activities of MS containing LTB4 and/or CFAgs. Then, MS (PLGA) containing LTB4 and/or CFAgs were developed through simple or double emulsion/extraction process. This method allowed an efficient encapsulation of the lipid mediator and CFAgs, and a sustained release profile during the evaluated days. Zeta potential and morphology of MS were not altered with the microencapsulation process; CFAgs integrity was not interfered. For in vitro studies, we employed bone marrow-derived macrophages (BMDM). The appropriate size of MS contributed for efficient uptake by BMDM. MS containing LTB4 and/or CFAgs modulated the TNF-, IL-1, IL-6 and IL-12, chemokines (KC, MCP-1 and RANTES), and nitrite production by BMDM, since the MS-CFAgs showed potent immunostimulant effect. Moreover, the stimulus with different MS provoked a discreet increase in the CD86 cell expression. Also we verified an involvement of the transcription factor NF-B during the BMDM activation induced by MS. Even though the in vitro biological activities on BMDM, it was not possible to evidence a cellular immune response in immunized mice with the MS-LTB4+CFAgs or MS-CFAgs. Therefore, future experiments should be conducted in order to investigate the profilatic potential of MS containing LTB4 and/or CFAgs in the histoplasmosis.
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Imunomodulação in vitro das células tronco mesenquimais em cães da raça golden retriever sadios e afetados pela distrofia muscular / Immunomodulation in vitro of mesenchymal stem cells in dogs breed golden retriever healthy and affected by muscular dystrophyDilayla Kelly de Abreu 25 September 2014 (has links)
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma alteração neuromuscular hereditária e progressiva que afeta humanos do sexo masculino. O modelo canino Golden Retriever Muscular Dystrophy (GRMD) é considerado modelo experimental para estudos de novas propostas terapêuticas e melhor entendimento da fisiopatogênica da DMD. O processo progressivo da distrofia está relacionado com alterações nas populações celulares que compõe o sistema imune dos pacientes, pois devido a ausência da proteína distrofina na membrana sarcoplasmática, o músculo fica mais susceptível à lesões, ocorrendo liberação de citocinas, que recrutam e estimulam células do sistema imune, principalmente macrófagos e linfócitos T. A longo prazo, essa resposta inflamatória contínua e persistente, leva a uma série de reações que culminam com danos cada vez maiores, a ponto de ocorrer um esgotamento de células satélites e fibrose do tecido muscular. Uma das propriedades mais estudadas das células tronco mesenquimais (MSCs) é sua capacidade imunomoduladora, fazendo com que essas células se tornem promissoras na utilização da terapia celular. Neste contexto, esta ferramenta imunomoduladora pode atuar como uma estratégia interessante na manipulação do sistema imune. O estudo proposto foi elaborado com a finalidade de trazer subsídios para viabilização de experimentos de terapia celular na distrofia muscular, por meio do conhecimento sobre a imunomodulação durante o tratamento in vitro, contribuindo para uma possível aplicação terapêutica em humanos. Para tanto, foram estudados dois grupos de cães, um grupo controle (GR; n=5) e um grupo de cães afetados (GRMD; n=9), compostos por machos e fêmeas. O estudo consistiu na avalição da proliferação de linfócitos na presença de MSC em diferentes concentrações, bem como da proliferaçao de linfócitos específicos como o Tauxiliar (CD4+FoxP3-) e Tregulatórios (CD4+FoxP3+) com as MSCs. Adicionalmente, realizamos a dosagem de nitrito com o intuito de quantificar a produção de óxido nítrico (NO) através do cocultivo de macrófagos com as MSCs. Neste estudo foi possível observar que as MSCs estimularam a proliferação significativa de linfócitos T regulatórios. Adicionalmente, essa porcentagem de divisão aumentou em cocultivos que utilizaram maiores concentrações de MSC. Maior concentração de nitrito também foi encontrada no cocultivos de MSC e macrófagos estimulado com LPS. Estas informações geram incrementos no entendimento de como as MSCs podem agir no organismo distrófico e como poderemos explorar essa fonte para promover um retardamento no processo inflamatório e consequentemente melhorar a qualidade de vida do paciente. / The Duchenne muscular dystrophy (DMD) is a progressive hereditary neuromuscular disorder that affects human males. The canine model Golden Retriever Muscular Dystrophy (GRMD) is considered experimental model for studies of new therapies and better understanding of the DMD. The process of progressive dystrophy is related to changes in cell populations that comprise the immune system of patients, because due to the absence of the protein dystrophin in the sarcoplasmic membrane, the muscle is more susceptible to injury, occurring release of cytokines that recruit and stimulate cell immune, mainly macrophages and T lymphocytes in the long term, this continuous and persistent inflammatory response, the system takes a series of reactions that culminate with increasing damage to the point of exhaustion of satellite cells of muscle tissue and fibrosis occur. One of the most studied properties of mesenchymal stem cells (MSCs) is their immunomodulatory capacity, making these cells become promising in the use of cell therapy. In this context, this immunomodulatory can act as an interesting strategy in manipulating the immune system. The proposed study was designed in order to provide support for the feasibility of cell therapy trials in muscular dystrophy, through the knowledge of immunomodulation during treatment in vitro, contributing to a possible therapeutic application in humans. In this purpose, two groups were studied, a group of affected dog (GRMD, n=9) and a control group (GR, n=5 GR). The study consisted of rating of lymphocyte proliferation in the presence of MSCs in different concentrations as well as the proliferation of specific lymphocytes as Thelper (CD4+FoxP3-) and Tregulatory (CD4+FoxP3+) to MSCs. In addition, the dosage of nitrite performed in order to quantify the production of nitric oxide (NO) by coculture with macrophages MSCs. In this study we observed that MSCs stimulated significant proliferation of regulatory T lymphocytes. Additionally, this percentage split increased cocultivos that used higher concentrations of MSC. Highest concentration of nitrite was also found in cocultivos of MSC and macrophages stimulated with LPS. This information generates increments in understanding how MSCs may act in the body dystrophic and how we exploit this source to promote a delay in the inflammatory process and consequently improve the quality of life of patients
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Avaliação dos efeitos imunotóxicos da Ipomoea carnea e de seu princípio ativo tóxico, a suainsonina, em ratos jovens e adultos / Evaluation of the immunotoxic effects of Ipomoea carnea and its toxic principle, the swainsonine in young and adult ratsFernando Pípole 19 August 2010 (has links)
O presente estudo visou avaliar os efeitos da administração do resíduo aquoso final (RAF) da Ipomoea carnea e da suainsonina, sobre o sistema imune de ratos jovens em idade pré-pubere (21 dias) e adultos (70 dias). Para isso, o RAF foi administrado nas doses de 1,0; 3,0 e 7,0 g/kg e a suainsonina na dose de 5,0 mg/kg, por gavage, durante 14 dias para avaliação histopatológica de diferentes órgãos, peso relativo de baço e timo, celularidade de medula óssea, fenotipagem de linfócitos T e B presentes no sangue, timo e baço, e atividade proliferativa de linfócitos T de animais tratados apenas com suainsonina. Além disto, foi realizada toxicocinética da suainsonina de animais jovens e adultos. Dentre os resultados obtidos com o tratamento com RAF, foi verificado que todos os animais apresentaram lesões, tais como: congestão hepática e esplênica e vacuolização renal. Em ratos adultos observou-se ainda diminuição do ganho de peso e do consumo de ração, além de involução tímica e diminuição da celularidade da medula óssea. Já nos jovens, as principais alterações observadas foram quanto à alteração fenotípica das populações de linfócitos T CD8+ no timo, sangue e baço e de linfócitos B no sangue e baço. Entretanto, estas alterações não podem ser atribuídas exclusivamente ao RAF de I. carnea, pois os animais do grupo pear-feeding (grupo sob restrição alimentar para mimetizar a diminuição da ingesta de alimentos daqueles ratos tratados com a maior dose do RAF) apresentaram resultados semelhantes àqueles tratados com a planta. Em relação aos resultados obtidos em ratos jovens tratados com suainsonina, verificou-se menor porcentagem de linfócitos B no baço e no sangue e maior expansão clonal de linfócitos T CD4+ de ratos imunizados in vivo e desafiados ex vivo com anatoxina tetânica. Por fim, o estudo toxicocinético revelou que este alcalóide possui biodisponibilidade de apenas 9 horas tanto nos animais jovens quanto nos adultos. Assim, é possível concluir que a suainsonina, principal princípio ativo da I. carnea, tem atividade imunomodulatória, mas esta atividade difere do efeito imunomodulador causado pelo RAF provavelmente devido a presença de outros alcalóides também encontrados na planta / This study aimed to evaluate the effects of administration of the final aqueous residue (RAF) of Ipomoea carnea and swainsonine on the immune system of young (21 days) and adult rats (70 days). For this, the RAF was administered at doses of 1.0, 3.0 and 7.0 g/kg and swainsonine at dose of 5.0 mg/kg by gavage for 14 days for histopathological evaluation of different organs, relative weight of spleen and thymus, bone marrow cellularity, phenotyping of T and B lymphocytes in the blood, thymus and spleen, and proliferative activity of T lymphocytes from animals treated with swainsonine. Moreover, we performed toxicokinetics of swainsonine in young and adult rats. Among the results obtained with treatment with the RAF, it was observed that all animals had lesions such as hepatic and splenic congestion and kidney vacuolization. In adult rats there was also reduction in weight gain and feed intake, thymic involution and decreased bone marrow cellularity. Already in the young rats, the main changes observed were in the populations of T CD8+ lymphocytes in the thymus, spleen and blood and B lymphocytes in the blood and spleen. However, these changes cannot be attributed solely to the RAF of I. carnea, because the animals of the pear-feeding group (group under food restriction to mimic the decrease in food intake of those rats treated with the higher dose of the RAF) had similar results to those treated with the plant. Regarding the results obtained in young rats treated with swainsonine, there was a lower percentage of B lymphocytes in the spleen and blood and increased clonal expansion of T CD4+ lymphocytes from rats immunized in vivo and challenged ex vivo with tetanus toxoid. Finally, the toxicokinetic study has revealed that bioavailability of this alkaloid is only 9 hours in the both animals young and adult. Thus, we conclude that swainsonine, the main active principle of I. carnea, has immunomodulatory activity, but this activity differs from the immunomodulatory effect caused by the RAF probably due to the presence of other alkaloids also found in the plant
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Extrato padronizado de própolis EPP-AR® aumenta a sobrevida em camundongos imunossuprimidos com sepse induzida por Candida albicans / Standardized extract of EPP-AR® propolis increases survival in immunosuppressed mice with Candida albicans-induced sepsisBRAGA, Thiare Silva Fortes 08 May 2017 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-08-24T16:53:19Z
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Previous issue date: 2017-05-08 / Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Propolis produced by bees Apis mellifera is a resinous balsamic material used to protect the
hive against fungi, bacteria, viruses and insects. Among the antimicrobial activities of
propolis already proven, the antifungal action observed in strains of Candida albicans,
commensal fungus of the oro-gastrointestinal tract and skin, associated with opportunistic
infections, local or systemic, especially in immunosuppressed patients, are highlighted. The
objective of this study was to evaluate the effect of treatment with standardized extract of
propolis on systemic infection caused by C. albicans in immunosuppressed mice. Initially the
C57Bl/ 6 mice were immunosuppressed with dexamethasone (3mg / kg) for one week and, on
the eighth day, were infected intraperitoneally with C. albicans blastopores (2x106). After 24
hours of infection, the daily treatment of the animals with propolis at the doses of 10 and 100
mg/kg was initiated for 15 days intraperitoneally. Immunosuppression with dexamethasone
was maintained for all the analysis. At the end of the 15 days, all the animals treated with
propolis at the dose of 100 mg/kg were kept alive, while all the animals from the other groups
had already died. From then on, it was possible to investigate possible immunological
mechanisms to explain this effect. For this, the same protocol of immunosuppression and
infection described above was repeated, however, the treatment was performed in a single
application of propolis at a dose of 100 mg/kg, 24 hours after infection and the tests were
performed 24 hours after this treatment. Treatment with propolis reduced the colony forming
units in the peritoneum and spleen. In addition, propolis reversed dexamethasone-induced
immunosuppression, increasing the number of circulating leukocytes, mainly neutrophils,
proliferation of splenocytes, recruitment of leukocytes to the site of infection and increase of
CD4+ T lymphocytes. Regarding the inflammatory mediators, it was observed that the
treatment with propolis induced the increase of the ex vivo production of nitric oxide by
peritoneal cells and the reduction of plasmatic inflammatory cytokines (IL-6 and TNF-α).
Finally, in an in vitro experiment, peritoneal macrophages were treated with dexamethasone
(4 μg/mL), for 48 hours, and then treated with propolis (100 μg/mL) for 12 hours. Then, cells
were incubated with C. albicans for 1 hour. In this assay, it was observed that propolis
increased phagocytosis, without, however, altering Dectin-1 and Mannose receptor
expression. In conclusion, the standardized extract of propolis increased life expectancy and
reduced C. albicans dissemination in immunosuppressed mice. Such effects are probably due
to its ability to reverse dexamethasone-induced immunosuppression, recruit and activate
effector immune cells to the site of infection, and reduce serum inflammatory cytokines,
thereby reducing the progression of the deleterious aspects of systemic candidemia. / A própolis produzida pelas abelhas Apis melífera é um material balsâmico resinoso, utilizado
para a proteção da colmeia contra fungos, bactérias, vírus e insetos. Dentre as atividades
antimicrobianas da própolis já comprovadas, destaca-se: a ação antifúngica observada em
cepas de Candida albicans, fungo comensal do trato oro-gastrointestinal e da pele, associado
a infecções oportunistas, locais ou sistêmicas, em especial, em pacientes imunossuprimidos.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tratamento com Extrato Padronizado de
Própolis (EPP-AF®) na infecção sistêmica ocasionada por C. albicans em camundongos
imunossuprimidos. Inicialmente, os camundongos C57Bl/6 foram imunossuprimidos com
dexametasona (3mg/kg) durante uma semana e, no oitavo dia foram infectados, por via
intraperitoneal, com blastóporos de C. albicans (2x106). Após 24 horas da infecção, foi
iniciado o tratamento diário dos animais com própolis nas doses de 10 e 100mg/Kg, durante
15 dias, por via intraperitoneal. A imunossupressão com dexametasona foi mantida ao longo
de toda a análise. Ao final dos 15 dias, observou-se que todos os animais tratados com
própolis na dose de 100mg/Kg, mantinham-se vivos, enquanto todos os animais dos demais
grupos já haviam morrido. A partir daí, passou-se a investigar possíveis mecanismos
imunológicos que explicassem esse efeito. Para isto, foi repetido o mesmo protocolo de
imunossupressão e infecção descritos acima, entretanto, o tratamento foi realizado em uma
única aplicação de própolis na dose de 100mg/Kg, 24 horas após a infecção e os ensaios
foram realizados 24 horas após esse tratamento. O tratamento com própolis reduziu as
unidades formadoras de colônia no peritônio e no baço. Além disso, a própolis reverteu a
imunossupressão induzida pela dexametasona, aumentando o número de leucócitos
circulantes, principalmente, neutrófilos, a proliferação de esplenócitos, o recrutamento de
leucócitos ao sítio da infecção e aumento de linfócitos T CD4+. Em relação aos mediadores
inflamatórios, foi observado que o tratamento com própolis induziu o aumento da produção ex
vivo de óxido nítrico por células peritoneais e a diminuição das citocinas inflamatórias (IL-6 e
TNF-α) plasmáticas. Finalmente, em experimento in vitro, macrófagos peritoneais foram
tratados com dexametasona (4µg/mL), por 48 horas, e, em seguida, tratados com própolis
(100µg/mL), durante 12 horas. Ao final, as células foram incubadas com C. albicans por 1
hora. Neste ensaio, foi observado que a própolis aumentou a fagocitose, sem, no entanto,
alterar a expressão proteica de Dectina-1 e Receptor de manose. Em conclusão, o extrato
padronizado de própolis aumentou a expectativa de vida e reduziu a disseminação de C.
albicans em camundongos imunosuprimidos. Tais efeitos, provavelmente devem-se a sua
capacidade de reverter a imunossupressão induzida pela dexametasona, recrutando e ativando
células imunes inatas para o sítio da infecção, além de reduzir as citocinas inflamatórias
séricas, diminuindo, assim, a progressão dos aspectos deletérios da candidemia sistêmica.
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Avaliação da capacidade reguladora de células tronco mesenquimais endometriais no modelo de encefalomielite experimental automimune. / Evaluation of the regulatory capacity of endometrial mesenchymal stem cells in the experimental autoimmune encephalomyelitis model.Polonio, Carolina Manganeli 13 July 2017 (has links)
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica desencadeada por células T autorreativas contra antígenos proteicos da mielina. A encefalomielite experimental autoimune é o modelo murino mais utilizado para o estudo da EM. As tubas uterinas e o útero de camundongos fêmeas são órgãos ricos em células mesenquimais que são pouco utilizadas em estudos. Dessa forma, no presente projeto, caracterizamos a obtenção dessa população e avaliamos sua capacidade imunossupressora utilizando o modelo de EAE. Observamos que o tratamento é capaz de modular o perfil de linfócitos T CD4+ durante sua ativação nos linfonodos, induzindo o direcionamento para a subpopulação Tr1 e atenuando as Th1 e Th17. Assim, houve uma diminuição do número de células infiltrantes no SNC associado a uma menor ativação de células da microglia. Em conjunto, demostraramos que as meMSC utilizadas como tratamento são capazes de atrasar o desenvolvimento da EAE e, portanto, evidenciando o caráter imunomodulador das MSCs derivadas do endométrio, chamando a atenção para seu potencial terapêutico. / Multiple sclerosis is a chronic inflammatory disease triggered by autoreactive T cells against myelin protein. Experimental Autoimmune Encephalomyelitis is the most commonly used murine model for the study of MS. The uterine tubes and uterus of female mice are organs rich in mesenchymal cells which are rarely used. Thus, in the present work, we characterized the extraction of this population and evaluated its immunosuppressive capacity using the EAE model. We observed that the meMSC treatment is capable of modulating the CD4 T lymphocyte profile during its activation in the lymph nodes, inducing the expansion of the Tr1 subpopulation and attenuating Th1 and Th17. Consequently, there was a decrease in the number of infiltrating cells in the CNS associated with a reduction of microglial activation. Taken together, our results demonstrated that the meMSCs used as treatment are capable of delaying the development of EAE, therefore, evidencing its immunomodulatory features drawing attention to its therapeutic potential.
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Avaliação dos efeitos imunotóxicos da Ipomoea carnea e de seu princípio ativo tóxico, a suainsonina, em ratos jovens e adultos / Evaluation of the immunotoxic effects of Ipomoea carnea and its toxic principle, the swainsonine in young and adult ratsPípole, Fernando 19 August 2010 (has links)
O presente estudo visou avaliar os efeitos da administração do resíduo aquoso final (RAF) da Ipomoea carnea e da suainsonina, sobre o sistema imune de ratos jovens em idade pré-pubere (21 dias) e adultos (70 dias). Para isso, o RAF foi administrado nas doses de 1,0; 3,0 e 7,0 g/kg e a suainsonina na dose de 5,0 mg/kg, por gavage, durante 14 dias para avaliação histopatológica de diferentes órgãos, peso relativo de baço e timo, celularidade de medula óssea, fenotipagem de linfócitos T e B presentes no sangue, timo e baço, e atividade proliferativa de linfócitos T de animais tratados apenas com suainsonina. Além disto, foi realizada toxicocinética da suainsonina de animais jovens e adultos. Dentre os resultados obtidos com o tratamento com RAF, foi verificado que todos os animais apresentaram lesões, tais como: congestão hepática e esplênica e vacuolização renal. Em ratos adultos observou-se ainda diminuição do ganho de peso e do consumo de ração, além de involução tímica e diminuição da celularidade da medula óssea. Já nos jovens, as principais alterações observadas foram quanto à alteração fenotípica das populações de linfócitos T CD8+ no timo, sangue e baço e de linfócitos B no sangue e baço. Entretanto, estas alterações não podem ser atribuídas exclusivamente ao RAF de I. carnea, pois os animais do grupo pear-feeding (grupo sob restrição alimentar para mimetizar a diminuição da ingesta de alimentos daqueles ratos tratados com a maior dose do RAF) apresentaram resultados semelhantes àqueles tratados com a planta. Em relação aos resultados obtidos em ratos jovens tratados com suainsonina, verificou-se menor porcentagem de linfócitos B no baço e no sangue e maior expansão clonal de linfócitos T CD4+ de ratos imunizados in vivo e desafiados ex vivo com anatoxina tetânica. Por fim, o estudo toxicocinético revelou que este alcalóide possui biodisponibilidade de apenas 9 horas tanto nos animais jovens quanto nos adultos. Assim, é possível concluir que a suainsonina, principal princípio ativo da I. carnea, tem atividade imunomodulatória, mas esta atividade difere do efeito imunomodulador causado pelo RAF provavelmente devido a presença de outros alcalóides também encontrados na planta / This study aimed to evaluate the effects of administration of the final aqueous residue (RAF) of Ipomoea carnea and swainsonine on the immune system of young (21 days) and adult rats (70 days). For this, the RAF was administered at doses of 1.0, 3.0 and 7.0 g/kg and swainsonine at dose of 5.0 mg/kg by gavage for 14 days for histopathological evaluation of different organs, relative weight of spleen and thymus, bone marrow cellularity, phenotyping of T and B lymphocytes in the blood, thymus and spleen, and proliferative activity of T lymphocytes from animals treated with swainsonine. Moreover, we performed toxicokinetics of swainsonine in young and adult rats. Among the results obtained with treatment with the RAF, it was observed that all animals had lesions such as hepatic and splenic congestion and kidney vacuolization. In adult rats there was also reduction in weight gain and feed intake, thymic involution and decreased bone marrow cellularity. Already in the young rats, the main changes observed were in the populations of T CD8+ lymphocytes in the thymus, spleen and blood and B lymphocytes in the blood and spleen. However, these changes cannot be attributed solely to the RAF of I. carnea, because the animals of the pear-feeding group (group under food restriction to mimic the decrease in food intake of those rats treated with the higher dose of the RAF) had similar results to those treated with the plant. Regarding the results obtained in young rats treated with swainsonine, there was a lower percentage of B lymphocytes in the spleen and blood and increased clonal expansion of T CD4+ lymphocytes from rats immunized in vivo and challenged ex vivo with tetanus toxoid. Finally, the toxicokinetic study has revealed that bioavailability of this alkaloid is only 9 hours in the both animals young and adult. Thus, we conclude that swainsonine, the main active principle of I. carnea, has immunomodulatory activity, but this activity differs from the immunomodulatory effect caused by the RAF probably due to the presence of other alkaloids also found in the plant
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